UNIVERSIDADE POSITIVO ESCOLA DE NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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1 UNIVERSIDADE POSITIVO ESCOLA DE NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS A CONTRIBUIÇÃO DO LAUDO PERICIAL CONTÁBIL NAS DECISÕES DOS MAGISTRADOS EM PROCESSOS DA 9ª REGIÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. JOÃO PAULO DE LIMA CURITIBA 2010

2 JOÃO PAULO DE LIMA A CONTRIBUIÇÃO DO LAUDO PERICIAL CONTÁBIL NAS DECISÕES DOS MAGISTRADOS EM PROCESSOS DA 9ª REGIÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Monografia apresentada ao curso de Ciências Contábeis da Escola de Negócios da Universidade Positivo, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. João Matias Loch, Perito Contábil CURITIBA 2010

3 A CONTRIBUIÇÃO DO LAUDO PERICIAL CONTÁBIL NAS DECISÕES DOS MAGISTRADOS EM PROCESSOS DA 9ª REGIÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. JOÃO PAULO DE LIMA Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis e aprovada em sua forma final pelo curso de Ciências Contábeis da Escola de Negócios da Universidade Positivo. Prof. Marcos Aurélio Custódio, Me. Coordenador do curso de Ciências Contábeis Banca examinadora: Presidente: Prof. Curso de Ciências Contábeis da Escola de Negócios Universidade Positivo Membro: Prof. Curso de Ciências Contábeis da Escola de Negócios Universidade Positivo Membro: Prof. Curso de Ciências Contábeis da Escola de Negócios Universidade Positivo Curitiba, de de 2010.

4 Dedico esse trabalho a minha família que mesmo com dificuldade apoiaram meus estudos inclusive na graduação.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por aqui ter chegado, crendo que daqui continuarei minha caminhada no estudo e profissão, acreditando sempre que todo esforço e dedicação são válidos. Agradeço também ao Prof. João Matias Loch, que me auxiliou em todas as etapas deste trabalho, com dedicação e paciência em todos os momentos. A todos os professores que fizeram parte da minha graduação, que com conhecimento e sabedoria contribuíram em meus estudos. À Claudia Bonadiman, que com apoio, carinho e amor sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, inclusive em toda minha graduação. A Aroldo Felix de Lima Junior, irmão que sempre foi exemplo em minha vida, com suas virtudes e ajuda que sempre dispôs a mim. Aos meus pais, Aroldo Felix de Lima e Maria Almeri Bonin de Lima, que fizeram o maior esforço para que eu aqui chegasse. Enfim, a todos os que de alguma forma, contribuíram ou colaboraram para a realização deste trabalho.

6 Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota. Madre Tereza de Cálcuta

7 RESUMO LIMA, João Paulo de. A Contribuição do Laudo Pericial Contábil nas decisões dos Magistrados em processos da 9ª Região da Justiça do Trabalho f. Monografia (Bacharelado em Ciências Contábeis) Escola de Negócios, Universidade Positivo. O objetivo geral do estudo é apresentar uma abordagem sobre o laudo pericial contábil, constatar a importância em apresentar um laudo pericial com qualidade e evidenciar a sua influência na decisão do magistrado priorizando os procedimentos para sua elaboração e procurando também contribuir na melhoria contínua dos resultados alcançados pelo profissional contábil. Para isso abordar se á os procedimentos, conceitos e fundamentos do laudo através de pesquisa documental, exploratória e pesquisa de campo, incluindo os aspectos ligados à perícia trazidos pelo código civil. Também foram apresentados conceitos e exigências necessárias ao bom desempenho na elaboração do laudo. Com isso foi possível verificar através de referenciais teóricos que o laudo pericial contábil é uma peça escrita no qual o perito contador se expressa de forma clara e objetiva toda a matéria que está envolvida como objeto da perícia, com o intuito de esclarecer dúvidas ao magistrado. Dentro deste contexto, este trabalho foi desenvolvido com base na revisão da literatura, e na coleta de documentos de processos judiciais da cidade de Curitiba. Foram analisados os documentos relativos ao laudo pericial contábil, quesitos e as sentenças dos magistrados, o que totalizou cinco processos os quais foram nomeados de casos. Os documentos foram analisados e verificados abordando-se os requisitos sobre a qualidade e importância dos laudos no que se refere à influência na decisão do magistrado. Ao final da pesquisa verificou-se que os laudos periciais contábeis atendem aos requisitos de trabalhos realizados com qualidade e foi comprovado que essa prova pericial influência a decisão do magistrado. Palavras-chaves: Laudo Pericial Contábil. Quesitos. Perito. Prova Pericial. Decisões Judiciais.

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Estrutura da Monografia Figura 2 Delineamento para obter respostas ao problema de pesquisa... 52

9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Análise das Respostas aos quesitos caso A Gráfico 2 Análise das Respostas aos quesitos caso B Gráfico 3 Análise das Respostas aos quesitos caso C Gráfico 4 Análise das Respostas aos quesitos caso D Gráfico 5 Análise das Respostas aos quesitos caso E

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Diferenças entre perícia e auditoria Tabela 2 Tribunais Regionais do Trabalho

11 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Tabela de Honorários para Serviços Especiais Quadro 2 Contabilização dos cheques quesito 01 caso A Quadro 3 Pagamentos quesito 4 caso B Quadro 4 Valor dos Recibos quesito 1 caso C Quadro 5 Valores na concessão da renda mensal vitalícia quesito 2 caso D Quadro 6 Simulação dos valores na concessão da renda mensal vitalícia, sem o valor do resgate para novembro/2006 quesito 11 caso D Quadro 7 Simulação dos valores dos Fundos com % de expurgo inflacionário quesito 12 caso D Quadro 8 Conta Corrente Banco xxxx quesito 4 caso E Quadro 9 Salário do Reclamante quesito 1 caso E

12 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO O PROBLEMA QUESTÃO DE PESQUISA PRESSUPOSTOS DE PESQUISA OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos JUSTIFICATIVA DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ESTRUTURA DA MONOGRAFIA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A PERÍCIA CONTÁBIL ASPECTOS LEGAIS O Código Civil Brasileiro e a Perícia O Código de Ética do Contador As Normas Brasileiras do Perito Contador Impedimento do Perito Responsabilidade Profissional Zelo Profissional Honorários Contábeis OBJETO E OBJETIVO DA PERÍCIA RISCOS NA PERÍCIA ERROS, FRAUDES E INDÍCIOS NA PERÍCIA PROVAS E FINS DA PERÍCIA QUALIDADES DO PERITO E DE SEU TRABALHO OS ASSISTENTES E SUAS FINALIDADES DIFERENÇAS ENTRE PERÍCIA E AUDITORIA TIPOS DE PERÍCIA CONTÁBIL Perícia Judicial Perícia Extrajudicial PLANEJAMENTOS DOS TRABALHOS PERICIAIS... 42

13 DILIGÊNCIAS PAPÉIS DE TRABALHO LAUDOS E PARECERES CONTÁBEIS Fundamentos e Conceito de Laudo Pericial Laudo Pericial Necessidade do Laudo Pericial Planos de Trabalho na Elaboração de Laudos Estrutura e Requisitos do Laudo Pericial Tipos de Laudo Pericial Linguagem do Laudo Pericial Contábil Quesitos no Laudo Pericial METODOLOGIA DA PESQUISA MÉTODOS DA PESQUISA DELINEAMENTOS DA PESQUISA TÉCNICAS DE PESQUISA Pesquisa Exploratória Pesquisa Documental Pesquisa Qualitativa ESTUDO DE CASO ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES CONCLUSÕES RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS

14 14 1 INTRODUÇÃO A aplicação de conhecimentos científicos contábeis se dá através da necessidade das manifestações sobre a veracidade dos fatos, para tanto, temos as técnicas contábeis que surgem se expandem e evoluem com o tempo. A palavra perícia significa qualidade do que é perito; habilidade; destreza; capacidade; e no âmbito judicial exame ou diligência de que se serve o perito judicial para elaborar seu laudo. Então pode-se definir a perícia como um meio de prova formado por opinião válida sobre determinado assunto, de um profissional competente, rigoroso e entendedor. A perícia contábil é uma tecnologia porque é a aplicação dos conhecimentos científicos da contabilidade. (SÁ, 2007, p.13). No exercício da atividade pericial, seja a perícia judicial, extrajudicial ou arbitral o perito deve possuir plenos conhecimentos da matéria contábil, seja ela tributária, trabalhista, econômica, financeira, entre outras, alem de manter-se sempre atualizado e condizente com a legislação e a prática pericial. Isso é tão necessário e importante para que o perito possa manter a qualidade de seu trabalho, e conseqüentemente contribua na aplicação da justiça. É nesse ponto que reside toda respeitabilidade e responsabilidade do perito, face, a sua atuação e honra pessoal. A partir do exposto sobre a profissão do perito e suas responsabilidades, pode-se relacionar o laudo pericial ou parecer pericial contábil como sendo peça fundamental para expor todo seu trabalho e o resultado dos procedimentos de perícia, e é a partir do laudo pericial elaborado pelo perito que temos respostas, conclusões, peças chaves, estudos, observações, arbitramentos, exames, vistorias indagações, investigações e até provas, abrangendo total ou parcialmente qualquer matéria sujeita a perícia contábil. Portanto o propósito da presente pesquisa refere-se à qualidade e importância do laudo pericial na causas judiciais, a que ponto o laudo pericial contábil está contribuindo nas decisões dos magistrados e se corresponde aos seus interesses, e por fim quais aspectos ou procedimentos do laudo pericial devem ser melhorados ou revistos como estrutura, requisitos, esclarecimentos e tipos de laudos. O Objetivo da pesquisa além de seus propósitos é analisar e também trazer um resultado através de pesquisa exploratória documental, se a manifestação literal do perito contábil, ou seja, o laudo pericial contábil esclarece ou dá subsídios aos magistrados auxiliando-os em suas decisões judiciais através da opinião pericial, visando dessa forma atender a sua finalidade, no âmbito judicial.

15 O PROBLEMA As perícias são instrumentos de prova pelos quais busca revelar a verdade sobre determinado assunto dentro de um processo ou investigação judicial ou extrajudicial. (HOOG, 2007, p. 87). Na condição de instrumento de prova, a pericia para ter credibilidade e aceitação de quem se utiliza dela, deve ser realizada conforme determina os órgãos de classe e fiscalizadores da profissão. O órgão que determina práticas técnico/científicas aplicáveis nos casos de perícia contábil é o Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Portanto é dever do perito, apresentar a verdade que lhe foi possível conhecer, através das condições e circunstancias em que realizou sobre o trabalho investigado, e sejam quais forem às verdades descobertas pelo profissional deve ser revelada com veracidade e isenção sem omitir nada, tratando dos fatos apurados bem como as pessoas neles envolvidas, com total respeito, de forma sigilosa e objetiva. A escolha do perito pelo método utilizado para elaborar seu trabalho deve ser coesa com o fato tratado, pois serão a partir desse método que são obtidas as provas, que por sua vez são de fundamental importância na credibilidade do que se afirma respeito do assunto investigado. De acordo com (Hoog, 2007, p.61), O perito está comprometido com a justiça, o que implica revelar a verdade real ainda que em detrimento da verdade formal e processual. O juiz, diz o direito e a obrigação que cabe as partes. E a justiça é dar a cada um, o que é de direito. E nesse sentido temos o trabalho pericial como sendo uma propensão a sentença. Portanto, o resultado do trabalho do perito está comprometido com a justiça. Zanna (2005, p.46) afirma que, Quanto mais clara e evidente a prova, mais fácil será para o indivíduo convencer-se da certeza que ele transmite. A correta distinção entre o que é verdadeiro e o que é falso, em uma dada circunstância e momento são fundamentais para a credibilidade e prosseguimento do trabalho, e isto vai depender do conhecimento que o indivíduo tem ou adquiriu sobre o fato ou objeto em questão. Assim, a verdade a respeito de determinado assunto dependerá de seu aprendizado e experiência pessoal, sua cultura, e do ambiente em que vive.

16 16 Segundo (Hoog, 2003, p. 45), o normal e lógico é que o laudo pericial nada decida, mas esclareça. Os peritos quando judiciais, são auxiliares do Juiz e por este nomeado. Para (Hoog, 2007, p. 167), O laudo pericial é peça probante escrita objetiva, clara, precisa e concisa na qual o perito contador expõe, de forma circunstanciada, as observações e estudos que fizeram e registram as conclusões fundamentadas da perícia. Devendo atender as necessidades do julgador e ao objeto da discussão, sendo defesos os elementos e/ou informações que conduzam a dúbia interpretação, para que não induza os julgadores a erro. Deve esclarecer também com base na ciência contábil, a essência dos fatos colocados à apreciação do perito. Entretanto o laudo pericial contábil deve ser objetivo, eqüidistante das partes envolvidas e não pode estar contaminado por opiniões e idéias pessoais, devendo demonstrar os fatos verídicos e conter apenas opiniões de caráter técnico. Percebe-se então que o laudo é uma peça que contém opiniões argumentadas do perito contador, sobre questões ou quesitos formulados e que requerem seu pronunciamento. Diante do exposto acima, procura-se dentro da pesquisa mostrar: qual a importância do laudo pericial nas decisões judiciais? 1.2 QUESTÃO DE PESQUISA Para o desenvolvimento deste trabalho considera-se pertinente a seguinte questão de pesquisa: O laudo pericial contábil tem contribuído nas decisões judiciais frente aos quesitos formulados pelas partes em processos da justiça do trabalho? 1.3 PRESSUPOSTOS DE PESQUISA A pesquisa é de natureza exploratória realizada com o uso dos meios de investigação bibliográfica e documental, não se trabalhando com hipóteses. No que se refere à coleta de

17 17 dados, é qualitativa, por meio da análise de conteúdo dos laudos selecionados e avaliados, com um método de amostragem não probabilística e intencional. O objetivo do presente trabalho é colher elementos que possam contribuir para uma conclusão efetiva do laudo pericial frente à perícia judicial e seus objetivos de acordo com as normas profissionais e as proposições da doutrina. 1.4 OBJETIVOS Objetivo geral Analisar o laudo pericial contábil de acordo com a demanda judicial, com base em quesitos formulados pelas partes, a fim de mostrar sua importância e contribuição face a justiça do trabalho Objetivos específicos Os objetivos específicos da presente pesquisa são: a) Apresentar as considerações e necessidades sobre o trabalho do Perito, através de regulamentações dos órgãos competentes e com o Código Civil, b) Identificar e fundamentar quais os quesitos a serem melhorados dentro do Laudo Pericial Contábil, e conseqüentemente o trabalho Pericial, e c) Formar uma base teórica para elaboração e resultado da atividade do Perito.

18 JUSTIFICATIVA A pretensão de realizar esta pesquisa surgiu com a hipótese de analisar o laudo pericial contábil, ao ponto que mostre a necessidade e a contribuição que o trabalho do perito contábil tem realizado sendo referência nas decisões dos magistrados 1. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade NBC PP 01 º 1.244/2009 e NBC TP 01 nº 1.243/2009 estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), as necessidades, importância e qualidades que um laudo pericial contábil deve possuir visa atender aos objetivos da perícia de forma circunstanciada 2, clara e objetiva, seqüencial e lógica. Segundo Zanna (2005, p. 305), O processo do trabalho é um universo de pretensões incertas que só podem se tornar verdade mediante trabalho pericial. Nos casos em que não acontece o acordo entre as partes, surge à dúvida no espírito do magistrado e a sentença dependerá de perícia contábil. Por outro lado, tem se como certo que os documentos juntados aos autos, geralmente pela empresa reclamada, são incompletos. Esta situação impede que o magistrado se intere da verdade, e em segundo lugar, exige que o perito contador proceda às diligências externas necessárias para conhecer os documentos úteis à conclusão de seus cálculos. Espera-se, também, que o perito contador junte a quantidade de provas documentais absolutamente imprescindíveis para fundamentar os valores apresentados. Dessa forma quando o Juiz necessitar de informações técnicas em matéria que não é obrigado a conhecer, para prolatar uma sentença dependerá de perícia contábil. E é para isto que existe a perícia contábil em matéria trabalhista. Zanna ( 2005, p.143) afirma que a finalidade do laudo é aproximar o magistrado do conhecimento da verdade, e que a prova pericial contábil é necessária para embasar diversas decisões, sendo assim o laudo deverá apresentar a verdade sobre os fatos mesmo o magistrado ou Juiz não estando adstrito ao laudo ou obrigado as conclusões do perito, podendo formar suas convicções através de outros meios, elementos ou fatos provados nos autos. 1 Magistrado (do latim magistratus, derivado de magister "chefe, superintendente") designava, em tempos passados, lato sensu, um funcionário do poder público investido de autoridade. Funcionário público revestido de autoridade judicial ou administrativa; juiz; agente do Ministério Público. 2 Circunstanciada: adj. Exposto minuciosamente.

