QUÍMICA AMBIENTAL DO SOLO

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1 QUÍMICA AMBIENTAL DO SOLO Ramon Lamar de Oliveira Junior COMPONENTES DO SOLO O solo é uma mistura de vários minerais, água, ar e matéria orgânica capaz de manter a vida das plantas na superfície terrestre. É o produto final das ações dos processos físicos, químicos e biológicos que degradam as rochas e os restos de matéria orgânica. A porção orgânica do solo consiste em biomassa de plantas e animais em várias fases de apodrecimento. No solo podem ser encontradas muitas populações de bactérias, fungos e animais (como nematoides e minhocas). FORMAÇÃO DO SOLO COMPONENTES DO SOLO A fração sólida do solo possui aproximadamente 5% de matéria orgânica e 95% de matéria inorgânica. (Essa composição é variável: alguns solos podem conter até 95% de material orgânico.) CLASSIFICAÇÃO DAS PARTÍCULAS QUE COMPÕEM O SOLO EM TERMOS DE DIÂMETRO Para classificar o solo em uma classe textural, utilizase o triângulo textural, entrando com os percentuais de areia, silte e argila e assim achando o nome da classe do solo. COMPONENTES DO SOLO Os solos exibem uma grande variedade de características que são usadas para a sua classificação para vários propósitos como produção agrícola e construção de estradas. Outras características do solo incluem resistência, tamanho das partículas, permeabilidade e grau de desenvolvimento. Os solos típicos mostram camadas características com o aumento da profundidade denominadas horizontes. Os horizontes formamse como o resultado de interações complexas que ocorrem devido ao desgaste do solo provocado pelas mudanças ao longo do tempo (processos pedogenéticos). 1

2 Os horizontes do solo correspondem ao julgamento qualitativo do avaliador que considera alterações resultantes da formação do solo. Horizonte O: constituído de material orgânico sobreposto a outros horizontes minerais ou a rocha. (Em condições de má drenagem é chamado de H.) Horizonte A: constituído de material encontrado na superfície ou em sequência ao horizonte O. Diferese dos horizontes seguintes pelo maior acúmulo de matéria orgânica e transporte de componentes minerais. Apresenta intensa atividade biológica e propriedades químicas, físicas e biológicas influenciadas pela matéria orgânica. Horizonte E: predomínio de partículas grosseiras como areia e silte, devido ao transporte (translocação) de argila, ferro ou alumínio para horizontes mais abaixo. Conhecido como horizonte eluvial (perda de material). Horizonte B: caracterizase como horizonte iluvial (ganho de material). É o horizonte que apresenta maior expressão dos processos pedogenéticos, notados pela cor, textura, mineralogia e estrutura. Horizonte C: horizonte pouco afetado pelos processos pedogenéticos. Horizonte R: constituído de material mineral consolidado, como a rocha. Não pode ser cortado com uma pá, mesmo quando úmido. CAMADAS DE UM PERFIL GENÉRICO DE SOLO (Adaptado de Rodrigues, 2001) Matéria orgânica Microorganismos ar Areia Ar e água ar ar Agregados de argila ÁGUA NO SOLO São requeridas grandes quantidades de água para produção da maioria das substâncias da planta (fotossíntese). A água é o meio de transporte básico para levar nutrientes essenciais de partículas sólidas do solo à planta através de suas raízes para as partes mais distantes de sua estrutura. (Convém lembrar que mais de 90% da água absorvida pela planta é perdida no processo de transpiração.) Normalmente, devido ao pequeno tamanho de partículas do solo e a presença de pequenos canalículos e poros, a fase de água não é totalmente independente da parte sólida do solo. A disponibilidade de água para plantas é governada por inclinações dos canalículos e forças gravitacionais. Os nutrientes dissolvidos em água são influenciados pela variação da concentração e dos potenciais elétricos. ÁGUA NO SOLO Um dos efeitos químicos mais marcantes do encharcamento do solo é a redução do estado de oxidação pela ação de agentes redutores orgânicos. (Aumentam a capacidade redutora.) Um dos resultados mais significativos desta mudança é a transformação de ferro e manganês em ferro solúvel (II) e manganês (II) por redução dos seus óxidos insolúveis com maiores graus de oxidação: MnO 2 4 H 2 e Mn 2 3 H 2 O Fe 2 O 3 6 H 2 e 2 Fe 2 3 H 2 O Alguns íons de metais (como Fe 2 e Mn 2 ) são tóxicos às plantas a níveis muito altos. Por outro lado, a oxidação para óxidos insolúveis pode causar formação de depósitos de Fe 2 O 3 e MnO 2 que dificultam o escoamento da água no solo. 2

