A IMPORTÂNCIA DA DESMINAGEM HUMANITÁRIA PARA A DESMINAGEM MILITAR

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A IMPORTÂNCIA DA DESMINAGEM HUMANITÁRIA PARA A DESMINAGEM MILITAR"

Transcrição

1 NORMANDO BONA DO NASCIMENTO A IMPORTÂNCIA DA DESMINAGEM HUMANITÁRIA PARA A DESMINAGEM MILITAR Trabalho de Conclusão de Curso - Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia. Orientador: CMG(FN-RM1) José Cimar Rodrigues Pinto. Rio de Janeiro 2013

2 C2013 ESG Este trabalho, nos termos de legislação que resguarda os direitos autorais, é considerado propriedade da ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA (ESG). É permitido a transcrição parcial de textos do trabalho, ou mencioná-los, para comentários e citações, desde que sem propósitos comerciais e que seja feita a referência bibliográfica completa. Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do autor e não expressam qualquer orientação institucional da ESG Assinatura do autor Biblioteca General Cordeiro de Farias Nascimento, Normando Bona. A importância da desminagem humanitária para a desminagem militar / CMG(FN) Normando Bona do Nascimento. - Rio de Janeiro: ESG, f.: il. Orientador: CMG(FN-RM1) José Cimar Rodrigues Pinto. Trabalho de Conclusão de Curso Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE), Desminagem humanitária. 2. Desminagem militar. 3. Minas terrestres antipessoal. 4. Ação integral contra as minas terrestres antipessoal. 5. Convenção de Ottawa. 6. Missões de desminagem humanitária. I.Título.

3 A todas as pessoas, civis e militares, que dedicaram uma parcela das suas vidas a essa imensa obra de diminuir o sofrimento daqueles que foram vítimas das minas terrestres. Esse sofrimento é eterno, porém, todos nós podemos contribuir para que essa história tenha um final melhor. Aos desminadores, que diariamente enfrentam esse inimigo implacável, o meu reconhecimento e votos de sucesso a cada mina destruída.

4 AGRADECIMENTOS Aos Supervisores Internacionais que tive a satisfação de trabalhar ombro a ombro nos locais mais difíceis de caminhar, as áreas e campos minados, e aos Monitores Interamericanos que contribuíram com seus pareceres sobre o tema Desminagem Humanitária. Aos desminadores de Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras e Nicarágua que com seus exemplos de dedicação e árduo trabalho nas terras envenenadas por minas de seus países, contribuíram em forjar minhas experiências vividas nos anos de 1997/1998, 2000/2001, 2007/2008 e 2011/2012.

5 AD AUGUSTA PER ANGUSTA. Caminhos difíceis, porém nobres. Lema da MARMINCA ( ).

6 RESUMO Esta monografia aborda as diferenças e similaridades entre a Desminagem Humanitária e a Desminagem Militar, enfatizando a participação dos militares brasileiros nas missões de desminagem planejadas pela Organização dos Estados Americanos e pela Junta Interamericana de Defesa, desde 1992 até os dias atuais, particularmente nos aspectos vivenciados e experiências adquiridas no exercício das funções correlatas com o tema das minas terrestres antipessoal e da validade dessas participações para as forças armadas brasileiras. Descreve a história das atividades relativas às minas terrestres, à evolução das normas, situação atual dos países que compartilham com o comprometimento da Convenção de Ottawa de acabar com a fabricação, uso, transferência e armazenamento das minas terrestres, e o avanço dos diversos programas voltados para a eliminação do perigo causado pelas minas antipessoal pelo mundo. O método aplicado é caracterizado pela pesquisa e análise das normas e conceitos afetos a Desminagem Humanitária e Militar, suas características e particularidades, as opiniões de militares brasileiros que participaram das missões de desminagem e a experiência do autor do estudo. A conclusão indicará a validade de se continuar apoiando às ações voltadas para a eliminação das minas terrestres por meio do envio de militares brasileiros para participarem dos programas de ação integral contra as minas terrestres nas missões de desminagem humanitária. Palavras chave: Desminagem humanitária. Desminagem militar. Minas terrestres antipessoal. Ação integral contra as minas terrestres antipessoal. Convenção de Ottawa. Missões de desminagem humanitária.

7 ABSTRACT This monograph discusses the differences and similarities between the Humanitarian Demining Demining and Military, emphasizing the participation of the brazilian military demining missions planned by the Organization of American States and the Inter-American Defense Board, from 1992 to the present day, particularly in aspects experienced and experiences in performing functions related to the topic of landmines and validity of these holdings to the Brazilian armed forces. Describes the history of activities related to landmines, the development of standards, the current situation of the countries that share the commitment of the Ottawa Convention to end the manufacture, use, transfer and stockpiling of landmines, and the advancement of various programs for the elimination of the danger caused by antipersonnel mines in the world. The applied method is characterized by the survey and analysis of standards and concepts affections and Military Humanitarian Demining, their characteristics and particularities, the opinions of Brazilian soldiers who participated in demining missions and experience of the author of the study. The conclusion indicates the validity of continuing to support actions for the elimination of landmines by sending the Brazilian military to participate in the programs of comprehensive action against landmines in humanitarian demining missions. Keywords: Humanitarian demining. Military demining. Antipersonnel landmines. Integral action against antipersonnel landmines. Ottawa Convention. Humanitarian demining missions.

8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES MAPA 1 Situação do tratado de proibição de minas...28 MAPA 2 Contaminação por minas a partir de outubro de MAPA 3 Progresso nos esforços de desminagem...36

9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AEI CFN DH DI DM GMI-CO IMAS JID APM MARMINAS MARMINCA OEA ONU QA QC QM TDC TDE TDM Artefato Explosivo Improvisado Corpo de Fuzileiros Navais Desminagem Humanitária Desminagem Informal Desminagem Militar Grupo de Monitores Interamericanos na Colômbia International Mine Action Standards (Normas Internacionais de Ação contra as Minas) Junta Interamericana de Defesa Anti-Personnel Mines (Minas Antipessoal) Missão de Assistência para a Remoção de Minas na América do Sul Missão de Assistência para a Remoção de Minas na América Central Organização dos Estados Americanos Organização das Nações Unidas Quality Assurance (Asseguramento de Qualidade) Quality Control (Controle de Qualidade) Quality Management (Gestão de Qualidade) Técnica de Desminagem Canina Técnica de Desminagem com Equipamento Técnica de Desminagem Manual

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONCEITOS BÁSICOS DE DESMINAGEM HISTÓRICO DAS ATIVIDADES RELATIVAS ÀS MINAS FASE EVOLUTIVA E DE CONSCIENTIZAÇÃO MUNDIAL FASE NORMATIVA E DE CONSOLIDAÇÃO DE PROCEDIMENTOS FASE ATUAL PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NAS MISSÕES DE DESMINAGEM... HUMANITÁRIA VALIDADE DA DESMINAGEM HUMANITÁRIA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 43