19 19 A questão levantada de acordo com as normas brasileiras de contabilidade é relevante para o trabalho pericial a fim de melhorar alguns aspectos como: a) Perícia serve elementos de prova necessários a subsidiar a justiça na solução do litígio ou constatação de um fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente; b) Fundamentar o laudo ou parecer e comprovar que a perícia foi executada de acordo com os despachos e decisões judiciais, bem como as normas legais e normas brasileiras de contabilidade. c) O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem contemplar o resultado final de todo e qualquer trabalho alcançado por meio de elementos de prova inclusos nos autos ou adquiridos em diligências que o perito-contador tenha efetuado, por intermédio de peças contábeis e quaisquer outros documentos, tipos e formas. 1.6 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO O problema de pesquisa será limitado à pesquisa documental e será realizada em processos reais os quais tramitaram na Justiça do Trabalho da cidade de Curitiba, dessa forma foram, colocados a apreciação do mesmo perito contador para as devidas análises e respostas aos quesitos apresentados. Os processos foram todos selecionados e do tipo reclamatórios trabalhistas. Como a delimitação da pesquisa refere-se à importância e contribuição do laudo pericial contábil no âmbito judiciário, optou-se pelo método de pesquisa indutivo, juntamente com a pesquisa exploratória, documental e qualitativa. Através desses métodos e da análise dos quesitos caso a caso permitiu concluir a pesquisa. A presente pesquisa não trabalhará com hipóteses, analisando cada processo individualmente e ligando-os aos objetivos e fundamentos teóricos. Dessa forma, dando ênfase aos quesitos apresentados pelas partes juntamente com as respostas fundamentadas do perito contador.

20 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA O presente trabalho divide-se em cinco capítulos, dos quais o primeiro compõe a introdução, o tema abordado, o problema de pesquisa, as justificativas, os objetivos e delimitação, sendo os demais capítulos para atender ao objetivo do trabalho. O segundo capítulo compreende o embasamento teórico, que servirá de fonte para a dissertação compreendendo toda a teoria sobre o tema abordado, dividindo-se em três grandes temas que são: dos fundamentos da pericia, das diligencias e do plano de trabalho pericial. O terceiro capítulo traz os meios e procedimentos utilizados na pesquisa documental, que será realizada como meio de demonstrar os objetivos do laudo pericial, já apontado nos objetivos do trabalho. No quarto capítulo, atentar se á para os resultados das pesquisas mostrando suas necessidades, apontando os dados e interpretações. Por fim, no quinto capítulo a pesquisa trará as considerações finais, as conclusões e recomendações. Introdução Fundamentação Teórica Metodologia da Pesquisa Análise e Interpretacão dos Resultados Conclusão Figura 1 Estrutura da Monografia

21 21 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Primeiramente serão abordados os conceitos e fundamentos da perícia contábil, juntamente com seus aspectos legais e normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pelo Código Civil, para poder aprofundar dentro dessa matéria afim de, definir objetivamente o resultado do trabalho do Perito. Na seqüência será abordado o objeto e objetivo da Pericia, os riscos, erros, fraudes, indícios, provas e fins no âmbito pericial. Serão tratadas também as qualidades do perito e de seu trabalho, assim como dos assistentes, as qualificações e do trabalho de terceiros e especialistas. Para finalizar este capítulo, serão tratadas as diferenças entre pericia e auditoria. Dando continuidade na pesquisa abordar se - á também sobre o impedimento e o sigilo profissional, sobre as áreas da perícia, e seguiremos então com as doutrinas dos Laudos Pericias e por fim do respectivo capítulo abordaremos sobre os laudos e pareceres periciais contábeis, que são o foco principal dessa pesquisa. Dentro desse item será trabalhado com a importância das diligências, os planos de trabalho que são requisitos essenciais para realização de uma perícia confiável, os requisitos e estruturas dos laudos, seus tipos e modelos já trazidos pelos órgãos regulamentadores, e por fim a linguagem do laudo pericial visto que deve atender a sociedade em geral. 2.1 A PERÍCIA CONTÁBIL O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em sua resolução nº 1243/09 conceitua a Pericia Contábil como sendo um conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio, ou constatação de um fato, mediante laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.

22 22 Segundo Sá (2007, p.14), Perícia contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos, em suma todo a qualquer procedimento necessário à opinião. De acordo com Sá (2007, p.14), quando se requer uma opinião competente, que seja válida, de um entendedor sobre determinada matéria devemos requisitar um Perito, entretanto a Perícia enseja opinião sobre a verificação realizada no âmbito patrimonial individualizado, seja de pessoas ou de empreendimentos. A palavra pericia para Sá (2007,p.14) vem do Latim: Peritia, e significa o conhecimento adquirido através da experiência, sendo muito utilizada na Roma antiga e passando a designar Saber ou Talento. Assim sendo podemos conceituar a perícia como um trabalho especializado de profissionais qualificados que se baseiem em normas e regulamentos contábeis, fiscais e societários, tanto em questões judiciais ou extrajudiciais. Portanto a perícia é utilizada como elemento de prova e reveladora da verdade, tendo por finalidade demonstrar atos e fatos fundamentados na verdade e maior rigor possível. Cada caso dentro da matéria pericial é aplicado um tipo de procedimento pericial, então, verificar, investigar, fazer levantamentos, avaliar, arbitrar, examinar, ou seja, fazer o necessário para se ter segurança sobre o que se vai opinar, são procedimentos periciais. Na busca por uma opinião para atestar sobre fatos que se relacionem com a perícia contábil, busca-se um perito, e este fará uma análise para produzir uma conclusão. Segundo Hoog, (2007, p. 87) a perícia contábil é meio de prova para se chegar à verdade real, sendo essencial para que se forme uma decisão ou sentença. Afirma ainda que os fundamentos da perícia contábil estejam divididos em oito partes, sendo elas: o compromisso com a justiça, o método, a ciência e tecnologia, a objetividade, a concisão, o sustentáculo da apreciação, a exatidão, a clareza de um laudo e a precisão com limites. a) O compromisso com a justiça revela que e resultado do trabalho do perito deverá estar comprometido com a justiça, trazendo a verdade real mesmo que em detrimento da verdade contida nos autos. Isso revela o que traz a Constituição que é o direito e acesso à justiça para todos. Nesse sentido temos o trabalho do perito como sendo uma propensão a sentença que dará sustentação na decisão do juiz que revelará o direito e a obrigação que cabe a cada uma das partes.

23 23 b) O método sugerido, refere-se aos tipos de pesquisa utilizados na perícia. Dentre os vários existentes como: indutivo 3, comparativo 4, dialético 5 e outros, porem na Perícia será utilizado o do raciocínio contábil que é o mais adequado na obtenção de uma prova pericial. Consiste em pesquisar que por sua vez compreende em identificar as partes a partir de um todo, por exemplo, no sistema patrimonial objetivando chegar a uma parte específica ou individual no caso uma determinada conta, e também em decompor que significa separa as partes que compõem um fenômeno para se conhecer o todo. Então o raciocínio contábil é um método de investigação científica contábil para inspeção judicial e extrajudicial. c) A ciência e tecnologia é a atividade de investigação vinculada ao objeto, tendo métodos próprios e comprometendo-se na evolução do conhecimento humano. Entretanto a tecnologia contábil traz um conjunto de conhecimentos científicos que surgem da ciência contábil, como por exemplo, os princípios e convenções aplicados. Sendo assim os métodos científicos devem ser estendidos a todos os produtos contábeis gerados pelo perito contador. d) A objetividade como fundamento, afasta os critérios da subjetividade, e faz prevalecer à realidade científica contábil afim de que seja cumprida a justiça. Isso implica na aplicação dos princípios contábeis, que por sua vez representam a essência dos fatores originários, ou seja, a verdade real baseada na contabilidade legitima e no conhecimento desta ciência, motivo pelo qual os princípios contábeis têm validade ampla. e) Outro fundamento da perícia é o da concisão que implica na exposição das idéias que sejam precisas e adequadas ao que se pede. Deve embasar uma posição opinião resumida sem perca do sentido e para que sirva de fundamentação ou de conceitos expondo os fatos certificados. 3 Indutivo: Baseia-se na generalização de propriedades comuns a certo número de casos observados, a todas as ocorrências de fatos similares que poderão se verificar no futuro. Assim, o grau de confirmação dos enunciados traduzidos depende das evidências ocorrentes. De acordo com Ferreira (1998, p. 93), Galileu foi o precursor desse método indução experimental - através do qual se chega a uma lei geral por intermédio da observação de certo número de casos particulares até as leis e teorias. Portanto, o método indutivo é aquele que, ao partir de premissas menores pode-se chegar às generalidades. 4 Comparativo: Segundo Lakatos e Marconi (1991), o método comparativo realiza comparações com a finalidade de verificar semelhanças e explicar divergências. É um método usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento. 5 Dialético: Conforme Oliveira (1997, p. 67), o método dialético é: um processo de comunicação que prende muito a atenção das pessoas em virtude da habilidade dos protagonistas.

24 24 f) O sustentáculo da apreciação também como fundamento pericial, representa o processo pelo qual se aplica a certificação da razão de uma opinião, através do parecer ou relatório sobre determinado fato. A fundamentação contábil deve estar alicerçada nas doutrinas, legislações, princípios e nos usos e costumes da ciência contábil. g) A exatidão de uma perícia está ligada ao cumprimento rigoroso dos critérios científicos, e também cria segurança no trabalho pericial tornando possível a certificação pela exatidão, e isso mostra que a informação trazida pelo perito em seus laudos periciais é exata e conferem-lhe caráter de autenticidade pela fé publica atribuída a este profissional. A certificação por sua vez é uma forma, ferramenta atribuída ao perito e consiste em certificar de forma clara após uma apreciação de um indicio ou evidência atestar pela fé pública o seu laudo ou opinião. h) Considera-se a clareza também como fundamento e refere-a, a escrita contábil que deve ser elaborada com coesão e especificidade do que está sento tratado, a clareza é obtida através de vocábulos adequados sem deixar duvidas relacionada à opinião que se está emitindo. Esse fundamento se faz necessário para que seja possível facilitar o entendimento dos termos contábeis, da informação prestada, da função da contabilidade e de seu objeto e objetivo pelos leigos e demais usuários da contabilidade. i) E a precisão como fundamento do trabalho pericial impõe ao perito a função de agir dentro dos limites do pedido e da contestação, usando um vocabulário ao grau de um entendedor da matéria contábil. A precisão como fundamentação significa que o profissional não pode tratar do que não foi pedido nem mais do que se pediu e muito menos deixar algo que se foi requisitado.

25 ASPECTOS LEGAIS O Código Civil Brasileiro e a Perícia O Código Civil Brasileiro estabelece em seu artigo 212 que a perícia é instrumento de prova para efeitos judiciais, mas é necessário ao perito observar para suas devidas conclusões as restrições feitas pelo referido código, quanto aos elementos que conduzem a opinião e as conclusões do profissional. A perícia deve basear-se em evidências inequívocas e formalmente sustentáveis para que tenha caráter de prova, e nem se pode admitir essa área da contabilidade não esteja adequada aos dispositivos legais, às técnicas contábeis, e alicerçada pela ética contábil. O novo Código Civil em seus artigos nº e enfatiza que as sociedades devem prestar contas através de suas demonstrações como o balanço patrimonial e o inventário, que por sua vez é material da pericia além da matéria auxiliar visando reforçar uma prova e a qualidade da informação. Ainda impõe requisitos para que a escritura pública seja aceita como prova plena, contudo o perito deve observar se estão sendo satisfeitas as exigências legais do art. 215 do referido código civil. Sendo elas: a) data e local da realização; b) identificação completa das partes; c) dados das parte, inclusive regime de casamento quando necessário; d) manifestação da vontade entre as partes e dos intervenientes; e) referências de que as exigências fiscais e legais foram cumpridas; f) declaração de que o documento foi lido na presença das partes; g) assinatura de encerramento do documento firmando o encerramento do ato; h) redação em idioma nacional; i) caso necessário faz-se necessário a presença de interprete; j) se o comparecente não for conhecido nem puder identificar-se é necessário a presença de testemunhas que atestem sua identidade. Outro item estabelecido pelo Código Civil art. 219 trata dos documentos que embora admissível em lei a presunção na ótica contábil e aceitação como prova não se admite presumir, mas sim o óbvio.

26 O Código de Ética do Contador Através da Resolução nº 803/1996 o Conselho Federal de Contabilidade, estabelece o Código de Ética do Contabilista, com o intuito de conduzir os profissionais pelos parâmetros da moralidade da legalidade e da dignidade humana. Em seu art. 1º, o código de ética traz o objetivo norma que por sua vez dita à forma pela qual devem se conduzir os profissionais quando no exercício de sua profissão. Para Hoog (2007, p. 64), A ética tornou-se um dos principais requisitos na escolha do profissional para qualquer área de atuação. O fato de enfatizar esta ciência deve-se a necessidade dos seres humanos agirem de acordo com uma consciência moldada em valores de justiça, moral, e equidade. Uma consciência pura, livre de dogmas e preconceitos é a formação moral desejável. Os meios operantes dessa consciência são: a) a função social da profissão, harmonizada com a moral e o dever de conhecer a tarefa, a profissão e a manutenção da educação continuada; b) a responsabilidade que decorre da utilidade dos benefícios da tarefa, que buscam ampliar a qualidade e satisfação dos clientes; c) o zelo e a eficiência, importantes no exercício da profissão, harmonizados com a honestidade e o sigilo. O art. 5º do referido código de ética recomenda que o contador, na condição de perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá sempre recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida. Também deverá abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo. Deverá abster-se de expender 6 argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos. Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido a sua apreciação, e mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o disposto no inciso II do art. 2º; deverá abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de documentos; assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação 6 Expender: sig. Expor, Explanar, Explicar, Consumir, Gastar.

27 27 dos princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade editadas pelo CFC; considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis observando as restrições contidas nas normas brasileiras de contabilidade editadas pelo conselho federal de contabilidade, e atender à fiscalização dos conselhos regionais de contabilidade e do conselho federal de contabilidade no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho. Cabe ainda ressaltar o art. 14 do código que traz sobre o julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do código de ética, incumbindo os conselhos regionais de contabilidade, que funcionarão como tribunais regionais de ética, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias, para o conselho federal de contabilidade em sua condição de tribunal superior de ética e disciplina As Normas Brasileiras do Perito Contador A antiga Resolução do CFC nº 857/99 foi revogada e a partir de 1º de janeiro de 2010 entrou em vigor a Resolução nº 1244/99 NBC PP 01-Perito Contábil. A presente resolução conceitua o perito sendo o contador regularmente registrado no conselho regional de contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada. Deixando claro assim que o perito jamais será uma organização mais sim pessoa física que deverá participar de uma educação continuada, ou seja, um profundo conhecedor do assunto periciado através da sua experiência e vivencia prática do assunto. A referida resolução também trata dos peritos assistentes e do perito nomeado. Perito contador nomeado é o designado pelo juiz em perícia contábil judicial; contratado é o que atua em perícia contábil extrajudicial; e escolhido é o que exerce sua função em perícia contábil arbitral. Já o perito contador assistente é o contratado e indicado pela parte em perícias contábeis, em processos judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral.

