Políticas de saúde: Presente e futuro

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1 Número 33 Janeiro ISSN Políticas de saúde: Presente e futuro RECURSOS HUMANOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO HOSPITAIS CUIDADOS CONTINUADOS CENTROS DE SAÚDE

2 ELEIÇÕES Conselho de Enfermagem, Conselho Fiscal, Colégios de Especialidade e Conselhos de Enfermagem Regionais 17 de Março de 2010 Voto presencial e por correspondência Participe! Mais informações sobre este acto eleitoral no suplemento que acompanha esta edição da ROE e em (Homepage e Área Reservada).

3 E d i t o r i a l Bastonária vera vidigal Cara(o) Colega Nesta primeira edição de 2010 da Revista da Ordem dos Enfermeiros (ROE) não podia deixar de referir as modificações que estão já em curso, decorrentes da entrada em vigor da Lei nº 111/2009 de 16 de Setembro, diploma que instituiu a primeira alteração ao Estatuto da Ordem dos Enfermeiros e que permite criar as condições para materializar o novo Modelo de Desenvolvimento Profissional (MDP). Em curso encontra se já todo o processo eleitoral que visa adequar a constituição prevista no novo diploma. A 17 de Março, vamos eleger o Conselho Fiscal (Presidente e Vice presidente sendo os restantes membros os actuais Presidentes dos Conselhos Fiscais Regionais); o Conselho de Enfermagem (Presidente e cinco vogais), assim como os Conselhos de Enfermagem Regionais cujos Presidentes integrarão o Conselho de Enfermagem; e as Mesas dos Colégios das Especialidades (Presidente e dois Secretários). É um importante momento da participação de todos os membros na vida da nossa Ordem (OE). É uma eleição apenas para alguns órgãos que se releva de particular importância para que, no quadro estatutário, tenhamos as condições para o desenvolvimento do trabalho com vista à implementação do Modelo de Desenvolvimento Profissional. Por isso, juntamente com esta edição da ROE enviamos lhe um suplemento inteiramente dedicado às eleições de 17 de Março, para que com toda a informação disponível possa, em consciência, VOTAR. Aproveito o momento para uma vez mais reafirmar que a aplicação das novas regras estatutárias para a atribuição dos títulos de enfermeiro e de enfermeiro especialista contempladas no novo Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, republicado pela Lei nº 111/2009 de 16 de Setembro implica regulamentação própria da Ordem e conjunta com Ministério da Saúde (MS). A preparação deste trabalho já está iniciada. O Conselho de Enfermagem preparou dois cadernos temáticos que estão disponíveis no site (Área Reservada). Iniciou se o trabalho conjunto OE / MS na perspectiva de serem criadas as melhores condições possíveis para a sua implementação. Trata se de uma etapa decisiva para o futuro da profissão de Enfermagem em Portugal. Com este processo estou convicta que, no futuro, teremos criadas mais e melhores condições para que cada enfermeiro possa desenvolver o seu percurso profissional com o efectivo reconhecimento das suas competências. Contribuindo, desse modo, para o desenvolvimento da Enfermagem e para a melhoria na resposta, com qualidade e segurança, à complexidade das necessidades sentidas pelos nossos concidadãos. Contudo, e certa de que me acompanhará na reflexão de que, o que nos rodeia não devemos ignorar, não queria deixar de, neste espaço, partilhar consigo aspectos que merecem a nossa atenção e preocupação e que encontrará em destaque nesta revista. Primeiro gostaria de assinalar o importante significado que assumiu para nós, enfermeiros, e para a população em geral, a manifestação de profundo descontentamento pela ausência do reconhecimento da dignidade da profissão e do valor que os cuidados de Enfermagem relevam para os cuidados de saúde, que marcou a última semana de Janeiro. Segundo, para todas as áreas da sociedade portuguesa estão criados desafios importantes para o futuro. Atentos que estamos ao momento em que se discute o Orçamento de Estado, não podemos ignorar que apesar de nele haver um reforço de verbas para a Saúde entendemos não estar devidamente acautelada a necessidade de garantir os necessários recursos humanos, que são o mais importante investimento para mais e melhor saúde, onde os cuidados de proximidade (Cuidados de Saúde Primários e Cuidados Continuados Integrados) deveriam ser uma prioridade. Por isso, o tema que está em destaque nesta edição da ROE são as Políticas de Saúde. O Enf. Jacinto Oliveira, Vice presidente do Conselho Directivo da OE deixa, ao longo da entrevista de abertura desta edição, questões que seguramente as entenderá como pertinentes no actual contexto. Por fim, gostaria ainda de salientar que entendemos a intervenção da OE de acordo com as suas atribuições, junto do poder político, pela apresentação das nossas posições e colocando a nossa perspectiva sobre as matérias que consideramos fundamentais. Foi neste quadro que o Conselho Directivo da OE, no início da nova legislatura, elaborou uma Tomada de Posição à qual se seguiu, com o apoio de outros órgãos estatutários, a preparação do dossiê documental que tem estado a ser apresentado aos vários decisores políticos. Do teor do dossiê e dos desenvolvimentos que daí resultaram também damos conta num artigo desta edição. Porque todos somos convocados para a participação cívica e profissional, conto consigo. A Bastonária Maria Augusta Sousa

4 roe 33 JaNEiro Sumário Políticas de saúde: Presente e futuro arquivo Oe Sumário N.º 33 Janeiro 2010 intervenção 4 Entrevista Entrevista ao Enf.º Jacinto Oliveira, Vice presidente do Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros 11 Notícias Ordem dos Enfermeiros elabora dossiê documental sobre a Legislatura de 2009 / vera vidigal 15 a considerar Conselho Jurisdicional Parecer 90 / 2009 Possibilidade de actividade profissional em laboratório de análises clínicas Conselho Jurisdicional Parecer 105 / 2009 O acesso à informação de saúde das pessoas, pelos enfermeiros Conselho de Enfermagem Conceptualização da Prática Clínica Enfermagem de Reabilitação e Cuidados Continuados: consolidação de premissas antigas ou um novo desafio? Conselho de Enfermagem Conceptualização da Prática Clínica Parecer do CE N.º 248 / 2010 Avaliação da visão e da audição (O CE adopta na íntegra o Parecer nº 22 / 2009 / CEESIP) Conselho de Enfermagem Conceptualização da Prática Clínica Parecer do CE N.º 141 / 2009 Execução de citologia cervical (Transcreve se em resposta o Parecer CE Nº 20 / 2008, em que o CE adoptou, com alterações, o Parecer 12 / 2008 / CEESMO) Conselho de Enfermagem Conceptualização da Prática Clínica Parecer do CE N.º 142 / 2009 Realização de exames citológicos cervico vaginais (Adopta o Parecer 24 / 2009 / CCG, com alterações decorrentes do Parecer CE Nº 20/2008, reportando a proposta de Parecer 12 / 2008 / CEESMO)

