Análise de Balanços e Demonstrações Tí da Varig Transportes Aéreos Rio Grandense S.A.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise de Balanços e Demonstrações Tí da Varig Transportes Aéreos Rio Grandense S.A."

Transcrição

1 Análise de Balanços e Demonstrações Tí da Varig Transportes Aéreos Rio Grandense S.A. Aluno(s): Glauber Martins Legatti Professor: Edson Pamplona Itajubá, 10 de Junho de 2004

2 SUMÁRIO 1. Introdução 1.1 Objetivos pg Justificativa pg Estrutura do Trabalho pg.3 2. Fundamentos Teóricos 2.1 Balanço Patrimonial pg Demonstração do Resultado pg Análise Através de Índices pg Método para Avaliação dos Índices pg Análise Horizontal e Vertical pg Fórmula de Previsão de Falências (Kanitz) pg Índices de Prazos Médios pg E.V.A. pg Estudo de Caso 3.1 Desenvolvimento da Varig S.A. pg Balanços e Demonstrações Padronizadas pg Análise Através de Índices pg Método para Avaliação dos Índices pg Análise Vertical e Horizontal pg Fórmula de Previsão de Falências pg Índices de Prazos Médios pg E.V.A. pg Conclusões pg Referência Bibliográfica pg. 34 1

3 1 INTRODUÇÃO 1.1 OBJETIVOS Neste trabalho será feita a conclusão da análise feita na Varig Transportes Aéreos Rio Grandense, nos últimos três anos, através da análise de índices e de métodos para avaliação de balanços e demonstrações. Assim se buscou visualizar a situação em que a empresa passa, levando em conta todos os problemas pelo qual o setor de transporte aéreo brasileiro, e até mundial, tem enfrentado, colocando assim a empresa em comparação com suas concorrentes no mercado brasileiro. Esta análise é parte fundamental para a compreensão dos conceitos que foram ministrados na disciplina Contabilidade Gerencial, no curso de Engenharia de Produção, visando assim analisar os termos que eram novos e passando a observar como estes valores variam de acordo com cada setor, observando assim como funciona cada tipo de empresa, quais são as suas posições, tornando possível analisar as movimentações da empresa, que são ditas em seu relatório de administração através de números, dados reais onde há como se debater e afirmar com convicção. Assim sendo, o trabalho objetiva através de uma análise de balanços da Varig sem ter informações mais profundas, além das informações dadas aos acionistas, para que possa ser feita uma análise da situação que a empresa enfrenta atualmente. 1.2 JUSTIFICATIVA No caso foi escolhido o setor aéreo brasileiro para que fosse possível elaborar um panorama destes últimos três difíceis anos pelo qual este setor atravessa, analisando assim o funcionamento de todo um processo de recuperação que as empresas buscam, principalmente devido a entrada de uma nova companhia que até este ponto é de capital fechado, que trabalha de um método diferente do que o utilizado pelas empresas que já estavam neste setor e agora têm uma forte concorrência. 2

4 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO Neste trabalho foram analisados os balanços da empresa obtidos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e foram padronizados para futura elaboração dos índices de estrutura, liquidez e rentabilidade. Também foi realizada a análise vertical e horizontal, comparando os índices da Varig com os índices das outras empresas do setor aéreo, para assim dar uma nota para a empresa, o que vem a indicar a sua situação. Assim, para concluir foi calculado o índice de previsão de falências, de acordo com a fórmula de Kanitz e também o EVA (Economic Value Added) da Varig nos últimos três anos. Inicialmente será feita a fundamentação teórica sobre o assunto estudado, e logo após será elaborado o estudo de caso. 3

5 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS O trabalho partiu de estudos realizados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, que devem ser obrigatoriamente publicados por lei em publicações de grande circulação e cedidos também à Comissão de Valores Mobiliários, órgão do Governo Federal. As demonstrações têm diversos usuários, e cada um está interessado em algum setor particular da empresa. A seguir serão listados alguns deles: 1. Fornecedores Este necessita conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, a sua liquidez. Analisam também a rentabilidade e endividamento da empresa; 2. Clientes É de rara ocorrência, mas ocorre quando há poucos fornecedores e a relação entre comprador e fornecedor é forte. Pode ocorrer em casos de expansão, onde há maior necessidade de seus fornecedores. Analisam a capacidade de investimento e recursos de longo prazo que a empresa possui; 3. Bancos Comerciais Concedem crédito a curto prazo, preocupando-se com o endividamento do cliente; 4. Bancos de Investimentos Concedem crédito a longo prazo e para poucas empresas, e o risco deve ser rigorosamente calculado, observando a situação futura do cliente; 5. Dirigentes É um instrumento complementar para a tomada de decisões, auxiliando a formulação de estratégias da empresa. 2.1 BALANÇO PATRIMONIAL Esta demonstração busca apresentar todos os bens e direitos da empresa, sendo o Ativo, assim como as obrigações no Passivo. A diferença entre ativo e passivo é chamada de Patrimônio Líquido, sendo o capital investido pelos proprietários da empresa. Cabe ressaltar que os valores do Ativo e Passivo devem ser iguais ao final da avaliação, e se isso não foi 4

6 realizado houve um problema com a elaboração das contas, não sendo feita a colocação correta dos valores nas determinadas contas. A. ATIVO Mostra o que realmente existe na empresa, sendo que todos estes bens e direitos podem vir a ser comprovados por documentos. O Ativo engloba os itens cujo valor é indiscutível, possuindo um chamado valor de face e as mercadorias e bens do ativo imobilizado cujo valor irá depender da avaliação. Ele é composto por: Circulante - Disponibilidades e direitos realizáveis no exercício seguinte; Realizável a Longo Prazo - Que são os direitos realizáveis após o término do próximo exercício; Permanente - Sendo os investimentos em outras sociedades, em bens para a empresa, compondo o imobilizado e as aplicações de recursos em despesas irão formar o resultado de mais um exercício, sendo o diferido. Este balanço pode vir a ser padronizado, passando a seguir um modelo previamente definido. Isto é feito visando a simplificação, pois um balanço chega a ter mais de 50 contas, complicando muito o trabalho. Busca precisar a classificação das contas, buscando possíveis erros, adequando o balanço para a análise e esta padronização leva a uma maior intimidade do analista com as demonstrações da empresa. Esta padronização é feita da seguinte forma: Circulante Financeiro (Disponível e Aplicações Financeiras) e Operacional (Clientes e Estoques); Realizável a Longo Prazo Não há nenhuma subdivisão nesta conta; Permanente Investimentos, Imobilizado e Diferido. B. PASSIVO 5

7 O Passivo exibe a origem dos recursos que estão investidos no Ativo.O Passivo Exigível tem um valor líquido e consiste às dívidas assumidas com terceiros, sendo fornecedores, bancos, empregados. O Patrimônio Líquido não tem representação de um valor realmente concreto, pois aumenta com os valores acrescidos nos lucros acumulados no exercício, e, além disso, é composto pelo Capital, como foi explicado em sala de aula, no início da empresa os sócios investem um determinado capital, demonstrando assim a origem desses recursos. Ele é composto por: Circulante Obrigações que a empresa no exercício atual, além de financiamentos para o Ativo Permanente que vencerem no próximo exercício; Exigível a Longo Prazo Obrigações que vencem após o próximo exercício; Patrimônio Líquido É composto pelo Capital Social, o montante do capital, pelo Lucro Acumulado, lucros que ainda não receberam destino específico e pelas Reservas, de lucros, capitais e reavaliações. Assim como nas contas do Ativo, o Passivo pode ser padronizado nas seguintes contas: Circulante Operacional (Fornecedores e Outras Obrigações) e Financeiro (Empréstimos Bancários e Duplicatas Descontadas); Exigível a Longo Prazo Empréstimos e Financiamentos; Capital de Terceiros A soma do Circulante com o Exigível a Longo Prazo; Patrimônio Líquido Capital e Lucros Acumulados. 2.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO É uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido. Esta demonstração pode ser considerada como o resumo dos movimentos de entradas e saídas no balanço, durante o exercício. 6