28 28 Hoog (2007, p.32) afirma que: O Perito Contador do ponto de vista da legislação processual, o perito contábil é o profissional de nível universitário, devidamente inscrito no Conselho Regional de Contabilidade conforme Dec.-lei 9.295/46, que define as atribuições do contador. Este profissional será nomeado pelo magistrado o qual também fixa o prazo para entrega do laudo conforme determina o art. 421 do CPC. A presente resolução ainda estabelece sobre a habilitação e competência profissional, que pressupõe ao perito comprovar sua habilitação profissional e provar manter adequado o seu nível de conhecimento da ciência contábil, das normas brasileiras de contabilidade, das técnicas contábeis, da legislação relativa à profissão contábil e aquelas aplicáveis à atividade pericial, atualizando-se, permanentemente, mediante programas de capacitação, treinamento, educação continuada e especialização. Entretanto deverá ter capacidade para: pesquisar, examinar, analisar, sintetizar e fundamentar a prova no laudo pericial contábil e no parecer pericial contábil, observando sempre a equidade que significa atuar com igualdade de direitos, adotando os preceitos legais, inerentes à profissão contábil, tanto para o perito contador quanto para o perito contador assistente Impedimento do Perito A NBC PP 01, também relata sobre o impedimento do perito em exercer suas funções e/ou atividade, devido a algumas circunstancia ou situações, e ressalva que quando o perito ou perito assistente estiver impedido de exercer a perícia deve se dirigir a petição e a cada uma das partes comunicando a recusa e o motivo a que chegou para tal impedimento. Os itens 20 e 21 da Resolução nº 1244/09 ressaltam que o impedimento está dividido em legal e técnico - cientifico. O impedimento legal refere-se quando da impossibilidade do perito em exercer suas atividades com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros. O impedimento técnico científico ocorre quando decorre da autonomia, estrutura profissional e da independência que devem possuir para ter condições de desenvolver de forma isenta o seu trabalho.

29 Responsabilidade Profissional A Resolução nº 1244/09, em seus itens 28 e 29, estabelecem das responsabilidades do perito contador, a ainda a divide em responsabilidade e ética e responsabilidade cível e penal. O perito deverá conhecer suas responsabilidades sócias, éticas, profissionais e legais, às quais está sujeito no momento em que aceita o encargo para a execução de perícias contábeis judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral. De acordo com o item 29 da Resolução nº 1244/09 o termo responsabilidade refere-se à obrigação do perito em respeitar os princípios da moral, da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade no desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil, criminal, ética e profissionalmente por seus atos. A responsabilidade e ética decorre da necessidade do cumprimento dos princípios éticos, em especial, os estabelecidos no Código de Ética Profissional do Contabilista e nesta Norma. Já a responsabilidade civil e penal determina responsabilidades e penalidades para o profissional que exerce a função de perito-contador, as quais consistem em multa, indenização e inabilitação. A legislação penal estabelece penas de multa, detenção e reclusão para os profissionais que exercem a atividade pericial que vierem a descumprir as normas legais. O perito, em obediência ao Código de Ética Profissional do Contabilista, deve respeitar e assegurar o sigilo das informações a que teve acesso, proibida a sua divulgação, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. (NBC PP01 PERITO CONTÁBIL, ITEM 25-27). Segundo Sá (2007, pg.90), O Sigilo profissional é um dever ético para qualquer tarefa contábil, mas essencialmente na Perícia. O que o profissional conhece pelo que lhe é exibido ou narrado não deve ser dado a conhecer por terceiros, alem do mais, ao elaborar um trabalho pericial toma-se conhecimento de outros fatos alheios ao processo e que estão nas demonstrações da empresa. Na busca por um dado, pode-se passar por muitos outros, e o profissional tem o dever de não revelar sobre o que conhece nem comentar sobre o que realiza em seu trabalho com terceiros. Sá, ainda afirma que isto faz parte da ética, da moralidade e da sanidade de virtude que um contador precisa ter.

30 30 Entretanto percebe-se que o perfil profissional do perito contábil visa a excelência moral e intelectual as quais são características da honestidade, moderação, equidade, inteligência, conhecimento, discernimento entre outras Zelo Profissional A resolução 1.051/05 em seu item mostra que o termo zelo para o perito contador refere-se ao cuidado que o mesmo deve dispensar na execução de suas tarefas, em relação a sua conduta, documentos prazos, tratamento dispensado às autoridades, aos integrantes da lide e aos demais profissionais, de forma que a sua pessoa seja respeitado, seu trabalho levado ao bom termo e, conseqüentemente, seu laudo digno de fé pública. Estabelece ainda a Resolução nº 1244/09 item 38, que o zelo profissional do perito compreende: cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos contratados em perícia extrajudicial, inclusive arbitral; assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações prestadas, quesitos respondidos, procedimentos adotados, diligências realizadas, valores apurados e conclusões apresentadas no laudo pericial contábil e no parecer pericial contábil; prestar os esclarecimentos determinados pelo juiz ou pelo árbitro, respeitados os prazos legais ou contratuais; propugnar pela celeridade processual, valendo-se dos meios que garantam eficiência, segurança, publicidade dos atos periciais, economicidade, o contraditório e a ampla defesa; ser prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e atentos às conseqüências advindas dos seus atos; e ser receptivo aos argumentos e críticas, podendo ratificar ou retificar o posicionamento anterior.

31 Honorários Contábeis Os honorários são a remuneração do perito por seus serviços prestados, e conforme determinação do CFC através da resolução nº 1244/09 item 48 ao 56 deverá ser elaborada pelo perito uma proposta dos devidos honorários considerando-se alguns fatores conforme abaixo descrito: 48 A relevância que é entendida como a importância da perícia no contexto social e sua essencialidade para dirimir as dúvidas de caráter técnico-científico contábil, suscitadas em demanda judicial ou extrajudicial. 49 O vulto está relacionado ao valor da causa no que se refere ao objeto da perícia; à dimensão determinada pela quantidade de trabalho; e à abrangência pelas áreas de conhecimento envolvidas. 50 O risco compreende a possibilidade do honorário pericial não ser integralmente recebido, o tempo necessário ao recebimento, bem como a antecipação das despesas necessárias à execução do trabalho. Devem ser levadas em consideração também as implicações cíveis, penais, profissionais e outras de caráter específico a que poder estar sujeito o perito. 51 A complexidade está relacionada à dificuldade técnica para a realização do trabalho pericial em decorrência do grau de especialização exigido; à dificuldade em obter os elementos necessários para a fundamentação do laudo pericial contábil; e ao tempo transcorrido entre o fato a ser periciado e a realização da perícia. Deve ser considerado também o ineditismo da matéria periciada. 52 As horas estimadas para a realização de cada fase do trabalho é o tempo despendido para a realização da perícia, mensurado em horas trabalhadas pelo perito-contador, quando aplicável. 53 O pessoal técnico é formado pelos auxiliares que integram a equipe de trabalho do perito, estando os mesmos sob sua orientação direta e inteira responsabilidade. 54 O prazo determinado nas perícias judiciais ou contratado nas extrajudiciais deve ser levado em conta nas propostas de honorários, considerando-se eventual exigüidade do tempo que requeira dedicação exclusiva do perito e da sua equipe para a consecução do trabalho. 55 O prazo médio habitual de liquidação compreende o tempo necessário para recebimento dos honorários. 56 Os laudos inter profissionais e outros inerentes ao trabalho são peças técnicas executadas por perito qualificado e habilitado na forma definida no Código de Processo Civil e de acordo com o conselho profissional ao qual estiver vinculado.

32 32 Ainda faz parte da elaboração da proposta a análise das horas utilizadas para a realização do trabalho, ou seja, o tempo necessário para que se execute: a retirada e entrega dos autos, a leitura e interpretação do processo, elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e comunicações às partes, terceiros e peritos contadores assistentes, realizar as diligências, a pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários, a realização de planilhas de cálculos, quadros, gráficos, simulações e análises de resultados, os laudos inter profissionais, a elaboração do laudo, as reuniões caso for necessário, a revisão final, etc., e outros trabalhos caso sejam necessários. O perito deverá considerar em sua proposta de honorários itens como a relevância e valor da causa, os prazos para execução da perícia e o local da coleta de provas e realização da perícia. Por fim deverá apresentar sua proposta de honorários, devidamente fundamentada, ao juízo ou contratante, e requerer o levantamento dos honorários periciais, previamente depositados, na mesma petição em que requer a juntada do laudo pericial aos autos, e requerer a liberação de parte dos honorários se necessário para custear suas despesas com a realização do trabalho.

33 33 Quadro 01: Honorários para Serviços Especiais Fonte: SESCAP-PR (Sindicato das Empresas de Contabilidade e Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa no Estado do Paraná.-Resolução 01/2008, em vigor a partir de 01 de setembro de Disponível em:

34 34 Conforme estabelece o quadro acima, os valores referentes aos honorários periciais podem variar dependendo da sua complexibilidade e área de atuação. Dessa forma percebe-se que o trabalho do perito contábil e as atividades que o envolvem dependerão de cada caso e de sua amplitude, por isso que são estabelecidas as faixas de honorários e não especificamente um valor para cada atividade. 2.3 OBJETO E OBJETIVO DA PERÍCIA Segundo Zanna (2005, p.69), O objeto de perícia cabe uma multiplicidade de coisas dentre as quais temos: a informação, o fato, documentos, livros, a entidade, o apontamento, o corpo, enfim, é a coisa sobre a qual o perito se debruça o perito, para extrair a verdade que se quer conhecer. O objeto da prova pericial é o conjunto de fatos que deram causa as divergências guerreadas nos autos, ou no caso de pericia extrajudicial, são os fatos materiais que provocaram a desavença objeto de exames e investigação. Portanto na perícia, por objeto entende-se uma variedade de coisas das quais o perito se utiliza na execução de seu trabalho, podendo assim se dizer que o objeto é um conjunto de elementos dos quais são referencia para o trabalho do perito. Para Ornelas (2000, p.35), A perícia contábil tem por objeto central os fatos ou questões contábeis relacionados com a causa (aspecto patrimonial), as quais devam ser verificadas, e, por isso, são submetidos à apreciação técnica do perito, que deve considerar nessa apreciação certos limites essenciais, ou características essenciais. Independente dos procedimentos a serem adotados, são caracteres essenciais da pericia contábil: a) limitação da matéria; b) pronunciamento adstrito à questão 7 ; c) meticuloso 8 e eficiente exame de campo; d) escrupulosa 9 referência à matéria periciada; e) imparcialidade absoluta de pronunciamento. 7 Adstrito a questão: Unido, ligado, e/ou contraído a questão. 8 Meticuloso: adj. Esmiuçador, Minucioso, Cauteloso, Cuidadoso. 9 Escrupulosa: adj. Hesitante, Cuidadoso, Meticuloso.

35 35 Pode-se assim dizer que a pericia tem por objeto a escrituração contábil, os documentos, e as demonstrações financeiras e contábeis, visando assim suprir as necessidades e dar suporte na realização da pericia. Também nesse sentido, comenta-se a importância desses elementos na produção da prova pericial, que por si só não contribuirá em nenhum caso, e por isso faz tão necessário quanto à prova, o conhecimento, experiência e competência do perito contábil. O objetivo ou finalidade da pericia contábil, de acordo com Zanna (2005, p.85), é informar com clareza e sem falhas aos interessados, a respeito do que está sendo discutido ou guerreado no processo. Zanna ainda completa que do perito não se requer uma opinião pessoal, mas sim conclusões fundamentadas em fatos verídicos e comprovadas por documentos, lançamentos, demonstrações e cálculos em seu laudo pericial. Zanna (2005, p. 86) afirma: O objetivo da pericia contábil é apresentar a verdade dos fatos econômicos, comerciais, tributários, previdenciários, financeiros, trabalhistas, fiscais e administrativos, segundo cada caso.a apresentação de cálculos, tabelas, gráficos, e tudo mais que o perito fizer para revelar a verdade a respeito do que se investiga, insere-se no objetivo do trabalho pericial. Entretanto objetivo no âmbito pericial significa: fim, escopo, indicando assim a realidade do que se quer. Sendo então a perícia contábil uma prova, o objetivo neste caso é conhecer com precisão através das técnicas contábeis e através do perito a verdade que se quer provar. 2.4 RISCOS NA PERÍCIA Na perícia assim como em outras áreas da contabilidade existem riscos na execução e elaboração de seus serviços. Entretanto é necessário precauções e cuidados para que não haja prejuízo as partes ou a quem interesse as informações geradas pelos peritos ou contadores. É importante ressaltar que no âmbito pericial os riscos tem mais significado, pois podem levar o perito a uma opinião errônea gerando uma prova falsa, que certamente irá danificar o direito de terceiros.

36 36 De acordo com Sá (2007, p.29) o perito deve se precaver de todos os meios possíveis para não errar, e para que isso ocorra deverá adotar algumas precauções com relação a alguns fatores, sendo eles : a) tempo atribuído a tarefa deverá ser hábil para desempenhá-la com rigor; b) plano de trabalho amplo e competente na execução da pericia; c) desempenho exigente na execução do plano usando sua autoridade e satisfazendo aos objetivos da pericia; d) apoio exigente nos casos onde se requer uma verificação mais ampla e rigorosa; e) resguardo de informes quando fornecido que seja relevante no julgamento em depoimentos escritos e assinados que servirão de prova; f) provas emprestadas onde couber informações de pessoas alheias ao processo deverão ser utilizadas pelo perito; g) declarações quanto ao que se requer provando que os elementos exibidos são exclusivos e não fraudulentos, solicitado pelo perito; h) preço também deverá ser compatível com a quantidade e qualidade do trabalho a ser executado. Portanto o trabalho pericial sempre possui riscos, e por isso faz-se necessárias cautelas especiais, adotando medidas de precaução e conseqüentemente garantindo a veracidade dos fatos sem prejuízo as partes. Isso garantirá que o perito não seja responsabilizado por omissão nem falsidade informativa. 2.5 ERROS, FRAUDES E INDÍCIOS NA PERÍCIA Segundo Sá (2007, p. 24) os erros estão divididos em erros de essência e de forma, entretanto é importante ressaltar que as normas fazem prevalecer à essência sobre a forma, porem os erros de essência tendem a ser mais graves, pois o erro de forma muitas vezes não altera a situação. É importante ressaltar que o erro sempre afetará a conclusão do perito e conseqüentemente seu laudo, sendo dever do perito buscar a origem e causas do respectivo erro sempre evidenciando e relatando o que o provocou, ao menos que seja irrelevante. O erro diferencia-se da fraude por não possuir característica de intenção, ou seja, é involuntário. Fraude em perícia contábil segundo Sá (2007, p. 217) é uma ação premeditada para lesar alguém, é um erro proposital, ou seja, intencional. Existem muitos casos de fraudes em processos na justiça contra entidades, sócios, fisco, herdeiros, credores, etc., sendo remetido a pericia contábil, em que se faz necessário examinar com o intuito de encontrar fraudes, sendo objetivo dos peritos detectá-los.

37 37 Os indícios levam a conclusões, portanto são considerados caminhos para se chegar as provas. Quando se investiga determinado fato sobre o qual existe incoerência ou dúvida, surge um indício de irregularidade, mas nunca uma prova. Entretanto na perícia se investiga através de indícios para se chegar a fatos concretos e verídicos, e assim o perito conseguirá elaborar um laudo baseado em fatos e provas que realmente existiram e inume de indícios. 2.6 PROVAS E FINS DA PERÍCIA Uma perícia pode ser requerida para diversos fins, sendo os principais: fins judiciais, regimentais, decisões administrativas, de finalidades fiscais, decisões de âmbito social, e os de matéria pré-judicial. Quando se requer uma perícia tem-se o objetivo de tomar decisões tanto de gestão ou de direito. Então o fim de uma perícia é sempre a prova para que se baseie uma decisão, submetendo o perito a responsabilidades sérias tanto civis e criminais. Para Sá (2007, p. 18), Vários são os fins para os quais se requer uma perícia, mas, como prova que ala vai ser, é preciso que se baseie em elementos verdadeiros e competentes. Sá (2007, p. 237) afirma: A perícia contábil não pode deixar margens para dúvidas e nunca deve o profissional emitir um parecer antes que esgote todos os recursos de indagação, diante das dúvidas que se levantam em quesitos nem nos trabalhos defluentes. Assim, apenas a realidade satisfaz o perito contador. Portanto deve fundamentar-se em um exame guiado pela racionalidade.