5 Destaque regional Roe 33 JANEIRO 2010 Sumário 40 Açores ARQUIVO OE Ivo godinho A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores (SRRAA) da Ordem dos Enfermeiro (OE), no âmbito das suas competências, tem desenvolvido Centro ARQUIVO OE À semelhança das edições anteriores, centraremos a nossa perspectiva na acção desenvolvida durante as semanas distritais da Secção Regional do Centro Madeira Prosseguindo na apresentação das principais actividades desta Secção Regional (SRRAM), e no que ao mês de Março de 2009 se refere, 46 Norte A Secção Regional do Norte (SRN), em associação com a Europacolon Portugal Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino promoveu, 48 Sul ARQUIVO OE ARQUIVO OE ARQUIVO OE Actualidade 50 Em destaque Relações Internacionais Declaração do EFNNMA sobre Recrutamento internacional de pessoal de saúde 13.ª Conferência Anual Voluntariado de Enfermagem em Moçambique «A senhora do leite» 55 Breves Procurando dar a conhecer aos leitores da ROE algumas das actividades empreendidas pela Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros, 48

6 4 Entrevista Notícias Enf.º Jacinto Oliveira, Vice-presidente do Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros «Estamos conscientes de que a afectação de recursos acarreta custos. Todavia, é necessário sermos menos imediatistas e mais proactivos» Analisar o presente e perspectivar o futuro, a curto prazo, da política para o sector da Saúde em geral e da Enfermagem em particular, numa altura que o novo Governo tem menos de seis meses de mandato foi o principal objectivo da entrevista ao Enf.º Jacinto Oliveira, Vice presidente do Conselho Directivo (CD) da Ordem dos Enfermeiros e responsável, no seio do CD, pelas políticas de saúde e gestão do risco. Revista da Ordem dos Enfermeiros (ROE) Perante um Governo minoritário, como avalia estes primeiros meses de mandato e perspectiva o futuro da Saúde em Portugal e nomeadamente na área da Enfermagem? vera vidigal Enf.º Jacinto Oliveira Antes de mais nada importa relevar que há um partido que saiu vencedor das eleições legislativas de Setembro de 2009 e esse partido apresentou um programa que serviu, aliás, de base para o programa do Governo, o qual foi sufragado pelos portugueses. Tendo em consideração o programa do Governo e estes primeiros quatro meses de exercício governativo, tudo indica que no sector da Saúde vai existir uma continuidade das políticas empreendidas pelo Governo anterior. Em termos globais, consideramos que a diferença principal contida no actual programa de Governo e na actual política ministerial consiste numa «aceleração» dos prazos de conclusão para as reformas em curso. E isso coloca nos uma questão muito importante. Do nosso ponto de vista, as reformas encetadas, nomeadamente no que diz respeito aos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e à implementação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), estão desde logo fortemente limitadas pelo número

7 Entrevista Notícias escasso de enfermeiros nessas duas áreas. Ora, se se pretende aumentar a velocidade de implementação e se hoje o número de enfermeiros já é diminuto, ou aumentamos desde já os recursos de Enfermagem necessários a essas reformas, ou suspeitamos que as mesmas estejam fortemente limitadas, para não dizer comprometidas. Porque vem a talhe de foice, é também muito importante referir que a OE, à semelhança de momentos anteriores, elaborou um dossiê documental para esta legislatura, o qual apresentou a todos os partidos com assento parlamentar e ao Governo. Ou seja, nenhum dos actores políticos pode dizer que não conhece a visão da OE para as questões relacionadas com o seu mandato social. ROE Curiosamente, no que diz respeito aos recursos humanos na saúde, o que o programa do Governo refere está mais relacionado com uma reorganização dos recursos existentes e com o reforço da formação dos mesmos. Em momento algum menciona a contratação de mais profissionais para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), por exemplo. Esta é uma questão que preocupa a Ordem? Enf.º JO Obviamente que essa é uma questão que nos preocupa imenso, tanto mais que diversas entidades públicas e até o Governo anterior assumiram uma carência gritante de enfermeiros. Contudo, devo salientar que, na audiência que a OE realizou com a Senhora Ministra da Saúde no passado mês de Novembro, a Dr.ª Ana Jorge defendeu a adopção de medidas específicas para os recursos humanos da Saúde e mostrou se sensível à necessidade de incorporar enfermeiros no SNS. Estamos, por isso, a aguardar que essas intenções sejam rapidamente materializadas. Julgamos que os cidadãos compreendem que a eficácia e eficiência das reformas dependem sempre dos recursos necessários para as levar a cabo. Sem recursos não há reforma que possa ter sucesso e consequentemente, há necessidades em saúde das pessoas que não estão a ser supridas. Para além disso, podemos estar a enveredar por algo que é muito injusto e que coloca problemas de equidade que é termos pessoas com acesso a serviços onde a reforma já foi implementada e por isso têm cuidados de saúde de primeira. E termos outras pessoas onde a reforma ainda não chegou e que por isso têm cuidados de saúde de segunda. Salienta se que muitas vezes estas disparidades ocorrem num mesmo espaço físico, ou seja, num mesmo centro de saúde. Isto é completamente inaceitável para a Ordem dos Enfermeiros, atendendo aos princípios expostos no estatuto que a rege. Dificilmente o Governo poderá contar com a nossa colaboração sempre que em causa estejam situações de iniquidade. Unidades de Cuidados na Comunidade de parabéns ROE E o mesmo aplica se às Unidades da Cuidados na Comunidade (UCC) Enf.º JO As UCC são um elemento essencial da reforma dos CSP, pois constituem se como uma resposta absolutamente essencial para que os objectivos da mesma possam ser atingidos. Conscientes disso mesmo, os colegas dos CSP responderam muito positivamente a este desafio, tendo formulado um número recorde de candidaturas (270), considerando o prazo de que o Ministério concedeu para tal (cerca de oito meses). Aproveito para congratular todos os colegas que, em tão curto espaço de tempo, se organizam para propor as referidas candidaturas a UCC. Este número superou largamente as nossas expectativas. Uma vez mais, os enfermeiros demonstraram à sociedade portuguesa que são profissionais extremamente dinâmicos e sempre que lhes é dada uma oportunidade, eles sabem aproveitá la e construir projectos credíveis. Nós esperamos que as expectativas destes colegas e dos cidadãos não sejam defraudadas por ausência de meios que permitam a implementação destas unidades. A Senhora Ministra da Saúde

