Incentivos a Economia de Baixo Carbono no Brasil: Vendo para Depois de 2020 Ronaldo Seroa da Motta ronaldo.seroa@ipea.gov.br
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- Airton Almada da Conceição
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1 Incentivos a Economia de Baixo Carbono no Brasil: Vendo para Depois de 2020 Ronaldo Seroa da Motta ronaldo.seroa@ipea.gov.br Workshop Fomento à Economia de Baixo Carbono e Crescimento Verde da Indústria Nacional CNI, Brasília, 13 de abril de 2011
2 Roteiro Questionamentos regulatórios rios sobre: Desafios pós-2020p Tributos versus subsídios Inovação e tecnologias limpas Custos de mitigação no Brasil Governança a da PNMC
3 Regulação do Clima: vendo depois de 2020 PNMC de 2009 exige Planos Setoriais com metas e articulados com instrumentos econômicos e financeiros (incentivos fiscais e creditícios, cios, mercado de carbono e Fundo Nacional sobre Mudança a do Clima) A ênfase nas metas nacionais de 2020, que permitem apenas um aumento total de emissões de 47% até 2020, é claramente no controle do desmatamento com emissões que sós poderão subir 11% até 2020 Todavia, requer um grande e ainda incipiente esforço o na agropecuária, ria, setor com altas taxas de crescimento, que só poderá aumentar suas emissões em 50%, além m de estar limitada no uso da terra
4 Regulação do Clima: vendo depois de 2020 As emissões dos setores industriais e resíduos sólidos s ainda crescerão 172% e as de energia 140%. Todavia, depois de 2020, com desmatamento quase nulo, um alto crescimento econômico (e do consumo) e a possibilidade do pré-sal, o esforço o de mitigação deve recair no setores energético e industrial. Como criar as bases tecnológicas para essa transição pós p -2020?
5 Regulação de GEE: tributo ou subsídio? Mercado ou tributo sobre o carbono aumentam preço relativo das emissões e induz substituição Política de CET deveria combinar tributo (aumentar efeito preço) e subsídio a R&D (atenuar efeito tamanho do mercado) Subsídio a P&D tem mais externalidades ( spillover effects ) ) que aos dirigidos à produção positivas Subsídios diretos a produção de energia de baixo carbono podem ter também m um efeito perverso sobre as emissões se a energia de baixo carbono não é significativamente mais limpa do que a energia de alto carbono que ele desloca
6 R&D em tecnologias limpas: como estamos? Global (Patents and clean energy: bridging the gap between evidence and policy, UNEP/EPO/ICTSD, Geneve,, 2010) Tecnologias em energia limpa ( clean energy tecnologies ou CETs) ) cresceram a 20% a.a desde Influência do PQ? O patenteamento de CETs ultrapassou as fontes tradicionais de energia, com destaque para energia solar fotovoltaica, eólica, e de carbono captura, hidro/mar /marítima e biocombustíveis O registro de patentes nos campos de CET é ainda dominado (80%) pelos países da OCDE: Japão, os EUA, Alemanha, a República da Coreia,, Reino Unido e França. a. Domínio varia com cada país, por exemplo,o Japão é atualmente responsável por metade das patentes PV solar, enquanto a Alemanha tem o maior atividade em o setor eólico.