38 QUALIDADES DO PERITO E DE SEU TRABALHO A perícia contábil requer um profissional capacitado e qualificado para executar os seus trabalhos. Entretanto o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) estabelece que para que seja possível executar os trabalhos periciais, é necessária formação superior, ensejando assim princípios sólidos e conhecimento razoável da matéria periciada. De acordo com Sá (2007, p. 20) as capacidades e/ou qualidades que o perito deve deter são a legal, a profissional, ética e moral. A legal refere-se ao registro no conselho regional de contabilidade. A profissional caracteriza-se pelo conhecimento teórico e prático da contabilidade, experiência, perspicácia, perseverança, sagacidade, índole indutiva e criativa. A capacidade ética é a que estabelece o código de ética profissional do contador. E a capacidade moral é a que estriba na virtude das atitudes pessoais do profissional. Já a qualidade do trabalho do perito é conseqüência da qualidade do respectivo profissional. Segundo Sá (2007, p. 22), A qualidade do trabalho do perito espelha-se na própria confiança que seu relato e opinião despertam-nos que vão utilizar de sua opinião. Ainda segundo Sá, alguns requisitos são necessários para que haja qualidade do trabalho, sendo eles: Objetividade; Precisão; Clareza; Fidelidade; Concisão; Confiabilidade inequívoca baseada em materialidades; Plena satisfação da finalidade.

39 OS ASSISTENTES E SUAS FINALIDADES Como o perito não transfere responsabilidade porque delegou tarefas, precisa selecionar com muito rigor auxiliares ou especialistas nos quais possa confiar. SÁ (2007, p. 28) Quando é necessário ao perito utilizar o trabalho de terceiros ou de especialistas seja engenheiro, corretor, ou qualquer outro tipo, deve se certificar da capacidade desses, pois o perito não transfere sua obrigação a quem delegou algo, mas sim, responde integralmente por toda e qualquer informação gerada em seu laudo. De acordo com Sá (2007, p. 27), É preferível deixar de opinar que fazê-lo sem algum grau satisfatório de convencimento sobre a capacidade dos delegados. O perito deve além de exercer rigorosa seleção, como também testar a validade das tarefas atribuídas a terceiros. Se vai recorrer a um especialista precisa investigar a capacidade do mesmo assim como seu conceito com relação a sua profissão. Portanto o risco na delegação de tarefas é muito alto, e o perito contador é de certa forma também co-responsável com o trabalho dos especialistas uma vez que é ele quem delega tarefas aos seus auxiliares. 2.9 DIFERENÇAS ENTRE PERÍCIA E AUDITORIA Segundo Zanna (2007, p. 115) a pericia é a prova que se requer eventualmente, já a auditoria é mais verificação, revisão e ocorre constantemente, ou seja, uma necessidade constante. Em suma perícia é prova auditoria é opinião. É importante ressaltar as características de auditoria e pericia:

40 40 Tabela 1: Diferenças entre Perícia e Auditoria PERÍCIA AUDITORIA I. É executada somente por pessoa física, na esfera judicial, pois depende de um profissional de nível universitário (CPC, art. 145). E tem autoridade e independência de juízo acadêmico concedida pelo juiz. Responde cível e criminalmente pelo resultado da sua opinião. Pode ser realizado por pessoa jurídica quando extrajudicial hipótese do art. 8º da Lei 6.404/76. II. A perícia serve a uma época, ou questionamento especifico, por exemplo, apuração de haveres na dissolução de sociedade. III. IV. A perícia se prende ao caráter científico de uma prova com o objetivo de esclarecer controvérsias. Não se repele, é específica. É específica, restrita aos quesitos e pontos controvertidos, especificados pelo condutor judicial. V. Sua análise e restrita e abrangente. I. Pode ser executada tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica. Não tem autoridade, é um prestador de serviço contratado pela empresa com independência e responsabilidade cível e criminal sobre a opinião. II. III. IV. Tem a necessidade constante, como exemplo: auditoria de balanço, repetindo-se anualmente. Se prende a continuidade de uma gestão; parecer sobre atos e fatos contábeis. É continua e repetitiva. Pode ser específica ou não; exemplo: auditoria de recursos humanos, ou em toda empresa. V. Feita por amostragem; observa atos e fatos relevantes. VI. O objetivo é a emissão do laudo pericial. VI. Objetivo é a emissão do parecer de auditoria, relatório de auditoria para orientação preventiva ou corretiva. VII. Usuários são as partes e principalmente a justiça. VII. Usuários são os sócios, investidores, administradores... VIII. O seu objeto é a prova de um fato ou ato. VIII. O seu objeto é a segurança dos controles internos. Fonte: Hoog, Wilson Alberto Zappa. Prova Pericial Contábil Aspectos Práticos & Fundamentais. 5. Ed. Curitiba: Juruá, 2007

41 TIPOS DE PERÍCIA CONTÁBIL Há pericias de diversas modalidades e finalidades de acordo com cada necessidade. Este instrumento especial a perícia tem espécies distintas, identificáveis e definíveis segundo os ambientes em que instalada a atuar (ALBERTO, 1996, p.53). Sabendo-se que a perícia contábil se propõe a prova pericial e embora a ênfase se de em ralação à atuação judicial da prova, a perícia reporta-se as decisões qualquer, seja no âmbito judicial ou fora dele. Portanto a sua aplicação e realização poderá ser judicial, extrajudicial ou arbitral Perícia Judicial Na esfera judicial a pericia está presente nas varas criminais, na justiça do trabalho, nas varas cíveis estaduais, nas varas de falências, nas varas de família, nas varas da fazenda pública, na justiça federal, e na justiça arbitral. Segundo Alberto( 1996, p.53), A perícia judicial é aquela realizada dentro de procedimentos processuais do Poder Judiciário, por determinação, requerimento ou necessidade de seus agentes ativos, e se processa segundo regras legais específicas. Esta espécie de perícia subdivide-se, segundo suas finalidades precípuas no processo judicial, em meio de prova ou arbitramento. Conforme Sá (2007, p.63), Perícia contábil judicial é a que visa servir de prova, esclarecendo o juiz sobre assuntos em litígio que merecem seu julgamento, objetivando fatos relativos ao patrimônio aziendal ou de pessoas.

42 42 Porém a perícia judicial assim como as outras responsabiliza muito o profissional, pois o destino das pessoas e das entidades muitas vezes fica submetido e depende da opinião do perito contador Perícia Extrajudicial A perícia extrajudicial é aquela exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária. Na esfera extrajudicial temos a perícia contábil relacionada à fusão, cisão e incorporação de sociedades, nas medidas administrativas e reavaliação do ativo permanente e patrimônio liquido. Logo, nota-se que o campo de atuação do perito contábil é amplo devido aos vários casos de ações judiciais nos quais se requer perícia contábil. Segundo Alberto (1996, p. 54) A perícia extrajudicial é aquela realizada fora do Estado, por necessidade escolha de seus entes físicos e jurídicos particulares- privados, vale dizer no sentido estrito, ou seja, não submetíveis a uma outra pessoa encarregada de arbitrar a matéria conflituosa. É instalada a colocar nos justos termos os interesses de cada um dos envolvidos. Não menos importante, a perícia extrajudicial assume papel importante nas questões de interesses pessoais, atuando como mediadora entre as partes envolvidas, mas não como caráter de prova como na esfera judicial, e sim atender aos interesses dos envolvidos de forma imparcial a luz de suas normas e fundamentos periciais, contribuindo dessa forma em possíveis conflitos ou dúvidas existentes PLANEJAMENTOS DOS TRABALHOS PERICIAIS Conhecendo o trabalho que deverá executar e a opinião que irá emitir, que cada caso, o perito deve traçar caminhos e maneiras que deverá proceder com seu trabalho. A previsão de tarefas enseja o plano de trabalho do perito, que será um guia a ser seguido pelo perito.

43 43 Plano de trabalho em pericia contábil é a previsão, racionalmente organizada, para a execução das tarefas, no sentido de garantir a qualidade dos serviços, pela redução dos riscos sobre a opinião ou resposta SÁ (2007, p. 31). Então o planejamento sendo um guia deve partir de realidades e de amplo conhecimento de tudo o que envolve a questão DILIGÊNCIAS As diligências dentro da pericia contábil conforme item da resolução 985/03 do CFC, é entendida como todos os procedimentos e atitudes adotados pelo perito na busca de informações e subsídios necessários à elaboração do laudo pericial contábil. Zanna (2005, p. 102)afirma: Por diligências entende-se todo e qualquer ato realizado pelo perito e pelos assistentes com a finalidade de juntar provas e argumentos para confeccionar o laudo pericial requerido, sua entrega e demais atividades que se seguem à consignação do laudo. O Código de Processo Civil traz em seu artigo nº 429 que para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças. Portanto entende-se ainda que seja a execução de certos serviços fora dos tribunais ou cartórios, seriam as coletas de dados em campo. Quando um Perito vai a campo na busca de informações deve estar munido de documentos que o autorizem o acesso as informações do investigado, e a isso damos o nome de termo de diligências, que é um documento formal emitido pelo Juiz e/ou pelos peritos assistentes para solicitar as informações dos litigantes,

44 44 repartições públicas, bancos, e lugares ou pessoas que possuam informações necessárias para o deslinde da Pericia PAPÉIS DE TRABALHO Os papéis de trabalho são considerados todas e quaisquer petições que elaboradas pelo perito vierem a fazer parte dos autos, baseados em documentos como, por exemplo: livros, contratos, extratos, cartas e outros documentos pertencentes às partes e requeridos pelo perito. A norma brasileira de contabilidade NBC TP 01 estabelece que o perito deverá documentar-se com elementos relevantes que serviram de suporte à conclusão formalizada do laudo pericial contábil, por meio de papéis de trabalho, que foram considerados relevantes, visando fundamentar o laudo e comprovar que a perícia foi executada de acordo com os despachos e decisões judiciais, bem como as normas legais e normas brasileiras de contabilidade. Segundo Zanna (2005, p.126),...é medida de cautela e bom-senso profissional, documentar o trabalho, pois, salvo raras exceções que confirmam a regra, sempre são feitos, principalmente pela parte que não foi favorecida pelo laudo pericial, pedidos de esclarecimentos que exigem a retomada de assuntos já abordados e, para esse trabalho complementar os papéis de trabalho guardados serão de muita utilidade. Cada profissional constrói um conjunto de papéis de trabalho de acordo com a tecnologia por ele adotada ou desenvolvida, adaptado para servir a cada caso em particular, segundo as características do mesmo. Portanto, os papéis de trabalho geralmente se constituem em anotações, cálculos, planilhas, rascunhos e até simulações efetuadas e produzidas pelo perito a fim de concluir seu trabalho.

45 LAUDOS E PARECERES CONTÁBEIS Fundamentos e Conceito de Laudo Pericial Segundo Sá (2007, p. 43), A manifestação literal do perito sobre fatos patrimoniais devidamente circunstanciados gera a peça tecnológica denominada laudo Pericial Contábil. É o julgamento ou pronunciamento, baseado nos conhecimentos que tem o profissional da contabilidade, em face de eventos ou fatos que são submetidos à sua apreciação. A partir dessas definições, o laudo se resume em dar a conhecer a opinião técnica de especialista sobre tal matéria a que surgiu a causa da investigação dos fatos, tanto no âmbito da justiça ou fora dela. É a prova que para ser obtida depende de conhecimentos técnicos científicos aplicados segundo técnicas investigatórias próprias criadas por cada profissional da Contabilidade. De acordo com a norma de Contabilidade NBC T 13, item 13.5, laudo pericial Contábil é peça escrita na qual o perito contador expressa, de forma circunstanciada, clara e objetiva: As sínteses do objetivo da perícia Os estudos e observações realizadas As diligencias Os critérios utilizados Os resultados fundamentados As suas conclusões Não podemos deixar de observar que o Laudo é uma peça e resultado de um trabalho de um especialista e necessita que seja de boa qualidade contendo argumentos sobre suas opiniões.

46 Laudo Pericial Todo laudo pericial contábil é composto visando atender a requisitos e necessidades propostas por quem solicita ao perito. Um dos primeiros requisitos de que um laudo deve dispor é a objetividade. Segundo Sá (2005, p.46), O que é objetivo é racional e, no campo tecnológico da pericia deve inspirar-se na ciência Contábil. O objetivo é o que está atado ao conhecimento. Laudos nunca devem ser baseados em suspeitas ou suposições, mas sim em fatos concretos, tornando-se dessa maneira objetivo. O Decreto-Lei nº 9.295/46, na alínea c do art. 25, determina que o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil somente sejam elaborados por contador que esteja devidamente registrado e habilitado em Conselho Regional de Contabilidade. A resolução do CFC nº 1243/09 itens 58 e 59 esclarecem ainda que o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil são documentos escritos, nos quais os peritos devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. A referida norma obriga os peritos, que no encerramento do laudo pericial contábil ou do parecer pericial contábil, consignem, de forma clara e precisa, as suas conclusões. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem contemplar o resultado final de todo e qualquer trabalho alcançado por meio de elementos de prova inclusos nos autos ou adquiridos em diligências que o perito-contador tenha efetuado, por intermédio de peças contábeis e quaisquer outros documentos, tipos e formas, assim estabelece o item 66 da referida resolução. Portanto a objetividade envolve toda a perícia inclusive os laudos periciais, para que se chegue a um resultado ou opinião a ser elaborada pelo contador.

47 Necessidade do Laudo Pericial A finalidade dos Laudos Periciais é trazer aos magistrados no poder judiciário, e a quem se destina o conhecimento da verdade, e como fonte de prova serve para embasar diversas decisões, tanto nas circunstancias judicial, extrajudicial, semijudicial e arbitral. Também o laudo pericial contábil tem a missão de dirimir os pontos de discórdia objeto de ação judicial e trazem os resultados dos exames, das observações, das indagações, das pesquisas, e tudo o que foi realizado afim de, concluir sobre tudo o que se observou. Então, o perito que inserir em seu Laudo os fatos contábeis e econômicos observados e calculados por ele, estará fundamentando seu trabalho em provas condizentes e materiais, nunca em suposições ou indícios. Dessa forma o perito apresentará suas conclusões e cálculos com objetividade, ou seja, embasado em provas documentais contábeis e fiscais para prestar um resultado a seus clientes mantendo-se eqüidistante das partes interessadas. Assim, concluindo as diligências os profissionais terão condições de elaboração do laudo, e caso haja alguma alteração nos fatores ou diligências, lembrar sempre de cumprir com seus compromissos e finalizar a pericia no prazo estabelecido Planos de Trabalho na Elaboração de Laudos O método a ser aplicado na Pericia depende do objeto que se quer examinar, ou seja, de acordo com a matéria que se tem que examinar é que se traça o curso dos trabalhos, e trilha um caminho a ser seguido que dependendo das circunstâncias será modificado conforme as necessidades do Perito. É preciso pois: a) Identificar o objeto; b) Planejar competentemente o trabalho; c) Executar o trabalho baseado em evidências inequívocas, plenas e confiáveis; d) Ter cautela nas conclusões, e emitir opiniões somente depois que tiver certeza e segurança dos resultados; e) Concluir de forma clara e objetiva o que lhe foi requisitado.

48 48 A metodologia aplicável na Pericia deve basear-se no objetivo da mesma, focando o que se quer conhecer Estrutura e Requisitos do Laudo Pericial Para um laudo ser classificado com boa qualidade deve conter alguns requisitos mínimos, sendo os principais: Objetividade, Rigor Tecnológico, Concisão Argumentação, Exatidão e Clareza. Um Laudo exige respostas que esgotem os assuntos dos quesitos e que não necessitem de mais esclarecimentos SÁ (2005, p. 49). Nos Laudos as respostas devem também conter requisitos para poder embasar o perito aos quesitos expostos pelo Laudo Tipos de Laudo Pericial Devido às muitas finalidades da pericia, segundo Sá (2004, p. 51) existem vários tipos de laudos para o perito atender ao que lhe é solicitado, cada tipo de laudo abordará aos propósitos como, por exemplo: Desfalques; Corrupção; Gestão ou administração; Aumentos de salários; e Decisões administrativas diversas. Nas ações de processos judiciais as principais demandas são: Apuração de haveres; Busca e apreensão; Consignação de pagamento; Cominatórias; Concordatas; Desapropriação; Dissolução de sociedade; Exclusão de sócios; Extrato de conta; Embargos; Executivas; Falências; Inventário; Inquérito judicial; Penais; Processuais; Prestação de contas; Rescisórias; Reclamações; Tributárias; Família; Trabalhista;Etc. Os tipos de pericias variam de acordo com a finalidade a que se aplicam.

