O ROMANTISMO E CAMÕES

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1 IDIOMA 21 A reprodução deste artigo só está autorizada com a indicação completa da fonte: Idioma, 21. Rio de Janeiro: Centro Filológico Clóvis Monteiro UERJ, 2001 ( p O ROMANTISMO E CAMÕES Eduardo Lourenço Tradução de Maria Cristina Batalha Assim nós o amamos como a outro nenhum Vergílio Ferreira, Espaço do invisível Voltei por fim à pátria Outra vez de esperanças iludido Garrett, Camões Se o Romantismo não inventou a Literatura no sentido moderno do termo, ele mudou radicalmente o seu significado. De realidade mais ou menos ornamental, atividade destinada ao embelezamento da vida, ou tendendo a ser seu espelho verossímil, a obra literária a verdadeira, a grande torna-se visão do mundo, espelho da aventura humana em busca de Absoluto. René, Hypérion, El Diablo Mundo, Child Harold são algumas versões desta Busca. A metamorfose da idéia de Literatura, seu papel e seu conteúdo, só foi possível porque o Absoluto ou melhor, Deus que ninguém teria jamais ousado imaginar através de uma Busca de essência literária, havia perdido sua visibilidade, sua presença, como referência obrigatória do imaginário do homem ocidental. A Literatura em sua forma romântica é, ao mesmo tempo, a palavra de um Deus que já está ausente, e a resposta a esta ausência. O autor se transforma no deus de sua obra, assim como seu sujeito e seu objeto. De Byron a Goethe como anteriormente de Rousseau a Chateaubriand os criadores, todos os criadores que evoluem neste primeiro espaço privado de referência explícita à Transcendência, tornam-se heróis culturais. A Cultura propriamente dita, aquela que agoniza diante de nós, nasce com eles. Camões, Tasso, Cervantes, Shakespeare e, progressivamente, todos os grandes criadores do passado, saem de seu estatuto tradicional, o dos grandes homens dignos de memória, à maneira de Plutarco, para tornarem-se igualmente deuses, estrelas fixas de um novo céu, o céu literário, como escreverá mais tarde Charles du Bos. Reinarão, dessa forma, acima do único Olimpo a merecer o fervor da contemplação humana. A ressurreição não se dará de modo aleatório. Assim como o Cristo, a alma romântica desce mais ao inferno da incompreensão que ao do esquecimento perfeito, a fim de trazer para a verdadeira vida, para uma nova luz, os autores que encarnam, segundo ela, a idéia do gênio ou do sublime, como o pré-romantismo - sobretudo o inglês - o havia concebido, e tal como o Romantismo saberá glorificar. Aqueles que colocamos no altar, na medida em que o altar do antigo Deus se esvazia, são os criadores que podem ser lidos como autores românticos, como precursores de uma tumulto existencial profundo, mas também aqueles que são vistos como a encarnação de um destino maldito, por conta de sua própria genialidade, incompatível sob todos os ângulos, com a ordem do mundo que os envolve. Em última instância, com a referência transcendente sobre a qual esta ordem se apóia. Na reestruturação da memória literária e do espaço simbólico, dos quais o Romantismo é simultaneamente o efeito e a causa, destinos como os de Camões, Tasso ou Cervantes respondiam de modo evidente aos critérios e às exigências do novo olhar

2 literário. O renome destes autores já existia quando os teóricos da nova visão literária de Coleridge aos irmãos Schlegel, seguidos por Mme de Staël os apresentaram à toda a Europa. O que faltava, era uma leitura ou uma consideração do destino e das obras desses autores, que permitisse deslocá-los do horizonte da velha retórica, mesmo que corrigida pela estética pré-romântica, em direção a um espaço passível de modificar-lhes a imagem e de atribuir-lhes um novo papel. Isto, apenas o movimento geral da História, do qual o Romantismo se torna um eco, poderia fazê-lo. À primeira vista, a promoção da obra de Camões ao estatuto de mito literário de configuração romântica não deixa de surpreender. É verdade que o interesse parece repousar tanto, senão mais, sobre o destino do poeta-guerreiro, com uma vida aventureira e infeliz, que sobre a obra em si. No entanto, a lenda biográfica existia desde o século XVII, sem que tivesse gerado