8 Esta demonstração retrata o fluxo econômico, deixando de lado o monetário. Para este item basta que a receita e a despesa afete o Patrimônio Líquido. Todas as receitas e despesas estão na Demonstração de Resultados, sendo ordenadas de acordo com a sua natureza, vindo a fornecer informações significativas sobre a empresa. É uma forma de avaliar o desempenho da produção, ou dos serviços prestados, no exercício, sendo possível observar aonde estão as despesas mais significativas, gerando uma análise rápida da situação econômica que a empresa enfrenta. A demonstração parte da Receita Bruta, sendo desta acrescidas as receitas e descontadas as despesas, chegando a um Lucro ou Prejuízo do Exercício, possibilitando ainda obter o Lucro ou Prejuízo por Ação. A padronização pode ser feita na Demonstração de Resultados, e assim como indicado na bibliografia utilizada, busca evidenciar apenas os valores fundamentais. A demonstração padrão tem as seguintes contas: Receita Líquida Receita Bruta já descontadas as devoluções e abatimentos; Custos de Produtos Vendidos Total gasto para a produção, incluindo mão-de-obra, materiais, estoques e custos indiretos; Lucro Bruto Lucro descontado os custos com a produção; Despesas Operacionais Despesas para a empresa funcionar, ou seja, vender, administrar e financiar suas atividades; Outras Receitas e Despesas Operacionais Compreendem as receitas e despesas geradas em atividades objeto social da empresa, como participações em coligadas, deságio de investimentos e dividendos ou rendimentos de outros investimentos; Lucro Operacional (Antes dos Resultados Financeiros) Ainda não estão computados os resultados na área financeira; Receitas e Despesas Financeiras São as contas de ordem financeira, geradas pelos empréstimos contraídos, além de outros pagamentos; Lucro Operacional Lucro após descontados os gastos com a produção, operação e com as atividades financeiras; 7

9 Resultado Não-Operacional Resultado de operações não vinculadas ao objeto social, como lucros ou prejuízos na venda de Ativo Permanente, assim como possíveis baixas neste, além de indenizações; Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social Resultado final antes das taxas obrigatórias por lei; Provisão para Imposto de Renda Uma parte do lucro é destinada para o imposto de renda, e ainda é especificada uma parcela para incentivos fiscais; Lucro Líquido Resultado final da empresa no exercício. 2.3 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES Os índices têm a responsabilidade de medir os diversos aspectos econômicos e financeiros das empresas. Os índices financeiros permitem formar um quadro de avaliação da empresa. Não há um número definido de índices que permita o conhecimento da empresa. Esta quantidade irá depender do grau de profundidade requerido pela análise. Uma maior quantidade de índices gera mais custos para a companhia. Os índices podem ser divididos na análise da situação financeira e da situação econômica. A seguir estão os aspectos revelados pelos índices financeiros: Estrutura Liquidez Situação Financeira Rentabilidade Situação Econômica Há três índices que são usados praticamente por todos os usuários que analisam balanços, sendo eles: Participação de Capitais de Terceiros, Liquidez Corrente e Rentabilidade do Patrimônio Líquido. A seguir será detalhado cada um dos índices, separando-os em três grupos. ESTRUTURA DE CAPITAIS 8

10 Os índices a seguir mostram as grandes linhas de decisões financeiras, analisando a obtenção e aplicação de recursos. I Participação de Capitais de Terceiros CAPITAIS DE TERCEIROS PATRIMÔNIO LÍQUIDO X100 Indica quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $100 de capital próprio investido. E quanto menor, melhor. Ele relaciona as duas maiores fontes de recursos da empresa, é um fator de risco, ou de dependência de terceiros. É o grau de endividamento. O uso de capitais de terceiros pode ser vantajoso na obtenção de lucro, se a remuneração paga aos capitais for menor que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios. Há três fatores que influem na capacidade de endividamento, como a geração de recursos, liquidez e renovação das dívidas por refinanciamentos. II Composição do Endividamento PASSIVO CIRCULANTE CAPITAIS DE TERCEIROS x100 Indica o percentual das obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais, e quanto menor, será melhor. Para pagar as dívidas de curto prazo deve se gerar recursos de curto prazo, o que é muito difícil, no mercado atual. III Imobilização do Patrimônio Líquido ATIVO PERMANENTE x100 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Indica quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100 de Patrimônio Líquido, e quanto menor, será melhor. Quando este valor ultrapassa os 100%, o valor que excede é composto pelos recursos de terceiros. Assim quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, irão sobrar menos recursos para o Ativo Circulante, e assim será maior a dependência de capitais de terceiros para financiar o Ativo Circulante. 9

11 IV Imobilização dos Recursos Não Correntes ATIVO PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Indica o percentual de recursos não correntes aplicado no Ativo Permanente, e quanto menor, será melhor. Como o Permanente não é eterno, não é necessário financiar o Imobilizado com os recursos próprios. É possível utilizar os recursos de longo prazo, desde que seja compatível com a duração do Imobilizado, ou este prazo deve ser suficiente para gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo. LIQUIDEZ Os seguintes índices mostram a base da situação financeira da empresa. Bons índices indicam boa capacidade para pagar suas dívidas, mas não indica que elas estão sendo pagas em dia, para isto há a dependência de outras variáveis. I Liquidez Geral LIQUIDEZ GERAL + REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Indica quanto a empresa possui no Ativo Circulante e no Realizável a Longo Prazo para cada $1,00 da dívida total. Quanto maior o índice, melhor. Quando este índice for menor que 1, a empresa irá ter que gerar recursos para pagar suas dívidas. II Liquidez Corrente ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $1,00 de Passivo Circulante. E quanto maior, melhor.quando o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante há uma folga financeira para que as dívidas de curto sejam cobertas, o que dá uma maior segurança, havendo o chamado Capital Circulante Líquido. 10

12 III Liquidez Seca CIRCULANTE FINANCEIRO + CLIENTES PASSIVO CIRCULANTE Mostra quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada $1,00 de Passivo Circulante, que são as dívidas de curto prazo. E quanto maior, melhor. Visa medir o grau de excelência, e deve ser analisado juntamente com a Liquidez Corrente. Neste índice se exclui do Ativo Circulante os itens de maior risco, os estoques, pois dependem da empresa, mercado e da conjuntura econômica. RENTABILIDADE Estes índices mostram o quanto renderam os investimentos, medindo o grau de êxito econômico da empresa. I Giro do Ativo VENDAS LÍQUIDAS ATIVO Indica o quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento total. Quanto maior esse índice, melhor. O volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos. Portanto é medido o volume de vendas em relação ao capital total investido. Há três fatores que podem afetar esse índice, a retração do mercado, perda de participação do mercado e estratégia da empresa. II Margem Líquida LUCRO VENDAS LÍQUIDO LÍQUIDAS x100 Indica quanto a empresa obteve de lucro para cada $1,00 vendidos, e quanto maior o valor, melhor. Assim, este índice tem a utilidade de definir qual das hipóteses citadas anteriormente pode ter ocorrido. Este índice indica qual a política adotada pela empresa, durante todo o processo contábil do exercício. 11

13 III Rentabilidade do Ativo LUCRO LÍQUIDO x100 ATIVO Indica quanto se obteve de lucro para cada $100 de investimento total, assim quanto maior o valor será melhor. Depende diretamente do Giro do Ativo e da Margem Líquida. É uma medida do potencial de geração de lucro da parte da empresa. Mede o desempenho comparativo da empresa ano a ano. IV Rentabilidade do Patrimônio Líquido LUCRO LÍQUIDO x100 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Quanto a empresa obteve de lucro para cada $100 de Capital Próprio investido. Quanto maior, melhor. Este índice mostra qual a taxa de rendimento do Capital Próprio, e esta pode vir a ser comparada com outras no mercado, como câmbio, poupança, fundos de investimentos, etc. 2.4 MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES Os índices podem ser avaliados intrinsecamente, sem fazer comparação com setor, deixando essa avaliação muito limitada, e só é recomendada quando não se dispõe de índices-padrão, com empresas do setor, o que foi o caso na avaliação do setor aéreo. Os índices podem ser comparados com o tempo, visando indicar as tendências seguidas pela empresa, formando uma opinião a respeito das políticas seguidas pela empresa. A comparação pode ser feita com padrões, os chamados índices-padrão, onde são coletados os índices de um grupo de empresas, definindo decis para a classificação das empresas, e gerando uma classificação de péssimo, deficiente, fraco, razoável, satisfatório, bom e ótimo. Os índices-padrão permitem um estudo dos índices de todas as empresas. Os índices têm um peso diferente no seu setor, e os três grupos compõem a nota global de uma empresa, seguindo as seguintes equações: 12