49 Linguagem do Laudo Pericial Contábil Zanna (2005, p. 154) afirma que: Ressalvadas raras exceções o laudo pericial contábil destina-se a pessoas que apesar de instruídas e cultas são leigas na matéria nele versada, deve ser vazada de termos simples sem serem populares. Conclui ainda que a linguagem do laudo que convém é aquela do tipo simples e direto, sem prolixidades 10. A linguagem no laudo pericial é extremamente importante para que haja um completo entendimento mesmo que o usuário seja um magistrado ou leitor leigo qualquer possibilitando entender com facilidade o que está querendo ser passado através do documento. O perito deve lembrar de que está elaborando um documento para terceiros e que geralmente ou quase nunca possuem nenhum conhecimento de contabilidade ou economia, devendo o laudo ajudar de forma que facilite o trabalho de quem venha a utilizá-lo. O cuidado com a linguagem contábil deve estar no sentido de manter um texto fluido e entendedor, e ao mesmo tempo usar a terminologia Contábil adequada preservando assim o formalismo do documento. Muitas vezes o Laudo Pericial Contábil se destina a pessoas que apesar de instruídas e cultas são leigas, na matéria Contábil, ou nele contida, devendo ser vazados de termos simples sem serem populares. A queixa dos magistrados e dos advogados envolve a necessidade do Laudo primar pela clareza e simplicidade, sem deixar lacunas para as conclusões técnicas. O que se espera é que a abordagem trazida pelo Laudo seja completa para que não haja dúvidas a respeitos de tais fatos, por isso o Perito não deve usar termos como: talvez, acho, teria, creio, entre outros que prejudicam a qualidade do Laudo Pericial. Portanto a linguagem que convém a ser aplicada nos laudos necessita ser simples e direta. Escrever muito não significa qualidade, mas se o laudo tiver conteúdo é o que basta e o que se deseja do perito contábil. 10 Prolixidades: Característica de quem é demasiadamente longo e demorado para explicar algo. Opõe-se ao simplista, que vai direto ao ponto para responder a uma questão.

50 Quesitos no Laudo Pericial A necessidade da prova pericial em perícias judiciais decorre de dúvidas e divergências entre as partes a respeito da veracidade dos fatos e da verdade que se quer expor ao magistrado. Então o perito contábil através de seu trabalho faz sua contribuição esclarecendo as dúvidas e as divergências através das respostas aos quesitos apresentados pelas partes. Segundo Zanna (2005, p.131), Quesitos são perguntas formuladas nos autos com a intenção de, pelas respostas a elas oferecidas pelo expert, as dúvidas, as divergências e as contas possam ser esclarecidas, se possível, de forma cabal ou taxativa. Percebe-se então que os quesitos são fundamentais para os esclarecimentos de dúvidas e controvérsias contidas nos autos dos processos e para as conclusões dos magistrados, podendo ainda ser formulados tanto pelas partes ou pelo magistrado, buscando subsídios para sua convicção. Zanna (2005) descreve que o objetivo dos quesitos é esclarecer basicamente os pontos que as partes consideram importantes conforme a estratégia dentro do processo, e de orientar o trabalho pericial de forma a esclarecer os pontos divergentes dessa forma direcionando o trabalho do perito unicamente ao objeto da causa. Zanna (2005, p. 132) afirma que ao responder aos quesitos, o perito cumpre a missão para qual foi nomeado. Espera-se, por óbvio, que suas respostas sejam taxativamente esclarecedoras. Um laudo exige respostas que esgotem os assuntos dos quesitos e que não necessitem mais de esclarecimentos (SÁ 1997, p. 49). Portanto os quesitos são peças fundamentais para o trabalho pericial direcionando seu trabalho de dando diretrizes a sua investigação no esclarecimento do que se tem dúvida.

51 51 3 METODOLOGIA DA PESQUISA Os procedimentos metodológicos utilizados na realização deste trabalho serão apresentados no respectivo capítulo abordando: o delineamento da pesquisa, o método utilizado e as técnicas de pesquisa. Também será apresentado o estudo de caso e a coleta de dados, e por fim será apresentada a análise e interpretação dos dados. 3.1 MÉTODOS DA PESQUISA Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada leis que regem os fenômenos. GIL (1999, p. 20). A partir disso temos a ciência como objeto fundamental para chegar à veracidade dos fatos e, portanto ciência se relaciona com conhecimento. Gil (1999, p. 22) afirma que a ciência se vale fundamentalmente do método experimental, que exige entre outras coisas o controle das variáveis que poderão interferir no fenômeno estudado. Para Gil (1999, p. 26) método pode ser definido como caminho para se chegar a determinado fim. E método científico como um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento. Em seu sentido mais geral, o método é o ordenamento que se deve auferir aos diferentes processos necessários para alcançar determinado fim estabelecido ou um objetivo esperado. BEUREN (2009, p. 30). Portanto os métodos possibilitam ao pesquisador decidir a cerca do alcance de sua investigação, das regras de explicação dos fatos e da validade de suas generalizações. GIL (1999, p. 27). Devido à diversidade de assuntos e objetos que se pode investigar, é necessária a escolha de um ou outro método de investigação. Sendo assim a adoção do método investigativo depende de vários fatores como a natureza do que se pesquisa, dos recursos disponíveis, da abrangência do estudo e da inspiração filosófica do pesquisador. GIL (1999, p.27). Dessa forma utilizar-se-á o método dedutivo e o indutivo. No método dedutivo se parte do geral para o particular, ou seja, surge com princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões puramente formais. GIL (1999, p. 27).

52 52 todo. Já o método indutivo procede inversamente ao dedutivo, partindo do particular para o Segundo Gil (1999 p ) O método indutivo, parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho de coleta de dados particulares. Nesse método, parte-se da observação de fatos ou fenômenos cujas causas se desejam conhecer. A seguir, procura-se compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procede-se à generalização, com base na relação verificada entre os fatos e os fenômenos. Ainda conforme Gil (1999, p. 29) As conclusões obtidas por meio da indução correspondem a uma verdade não contida nas premissas consideradas, diferentemente do que ocorre com a dedução. Assim, se por meio da dedução chega-se a conclusões verdadeiras, já que, baseadas em premissas igualmente verdadeiras, por meio da indução chega-se a conclusões que são apenas prováveis. 3.2 DELINEAMENTOS DA PESQUISA Busca-se através deste capítulo determinar os delineamentos da pesquisa que possuem um papel importante na pesquisa cientifica, no sentido de articular planos e estruturas para obtenção de respostas para os problemas de estudo. Neste sentido o delineamento norteia o pesquisador na busca de respostas para determinado problema, conforme figura 2. Figura 2 - Delineamento para obter respostas ao problema de pesquisa.

53 53 Gil (1999, p ) afirma O delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua diagramação 11 quanto a previsão de análise e interpretação dos dados. Entre outros aspectos, o delineamento considera o ambiente em que são coletados os dados, bem como as formas de controle das variáveis envolvidas. ocupa-se ainda precisamente do contraste entre as teorias e os fatos e sua forma é a de uma estratégia ou plano geral que determine as operações necessárias para fazêlo. O elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados. No âmbito contábil não há um único tipo de delineamento para as questões desta ciência. Entretanto, existem tipos de pesquisas que mais se ajustam a essa área do conhecimento (BEUREN, 2009, p. 76). Para Kerlinger (1980, p. 94), A palavra delineamento focaliza a maneira pela qual um problema de pesquisa é concebido e colocado em uma estrutura que se torna um guia para a experimentação, coleta de dados e análise. Assim, o delineamento da pesquisa requer a escolha de um plano para conduzir a investigação. A maneira pela qual um problema é concebido, e estruturado afetará os resultados da pesquisa, inclusive com relação às respostas. BEUREN (2009, p. 77). 3.3 TÉCNICAS DE PESQUISA A busca de respostas para problemas de pesquisa requer técnicas que ajudem o indivíduo a chegar ao que se procura, mediante aos procedimentos científicos. Entretanto utilizam-se meios ou tipologias de pesquisa para determinadas áreas do conhecimento a fim de conseguir as respostas dos problemas de pesquisa. 11 Diagramação: sm (diagramar+ção) (ou paginação) é o ato ou efeito de diagramar (paginar) e diz respeito a distribuir os elementos gráficos no espaço limitado da página impressa ou outros meios.

54 54 Diante do exposto, e considerando as particularidades da contabilidade, as tipologias de pesquisa aplicáveis aforam divididas em três categorias: quanto aos objetivos que abrange a pesquisa exploratória; quanto aos procedimentos através da pesquisa documental, e quanto à abordagem do problema que compreende as pesquisas qualitativas e quantitativas Pesquisa Exploratória A pesquisa exploratória, é desenvolvida visando proporcionar uma visão geral de determinado fato. Esse tipo de pesquisa é realizado quando o tema escolhido é pouco explorado. GIL (1999, pg. 43). Beuren (2009, p. 80) afirma: A caracterização do estudo como pesquisa exploratória normalmente ocorre quando há pouco conhecimento sobre a temática a ser abordada. Por meio do estudo exploratório, busca-se conhecer com maior profundidade o assunto, de modo a torná-lo mais claro ou construir questões importantes para a condução da pesquisa. As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, visando a formulação de problemas ou hipóteses pesquisáveis em estudos posteriores GIL (1999, p. 43). Nesse sentido explorar um assunto significa reunir mais conhecimento e incorporar característica inéditas, bem como buscar novas dimensões até então não conhecidas BEUREN (2009, p. 81) Pesquisa Documental Segundo BEUREN (2009, p. 89) apud. Silva e Grigolo (2002), a pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam nenhuma analise aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa, assim, selecionar, tratar e interpretar a informação bruta, buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor, podendo, desse modo, contribuir com a

55 55 comunidade cientifica, a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel. Dessa forma a pesquisa documental se fez necessária para que fosse possível descrever e analisar os fatos e conseqüentemente se chegar as devida conclusões Pesquisa Qualitativa Segundo BEUREN (2009, p. 91) apud. Richardson (1999) menciona que os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais. Ressalta também que podem contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos. Entende-se então que no ponto de vista de BEUREN (2009, p. 92) as analises mais profundas em relação ao fenômeno que esta sendo estudado na pesquisa qualitativa 3.4 ESTUDO DE CASO Segundo Gil (1999, p. 72) o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir seu conhecimento amplo e detalhado. Dessa forma pode-se aprofundar o conhecimento a respeito de um caso ou fato específico. Para Yin (1981, p. 23), o estudo de caso é um estudo empírico 12 que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas, e no qual são utilizadas várias fontes de evidencias. Entretanto, o estudo de caso contribui na compreensão de fenômenos sociais, e quando relacionado à contabilidade, concentra maior número de pesquisas em organizações, visando à configuração, análise a aplicação de teorias contábeis. BEUREN (2009, p. 84) Para Yin (2002, p. 21), 12 Empírico: adj. Que se guia ou apóia exclusivamente na experiência e na observação

56 56 O estudo de caso permite uma investigação para se preservar as características holísticas 13 e significativas dos eventos da vida real tais como ciclos de vida individuais, processos organizacionais, administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a maturação de alguns setores. Beuren (2009, p. 73) afirma: O estudo de caso é utilizado em pesquisas sociais com diferentes propósitos, tais como: explorar situações da vida real cujos limites não são claramente definidos; descrever a situação do contexto em que está sendo feita a investigação; e explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situações muito complexas que não possibilitam a utilização de levantamentos e experimentos. Portanto se fez necessário o estudo de alguns casos para poder se chegar à resposta ao problema de pesquisa, que será tratado mais profundamente no capítulo quatro. 13 Holísticas: adj. Relativo à holismo, que busca tudo abranger, que é totalizante.

57 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Analisar dados significa trabalhar com todo o material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as informações dos documentos e outros dados disponíveis. BEUREN (2009, p. 136) Os processos de análise e interpretação variam em função do plano de pesquisa. a análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. GIL (1999, p. 168) Conforme Gil (1999, p. 180) Os dados obtidos nas pesquisas sociais referem-se, na maioria dos casos a amostras. Todavia o interesse dos pesquisadores é generalizar os resultados para toda a população de onde foi selecionada a amostra. Os dados utilizados na presente pesquisa possuem uma amostra descomunal, ou seja, considerando-se apenas os processos da 9ª Região (Paraná), conforme mostra tabela 1.4, pode-se perceber que existe um enorme volume de processos que os Tribunais do Trabalho recebem todos os anos. Portanto esse foi o motivo pelo qual se fez necessário coletar apenas alguns processos para que fosse possível fazer a análise, e dessa forma partir para generalizações baseada em uma pequena amostra.

58 58 Tabela 2: Tribunais Regionais do Trabalho 2010 Seção de Acompanhamento Estatístico de TRT CEST / TST Movimentação Processual de Janeiro a Junho TRT Processos Recebidos Processos Julgados Resíduo 1ª - RJ ª - SP ª - MG ª - RS ª - BA ª - PE ª - CE ª - PA e AP ª - PR ª DF e TO ª - AM e RR ª - SC ª - PB ª - RO e AC ª - Campinas/SP ª - MA ª - ES ª - GO ª - AL ª - SE ª - RN ª - PI ª - MT ª - MS Total Fonte: Boletim Estatístico dos Tribunais Regionais do Trabalho. Disponível em: 13:54 Notas:Os Processos recebidos correspondem aos processos autuados, aos recursos internos e aos processos endentes de autuação, excluindo-se os processos pendentes de autuação do ano anterior; Os dados do TRT da 10ª Região estão contabilizados até abril de 2010.

59 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Apresentação dos dados e interpretação dos resultados. CASO A Breve Histórico Caso A : O primeiro caso o qual chamaremos de caso A, tramitou na 20ª Vara da cidade de Curitiba-PR, em forma de processo do tipo RTOrd (Reclamatória do Trabalho Ordinária). O processo foi autuado em 2005 através de edital de intimação para ciência das partes e finalizado em Abordar se á no processo a indicação dos trabalhos periciais, os quesitos apresentados, o laudo pericial, os embargos e sentenças judiciais. Quesitos Formulados Caso A : após a indicação do perito e a solicitação de documentos, seguiu a reunião com as partes para a elaboração e respostas dos quesitos. Respostas dos Quesitos Formulados pelo Reclamante Quesito nº 1: queira o senhor perito esclarecer se e como estão contabilizados os cheques de fls. xx/xx e fls.xx/xx e o recibo de fl. xx. Resposta do Perito: resposta parcialmente prejudicada pela falta de documentos. Através dos livros diários foi possível identificar os registros contábeis dos seguintes documentos, conforme a seguir: Quadro 2 Contabilização dos cheques quesito 01 caso A Fls. autos cheque Banco Valor Conta Contábil Histórico do lançamento 71/x 00 Xxxxxxxxxxxxxxxx 456,00 Caixa Geral Suprimento de Caixa 72/x 00 xxxxxxxxxxxxxxxx 1.368,00 Caixa Geral Suprimento de Caixa 73 Recibo avulso Xxxxxxxxxxxxxxxx 1.368,00 Salário referente ao mês 03, 04 e 06/ /x 00 xxxxxxxxxxxxxxxx 1.000,00 Caixa Geral Suprimento de Caixa 74/x 000 Xxxxxxxxxxxxxxxx 1.398,29 Adiantamento Pgto. De férias de Férias 76/x 00 xxxxxxxxxxxxxxxx 1.541,33 Adiantamento de férias Pgto. Adiantamento de férias de 77/x 00 xxxxxxxxxxxxxxxx 450,00 Adiantamento Adiantamento de salário de Salários 78/x 00 xxxxxxxxxxxxxxxx 345, Pagamento de Salário (recibo anexo à cópia do cheque em nome) Fonte: Laudo pericial do caso A.