as mesmas conseqüências. Em si mesma, a obra do grande imitador de Virgílio parecia voltar-se mais para o passado do que para o futuro. O caráter exclusivamente clássico, pelo menos em aparência, de sua epopéia Os Lusíadas, consagrada às aventuras marítimas dos Portugueses no século XV e à glória revertida para a nossa pequena nação, parecia desautorizar qualquer apropriação romântica da obra. Além disso, o poema de Camões, canto posto prioritariamente sob o signo do nacional, ou até do nacionalismo se bem que a viagem de Vasco da Gama às Índias possa ser compreendida sob a ótica do universal, tal como fizeram os tradutores e intérpretes ingleses do século XVIII parecia particularista demais, portuguesa demais para tornar-se objeto de exaltação de outras culturas. Seu caráter narrativo, no sentido clássico, a mistura de descrições realistas e de fantasia greco-latina, até mesmo parodística, não apontava tampouco para o sentido do maravilhoso propriamente romântico, mais voltado para uma forma nova de fantástico. Em Camões, a alegoria supera a liberdade e a ambigüidade do fantástico moderno, presente já na epopéia de Milton. É verdade que episódios célebres e celebrados ao longo do século XVIII, por diferentes razões, como o de Adamastor que parece assentar-se em uma estética sensível ao monstruoso, e portanto sublime, ou o episódio de Inês de Castro, impregnado de sentimento de fatalidade e de poder absoluto da paixão, poderiam ser integrados à Stimmung romântica. E, de fato, acabarão sendo. Até um filósofo tão temível e austero como Fichte dar-se-á ao trabalho de traduzir as famosas estrofes consagradas por Camões àquela que foi rainha depois de morta. No entanto, nada disso nos parece suficiente para explicar a adoção desse Poema pela nova sensibilidade literária e artística. Em que medida, então, Camões e seu Poema épico a aceitação de sua lírica apaixonada traria menos problemas puderam reintegrar o panteão do Romantismo? Por baixo de uma arquitetura inegavelmente clássica de um Canto, onde confundemse a luz de um Renascimento crepuscular e o claro-obscuro do Barroco, mesmo que tenham guardado cada um deles suas cores originais, autores como Chateaubriand, Schlegel ou Ludwig Tieck sensibilizaram-se, não apenas pela exaltação de uma aventura que o esforço humano impulsiona no combate contra o Desconhecido, mas também pela presença, estranha para uma época de perfil clássico, do Poeta com sua voz rouca de herói cansado, com seus arroubos contra o arbitrário da sociedade e seus poderosos, com sua angústia absolutamente moderna diante do enigma e da desordem da História e do Tempo, para não mencionar a vertigem erótica que envolve algumas das mais famosas estrofes do Poema. Até mesmo o sabor patriótico, elevado ao nível da paixão, não consegue nos desagradar, pois a alma romântica se pretende enraizada no particular, no próprio solo natal, e não em uma universalidade abstrata. Mais que ninguém, os românticos alemães, em busca da pátria, deviam mirar-se nostálgica e engenhosamente neste espelho de sentimento exaltado da nação. Se todos esses aspectos não escaparam aos europeus nos primórdios do século XIX, isto é, homens e povos marcados pelas turbulências da Revolução e, sobretudo, do Império, pode-se imaginar que esses mesmos acontecimentos, tendo chegado à pátria do Poeta, deveriam fazer convergir para sua imagem de arauto da nação por excelência, um fervor 76

3 ainda maior, transformando-o, no devido momento, não apenas em referência mítica da cultura portuguesa, mas também da vida portuguesa em seu conjunto. A identificação de Portugal com Camões, graças aos acontecimentos históricos e à revolução cultural romântica, é um caso singular no âmbito da cultura européia. Ao longo do século XIX, há uma espécie de vaivém entre a leitura que fazemos de nosso destino coletivo e a imagem de Camões, ou melhor, de seu Livro, transformado, ao mesmo tempo, em estátua do comandante da nossa cultura, e seu anjo guardião, juiz e esperança de redenção. Camões não se tornará apenas o maior dos poetas para os portugueses aliás ele já o era desde o século XVII, nem tampouco será o maior apenas para