14 Nota Estrutura =0,6 (CT/PL) + 0,1(PC/CT) + 0,2 (AP/PL) + 0,1 (AP/PL+ELP) Nota Liquidez = 0,3 (AP+RLP/CT) +0,5 (AC/PC) + 0,2 (AC-EST/PC) Nota Rentabilidade = 0,2 (V/AT) + 0,1 (LL/V) + 0,1 (LL/AT) + 0,6 (LL/PL) Nota Global = 0,4 NE + 0,2 NL + 0,4 NR 2.5 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL Ambas as análises prestam-se fundamentalmente ao estudo de tendências. As empresas e os analistas têm abandonado esta análise, devido à elevada inflação, dinâmica da economia brasileira e pelas alterações dos procedimentos contábeis, devido a legislação comercial e fiscal, que é freqüentemente alterado. Esta análise irá apontar o maior credor e como foram alteradas as participações dos credores nos últimos três anos. A Análise Vertical calcula o percentual de cada conta em relação ao total do Ativo, ou do Passivo. Na Demonstração de Resultados cada conta é calculada em relação a Receita Líquida de Vendas. A Análise Horizontal mostra a evolução de cada conta em uma série de demonstrações (últimas três como utilizada neste trabalho). Com esta análise é possível observar o crescimento de cada conta, tornando mais fácil a análise da empresa, e os rumos que ela tem tomado nos últimos três anos. É desejável que as conclusões baseadas na Análise Vertical sejam completadas pela Análise Horizontal. Assim, elas indicam a estrutura do Passivo e Ativo, e suas modificações no decorrer dos últimos três anos, e é possível analisar em detalhes o desempenho da empresa, onde as empresas criam metas percentuais, que funcionam como limites de operação para os administradores. 2.6 FÓRMULA DE PREVISÃO DE FALÊNCIAS 13

15 Após o cálculo dos índices e as análises dos balanços, foi estudada toda a estrutura da empresa, contudo não há como tomar uma posição sobre a situação real da empresa, ou seja, se ela está bem financeiramente ou está próxima da falência. Para isto pode vir a ser utilizada a Fórmula de Kanitz para previsão de falências, que será demonstrada abaixo: FI = 0,05( LL / PL) + 1,65( LG) + 3,55( LS) 1,06( LC) 0,33( CT / PL) Sendo, FI < -2, Insolvente 2 < FI <0, Indefinida FI>0, Solvente 2.7 ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS São três índices que devem ser analisados conjuntamente: Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) 360 (DR/V) Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC) 360 (F/C) Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE) 360 (E/CPV) Compra Venda Recebimento PMRE Pagamento PMRV PMPC CICLO DE CAIXA CICLO OPERACIONAL No ciclo de caixa é o momento em que a empresa necessita de financiamento para a sua manutenção, é o chamado ciclo financeiro. 14

16 2.8 EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) Indica o valor agregado pela empresa no ano analisado. Leva em conta a taxa obtida para a obtenção e capitais de terceiros, e a taxa do capital próprio, juntamente com a porcentagem de cada uma destas contas no balanço, gerando assim a TMA (ou WACC), taxa mínima de atratividade. Logo após é feito o seguinte cálculo para se obter o EVA: TMA ( LucroOp.. AntesRes. Fin. Pr ovisãop / IR) X AtivoTotal 100 Normalmente não é fornecido pela empresa as taxas de financiamento obtidas, e nem o valor da taxa de retorno aos acionistas, por isto, conforme foi dito em sala de aula pelo professor, pode ser adotado para um cálculo simples o valor de 12% para o capital de terceiros e 20% para o capital próprio. Todavia, nestes últimos anos, o setor industrial do Brasil tem enfrentado uma grande crise, e não tem conseguido obter um EVA positivo, o que foi obtido por poucas empresas, sendo estas de setores específicos. A seguir será feito o estudo de caso da Varig Trasnportes Aéreo Rio Grandense S.A., com o cálculo de todos estes índices comentados acima. 15

17 3 ESTUDO DE CASO 3.1 DESENVOLVIMENTO DA VARIG S.A. Durante o ano de 1927 a aviação comercial está dando seus primeiros vôos no mundo, e no Brasil ela se posiciona entre o sonho e a ousadia. Assim na Associação Comercial de Porto Alegre, no dia 7 de maio, durante uma reunião que tinha a frente Otto Ernst Meyer, foi criada a Empresa de Viação Aérea Rio Grandense S.A., com um estatuto aprovado pelos primeiros acionistas. Ela começou a operar com um avião apenas, o Atlântico, para 9 passageiros e com velocidade de 180km/h. Em seu primeiro ano, em uma linha de 270km, entre Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande, fez 85 vôos e transportou 652 passageiros. Atualmente opera com o Boeing 777, que é o avião comercial mais moderno do mundo, com capacidade para transportar 287 passageiros e voando a quase 1000km/h. Atualmente a Varig opera com a mais completa rede de linhas do Brasil, atuando em 110 cidades. O primeiro funcionário foi Ruben Berta, e veio a atingir a presidência da Varig entre 1941 a 1966, quando faleceu, destacando-se e sendo considerado um exemplo de desprendimento e dedicação à companhia, vindo a dar nome a uma fundação, a Fundação Ruben Berta, que visa prover o bem-estar dos funcionários de um conglomerado de empresas a partir de um tronco principal, a Varig. Assim, foi criada a holding FRB-Par, que cuida dos investimentos do Grupo, resultando assim numa maior transparência para divulgação de cada empresa, com autonomia de decisões e maximizando o retorno aos acionistas. A companhia voa diretamente para 27 destinos em 18 paises, em quatro continentes. E a partir do seu ingresso na Star Alliance, a maior aliança de companhias aéreas do mundo, passou a oferecer ainda maiores facilidades para o seu passageiro que agora pode alcançar com rapidez e conforto qualquer ponto do globo terrestre. Hoje a Varig é a maior empresa do transporte aéreo da América Latina, e juntamente com a Rio Sul e a Nordeste, disponibiliza 115 aviões para oferecer a maior e mais diversificada rede de linhas aéreas de todo o país. 16

18 A qualidade, segurança e rentabilidade são os pilares da estratégia adotada pela Varig para atuar no competitivo mercado da aviação comercial mundial. Desde a sua fundação, em 1927, a VARIG tem o desafio de superar as expectativas dos passageiros, que têm sido cada dia mais exigentes. Assim foi criado o estilo Varig de atendimento, que conquista clientes em todo o mundo. A receita de todo o sucesso é somar o calor humano do povo brasileiro com à tecnologia e os mais altos padrões internacionais de qualidade. A companhia tem ainda o programa Smiles, que visa agradecer a preferência dos seus clientes, sendo o maior programa de milhagem da América Latina, com quase 5 milhões de participantes, e esta milhagem é adquirida através de trechos voados ou então da utilização de produtos e serviços dos parceiros do programa, como cartões de crédito, locadoras de automóveis, hotéis, restaurantes e muitos outros. Estas milhas que são acumuladas podem ser trocadas por viagens grátis, além de possíveis upgrades em alguns vôos. Assim com uma trajetória de crescimento, a Varig nos últimos anos teve que se adaptar as novas condições do mercado, principalmente com relação às últimas crises, como os atentados em Nova Iorque, desvalorização do real diante do dólar, crise no Iraque e a pneumonia asiática (que levou a suspensão de vôos de todos os lugares do mundo). Assim a empresa racionalizou seus processos, e buscou a operação em vôos conjuntos aliada a TAM, com quem estuda um processo de fusão, ajustando-se a capacidade real do mercado, reduzindo vôos e devolvendo aviões que estavam em excesso na sua frota. Ocorreram também mudanças na organização estrutural da empresa, reduzindo o número de conselheiros, para sete, que são eleitos em todos os conselhos. Assim se tornaram mais rápidas as decisões. Contudo cabe ressaltar que com esse processo de racionalização focado na redução de custos, através de redução de frota e vôos, ocorreram também demissões de funcionários, o que levou a altos custos com questões trabalhistas, com as quais a Varig teve de arcar. Nos dois últimos anos a companhia fez uma redução de 17% no seu quadro de pessoal, chegando ao final de 2003 com funcionários. 17

19 A companhia passa atualmente por um momento de crise, agravada pelos atentados de 11 de setembro, mas tem aumentado sua receita líquida em 10% nos últimos anos, e ainda é líder no mercado brasileiro, e busca novos mercado internacionais, como China e África do Sul. 3.2 BALANÇOS E DEMOSNTRAÇÕES PADRONIZADAS Passivo Padronizado: (Reais Mil) Descrição da Conta 31/12/ /12/ /12/2001 Passivo Circulante Operacional Fornecedores Outras Obrigações Soma Financeiro Empréstimos Bancários Duplicatas Descontadas Soma Total do Passivo Circulante Exigível a Longo Prazo Empréstimos e Financiamentos Outros Total do Exigível a Longo Prazo Capital de Terceiros Patrimônio Líquido Capital e Reservas Lucros Acumulados Total do Passivo Ativo Padronizado: (Reais Mil) Descrição da Conta 31/12/ /12/ /12/2001 Ativo Circulante Financeiro Disponível Aplicações Financeiras Soma