60 60 Os cheques xx, xx e xx, acima, registrado como suprimento de caixa não puderam ter identificados os gastos correspondentes por falta de documentos comprobatórios dos gastos. O recibo avulso (fl.xx), no valor de R$ 1.368,00, cujo valor é o mesmo do cheque xx do Banco xxx, nominal à própria empresa e endossado. Sua contabilização, porém não foi localizada nos registros contábeis da empresa, através dos livros Diário e Razão. Decisão Judicial: O laudo pericial contábil, por sua vez, acostado às fls. xxx/xxx, não identificou a que se destinava o valor de R$ 456,00 do cheque de fls. xx coligido com a inicial, tampouco de demais valores apresentados pelo Autor. Diante de tal contexto, concluise como comprovado o pagamento de salário a latere ao obreiro. Tendo em vista que os extratos da 1ª Ré de fls. xx/xx apresentam saques e compensação de cheques exatamente neste montante, reconhece-se como sendo este o valor percebido pelo obreiro. Diante de tal contexto, reconhece-se o salário a latere pago ao Reclamante, no período descrito na inicial, devendo as Rés integrarem à remuneração obreira a quantia de R$ 456,00 mensais, a qual deve observar os reajustes normativos inscritos nas normas coletivas coletivas coligidas aos autos às fls. xx/xxx. Quesito nº 02: solicita-se que o senhor perito identifique as quais despesas se referem cada um dos documentos referidos no quesito primeiro, providenciando a juntada aos autos de cada um dos documentos comprobatórios das mesmas, para análise à luz do princípio do contraditório. Resposta do Perito: prejudicada por falta dos documentos solicitados à reclamada. Foi solicitado à reclamada a juntada dos documentos comprobatórios, mas o Sr. Contador da Reclamada, informou que não foi possível localizar tais documentos. Decisão Judicial: Diante de tal contexto, conclui-se como comprovado o pagamento de salário a latere ao obreiro. Quesito nº 3: queira o senhor perito, por amostragem, identificar nos meses de dezembro de 20xx e fevereiro de 20xx todos os valores que foram contabilizados sob a rubrica fundo de caixa, inclusive com a identificação de cada um dos documentos comprobatórios dos gastos respectivos.

61 61 Resposta do Perito: resposta prejudicada por falta dos documentos solicitados à Reclamada. Também não há nos registros contábeis (plano de contas, livros Diários e Razão) a conta contábil Fundo Fixo de Caixa. Decisão Judicial: Este quesito formulado pela parte não foi utilizado na sentença. Quesito nº 4: roga-se ao senhor experto que identifique por amostragem nos meses de dezembro de 20xx e fevereiro de 20xx a totalidade dos valores gastos pela reclamada a guia de pagamento de editais e de fornecedores que foram pagos mediante prestação de contas do reclamante, trazendo aos autos os comprovantes respectivos. Resposta do Perito: resposta parcialmente prejudicada por falta dos documentos solicitados à Reclamada. Porém, a Conta Contábil Despesas com Editais, no livro Diário Geral número xx referente ao ano de 20xx e número xx referente ao ano de 20xx, encontram-se registrados os seguintes valores... Decisão Judicial: Diante de tal contexto, reconhece-se o salário a latere pago ao Reclamante, no período descrito na inicial (01/05/19xx a 31/07/20xx), devendo as Rés integrarem à remuneração obreira a quantia de R$ 456,00 mensais, a qual deve observar os reajustes normativos inscritos nas normas coletivas coletivas coligidas aos autos às fls. 89/xxx. Quesito nº 5: queira o senhor perito elaborar quadro demonstrativo comparativo dos valores recebidos pelo reclamante, mês a mês, através dos holerites e do montante devido a título de salário profissional dos engenheiros, identificando as diferenças existentes mês a mês. Resposta do Perito: para responder a este quesito, foi necessário recorrer ao sitio do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná para obtenção do salário de Engenheiro para 8hs diárias de trabalho (fls. xxx). Com base no salário mensal pago ao autor e o piso salarial da categoria para 8hs diárias de trabalho correspondente a 9 (nove) salários mínimos. Decisão Judicial: Diante do acolhimento da pretensão ora em análise, resta prejudicado o pedido de diferenças salariais em face da inobservância do salário mínimo profissional do engenheiro (pedido "f"). Acolhe-se.

62 62 Respostas dos Quesitos Formulados pela Reclamada Quesito nº 1: Os registros contábeis da empresa atendem a legislação em vigor e se encontram com lançamentos atualizados? Resposta do Perito: resposta prejudicada, pois as análises foram elaboradas com base na documentação juntada aos autos. Decisão Judicial: O presente quesito respondido pelo perito não foi utilizado pelo juiz. Quesito nº 2: Existe registro de fluxo de caixa diário? Resposta do Perito: de acordo com a fundamentação apresentada no item 2, acima, a reclamada possui apenas uma conta contábil Caixa Geral, para os registros contábeis. Decisão Judicial: Quesito não utilizado pelo juiz. Quesito nº 3: Todos os pagamentos efetuados pela empresa estão identificados? Resposta do Perito: Conforme comprovantes juntados nos autos e identificados nos Quadros 1 e 2, é possível verificar que alguns pagamentos efetuados destinam-se a suprimento de caixa. Decisão Judicial: Quesito não utilizado na decisão judicial. Quesito nº 4: Foram localizados depósitos e ou pagamentos efetuados em favor do Autor, diversos daqueles constantes dos recibos de pagamento? Em caso afirmativo, esta identifica a origem e a que se destinava este pagamento? Resposta do Perito: não foram localizados, nos autos, quaisquer outros depósitos e/ou pagamentos em favor do autor. Decisão Judicial: Quesito não utilizado na decisão do juiz. Quesito nº 5: Existem valores lançados a qualquer outro título e que tenha o Autor como beneficiário final? Resposta do Perito: não foram localizados nos autos quaisquer outros valores que tenha o autor como beneficiário. Decisão Judicial: Quesito não foi utilizado na decisão judicial.

63 63 Quesito nº 6: Faça o Sr. Perito outros esclarecimentos que julgar necessários à elucidação das questões apresentadas. Resposta do Perito: os esclarecimentos complementares pertinentes aos quesitos formulados pelas partes, foram esclarecidos no item 2, Fundamentos Contábeis dos Registros da Conta Fundo Fixo de Caixa, bem como nos anexos de fls. xxx/xxx), os quais fazem parte do presente laudo. Decisão Judicial: Quesito não utilizado pelo juiz Sentença Caso A : Ante o exposto e com base nos quesitos apresentados e nas respostas do perito julga-se procedente em parte a ação e condenam-se a Rés, CASO A, de forma solidária, a pagar ao Autor, CASO A, em valores que devem ser conhecidos em liquidação, com juros e atualização monetária na forma da lei, respeitados os termos e limites da fundamentação, que é parte integrante desse dispositivo e autorizado a retenção das contribuições previdenciárias e fiscais cabíveis, o que se segue: Diferenças salariais decorrentes integração do salário do a latere; Diferenças salariais em face da supressão do salário a latere; Horas extras e reflexos; FGTS com 40%; e Multas convencionais. Condenam-se as Rés, ainda, ao recolhimento das contribuições previdenciárias e ao pagamento das custas, de R$ xxx, calculadas sobre o valor arbitrado à condenação (R$ xxx). Embrargos Caso A : Houve embargos por parte do Autor questionando o perito do caso sobre os quesitos respondidos e pleiteando e salários pagos por fora. Após respostas do embargos seguiu-se com a senteça acolhendo o embargo da Ré com relação a prescrição. Aos embargos do autor acolheu-se as diferenças saláriais condenando a Ré ao pagamento, também ao pagamento de salários por fora,e rejeitou-se horas extras e verbas pagas na recisão. Houve um embargo também para a liquidação dos honorários periciais, onde ficou como depositante a Ré, que deverá liquidar o referido valor.

64 64 Análise das Respostas aos Quesitos Caso "A" Respostas Prejudicadas pela Falta de Documentos Respostas Concisas (Sucintas) Respostas Circunstanciadas Respostas objetivas Respondidas com clareza 0% 20% 40% 60% 80% 100% Não Sim Apesar de alguns quesitos nao serem utilizados ou nao terem relevancia para o Juiz prolatar sua sentença, nota-se que baseou-se nas respostas do perito para candenar a ré do presente caso. Conclui-se então que o laudo do perito contribuiu na decisão do magistrado. CASO B Breve Histórico Caso B : O processo do caso B tramitou na 20ª Vara de Curitiba PR em 2008, e se deu da seguinte forma: reclamatória trabalhista RTOrd, indicação dos trabalhos periciais, laudo pericial e finalizou com sentença após embargos. Respostas dos Quesitos Formulados pelo Reclamante 1) Queira o Sr. Perito recompor a carga horária do Reclamante em relação a totalidade das atividades efetivadas, explicitando os dias e os horários das mesmas, as disciplinas ministradas e as turmas para as quais lecionava em todo o período contratual. Resposta do Perito: com base no relatório de aulas semanais de todos os professores, fornecidos pela Reclamada (fls. xxx/xxx), foram recompostas as jornadas semanais do Reclamante, bem como os horários das aulas e as turmas em que o Reclamante lecionava. Decisão Judicial: Acolho, determinando-se que a reclamada retifique a CTPS do reclamante.

65 65 2) Queira o Sr. Perito averiguar a existência de controles de horários junto à Reclamada, em relação a todas as turmas e matérias lecionadas, inclusive aos sábados, providenciando a juntada dos mesmos aos autos. Resposta do perito: os professores passaram a registrar (assinar) os controles de jornadas a partir do ano de 2006 (fls. xxx/xxx), referentes ao período de 07/02/2006 até 12/12/2007, de todos os professores, os quais assinavam o ponto do dia. Com base nesses registros de ponto foi elaborado o cartão ponto mensal do Reclamante, conforme anexo (fls. xxx/xxx). Quanto ao período de 2004 a 2005, a Reclamada, em sua defesa (fls. xxx), concorda com a jornada informada pelo Reclamante para os anos de 2004 e Quanto ao período do curso semi-extensivo, a Reclamada informa em seu relatório de defesa (fls. xxx), que o curso ocorria no período de agosto a novembro, no decorrer da semana e em alguns sábados do semestre. No demonstrativo da carga horária semanal relativo ao ano de 2006, apresentado no quesito anterior, constata-se somente trabalho no sábado dia 06 de agosto, com horário das 13:30 às 15:00 horas. Decisão Judicial: Ante o exposto, rejeito o pedido de pagamento de diferenças salariais em virtude da diminuição da carga horária. 3) Queira o Sr. Perito identificar a forma como o Reclamante recebia salários das Reclamadas (dinheiro, cheques e/ou depósitos bancários) esclarecendo mês a mês os valores que foram despendidos pelas Reclamadas a este título, considerando-se especialmente os documentos já carreados aos autos, inclusive comprovantes de pagamento por dentro e por fora (fls. xxx/xxx) e as planilhas apresentadas às fls. x/x. Resposta do Perito: os extratos bancários fornecidos pelo Reclamante (fls. xxx/xxx) referemse aos créditos em conta corrente do valor líquido devido, a partir do mês de março/2006. Não foram identificados créditos em conta corrente bancária anteriores março/2006, porém, o Reclamante informou na reunião pericial do dia 09/02/2009, que a conta corrente só foi aberta em março/2006 e que anteriormente os valores eram pagos diretamente ao beneficiado. Na análise realizada no livro contábil Razão fornecido pela Reclamada, referente ao período 2004/2008, constata-se que até o mês de fevereiro/2006, os valores eram pagos em dinheiro, cujas saídas eram registradas, de forma global (de todos os empregados, sem identificação do beneficiário), na conta contábil Caixa Geral. De acordo com os registros nas contas contábeis, observa-se que nos históricos dos lançamentos contábeis não há identificação dos beneficiários referentes aos pagamentos

66 66 efetuados. Comprova-se, também, que até o mês de fevereiro/2006, os pagamentos eram realizados pelo Caixa, conforme informado pelo Reclamante e confirmado pela representante da Reclamada. O quadro comparativo dos créditos da folha de pagamento em conta corrente com os valores líquidos dos recibos de pagamento de salários ( por dentro e por fora ), demonstra, em alguns meses, as diferenças creditadas a maior e a menor (fls. xxx). A Reclamada forneceu cópia da apuração das aulas lecionadas pelo Reclamante, informando o valor hora aula, DSR e hora atividade, bem como o valor total bruto por nível de ensino, do período de outubro/2004 a janeiro/2008 (fls. xxx/xxx). A quantidade de horas/aula pagas ao Reclamante coincide com as quantidades informadas pela Reclamada (fls. xxx). Decisão Judicial: Desta forma, defiro a integração à remuneração do reclamante dos valores pagos "por fora". 4) Queira identificar o Sr. Perito se houve redução dos valores pagos por dentro e por fora, confirmando ou não as seguintes reduções: 4.1) Nos meses de janeiro a dezembro/2005, o valor da hora/aula no Terceirão foi reduzido de R$ 32,14 para R$ 22,00, causando evidentes prejuízos na remuneração do autor. Resposta do Perito: o relatório da Folha de pagamento (fls. xxx/xxx), fornecido pela Reclamada, contém os dados relativos à composição do salário do Reclamante (quantidade de horas/aula, valor da hora/aula, DSR, hora atividade). De acordo com o levantamento (evolução salarial), com base nos recibos de pagamentos de salários pagos por dentro e por fora (fls. xxx/xxx), referente as horas normais, observa-se a seguinte situação:

67 67 Quadro 03 Pagamentos quesito 4 caso B Pagamentos "por dentro" Período de pagamentos Fonte: Laudo pericial caso B. Valor da hora/aula Pagamentos "por fora" Período de pagamentos Valor da hora/aula De set/2004 a dez/2004 R$ 32,14 De set/2004 a dez/2004 R$ 0,00 De jan/2005 a fev/2005 R$ 22,00 De jan/2005 a fev/2005 R$ 0,00 De mar/2005 a jan/2006 R$ 12,00 De mar/2005 a abr/2006 R$ 35,37 De mar/2006 a mai/2006 R$ 12,55 De mai/2006 a mai/2006 R$ 0,00 de Jun/2006 a set/2007 R$ 35,37 de Jun/2006 a set/2007 R$ 0,00 De out/2007 a fev/2008 R$ 36,49 De out/2007 a fev/2008 R$ 0,00 Observa-se, também, que nos recibos de pagamento de salário referentes ao período de março/2005 a abril/2006, na coluna Pagamentos por fora do quadro acima, não houve redução salarial. Na reunião pericial de 19/02/2009, onde foram lidos todos os quesitos e suas respectivas respostas, a representante da Reclamada informou que o Reclamante ministrou aulas de 5ª a 8ª série, porém o valor do pagamento foi considerado indevidamente como Horas Normais nos recibos de pagamento e que o valor pago a título de Horas Normais, impresso nos recibos de pagamento de salários refere-se ao pagamento das horas de 5ª a 8ª no referido período. O levantamento da quantidade de horas lecionadas no período de março/2005 a abril/2006, considerando-se os valores apurados na planilha Demonstrativos dos pagamentos (por dentro), comprovam que os valores pagos, referem-se às aulas de 5ª a 8ª e que os valores apurados na planilha Demonstrativos dos pagamentos (por fora), referem-se aos valores das aulas ministradas no Ensino Médio (Terceirão), conforme Quadro acima e explicações fornecidas pela representante da Reclamada. 4.2) A partir de xx/07, o valor hora/aula de parte das aulas lecionadas para o Terceirão e para o Semi-Extensivo foi reduzido de R$ 35,37 para R$ 25,00, sob o falso rótulo de Gratificação, nos termos expendidos no item 3 supra. Resposta do Perito: quanto ao valor da hora/aula no Terceirão, e com base nos documentos apresentados pela Reclamada (fls. xxx/xxx) e na planilha Relação as horas/aula semanais fornecida pela Reclamada (fls. xxx), elaborada combase nos documentos apresentados pela Reclamada (fls. Xxx/xxx), confirma-se que valor da hora/aula cheia (hora aula + DSR + Hora Atividade), a partir de janeiro/2007, foi reduzido de R$ 35,37 para R$ 25,00 apenas para os pagamentos efetuados por dentro.