3 SOLUÇÃO SOLO A solução solo é a porção aquosa do solo que contém materiais dissolvidos provenientes dos processos químicos e bioquímicos do solo. O material mineral dissolvido no solo está presente na forma de íons. Predominam os cátions H, Ca 2, Mg 2, K, Na e normalmente quantidades menores de Fe 2, Mn 2 e Al 3. Os últimos três cátions podem estar presentes parcialmente hidrolisados como FeOH, ou complexados através de substâncias ligantes de compostos húmicos orgânicos. Os ânions que podem estar presentes são NO 3, PO 3 4, HCO 3, CO 3, HSO 4, SO 4, Cl e F. Além da ligação com o H em espécies como bicarbonatos (HCO 3 ) e bissulfatos (HSO 4 ), os ânions podem ser complexados com íons de metal, como em AlF 2. COMPOSIÇÃO TÍPICA DA SOLUÇÃO SOLO AR NO SOLO Aproximadamente 35% do volume de solo é composto de ar nos poros. Considerando que a atmosfera seca ao nível do mar contém 21% O 2 e 0,03% CO 2 de volume, estas porcentagens podem ser bastante diferentes devido à decomposição de matéria orgânica: {CH 2 O} O 2 CO 2 H 2 O Este processo consome oxigênio (O 2 ) e produz gás carbônico (CO 2 ). Como resultado, a quantidade de oxigênio do ar no solo pode ser muito menor que 15%, e a quantidade de gás carbônico pode ser de um percentual muito maior. Assim, o aumento de material orgânico no solo aumenta a quantidade de CO 2 dissolvido na água presente no solo. Este processo diminui o ph e contribui para formação de minerais de carbonato, particularmente carbonato de cálcio. COMPOSIÇÃO MÉDIA DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DO AR NA ATMOSFERA E NO SOLO MATÉRIA ORGÂNICA NO SOLO Embora um solo produtivo seja composto de menos que 5% de matéria orgânica, essa determina em grande parte a produtividade do solo. Serve como uma fonte de alimento para microorganismos através de reações químicas, acumula água e favorece a aeração do solo. Algumas combinações de compostos orgânicos contribuem no desgaste de matéria mineral (processo de formação do solo). O íon oxalato, por exemplo, produzido através do metabolismo de fungos do solo, dissolve minerais, enquanto acelera o processo de desgaste, aumentando assim a disponibilidade de espécies de íons nutrientes. O aumento da biodisponibilidade do fosfato ocorre por mecanismo desse tipo em associações fungoraiz denominadas micorrizas. A quantidade de matéria orgânica no solo é influenciada fortemente pela temperatura e pela disponibilidade de oxigênio. HÚMUS NO SOLO Dos componentes orgânicos do solo, o húmus é o mais importante. Húmus é composto de frações solúveis chamadas ácidos húmicos e fúlvicos, e uma fração insolúvel chamada humina (matéria húmica). É o resíduo originado quando bactérias e fungos degradam o material das plantas. A maior parte da biomassa da planta consiste em celulose relativamente degradável e lignina resistente à degradação. Entre os principais componentes químicos da lignina estão os anéis aromáticos conectados por cadeias de alquilas e contendo grupos hidroxila e carboxila. Estes artefatos estruturais acontecem no húmus do solo e dão a ele muitas de suas propriedades características, como a capacidade de complexação de íons de metais. 3