8 6 Entrevista Notícias tem aqui uma oportunidade soberana para demonstrar que a reforma é mesmo para acelerar e cumprir. ROE Como interpreta a diferença de ambição constante do programa de Governo entre as UCC em relação às quais se estabelece que até 2012 devem existir em todos municípios e as USF no terreno já há mais tempo, mas em relação às quais se define que até 2013 devem existir em todo o território? Enf.º JO Creio que, se por um lado essa diferença de ambição é entendível porque de facto a criação das USF remonta a 2006, enquanto as UCC acabam de nascer por outro preocupa nos, porque também aqui se podem a estar a criar duas velocidades na reforma e, consequentemente, duas velocidades para o país. O que seria desejável é que se procurasse planear uma estratégia que harmonizasse a implementação da reforma dos CSP com as diversas unidades que a compõem. Também seria bom que esse planeamento fosse tornado público para que todos os actores, agentes e cidadãos pudessem conhecê lo e sufragá lo. Nós defendemos a definição de um calendário transparente para a implementação da reforma, consensualizado com todos os parceiros onde, para além das datas, se definam os recursos a alocar. A OE está disponível encontrar um consenso. Se assim não for, bem podem os políticos dizer que há uma reforma em curso. O problema com que nos defrontamos comummente é esquecer que as reformas só no papel não prestam cuidados de saúde à população. Obviamente estamos conscientes de que a afectação de recursos acarreta custos. Todavia, é necessário sermos menos imediatistas e mais proactivos. É preciso perceber que um eventual investimento em recursos humanos na reforma dos CSP hoje vai trazer ganhos em saúde que diminuem, por exemplo, a procura de cuidados hospitalares no futuro. Do nosso ponto de vista, há um trabalho imenso a fazer no sentido da promoção da saúde e da prevenção da doença. Para a Organização Mundial de Saúde e também para a OE esta é a aposta determinante para que as populações tenham ganhos em saúde significativos. E, assim sendo, é preciso garantir o investimento financeiro que, de uma vez por todas, conduza à correcção crónica de desinvestimento nesta área de prestação de cuidados. ROE Considerando a receptividade que as UCC tiveram junto dos enfermeiros, pensa ser possível a revisão dos objectivos inicialmente traçados pelo Ministério? Enf.º JO Pensamos que seria uma prova de inteligência política se tal acontecesse. No mínimo, esta dinâmica tão positiva e tão rápida podia e devia merecer uma reflexão por parte do Ministério, no sentido de alterar o que está programado. Se assim for, volto a reforçar que tal deve acontecer em sede de um plano estratégico de implementação. Continuidade ministerial ROE A continuidade da Dr.ª Ana Jorge à frente do Ministério foi inicialmente tida como positiva para muitos interlocutores da Saúde. Como é encarado este facto pela OE? Enf.º JO À partida, a continuidade de um líder de topo é sempre vantajosa. Já nos conhecemos, percebemos os pontos de vista e, portanto, é de crer que isso traz vantagens. Porém, queremos afirmar com clareza que o carácter positivo desta continuidade tem que se manifestar em vontade política e medidas concretas que resolvam os problemas e diferendos existentes. Seria muito interessante que o Conselho de Ministros percebesse a natureza particular de alguns problemas do sector da Saúde, e que pudesse abrir os cordões à bolsa numa proporção razoável que pudesse levar à implementação das reformas. Teremos de encarar os gastos em saúde como investimento e não como despesa. A oferta de cuidados de saúde é absolutamente determinante para uma série de ganhos directos e indirectos na economia global de um país. Não há país de sucesso sem cuidados de saúde que verdadeiramente respondam às necessidades das pessoas. E saliento que as necessidades em saúde devem ser supridas ao longo do

9 Entrevista Notícias ciclo de vida e não apenas no momento em que a pessoa está doente. A este respeito é muito interessante olhar o Enquadramento Conceptual dos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, que referem que, cada pessoa tem o seu projecto de saúde e este precisa de ser acompanhado e gerido. É precioso, pois, aproveitar as competências dos enfermeiros, uma vez que eles sabem, como ninguém, criar os instrumentos que ajudem as pessoas a gerir o seu processo de saúde, a ter uma vida saudável, uma melhor qualidade de vida numa palavra, a serem mais felizes. ROE Apesar do que afirma relativamente à continuidade da Dr.ª Ana Jorge, os sindicatos de Enfermagem têm demonstrado um grande descontentamento face às propostas salariais. Enf.º JO Em primeiro lugar, a OE não confunde papéis, ou seja, está claro para nós que a negociação da carreira onde se enquadram as questões salariais, mas também outras igualmente importantes são matéria da competência dos sindicatos. Tal facto não obsta a que consideremos que os enfermeiros têm sido profundamente lesados ao longo da última década e que, por isso, têm razões fundadas para demonstrar o seu descontentamento. Temos acompanhado o já estafado processo negocial e a mais recente proposta apresentada aos sindicatos é humilhante para a profissão. Temos também muita dificuldade em compreender a inconsistência e incoerência que tem acompanhado a gestão deste processo, por parte do Ministério da Saúde, uma vez que a confiança entre as partes se constitui como o valor fundamental em qualquer processo negocial. Em síntese, consideramos justas todas as manifestações, enquadráveis num Estado de Direito, que os enfermeiros decidam levar a cabo no sentido de corrigir a gritante injustiça com que estão confrontados. Chegado aqui, gostaria de chamar a atenção para algo que nos parece que o Governo português não está a antecipar. Diversos relatórios internacionais, desde logo da Organização Mundial da Saúde (OMS), identificam uma carência enorme de enfermeiros a nível mundial. Dizem ainda que este será um dos mais graves problemas da próxima década e que a sua gestão e resolução serão muito difíceis. Também sabemos que há países onde as condições monetárias oferecidas aos enfermeiros são muito melhores que em Portugal (como por exemplo nos Estados Unidos da América, Canadá, Reino Unido e até mesmo em Espanha). Posto isto, ou o Governo cuida de encontrar a medida certa para este problema, ou pode correr o risco de estar a formar enfermeiros que depois emigram e por isso não trabalham em Portugal. Apesar do que disse, continuamos confiantes que, a seu tempo, serão encontradas soluções a contento de ambas as partes. ROE E isso, de alguma forma, poderá passar pela formação de mais enfermeiros ou pela «absorção» dos que entretanto têm saído das escolas de Enfermagem? Enf.º JO Essa questão dá me a oportunidade para tentar clarificar diversos assuntos. Primeiro: todos os indicadores disponíveis demonstram que há necessidades em cuidados de Enfermagem dos cidadãos portugueses que não estão a ser satisfeitos; as necessidades existentes absorvem claramente o número de enfermeiros existentes. Portanto, em nosso entender, não há justificação aceitável para a não inclusão desses profissionais no mercado de trabalho. Temos de trabalhar todos para demonstrar e implementar medidas que promovam a sua inserção. Segundo: é necessário promover uma reflexão urgente e séria sobre o ritmo de formação de enfermeiros. Por um lado, porque, por exemplo, a capacidade de formação clínica que se constitui como o aspecto estruturante para a formação de base está claramente ultrapassada. Por outro lado, temos de ser capazes de planear um ritmo de formação consonante com a evolução das necessidades da sociedade portuguesa. Se não fizermos rapidamente este trabalho podemos entrar num pro