68 68 Quanto as aulas do semi-extensivo, pagos sob os títulos Aulas 3 M e Aulas 3 N, observa-se que houve apenas dois pagamentos nos meses de junho e julho/2006 no importe total de R$ 60,00 e R$ 75,62 respectivamente, conforme planilha Demonstrativos dos pagamentos (por dentro) (fls. xxx), não sendo possível identificar a quantidade de horas/aula lecionadas nesses dois meses. Na planilha Demonstrativo dos pagamentos (por fora) (fls. xxx), observa-se que no mês de fev/2007 houve o pagamento de 9hs, cujo valor da hora/aula foi de R$ 35,37. Quanto ao pagamento da Gratificação de função e de acordo com a planilha Demonstrativos dos pagamentos pelos recibos (por dentro) (fs. xxx), observa-se que a partir de fevereiro/2007, a Reclamada efetuava mensalmente o pagamento no valor de R$ 224,97 sem especificar o motivo de tal pagamento. 4.3) Nos meses de maio e junho/07, o valor da hora/aula referente às aulas lecionadas de 5ª a 8ª série foi reduzido de R$ 12,65 para R$ 11,06. Resposta do Perito: de acordo com a planilha Demonstrativos de pagamento de salários por dentro (fls. xxx), e de acordo com a quantidade de horas/aula para o ensino de 5ª a 8ª série, os valores pagos nos recibos de pagamento de salários, comprova-se que nos meses de xx e xx de 2007, o valor da hora da 5ª a 8ª, foi reduzido de R$ 12,65 para R$ 11, ) No mês de novembro/07, o valor da hora/aula referente ao segundo grau foi reduzido de R$ 19,55 para R$ 17,59; no mesmo mês o valor da hora aula referente às aulas lecionadas de 5ª a 8ª série foi reduzido de R$ 13,83 para 12,55. Resposta do Perito: de acordo com a planilha Demonstrativos de pagamento por dentro (fls. xxx), e de acordo com a quantidade de horas/aula para as aulas do 2º Grau, o valor da hora/aula do mês de novembro/2007 foi de R$ 19,55 não ocorrendo redução salarial. Quanto a redução do valor da hora/aula de 5ª a 8ª série, no mês de novembro/2007, comprava-se (fls. xxx) que o valor da hora aula foi reduzido de R$ 13,83 para R$ 12,55. Decisão Judicial: A esse respeito, o perito não apurou redução do valor da hora/aula nos anos de 2005 e 2005, como se observa em resposta ao quesito 4 à fl. Xxx/xxx. A partir de janeiro de 2007, o perito apurou a redução do valor da hora/aula cheia do "terceirão" (hora aula + DSR + hora atividade), de R$ 35,37 para R$ 25,00 apenas para os pagamentos feitos oficialmente. O perito também constatou a redução do valor da hora/aula de 5 a a 8 a série nos meses de maio e junho de 2007, que passou de R$ 12,65 para R$ 11,07; bem como no mês de novembro/2007, que passou de R$ 13,83 para R$ 12,55.

69 69 Respostas dos Quesitos Formulados pela Reclamada Não houveram quesitos formulados pela reclamada. Sentença Caso B : Pelo exposto, julgaram-se parcialmente procedentes os pedidos deduzidos por Reclamante caso B em face de Reclamada caso B, declarando o vínculo empregatício entre as partes e condenando a reclamada no pagamento das seguintes parcelas: pagamento de 13 o salários e férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, bem como dos depósitos do FGTS acrescidos da indenização de 40%, relativamente ao período sem registro na CTPS ante o reconhecimento de contrato de trabalho não registrado na CTPS e relativos à integração à remuneração do reclamante dos valores pagos "por fora", conforme recibos de pagamento; diferenças salariais no ano de 2007; diferenças salariais em virtude dos reajustes salariais, na forma pleiteada na inicial; adicional de horas extras de 50% sobre os valores já pagos relativos à jornada que excedeu os limites previstos no art. 318 da CLT, com reflexos em férias, 13 o salários, verbas rescisórias e depósitos do FGTS ; horas extras relativas ao tempo faltante relativo ao descumprimento do art. 66 da CLT (intervalo de 11h entre duas jornadas), com adicional de 50% e reflexos; adicional noturno de 20% devido sobre a remuneração para as horas laboradas entre as 22h00 e às 05h00. Embargos Caso B : Os embargos de declaração opostos pelo reclamante foram acolhidos pelo juíz do caso e deferidos, dessa forma integrando a decisão final. Respostas Prejudicadas pela Falta de Documentos Respostas Concisas (Sucintas) Respostas Circunstanciadas Análise das Respostas aos Quesitos Caso "B" Respostas objetivas Respondidas com clareza 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Não Sim

70 70 O caso B mostra a sentença judicial calcada nos quesitos do reclamante, pois nao houveram quesitos pela parte reclamada. Observa-se então que pelo que foi exposto no laudo pericial e as informações constantes no mesmo, o Juiz decide e acolhe os pedidos do reclamante conforme apresentados nos quesitos respondidos pelo perito contador. Caso C Breve Histórico Caso C : O caso C,é uma RT (Reclamatória Trabalhista), da 20ª Vara do Trabalho de Curitiba PR. Esse processo inicou-se com reunião entre as partes, para os devidos esclarecimentos, e a formulação dos quesitos pelo perito. Dessa forma se constituiu o laudo pericial que deu ao caso fundamentos para sua liquidação, que se fez na forma de acordo entre as partes em audiência de conciliação. Respostas do Quesitos Formulados pelo Reclamante 1) Especifique o Sr. Perito, mês a mês, todos os valores constantes dos recibos de pagamento pagos ao Reclamante durante o período imprescrito. Resposta do Perito: os valores constantes dos recibos de pagamentos efetuados ao Reclamante, conforme evolução salarial (fls. xxx/xxx).

71 71 Quadro 04 Valor dos Recibos quesito 1 caso C Mês/ano Mês/ano Mês/ano Salário referência Salário referência Salário referência Base Base Base jan/ ,66 jan/ ,94 jan/ ,45 fev/ ,66 fev/ ,94 fev/ ,45 mar/ ,66 mar/ ,94 mar/ ,45 abr/ ,66 abr/ ,94 abr/ ,45 mai/ ,94 mai/ ,45 mai/ ,00 jun/ ,94 jun/ ,45 jun/ ,00 jul/ ,94 jul/ ,45 jul/ ,00 ago/ ,94 ago/ ,45 ago/ ,00 set/ ,94 set/ ,45 set/ ,00 out/ ,94 out/ ,45 out/ ,00 nov/ ,94 nov/ ,45 nov/ ,00 dez/ ,94 dez/ ,45 dez/ ,00 jan/ ,00 fev/ ,00 Fonte: Laudo pericial do caso C 2) Nos recibos de pagamentos colacionados aos autos havia pagamento de comissões? Resposta do Perito: Não, constam somente os valores com o título salários normal, conforme demonstrativo no quesito 1, acima. 3) Segundo a Instrução Administrativa 03/07/97, juntada à fl. xx dos autos, emitida pela Reclamada, a Tabela para Calcular a Pontuação era utilizada para auferir os pontos de cada agente comercial e conseqüentemente a comissão a ser paga ou participação nos resultados? Resposta do Perito: a referida Instrução Administrativa apresenta como objetivo: criar mecanismo de medição da performance de cada vendedor, gerente comercial ou filial e analisar o sistema para futuro projeto de implantar Participação nos Resultados para os funcionários e apresenta a Tabela para Calcular Pontuação e a forma de cálculo, porém, não faz qualquer referência sobre pagamento de comissão.

72 72 4) A referida tabela era progressiva? Ou seja, quanto maior fosse o percentual negociado para a empresa sobre os seus custos operacionais, maior também era o peso na pontuação para posterior pagamento de comissões? Resposta do Perito: Sim, a tabela (fls. xx) é progressiva. Apresenta percentuais sobre o custo operacional d forma progressiva e que variam por faixas de 00,00% a 160% e respectivos pesos em % para pontuação são progressivos que variam de 0,00% para a primeira faixa de custo operacional a 6,0% para a última faixa (custo operacional acima de 160%). 5) Acaso a margem de lucro calculada acima do custo operacional fosse inferior a 39,99% havia algum peso em % para pontuação do Autor? Resposta do Perito: Não. De acordo com a Tabela Progressiva (fls. xx), para o percentual sobre o custo operacional entre 0,00% a 39,99% o peso, em percentual, para pontuação é 0,0%. 6) As comissões do Autor, ou salários variáveis do mesmo, eram pagos de que forma? Resposta do Perito: não há comprovação, nos autos, sobre valores pagos a título de comissões ou salários variáveis, exceto aqueles pagos através da xxxxxx xxxx, tratados nos quesitos 13 e 14 formulados pelo Reclamante, o qual não especifica a forma de cálculo para a sua apuração ou a sua origem. 7) Conforme Relatório de Clientes Simplificado em Ordem Alfabética, juntado às fls.xx/xxx dos autos, identifique o Sr. Perito quais eram os clientes da reclamada atendidos pelo Reclamante. Resposta do Perito: de acordo com o arquivo magnético (planilha MS-Excel) contendo a relação por conhecimento emitido, por cliente, relativos ao Sr. Reclamante (xxx fls.), segue Relatório Clientes atendidos pelo Reclamante, comparativo com o referido relatório das fls. xx/xxx, conforme anexo 4 (fls. xxx). 8) Especificar todas as cargas angariadas pelo Reclamante, durante o período imprescrito, em conformidade com o Demonstrativo de Conhecimentos Emitidos e Faturados tais quais aqueles juntados às fls. Xx/xx dos autos, a serem fornecidos pela Reclamada nas diligências periciais. Resposta do Perito: todas as cargas angariadas pelo Reclamante, conforme planilha em MS-Excel, constam do Relatório anexo 3 (fls. Xxx/xxx), fornecido pela Reclamada

73 73 conforme já mencionado no laudo pericial. Nesse relatório foram calculadas a rentabilidade, por carga angariada, conforme faixas e percentuais constantes da Tabela para Calcular Pontuação (fls. xx). Foram excluídos e incluídos os clientes informados pelo Reclamante, por ocasião da segunda reunião, conforme anexo 2 (fls. xxx/xxx) e relatado no laudo pericial. 9) Detalhar o resultado obtido decorrente das cargas angariadas pelo Reclamante, durante o período imprescrito, em conformidade com o Demonstrativo de Resultados tais quais aqueles juntados às fls. xx/xx dos autos, a serem fornecidos pela Reclamada nas diligências periciais. Resposta do Perito: o resultado detalhado por carga angariada pelo Reclamante, demonstrado no anexo 3 (fls. xxx/xxx), está demonstrado nas colunas relativas à Rentabilidade, onde apresenta o valor, o percentual e a pontuação relativos à rentabilidade dos clientes atendidos pelo Reclamante, calculados com base nos percentuais constantes da Tabela para Calcular Pontuação (fls. xx). 10) Apurar na contabilidade da Reclamada todos os valores faturados pela mesma decorrentes dos clientes atendidos pelo Autor, conforme relacionados no quesito nº 7 acima, no período imprescrito, informando o número de cada conhecimento de transporte, bem como os valores e destinos de cada um respectivamente. Resposta do Perito: a resposta a este quesito consta do relatório anexo 3 (fls. xxx/xxx) 11) Pede-se ao Sr. perito que demonstre através de planilhas a rentabilidade obtida em cada carregamento angariado pelo Autor durante o período imprescrito. Resposta do Perito: a resposta a este quesito consta do relatório anexo 3 (fls. xxx/xxx). 12) Pede-se ao Sr. Perito que apure a pontuação mensal do Reclamante, no período imprescrito, decorrente das suas vendas aplicando-se a tabela de pontuação de fl. xx dos autos, para todo o período. Resposta do Perito: para a apuração da pontuação mensal, foram somados os valores das cargas angariadas no mês, considerando-se o valor do frete negociado menos os impostos (ICMS/ISS) menos o valor do custo operacional mensal, obtendo-se os percentuais referentes às faixas sobre o custo operacional e o percentual de pontuação, conforme Tabela para Calcular Pontuação (fls. xx). Os valores encontram-se no anexo 5 (fls. xxx).

74 74 13) Tendo em vista que a Reclamada alega que os valores repassados ao Autor, via empresa Incentive House, eram repassados aos seus clientes objetivando fidelizá-los, e/ou cobrir despesas de alimentação, viagens transportes e outras, pede-se ao Sr. Perito que junte aos autos as devidas contabilizações desses valores nas rubricas informadas pela Ré. Resposta do Perito: os valores repassados à xxxxxx xxxx até dezembro/2004 encontramse registrados na contabilidade da Reclamada na conta contábil Participação nos Resultados. Conforme verificado nos registros contábeis da Reclamada, por ocasião da terceira reunião dia 02/09/2008, constata-se o registro no livro contábil Razão, com pagamento a XXXXXXX XXXXX, mencionando o número da Nota Fiscal, porém, sem identificação do beneficiário, conforme fotocópia de fls. 363 do Livro Razão de 2004, anexo 6 (fls. xxx). A partir de janeiro/2005, conforme fls. 311/312 do livro contábil Razão, referente aos lançamentos contábeis do período de 01/01/2005 a 31/05/2005, a Reclamada passou a contabilizar os valores repassados aos agentes articuladores na conta contábil Agentes, conforme anexo 7 (fls. xxx/xxx). Nos históricos dos lançamentos contábeis constam os beneficiários, conforme fotocópia das fls. xxx/xxx do Livro Razão de ) Quais os valores creditados na conta do Autor, via xxxxx xxxx, mês a mês, e sacado pelo mesmo? Resposta do Perito: de acordo com os extratos de movimentação dos depósitos e saques a título de Incentive House (fls. xxx/xxx e xxx/xxx), a Reclamada elaborou o relatório de distribuição desse valor (fls. xxx e xxx). 15) Referidos valores, segundo a contabilidade da Ré, eram repassados ao Autor? Resposta do perito: de acordo comas informações prestadas pelos representantes da Reclamada, os registros contábeis não apresentam lançamentos a este nível de detalhe, conforme resposta do quesito 13 do Reclamante. 16) Há indícios de caixa 2 na contabilidade da Ré, analisando-se os anos de 2002, 2003, 2004 e 2005? Resposta do Perito: resposta prejudicada devido à limitação do trabalho pericial.

75 75 17) Aponte o Sr. Perito, mês a mês, os valores repassados ao Reclamente a título de comissões (remuneração variável), durante o período imprescrito, com base nos elementos constantes dos autos, e nos documentos e livros contábeis. Resposta do Perito: reposta prejudicada. Não há, nos autos, recibos ou demonstrativos de pagamentos a título de comissões. 18) A empresa Ré possui os livros contábeis e fiscais exigidos pela legislação devidamente contabilizados, e registrados? Resposta do Perito: Sim. 19) Pede-se ao Sr. Perito que faça um comparativo de resultados (margem de lucros) obtidos pela Ré a partir de 2002 em relação a 2000 e Resposta do Perito: resposta prejudicada. Não há documentos anexados aos autos por se tratar de períodos alcançados pela prescrição. 20) Do mesmo modo pede-se que elabore um gráfico e tabelas comparando as comissões recebidas a partir de 2002 em relação àquelas quitadas em 2000 e em 2001, diante do relato da redução do percentual das comissões a partir de jan/2002. Resposta do Perito: resposta prejudicada, por tratar-se de períodos alcançados pela prescrição. 21) Com base nos documentos encartados nos autos, há diferenças de comissões a ressarcir ao Autor, em função de eventual da unilateral redução do percentual das comissões (ou remuneração variável, como preferir tratar)? Em caso positivo, demonstrar. Resposta do Perito: reposta prejudicada. Não há, nos autos, recibos ou demonstrativos de pagamentos a título de comissões. 22) Pede-se que o SR. Perito que aponte os valores do DSR devidos em função da remuneração variável paga por fora. Resposta do Perito: reposta prejudicada. Não há, nos autos, recibos ou demonstrativos de pagamentos a título de comissões.

76 76 Respostas dos Quesitos Formulados pela Reclamada 1) Qual o período de utilização dos cartões xxxx e xxxxxx? Resposta do Perito: o período de utilização do cartão xxxxxx é de 25/02/2003 a 15/12/2004, conforme extratos juntados aos autos (fls. Xxx/xxx e xxx/xxx). O cartão xxxx é o cartão para movimentar a conta xxxxx junto ao xxxx. 2) Informe o Sr. Perito se a totalidade dos valores creditados nos cartões destinavam-se ao PIAP (Programa de Incentivo ao Aumento de Produtividade) ou se parte desses valores eram destinados ao PIAP e parte à remuneração do programa fidelidade (agentes articuladores). Resposta do Perito: de acordo com o resumo apresentado pela Reclamada (fls. xxx e xxx), constante-se que o total dos valores creditados no Cartão era integralmente distribuído entre o Programa de Incentivo ao Aumento de Produtividade (PIAP) e o Programa de Fidelidade. Não foram localizados nos autos instrução ou norma da Reclamada definindo critérios sobre a distribuição desse valores. 3) Qual era a destinação do valor creditado nos cartões que não se prestavam ao pagamento do Programa de Incentivo de Produtividade? Solicita-se ao Sr. Perito a resposta através de planilha. Resposta do Perito: a destinação do valor creditado nos cartões, conforme informações prestadas pela Reclamada (fls. Xxx/xxx), destinavam-se: a) parte do valor mensal era creditado no cartão do autor para instrumentalização do programa de incentivo ao aumento de produtividade; b) outra parte, que também era creditada no cartão do requerente, referia-se ao programa de fidelidade de clientes, valor este que o demandante repassava para premiar, gratificar, presentar clientes sem contrato que efetuassem carregamentos freqüentes com a Reclamada. A reclamada apresentou a planilha fls. xxx e xxx. 4) Os valores recebidos pelo autor através do xxxx e xxxxxx foram objeto de declaração de imposto de renda do reclamante como rendimento tributável, ou seja, reconhecidos como comissão, tal qual alega em sua petição inicial? Resposta do Perito: resposta prejudicada, por falta de informações sobre a declaração do imposto de renda do autor, nos autos.