4 HÚMUS NO SOLO Componente Composição Significado Húmus Resíduo da degradação do apodrecimento de plantas, em grande parte C, H e O. Componente orgânico mais abundante. Melhora propriedades físicas do solo. Reservatório de N fixo. Gorduras, resinas e ceras Sacarídeos Nitrogênio orgânico Compostos de fósforo Extraídos de lipídios através de solventes orgânicos. Celulose, amido, hemicelulose, gomas. Nitrogênio ligado ao húmus, aminoácidos e outras composições. Éster fosfatos, inositol fosfatos (ácido fítico), fosfolipídios. Pequena parte da matéria orgânica do solo. Pode afetar as propriedades físicas do solo repelindo água. Podem ser fitotóxicos. Principal fonte de alimento para microorganismos do solo, ajuda na estabilização de agregados do solo. Fornece nitrogênio para fertilidade do solo. Fonte de fosfato para a planta. Componentes Orgânicos do solo (Manahan, 1997) NPK Nitrogênio, fósforo e potássio são nutrientes para as plantas, os quais são obtidos através do solo. Eles são tão importantes para a produtividade da colheita que são comumente adicionados ao solo como fertilizantes. Nitrogênio (NO 3 ): necessário para a produção de clorofila e formação de brotos. Atua nas partes verdes da planta. Fósforo (PO 4 3 ): estimula a floração, a frutificação e o crescimento das raízes. Potássio (K ): estimula a fisiologia (bom funcionamento) da planta: evita a queda precoce de frutos, aumenta a resistência das plantas à pragas, doenças, etc. NITROGÊNIO NO SOLO Na maioria dos solos, mais de 90% do nitrogênio contido está presente em compostos orgânicos. Este nitrogênio orgânico é o produto da biodegradação de plantas e animais mortos. Ele é transformado em NH 3 e NH 4 (nitrogênio inorgânico) e depois oxidado a NO 2 e NO 3 (nitrogênio inorgânico) pela ação de bactérias. O nitrogênio confinado no solo é especialmente importante para manter a fertilidade do solo. Ao contrário do potássio ou fosfato, o nitrogênio não é um produto do desgaste mineral. Outra fonte de nitrogênio no solo é a atmosfera, o qual é transformado por bactérias fixadoras de nitrogênio. No entanto, as bactérias fixadoras de nitrogênio nem sempre fornecem nitrogênio suficiente para manter a fertilidade do solo. O nitrogênio inorgânico, proveniente de fertilizantes ou da água da chuva, é frequentemente perdido, em grande parte, pela lixiviação. O húmus do solo serve como um reservatório do nitrogênio que as plantas necessitam. FÓSFORO NO SOLO Embora o percentual de fósforo nas plantas seja relativamente baixo, ele é um componente essencial às plantas. O fósforo, como o nitrogênio, deve estar presente em uma forma inorgânica simples para que possa ser assimilado pelas plantas. Dentro de uma faixa adequada de ph, as espécies presentes na maioria dos solos são derivadas do ácido ortofosfórico (H 3 PO 4 ) como o PO 3 4, H 2 PO 4 e HPO 4 (ortofosfatos). O ortofosfato é mais disponível para as plantas em valores de ph perto da neutralidade. Acreditase que em solos relativamente ácidos, os íons ortofosfatos são precipitados ou absorvidos por espécies de Al 3 e Fe 3. Em solos alcalinos, o ortofosfato ácido pode reagir com carbonato de cálcio para formar um composto relativamente insolúvel: 3 HPO 4 5 CaCO 3 2 H 2 O Ca 5 (PO 4 ) 3 (OH) (s) 5 HCO 3 OH POTÁSSIO NO SOLO O potássio é essencial para o crescimento das plantas. O potássio ativa algumas enzimas e desempenha um papel importante no equilíbrio de água nas plantas. O rendimento de uma colheita está diretamente relacionado com a quantidade de potássio presente no solo. Quando fertilizantes de nitrogênio são adicionados ao solo para aumentar a produtividade, aumenta a remoção do potássio. Sendo assim, o potássio pode se tornar um nutriente limitante em solos fertilizados com grande quantidade de outros nutrientes. O potássio é um dos elementos mais abundantes da crosta terrestre, cerca de 2,6%; porém, muito desse potássio não está disponível para as plantas, pois geralmente se apresenta sob a forma de minerais (silicatos que contém o potássio, por exemplo: K 2 O.Al 2 O 3.4SiO 2 ). 4