seu comentador hagiográfico Faria de Sousa -, mas sim o herói nacional. Somente o conjunto de nosso destino coletivo e a história de nosso imaginário podem dar conta dessa conversão do autor dos Lusíadas em símbolo do próprio Portugal. É com esse estatuto que Camões se torna o ponto de convergência das paixões nacionais, menos literárias ou culturais que ideológicas, patrióticas, cívicas, ou até, dependendo das circunstâncias, revolucionárias. Se, ainda hoje, praticamente no mundo todo, as associações de imigrantes portugueses se colocam sob a égide de Camões, isto se deve ao incrível processo de mitificação, e poderíamos dizer de divinização do sentimento nacional, que se instalou na primeira metade do século XIX. Aquilo que até então era apenas um livro, obviamente especial entre tantos outros, torna-se o Livro, breviário do sentimento exaltado de nossa identidade, em um momento perturbado e confuso da História portuguesa. País com uma coesão religiosa e política praticamente sem precedentes na Europa uma espécie de Irlanda ou de uma Polônia sem inimigos hereditários e ideológicos às suas portas Portugal sofre, no começo do século XIX, o que o historiador e filósofo da História Oliveira Martins chama de um abalo subterrâneo. Podemos falar em um duplo traumatismo. Ao mesmo tempo que, em 1807, é ocupado militarmente, de maneira inédita, por tropas francesas e espanholas, e, em seguida, governado por chefes militares ingleses até 1820, o país vê seu rei atravessar o Atlântico e instalar-se no Rio de Janeiro. A encarnação tradicional, sacralizada e simbólica de Portugal esvai-se assim de uma hora para outra. A exemplo dos espanhóis, e antes que uma revolução liberal relativize para sempre essa representação simbólica que já existia há sete séculos os portugueses começam a compreender que devem assumir seu próprio destino, sua defesa militar, assim como também devem assumir a dignidade nacional espezinhada. É nessa época, para lembrar ao mundo erudito, cujo centro absoluto é Paris, nossa tragédia e, ao mesmo tempo nossa grandeza, que o Morgado de Mateus publica a célebre edição monumental dos Lusíadas, ilustrada por artistas e gravuristas franceses proeminentes. Essa edição não era apenas um simples evento cultural, mas sim o primeiro momento significativo de um processo de canonização patriótica e cívica que se concretizaria, meio século mais tarde, por um monumento erigido à glória do Poeta. Nesta iniciativa, aristocrática em toda a acepção do termo, as intenções de ordem ideológica preconcebidas parecem estar ausentes. Trata-se somente de um gesto simbólico de afirmação de Portugal perante os olhos do mundo erudito, no momento em que nossa vida nacional atravessa um período delicado e sofre por estar ausente da cena européia. Mas não será exatamente assim, alguns anos mais tarde, ainda em Paris, em Graças à pena de um jovem poeta, revelado pela revolução liberal de 1820 e exilado na capital francesa, mas graças ainda aos pincéis de Domingos Sequeira, que Camões tem seu ingresso no espaço da mitologia literária e da iconografia românticas. Não me deterei por muito tempo nesse importante duplo procedimento da identificação, em termos românticos, de Camões à imagem de Portugal. O assunto já foi tratado por especialistas da época, em particular, por Ofélia Paiva Monteiro, R. Lawton e José Augusto França, este último abordando o tema sob seu duplo aspecto, literário e artístico. Faço apenas a ressalva que essa identificação, realizada após o fracasso de nossa Revolução liberal, tem um significado e uma dimensão bem diferentes da significação, mais ou menos ingênua, do Morgado de Mateus. Para o jovem poeta Almeida Garrett, Camões, assunto de seu canto, é a imagem de um Portugal que sofre, novamente aprisionado após ter ressurgido 77