20 Operacional Clientes Estoques Soma Total do Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Total do Ativo Permanente Total do Ativo Demonstração de Resultados: Descrição da Conta (Reais Mil) Receita Líquida de Serviços Custo De Serviços Vendidos Lucro Bruto Despesas/receitas Operacionais Lucro Operacional (Antes dos Res. Fin.) Receitas Financeiras Despesas Financeiras Lucro Operacional Resultado Não Operacional Lucr Antes do I.R. e Contribuição Social Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES Estrutura de Capitais Participação de Cap. de Terceiros -144,69% -158,93% -265,84% Composição do Endividamento 35,89% 50,92% 52,04% Imobilização do Patr. Líquido -9,72% -14,63% -58,90% Imobilização dos Rec. Não Correntes -134,39% -66,47% 214,30% Liquidez Liquidez Geral 0,14 0,15 0,30 Liquidez Corrente 0,46 0,44 0,62 Liquidez Seca 0,40 0,40 0,51 19

21 Rentabilidade Giro do Ativo 2,80 2,63 2,25 Margem Líquida -23,11% -41,05% -26,54% Rentabilidade do Ativo -65% -108% -60% Rentabilidade do Patrimônio Líquido 29% 64% 99% Os índices podem ser analisados separadamente por setor. No caso dos índices de estrutura há um problema, pois o Patrimônio Líquido da Varig é negativo, ou seja, ela tem o passivo descoberto, se em uma situação ela vendesse todo o seu Ativo, ela não teria condição de pagar suas dívidas. Assim, todos os índices dela são negativos com valores exorbitantes, mostrando ainda que ela se mantém por refinanciamentos concedidos pelo Governo, e pelo alto valor que obtém em sua receita. Mas vale ressaltar que a Composição do Endividamento, que vem caindo nos últimos três anos, de 52 para 35%, mostrando que ela vai adquirindo mais dívidas de longo prazo para a sua sobrevivência. Nos índices de liquidez, há um cenário ruim para a companhia com valor muito baixos, chegando a Liquidez Geral em 0,14, assim ela teria apenas 14% do capital para o pagamento de todas as suas dívidas. A Liquidez Corrente caiu de 0,63 para 0,46, não contando aqui os recebimentos de longo prazo, mostrando aqui a redução nas dívidas de curto prazo. A Liquidez Seca não é de grande importância para a Varig, pois ela não tem alta dependência de estoques, caindo em 20% este valor nos últimos três anos. Na rentabilidade, é possível observar uma força da Varig frente às outras companhias no alto índice de Giro do Ativo, que cresceu de 2,25 para 2,8 em 2003, mostrando que para o cada $1 do seu ativo, ela vendeu $2,8, um alto valor frente às outras companhias do setor que foram aqui estudadas. Como a Varig obteve um prejuízo, a sua margem líquida chegou a um prejuízo de 23,11%, após um ano de 2002 com prejuízo de 41%. Ainda devido a seu prejuízo líquido no ano, a sua rentabilidade do ativo teve uma pequena queda em relação a 2001, passando de 60% para 65%, avaliando ainad que no ano de 2002, algum problema ocorreu, pois com a margem líquida muito abaixo, a rentabilidade do ativo chegou a 108%, um enorme prejuízo. Contudo, cabe ainda observar uma queda na rentabilidade do patrimônio líquido, vindo de 20

22 99%, 64% para 29%, mostrando que a queda contínua e forte no patrimônio líquido, junto a manutenção de um prejuízo médio e estável no lucro líquido, levam a rentabilidade para baixo. Vale ainda lembrar que a companhia não tem pagado aos impostos junto ao Governo Federal, e vem tentando ainda renegociar algumas dívidas com fornecedores e com o próprio Governo, para tentar se regularizar e buscar retomar um caminho de controle nos seus balanços, conforme foi indicado no relatório dos auditores independentes. 3.4 MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES Para o ano de 2003: Varig: N. E =0,6 (1) + 0,1(2) + 0,2 (2) + 0,1 (1)= 1,3 N. L = 0,3 (1) +0,5 (1) + 0,2 (1) = 1 N. R = 0,2 (3) + 0,1 (1) + 0,1 (1) + 0,6 (2) N. G = 1,5 = 2,5 Vasp: N. E =0,6 (2) + 0,1(3) + 0,2 (1) + 0,1 (3)= 2 N. L = 0,3 (2) +0,5 (2) + 0,2 (2) = 2 N. R = 0,2 (1) + 0,1 (2) + 0,1 (2) + 0,6 (1) N. G = 1,7 = 4,8 TAM: N. E =0,6 (3) + 0,1(1) + 0,2 (3) + 0,1 (2)= 2,7 N. L = 0,3 (3) +0,5 (3) + 0,2 (3) = 3 N. R = 0,2 (2) + 0,1 (3) + 0,1 (3) + 0,6 (3) N. G = 2,8 = 8,9 21

23 Notas Globais 2003 Nota VARIG VASP TAM Empresas Para o ano de 2002: Notas Globais 2002 Nota VARIG VASP TAM Empresas Para o ano de 2001: Notas Globais 2001 Nota VARIG VASP TAM Empresas 22

24 Foi possível concluir que a Varig tem índices ruins, com valores que podem vir a ser considerados como péssimos, se comparados com valores de outras empresas do setor, sendo a TAM a empresa com maior expressão, embora tenha passado por uma crise em 2002, se recuperou em 2003, com a queda da Vasp que vinha se mantendo em um patamar satisfatório. Assim é possível afirmar que a Varig não passa por um bom momento há mais de três anos, necessitando de um plano de recuperação, que teve início em ,5 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL Inicialmente será feita a Análise Horizontal da Varig: (Reais Mil) 31/12/ /12/ /12/2001 Descrição da Conta AH AV AH AV AH AV Ativo Circulante Financeiro Disponível Aplicações Financeiras Soma Operacional Clientes Estoques Soma Total do Ativo Circulante R.L.P Ativo Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Total do Ativo Permanente Total do Ativo É importante avaliar que mais de 50% do total do Ativo está no Circulante, sendo de curto prazo, e ainda há uma diminuição no Permanente, caindo 20% desde Ocorreu também um aumento nas aplicações financeiras,com 23

25 40% a mais do que em 2001, o que mostra que a Varig está procurando outras aplicações para investimento de seu capital. A seguir será visto o Passivo. Reais Mil 31/12/ /12/ /12/2001 Descrição da Conta AH AV AH AV AH AV Passivo Circulante Operacional Fornecedores Outras Obrigações Soma Financeiro Empréstimos Bancários Duplicatas Descontadas Soma Total do Passivo Circulante Exigível a Longo Prazo Empréstimos e Financiamentos Outros Total do ELP Capital de Terceiros Patrimônio Líquido Capital e Reservas Lucros Acumulados Total do Passivo Observando o Passivo é possível analisar a porcentagem negativa no Patrimônio Líquido, que é negativo. Vale ressaltar o crescente prejuízo, atingindo mais que o dobro do prejuízo de O Capital de Terceiros também aumenta a cada, triplicando nos últimos três anos, e assim a empresa passa a depender cada vez mais de empréstimos e financiamentos para se manter financeiramente. É importante observar que o Capital de Terceiros tem três vezes o valor do Passivo, o que é imobiliza completamente a companhia, vivendo apenas de empréstimos. O Passivo Circulante também vem sendo 24

26 reduzido, indicando a política da Varig que busca reduzir suas dívidas de curto prazo e usar um maior número de empréstimos de longo prazo. Capital de Terceiros Valores (R$) xx03 xx02 xx01 XX00 Anos A seguir será analisada a Demonstração de Resultados. 31/12/ /12/ /12/2001 Descrição da Conta AH AV AH AV AH AV Receita Líquida De Serviços Custo De Serviços Vendidos Lucro Bruto Despesas/receitas Operacionais Lucro Operacional (Antes Res. Fin.) Receitas Financeiras Despesas Financeiras Lucro Operacional Resultado Não Operacional Lucr Antes do I.R. e Contrib. Social Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício É possível observar um aumento na Receita Líquida, o que pode ser explicado com um aumento no número de passagens vendidas e com tarifas 25

27 maiores a cada ano, devido a reajustes, mas o custo do serviço também aumenta, pois todos os insumos têm relação com o dólar, e com a sua valorização diante do real, todos sofreram reajustes e assim a situação não foi muito alterada. Para demonstrar a receita líquida tem-se o seguinte gráfico, visando analisar qual a origem da receita líquida nos dois últimos anos. VARIG 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% 60,5% 64,9% 39,5% 35,1% doméstico internacional Há também uma grande redução nas despesas financeiras, mostrando a redução do uso dos empréstimos de curto prazo, e é possível observar que o ano de 2002, foi muito ruim, onde a Varig necessitou de empréstimos, pagando caro por capital de terceiros, gastando um valor exorbitante com as despesas financeiras. No ano de 2003, as despesas operacionais atingiram apenas 2% do valor da receita líquida, o que pode ser considerado como muito bom. 3.6 FÓRMULA DE PREVISÃO DE FALÊNCIAS Foi utilizada neste trabalho a fórmula de previsão de falências de Kanitz, para definir se a companhia é solvente ou insolvente. É importante analisar que este método dá maior importância à liquidez da empresa, sendo os maiores coeficientes da forma empírica que foi demonstrada anteriormente. 26

