Título: Planos de saúde no Brasil: Uma análise da regulação econômica. Autor: Rodrigo Mendes Leal

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1 Título: Planos de saúde no Brasil: Uma análise da regulação econômica. Autor: Rodrigo Mendes Leal Artigo aprovado para o Eixo 2 (Gestão e Regulação) da VI Jornada Nacional de Economia da Saúde ABRES O autor é economista do BNDES e doutorando no PPED/IE/UFRJ. 1. Introdução Passada a primeira década do século XXI, o setor brasileiro de planos de saúde configura, segundo a ANS 1, o segundo maior sistema privado de saúde do mundo. Sua importância é evidenciada pela abrangência de atendimento, com assistência médica a cerca de ¼ da população, e de seu faturamento anual, próximo ao do orçamento federal para a saúde pública. O Sistema de Saude brasileiro tem como formas de acesso o sistema público e os serviços privados. Os serviços públicos são financiados pelo SUS, um dos maiores sistemas publicos de saúde do mundo, que tem como finalidade a garantia de acesso universal, com atendimento gratuito para toda a população 3. Os serviços privados, por sua vez, são financiados por meio do sistema de desembolso direto (out of pocket), que se trata do pagamento direto na ocasião da utilização (como na compra de medicamentos ou no atendimento em prestadores privados), e pelo sistema de saúde suplementar, que é baseado na contratação privada de planos ou seguros de saúde (doravante simplesmente planos de saúde). Assim, os planos de saúde se inserem, no Brasil, em um complexo modelo organizacional do Sistema de Saúde, uma vez que podem ser de responsabilidade pública e privada as dimensões do financiamento, gerenciamento e provisão de serviços. Com isso, o sistema de saúde se torna segmentado, tendo em paralelo subsistemas privados, concomitantes e muitas vezes com infraestrutura duplicada de serviços no mesmo território. Desse modo, para o funcionamento em maior ou menor grau como um sistema único, assumem um papel fundamental as políticas públicas de regulação dos serviços privados. A regulação dos planos de saúde no Brasil foi delineada, na esteira da previsão constitucional, principalmente por meio da Lei 9.656/1998, e da efetiva implantação em abril de 2000 (ANS, 2001, p.6) da quinta agência reguladora do país, a Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS. A configuração do marco regulatório do setor é tratada em vasta literatura, como Teixeira et al (2002); Andreazzi et al (2004); Bahia (2001); Andreazzi e Kornis (2003); Montone (2004); MS (2008); Santos (2007); CONASS (2007b); e Santos e Merhy (2006). Após dez anos de sua criação, a ANS estabeleceu a Agenda Regulatória , que trata do planejamento de nove eixos de atividades prioritárias (ANS, 2011). O primeiro desses Eixos trata do modelo do financiamento do setor, definido como a lógica que determina o preço que o consumidor paga por seu plano de saúde, e especifica os seguintes resultados esperados: i) evitar aumentos de preços abusivos para beneficiários de todas as idades; ii) facilitar a aquisição de um plano de saúde, e; 1 Página eletrônica da ANS de 17/09/2012: 3 Página eletrônica do Ministério da Saúde de 17/09/2012: 1

2 iii) garantir que os aumentos de preços autorizados pela ANS sejam suficientes para manter tanto a saúde econômica das empresas quanto um atendimento de qualidade aos consumidores. Com isso, a ANS passa apontar na direção da expansão dos beneficiários de planos de saúde. Para tanto, essa Agenda ressalta a importância da regulação de preços, que passa a ter anunciada como finalidade possibilitar condições razoáveis de acesso a consumidores de todas as idades e, ao mesmo tempo, garantir às empresas recursos suficientes para o atendimento com qualidade e a preservação de sua higidez econômica. Os desafios desse modelo de financiamento serão objeto deste trabalho, tomando como justificativa o fato de que o modelo envolve dimensões complexas da regulação de produtos da ANS, com implicações econômicas para o setor que demandam o aprofundamento das pesquisas sobre o tema. Por um lado, no que se refere a suas receitas, em função das regras de preços de venda e de reajustes, considerando a diferenciação entre faixas etárias (pacto intergeracional). Por outro lado, no que se refere a suas despesas, relacionadas ao perfil demográfico e epidemiológico, consideradas as implicações das regras mínimas sobre cobertura assistencial e qualidade. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar a regulação econômica de planos de saúde no Brasil no que tange ao modelo de financiamento do setor, a fim de averiguar se a atuação da ANS está na direção de sua finalidade institucional de promover a defesa do interesse público contribuindo para o desenvolvimento das ações de saúde no país. A metodologia da pesquisa terá como base a análise da trajetória da regulação de produtos da ANS, por meio de revisão bibliográfica e dos normativos da ANS, bem como da análise de dados empíricos. 2. O modelo de financiamento e a regulação de preços A partir de 2 de janeiro de 1999, início da vigência da Lei 9.656/1998, somente passa a ser permitida a comercialização de planos de saúde em conformidade com a regulamentação, denominados planos novos. No que se refere aos planos antigos, aqueles com contratação anterior a 2 de janeiro de 1999, o alcance da regulacao da ANS encontra-se limitado pelo poder judiciario, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (perante a Ação Direta de Inconstitucionalidade ADIN nº , de 03/09/2003) decidiu, em caráter liminar, dar às operadoras a autorização para seguir estritamente o que estava escrito nesses contratos 6. Passados dez anos da criação da ANS, Matos (2011), por meio de pesquisa que incluiu levantamento dos normativos e dos relatórios de gestão da ANS, bem como enquete com todos os diretores que passaram por essa agência, concluiu que a trajetória da regulação da ANS pode ser caracterizada em três ondas que se sucederam: i) econômico-financeira; ii) técnico-assistencial; e iii) transparência e competição. Da análise dessas três ondas do marco regulatório, constata-se que o modelo de financiamento do setor se configura com a primeira onda, especialmente por meio da regulação de preços, e é influenciado por mudanças derivadas da segunda e da terceira onda, destacando-se, 6 Conforme constante na página eletrônica da ANS ( quem-somos/1395-linha-do-tempo) e analisado por CREMESP e IDEC, 2007 (seção 2). 2

3 respectivamente, o estabelecimento do rol de procedimentos de cobertura obrigatória e a política da portabilidade de carências. Conforme relatado em ANS (2001, p.29), as ações iniciais da ANS priorizaram o atendimento dos segmentos mais expostos às imperfeições do mercado, com a finalidade de equilibrar a relação dos consumidores menos organizados frente às operadoras. Com essa característica, a ANS destacou os planos individuais, como mostrado no Quadro a seguir. Para esse tipo de plano, diferentemente dos planos coletivos, a regulação estabeleceu a vedação da possibilidade de rescisão unilateral do contrato pela operadora. Fonte: ANS (2001, p. 29) O modelo de financiamento do setor se configura logo com a criação da ANS, em 2000, com a definição da regulação de preços, por meio de normas para os preços de venda e para a variação das mensalidades. Os preços no setor de saúde suplementar são calculados com base na lógica mutualista. Essa lógica consiste num modelo de seguro no qual todos contribuem para que alguns usem, com a característica de que o valor das contraprestações não sofre influência direta da elevação do consumo. No que se refere aos preços de venda de planos de saúde, não há estabelecimento de valores pela ANS, que exige que a operadora apresente uma Nota Técnica de Registro de Produto (NTRP) como pré-requisito para a concessão do registro e para a manutenção de comercialização de cada um de seus planos. A tabela de mensalidades (contraprestações) deve respeitar o pacto intergeracional, nos termos que será