11 11 1 INTRODUÇÃO Eu tenho visto a devastação causada por essas armas indiscriminadas, que dificultam a reconstrução, danificam o meio ambiente e causam graves lesões e mortes por décadas após o fim dos conflitos. Minha esperança fervorosa é que o mundo será um dia livre das ameaças causadas por minas terrestres e resíduos explosivos de guerra. Ban Ki-moon 1 As minas terrestres, de um modo geral, existem desde o século XVI. No entanto, seu uso sistemático, como forma de ataque e de proteção em áreas envolvidas em confrontos beligerantes, ficou evidenciado na Primeira Grande Guerra Mundial. No caso particular das minas antipessoal 2 (APM), elas surgiram na Segunda Grande Guerra Mundial com o intuito de protegerem as minas anticarro. Assim, a partir do momento em que o homem verificou a eficiência e o baixo custo desse tipo de instrumento de guerra, quando comparado com outros, o emprego das minas terrestres foi expandido por todas as partes do mundo e seus efeitos maléficos perduram até os dias atuais, mesmo após o fim dos conflitos que proporcionaram o seu lançamento ou instalação. O crescente número de vítimas inocentes e as restrições ao desenvolvimento dos países afetados por esses artefatos induziram ao aparecimento, sobretudo na década dos anos noventa, de campanhas internacionais contra a fabricação, uso, comercialização e armazenamento das minas antipessoal, destacando-se a Convenção de Ottawa 3 que dentre vários pontos, estipulou prazos aos países participantes para concluírem a limpeza de áreas minadas e a destruição dos estoques de minas antipessoal. Em consonância com esse esforço mundial para acabar com as minas terrestres e com os movimentos contrários ao uso das minas terrestres, as missões de Desminagem Humanitária (DH) tiveram maior projeção e apoio da comunidade internacional e iniciaram suas atividades em diversas regiões, tendo a frente organizações internacionais que contaram com a participação de países que se 1 Tradução do autor. Versão original no idioma inglês. Ban Ki-moon é o atual Secretário Geral das Nações Unidas. 2 Minas Antipessoal (APM) são as minas concebidas para explotar pela presença, proximidade ou contato de uma pessoa, e que incapacitam, ferem ou matam a uma ou mais pessoas (IMAS 04.10). 3 Convenção sobre a proibição do uso, armazenamento, produção e transferência de minas antipessoal e sobre sua destruição, que teve aberta sua assinatura em 3 de dezembro de 1997, em Ottawa. O Brasil ratificou a convenção por meio do Decreto nº 3.128, de 5 de agosto de 1999.

12 12 comprometeram a prestar apoio técnico ou aportes financeiros necessários aos programas de DH. O Brasil não poderia ficar de fora dessa campanha de caráter mundial e, assim, iniciou sua participação nesse processo de apoio técnico aos programas de DH contribuindo com o envio de militares para mobiliarem as missões de DH sob a égide da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas (ONU). Nessa participação, os militares brasileiros adquiriram experiências e acompanharam a evolução dos procedimentos operativos, dos equipamentos empregados e das normas internacionais relacionadas com as ações contra as minas terrestres nas atividades de Desminagem Humanitária (DH). O Tema abordado A Importância da Desminagem Humanitária para a Desminagem Militar visa registrar as principais impressões dos militares brasileiros que participaram das missões de DH, reforçar a importância dessa participação como um fator de formação de uma massa crítica de conhecimentos e de uma capacidade teórica e prática relacionadas com o assunto minas terrestres, além de valorizar a presença brasileira em todos os programas de DH desenvolvidos no Continente Americano, evidenciando assim a política de apoio do Brasil aos países do seu entorno estratégico que possuem problemas com as minas terrestres em seu território. Dessa forma, este estudo busca reflexões sobre a seguinte indagação: a experiência adquirida pelos militares brasileiros nas missões de Desminagem Humanitária é válida para a Desminagem Militar, para as Forças Armadas brasileiras e para o Brasil? A fim de atingir tal propósito, serão considerados principalmente os aspectos comuns entre a DH e a DM, os conceitos e normas que balizam as atividades relativas às minas terrestres e as considerações e opiniões dos militares brasileiros que participaram em missões de DH e que hoje atuam em Organizações Militares de ensino e operativas da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro. Para tal, no desenvolvimento do presente estudo, buscar-se-á atingir os seguintes objetivos: - Descrever a história das atividades relativas às minas terrestres, sua fases e evolução técnica e normativa.

13 13 - Identificar e descrever as particularidades da desminagem humanitária e da desminagem militar (DM). - Citar as técnicas de detecção de minas empregadas nas atividades de DH e DM. - Citar as missões de DH que contaram com a participação de militares brasileiros. Assim, este trabalho será organizado em quatro capítulos, sendo o último reservado às considerações finais deste estudo. O primeiro capítulo fará uma abordagem teórica sobre os aspectos comuns e divergentes entre a DH e a DM, tendo como referência principal os conceitos básicos de estabelecidos nas normas internacionais, com o intuito de se verificar se, mesmo sendo categorias bem distintas de desminagem, seus conhecimentos e estudos levam a formação de uma gama de conceitos e experiências que podem ser uteis em qualquer cenário que se apresente, humanitário ou militar. O segundo capítulo descreverá as fases evolutivas das atividades contra as minas terrestres, as características de cada época, as alterações nas interpretações quanto aos parâmetros de avaliação de desempenho dos programas de DH, o surgimento das normas internacionais afetas as minas, o aumento da segurança nos procedimentos, os reflexos advindos da Convenção de Ottawa e a atual condição mundial de contaminação por minas. O terceiro capítulo abordará a participação de militares brasileiros nas missões de DH, por meio da assessoria técnica especializada ao tema das minas antipessoal, num compromisso entre o Brasil, a Junta Interamericana de Defesa (JID) e a OEA. Destacará também a importância dessa presença dos militares brasileiros nas missões de DH, particularmente quando na formulação de procedimentos e normas numa época em que pouco se sabia sobre DH e as atividades estavam sendo executadas com esforço e risco de todos os envolvidos em diversas regiões no mundo com o intuito de se reduzir o número de vítimas civis por minas. No exercício de tais atividades muitos conhecimentos teóricos e práticos foram adquiridos e repassados entre os militares que vivenciavam no dia a dia a experiência em confirmar que os equipamentos utilizados eram confiáveis e que ao seguir e cumprir

14 14 as regras, que estavam sendo estabelecidas por eles mesmos, os riscos eram minimizados. Em resumo esse capítulo abrange a importância dessa participação dos militares brasileiros para o país beneficiário, para a política brasileira e para o engrandecimento profissional dos próprios militares. E por fim, no último capítulo será elaborada uma síntese das opiniões de diversos militares brasileiros da Marinha e do Exército que trabalharam nas missões de DH, em diferentes épocas, sobre a validade da experiência da DH para DM. O método aplicado é caracterizado pela pesquisa e análise de normas, conceitos e definições sobre a DH e DM, investigação por meio de perguntas aos militares brasileiros que participaram em missões de DH e a própria experiência do autor, visando reunir informações que venham a apoiar na resposta ao problema formulado, as quais serão abordadas nas considerações finais.

15 15 2 CONCEITOS BÁSICOS DE DESMINAGEM As Normas Internacionais de Ação contra as Minas (IMAS 4 em inglês) possuem inúmeros conceitos e considerações sobre as atividades relacionadas com as ações contra as minas e servem para padronizar procedimentos e aumentar o grau de segurança nas atividades desenvolvidas. Dessa forma, as IMAS serão o documento base de consulta para evitar interpretações equivocadas sobre os assuntos que serão abordados a seguir, visto que é importante estabelecer uma visão de caráter mundial sobre o tema. É fundamental que alguns conceitos, considerados de fácil entendimento por parte das pessoas que trabalham com temas relacionados com as minas terrestres sejam esclarecidos, pois serão importantes para a compreensão de reflexões posteriores. Dessa forma iremos conceituar a DH e a DM, bem como ressaltaremos as particularidades entre esses dois tipos de desminagem. Segundo a IMAS 04.10, a desminagem humanitária é apenas uma parcela integrante de um sistema maior denominado ação contra as minas. Esse sistema visa a reduzir o impacto social, econômico e ambiental causado pela presença de minas terrestres em determinadas regiões. O propósito da ação contra as minas é diminuir ao mínimo o risco proporcionado pelas minas terrestres e assim permitir que a população local afetada possa realizar suas tarefas de forma normal e segura, contribuindo para assegurar o desenvolvimento econômico, social e garantir adequado tratamento para as vítimas por minas. Para alcançar esses objetivos a ação contra as minas compreende cinco atividades complementares entre si: educação sobre os riscos das minas; assistência para as vítimas; destruição das minas existentes; apoio contra o uso das minas antipessoal; e a desminagem humanitária. No presente estudo não se fará uma abordagem sobre todas as atividades citadas anteriormente, visto que o foco estará nas desminagens humanitária e militar. A DH é a atividade de remoção de perigos de minas e de restos explosivos de guerra, incluindo o reconhecimento técnico, escrituração, remoção, marcação, documentação posterior a desminagem, ligações de ação contra as minas junto à 4 Normas cuja primeira edição foi publicada pela ONU em março de Não possuem validade jurídica, exceto quando são aprovadas por uma autoridade nacional como normas nacionais ou quando uma ou mais normas internacionais se especificam em um contrato ou outro instrumento jurídico (IMAS 01.10).