28 Ano 2003 = FI = 1,68 Ano 2002 = FI = 1,74 Ano 2001 = FI = 2,54 Fórmula de Kanitz 2001 Anos ,5 1 1,5 2 2,5 3 FI Assim é possível concluir que a Varig está solvente. Todavia, esta fórmula não demonstra corretamente a situação para as empresas prestadoras de serviços, pois é visível que a Varig não está econômica e financeiramente bem, sendo dependente de empréstimos e de ajuda do Governo Federal, com refinanciamentos. Não foi encontrada nenhuma informação sobre o campo de aplicação desta fórmula, já que para empresas de serviço ela mostrou não gerar resultados muito corretos e que mostram a verdadeira situação da empresa. E conforme foi visto durante as apresentações, para o setor industrial ela relatou melhor a situação em que as empresas estão, e gerou melhores colocações sobre as possíveis condições de falência em um prazo curto. 3.7 ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS Neste momento serão observados os índices de prazos médios, para que seja possível analisar a duração do ciclo operacional, e, conseqüentemente observar a duração do ciclo de caixa da empresa, onde ela necessita de capital 27

29 de terceiros para a manutenção de suas atividades até o recomeço de seu ciclo. Assim ela deve financiar sozinha o ciclo operacional. Prazos Médios Prazo Médio para Renovação de Estoques Prazo Médio de Pagamento de Compras Prazo Médio de Recebimento de Vendas Ciclo de Caixa Ciclo Operacional Para 2003: PMRE=11 Dias PMPC = 21 Dias PMRV = 41 Dias Ciclo de Caixa = 32 Dias Assim, os fornecedores financiaram totalmente os estoques, além de financiar uma parte das vendas. É possível observar que o ciclo operacional vem sendo reduzido nos últimos três anos, e pode ser analisada a forte queda no recebimento de vendas, indicando assim uma política da empresa diminuiu o tempo para entre a venda de seus serviços e o recebimento, diminuindo os ciclos. Prazo Médio de Recebimento de Vendas Dias Anos 28

30 Ciclo de Caixa Dias Anos Ciclo Operacional Dias Anos 3.8 E.V.A. (ECONOMIC VALUE ADDED) Este é um ponto importante da análise na Varig, pois a companhia sofre um problema com seu Patrimônio Líquido negativo, deixando seu Passivo descoberto. Assim no cálculo da Taxa Mínima de Atratividade, não é possível obter um valor correto, ficando o valor negativo, indicando como se qualquer investimento que renda algo, seja atrativo, o que é errado. Assim o cálculo do E.V.A. fica prejudicado, pois é considerada uma taxa média utilizada no mercado de 12% para o capital de terceiros, por não haver ano Relatório da Administração o valor da remuneração para o capital de terceiros. 29

31 Assim sendo foi calculado o valor do E.V.A. levando em conta no capital o Ativo Total, e assim foram obtidos os seguintes resultados em milhões de reais: EVA Pode ser observado que o ano de 2002 foi crítico para a Varig, com o mais elevado valor para o E.V.A., onde agora ela retorna ao patamar que tinha em Isto se deve pelas dificuldades no mercado interno (concorrência), crise mundial e com as altas taxas tributárias que incidem sobre os seus serviços, conforme foi apresentado no Relatório da Administração. E.V.A. (Economic Value Added) Milhões R$ Anos 30

32 4 CONCLUSÕES Após obter e analisar todos os dados da Varig Transportes Aéreos Rio Grandense S.A., é possível fazer algumas conclusões sobre a situação em que se encontra a empresa, e ainda coletar alguns pontos do Relatório da Administração que é muito importante, sendo o meio de comunicação entre a empresa e os seus acionistas. Inicialmente tem-se que a Varig enfrenta uma crise grande, com baixos índices financeiros, principalmente relacionados à liquidez, com valores que mostram que ela deve ter de gerar recursos de curto prazo para pagar seus compromissos, o que é muito difícil, ou então deve buscar recursos de longo prazo, através de financiamentos, o que vem sendo feito visto o aumento de seu Exígivel a Longo Prazo. Aliado a esta medida, a empresa conseguiu apoio do Governo para buscar um novo financiamento de suas dívidas com impostos e taxas governamentais. A companhia aderiu ao PAES, através de um parcelamento especial e cobriu dívidas do seu fundo de pensão (Aerus), que somam ambas quase R$ 1,3bi. Assim a empresa busca sua reestruturação através de medidas duras e que buscam melhor a sua situação, principalmente com relação às suas dívidas, que poderiam causar problemas com suas operações, como no caso da dívida com a BR Distribuidora, que fornece o combustível para a frota. O mercado nacional teve um aumento da concorrência nos últimos anos, com a entrada no mercado da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, que tem um novo conceito, utilizando mais os aviões, fazendo trechos curtos e com tarifas mais baixas, ganhando uma grande parte do mercado, e chegando a ser a 2ª empresa aérea que mais cresceu no mundo, sendo ela até então de capital fechado, e agora no fim de junho, lançou títulos no mercado, visando arrecadar aproximadamente R$600mi, tornando-se assim uma empresa de capital aberto. É importante observar que na questão da rentabilidade, a Varig tem um bom Giro do Ativo, mas é prejudicada pelo Passivo descoberto, que faz com que a margem líquida fique negativa, e assim há o aumento no prejuízo líquido, e assim a situação da empresa piore a cada exercício. Assim é fácil observar que a empresa se mantém com empréstimos de longo prazo, pois a sua 31

33 possibilidade de alterar este quadro a curto prazo é muito pequena, devendo assim ser feito um plano para refinanciamentos e de racionalização dos seus processos. Um dos exemplos dessa reestruturação é observada na Demonstração de Resultados, onde houve uma queda grande nos gastos com as despesas financeiras, chegando a quase 800% de redução, mostrando que a Varig fez gastos que não eram compatíveis com a sua capacidade em um momento de crise que atravessou, como no ano de Analisando o ciclo operacional, tem-se que a companhia busca reduzi-lo, reduzindo também o prazo para recebimento de vendas, diminuindo prazos, visando assim diminuir todo o ciclo operacional, gerando um menor ciclo de caixa, onde a empresa tem de se financiar sozinha, e assim buscar capital no mercado. Em virtude de toda a crise do setor, a Varig foi obrigada a fazer devoluções de aeronaves, o que fez com que seu imobilizado fosse reduzido em cerca de 20%, adequando assim a frota às condições do setor, além de passar a operar em conjunto com a TAM, com quem chegou a estudar uma possível fusão, mas até este ponto o processo não chegou a uma conclusão ou a cartas de intenção para futuras movimentações. Assim, a Varig Trasnportes Aéreos Rio Grandense S.A. assim como toda a empresa brasileira sofre com a falta de crescimento da indústria, com a alta taxação do setor por parte do Governo e com os problemas causados pelos atentados de Nova Iorque, onde o movimento caiu, e os gastos com segurança aumentaram. A Varig no setor aéreo poderia vir a ser beneficiada com um apoio ao turismo, seja ele interno ou externo, onde os deslocamentos por avião seriam maiores, vista a capacidade do país, com a variedade de locais que podem ser centros turísticos. Para concluir não há como afirmar se a empresa está próxima da falência, pois a fórmula de Kanitz se mostrou não muito adequada para o setor de serviços, devido aos valores obtidos relacionados à situação que algumas empresas se encontram. E como último item desta conclusão, é visão geral na Varig que o ano de 2003 representou um marco no caminho de recuperação, consciente das suas 32

34 responsabilidades na qualidade de maior empresa aérea brasileira e sulamericana, a companhia empreendeu abrangente programa de reestruturação financeira, operacional e organizacional, confirmando o que está no Relatório da Administração, e de acordo com esta tabela: VARIG VARIG, Rio Sul e Nordeste Valores em R$ mil Valores em R$ mil % % Operações de vôo passageiros Receita líquida , ,4 Custo dos serviços prestados , Desp. Comerciais , , , Desp. Administrativas , ,5 Res. Operações ,3 Res. outras operações , ,9 Resultado da atividade , ,5 Este trabalho teve uma função importante de analisar os conceitos adquiridos em sala de aula durante o curso de Contabilidade Gerencial, não apenas sobre a forma de valores, mas observando estes índices em um grupo de empresas analisadas por todos os alunos, verificando a diferença de cada setor e suas peculiaridades quanto a índices, prazos e formação de balanços. 33