definido adiante, e, também, em especial no caso dos planos individuais 7, os valores mínimos para comercialização calculados atuarialmente na NTRP, evitando preços predatórios ou insustentáveis. O pacto intergeracional se caracteriza pela limitação da diferença de preços das faixas etárias mais avançadas em relação àquelas mais jovens, nos termos do Quadro a seguir. Com essa regra, os custos são diluídos dentro dos grupos com perfil etário semelhante, mas, em alguma medida, considerando o limite para os preços para os mais idosos, esse grupo usufrui de uma espécie de subsídio cruzado em função dos preços aplicados aos mais jovens. 7 Nos termos da RDC 28/2000, considerando suas atualizações até a RN 252/2011, a regra também se aplica aos planos coletivos, com exceção dos planos coletivos exclusivamente odontológicos e aqueles com vínculo empregatício financiados total ou parcialmente pela pessoa jurídica empregadora. 3

4 Quadro - Regras do aumento de preço por mudança de faixa etária Contratação Faixa etária Observações Até 2/Jan/ /Jan/ 1999 a 1/Jan/ 2004 Não se aplica 7 faixas: 0 a 17; 18 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69; 70 ou mais Deve seguir o que estiver escrito no contrato. A Consu 06/98 determina que o preço da última faixa (70 ou mais) poderá ser, no máximo, seis vezes maior que o preço da faixa inicial (0 a 17). Contratos de consumidores com 60 anos ou mais que tenham dez anos ou mais de plano não podem sofrer a variação por mudança de faixa etária. Após 1/Jan/ 2004 (Estatuto do Idoso) 10 faixas: 0 a 18; 19 a 23; 24 a 28; 29 a 33; 34 a 38; 39 a 43; 44 a 48; 49 a 53; 54 a 58; 59 ou mais A RN nº 63/2003 determina que: a) o valor fixado para a última faixa etária (59 ou mais) não pode ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa (0 a 18); b) a variação acumulada entre a sétima e a décima faixas não pode ser superior à variação acumulada entre a primeira e a sétima faixas. Fonte: Adaptado de ANS, acesso em 16/09/2012: No que se refere à variação das mensalidades 8, além do mencionada possibilidade de aumento por mudança de faixa etária, é possível o aumento de preço por variação de custo (denominado de reajuste). Esse reajuste, no caso dos planos contratados por pessoas jurídicas, somente é monitorado pela ANS, com base na premissa de que os contratantes possuem maior poder de negociação junto às operadoras. A regulação de reajuste somente se aplica aos contratos de pessoas fisicas (planos individuais ou planos sem patrocínio contratados por pessoas físicas junto a empresas de autogestão sem mantenedor), no caso de planos médico-hospitalares 9. Para tanto, a ANS define anualmente um índice máximo de reajuste, que só pode ser aplicado pelas operadoras uma vez por ano após uma autorização especifica. Desse modo, o reajuste definido pelas operadoras pode ser menor ou igual ao índice definido pela ANS, regra inspirada na regulação por incentivos (Leal e Matos, 2008a), em específico no modelo de yardstick competition, caracterizado pela criação de uma medida de comparação para as empresas reguladas, utilizando parâmetros de desempenho, que podem ser utilizados para promover a redução dos custos e diminuir os efeitos da assimetria de informação (Benjó, 1999). Essa regra não alcançou os planos antigos em função da definição judicial mencionada anteriormente, devendo nesse caso o reajuste seguir a cláusula prevista no contrato. Entretanto, caso a cláusula contratual não seja clara, o reajuste anual deve estar limitado ao reajuste máximo estipulado pela ANS ou ser autorizado previamente pela ANS por meio da celebração de Termo de Compromisso 10. No que se refere aos planos exclusivamente odontológicos, a partir de maio de 2005 a ANS optou por deixar de autorizar reajustes por variação de custo, estabelecendo como regra a aplicação de 8 A norma também prevê, mas esta suspensa, a variação de mensalidade em função de revisão técnica, que se trata de exceção no caso de plano em desequilíbrio econômico. Nesse caso, a operadora deveria oferecer ao consumidor pelo menos duas opções que levem ao reequilíbrio do plano, sendo pelo menos uma delas sem ter aumento de mensalidade. 9 Em junho de 2012, esse conjunto de beneficiários representava cerca de 8 milhões de pessoas (17% dos consumidores de planos médico-hospitalares). 10 ANS, acesso em 16/09/2012: 4