16 16 comunidade e a entrega da área limpa (IMAS 04.10). Tal atividade pode ser executada por elementos civis, como empresas e organizações não governamentais, assim como por tropas militares. A desminagem militar é a atividade realizada dentro de uma operação militar e com o propósito de permitir a mobilidade e a passagem livre de tropas e meios, implicando na possibilidade da não destruição de todas as minas existentes na região e sim apenas a destruição daquelas que viessem a impedir ou retardar o deslocamento das tropas por um eixo específico. O que diferencia a desminagem humanitária da militar não é a profissão das pessoas que executam as atividades de limpeza da área afetada, mas sim diversos outros fatores que serão evidenciados a seguir. Na DH as questões relacionadas com a segurança dos envolvidos nos trabalhos de desminagem são mais rígidas e com algumas restrições que não aparecem na DM. Como por exemplo, a não realização da DH com precipitações climáticas, enquanto que na DM tal fato não impede a execução da desminagem. Um dos pontos de maior diferenciação entre a desminagem humanitária e a militar é o propósito da execução da limpeza da área afetada por minas. Na DH o objetivo é a localização, identificação e remoção ou destruição de todos os perigos provenientes de minas e remanescentes de guerra em uma área especifica e a uma profundidade determinada (IMAS 09.20). Ou seja, na DH todas as minas existentes na área afetada devem ser obrigatoriamente destruídas, pois a restituição das terras limpas para a população e a sua posterior utilização são as preocupações maiores. Já na DM não existe a obrigação em se destruir todas as minas, pois a rapidez nas ações e a passagem das tropas e meios através da área contaminada por minas são os objetivos principais, não existindo então a necessidade de se destruir todas as minas existentes na região. Assim, as medidas de segurança adotadas para a execução das atividades de DH, bem como os requisitos necessários são mais rígidos e em maior número quando comparados com as medidas e requisitos da DM. Antes mesmo que se tenha inicio a DH em uma área específica, existem alguns procedimentos que devem ser realizados com o propósito de otimizar o planejamento das ações a serem desenvolvidas, estipular prazos e períodos de ação, assim como delimitar a área a ser trabalhada. Tais procedimentos são

17 17 chamados de estudo de impacto 5, estudo não técnico 6 e estudo técnico 7. Na DM não existe a realização desses estudos. Em alguns casos, quando existe tempo hábil para tal, a DM pode ser precedida de um reconhecimento técnico de engenharia, porém não há a obrigatoriedade de sua ocorrência. Os estudos realizados na DH visam a buscar informações prévias para servirem como elementos diferenciadores na priorização das áreas a serem trabalhadas inicialmente, em virtude dos riscos e necessidades envolvidos. Outro aspecto de diferenciação entre a DH e a DM é a existência da Gestão de Qualidade (QM) 8 dos trabalhos realizados em todo o processo da desminagem humanitária. A QM busca assegurar que os procedimentos adotados sejam apropriados, eficientes e eficazes, proporcionando uma confiança entre todos os participantes do processo de DH, e consequentemente assegurando aos usuários das terras um grau de confiabilidade maior nos trabalhos executados e uma maior segurança no uso das áreas que antes da DH eram consideradas de alto risco para a vida. Em contra partida, na DM não existe a QM, visto que não se tem como propósito final a utilização segura das terras afetadas por minas pela população, mas apenas possibilitar a passagem de tropas e meios por um período determinado de tempo, com certo grau de segurança e com a rapidez exigida. Fazendo parte da Gestão de Qualidade (QM), existe a acreditação que é um requisito necessário e fundamental para a organização que irá executar as atividades de DH. A acreditação é uma etapa indispensável e representa que a organização que irá realizar a DH foi formalmente autorizada pela autoridade nacional a fazer a limpeza de áreas minadas. Para que isso ocorra, a organização tem que passar por diversos processos de verificação da sua capacidade de planejar, administrar e executar as ações de limpeza dos locais contaminados por 5 É uma avaliação do impacto socioeconômico causado pela presença real ou percebida de minas, a fim de assessorar ao planejamento e priorização dos programas e projetos da ação contra as minas (IMAS 04.10). 6 Refere-se a coleta de novas informações e análises das já existentes sobre as áreas com suspeitas de conter minas com o intuito de delimitar e dimensionar uma área perigosa e assim definir seu perímetro, sem intervenção física, ou seja, sem o uso de métodos de limpeza (IMAS 04.10). 7 É uma intervenção com elementos de verificação e/ou limpeza, dentro da área perigosa confirmada ou em parte dela com intuito de confirmar a presença de minas, a fim de determinar a existência de uma ou mais áreas perigosas definidas ou indicar ausência de minas para permitir o descarte de uma área, caso combine com outras evidencias (IMAS 04.10). 8 A QM é composta por três componentes: acreditação, monitoramento e a inspeção das terras após a limpeza (IMAS 07.40).

18 18 minas, além da existência de pessoal com conhecimento técnico necessário, equipamentos adequados, estruturas de apoio e procedimentos operacionais em conformidade com as normas nacionais previstas ou com as normas internacionais estabelecidas. A acreditação de uma organização civil ou militar é formalizada por um acordo temporário com a autoridade nacional e é sujeito a revisões e atualizações quando se fizerem necessárias devido às evoluções que possam ocorrer durante a realização da DH. No caso da DM, pode-se fazer um paralelo da acreditação existente na DH com a necessidade de que as tropas que realizam a limpeza de uma área minada tenham a participação de elementos com conhecimento de engenharia de combate. Entretanto, não há uma autorização formal da autoridade nacional para que as tropas militares envolvidas no processo de DM possam realizar as atividades de limpeza de uma área contaminada por minas. Em síntese, mesmo as tropas militares de engenharia necessitam ser acreditadas pela autoridade nacional para que possam trabalhar na DH no país. O monitoramento 9, outro componente da QM, é basicamente um dos trabalhos mais importantes que os militares brasileiros executam nas diversas missões de DH e é uma forma de averiguar se as organizações que executam as atividades de desminagem estão cumprindo com todas as normas preestabelecidas no acordo de acreditação. O monitoramento consiste em observações, inspeções e avaliações das áreas de trabalho, das instalações, dos equipamentos utilizados, das atividades desenvolvidas, dos procedimentos previstos, e dos registros de documentações. O monitoramento, em essência, é uma atividade conduzida por ou em nome da Autoridade Nacional de Ação Contra as Minas 10, implicando na observação, registro e relatórios (IMAS 07.40). Da mesma forma que na acreditação, pode-se estabelecer também um paralelo entre o monitoramento da DH e a assessoria técnica que os militares de engenharia de combate prestam aos militares de infantaria ou outras armas, por 9 Refere-se a observação autorizada por parte de pessoal qualificado dos locais, das atividades ou processos, sem assumir responsabilidades pelo que observam (IMAS 07.40) 10 Refere-se a entidade governamental, normalmente um comitê interministerial, de cada país afetado por minas, encarregado da regulação, direção e coordenação das ações contra as minas (IMAS 04.10).