35 5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA - Matarazzo, D., Análise Financeira de Balanços, 6ª Edição, Ed. Atlas, São Paulo, 2003; - Notas de Aula do curso de Contabilidade Gerencial da Unifei ministrado pelo professor Edson Pamplona; - Site - Comissão de Valores Mobiliários; - Site - Varig Transportes Aéreos Rio Grandense S.A. 34

1- Introdução. 1.1- Objetivos. 1.2- Justificativas

1- Introdução. 1.1- Objetivos. 1.2- Justificativas Alluno:: Karrllos Eduarrdo Souza Corrrrêa Mattrríículla:: 10657 Currso:: Engenharriia de Prrodução Prroffessorr:: Edson Pampllona Conttabiilliidade Gerrenciiall 1- Introdução 1.1- Objetivos Este trabalho

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

APSP. Análise do Projeto do Sistema Produtivo. Aula 7. 22/8/2006 Por: Lucia Balsemão Furtado 1

APSP. Análise do Projeto do Sistema Produtivo. Aula 7. 22/8/2006 Por: Lucia Balsemão Furtado 1 APSP Análise do Projeto do Sistema Produtivo Aula 7 Por: Lucia Balsemão Furtado 1 Análise da Viabilidade Econômica O que é Economia? É a ciência que se preocupa em administrar escassos recursos disponíveis

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL

CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL AULA 06: ANÁLISE E CONTROLE ECONÔMICO- FINANCEIRO TÓPICO 01: ANÁLISE POR ÍNDICES Fonte (HTTP://WWW.FEJAL.BR/IMAGES/CURS OS/CIENCIASCONTABEIS.JPG) ANÁLISE POR INTERMÉDIO

Leia mais

AVALIAÇAO FINANCEIRA DA GRENDENE S/A

AVALIAÇAO FINANCEIRA DA GRENDENE S/A Universidade federal de Itajubá Instituto de Engenharia de Produção e Gestão IEPG AVALIAÇAO FINANCEIRA DA GRENDENE S/A EPR 30 Contabilidade Gerencial Prof: Edson de Oliveira Pamplona Equipe: - Bruno José

Leia mais

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE EXTENSÃO: CENTRO DE DESENVOLVIMENTO EM FINANÇAS PROJETO: CENTRO DE CAPACITAÇÃO

Leia mais

Relatório da Gestão da Empresa Sadia S/A.

Relatório da Gestão da Empresa Sadia S/A. Relatório da Gestão da Empresa Sadia S/A. A política de gestão da Empresa Sadia S/A, está estruturada fortemente pelos seus índices financeiros, que se comportaram da seguinte maneira nos períodos analisados

Leia mais

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008).

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). AVALIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Unidade IV 7 ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). A administração

Leia mais

Análise Financeira de Balanço

Análise Financeira de Balanço UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Instituto de Engenharia de Produção e Gestão Contabilidade Gerencial EPR 30 Análise Financeira de Balanço Juliano Jun Tatsumi nº11462 Marina Carvalho Brandão nº11466 Itajubá,

Leia mais

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade:

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade: Olá, pessoal! Como já devem ter visto, dois bons concursos estão na praça: Fiscal do ISS de São Paulo e Auditor Fiscal do Ceará. As bancas são, respectivamente, a Fundação Carlos Chagas (FCC) e a Escola

Leia mais

AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO NAS TOMADAS DE DECISÕES.

AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO NAS TOMADAS DE DECISÕES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015 - 2015 Prova de Análise das Demonstrações Comentada Pessoal, a seguir comentamos as questões de Análise das Demonstrações Contábeis aplicada na prova do TCU para Auditor de Controle Externo (2015). Foi

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Balanço Patrimonial. Ativos e Passivos. Análise Financeira de Balanços 29/10/2012. Planejamento Financeiro Profa.: Elaine Silvia Pasquini

Balanço Patrimonial. Ativos e Passivos. Análise Financeira de Balanços 29/10/2012. Planejamento Financeiro Profa.: Elaine Silvia Pasquini Balanço Patrimonial Relembrando da ultima aula!!!! Planejamento Financeiro Profa.: Elaine Silvia Pasquini Análise Financeira de Balanços O balanço Patrimonial de uma organização é uma peça contábil, em

Leia mais

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS NOTA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Curso: Administração de Empresas Turma: Disciplina: Administração Financeira Professor : Maxwell Lucena / Aluno(a): Maxwe R.A.: Assinatura: Data: / / 1ª. Questão

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 1 de 5 31/01/2015 14:52 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto

Leia mais

Universidade Federal de Itajubá

Universidade Federal de Itajubá Universidade Federal de Itajubá Contabilidade e Custos Análise Financeira de Balanços 09-04-2012 Prof. José Arnaldo B. Montevechi 1 Planejamento de caixa Índices de prazos médios Prazo Médio de Recebimento

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis Introdução As empresas de seguros são estruturas que apresentam características próprias. Podem se revestir

Leia mais

AULA 04 EXERCÍCIO 06 - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS ):

AULA 04 EXERCÍCIO 06 - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS ): Contabilidade Gerencial e Controladoria Prof. Oscar Scherer Dia 23/03/2012. AULA 04 EXERCÍCIO 06 - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS ): Parte importante da administração financeira, devendo

Leia mais

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 1.1 - CONCEITO A Demonstração das Origens e Aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória por força da lei

Leia mais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis Prof.: Marcelo Valverde Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis 3.1 Análise do

Leia mais

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto Olá, pessoal! Aqui estou eu de novo, para continuar o assunto da aula passada: Fluxo de Caixa e Demonstração do Fluxo de Caixa. Assunto da maior importância, que está sendo cobrado nos atuais concursos

Leia mais

Olá, pessoal! Bons estudos! Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro.

Olá, pessoal! Bons estudos! Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro. Olá, pessoal! Hoje vou falar sobre um dos tópicos mais obscuros do edital de Análise de Balanços do concurso para Fiscal do ICMS de São Paulo. Trata-se do seguinte item: Análise do Capital de Giro: Necessidade

Leia mais

Decisões Empresariais. Logística. Administração Financeira. Administração financeira (finanças corporativas) Investimento.

Decisões Empresariais. Logística. Administração Financeira. Administração financeira (finanças corporativas) Investimento. Logística Prof. Clóvis Luiz Galdino Administração Financeira Administração financeira (finanças corporativas) Administração: ato de reger, governar ou gerir negócios públicos ou particulares. Finanças:

Leia mais

Análise das Demonstrações financeiras

Análise das Demonstrações financeiras Estrutura de Capitais A empresa pode contar com duas fontes de recursos: Capital Próprio; São recursos aplicados na empresa pelos sócios, ou gerados pelo resultado das operações ( lucros e reservas) CAPITAL

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 9 Mutações do Patrimônio Líquido

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 9 Mutações do Patrimônio Líquido 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Mutações do Patrimônio Líquido Tópicos do Estudo Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados nos moldes da Lei das

Leia mais

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional O tamanho que a micro ou pequena empresa assumirá, dentro, é claro, dos limites legais de faturamento estipulados pela legislação para um ME ou EPP, dependerá do

Leia mais

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 1 - INTRODUÇÃO Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Cooperativa, o que inclui os riscos das operações

Leia mais

D&B Indicadores Setoriais

D&B Indicadores Setoriais D&B D-U-N-S : 899772800 Brasil Modelos da Construcao S/A. Sic Primário Empresa: 1629 Servs. de construcao civil. Av. Bernardino de Campos, 98-2 andar *Sic Primário Setor: 1620 Paraiso Fundação: 1990 Sao

Leia mais

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Unidade II ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Jean Cavaleiro Introdução Essa unidade tem como objetivo conhecer a padronização das demonstrações contábeis. Conhecer os Índices Padrões para análise;

Leia mais

UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO Resumo: UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO Capital de giro refere-se aos recursos correntes (curto prazo) da empresa,

Leia mais

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS PAULO NAZARENO CARDOSO DA SILVA GRADUANDO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIVERSIDADE

Leia mais

1-Introdução. 1.1-Objetivos. 1.2-Justificativa para a escolha da empresa. 1.3-Estrutura do trabalho

1-Introdução. 1.1-Objetivos. 1.2-Justificativa para a escolha da empresa. 1.3-Estrutura do trabalho 1-Introdução 1.1-Objetivos Este trabalho visa analisar os balanços de uma determinada empresa, no caso a construtora Método Engenharia S.A., para extrair informações das suas demonstrações financeiras,