5 índice de preços (IGP-M, IPCA, etc.) previsto em contrato ou firmado através de Termo Aditivo, que, caso nao aceito pelo consumidor, implica na adocao do IPCA, de acordo com a RN 129/06. Em síntese, a regulacao de precos estabelecida pela ANS na sua primeira década de existência tem como característica ser mais intensa no caso dos planos individuais comparativamente aos coletivos, na direção da mencionada prioridade da regulação para equilibrar a relação dos consumidores menos organizados frente às operadoras. Essa característica da regulação está relacionada a alguns resultados. Destaca-se o crescimento de beneficiarios mais intenso para os planos coletivos (Leal e Matos, 2008a), que continua nessa trajetória como mostram os dados do Gráfico a seguir. Gráfico - Beneficiarios de planos de saúde médicos por tipo de contratação Fonte: ANS (2012). Ocorre que a flexibilidade dos planos contratados por pessoas jurídicas, com reajuste estabelecido pela livre negociação e com possibilidade de rescisão do contrato unilateralmente pelas operadoras, possibilita a sua oferta a preços mais baratos, tornando-os mais atraentes para o consumidor. Entretanto, ao fazer essa opção o consumidor está sujeito aos riscos da menor intensidade regulatória, em especial ser submetido a elevados reajustes ou ter seu contrato descontinuado. Uma outra questão importante se refere aos resultados da regulação de preços para os planos contratados por pessoas físicas, que será tratada na próxima seção. 3. Evolução das mensalidades dos planos médicos contratados por pessoas físicas A metodologia aplicada pela ANS para obter o índice de reajuste máximo a ser aplicado nos planos médicos contratados por pessoas físicas tem sido a mesma desde , calculada 12 com base na média dos percentuais de reajuste do mercado coletivo, considerado como parâmetro (benchmark) por sua maior dinâmica concorrencial. Em 2010, a ANS criou um Grupo Técnico, com ampla participação do setor, para estudo de um novo modelo de reajuste. O objetivo foi delinear uma fórmula capaz de medir a variação de custos, 11 A exceção foi somente o primeiro reajuste autorizado pela ANS, em 2000, em foi estabelecido um índice único de 5,42%, calculado considerando 25% do IPCA-Brasil e 75% do grupo IPCA-SP, excluído o item de Cuidados Pessoais e acrescido do impacto do COFINS e alguns resíduos. 12 Após um tratamento estatístico e a partir de um porte mínimo de beneficiários (em 2012 foi de 30 beneficiários). 5

6 levando-se em conta a necessidade de contemplar a heterogeneidade do mercado e, principalmente, aumentar a eficiência do setor, podendo estar associado à qualidade dos serviços oferecidos ao consumidor. Uma das opções debatidas foi a regionalização do índice. No entanto, não houve alteração no modelo, uma vez que foi concluída a necessidade de continuação dos estudos e que a regionalização acarretaria elevada diferença entre regiões, onerando especialmente as de menor poder aquisitivo. Há no Brasil diversos estudos empíricos que colocam em questão o índice de reajuste da ANS ao compará-los com índices de preços, como Saintive e Chacur (2006), Ocké-Reis e Cardoso (2006), Teixeira (2006) e Idec (2006). Em contraposição, com base na teoria de números-índice e na metodologia utilizada pelo IBGE para a evolução dos custos da construção civil (SINAPI) mostrada no quadro abaixo, Leal e Matos (2008b) mostram que, na verdade, os índices de reajuste da ANS são índices de valor, e não índices de preço stricto sensu, uma vez que consideram efeitos de: i) aumento de preços; ii) frequência de utilização; iii) introdução de novas tecnologias. Paralelamente, as variações decorrentes