5 As plantas obtêm os nutrientes que necessitam através da absorção pelas raízes dos elementos essenciais na solução do solo. Essa absorção pode ocorrer de três formas: a) Por interceptação radicular, através do contato direto da raiz ou, no caso da planta ter estabelecido uma simbiose com fungos micorrízicos, através do contato direto das hifas com o nutriente; b) Fluxo de massa, através da entrada de água na planta; c) Difusão. Cada elemento tem sua velocidade de difusão, o que é função, basicamente, do seu grau de interação com as forças atrativas ou repulsivas do solo. Por exemplo, o nitrato é muito móvel em função da repulsão que sofre com respeito às cargas do solo que, normalmente, são negativas. Reações químicas no solo: considerações sobre a acidez do solo e calagem A acidificação do solo é um fenômeno natural. Com ou sem a prática da agricultura, a acidificação do solo ocorrerá normalmente na natureza. A formação de um solo a partir de uma rocha matriz é um processo acidificante, que se inicia quando a superfície de uma rocha é colonizada primeiramente por algas e liquens. Com o passar do tempo, onde os solos não são cultivados, normalmente, eles vão ficando mais ácidos. É importante levantar o seguinte aspecto: apesar da elevada acidez natural dos solos brasileiros (ph < 5,0), a produtividade florestal da mata amazônica, por exemplo, é superior quando em confronto com a floresta de regiões mais frias (ex.: florestas francesas e alemãs) com solos menos ácidos. A razão é que as espécies das árvores nativas no Brasil desenvolveram uma série de mecanismos de adaptação a um ambiente ácido. Além disso, solo ácido normalmente apresenta grande quantidade de alumínio (Al) ou manganês (Mn), que são tóxicos para a maioria das plantas cultivadas (tomate, repolho e couve). Entretanto, as espécies das árvores nativas possuem mecanismos de tolerância a Al, obtidos através de longos anos de evolução. Muitos cultivares de plantas no Brasil não conseguem se desenvolver em solos pobres em nutrientes e são muitos sensíveis à presença de alumínio e manganês. COMO OS SOLOS SE TORNAM ÁCIDOS? A acidificação do solo é um processo que vai ocorrendo à medida que os nutrientes Ca 2, Mg 2 e K retidos nas partículas carregadas com cargas do solo (minerais de argila e orgânicos) vão sendo lixiviados para a solução do solo, ou seja, a água do solo, e substituídos por hidrogênio (H ) ou alumínio (Al 3 ). DE ONDE VEM TANTO HIDROGÊNIO PARA SUBSTITUIR CÁLCIO, MAGNÉSIO E POTÁSSIO E DEIXÁLOS SEREM LIXIVIADOS? Existem várias maneiras de ele surgir no solo, das quais se destacam: 1ª) Dissociação do gás carbônico (CO 2 ): O gás carbônico está naturalmente presente nos poros do solo que contêm ar, devido à respiração dos microorganismos. Este gás carbônico liberado vai reagir com a água também retida nos poros do solo, de acordo com a seguinte reação: CO 2 H 2 O H HCO 3. Os íons hidrogênio e bicarbonato ficam dissolvidos na água do solo. Por equilíbrio, o hidrogênio presente na solução do solo pode deslocar um nutriente (K, por exemplo) retido nas cargas do solo. O potássio passa para a solução do solo e juntamente com o ânion bicarbonato (HCO 3 ) é lixiviado para camadas mais profundas do solo, longe das raízes das plantas. Isto ocorre de maneira idêntica para o cálcio e magnésio, mas esta reação leva a acidez do solo até ph 5,2 e é fato que existem solos com ph menor que este. Para valores menores de ph, o hidrogênio surge de outras maneiras. 5

6 2ª) Intemperismo das rochas: Apesar de ser uma reação lenta, o intemperismo das rochas também gera acidez, principalmente quando há a liberação de elementos que se hidrolisam facilmente, como é o caso do Al, Fe e Mn. Abaixo, ilustrase a situação da hidrólise envolvendo o Al: MineralAl Al 3 3H 2 O Al(OH) 3 3 H (importante até ph 7,5) MineralAl Al 3 2H 2 O Al(OH) 2 2 H (importante até ph 6,5) MineralAl Al 3 H 2 O Al(OH) 2 H (importante até ph 5,5) MineralAl Al 3 (importante ph < 4,5) 4ª) Absorção de nutrientes pelas plantas: A maioria das plantas cultivadas absorve mais cátions (ex.: Ca 2, Mg 2 e K ) que ânions (ex.: Cl e SO 4 ). Para cada cátion absorvido, uma quantidade equivalente de hidrogênio é liberada para a solução do solo (figura abaixo). Apesar de na absorção de um ânion como o cloreto (Cl ) a raiz da planta liberar uma hidroxila (OH ), sempre ocorrerá maior liberação de H que acidificará o solo. 3ª) Atividade de microorganismos do solo: Durante a decomposição da matéria orgânica do solo, efetuada por bactérias e fungos, ocorre a liberação de ácido sulfúrico (H 2 SO 4 ) e nítrico (HNO 3 ) que, uma vez presentes na solução do solo, se dissociam: H 2 SO 4 2 H SO 4 Os dois íons hidrogênio deslocam nutrientes (Ca 2, por exemplo) que passam para a solução do solo e juntamente com o sulfato (SO 4 ) são lixiviados para camadas mais profundas do solo. Essas maneiras do hidrogênio surgir no solo são de ocorrência normal num ecossistema natural, ou seja, o solo vai se acidificando gradualmente. Quando se inicia a exploração agrícola, a acidificação do solo pode ser acelerada. 