19 19 ocasião da limpeza de áreas minadas na DM. Mantendo-se as devidas diferenças e proporções, a assessoria técnica dos elementos de engenharia de combate poderia ser comparada com uma pequena parcela das atividades desenvolvidas pelos monitores da DH, sem contar com os registros e verificações rígidas de cumprimentos de normas e acordos. A inspeção das terras após a limpeza complementa as ações da acreditação e do monitoramento e proporciona maior confiança de que os objetivos da limpeza da área foram alcançados (IMAS 07.40). Basicamente a inspeção consiste em realizar medições, examinar e comparar uma amostra de terreno que foi limpo durante a DH com parâmetros predeterminados de quantidade de metal existente, dentro das profundidades estabelecidas nos requisitos de limpeza. Na DM não existe a previsão de realização de inspeções das terras após a limpeza de uma área minada, visto que os objetivos da DM são diferentes dos da DH, menos rígidos e de caráter temporário. Outro aspecto diferencial entre a DH e a DM é a existência, na primeira, da necessidade de se determinar uma profundidade segura de minas em uma área específica, por acordo ou determinação de uma autoridade nacional ou de uma organização que atua em seu nome. Essa profundidade segura a ser estabelecida vai depender, em muito, do uso futuro que as terras terão, dos prováveis riscos de existência de minas em certas camadas abaixo, e de fatores ambientais da área a ser limpa. Na DM não existe uma profundidade segura estabelecida nas áreas a serem limpas. O foco está apenas em possibilitar que os meios passem pela região de forma rápida e com certo grau de segurança, tendo em vista que normalmente a área minada tem a previsão de ser batida por fogos inimigos e seu desbordamento visa canalizar as tropas para locais desfavoráveis. As formas normalmente mais utilizadas para a detecção 11 e posterior limpeza de áreas minadas são a Técnica de Desminagem Manual (TDM), a Técnica de Desminagem Canina (TDC) e a Técnica de Desminagem por Equipamentos (TDE). Todas essas técnicas podem ser empregadas tanto na DH como na DM. Dependendo da região e de alguns fatores externos, como tipo de minas ou Artefato 11 Refere-se ao descobrimento, por qualquer meio, da presença de minas ou de restos explosivos de guerra (IMAS 04.10).

20 20 Explosivo Improvisado (AEI 12 ) empregados, particularidades poderão ser adotadas nas técnicas citadas anteriormente, quando da realização das atividades de desminagem. Como exemplo prático vivenciado pelo autor, pode-se citar que a TDM utilizada na Missão de Assistência para a Remoção de Minas na América Central (MARMINCA) era diferente da TDM realizada no Grupo de Monitores Interamericanos na Colômbia (GMI-CO), ou seja, mesmo sendo duas missões de DH, as características próprias da região e as particularidades das APM e dos AEI existentes em cada missão fizeram com que alguns procedimentos fossem adaptados e adotados com o intuito de aumentar o grau de segurança e o rendimento das atividades. Enquanto que na MARMINCA cada desminador possuía uma tarefa específica a realizar (detectorista, sondeador, explosivista) dentro de uma faixa do terreno e com alternância entre esses, ou seja, um trabalho de equipe constituída, no GMI-CO, de forma simples, um único militar fazia todas essas funções e era responsável por todas as tarefas a serem executadas dentro da sua faixa delimitada em virtude de uma necessidade que foi visualizada que é a observação mais acurada e constante do terreno a ser limpo. NA DM, utiliza-se um método de emprego mais próximo em suas características com o utilizado na MARMINCA, onde equipes de aberturas de brechas são formadas, tendo militares com funções específicas, diferentemente de como se atua no GMI-CO. Independente da técnica a ser utilizada na limpeza de uma área, no caso da DH, como existe a obrigatoriedade de se realizar o controle de qualidade (QC) antes da entrega formal das terras, será necessária a realização de uma inspeção na área que foi limpa utilizando-se normalmente a TDM. Contudo, pode-se utilizar a TDC e a TDE, desde que seja feito um acordo com a autoridade nacional. A DH e a DM são altamente dependentes da evolução técnica dos equipamentos de detecção e dos materiais de segurança utilizados nas atividades de limpeza das áreas afetadas por minas, assim como da criatividade humana na fabricação de novos tipos de minas terrestres e artefatos explosivos improvisados. 12 Refere-se a uma arma não convencional elaborada artesanalmente cujo interior contém explosivos e seu emprego vai de acordo com a capacidade terrorista da pessoa que o elabora com o objetivo de destruir, ferir ou matar (Junta Interamericana de Defesa. Manual de Procedimentos Operativos para a Desminagem Humanitária).

21 21 É interessante ressaltar que além da DM e da DH, ainda existe outro tipo de desminagem que é a informal ou espontânea. A desminagem espontânea ou Desminagem Informal1 acima (DI) 13, segundo as normas internacionais, é caracterizada pelas atividades autônomas de limpeza de minas e a marcação de áreas perigosas, normalmente executadas pela população local em resposta ao perigo representado pelas minas e na maioria das vezes é realizada em caráter emergencial com o intuito de evitar mais vítimas por minas na região. Esse tipo de desminagem geralmente não cumpre com as regras estabelecidas e as técnicas empregadas são de baixa qualidade e eficiência, proporcionando na maioria das vezes acidentes aos elementos que se dispõem a realizar as atividades de limpeza da área. Conforme o caso, a DI normalmente evolui para uma DH, quando se verifica que os resultados obtidos pela primeira não satisfazem as necessidades de segurança e confiança da população afetada. Um grande problema da DI é que por vezes dificulta a realização da DH devido à contaminação do terreno com os metais resultantes da limpeza causada pela DI, assim como pela desorganização do posicionamento original das minas e de certa forma da perda na confiabilidade dos registros dos campos minados, caso existam. Apesar de existir e ser considerada como um dos tipos de desminagem, não abordaremos maiores detalhes visto que teremos a atenção voltada para a DH e DM. 13 A Desminagem Informal também é conhecida como Desminagem de Vilas. IMAS 04.10, Glossário de Termos, definições e abreviaturas das atividades relativas às minas. Disponível em: < Acesso em: 3 maio 2013.

22 22 3 HISTÓRICO DAS ATIVIDADES RELATIVAS ÀS MINAS A primeira resposta da sociedade mundial contra o emprego das minas terrestres pode ser considerada como datada de 1988, quando a ONU solicitou recursos financeiros para a realização de atividades de desminagem no Emirado Islâmico do Afeganistão. Desde então, diversos países passaram a estabelecer seus próprios programas nacionais de ação contra as minas e alguns organismos internacionais como a OEA e a ONU implementaram diversos esforços para formalizar as normas e regras que visavam a aumentar a segurança dos trabalhos desenvolvidos nos campos minados e áreas afetadas por minas terrestres. Pode-se dizer que as atividades relativas às minas terrestres possuem três etapas ou fases bem distintas: de 1988 até 1994, fase evolutiva e de conscientização mundial para o problema representado pelas minas terrestres; de 1995 até 1998, normativa e de consolidação dos procedimentos adotados nas diversas atuações contra as minas; e de 1999 em diante, fase atual onde os esforços estão concentrados no não uso e fabricação das minas e na minimização dos seus efeitos colaterais. 3.1 FASE EVOLUTIVA E DE CONSCIENTIZAÇÃO MUNDIAL Nessa primeira fase, de 1988 até 1994, e particularmente no Afeganistão, a intenção era de distinguir muito bem as ações da desminagem humanitária das atividades militares, ou seja, da desminagem militar. Tal fato ocorreu porque o país não possuía um exército com capacidade de enfrentar o desafio de limpar seu território das minas terrestres e a solução encontrada foi a busca de recursos internacionais e tropas militares de outros países dispostas a apoiarem o esforço humanitário da ONU, com o propósito não somente de destruir as minas existentes, mas também de realizar uma campanha informativa com a comunidade local sobre os riscos que as minas antipessoal representavam. A partir desse momento, pode-se dizer que houve pela primeira vez o uso do termo desminagem humanitária por meio de campanhas que visavam não somente a destruição das minas pelas tropas locais e estrangeiras, mas também informar e