da mudança de faixa etária dos beneficiários seguem dinâmica própria. Quadro Especificação dos índices de preços, quantidades e valor Índice Laspeyres Paasche Preços Quantidade Valor Fonte: Elaboração própria, com base em IBGE (2007). De fato, reajustes de planos de saúde com regime de financiamento mutualista, como é o caso no Brasil, tem natureza conceitual de variação de valor, posto que consideram variações de preços e de quantidades. Vale citar o exemplo dos EUA, com evidências de que a evolução dos prêmios de seguro-saúde tem sido na grande maioria dos casos superior ao índice de preço representativo da inflação geral da economia, mas com comportamento relativamente próximo do índice de valor referente aos ganhos salariais dos trabalhadores, como mostrado no Gráfico a seguir. No caso brasileiro, a evolução das mensalidades de planos de saúde reflete não somente o índice de reajuste definido pela ANS, mas também variações por mudança de faixa etária, cujos impactos efetivos nas mensalidades não são divulgados pela ANS. Considerando o período até 2007, Leal e Matos (2008b) mostram que, como esperado, as variações de mensalidade dos planos individuais (reajuste acrescido da variação por faixa etária) foram no geral superiores aos principais índices de preços e relativamente próximos da variação do PIB nominal, a principal referência de índice de valor da economia. 6

7 Gráfico Evolução dos prêmios de seguro-saúde nos EUA Fonte: Kaiser/HRET (2006, p.3). A presente investigação estimou a variação por faixa etária 13. A Tabela a seguir mostra que a variação consolidada de indicadores relacionados ao índice da ANS (que como explicado não se trata de um índice de preço) e da variação de mensalidades dos planos individuais (cuja medição deve considerar o índice da ANS acrescido da variação de faixa etária). Tabela Variação percentual de indicadores relacionados aos planos individuais Índice (%) Variação anual IPCA 6% 8% 13% 9% 8% 6% 3% 4% 6% 4% 6% 7% 6,6% IGP-M 10% 10% 25% 9% 12% 1% 4% 8% 10% -2% 11% 5% 8,5% PIB Real (1) 4% 1% 3% 1% 6% 3% 4% 6% 5% 0% 8% 3% 3,6% PIB Nominal (2) 11% 10% 13% 15% 14% 11% 10% 12% 14% 7% 16% 10% 12,0% Indice ANS (3) 5% 9% 8% 9% 12% 12% 9% 6% 5% 7% 7% 8% 8,0% Planos individuais 8% 12% 11% 12% 15% 15% 12% 9% 8% 10% 9% 10% 10,9% (4) Fonte: Elaboração própria, com base em IPEAdata e ANS. Nota: (1) Fonte: IPEAdata, PIB - var. real anual (IBGE/SCN 2000 Anual); (2) Elaborado com base em IPEAdata: PIB - R$ (IBGE/SCN 2000 Anual); (3) Índice da ANS para reajuste dos planos individuais, cujo período de aplicação é, em regra geral, a partir do mês de maio do ano de referência até abril do ano subsequente; (4) Elaborado com base na ANS: nas regras de faixa etária da RN 63/2003 e informações de Beneficiários para o mês de junho de cada ano. 13 Com base na metodologia utilizada por Leal e Matos (2008a). Para tanto, considera-se que todos os planos individuais aplicam suas variações de faixa etária no limite estabelecido pela ANS (RN 63/2003). Foi utilizada a distribuição de beneficiários dos planos individuais segundo os intervalos de faixa etária de reajuste, com a hipótese de distribuição proporcional por cada ano compreendido neste intervalo. Desse modo, foi estimado o número de beneficiários das idades limítrofes em cada uma das faixas etárias, e daí aplicado o reajuste ao qual estaria submetida. Por fim, foi calculado o impacto médio anual desses reajustes sobre os beneficiários de planos individuais. 7