10 8 Entrevista Notícias cesso de delapidação de recursos completamente incompreensível. No caso da Enfermagem, é necessário implementar um plano estratégico que nos assegure que, em cada momento, tenhamos o número de enfermeiros necessários para responder às necessidades existentes. ROE Mas a elaboração deste plano estratégico para a formação de enfermeiros é um assunto que foi colocado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) há já algum tempo. Houve novidades? Enf.º JO Embora essa seja uma área de responsabilidade que não me está delegada no CD, gostaria de deixar claro que a pedido do MCTES, a OE elaborou, em tempo recorde, um plano estratégico para o Ensino da Enfermagem em Portugal que foi entregue em Julho de 2008 e que, desde essa altura, aguarda o agendamento do Senhor Ministro para que possa ser discutido. Já agora aconselho vivamente a leitura daquele documento a todas as pessoas, mas em particular aos enfermeiros (disponível em Menu Principal Documentos). Permita me já agora que desfaça um mito. A OE não tem, do ponto de vista estatutário, como intervir no processo de autorização de abertura de vagas ou cursos de Enfermagem. Este processo é da inteira responsabilidade do MCTES. Do mesmo modo, que não intervém na concepção dos planos de estudo dos cursos. Ou seja, o ritmo formativo existente não pode ser controlado por nós. Trabalho em curso com o Ministério e grupos parlamentares ROE O Conselho Directivo da OE, na sua primeira reunião após o acto legislativo de 27 de Setembro, elaborou uma Tomada de Posição que esteve na base do dossiê documental entregue recentemente à Dr.ª Ana Jorge, Ministra da Saúde, e que tem estado a ser apresentado aos grupos com assento parlamentar, no decurso de várias audiências. Desses documentos constam as principais preocupações e expectativas da OE para o sector da Saúde, muitos dos quais já constavam de um outro dossiê entregue aquando da primeira tomada de posse da Ministra da Saúde, no início de A Ordem considera que no espaço de dois anos, poucas foram as evoluções registadas na Saúde em Portugal? Enf.º JO A Ordem dos Enfermeiros possui uma cultura de proactividade. Procuramos identificar problemas e, ao mesmo tempo, encontrar soluções. Ao mesmo tempo, na medida do possível, somos espectadores atentos da realidade que nos rodeia, de modo a que, atempadamente, possamos fazer sugestões relativamente à dinâmica social, nomeadamente na área da Saúde. Há dois anos preparámos um dossiê onde identificámos os problemas e apresentámos soluções relacionadas com as reformas em curso, funcionamento dos hospitais, gestão dos serviços, etc Houve alguns desenvolvimentos em relação a esse dossiê, conquanto existam inúmeros aspectos constantes desse documento que ainda se mantêm actuais. Tanto através da Tomada de Posição de Outubro de 2009, como com o dossiê entregue à Dr.ª Ana Jorge e a vários grupos parlamentares, quisemos transmitir o posicionamento da OE relativamente à presente legislatura. E desta forma, o Governo e a Assembleia da República passaram a conhecê lo. Quisemos encurtar caminho. Na audiência do passado mês de Novembro, a Senhora Ministra da Saúde assumiu alguns compromissos com a OE relativamente a assuntos como os recursos humanos (como atrás referi), UCC e CSP, urgência e emergência, Modelo de Desenvolvimento Profissional da OE e Sistemas de Informação em Saúde, entre outros. Estamos neste momento a aguardar mais evoluções nesta matéria. Com os grupos parlamentares, a entrega do dossiê nas audiências que têm estado a decorrer tem por objectivo dar a conhecer o posicionamento da OE para que, nos tempos e nos momentos oportunos, as pessoas que têm responsabilidades políticas, as possam usar.

11 Entrevista Notícias vera vidigal pelas expectativas dos profissionais e dos cidadãos através da construção de um consenso virtuoso que a todos aproveite. Quero comprometer a OE, afirmando que estamos disponíveis para ajudar a esse consenso. Mais: não temos dúvidas que a sociedade portuguesa pode contar com os enfermeiros, o maior grupo profissional da área da saúde. Gestão de risco: uma área a desenvolver ROE No ano passado, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) divulgou um estudo que referia que por cada 100 internamentos, 10 complicam se devido a erros, com danos para os doentes. Pouco tempo depois, tornou se público o caso da «cegueira» do Hospital de Santa Maria. Estes dois casos chamaram a atenção da opinião pública, de profissionais, gestores de saúde e responsáveis políticos para a questão da gestão do risco. Que tipo de contributo é que a OE pode dar nesta matéria junto da actual equipa ministerial? ROE Em seu entender, qual vai ser o principal desafio do SNS a curto prazo? Enf.º JO Permita me em primeiro lugar, louvar todos quanto, mas em particular os enfermeiros, contribuíram para a edificação da maior conquista da nossa democracia o SNS! Passados estes 30 anos é importante olhar o horizonte e traçar um caminho que vise o reforço do SNS devo dizer que, do nosso ponto de vista, o desafio dos próximos 30 anos será seguramente diferente, mas certamente tão ou mais exigente. Em nosso entendimento, existem dois aspectos fundamentais que se constituem em desafios. Por um lado, pela compreensão de que é no respeito pela complementaridade das intervenções das profissões que reside o sucesso das políticas de saúde. Por outro lado, pela inclusão dos cidadãos nas tomadas de decisão nesta área. Numa palavra, o reforço do SNS passa pelo respeito Enf.º JO A gestão do risco em Saúde é algo tão importante que a OMS, a própria União Europeia e as associações internacionais que representam as diversões profissões da área da Saúde entendem que a segurança dos doentes patient safety, que engloba a componente da gestão do risco será o grande desafio para os profissionais de saúde nas próximas décadas. Em Portugal temos um caminho imenso para percorrer. O facto de o Ministério da Saúde, através da Direcção Geral da Saúde, ter definido um Programa Nacional de Gestão do Risco e Segurança do Doente é um aspecto muito positivo. Contudo, mais uma vez, é preciso ir além deste documento e por isso seria bom que as instituições de saúde pudessem ser vinculadas a uma política nacional. Mas o que se verifica é que existe um certo livre arbítrio por parte das organizações de saúde. A OE considera que cada organização deve ter uma política proactiva de gestão de risco que permita a diminuição drástica da probabilidade de ocorrência dos eventos adversos e que introduza melhoria significativa nos processos de prestação de cuidados.