23 23 divulgar conhecimentos a respeito dos perigos e efeitos que estas representavam em virtude do grande número de vítimas civis por minas que o país possuía. Esses fatos levaram ao aparecimento de diversas ONG voltadas para as atividades de desminagem humanitária. Pode-se citar a HALO Trust (Hazardous Area Life-Support Organisation) surgida em 1988, e que atualmente tem atividades sendo desenvolvidas em catorze países. Dentre esses países está a República da Colômbia, tendo em vista que o governo desse país autorizou em dezembro de 2010 a participação de organizações civis nas atividades de DH em seu território. A HALO está realizando levantamentos de dados das áreas minadas e envolvida no processo de acreditação para que possa ter os requisitos necessários para atuar nas atividades de DH na Colômbia, segundo informações constantes no site É importante ressaltar que o Grupo de Monitores Interamericanos na Colômbia (GMI-CO), atualmente composto somente por militares brasileiros, participará desse processo de avaliação das capacidades da HALO em realizar a desminagem humanitária em território colombiano, em conformidade com as normas nacionais e internacionais estabelecidas. Outra ONG, a qual se pode citar, é a MAG (Mines Advisory Group) que surgiu em 1989, e que hoje em dia atua em quinze países, tendo seu principal esforço concentrado no Continente Africano. Essa ONG também atuou em território colombiano realizando atividades de educação de risco de minas e enlace comunitário entre os anos de 2009 e 2012, segundo Essas participações de ONG nas atividades de desminagem humanitária correspondem a uma tendência mundial e uma das respostas que a comunidade internacional tenta dar ao problema das APM. O fato importante a se destacar é que para a atuação dessas organizações faz-se necessário que exista uma acreditação para tal, e nesse tema, em particular, militares brasileiros já possuem conhecimentos suficientes e consolidados para participarem nesse processo, quer por solicitação do país afetado pelas minas ou por um organismo internacional como a ONU ou OEA. A partir dos anos noventa, surgem os programas de desminagem humanitária no Reino do Camboja e na República do Iraque e posteriormente tem o início da Campanha Internacional pelo Banimento das Minas Terrestres (International Campaign to Ban Landmines ICBL) em Cabe ressaltar que neste período iniciava-se também o programa de DH da Missão de Assistência para a Remoção de Minas na América Central (MARMINCA),

24 24 com destacado apoio do Brasil ao enviar militares da Marinha e do Exército para participarem como supervisores e instrutores dos primeiros pelotões de desminadores da República da Nicarágua e da República de Honduras. 3.2 FASE NORMATIVA E DE CONSOLIDAÇÃO DE PROCEDIMENTOS Esse período da segunda fase, de 1995 até 1998, foi marcado pelo grande número de acertos e de alguns equívocos dos programas desenvolvidos e pela incansável busca por melhores métodos e formas de execução das atividades de desminagem e de gerenciamento dos programas, além da padronização e formalização dos procedimentos com o intuito de se aumentar o grau de segurança na realização das arriscadas ações dentro das áreas minadas. Os programas de DH eram alvos de inúmeras críticas, principalmente devido à suposta lentidão nas atividades desenvolvidas e aos objetivos definidos a serem cumpridos. Os parâmetros utilizados para o acompanhamento do rendimento do processo de DH eram o número de minas destruídas e a área limpa em metros quadrados. Tais parâmetros eram inadequados para a DH e tal fato era consequência de um desconhecimento e até mesmo falta de experiência, por parte dos responsáveis pelos financiamentos dos programas, sobre as dificuldades afetas as atividades realizadas na DH, em que a prioridade era a certeza de se entregar uma área totalmente limpa e sem riscos à população em detrimento a velocidade das ações desenvolvidas. Em síntese, o número de minas destruídas ou neutralizadas era o maior estímulo para a continuidade da disponibilidade de recursos pelos países que financiavam as atividades. Quando um determinado programa de DH passava a destruir ou a encontrar pouca quantidade de minas em uma determinada região, independente do tamanho da área que tinha sido limpa e do impacto sócio econômico causado para as comunidades próximas, os países que financiavam essas atividades perdiam um pouco o interesse em continuar apoiando o programa nesse local e por vezes cobravam resultados dos chefes de missão de DH ou das tropas envolvidas nas operações de desminagem. Na verdade, existia uma necessidade de se encontrar um número considerável de minas para se justificar o esforço econômico investido no programa, visto que a comunidade internacional possuía uma grande

25 25 preocupação com a quantidade de vítimas e isso era associado naturalmente e diretamente ao número de minas destruídas ou encontradas. Ao se notar tais situações divergentes de entendimentos e preocupações entre a parte executante das atividades e a parcela financiadora dos programas, foram propostos outros parâmetros a serem observados, levando-se em consideração a experiência dos que vivenciavam os diversos fatores que influenciavam no desenvolvimento das ações. A partir disso, passou-se a considerar também a quantidade de material metálico encontrado, pois para cada metal era despendido o mesmo tempo em procedimentos de averiguações que para uma mina encontrada. Tal proposta foi entendida e aceita pelas partes envolvidas no processo. Posteriormente, tal conceito foi sofrendo novas interpretações, pois se passou a dar maior importância ao tamanho da área limpa e ao impacto para as comunidades assistidas pelo programa de DH, independente do número de minas ou objetos metálicos encontrados. Isto porque se verificou que a presença de um pequeno número de minas ou até mesmo a dúvida da existência de uma única mina, poderia causar um temor tal na comunidade local que interferisse negativamente nas atividades socioeconômicas da região afetada. Atualmente, não se analisa somente um parâmetro isolado, mas sim todos em conjunto para que se tenha uma ideia clara e transparente do desenvolvimento das atividades realizadas, levando-se então em consideração o número de objetivos concluídos, a quantidade de minas destruídas ou objetos metálicos localizados, o impacto sócio econômico causado pelas minas na comunidade local, e a área limpa em metros quadrados. Para se chegar a tal ponto de entendimento e interpretação dos parâmetros a serem considerados num programa de desminagem humanitária, pode-se afirmar que o posicionamento dos militares brasileiros e estrangeiros que participavam das atividades desenvolvidas na América Central compondo os quadros da Missão de Assistência para a Remoção de Minas na América Central (MARMINCA) foi importante e levado em consideração, visto que essa missão da JID usufruía a época de prestígio pelos resultados positivos alcançados. Com o intuito de se alcançar o conceito de valores do que é mais importante na realização de um programa de DH, foram necessárias muitas análises de êxitos e fracassos dos diversos programas em andamento e os já finalizados. A partir desses estudos e análises, verificou-se a necessidade de alguma base comum de

26 26 conhecimentos e experiências que orientasse as atividades a serem desenvolvidas. Dessa necessidade surgiram as Normas Internacionais de Ação contra as Minas (IMAS) que servem como diretrizes orientadas aos governos nacionais, aos centros de ações contra as minas e as organizações de desminagem. Em síntese, as IMAS constituem um farol para a formulação das normas nacionais para a ação contra as minas e para os manuais de procedimentos operativos das organizações de desminagem, buscando-se padronizar numa visão macro os diversos procedimentos a serem adotados e em consequência incrementar o nível de segurança para todos os envolvidos nas atividades de DH. 3.3 FASE ATUAL Na terceira e atual fase, de 1999 em diante, principalmente como consequência da convenção sobre a proibição do uso, armazenamento, produção e transferência de minas antipessoal e sobre sua destruição, mais conhecida mundialmente por Convenção de Ottawa, os diversos programas de DH passaram a apoiar também a destruição de arsenais de minas, prestar melhores assistências às vítimas por minas, além de dar continuidade às operações de limpeza de áreas minadas que já vinham sendo desenvolvidas. As duas missões de DH mais recentes da JID, Missão de Assistência para a Remoção de Minas na América do Sul (MARMINAS) e a Missão de Assistência na Colômbia denominada de Grupo de Monitores Interamericanos (GMI-CO), tiveram o início de suas atividades durante essa fase e sofreram forte influência dos debates internacionais sobre a Convenção de Ottawa, além de terem recebido também muitas informações e conhecimentos advindos das experiências acumuladas dos anos de existência consagrada da MARMINCA. A importância e o reconhecimento da experiência proporcionada pelos integrantes da MARMINCA ficam evidenciados no Manual de Procedimentos Operativos para a Desminagem Humanitária da Junta Interamericana de Defesa (2011, p.1-2) 14 : Devido ao seu grande tempo de existência, a Missão de Assistência para a Remoção de Minas na América Central (MARMINCA), foi a que mais há contribuído com o desenvolvimento de uma doutrina sobre a Desminagem Humanitária por ter levado vários anos de experiência no desenvolvimento das técnicas de desminagem. 14 Aprovado pela Resolução NR 01/11, de 08 de agosto de 2011, da Junta Interamericana de Defesa. Original em espanhol, traduzido pelo autor.