4 miraculosamente sob a fórmula de Portugal-Liberdade. Mas Camões é sobretudo um duplo de Garrett, também poeta do verdadeiro amor à pátria, como seu herói, porém de um amor agora inseparável da nova religião da Liberdade, cujo culto o havia levado ao exílio. Os românticos, ao invés de viajar até o passado, trazem o passado até o presente. A retomada de Camões é, ao mesmo tempo, da ordem simbólica e da ordem textual. O poema Camões é o primeiro grande texto português tecido juntamente com o texto camoniano. Mas, à recuperação e à metamorfose do texto épico, Garrett dá um fundamento original, fazendo da palavra Saudade e do sentimento que ela exprime, sua verdadeira Musa. Em última análise, o próprio Camões é uma encarnação, entre outras, - mesmo que seja a mais sublime de todas de um sentimento que o ultrapassa, e através do qual todos os portugueses compartilham a indizível mistura de sofrimento e dor, que se manifestam pela Saudade. Antes de Garrett e seu Poema, os portugueses conheciam a Saudade, desde sempre os poetas rendiam uma espécie de culto ao sentimento saudoso, e Camões em particular, mas eles não identificavam a palavra, tão familiar e tão espontânea, com o sentimento em si. Para Garrett, Camões representa menos o Poeta da Pátria, que o de sua ausência, quase de sua perda. Isso explica o motivo pelo qual seja sobre um pano de fundo de exílio, exílio da terra natal, assim como exílio do rosto amado, que explode, todo poderoso, um canto onde a Saudade encontra sua expressão mítica à sombra de Camões. Graças à conversão do jovem Garrett ao Romantismo, a presença camoniana no âmbito da cultura portuguesa assume uma nova significação. Não se trata apenas de uma presença entre outras, mas de um sinal de mudança, de uma espécie de revolução cultural que modifica profundamente os mecanismos de nosso imaginário. Essa mudança vai encontrar sua expressão mais acabada no mais célebre dos dramas românticos portugueses, Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Indo mais além, o camonianismo do jovem Garrett, impregnado em 1825 da consciência da infelicidade nacional, assim como da certeza do triunfo da Liberdade, transforma-se, em 1843, em Sebastianismo, crença messiânica no retorno de um salvador, simbolizado por Dom Sebastião, jovem rei cantado outrora por Camões. Com Frei Luís de Sousa, o sentimento de espera perde seus contornos dramáticos, porém vivos, do início do Romantismo, para guardar sobretudo as cores apagadas de uma Saudade que se confunde, cada vez mais, com a melancolia e a tristeza propriamente românticas. Estamos então quase no meio do século, e Portugal saía esgotado de sua primeira e única guerra civil. As sombras pareciam vencer a esperança de uma Revolução concebida para elevar a sociedade portuguesa ao nível social e cultural da outra Europa. Camões, ressuscitado para sempre por Garrett, guarda seu novo papel de centro e circunferência de nosso imaginário, mas esse mesmo imaginário vai se modelar segundo o ritmo profundo da nova vida coletiva, sujeita a um perpétuo balanço entre a euforia e o desânimo. Incorporado ao discurso cultural do século XIX, Camões, transformado em mito, sofrerá as contradições da nossa realidade, ou melhor, das leituras que a nossa intelligentsia ela própria, espelho do século fará dessa realidade. À medida em que a palavra do mito camoniano se encarna em nossa cultura e imprime a ela todo seu peso, à medida em que o texto desce à terra até tornar-se monumento público, nós assistimos paradoxalmente, a uma liberação do texto em relação ao mito. Na verdade, pouco a pouco, o Livro parece existir menos que seu autor mitificado. Será então em nome do próprio Livro nesse período estudado profundamente pelos novos eruditos do século XIX que a mitologia romântica camoniana será questionada em termos diferentes. A nova perspectiva cabe a Antero de Quental e a Oliveira Martins, dois dos mais significativos representantes da chamada Geração 70. A assimilação simbólica de Camões à imagem de um Portugal, cujo presente nada tem a ver com o país cantado pelo Poeta, ou sequer com a utilização revolucionária de sua glória, posta a serviço das primeiras emoções republicanas, choca profundamente esses poetas. Por ocasião das grandes comemorações de 1880, ambos se mantêm afastados, evidenciando o contraste entre o estado real do País e a apoteose da qual Camões, definitivamente símbolo e duplo de Portugal, é o objeto, no momento do 3º Centenário de sua morte. Eles mesmos protagonistas de uma revolução cultural sem precedentes, cuja questão central é a própria imagem de nosso passado, não 78