12 10 Entrevista Notícias A nível nacional, a OE tem assumido um papel preponderante na discussão e divulgação desta temática, elegendo a segurança dos cuidados como tema central da sua intervenção política e profissional para 2009 e As organizações e os profissionais devem esforçar se para se familiarizarem com esta nova realidade e retirar dela todas as consequências. Há inúmeras oportunidades à espreita que, a serem concretizadas, desenharão dinâmicas que tornarão os cuidados de saúde mais seguros. Que não restem dúvidas que a gestão do risco e a segurança do doente assumirão, a curto prazo, uma prioridade incontornável em todas as áreas de prestação de cuidados, constituindo se como referenciais estruturantes da qualidade em saúde. ROE Quais são os elementos fundamentais para uma efectiva gestão do risco? Enf.º JO O primeiro, e sem dúvida o mais importante, é a definição de uma política de gestão do risco com o envolvimento de todos os profissionais e o apoio inequívoco da gestão de topo assumindo que a implementação da política definida se constitui como um grande desafio institucional. Uma política efectiva de gestão do risco deve permitir, nomeadamente: a promoção da qualidade e a segurança, com a consequente melhoria do desempenho organizacional; a promoção da sustentabilidade financeira; a preservação da imagem e da reputação dos profissionais e da instituição. Também deve acautelar a segurança jurídica, controlando a possibilidade de contratar seguros quando algo corre mal e, muito importante, promover a satisfação dos clientes internos e externos. ROE De que forma é que os Sistemas de Informação podem estar envolvidos na gestão de risco? Enf.º JO Deixe me sublinhar, em primeiro lugar, que os Sistemas de Informação são uma ferramenta poderosíssima e estruturante para diversos aspectos relacionados com a prestação e gestão dos cuidados de saúde. Para que tal aconteça, é necessário definir um conjunto de especificações que os tornem verdadeiramente eficazes. A interoperabilidade, por exemplo, afigura se como propriedade fundamental: não é aceitável, como hoje acontece, que os diversos subsistemas existentes na área da saúde não comuniquem entre si. Julgamos que o Registo de Saúde Electrónico que se encontra em estudo, se bem concebido, pode concorrer para ganhos importantes no sector da saúde. Assim haja vontade e força política para o desenvolver e implementar. Relativamente à gestão do risco, ela debate se hoje com o problema da inexistência de dados o arquivo e análise de dados é muito importante para a Gestão de risco. Há até uma expressão muito usada no meio que diz que se não medimos, não sabemos; se não sabemos, não mudamos; se não mudamos, não melhoramos. ROE Para si, os gestores de risco nos hospitais devem ser enfermeiros? Enf.º JO Não posso, nem devo, por razões diversas, afirmar taxativamente que os gestores de risco dos hospitais devem ser enfermeiros. Porém, o que a minha experiência me diz é que os enfermeiros podem ser excelentes gestores de risco. Há um conjunto de competências que os enfermeiros detêm que são importantes para o desempenho desta função e, penso ser consensual, não há muitos profissionais de saúde que conheçam tão bem as dinâmicas das organizações prestadoras de cuidados de saúde como os enfermeiros. Reunidas estas condições, do meu ponto de vista críticas para o desempenho desta função, penso que a gestão do risco se pode constituir como uma oportunidade nova para a profissão. Espero sinceramente que os enfermeiros percebam e valorizem a sua importância e explorem convenientemente as suas virtualidades. É bom que se diga que os enfermeiros se queixam muitas vezes da invasão das suas competências (umas vezes de forma legítima, outras nem tanto), mas para além de carpir mágoas devem também estar atentos e agarrar novas oportunidades na área da saúde para as quais possuem competências. oe

13 Notícias 11 Conselho Directivo Ordem dos Enfermeiros elabora dossiê documental sobre a Legislatura de 2009 / 2013 Na sequência da tomada de posse de um novo Governo e de um novo «figurino» parlamentar, o Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros (OE) elaborou um dossiê documental onde expressa as suas preocupações relativamente a um conjunto de temáticas do sector da Saúde e apresenta o que entende que deveriam ser as prioridades de acção para a actual Legislatura. Este documento que surgiu no seguimento de uma Tomada de Posição da OE acerca dos resultados das eleições de 27 de Setembro e elaborado à imagem de um outro dossiê apresentado em Fevereiro de 2008 foi entregue, a 25 de Novembro de 2009, à Dr.ª Ana Jorge, Ministra da Saúde, tendo também sido dado a conhecer aos grupos parlamentares em sucessivas audiências. Neste artigo apresentamos algumas das ideias-chave contidos no documento supracitado. O «Dossiê Documental Legislatura 2009 / 2013» encontrase estruturado em seis grandes áreas: «Reformas no Âmbito da Saúde / Reorganização das Redes», «Dotações de Enfermeiros nas Instituições de Saúde», «Modelo de Desenvolvimento Profissional Lei Nº 111/2009 de 16 de Setembro: Regulamentação e Implementação», «O Ensino e a Investigação em Enfermagem: Implicações no Quadro dos Cuidados de Saúde», «Sistemas de Informação em Saúde E-Health / Sistemas de Informação em Enfermagem», «Da Regulação Profissional no Domínio da Saúde». Em todos os itens a OE formulou uma pequena introdução sobre o contexto e a perspectiva que o Conselho Directivo possui sobre cada um deles. Seguem-se as perspectivas que a OE tem sobre cada um dos assuntos e as recomendações sobre as prioridades de acção. Destacamos alguns dos pontos constantes do dossiê. 1. Reformas no Âmbito da Saúde / Reorganização das Redes Para os Cuidados de Saúde Primários (CSP), a OE defende: O «desenvolvimento de um plano estratégico que assegure a continuidade e sucesso da reforma dos Cuidados de Saúde Primários»; A «garantia do investimento financeiro, necessário e essencial, à execução da reforma e que conduza definitivamente à correcção crónica de desinvestimento nesta área de cuidados de saúde»; A «adequação dos mapas de pessoal» dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) «às reais necessidades em cuidados de saúde dos cidadãos»; O «incremento, para os enfermeiros, de percursos de desenvolvimento profissional conducentes à aquisição de competências especializadas nas áreas de especialidade reconhecidas pela OE e em Enfermagem de Saúde Familiar»; A «implementação da Enfermagem de Saúde Familiar nas Unidades de Saúde Familiar (USF) e Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), decorrente da assinatura pelo Estado Português da Declaração de Munique (2000) e dos princípios subjacentes a toda a reforma para a organização dos cuidados de Enfermagem nos CSP»; A «implementação das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), outras unidades funcionais e ACES»; O «desenvolvimento e certificação» dos Sistemas de Informação em Saúde e em Enfermagem (SIS / SIE), com destaque especial para o SAPE, «a fim de integrar / melhorar a arquitectura e conteúdos compatíveis com a intervenção familiar e comunitária e garantir a sua integração, acessibilidade e interoperabilidade», entre outros aspectos.