Leia mais

Simulado: Análise das Demonstrações Contábeis p/ TCU

Simulado: Análise das Demonstrações Contábeis p/ TCU Simulado: Análise das Demonstrações Contábeis p/ TCU Prezados(as), para fins de revisão de alguns pontos da disciplina de Análise das Demonstrações Contábeis, exigida no concurso para Auditor Federal de

Leia mais

FANOR. MBA Internacional - Finanças. DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica. PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto)

FANOR. MBA Internacional - Finanças. DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica. PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto) Bibliografia Básica: FANOR MBA Internacional - Finanças DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto) CONTATOS: www.netofeitosa.com.br contato@netofeitosa.com.br (85)

Leia mais

SUCESSO EM ALGUMAS EM OUTRAS... XXXXX. Salário para boa condição de vida. Leva à PRODUTIVIDADE que é buscada continuamente

SUCESSO EM ALGUMAS EM OUTRAS... XXXXX. Salário para boa condição de vida. Leva à PRODUTIVIDADE que é buscada continuamente ADMINISTRAR ----- NÃO É ABSOLUTO. SUCESSO EM ALGUMAS EM OUTRAS... INTEGRAÇÃO = PESSOAS / EMPRESAS = ESSENCIAL SATISFAÇÃO FINANCEIRA RESULTANTE DA SINERGIA Leva à PRODUTIVIDADE que é buscada continuamente

Leia mais

Objetivos 29/09/2010 BIBLIOGRAFIA. Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho. Tópicos BALANÇO DE TAMANHO COMUM

Objetivos 29/09/2010 BIBLIOGRAFIA. Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho. Tópicos BALANÇO DE TAMANHO COMUM Objetivos Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho A EMPRESA NO MODELO DO BALANÇO PATRIMONIAL: análise das demonstrações financeiras Compreender a importância da padronização

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Olá, pessoal! Hoje trago uma aula sobre a Demonstração do Valor Adicionado DVA, que foi recentemente tornada obrigatória para as companhias abertas pela Lei 11.638/07, que incluiu o inciso V ao art. 176

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Contabilidade Geral e Avançada Correção da Prova AFRFB 2009 Gabarito 1 Última Parte Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA

Contabilidade Geral e Avançada Correção da Prova AFRFB 2009 Gabarito 1 Última Parte Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA 15- A empresa Livre Comércio e Indústria S.A. apurou, em 31/12/2008, um lucro líquido de R$ 230.000,00, antes da provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre

Leia mais

Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19)

Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19) Contabilização de planos de benefícios segundo o CPC 33 Benefícios a empregados (IAS 19) Classificação, contabilização de planos de contribuição definida e introdução aos planos de benefício definido.

Leia mais

Faculdade Carlos Drummond de Andrade Profa. Katia de Angelo Terriaga

Faculdade Carlos Drummond de Andrade Profa. Katia de Angelo Terriaga Faculdade Carlos Drummond de Andrade Profa. Katia de Angelo Terriaga CONTABILIDADE GERENCIAL ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA ATRAVÉS DE ÍNDICES Importância da Análise Através de Indicadores. Visa obter através

Leia mais

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO Bertolo Administração Financeira & Análise de Investimentos 6 CAPÍTULO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO No capítulo anterior determinamos que a meta mais

Leia mais

Ciclo Operacional. Venda

Ciclo Operacional. Venda Sumário 1 Introdução... 1 2 Dinâmica dos Fluxos de Caixa... 2 3 Capital Circulante Líquido (CCL) e Conceitos Correlatos... 4 4 Necessidade de capital de giro (NCG)... 6 5 Saldo em Tesouraria (ST)... 9

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Objetivo

1. Introdução. 1.1 Objetivo 1. Introdução 1.1 Objetivo A Análise Financeira de Balanços visa verificar as condições financeiras e econômicas das empresas, para, desta forma, permitir outras pessoas ou até mesmo outras empresas tomar

Leia mais

Guia Técnica Análise Financeira

Guia Técnica Análise Financeira Guia Técnica Análise Financeira Sertras Março 2015 Av. Paisagista José Silva de Azevedo Neto 200 bl. 4, sala 104, Barra da Tijuca, Rio de 1.- Índice 1.- Índice...2 2.- Introdução...3 3.- Procedimento Geral...4

Leia mais

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

APURAÇÃO DO RESULTADO (1) APURAÇÃO DO RESULTADO (1) Isnard Martins - UNESA Rodrigo de Souza Freitas http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade012.asp 1 Apuração do Resultado A maioria das

Leia mais

CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I CAPITAL DE GIRO

CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I CAPITAL DE GIRO CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I CAPITAL DE GIRO 1 Fundamentos sobre Capital de Giro O objetivo da Administração Financeira de Curto

Leia mais

Balanço Patrimonial ( em R$ 000 )

Balanço Patrimonial ( em R$ 000 ) Demonstrações Financeiras Índice de Endividamento Professor: Roberto César Balanço Patrimonial ( em R$ 000 ) Circulante X X-1 Caixa... 363 288 Títulos Negociáveis... 68 51 Duplicatas a Receber... 503

Leia mais

Tópicos Especiais de Análise de Balanços

Tópicos Especiais de Análise de Balanços Tópicos Especiais de Análise de Balanços 1- ECONÔMICO X FINANCEIRO Talvez não existam palavras mais empregadas no mundo dos negócios do que econômico e financeiro. Econômico: Refere-se a lucro, no sentido

Leia mais

Analise Financeira ou de Balanço

Analise Financeira ou de Balanço ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS FASF- FACULDADE SAGRADA FAMÍLIA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CONTABILIDADE GERENCIAL PROF. EDENISE Analise Financeira ou de Balanço Avaliação da Situação da Empresa em seus

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Gestão Financeira I Prof.ª Thays Silva Diniz 1º Semestre 2011 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Cap.1 A decisão financeira e a empresa 1. Introdução 2. Objetivo e Funções da

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 10 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 10 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Tópicos do Estudo Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (Doar). Uma primeira tentativa de estruturar

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

Análise das Demonstrações Financeiras. Análise de Índices

Análise das Demonstrações Financeiras. Análise de Índices Análise das Demonstrações Financeiras Análise de Índices Análise de Índices Relaciona itens e grupos de itens do Balanço Patrimonial e do Demonstrativo de Resultados. É útil para a análise de crédito e

Leia mais

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09 Demonstração de Fluxo de Caixa Demonstração de Fluxo de Caixa A partir de 28.12.2007 com a publicação

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Resultados 1T07 10 de maio de 2007

Resultados 1T07 10 de maio de 2007 PUBLICIDADE CAIXA CRESCEU 102% BASE DE ASSINANTES BANDA LARGA CRESCEU 32% São Paulo, O UOL (BOVESPA: UOLL4) anuncia hoje os resultados do 1T07. As demonstrações financeiras da Companhia são elaboradas

Leia mais

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros Categoria Setor de Mercado Seguros 1 Apresentação da empresa e sua contextualização no cenário competitivo A Icatu Seguros é líder entre as seguradoras independentes (não ligadas a bancos de varejo) no

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO Janilson Laane Maio/2011 Objetivos 1. Apresentar o conceito e em que contexto está

Leia mais

OI S.A. (Atual denominação de Brasil Telecom S.A.) 8ª Emissão Pública de Debêntures

OI S.A. (Atual denominação de Brasil Telecom S.A.) 8ª Emissão Pública de Debêntures OI S.A. (Atual denominação de Brasil Telecom S.A.) 8ª Emissão Pública de Debêntures Relatório Anual do Agente Fiduciário Exercício de 2013 Oi S.A. (atual denominação de BRASIL TELECOM S.A.) 8ª Emissão

Leia mais

Direcional Engenharia S.A.

Direcional Engenharia S.A. 1 Direcional Engenharia S.A. Relatório da Administração Exercício encerrado em 31 / 12 / 2007 Para a Direcional Engenharia S.A., o ano de 2007 foi marcado por recordes e fortes mudanças: registramos marcas

Leia mais

ANALISE DE BALANÇO UNIDADE 1 : INTRODUÇÃO. Extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões.