5ª) Uso de fertilizantes: Ao adubarmos o solo utilizando adubos minerais como sulfato de amônio, (NH 4 ) 2 SO 4, estamos acelerando ainda mais a acidificação do solo, pois este adubo, ao se dissolver no solo, reage com o oxigênio vindo a formar grande quantidade de hidrogênio H. (NH 4 ) 2 SO 4 2 NH 4 SO 4 2NH 4 SO 4 O 2 2 NO SO 4 4 H A ureia acidifica o solo de maneira semelhante. 6º) Solos sulfatados ácidos: A extrema acidez é causada pelo efeito da drenagem sobre material contendo enxofre que acumulou em condições hidromórficas (fortemente redutoras) em áreas costeiras por ação de sulfobactérias (produzem ácido sulfúrico). Nesses casos, o ph pode alcançar valores abaixo de 3. 7ª) Poluição: A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinamse com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas, como ilustrado na figura seguinte. OBSERVAÇÃO: Não se esqueça que (NH 4 ) 2 SO 4 é sal de ácido forte com base fraca. Pode ser usado para corrigir solos excessivamente alcalinos. CONSEQUÊNCIAS DA ACIDEZ DO SOLO: A acidez do solo resulta na lixiviação de nutrientes, que passam a ficar indisponíveis para as raízes, que se concentram em superfície. Em suma, o solo fica pobre em nutrientes como o cálcio, magnésio e potássio. Entretanto, a acidez do solo pode resultar em outros efeitos como: a) Efeito direto: somente observado em condições de altíssima acidez (ph < 3,0), nas quais o hidrogênio altera a estrutura das células das raízes, impossibilitandoas de absorver nutrientes satisfatoriamente. b) Efeitos indiretos: são os que normalmente ocorrem no solo, estando relacionados à maior presença de elementos fitotóxicos que induzem uma série de condições prejudiciais às plantas cultivadas: b.1 Toxidez de alumínio: Considerado como o principal efeito pernicioso da acidez, pois concentração maior que 0,5 cmol/kg de solo começa a causar danos a muitas culturas. Esta concentração pode surgir a partir do ph < 5,5, aumentando à medida que o ph vai abaixando. O alumínio impede o crescimento das raízes e atrapalha a absorção de fósforo e magnésio pela planta. Muitas vezes, os sintomas de toxidez de Al são observados na parte aérea das plantas que indicam deficiência de fósforo ou magnésio. 6

7 b.2 Toxidez de manganês: Raramente observado. Entretanto, para simples informação, quando a concentração deste elemento está acima de 10 mg/kg de solo, ele pode afetar severamente o crescimento da parte aérea da planta, interferindo negativamente na distribuição do hormônio de crescimento ácido indolacético (AIA). Como diminuir a acidez do solo? De posse de informações sobre as maneiras como o solo se acidifica e os efeitos no crescimento da maioria das plantas cultivadas, notase a necessidade de controlar este fenômeno para permitir um melhor rendimento das culturas. O procedimento mais eficiente, eficaz e rentável em curto prazo para controlar a acidez do solo é a calagem, pois ela propicia os seguintes efeitos: Eleva o ph do solo a níveis adequados para o crescimento da cultura; Neutraliza a toxidez de Al ou Mn; Enriquece o solo com cálcio e magnésio. O material mais comum utilizado para corrigir a acidez do solo é o calcário, existente com relativa frequência e abundância no Brasil. Calcário é o nome que se dá à substância CaCO 3, também denominada carbonato de cálcio. Podese encontrála pura ou associada ao carbonato de magnésio (MgCO 3 ). Os principais tipos de calcários são: a. Calcário calcítico, calcita