14 12 Notícias Para a área da Urgência / Emergência, advoga-se o seguinte: A «continuação e conclusão do trabalho de requalificação da Rede de Urgências e que o mesmo tenha a participação activa dos enfermeiros»; A «promoção da criação de protocolos de actuação na Urgência, em articulação com outras organizações»; A «promoção do desenvolvimento da Triagem de Manchester e implementação dos protocolos de encaminhamento de doentes nos Serviços de Urgência hospitalares, como forma de aumentar a eficiência no atendimento»; A «resolução das situações de inadequada dotação de enfermeiros que ponham em causa a garantia da qualidade e segurança de cuidados e a vigilância dos doentes nos Serviços de Urgência»; O «desenvolvimento, com a participação das diferentes organizações profissionais, de um plano estratégico para a Emergência Pré-hospitalar (EPH)»; O «incremento da formação e qualificação de todos os grupos profissionais que actuam na EPH»; A «promoção da regulamentação da actividade dos diversos profissionais que actuam na EPH». Para as Linhas de Atendimento e orientação de doentes, o dossiê documental contempla: A «nomeação de uma comissão técnica, onde a presença da OE é obrigatória pela natureza dos serviços prestados, que avalie a adequação dos algoritmos usados para a população portuguesa»; A «definição de um perfil de utilização da Linha de Saúde 24, dotando-a dos recursos humanos necessários, de modo a garantir que o tempo de espera dos utilizadores não exceda um período de tempo a definir entre os diversos actores e agentes envolvidos»; A «definição da obrigatoriedade de tornar públicos os relatórios de auditoria externa». A «criação de uma comissão independente que acompanhe e monitorize o cumprimento do contrato entre o Ministério da Saúde (Direcção-Geral da Saúde) e a empresa gestora da Linha, e cujo parecer seja vinculativo». Para a área dos Cuidados Continuados Integrados, a OE recomenda que se; «Corrijam as assimetrias regionais e nacionais, através da expansão» da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), «articulando a tipologia de unidades / equipas a criar às necessidades / especificidades regionais e nacionais»; «Garanta a operacionalização dos princípios e prática de Governação Clínica nas unidades e equipas da RNCCI, como condição imprescindível à contratualização»; Implementem «os SIS / SIE, certificados pela OE, que permitam avaliar / monitorizar a qualidade de cuidados de Enfermagem e o desempenho organizacional das várias unidades, constituindo condição fundamental à contratualização»; Assegure «a existência de recursos humanos, nomeadamente de Enfermagem, em qualificação e quantidade que permita garantir a segurança e qualidade dos cuidados»; «Adoptem, até nova avaliação, os ratios de Enfermagem preconizados pela Ordem dos Enfermeiros, nos termos do documento Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados: Referencial do Enfermeiro, Março, 2009, nomeadamente no caso dos especialistas em Enfermagem de Reabilitação e em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria»; E que se altere o Decreto-Lei nº 101/2006, de 6 de Junho, que criou a RNCCI, «de modo que a Direcção Técnica destas unidades / equipas seja da competência de um(a) enfermeiro(a)», entre outros aspectos. Na Área Hospitalar, o documento identifica as seguintes prioridades de acção: «A necessidade de planificação estratégica relativamente à rede hospitalar, à semelhança do que se tem verificado com os Cuidados Primários e com a rede de Cuidados Continuados; A necessidade de repensar o modelo de governação dos hospitais portugueses, tornando a qualidade dos cuidados, a segurança dos doentes e o combate ao desperdício uma responsabilidade partilhada por profissionais de saúde e gestores, enquadrando-os no contexto mais global do sistema de saúde;

15 Notícias 13 A pertinência da uniformização de conceitos e metodologias que promovam a equidade dos cidadãos relativamente aos cuidados hospitalares e que garantam aos profissionais as condições seguras para essa prestação; A importância da criação de um observatório para a actividade hospitalar; A necessária evolução para um modelo de financiamento dos hospitais que contemple desempenhos e resultados em Saúde e que recorra a sistemas de classificação de doentes, que incluam ajustamentos pelo risco». No que concerne às «Reformas no Âmbito da Saúde / Reorganização das Redes», o dossiê aborda ainda o Plano Nacional de Saúde 2004 / 2010 sugerindo a adopção de medidas na elaboração do plano para a próxima década, bem como a reestruturação dos serviços de Saúde Mental. 2. Dotações de Enfermeiros nas Instituições de Saúde Sobre esta matéria, a OE tem vindo a defender: «A alteração do Decreto-lei da Administração Pública sobre recrutamento e contratação, criando regras específicas para a área da saúde»; A «continuação do trabalho iniciado com vista à alteração da Circular Normativa da Secretaria-Geral dos Recursos Humanos nº1 / 2006, de 12 de Janeiro, com a necessária recomendação de ajustamento anual aos valores de referência das Horas de Cuidados Necessárias (HCN), a divulgar pela» Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS); A consagração, «em sede de Orçamento de Estado, de verbas que permitam executar as decisões que decorrem dos pontos anteriores e que permitam a consecução das reformas em curso; A elaboração de um plano estratégico que permita o progressivo ajuste das dotações de acordo com os indicadores e os recursos disponíveis, submetido à definição e clarificação das áreas prioritárias e desenvolvimento dos vários instrumentos de suporte e monitorização com o envolvimento dos vários actores a nível central, regional e local; Consecução de uma política de gestão de recursos humanos, responsabilizadora dos dirigentes e capaz de dinâmicas de atractividade e retenção, condições essenciais ao desenvolvimento de competências dos profissionais e consequentemente à segurança e qualidade dos cuidados aos cidadãos». 3. Modelo de Desenvolvimento Profissional Lei nº111/2009 de 16 de Setembro: Regulamentação e Implementação Resultante da publicação do diploma que estabelece a primeira alteração ao Estatuto da Ordem dos Enfermeiros e, consequentemente, dá início a um novo processo de atribuição de títulos profissionais e ao Modelo de Desenvolvimento Profissional a OE não quis deixar de abordar esta temática no dossiê documental que tem vindo a divulgar junto dos responsáveis políticos do País. Assim, «a Ordem dos Enfermeiros considera que ( ) a materialização dos procedimentos e das condições a implementar para a atribuição dos títulos profissionais de enfermeiro e de enfermeiro especialista implicam responsabilidades partilhadas por parte dos responsáveis políticos, da comunidade científica e profissional de Enfermagem, e dos gestores da saúde, entre outros agentes». Por conseguinte, no dossiê defende-se «o início imediato do trabalho, entre o Ministério da Saúde e a Ordem dos Enfermeiros, para a definição e implementação do quadro regulamentador da Lei nº111/2009 de 16 de Setembro», o que tem vindo a acontecer após a audiência de 25 de Novembro com Dr.ª Ana Jorge. 4. O Ensino e a Investigação em Enfermagem: Implicações no Quadro dos Cuidados de Saúde Neste item, o dossiê documental volta a sublinhar a extrema importância de se criar «um plano estratégico para a formação na área da saúde em geral e da Enfermagem em particular, que confira coerência e regulação da oferta». Recorde-se que a OE continua a aguardar a discussão em torno do Plano Estratégico para o Ensino de Enfermagem que entregou, em Julho de 2008, ao Prof. Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