27 27 Segundo informações do Monitor de Minas Terrestres , o emprego das minas terrestres pelos governos dos Estados sofreu uma grande e significativa redução, visto que em 2011 apenas quatro países (Estado de Israel, Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia, União de Mianmar e República Árabe da Síria) fizeram uso de minas terrestres em seus conflitos, e em 2012 somente um país (República Árabe da Síria). Esses resultados altamente positivos são consequências das influencias da Convenção de Ottawa e de uma aversão da comunidade internacional ao uso das minas terrestres nos conflitos da atualidade. Contudo, a diminuição no uso das APM pelos governos dos Estados não implica necessariamente no término do emprego desse tipo de artefato, visto que pela facilidade de manuseio aliado aos baixos custos envolvidos e a confiabilidade dos resultados obtidos induzem ao uso das minas terrestres antipessoal por parte de grupos irregulares. No mundo, atualmente, 161 países fazem parte da convenção, ou seja, mais de 80% de todos os países estão comprometidos com a proibição das minas terrestres antipessoal e existe uma forte tendência para que tal percentagem aumente, visto que as campanhas a favor do entendimento global de que as APM devem ser banidas e que seu emprego significa um atraso para todos os envolvidos. Pode-se visualizar no mapa a seguir a situação atual dos países que fazem ou não parte da Convenção de Ottawa. É interessante destacar a pequena quantidade de países que não aderiram à convenção. Observa-se que estão marcados na cor verde escuro todos os países que já ratificaram ou aderiram à convenção, na cor branca os que ainda não são signatários. Na cor verde claro nota-se que a República das Ilhas Marshall é um país que está em vias de realizar a assinatura a favor da convenção. Quanto à Polônia, este país assinou e ratificou a referida convenção em 27 de dezembro de 2012, e assim, a partir de 1º de junho de 2013 passou a referida convenção a vigorar no país, conforme informações acessadas em 20 de julho de 2013 no site 15 O Monitor de Minas Terrestres é um ramo de investigação da Campanha Internacional para a Proibição de Minas Terrestres International Campaign to Ban Landmines (ICBL). O ICBL foi premiado em 1997 com o Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho na erradicação das Minas Terrestres. O Monitor é coordenado por cinco organizações não governamentais: Mines Action Canada, Action on Armed Violence, Handicap International, Human Rights Watch, y Norwegian People s Aid.

28 28 Sendo assim, pode-se considerar a Polônia como na cor verde escuro. Quanto à situação das Ilhas Marshall, o país já assinou a convenção, porém, ainda não a ratificou, devendo permanecer na cor verde claro. Mapa 1: Situação do tratado de proibição de minas Fonte: Apesar do sucesso até então da convenção, ainda existe no mundo um legado extremamente negativo de países que possuem regiões afetadas por minas em consequência de conflitos antigos e do uso de minas e de AEI por forças irregulares ou grupos terroristas, conforme pode ser visualizado no mapa a seguir. Na cor marrom aparecem os países que possuem uma área afetada por minas maior que 100Km 2 (contaminação muito pesada); em vermelho os que tem uma área afetada entre 10 e 100Km 2 (contaminação pesada), na cor laranja os países com uma área afetada por minas entre 1 e 10Km 2 (contaminação média); em amarelo os países com uma área contaminada menor que 1 Km 2 (contaminação baixa); na cor verde os países com contaminação residual ou suspeita; e em branco os países com nenhuma evidência da existência de áreas minadas. Os dados foram coletados a partir de outubro de 2012.

29 29 Mapa 2: Contaminação por minas a partir de outubro de 2012 Fonte: Dos cinco países da América do Sul que apresentam contaminação por minas terrestres em seu território (República Bolivariana da Venezuela, República do Chile, República da Colômbia, República do Equador e República do Peru) três estão atualmente realizando trabalhos de desminagem com a participação de militares brasileiros que integram o GMI-CO (Colômbia) e MARMINAS (Equador e Peru), missões de DH da JID e OEA. No Continente Africano existem vinte e três países com algum tipo de contaminação por minas terrestres, sendo dois de língua portuguesa, República de Moçambique e República de Angola, tendo esse último país recebido o apoio do Brasil nas atividades de DH por meio da missão da UNAVEM III - United Nations Angola Verification Mission. Nota-se que apesar da redução do uso das APM, ainda existe um vasto campo de atuação para as missões de DH e que nesse sentido, a participação de militares brasileiros pode vir a ser requisitada por algum organismo internacionai ou até mesmo pelo governo de um país, principalmente pela experiência adquirida ao

30 30 longo de anos de atuação nesse tema, como também pela demonstração de interesses do Brasil em apoiar tais atividades no seu entorno estratégico na América do Sul e no Continente Africano. Segundo Mark Hiznay, editor do informe do Monitor de Minas Terrestres de 2012, foram registradas novas vítimas de minas terrestres no ano de 2011, ou aproximadamente doze vítimas diárias contra as 32 vítimas diárias registradas no ano de Nesses quinze anos de existência da Convenção de Ottawa, pode-se constatar que houve uma redução considerável no número de vítimas por minas terrestres, entretanto, muito ainda há para se fazer. É importante ressaltar que alguns grupos irregulares, não estatais, ainda usam em larga escala as APM e os AEI em suas formas de atuação, como por exemplo, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Esse fato constitui-se no grande desafio a ser enfrentado, visto que no informe do Monitor de Minas Terrestres de 2012 seis países apontaram possuir tal situação, ou seja, quatro países a mais que no informe de Tal informação indica que existe uma tendência de aumento do uso de minas terrestres ou AEI por grupos irregulares. Existe também outra preocupação envolvida com o continuo número de solicitações de prorrogação nas atividades de desminagem pelos Estados Parte da Convenção de Ottawa. Segundo informações do Monitor de Minas Terrestres 2012, dos 45 Estados com pendências em suas obrigações, pelo menos, 27 deles lograram uma prorrogação nos prazos de finalização da limpeza de áreas minadas ou destruição de arsenais de APM. Isso implica em pelo menos mais uma década de trabalhos de DH por esses países e em consequência muitos programas de DH deverão ainda surgir com o intuito de se resolver o problema das APM. Em muitos países existe também a grave situação dos refugiados por minas, que são populações de determinada região forçadas a saírem de seus lares devido ao risco representado pelas APM e AEI. Segundo o Monitor de minas e refugiados 16, no território colombiano em 2013, cerca de 40 mil pessoas tentaram voltar para suas terras, sendo que 70% não lograram sucesso, pois foram impedidas devido à presença de minas e outros artefatos explosivos em suas comunidades. Esse é também um dos novos desafios relacionado com as APM que a comunidade 16 Refere-se ao artigo publicado no Monitor - Landmines and Refugees: The Risks and the Responsibilities to Protect and Assist Victims.

NND 09.10. Desminagem

NND 09.10. Desminagem NND 09.10 Normas Nacionais de Desminagem Desminagem Instituto Nacional de Desminagem (IND) Maputo, Moçambique Telefone: +258 1 418577/8; +258 82 3023650; 258 82 3023470 Fax: +258 1 418577 Email: info@ind.gov.mz

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração Coleção Risk Tecnologia SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006 Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração RESUMO/VISÃO GERAL (visando à fusão ISO 31000

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 Prof. Eduardo Lucena Cavalcante de Amorim INTRODUÇÃO A norma ISO 14001 faz parte de um conjunto mais amplo de normas intitulado ISO série 14000. Este grupo

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador

Leia mais

F.1 Gerenciamento da integração do projeto

F.1 Gerenciamento da integração do projeto Transcrição do Anexo F do PMBOK 4ª Edição Resumo das Áreas de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos F.1 Gerenciamento da integração do projeto O gerenciamento da integração do projeto inclui os processos

Leia mais

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO 1.1. INTRODUÇÃO Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças do que qualquer outra. Estas alterações são conseqüências de: a) aumento, bastante rápido,

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

Gerenciamento de Incidentes

Gerenciamento de Incidentes Gerenciamento de Incidentes Os usuários do negócio ou os usuários finais solicitam os serviços de Tecnologia da Informação para melhorar a eficiência dos seus próprios processos de negócio, de forma que

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

ISO 9001:2008. Alterações e Adições da nova versão

ISO 9001:2008. Alterações e Adições da nova versão ISO 9001:2008 Alterações e Adições da nova versão Notas sobe esta apresentação Esta apresentação contém as principais alterações e adições promovidas pela edição 2008 da norma de sistema de gestão mais

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

Gerenciamento de Problemas

Gerenciamento de Problemas Gerenciamento de Problemas O processo de Gerenciamento de Problemas se concentra em encontrar os erros conhecidos da infra-estrutura de TI. Tudo que é realizado neste processo está voltado a: Encontrar

Leia mais

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br Gerenciamento de projetos cynaracarvalho@yahoo.com.br Projeto 3URMHWR é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina

Leia mais

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração Durante o processo de desenvolvimento de um software, é produzida uma grande quantidade de itens de informação que podem ser alterados durante o processo Para que

Leia mais

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE Fonte: http://www.testexpert.com.br/?q=node/669 1 GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE Segundo a NBR ISO 9000:2005, qualidade é o grau no qual um conjunto de características

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

Desde então o GMI-CO, trabalhou na capacitação dos militares colombianos e no monitoramento das Operações que se desenvolveram nos anos seguintes.