ANALISE DE BALANÇO UNIDADE 1 : INTRODUÇÃO. Extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões. ANALISE DE BALANÇO 1.1 Objetivo da análise de Balanços UNIDADE 1 : INTRODUÇÃO Extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões. 1.2 Dados versus Informações Dados: São os números

Leia mais

Marketing Prof. Sidney Leone. Hoje Você Aprenderá: Ferramentas. Gestão Financeira: Planejamento Financeiro

Marketing Prof. Sidney Leone. Hoje Você Aprenderá: Ferramentas. Gestão Financeira: Planejamento Financeiro Marketing Prof. Sidney Leone Gestão Financeira: Planejamento Financeiro Hoje Você Aprenderá: Demonstrativos financeiros da empresa (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL etc...) Análise econômicofinanceira.(fluxo

Leia mais

CRITÉRIOS / Indicadores

CRITÉRIOS / Indicadores CRITÉRIOS / Indicadores A lista de conceitos desta MELHORES E MAIORES Os valores usados nesta edição são expressos em reais de dezembro de 2014. A conversão para dólares foi feita, excepcionalmente, com

Leia mais

INSTITUTO ASSAF: ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS BANCOS MÉDIOS E DOS BANCOS GRANDES

INSTITUTO ASSAF: ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS BANCOS MÉDIOS E DOS BANCOS GRANDES INSTITUTO ASSAF: ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS BANCOS MÉDIOS E DOS BANCOS GRANDES O Instituto Assaf comparou diversos indicadores de desempenho dos bancos grandes e dos bancos médios de 2009 a 2011. Primeiramente

Leia mais

COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE

COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE! Como calcular o fluxo de caixa! Qual a fórmula para determinar a capacidade de pagamento! Como analisar a liquidez Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br)

Leia mais

Valor ao par O valor de face uma ação ou título. No caso de ações, o valor ao par é, meramente, um registro contábil e não serve a outro propósito.

Valor ao par O valor de face uma ação ou título. No caso de ações, o valor ao par é, meramente, um registro contábil e não serve a outro propósito. Valor ao par O valor de face uma ação ou título. No caso de ações, o valor ao par é, meramente, um registro contábil e não serve a outro propósito. Valor da cota de um fundo de investimento É calculado

Leia mais

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO 2 -DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS. OBJETIVO E CONTEÚDO Os objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis podem ser variados. Cada grupo de usuários pode ter objetivos específicos para analisar as Demonstrações

Leia mais

Operadores definidos pela LMDQL para Análise Financeira

Operadores definidos pela LMDQL para Análise Financeira Operadores definidos pela LMDQL para Análise Financeira A seguir é apresentada a especificação de alguns operadores financeiros criados pela LMDQL para a realização de análise financeira em documentos

Leia mais

GPME Prof. Marcelo Cruz

GPME Prof. Marcelo Cruz GPME Prof. Marcelo Cruz Política de Crédito e Empréstimos Objetivos Compreender os tópicos básicos da administração financeira. Compreender a relação da contabilidade com as decisões financeiras. Compreender

Leia mais

Uma das marcas de uma empresa falida é o alto. (endividamento) A falência, entretanto, nunca se deve exclusivamente ao. endividamento.

Uma das marcas de uma empresa falida é o alto. (endividamento) A falência, entretanto, nunca se deve exclusivamente ao. endividamento. Unidade 5 Análise de índices Índices de Estrutura de Capitais Participação do capital de terceiros (endividamento) Professor: Renato Thiago Participação do capital de terceiros (endividamento) Este índice

Leia mais

Contabilidade Básica

Contabilidade Básica Contabilidade Básica 2. Por Humberto Lucena 2.1 Conceito O Patrimônio, sendo o objeto da Contabilidade, define-se como o conjunto formado pelos bens, pelos direitos e pelas obrigações pertencentes a uma

Leia mais

Interpretando a Variação da Necessidade de Capital de Giro

Interpretando a Variação da Necessidade de Capital de Giro Interpretando a Variação da Necessidade de Capital de Giro Por Carlos Alexandre Sá Neste trabalho vamos analisar um elemento importante do Fluxo das Atividades Operacionais: a necessidade de capital de

Leia mais

Este índice indica o percentual de Capital de Terceiros em relação ao Patrimônio Líquido. Retrata a dependência da empresa em relação aos recursos

Este índice indica o percentual de Capital de Terceiros em relação ao Patrimônio Líquido. Retrata a dependência da empresa em relação aos recursos Unidade 5 Análise de índices Índices de Estrutura de Capitais Professor: Renato Thiago Participação do capital de terceiros (endividamento) Participação do capital de terceiros (endividamento) Este índice

Leia mais

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira Juros e Taxas de Juros Tipos de Empréstimos Valor Atual Líquido Taxa Interna de Retorno Cobertura de Manutenção de Dívidas Juros e Taxa de Juros Juro é

Leia mais

COMPANHIA DE GÁS DE SÃO PAULO - COMGÁS. 2ª Emissão Pública de Debêntures

COMPANHIA DE GÁS DE SÃO PAULO - COMGÁS. 2ª Emissão Pública de Debêntures COMPANHIA DE GÁS DE SÃO PAULO - COMGÁS 2ª Emissão Pública de Debêntures Relatório Anual do Agente Fiduciário Exercício de 2013 Companhia de Gás de São Paulo - Comgás 2ª Emissão Pública de Debêntures Relatório

Leia mais

Turno/Horário Noturno PROFESSOR: Salomão Soares AULAS Apostila nº.

Turno/Horário Noturno PROFESSOR: Salomão Soares AULAS Apostila nº. Disciplina Estrutura e Análise das Demonstrações Contábeis CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURMA 6º CCN Turno/Horário Noturno PROFESSOR: Salomão Soares AULAS Apostila nº.

Leia mais

Especial Lucro dos Bancos

Especial Lucro dos Bancos Boletim Econômico Edição nº 90 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Especial Lucro dos Bancos 1 Tabela dos Lucros em 2014 Ano Banco Período Lucro 2 0 1 4 Itaú Unibanco

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

COMENTÁRIOS DO DESEMPENHO NO 3º TRIMESTRE E 9 MESES DE 2002

COMENTÁRIOS DO DESEMPENHO NO 3º TRIMESTRE E 9 MESES DE 2002 COMENTÁRIOS DO DESEMPENHO NO 3º TRIMESTRE E 9 MESES DE 2002 Desempenho Em ambiente de queda da atividade na indústria automobilística, a Iochpe-Maxion apresentou um crescimento de 8,4% nas vendas no terceiro

Leia mais

Contabilidade Geral Correção da Prova 2 Analista Técnico Controle e Fiscalização - Susep 2010 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL

Contabilidade Geral Correção da Prova 2 Analista Técnico Controle e Fiscalização - Susep 2010 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL CONTABILIDADE GERAL 1 - A legislação vigente sobre as sociedades anônimas estabelece o que deve ser computado na determinação do resultado do exercício. Diz a lei que devem ser incluídas as receitas e

Leia mais

NUTRIPLANT ON (NUTR3M)

NUTRIPLANT ON (NUTR3M) NUTRIPLANT ON (NUTR3M) Cotação: R$ 1,79 (18/06/2014) Preço-Alvo (12m): R$ 2,10 Potencial de Valorização: 18% 4º. Relatório de Análise de Resultados (1T14) Recomendação: COMPRA P/L 14: 8,0 Min-Máx 52s:

Leia mais

Graficamente, o Balanço Patrimonial se apresenta assim: ATIVO. - Realizável a Longo prazo - Investimento - Imobilizado - Intangível

Graficamente, o Balanço Patrimonial se apresenta assim: ATIVO. - Realizável a Longo prazo - Investimento - Imobilizado - Intangível CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL AULA 03: ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS TÓPICO 02: BALANÇO PATRIMONIAL. É a apresentação padronizada dos saldos de todas as contas patrimoniais, ou seja, as que representam

Leia mais

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Walter Dominas Conteúdo programático Unidade I Avaliação de Empresas Metodologias Simples Unidade II Avaliação de Empresas - Metodologias Complexas

Leia mais

Empresa Demo 1 PT500000001

Empresa Demo 1 PT500000001 Empresa Demo 1 PT500000001 Member of Federation of Business Information Service Índice Índice Introdução...3 Classificação total...4 Classificação por dimensão... 5 Quota de mercado...6 Volume de negócios

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 1

ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 1 ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 1 Índice Análise Vertical e Análise Horizontal...3 1. Introdução...3 2. Objetivos e técnicas de análise...4 3. Análise vertical...7 3.1 Cálculos da análise vertical do balanço

Leia mais

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo:

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo: PESQUISA DE JUROS Após longo período de elevação das taxas de juros das operações de crédito, as mesmas voltaram a ser reduzidas em setembro/2014 interrompendo quinze elevações seguidas dos juros na pessoa

Leia mais

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP PROF. Ms. EDUARDO RAMOS Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E ESTRUTURA CONCEITUAL 3. O CICLO CONTÁBIL

Leia mais

ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS

ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS Prof. Herbert Kimura INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE BALANÇOS CONTEXTUALIZAÇÃO Prof. Herbert Kimura INFORMAÇÕES Interna Externa Armazenagem Contábil! Relatórios contábeis

Leia mais

NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07

NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07 NBC T 19.4 - Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07 José Félix de Souza Júnior Objetivo e Alcance Deve ser aplicado na contabilização e na divulgação de subvenção governamental

Leia mais