16 14 Notícias Para o Conselho Directivo da OE, só o aprofundamento político destas matérias, desenvolvendo as intervenções necessárias junto da Assembleia da República, do MCTES e Ministério da Saúde, permitirá responder aos problemas e dificuldades, bem como potenciar o percurso de desenvolvimento da educação e investigação, pilares fundamentais para o processo de autonomia e desenvolvimento da profissão. 5. Sistemas de Informação em Saúde E-Health / Sistemas de Informação em Enfermagem Relativamente a este assunto, o dossiê documental advoga, como prioridades de acção: A «decisão política sobre as conclusões produzidas pelo Grupo de Trabalho para o Registo de Saúde Electrónico Nacional»; A «retoma das diligências entre a OE e a ACSS para a formalização de protocolos visando a certificação (técnica e conteúdos) das aplicações informáticas de suporte aos SIE; o mapeamento da CIPE, versão II, SCD / E e tabelas de actos clínicos ; e partilha de informação do Resumo Mínimo de Dados de Enfermagem (RMDE)», entre outros aspectos. 6. Da Regulação Profissional no Domínio da Saúde No que se refere a esta última grande área, destaca-se do dossiê duas ideias: a necessidade de «aprofundar e desenvolver a harmonização da regulação em Saúde no respeito pelo quadro regulador das profissões e no sentido de travar a tendência desreguladora que o mercado procura impor», bem como a indispensabilidade de «criar um plano estratégico para esta área que impeça medidas avulsas, na salvaguarda dos direitos dos cidadãos e no respeito pelos profissionais». oe Desenvolvimentos recentes Como já foi referido, o dossiê documental relativo à Legislatura 2009 / 2013 tem estado a ser apresentado aos diversos responsáveis políticos, facto que já teve repercussões. Desde logo, na audiência de Novembro com a Ministra da Saúde foi acordada a calendarização da regulamentação da Lei nº 111/2009 de 16 de Setembro. As reuniões de trabalho com vista à elaboração de um decreto-lei que defina o quadro regulamentar para a prática profissional tutelada constante do Modelo de Desenvolvimento Profissional preconizado pela OE tiveram início em Dezembro de O que ficou instituído com a Dr.ª Ana Jorge é que esta matéria deverá estar concluída até ao final do 1º trimestre de 2010, para que possa começar a ser aplicada no início do 2º semestre deste ano. Relativamente à carência de enfermeiros, mobilidade e contratação de profissionais, a Dr.ª Ana Jorge avançou que no início de 2010 será criada legislação específica para os recursos humanos da Saúde que viabilize soluções até agora inexistentes. No que toca aos CSP, a detentora da pasta da Saúde garantiu à Ordem que as UCC fazem parte integrante da reforma dos centros de saúde, pelo que o Ministério terá de garantir os recursos humanos necessários ao funcionamento destas unidades. Outro dos assuntos que esteve em destaque nesta audiência foi a instabilidade vivida por enfermeiros ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), nomeadamente na rede das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV). A Ministra da Saúde anunciou o lançamento de um concurso interno no INEM para integração e solução de problemas existentes. A governante informou ainda que a rede SIV está em avaliação para proceder à necessária regularização e seu ajustamento às necessidades existentes, de acordo com o balanço globalmente positivo já realizado. Entretanto, as reuniões de trabalho com os mais variados responsáveis por áreas estratégicas do Ministério da Saúde desde as Secretarias de Estado à Missão para os Cuidados de Saúde Primários têm estado a realizar-se. No que diz respeito aos Grupos Parlamentares, as questões colocadas pela OE têm merecido especial atenção por parte dos deputados, disponibilizando-se os mesmos a ter em atenção as recomendações da OE aquando da discussão, em sede parlamentar, de assuntos da área da Saúde.

17 A considerar 15 Conselho Jurisdicional Parecer 90 / 2009 Possibilidade de actividade profissional em laboratório de análises clínicas 1 A questão colocada O membro supracitado (identificação ocultada) solicita à Ordem dos Enfermeiros «um esclarecimento acerca de uma possível actividade profissional» concretizando: «Recebi uma proposta para assegurar o serviço de análises numa policlínica eu, como enfermeira, posso assegurar esse serviço, nomeadamente nas colheitas de sangue?» 2 Fundamentação Tendo por referência os pareceres 182 / 2007 e 03 / 2008 emitidos pelo Conselho Jurisdicional consideramos que: 2.3 Nos termos da alínea a) do Artigo 91º, do Decreto-Lei n.º 104/98 de 21 de Abril, que regulamenta o EOE e o respectivo Código Deontológico do Enfermeiro (CDE), referente aos deveres para com as outras profissões, o enfermeiro assume o dever de «Actuar responsavelmente na sua área de competência e reconhecer a especificidade das outras profissões de saúde, respeitando os limites impostos pela área de competência de cada uma». ivo godinho 2.1 Uma profissão existe para prestar um serviço único, específico e como resposta a uma solicitação social. Daqui decorre que a profissão de enfermeiro existe como resposta às necessidades de cuidados de Enfermagem da população, tal como descrito no Decreto-Lei nº 161/96 de 4 de Setembro, Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE). 2.2 Nos termos do nº1 do Art.º 77º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros (EOE), (ainda com a redacção conferida pelo Decreto-Lei nº 104/98 de 21 de Abril), são actividades incompatíveis com a profissão de enfermeiro: «a) Delegado de informação médica e de comercialização de produtos médicos; b) Farmacêutico ou técnico de farmácia; c) Proprietário de laboratório de análises clínicas, de preparação de produtos farmacêuticos ou de equipamentos técnico-sanitários; d) Proprietário de agência funerária; e) Quaisquer outras que por lei sejam consideradas incompatíveis com o exercício da Enfermagem».

18 16 A considerar 2.4 A Ordem dos Enfermeiros, nos sucessivos pareceres que tem emitido sobre incompatibilidades, tem defendido que a impossibilidade legal de exercer conjuntamente certos cargos ou actividades tem como objectivo proteger e garantir a isenção do exercício da profissão e obtenção de proveitos indirectos daí emergentes. 2.5 Na área da Saúde, e dada a diversidade de profissões existentes, deparamo-nos com actos / intervenções que, dada a sua natureza, circunstâncias e contextos onde serão desenvolvidos, são, por vezes, de difícil delimitação no que concerne a quem os deve executar. 2.6 Uma colheita de sangue para análise é mais do que um acto técnico ou instrumental. Implica uma avaliação prévia das condições físicas e psico-emocionais do cliente com a inerente preparação física e psicológica para a colheita em si. Pressupõe uma avaliação das respostas do cliente durante e após a mesma e das intervenções julgadas necessárias para que o cliente se sinta cuidado e como tal com o melhor bem-estar possível, objectivo prosseguido pelos enfermeiros na prestação de cuidados. 2.7 Nos termos da alínea a), nº1 do Art.º 75º do EOE, os enfermeiros têm o direito de «exercer livremente a profissão sem qualquer tipo de limitações a não ser as decorrentes do código deontológico, das leis vigentes e do regulamento do exercício da Enfermagem». 3 Conclusão Tendo em atenção o exposto, os membros do Conselho Jurisdicional consideram que: 3.1 Nos termos do quadro deontológico e jurídico vigente, o enfermeiro pode desempenhar actividade profissional num laboratório de análises clínicas, nomeadamente na colheita de sangue para análise. 3.2 A colheita de sangue aos clientes, quando efectuada por um enfermeiro, mesmo que num laboratório de análises clínicas, tem que ser assumida como um cuidado de Enfermagem ao cliente e como tal, para além de um acto instrumental. Foi relatora a Enf.ª Merícia Bettencourt Aprovado por unanimidade na reunião plenária do Conselho Jurisdicional de 3 de Março de 2009 oe