5 poderiam deixar de chocar-se com o mito camoniano em sua versão romântica, embora fossem igualmente herdeiros de Garrett. Ocorre que ambos separam os dois papéis distintos desempenhados por Camões e pelo Poema, transformado em poema de Portugal. Para eles, Os Lusíadas não têm mais o poder de atribuir uma identidade e uma dignidade a um país identificado com a decadência, decadência esta quase estrutural, de há três séculos, e não apenas ocasional, provocada externamente por estrangeiros, e internamente pelos inimigos da Liberdade, como no tempo de Garrett. Em última instância, Camões e seu Livro pelo menos para Antero de Quental podem ser englobados no processo de decadência, uma vez que o autor dos Sonetos atribui às proezas cantadas no Poema uma responsabilidade no drama de nossa decadência. A leitura de Oliveira Martins revela-se com mais nuanças. Ela preserva o essencial da herança garrettiana, porém modificando-a profundamente. Segundo o autor da História de Portugal, o poema camoniano presta um testemunho efetivo de um momento grandioso, único, da existência nacional, mas este momento não pode ser romanticamente ressuscitado, pois está definitivamente morto. Aliás, para Oliveira Martins, Os Lusíadas, mesmo em sua época, não eram um livro de glória, um verdadeiro livro solar, mas sim um memorial de um povo em declínio e fadado à morte. Uma obra assim não pode efetivamente nos salvar, e muito menos servir de espelho, por assim dizer, atemporal, de nossa existência sublime e sublimada. Na realidade presente de homens do século XIX, a lembrança dessa existência, sobretudo sonhada sob o paradigma épico dos Lusíadas, é uma ilusão e uma fonte de ilusões. Nós simplesmente não existimos. Nós somos, no máximo, uma possibilidade de existência. A única prova real que temos de nossa existência de uma existência digna deste nome são justamente Os Lusíadas, mas Oliveira Martins os descreve como prova póstuma da nacionalidade. No fundo, Oliveira Martins leva às últimas conseqüências o papel que Garrett já atribuía em Frei Luís de Sousa ao livro santo dos portugueses. Assim, o Livro por excelência, pela conjugação das exigências da crítica e do desespero, sai o mais romanticamente possível de nossa História. De mito cultural positivo, Camões torna-se, de certo modo, mito cultural negativo em sua relação com o presente. Evidentemente, segundo Oliveira Martins, a culpa não é do Poema, e sim nossa. Aquilo que ele evoca e que diz não nos concerne mais. A Saudade pungente de Garrett, que o havia arrancado do passado para nos salvar, torna-se, meio século mais tarde, exatamente no momento em que Portugal ou alguns portugueses se vê incapaz de seguir o ritmo irresistível da segunda revolução industrial, resignação e desespero, sentimentos que, não sem uma certa malícia, tomarão forma na célebre estátua de Soares dos Reis. Nós estamos aqui, exilados de nós mesmos. Nossa cultura não parece ter outra vocação senão a de chorar à beira do caminho por onde passa a carruagem triunfal da Civilização e da História. Chorar ou rir, ou, nem uma coisa nem outra. Em nome do realismo, personagens do romancista Eça de Queirós, amigo de Oliveira Martins e de Antero de Quental, circulam em volta da estátua de Camões, nas páginas finais de seu primeiro romance, O crime do padre Amaro. Estes são evocados, em alguns momentos, olhando enviesado para o Poeta-Herói, cercado de todas as nossas glórias de outrora, espetáculo que somente lhes inspira comentários desiludidos ou até abertamente cínicos, antes de se afastarem do local mítico, pensando em qualquer outra coisa. Assim termina, de uma forma quase burlesca, no próprio local onde o Poeta havia recebido sua consagração suprema, numa pequena praça ensolarada de Lisboa, vagamente atenta aos rumores longínquos da Comuna, o papel romântico de Camões, imaginado outrora às margens enevoadas do Tâmisa e escrito próximo aos cais do Sena. Esse percurso simbólico tem um prolongamento singular e, por assim dizer, póstumo. Na verdade, ele não se inscreve mais no espaço romântico, aparentemente encerrado com a era realista e positivista, mas sim no universo do simbolismo, e até do hiper-simbolismo. De volta ao céu, presença sublime sem aplicação, embora mítico, Camões não pode mais assumir a representação simbólica viva da realidade e da cultura portuguesas. A leitura de Oliveira Martins teve um efeito imprevisível. De agora em diante, não podemos mais ter 79