8 Destaca-se que a variação geral do índice de ANS tem sido próxima aos principais índices de preço da economia, sendo superior a do IPCA e inferior a do IGP-M. Quanto à variação de mensalidades dos planos individuais, como esperado, tem sido superior ao IPCA e IGP-M, e inferior à variação do PIB nominal. A variação de outros índices de valor mostrada na Tabela a seguir mostra que as receitas por beneficiário e despesas assistenciais por beneficiário têm tido no geral variação inferior àquela mostrada para os planos individuais já contratados. Pode-se inferir que as variações de mensalidades dos planos individuais já contratados têm se caracterizado por variações superiores ao resultado dos planos de saúde médicos como um todo, que incluem os planos coletivos e também as variações em função de novas aquisições de planos. Ano Receita (R$ bi) Tabela - Resultados de planos de saúde médicos Desp. Assist. (R$ bi) % sinistralidade Beneficiários (milhões) Receita por Beneficiário (R$) Despesa Assist. por Beneficiário (R$) ,2 23,0 81,3% 31, ,0 26,0 81,3% 33, ,5 29,7 81,4% 35, ,7 33,3 79,7% 37, ,1 41,2 80,6% 38, ,5 47,8 80,4% 40, ,5 53,5 83,0% 42, ,0 59,2 81,2% 45, ,4 67,9 82,4% 47, Variação 14,3% 14,5% 0,2% 5,2% 8,7% 8,9% anual Fonte: Caderno de Informações de Saúde Suplementar, junho de ANS. No que se refere à sustentabilidade econômica dos planos de saúde médicos, a mesma tabela mostra no geral relativa estabilidade da taxa de sinistralidade (razão entre as receitas e as depesas assistenciais) em torno de 80%. Ressalte-se o aumento localizado nos últimos anos que indica atenção para o monitoramento no período próximo. Nesse monitoramento, é relevante para a regulação de reajustes atentar para os componentes da evolução dos custos, caracterizados como variações de preço e quantidade Conclusões A regulação de preços estabelecida inicialmente pela ANS vem mantendo suas diretrizes, em paralelo à implementação de novas medidas regulatórias na direção do desenvolvimento da saúde no país, com destaque para as medidas para a qualidade do atendimento e para o aumento da eficiência, em especial nas dimensões da transparência e estímulo à competição. 15 Como ressaltado por Leal e Matos (2009), o índice de preços representa o aumento dos custos unitários, e pode ser determinado principalmente pela inflação dos insumos e pela incorporação tecnológica. O índice de quantidade, por sua vez, representa o incremento de utilização pelos beneficiários, que pode ter relação com algumas categorias de fatores, tais quais: i) sociais, como a popularização dos serviços e a generalização dos procedimentos (num contexto de ampliação dos cuidados para a saúde); ii) demográficos, como aumento da participação dos idosos que tendem a uma utilização mais intensa na população; e iii) perfil epidemiológico. 8

9 A análise da regulação de preços evidencia que a ANS tem considerado em alguma medida as dimensões de eficiência e de equidade, esta última podendo ser associada à priorização declarada por esta agência para a regulação dos segmentos mais expostos às imperfeições do mercado. A regulação de preços busca incentivar a eficiência por meio da flexibilidade para os preços de venda, sendo as limitações definidas relacionadas com a melhoria da equidade, como no caso dos planos contratados por pessoas físicas, da não discriminação de preços entre homens e mulheres e do pacto intergeracional no sentido de limitar os preços para os mais idosos. Um bom exemplo foi a recente Câmara Técnica do novo modelo de reajuste que teve como encaminhamento, ao final de 2011, a ampliação da avaliação de custos e a manutenção do modelo de reajuste pela ANS, uma vez que a desagregação do índice de reajuste, por exemplo por regiões, teria efeitos nocivos para a equidade. Há desafios para aprofundar a análise dos resultados dessa regulação e o debate do seu aprimoramento. A análise dos resultados pode ser aprofundada em investigações futuras por meio da análise de sua relação com indicadores de preço, custos e de valor mais específicos em relação ao setor de serviços e particularmente em relação à saúde suplementar. Para aprimoramento em termos de eficiência e equidade, destaca-se a regulação de alguns segmentos mais expostos às imperfeições de mercado dentro do universo dos planos coletivos. Essa modalidade de contratação possui reajuste livre e com possibilidade de rescisão unilateral pelas operadoras. Alguns segmentos dos planos coletivos na prática têm riscos de esposição a abusos que se assemelham aos