7 R&D em tecnologias limpas: como estamos? Global (Patents and clean energy: bridging the gap between evidence and policy, UNEP/EPO/ICTSD, Geneve,, 2010) Nas economias emergentes, CETs dominam os pedidos de patentes.por exemplo: a Índia no top cinco países para energia solar fotovoltaica e Brasil e México M ocupam as duas primeiras posições na hidro. A China é o destino mais importante para o depósito dessas patentes P&D colaboração, out-licensing e joint ventures são preferíveis pelos donos de patente que pooling and cross- licensing Principais fatores restritivos a desenvolvimento de patentes seriam os custos de transação (legais e regulatórios) rios) e o capital humano (treinamento e capacitação)
8 No Brasil R&D em tecnologias limpas: como estamos? Política tecnológica no país s sempre foi direcionada para competitividade internacional e aumentar a presença a do país s no mercado internacional Como a variável vel ambiental é inserida no escopo dos Fundos Setoriais do MCT que representam quase 15% dos gastos em P&D no país? Quais tem sido os resultados das vantagens fiscais e subvenções das Leis da Inovação (Lei10973/2004) e a dos Ativos (Lei 10973/2005)? Como integrar as varáveis veis ambientais nas políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico no MDIC (por exemplo, PITCE e PDP)? Como se articulam as outras iniciativas desenvolvidas em outros órgãos, por exemplo, EMBRAPA, MME (PROINFO, PROCEL, etc) e MMA (FNMC, etc)? Deveria haver uma política nacional única de C&T? Ou uma política específica em tecnologia limpa?
9 Quanto custa mitigar GEE no Brasil? Estudos mostram que a maior parte das emissões atuais da Indústria (energia e processo) teriam custo de mitigação negativo: McKinsey, Caminhos para uma economia de baixa emissão de carbono no Brasil, Gouvello,, C. (coord.), Estudo de Baixo carbono para o Brasil, Banco Mundial, Brasília, 2010 Custo negativo ou custos não observados? Tais como: custos de transação (capital humano e incerteza) ou custos de plantas mais favoráveis veis Se não sabemos quanto custa, como vamos definir metas e planos setoriais?
10 Quanto custa mitigar GEE no Brasil? Com base nos dados de Henriques Junior, M. Potencial de redução de emissão de gases de efeito estufa pelo uso de energia no setor industrial brasileiro, Tese de Doutorado,, COPPE/PPE, 2010 Gráfico 6: Custo médio da ton CO2e evitada (US$/tCO2) por quantidade mitigada 1.000,00 800,00 600,00 400,00 200,00 Custo médio da ton ,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00 800,00-200,00-400,00-600,00
11 Governança a na PNMC Decreto 7390 realiza avanços no seu art.. 7o ao definir Comitê Interministerial sobre Mudança a do Clima (CIM) como o coordenador geral das ações a de mitigação a serem elaboradas nos planos setoriais (poder regulamentador) No seu Art. 8o prevê que o acompanhamento, uma forma de prestação de contas, será realizado pelo Fórum F Brasileiro de Mudanças as Climáticas (FNMC). Mas qual é o órgão regulador que se responsabiliza pela execução do marco regulatório? rio?
12 Para que uma Agência do Clima? Ser o braço o executivo da PNMC subordinado ao poder regulamentador do CIM Implementar, coordenar e supervisionar a aplicação dos planos setoriais e seus instrumentos econômicos e financeiros Permitir excelência técnica t na normatização Garantir estabilidade regulatória ria
13 Funções Normativas Articular e coordenar a execução dos Planos Setoriais e seus instrumentos econômicos Executar a aplicação dos instrumentos econômicos, inclusive do FNMC Coordenar o inventário nacional de volume de emissões Gerenciar o registro nacional de emissões controladas Coordenar a validação de MDL, REDD e outros mecanismos. Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de carbono, REDD e outros mecanismos Funções Fiscalizatórias O cumprimento de metas, planos setoriais e outros instrumentos quantitativos O uso e aplicação de subsídios e outros instrumentos financeiros As práticas de mercado de carbono, REDD e outros mecanismos de mercado
14 Recomendações Desafios do Brasil para 2020 jáj estão definidos e são ambiciosos no uso do solo e agricultura Desafios na direção de uma economia de baixo carbono se amplificam depois de 2020 Políticas de C&T e P&D em tecnologias limpas serão cruciais e devem ser pensadas de forma integrada, com metas e o uso de incentivos fortes de baixos custos de transação Aprimorar o marco proposto na PNMC: conhecer os custos de mitigação e seus efeitos macroeconômicos desenhar subsídios a tecnologias limpas que sejam eficientes diferenciar estrutura de governança a regulamentadora do poder regulador com autonomia administrativa, capacidade técnica t e mecanismos de transparência
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