ou aragonita pura: é o calcário que contém 100% de CaCO 3. b. Calcário dolomítico ou dolomita pura: é o calcário que contém 54,3% de CaCO 3 e 45,7% de MgCO 3. c. Calcário calcinado: obtido pela calcinação ( enriquecimento com CaO) parcial do calcário, onde nem todo o CaCO 3 ou MgCO 3 são decompostos. É um produto intermediário entre a cal virgem e o calcário: CaCO 3 CaO.CaCO 3 CO 2 Como O Calcário Diminui a Acidez do Solo? O calcário, ao ser adicionado no solo úmido, reage com a água da seguinte maneira: CaCO 3 H 2 O Ca 2 HCO 3 OH A diminuição da acidez e a neutralização da toxidez de Al ocorrem do seguinte modo: (1) H HCO 3 H 2 CO 3 CO 2 H 2 O (2) H OH H 2 O (3) Al 3 3 OH Al(OH) 3 Os nutrientes cálcio (Ca 2 ) e magnésio (Mg 2 ) simultaneamente, à medida que se processam as reações acima, voltam a encontrar espaço na superfície das partículas do solo (minerais de argila e compostos orgânicos) podendo, assim, ficar livres de serem totalmente lixiviados e atender gradualmente às necessidades nutricionais das plantas. Existem, porém, outras formas de controlar os elementos ácidos, notadamente, o alumínio, que, como já visto, pela hidrólise, libera muito H em solução do solo. Uma das formas está relacionada à utilização de gesso agrícola, basicamente CaSO 4.2H 2 O, subproduto da fabricação do ácido fosfórico. A reação de dissociação no solo é: CaSO 4. 2H 2 O Ca 2 SO 4. Ocorre, então, a troca iônica entre o Ca 2 e o Al 3 adsorvido nos compostos do solo. O Al 3 em solução é complexado pelo SO 4, formando AlSO 4 que não é tóxico. Efeito dos pesticidas sobre o meio ambiente Pesticidas, quando usados inadequadamente, contribuem para a degradação do meio ambiente e para o aumento dos casos de intoxicação ocupacional. Dos países da América Latina, o Brasil aparece como o maior mercado consumidor de agrotóxicos, aproximadamente 50% da quantidade comercializada. O solo é o meio mais atingido pela aplicação dos pesticidas. Possíveis destinos dos pesticidas no solo: Volatilização na atmosfera: pode ser responsável pelo aparecimento de produtos químicos distante do local onde foi aplicado; Adsorção pelo solo: Determinada pelas características do solo e dos pesticidas, bem como da quantidade de matéria orgânica presente no solo. Infiltração no solo, na forma líquida ou de solução, sendo carreados por lixiviação. Fragmentação pelos microorganismos (biodegradação), através do metabolismo microbiano que acontece no solo; Carreamento para dentro de rios e outros corpos d água, através do escorrimento superficial ou erosão; Absorção por plantas ou animais presentes no solo e entrar na cadeia alimentar; Fotodecomposição na superfície do solo. 7

8 Outra característica importante dos pesticidas, principalmente para seu efeito no meio ambiente, está relacionado a sua persistência no solo, que pode variar de semanas a anos. Essa persistência resulta de todas as reações, movimentos e degradações que o pesticida sofre no solo. Persistência: o tempo necessário para que 75 a 100% do composto não seja mais encontrado no local de aplicação. A classificação de acordo com toxicidade é baseada na dose letal 50 (DL50). No Brasil, todos os produtos com pesticidas devem apresentar, no rótulo, a cor correspondente à classe toxicológica, conforme a tabela abaixo (Lei 7.802/89): Classificação dos pesticidas por tempo de permanência no ambiente: a) Não persistentes ou ligeiramente residuais: são os inseticidas organofosforados, carbamatos e piretróides; b) Moderadamente persistentes ou moderadamente residuais: herbicidas derivados da ureia; c) Persistente ou altamente residuais: inseticidas organoclorados. O solo é um recurso finito, limitado e não renovável, face às suas taxas de degradação potencialmente rápidas, que têm aumentado nas últimas décadas (pela pressão crescente das atividades humanas) em relação às suas taxas de formação e regeneração extremamente lentas. A formação de uma camada de solo de 30 cm leva a anos para estar completa. (Haberli et al, 1991). 8

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