19 A considerar 17 Conselho Jurisdicional Parecer 105 / 2009 O acesso à informação de saúde das pessoas, pelos enfermeiros A questão colocada Coloca-se a questão de saber qual o regime deontológico e jurídico que regula o acesso do enfermeiro à informação de saúde das pessoas ao seu cuidado. O Conselho Jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros, enquanto «supremo órgão jurisdicional da Ordem», como determina o nº 1 do Artigo 24º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto-Lei nº 104/98 de 21 de Abril, emite o seguinte parecer, tendo como base a norma da alínea f) do nº 2 do Artigo 75º deste decreto-lei Artigo relativo aos direitos dos enfermeiros integrada no capítulo «da deontologia profissional». Do enquadramento jurídico e deontológico do exercício profissional de Enfermagem O exercício da profissão de enfermeiro (e de enfermeiro especialista) em Portugal desenvolve-se com base num quadro regulador, com dois pilares jurídicos essenciais: o Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE), aprovado pelo Decreto-Lei nº 161/96 de 4 de Setembro, e o Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto-Lei nº 104/98 de 21 de Abril, que inclui a deontologia profissional de Enfermagem (direitos dos enfermeiros, incompatibilidades e princípios e deveres que integram o Código Deontológico) e altera o REPE em matéria de direitos e deveres. O Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto-Lei nº 161/96 de 4 de Setembro, define, nos termos do seu Artigo 1º, «os princípios gerais respeitantes ao exercício profissional dos enfermeiros» e, como prescreve o nº 1 do seu Artigo 2º, «é vinculativo para todas as entidades empregadoras dos sectores público, privado, cooperativo e social», sendo «abrangidos pelo REPE todos os enfermeiros que exerçam a sua actividade no território nacional, qualquer que seja o regime em que prestem a sua actividade», como enuncia o seu Artigo 3º. O nº 3 do Artigo 8º do REPE define dois princípios estruturantes para o exercício da profissão de enfermeiro em Portugal: o princípio da autonomia de exercício profissional e o princípio da complementaridade funcional na articulação com os demais profissionais de saúde. Na íntegra, esta norma estabelece que «os enfermeiros têm uma actuação de complementaridade funcional relativamente aos demais profissionais de saúde, mas dotada de idêntico nível de dignidade e autonomia de exercício profissional». Verificamos assim, que os enfermeiros exercem autonomamente, o que implica a tomada de decisão com base em conhecimento científico próprio e a prática de actos, pelos quais, assumem em exclusivo a responsabilidade profissional. É exactamente o que determina a alínea b) do Artigo 79º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto-Lei nº 104/98 de 21 de Abril, ao prescrever como dever deontológico geral, «responsabilizar-se pelas decisões que toma e pelos actos que pratica ou delega». Considerando que o exercício profissional de Enfermagem, como acontece com as demais profissões da saúde, se concretiza através do trabalho em equipa, o REPE estabelece também como princípio a complementaridade funcional. Este princípio encontra densificação no dever enunciado na alínea b) do Artigo 91º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto- Lei nº 104/98 de 21 de Abril Artigo que integra o Código Deontológico que prescreve que o enfermeiro deve «trabalhar em articulação e complementaridade com os restantes profissionais de saúde». Com o mesmo sentido, a alínea a) deste Artigo

20 18 A considerar prescreve que o enfermeiro assume como dever «actuar responsavelmente na sua área de competência e reconhecer a especificidade das outras profissões de saúde, respeitando os limites impostos pela área de competência de cada uma». Ou seja, verificamos que o exercício profissional de Enfermagem, quando articulado com outro profissional de saúde médico, técnico de diagnóstico e terapêutica, farmacêutico, psicólogo ou outro se exerce de forma autónoma no âmbito da sua esfera de competência e interliga-se em complementaridade funcional, quando a natureza dos cuidados implica o trabalho em equipa. É nesta decorrência que o Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto-Lei nº 161/96 de 4 de Setembro, tipifica as intervenções de Enfermagem como autónomas e interdependentes. São «autónomas as acções realizadas pelos enfermeiros, sob sua única e exclusiva iniciativa e responsabilidade, de acordo com as respectivas qualificações profissionais, seja na prestação de cuidados, na gestão, no ensino, na formação ou na assessoria, com os contributos na investigação em Enfermagem» e «interdependentes as acções realizadas pelos enfermeiros de acordo com as respectivas qualificações profissionais, em conjunto com outros técnicos, para atingir um objectivo comum, decorrentes de planos de acção previamente definidos pelas equipas multidisciplinares em que estão integrados e das prescrições ou orientações previamente formalizadas», como enunciam os números 2 e 3, respectivamente, do Artigo 9º deste decreto-lei. Da articulação destes preceitos com o regime geral da responsabilidade profissional de Enfermagem enunciado na já referida alínea b) do Artigo 79º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto-Lei nº 104/98 de 21 de Abril, que prescreve que o enfermeiro é responsável pelas decisões e pelos actos, concluímos que enquanto que nas intervenções autónomas, a responsabilidade é inerente a todo o processo de decisão e de execução do cuidado, nas intervenções interdependentes, a responsabilidade é relativa à decisão do acto de execução do plano de acção comum, da prescrição ou orientação previamente formalizada, sendo a decisão da prescrição da responsabilidade do profissional prescritor. Ou seja, nas intervenções autónomas, a autonomia profissional do enfermeiro é relativa a todo o processo de decisão e execução do cuidado e nas intervenções interdependentes, a autonomia do enfermeiro materializa-se na decisão sobre a execução ou não execução do acto prescrito, em função da avaliação que realize em concreto. O que significa que em nenhuma circunstância existe dependência do exercício de Enfermagem face a outros profissionais. De igual modo o enfermeiro não recebe, por delegação, actos de outros profissionais, uma vez que isso contrariaria o princípio da complementaridade funcional, segundo o qual as esferas de competência de cada profissão não são afectadas pelas outras. A delegação em Enfermagem, diz respeito à delegação de tarefas que os enfermeiros decidam transferir para «pessoal deles funcionalmente dependente quando este tenha a preparação necessária para as executar, conjugando-se sempre a natureza das tarefas com o grau de dependência do utente em cuidados de Enfermagem», como prescreve o Artigo 10º do REPE. Naturalmente que, inerente a este exercício autónomo da profissão de enfermeiro, encontra-se a produção de informação relativa aos cuidados de Enfermagem. A informação produzida pelos enfermeiros constitui informação de saúde das pessoas, que no âmbito da prestação de cuidados de saúde em equipa, se junta à informação produzida pelos outros profissionais de saúde. O princípio da complementaridade funcional que sedimenta a articulação do enfermeiro com os demais profissionais de saúde, determina que a informação se situe nesta esfera de interligação. Deste modo, a informação produzida pelos enfermeiros será necessária à avaliação de outros profissionais, assim como a avaliação de Enfermagem necessita igualmente da informação produzida por outros. De outro modo, verificando-se pesquisa de informação de forma separada por cada profissional, levaria a repetições que seriam violadoras do bem-estar das pessoas. Igualmente, a guarda separada da informação de cada profissional, levaria a que cada profissional usasse apenas a informação produzida por si, o que seria sempre limitador da abordagem global que os cuidados de saúde implicam, colocando em risco

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