6 como anjo tutelar um Poeta tão ancorado na espessura da História e do Mundo, um poeta épico, até em sua versão elegíaca do Romantismo. No final do século XIX e no começo do XX, vê-se desenvolver no seio da classe letrada de Portugal, um intenso sentimento de irrealidade: Mundo, História, Eu, existência coletiva nacional são percebidos e descritos como realidades fantasmagóricas, recortadas em uma espécie de Bruma. O imaginário cultural se instala deliciosamente no puro Sonho. Levando aos seus limites extremos a intuição e a visão de Garrett, um dos maiores poetas portugueses, Teixeira de Pascoaes, dará à Saudade romântica uma dimensão cósmica. Em sua divinização do sentimento da existência como saudade, nostalgia da origem perdida desde sempre, e viva apenas na memória de seu brilho original, Teixeira de Pascoaes arrasta todos os nossos deuses tutelares, e Camões em primeiro lugar, para fora, não somente da História, mas também do Tempo. Com ele, nós estamos, sem concessão, na esfera evanescente e visionária do pensamento e da imaginação míticos. Um outro poeta, Fernando Pessoa, próximo, e, ao mesmo tempo afastado da visão de Pascoaes, vai encarregar-se de trazer de volta a Saudade para o Tempo, esta realidade misteriosa com a qual a própria Saudade é tecida. Ou melhor, nos diversos e inconciliáveis tempos que um Eu intrinsecamente plural não consegue jamais captar, senão como experiência de fragmentação de si mesmo. Poeta da morte do eu, clássico ou romântico, Fernando Pessoa encontra diante de si, como estátua do Comandante de nossa cultura, o paradigma de todos os eus, o eu épico por excelência, Camões, elevado à dimensão simbólica pelo Romantismo. A luta de Fernando Pessoa com o Romantismo ela mesma romântica e ambígua o obriga a medir-se, uma última vez, com o fantasma poderoso em que Garrett transformou Camões. Ainda muito jovem ele anuncia, com uma fórmula meio nietzschiana, a chegada próxima de um Super-Camões, sem dúvida alguma, ele próprio. Ao realizar seu assassinato ritual no poema herméticomessiânico Mensagem (no qual Camões, símbolo de Portugal, é eliminado do grupo dos eleitos e dos anunciadores do novo evangelho nacional), Pessoa fez tudo que estava a seu alcance para criar uma nova mitologia cultural, da qual, ele próprio, como poeta épico de um mundo sem epopéia, seria o centro. Aparentemente, seu sucesso literário universal poderia nos levar a crer que Fernando Pessoa, em todas as acepções do termo, ultrapassou Camões, não somente o poeta clássico, mas também aquele recriado por Garrett. No entanto, a mitologia cultural poderosa, que pouco a pouco se instaurou em torno da obra de Pessoa, não encontra nem suas raízes, nem seu centro no poema Mensagem. São poemas tais como Ode marítima ou Tabacaria que lhe deram consistência e continuam a alimentar esta mitologia. Mensagem, apesar do desejo de Pessoa, não é a nova versão dos Lusíadas ou Os Lusíadas de uma nova aventura portuguesa e universal. Examinando de perto, nos damos conta que a sombra temível que se encontra em filigrana e o olhar romântico que a recriou assim, mantêm o brilho misterioso e aterrador dos mortos que ninguém consegue matar. É por esse motivo que não seria arbitrário captar através da figura romântica de Camões e de suas metamorfoses ao longo de um século, as luzes e as sombras do nosso destino. Por trás delas, acima delas, mas também para além da nostalgia e da Saudade, se mantém o autor do único Livro que podemos refazer, pois foi ele que nos fez tal como continuamos a sonhar N. do Org.: Comunicação apresentada na colóquio Le XIXème Siècle au Portugal Histoire-Société-Culture-Art, realizado no Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian de Paris, em novembro de

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