Desde então o GMI-CO, trabalhou na capacitação dos militares colombianos e no monitoramento das Operações que se desenvolveram nos anos seguintes. A missão de Desminagem Humanitária na Colômbia teve sua origem em setembro de 2005 quando o Diretor do Programa de Ação Humanitária contra Minas da Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou o

Leia mais

Banco de Interpretação ISO 9001:2008. Gestão de recursos seção 6

Banco de Interpretação ISO 9001:2008. Gestão de recursos seção 6 6 RSI 028 Pode ser interpretadado no item 6.0 da norma ABNT NBR ISO 9001 que o conceito de habilidade pode ser definido como Habilidades Técnicas e Comportamentais e que estas podem ser planejadas e registradas

Leia mais

Anexo F: Ratificação de compromissos

Anexo F: Ratificação de compromissos Anexo F: Ratificação de compromissos 1. Este documento constitui uma Ratificação de compromissos (Ratificação) do Departamento de Comércio dos Estados Unidos ("DOC") e da Corporação da Internet para Atribuição

Leia mais

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão A ISO 14001 EM SUA NOVA VERSÃO ESTÁ QUASE PRONTA Histórico ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA As normas da série ISO 14000 foram emitidas pela primeira vez

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

PR 2 PROCEDIMENTO. Auditoria Interna. Revisão - 2 Página: 1 de 9

PR 2 PROCEDIMENTO. Auditoria Interna. Revisão - 2 Página: 1 de 9 Página: 1 de 9 1. OBJETIVO Estabelecer sistemática de funcionamento e aplicação das Auditorias Internas da Qualidade, fornecendo diretrizes para instruir, planejar, executar e documentar as mesmas. Este

Leia mais

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Introdução Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software Os modelos de processos de desenvolvimento de software surgiram pela necessidade de dar resposta às

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Qual a diferença entre certificação e acreditação? O que precisamos fazer para obter e manter a certificação ou acreditação?

Qual a diferença entre certificação e acreditação? O que precisamos fazer para obter e manter a certificação ou acreditação? O que é a norma ISO? Em linhas gerais, a norma ISO é o conjunto de cinco normas internacionais que traz para a empresa orientação no desenvolvimento e implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

Leia mais

ANÁLISE DOS REQUISITOS NORMATIVOS PARA A GESTÃO DE MEDIÇÃO EM ORGANIZAÇÕES

ANÁLISE DOS REQUISITOS NORMATIVOS PARA A GESTÃO DE MEDIÇÃO EM ORGANIZAÇÕES V CONGRESSO BRASILEIRO DE METROLOGIA Metrologia para a competitividade em áreas estratégicas 9 a 13 de novembro de 2009. Salvador, Bahia Brasil. ANÁLISE DOS REQUISITOS NORMATIVOS PARA A GESTÃO DE MEDIÇÃO

Leia mais

ISO 9001:2015 Nova versão porque e quando?

ISO 9001:2015 Nova versão porque e quando? ISO 9001:2015 Nova versão porque e quando? A publicação prevista para Novembro de 2015 tem como propósito refletir as mudanças no ambiente em que a norma é usada e garantir que a mesma mantenha-se adequada

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI ANALISTA DE GESTÃO RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES

CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI ANALISTA DE GESTÃO RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES CELG DISTRIBUIÇÃO S.A EDITAL N. 1/2014 CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE GESTÃO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES O Centro de Seleção da Universidade Federal de Goiás

Leia mais

CÓPIA NÃO CONTROLADA. DOCUMENTO CONTROLADO APENAS EM FORMATO ELETRÔNICO. PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE

CÓPIA NÃO CONTROLADA. DOCUMENTO CONTROLADO APENAS EM FORMATO ELETRÔNICO. PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PSQ 290.0339 - PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE APROVAÇÃO CARLOS ROBERTO KNIPPSCHILD Gerente da Qualidade e Assuntos Regulatórios Data: / / ELABORAÇÃO REVISÃO

Leia mais

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO 1. Apresentação geral Entre os dias 15 e 18 de Abril de 2013 foram realizados encontros de quatro horas com os servidores e supervisores da Faculdade

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE Questionamento a alta direção: 1. Quais os objetivos e metas da organização? 2. quais os principais Produtos e/ou serviços da organização? 3. Qual o escopo da certificação? 4. qual é a Visão e Missão?

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

ENQUALAB 2013 QUALIDADE & CONFIABILIDADE NA METROLOGIA AUTOMOTIVA. Elaboração em planos de Calibração Interna na Indústria Automotiva

ENQUALAB 2013 QUALIDADE & CONFIABILIDADE NA METROLOGIA AUTOMOTIVA. Elaboração em planos de Calibração Interna na Indústria Automotiva ENQUALAB 2013 QUALIDADE & CONFIABILIDADE NA METROLOGIA AUTOMOTIVA Elaboração em planos de Calibração Interna na Indústria Automotiva Joel Alves da Silva, Diretor Técnico JAS-METRO Soluções e Treinamentos

Leia mais

A importância da comunicação em projetos de

A importância da comunicação em projetos de A importância da comunicação em projetos de Tecnologia da Informação (TI) Autor: Ivan Luizio R. G. Magalhães Um perigo previsto está metade evitado. Thomas Fuller Introdução Há muitos anos atrás, um bom

Leia mais

COMUNICAÇÃO DE PORTIFÓLIO UTILIZANDO DASHBOARDS EXTRAIDOS DO MICROSOFT PROJECT SERVER

COMUNICAÇÃO DE PORTIFÓLIO UTILIZANDO DASHBOARDS EXTRAIDOS DO MICROSOFT PROJECT SERVER COMUNICAÇÃO DE PORTIFÓLIO UTILIZANDO DASHBOARDS EXTRAIDOS DO MICROSOFT PROJECT SERVER Autor: RANGEL TORREZAN RESUMO 1. Gestão de Portfolio e suas vantagens. A gestão de portfólio de projetos estabelece

Leia mais

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA MANUAL DE VISITA DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA Material exclusivo para uso interno. O QUE LEVA UMA EMPRESA OU GERENTE A INVESTIR EM UM ERP? Implantar um ERP exige tempo, dinheiro e envolve diversos

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem

Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem 1) COMO FUNCIONA? O PROBLEMA OU SITUAÇÃO ANTERIOR Anteriormente, todos os resíduos recicláveis ou não (com exceção do papelão), ou seja, papel, plásticos, vidros,

Leia mais

Faculdade de Direito Ipatinga Núcleo de Investigação Científica e Extensão NICE Coordenadoria de Extensão. Identificação da Ação Proposta

Faculdade de Direito Ipatinga Núcleo de Investigação Científica e Extensão NICE Coordenadoria de Extensão. Identificação da Ação Proposta Faculdade de Direito Ipatinga Núcleo de Investigação Científica e Extensão NICE Coordenadoria de Extensão Identificação da Ação Proposta Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas Área Temática:

Leia mais

Regulamento sobre Gestão de Risco das Redes de Telecomunicações e Uso de Serviços de Telecomunicações em Situações de Emergência e Desastres