dos planos individuais. É o caso de parte dos planos coletivos por adesão, que representam cerca de 3,5 milhões de beneficiários, com vínculo em geral mais frágil com os contratantes, que são pessoas jurídicas como conselhos, sindicatos e associações profissionais. Também é o caso dos contratos coletivos empresariais com menos de 30 vidas, que representam cerca de 2 milhões de beneficiários, que apresentam restrições para a mobilidade sem cumprimento de carência, o que aumenta o custo da mudança de operadora caso esses pequenos grupos de beneficiários, com menor poder de negociação, sejam submetidos a reajustes abusivos. BIBLIOGRAFIA Andreazzi, M.F.S.; Andreazzi, M.A.R.; Pinheiro, M.C.C.M.; Sicsu, B. (2004). Mercado de saúde suplementar: amplitudes e limites na arena da regulação. In: Montone e Castro (Org.). Regulação e Saúde n ed. Rio de janeiro: ANS, 2004, v. 1, p Andreazzi, M.F.S.; Kornis, G.E. (2003). Papel das reformas dos anos 90 na demanda por seguros privados de saúde no Brasil: consensos e dissensos. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de janeiro, v. 11, n. 2, p ANS (2001). O impacto da regulamentação no setor de saúde suplementar. Acesso em 16/09/2012: Bahia, L. (2001). Planos Privados de Saúde: luzes e sombras no debate setorial dos anos 90. Ciência e Saúde Coletiva 2001, 6(2): Barr, N. (2004). Economics of the welfare state. New York: Oxford University Press. Cata-Preta, H. L. N. Análise da política de reajuste para planos individuais e coletivos implementada pela ANS. Fórum de Saúde Suplementar em Disponível em 9

10 Esping-Andersen, Gosta. As Três Economias Políticas do Welfare State. Lua Nova, n. 24, set KAISER FOUNDATION / HRET (Health Research & Educational Trust). Employer Health Benefits 2006 Annual Survey. September, Disponível em: Acesso em Leal, Rodrigo Mendes; Matos, João Boaventura Branco (2008a). Planos de saúde de assistência médica no Brasil: uma avaliação da regulação econômica dos produtos. Res Pvblica, v. VI, p , Jan/Jun, 2007b. Disponível em: Acesso em 28/04/2008. Leal, Rodrigo Mendes; Matos, João Boaventura Branco (2008b). Planos de saúde no Brasil no período pós-regulação: uma análise do perfil de beneficiários e dos aspectos econômicos segundo tipo de contratação. II Prêmio de Saúde Coletiva do IESC/UFRJ. Disponível em: < Leal, Rodrigo Mendes; Matos, João Boaventura Branco (2009a). Planos de saúde: uma análise dos custos assistenciais e seus componentes Revista de Administração de Empresas RAE/FGV, vol. 49, n. 4, outubro-dezembro, Disponível em: < Matos, J.B.B.; LEAL, R.M. e Kornis, G. A terceira onda da regulação dos planos de saúde no Brasil. Trabalho classificado para publicação na ABRASCO Matos, J.B.B.(2011). As transformações da regulação em saúde suplementar no contexto das crises e mudanças do papel do Estado. Tese (Doutorado). IMS/UERJ. Montone, J. Evolução e desafio da regulação do setor de saúde suplementar. In: ANS. Documentos de apoio ao Fórum de Saúde Suplementar de 2003: Regulação e Saúde. Rio de Janeiro, v.3, tomo I, 2004, p Ocke-Reis, C. O.; Cardoso, S.S. A regulamentação dos preços dos planos individuais de saúde. Rev. Econ. Polit. 2011, vol.31, n.3, pp ISSN Ocke-Reis, C. O.; Cardoso, S.S. Uma descrição do comportamento dos preços dos planos de assistência à saúde, T.D. IPEA n 1.232, Saintive, M. B.; Chacur, R. S. A regulação tarifária e o comportamento dos preços administrados. Brasília: Seae/MF, Documento de trabalho, n. 33, Santos, Fausto Pereira. A regulação publica da saude no Brasil: o caso da saude complementar. Tese de doutorado apresentada à Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do título em doutor em saúde coletiva. Campinas, Disponível em: Teixeira, A.; Bahia, L.; Vianna, M.L.T.W. (2002). Nota sobre a regulação dos planos de saúde de empresas, no Brasil. In: Regulação & Saúde: estrutura, evolução e perspectivas da assistência médica suplementar. Ministério da Saúde, ANS. Rio de Janeiro. 10

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