Regulamento sobre Gestão de Risco das Redes de Telecomunicações e Uso de Serviços de Telecomunicações em Situações de Emergência e Desastres Regulamento sobre Gestão de Risco das Redes de Telecomunicações e Uso de Serviços de Telecomunicações em Situações de Emergência e Desastres Conselheiro Marconi Thomaz de Souza Maya Agência Nacional de

Leia mais

Serviços de Saúde do Trabalho

Serviços de Saúde do Trabalho 1 CONVENÇÃO N. 161 Serviços de Saúde do Trabalho I Aprovada na 71ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1985), entrou em vigor no plano internacional em 17.2.88. II Dados referentes

Leia mais

Reunião de Abertura do Monitoramento 2015. Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO

Reunião de Abertura do Monitoramento 2015. Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO Reunião de Abertura do Monitoramento 2015 Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO Roteiro da Apresentação 1. Contextualização; 2. Monitoramento; 3. Processo de monitoramento;

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

CHECK LIST DE AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES Divisão:

CHECK LIST DE AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES Divisão: 4.2.2 Manual da Qualidade Está estabelecido um Manual da Qualidade que inclui o escopo do SGQ, justificativas para exclusões, os procedimentos documentados e a descrição da interação entre os processos

Leia mais

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos www.tecnologiadeprojetos.com.br Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos Eduardo F. Barbosa Dácio G. Moura Material didático utilizado na disciplina Desenvolvimento de

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Brasília, abril/2006 APRESENTAÇÃO O presente manual tem por objetivo

Leia mais

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL...

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL... Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. Baseado na NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde Portaria N 1.748 de 30 de Agosto de 2011. HOSPITAL... Validade

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Certificação ISO. Dificuldades, vantagens e desvantagens. Marcelo Henrique Wood Faulhaber, Med. Pat. Clin., MBA

Certificação ISO. Dificuldades, vantagens e desvantagens. Marcelo Henrique Wood Faulhaber, Med. Pat. Clin., MBA Certificação ISO Dificuldades, vantagens e desvantagens. Marcelo Henrique Wood Faulhaber, Med. Pat. Clin., MBA Avanços em Medicina Laboratorial UNICAMP 2012 Introdução à Qualidade Não existem laboratórios

Leia mais

Requisitos de Software

Requisitos de Software Requisitos de Software Prof. José Honorato F.N. Prof. José Honorato F.N. honoratonunes@gmail.com Requisitos de Software Software é o conjunto dos programas e dos meios não materiais que possibilitam o

Leia mais

Verificação do Cumprimento e Avaliação dos Indicadores do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção

Verificação do Cumprimento e Avaliação dos Indicadores do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção Verificação do Cumprimento e Avaliação dos Indicadores do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção JUSTIFICATIVA O método de verificação e avaliação dos

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011

TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011 TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011 Objeto da contratação Consultor sênior Título do Projeto Projeto BRA 07/010 Designação funcional Duração do contrato Consultoria por produto 04 meses Data limite para envio

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE E/OU AMBIENTAL (ISO 9001 / 14001) Palavra chave: certificação, qualidade, meio ambiente, ISO, gestão

CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE E/OU AMBIENTAL (ISO 9001 / 14001) Palavra chave: certificação, qualidade, meio ambiente, ISO, gestão 1 de 8 1. OBJETIVO Estabelecer o processo para concessão, manutenção, extensão, suspensão e cancelamento de certificações de Sistema de Gestão da Qualidade, conforme a Norma NBR ISO 9001 e Sistema de Gestão

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Reserva Extrativista Chico Mendes

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Reserva Extrativista Chico Mendes MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE Reserva Extrativista Chico Mendes Termo de Referência 2013.0729.00042-4 1 - Identificação Contratação de Serviço Pessoa

Leia mais

II. Contexto organizacional. III. Funções / Principais Resultados Esperados TERMO DE REFERÊNCIA

II. Contexto organizacional. III. Funções / Principais Resultados Esperados TERMO DE REFERÊNCIA TERMO DE REFERÊNCIA Assistente de Programa I. Informação sobre o posto LOCAL: Brasília, DF, Brasil Prazo de candidatura: De 20.04 a 10.05.2015 Tipo de contrato: Service Contract -( SB3-3 ) Nível do Posto

Leia mais

AUTOR: DAVID DE MIRANDA RODRIGUES CONTATO: davidmr@ifce.edu.br CURSO FIC DE PROGRAMADOR WEB VERSÃO: 1.0

AUTOR: DAVID DE MIRANDA RODRIGUES CONTATO: davidmr@ifce.edu.br CURSO FIC DE PROGRAMADOR WEB VERSÃO: 1.0 AUTOR: DAVID DE MIRANDA RODRIGUES CONTATO: davidmr@ifce.edu.br CURSO FIC DE PROGRAMADOR WEB VERSÃO: 1.0 SUMÁRIO 1 Conceitos Básicos... 3 1.1 O que é Software?... 3 1.2 Situações Críticas no desenvolvimento

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

Título: Pensando estrategicamente em inovação tecnológica de impacto social Categoria: Projeto Externo Temática: Segundo Setor

Título: Pensando estrategicamente em inovação tecnológica de impacto social Categoria: Projeto Externo Temática: Segundo Setor Título: Pensando estrategicamente em inovação tecnológica de impacto social Categoria: Projeto Externo Temática: Segundo Setor Resumo: A finalidade desse documento é apresentar o projeto de planejamento

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE 4.1 - Tabela de Temporalidade Como é cediço todos os arquivos possuem um ciclo vital, composto pelas fases corrente, intermediária e permanente. Mas como saber quando

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

Gerenciamento de Projetos

Gerenciamento de Projetos Gerenciamento de Projetos Grupo de Consultores em Governança de TI do SISP 20/02/2013 1 Agenda 1. PMI e MGP/SISP 2. Conceitos Básicos - Operações e Projetos - Gerenciamento de Projetos - Escritório de

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

GRUPO DE MONITORES INTERAMERICANOS NA COLÔMBIA GMI/CO

GRUPO DE MONITORES INTERAMERICANOS NA COLÔMBIA GMI/CO GRUPO DE MONITORES INTERAMERICANOS NA COLÔMBIA GMI/CO INFORMATIVO NR 06, JUNHO DE 2012 VÍTIMAS DE MINAS ANTI-PESSOAL NA COLÔMBIA SITUAÇÃO DA DESMINGEM NA COLÔMBIA Fonte: Programa Presidencial para a Ação

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Glossário Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart.

Glossário Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart. Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart. Versão 1.6 15/08/2013 Visão Resumida Data Criação 15/08/2013 Versão Documento 1.6 Projeto Responsáveis

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DO TRABALHO SEGURO SGTS NA LIGHT

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DO TRABALHO SEGURO SGTS NA LIGHT IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DO TRABALHO SEGURO SGTS NA LIGHT Autor Gustavo César de Alencar LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A. RESUMO O objetivo deste trabalho é mostrar todo o esforço que a Light

Leia mais

Manual de Implantação e Roteiro para Auditoria do Critérios para Auditoria SISTEMA DE GESTÃO DO PROGRAMA ATUAÇÃO RESPONSÁVEL

Manual de Implantação e Roteiro para Auditoria do Critérios para Auditoria SISTEMA DE GESTÃO DO PROGRAMA ATUAÇÃO RESPONSÁVEL Manual de Implantação e Roteiro para Auditoria do Critérios para Auditoria SISTEMA DE GESTÃO DO PROGRAMA ATUAÇÃO RESPONSÁVEL É proibida a reprodução total ou parcial deste documento por quaisquer meios

Leia mais

NR 4. SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978

NR 4. SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978 NR 4 SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978 A Norma Regulamentadora 4, cujo título é Serviços Especializados em Engenharia

Leia mais

Modelo de Plano de Ação

Modelo de Plano de Ação Modelo de Plano de Ação Para a implementação da Estratégia Multimodal da OMS para a Melhoria da Higiene das Mãos Introdução O Modelo de Plano de Ação é proposto para ajudar os representantes de estabelecimentos

Leia mais