77 77 5) Quem eram os agentes articuladores que trabalhavam com o reclamante? Resposta do Perito: os agentes articuladores, conforme anexo 8 (fls. xxx), extraídos do relatório de pagamento aos agentes articuladores, fornecidos pela Reclamada conforme anexo 9 (fls. xxx/xxx), são: Fulano, Ciclano e Beltrano. 6) Quem eram os clientes do autor? Resposta do Perito: os clientes do autor, conforme já respondido nos quesito 8, formulado pelo Reclamante, consta do anexo 3 (fls. xxx/xxx). 7) Os clientes eram exclusivos do reclamante ou o seu atendimento era dividido e quais eram atendidos EXCLUSIVAMENTE pelo demandante? Resposta do Perito: resposta prejudicada por falta de informação nos autos. 8) Queira o iluste expert demonstrar seus raciocínios através de planilhas. Resposta do Perito: resposta prejudicada, pois a Reclamada não é objetiva em relacionar quais planilhas. Porém, as planilhas apresentadas nas repostas aos quesitos formulados pelas partes demonstram o raciocínio utilizado por este Perito. 9) Preste o Sr. Perito outras informações que entender necessárias. Resposta do Perito: sem outras informações. Protesta a reclamada pela apresentação de quesitos complementares. CONCILIAÇÃO As partes acordaram nos termos da petição de folhas xxx/xxx. As partes declaram que a transação é composta de 100% de parcelas indenizatórias, sobre as quais não há incidência de contribuição previdenciária. Acordo Homologado. Fica autorizado o desentranhamento dos documentos de fls. xx a xxx pelo autor e fls. xxx a xxx, bem como as mídias que se encontram arquivadas em Secretaria, pelo reclamado, em 5 dias.

78 78 Custas pelo(a) autor(a) no importe de R$ 385,00, calculadas sobre R$ ,00, dispensadas na forma da lei. Custas pelo(a) réu(ré) no importe de R$ 385,00, calculadas sobre R$ ,00, que deverão ser recolhidas no prazo de 5 dias, sob pena de execução. O autor deverá, no prazo de 5 dias, depositar nos autos os honorários relativos a perícia contábil, ora arbitrados em R$ 2.000,00. Efetuado o depósito, liberem-se estes ao perito João Mathias Loch. Não há incidência de contribuições previdenciárias e fiscais em razão da natureza das parcelas do acordo. Intime-se o INSS sobre os termos do acordo. No silêncio das partes e do INSS, bem como após a comprovação do pagamento dos honorários periciais, arquivem-se os autos. Análise das Respostas aos Quesitos Caso "C" Respostas Prejudicadas pela Falta de Documentos Respostas Concisas (Sucintas) Respostas Circunstanciadas Respostas objetivas Respondidas com clareza 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Não Sim Nesse processo o qual foi classificado com caso C tem-se a clara conclusão que o laudo pericial assim como os trabalhos da perito foram suficientes no esclarecimento dos quesitos apresentados pelas partes, e assim tendo-se uma prévia ou ipótese de decisão judiical pelas partes, é realizado um acordo o qual foi homologado pelo juiz do processo. Com relação aos quesitos apresentados e consequentemente as respostas do perito pode-se notar que muitas respostas foram prejudicadas pela falta de informaçao de documentos os quais foram

79 79 solicitados pelo perito e não apresentados pelas partes. Dessa forma com base nas respostas dos quesitos foi realizado uma consiliação na qual a reclamada terá de indenizar o reclamante conforme acordo homologado pelo juiz do cao. Caso D Breve Histórico Caso D : O presente processo tratado no caso D e tramitado na 6ª Vara de Trabalho de Curitiba, também sendo uma reclamatória trabalhista foi julgado após longo e extenso trabalho pericial contábil face aos quesitos apresentados, reuniões e documentos solicitados para findar-se o processo. Respostas dos Quesitos Formulados pelo Reclamante Quesito nº 1 Queira o Sr. Perito, demonstrar as principais características do Estatuto, Convênio e Regulamento utilizado no Plano Previdenciário firmado entre o participante e fundação, demonstrando suas alterações no decorrer do mesmo. Favor documentar. Resposta do Perito: O Estatuto Social da xxxxx (fls. xx), dispõe no seu Art 1º, sobre o funcionamento da Entidade (xxxxx) como pessoa jurídica, de direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia financeira, patrimonial e administrativa, com prazo de duração indeterminado, instituída pela Companhia de xxxxxxx do Paraná (xxxx), doravante denominada Patrocinadora Principal, que tem como objetivo instituir e administrar Planos Previdenciários, com a finalidade de promover o bem estar social dos seus participantes e beneficiários, previstos nos regulamentos dos Planos de Benefícios Previdenciários da xxxxx, conforme Art. 5º do referido Estatuto (fls. xx). Razão Social: Fundação xxxxx de Assistência Social xxxxx CNPJ: XX.X0X.0X0/ Membros da xxxxx: conforme Art.6º do Estatuto (fls. xx): Patrocinadoras; Participantes Beneficiários. Conselho Deliberativo: Conforme Art. 38 do Estatuto (fls. xx), é composto por 6 (seis) membros titulares e 2 (dois) suplentes, nomeados e eleitos de forma paritária entre

80 80 patrocinadoras, participantes (ativos e assistidos), cabendo à Patrocinadora Principal a indicação do Presidente. A Diretoria Executiva, conforme Art.49 (fls. xx), é composta por: Diretor Presidente Diretor de Seguridade Diretor Administrativo-Financeiro Os membros da Diretoria Executiva, conforme Art. 50 do Estatuto (fls. xx), serão nomeados e exonerados pelo Conselho Deliberativo. O Conselho Fiscal, conforme Art. 58 do Estatuto (fls. xx), será composto de 4 (quatro) membros titulares nomeados e eleitos de forma paritária entre patrocinadores e participantes, e 2 (dois) suplentes. A Patrocinadora Principal nomeará 2 (dois) membros titulares e 1 (um) suplente, os participantes elegerão 2 (dois) membros titulares e 1 (um) suplente. O Convênio de Adesão, conforme dispõe o Art. 9º do Estatuto (fls. xx), estabelece os direitos, deveres e responsabilidades entre a Patrocinadora (xxxx) e a Entidade (xxxxx). O Regulamento do Plano (fls. xxx/xxx), dispõe sobre os direitos e deveres entre participantes e a xxxxx. No caso especifico do Autor, constata-se a existência de 2 (dois) Regulamentos, sendo o primeiro na vigência de sua inscrição ao Plano xxxxx, em 20/09/1982 e extinto em 31/12/2000, e o segundo regulamento referente a migração para o plano xxxxxprev, que passou a vigorar a partir de 01/01/2001. Os Regulamentos dos Planos xxxxx, extinto em 31/12/2000 e o Regulamento do Plano xxxxxprev, vigente no momento da concessão da Renda Mensal (aposentadoria), apresentam as seguintes características: a) Regulamento do Plano xxxxx O regulamento do plano xxxxx (fls. xxx/xxx), foi constituído na modalidade de Benefício Definido (BD), autorizado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, publicado no DOU em 11/06/1982, registrado no 1º Ofício de Registro de Títulos e Documentos nº xxxx Livro A-x, Registro de Pessoas Jurídicas, em 22/12/1981. Este plano vigorou até 31/12/2000 e assegurava aos seus participantes e dependentes, um valor de benefício previamente conhecido, decorrente de uma fórmula definida no respectivo documento, conforme Art. 18, Inciso 1º (fls. xxx). Este valor consistia na diferença entre o Salário Real de Benefício (SRB), composto pela média dos 12 últimos

81 81 salários de contribuição do Participante, atualizados até a data da concessão da aposentadoria e o Valor da Renda Inicial do benefício concedido pelo INSS. O Plano xxxxx foi extinto em 31/12/2000 e a partir de 01/01/2001, entrou em vigor o Plano xxxxxprev, de tipo misto e que 100% dos filiados ao Plano anterior aderiram a este Plano, conforme informativo janeiro/fevereiro/2001 (fls. xxx), obtido junto à Reclamada durante a reunião deste Perito com as partes, em 12/12/2006. b) Regulamento do Plano xxxxxprev O Regulamento do Plano xxxxxprev é um Plano de modalidade de tipo misto, onde as rendas programadas estão formatadas na modalidade de Contribuição Definida (CD), cujo valor do benefício é decorrente do acúmulo de contribuições não solidárias do Participante e da Patrocinadora. As contribuições da Patrocinadora são solidárias e destinadas prioritariamente aos participantes que se aposentam, conforme Art. 64 do já citado Regulamento (fls. xx). O Plano de Benefício Definido (BD) tem sua avaliação atuarial de custo e custeio alicerçada no mutualismo, princípio pelo qual os riscos inerentes ao Plano de Benefícios são avaliados em função da coletividade e não individualmente, gerando solidariedade entre os participantes.. As rendas de benefícios de risco estão na modalidade de Benefício Definido (BD), cujo valor do benefício é decorrente de fórmulas definidas no Art. 28, do Regulamento, (fls. 79). Artigo 28 Para efeito de cálculo dos benefícios será considerado o Salário Real do Benefício (SRB), que compreende a média aritmética simples de todos os últimos Salários de Participação, apurada no período de 36 (trinta e seis) meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data de entrada do requerimento no caso do Participante Ativo Optante e para ambos os casos, atualizados monetariamente pelo INPC-IBGE, até o último mês considerado, inclusive. Decisão Judicial: Ocorre, entretanto, que, conforme aduz a parte demandada em defesa e resta claramente corroborado pela prova técnica (laudo pericial de fls. xxx/xxx), a forma de cálculo prevista no regulamento da xxxxxprev para o plano ao qual espontaneamente migrou em 2000 (consoante já ressaltado no tópico precedente e evidenciado pelo documento de fl. xxx) foi estritamente respeitada pela segunda ré, não remanescendo quaisquer diferenças em favor do autor.

82 82 Quesito nº 2 Queira o Sr. Perito, demonstrar mês a mês as contribuições auferidas pelo participante, desmembrando-as pelos respectivos percentuais do participante e da patrocinadora. Favor documentar. Resposta do Perito: o Reclamante não auferiu nenhuma contribuição durante todo o período do vínculo empregatício. Ele apenas efetuou pagamentos em forma de contribuições mensais, descontadas de seu salário mensal, sob o título CONTRIB xxxxxprev, conforme recibos de pagamentos de salários (fls. xxx/xxx) e planilha (fls. Xxx/xxx). Essas contribuições ocorreram durante todo o período do vínculo empregatício até a data de sua aposentadoria, em novembro/2004. Segundo o Dicionário Houaiss (fls. xxx), Auferir significa: conseguir, obter, ganhar.... De acordo com o mesmo dicionário (fls. xxx) Contribuição significa: ato ou efeito de contribuir. 1 parte que cabe a cada um numa despesa ou encargo comum. 2 pagamento feito a alguém ou a alguma entidade ou ainda Estado.... Portanto, de acordo com o referido dicionário, as contribuições mensais do Reclamante destinavam-se à formação do Fundo Individual, conforme Quadro 1. Este perito baseou-se no temo Contribuições pagas pelo Reclamante, durante todo o vínculo empregatício e não contribuições auferidas, conforme quesito formulado pelo Reclamante. De acordo com o resumo geral das contribuições pagas mensalmente pelo Reclamante (fls. xxx), o mesmo possuía, em 24/11/2004, os seguintes valores: Quadro 05 Valores na concessão da renda mensal vitalícia - quesito 2 caso D Descrição dos valores Valores em R$ Fundo individual ,08 Fundo Patronal ,19 Saldo de reserva total ,27 Resgate de 20% em 22/11/2004 (12.728,05) Total a ser transformado em renda ,21 Fator atuarial p/fins de determinação da renda mensal vitalícia 0, Valor da renda mensal vitalícia após o resgate 365,25 Fonte: Laudo pericial caso D. Observa-se que as contribuições efetuadas pelo reclamante durante todo o vínculo empregatício (fls. Xxx/xxx) e Quadro 1, foram corrigidas monetariamente e

83 83 totalizaram R$ ,08 durante todo o vínculo empregatício. Em 22/11/2004 mês em que o Reclamante exerceu o benefício da aposentadoria (fls. xxx e xxx), ele efetuou resgate de contribuições (fls. xxx), no valor de R$ ,05 (doze mil setecentos e vinte e oito reais e cinco centavos). Para fins de comparação entre o valor da renda mensal vitalícia, caso o reclamante não tivesse efetuado o resgate, seria de R$ 456,56 (quatrocentos e cinqüenta e seis reais e cinqüenta e seis centavos), aplicando-se fórmula: R$ ,27 multiplicado pelo fator atuarial 0, = R$ 456,56 (fls. 259) Ainda, considerando-se que as contribuições efetuadas pelo reclamante, durante o vínculo empregatício, destacam-se: a) No Plano xxxxx Neste Plano, as contribuições efetuadas pelo participante são solidárias, conforme disposto no Art. 51, Incisos I VII, do Regulamento do xxxxx, (fls. xxx). Essas contribuições só têm valor legal na segregação em caso de resgate. No caso específico do Reclamante, não se aplica porque o participante exerceu o direito à aposentadoria, entrando em gozo de benefício de renda mensal. A contribuição da Patrocinadora é solidária e não pode em hipótese alguma ser segregada devido ao mutualismo, princípio pelo quais os riscos inerentes ao Plano de Benefícios são avaliados anualmente por meio de fórmulas e cálculos atuariais, em função da coletividade e não individualmente, gerando solidariedade entre os participantes. b) No Plano xxxxxprev Neste Plano, as contribuições são individualizadas, e podem ser segregadas em contribuições das patrocinadoras e dos participantes, conforme Art. 57, Inciso I e II, (fls. Xx/xx). Quesito nº 3 Tendo em vista as contribuições demonstradas no quesito anterior, favor informar qual a base de cálculo desta contribuição no início do Plano e suas eventuais alterações, se houver? Resposta do Perito: a base de cálculo da contribuição, no início de cada plano, é assim composta:

84 84 a) No Plano xxxxx As contribuições do participante e patrocinadora são solidárias e o percentual é apurado através de cálculos atuariais, de acordo com o custo do Plano, devido ao mutualismo, princípio pelo qual os riscos inerentes ao Plano de Benefícios são avaliados em função da coletividade e não individualmente, gerando solidariedade entre os participantes, conforme especificado no Art 51, Incisos I, II e III, do Regulamento do xxx (fls. xxx). A base de cálculo é o Salário de Participação. b) No Plano xxxxxprev As contribuições são individualizadas e não solidárias durante o período contributivo. A contribuição para aposentadoria programada independe do custo do plano. A base de cálculo é o Salário de Participação, conforme especificado no Art.26, Parágrafo 1º, do Regulamento da xxxxxprev (fls. 77). No caso específico do Reclamante a contribuição mensal foi de 4,65% do salário de participação, autorizado pelo mesmo, conforme Termo de Transação e Transferência ao Plano Misto de Benefícios Previdenciários da xxxxx xxxxxprev (fls. 250). Quesito nº 4 É possível demonstrar individualmente a evolução do fundo constituído pelo Participante, levando-se em consideração as contribuições por ele efetuadas, desde o início do plano de Benefício Definido (BD)? Se, a resposta for negativa, favor relatar o motivo. Resposta do Perito: Sim, contudo, durante a permanência do participante no Plano xxxxx, apenas para efeito de resgate, que não é o caso deste participante, pois o mesmo exerceu o direito pelo recebimento do benefício em forma de renda mensal e vitalícia (aposentadoria) e não pelo resgate. No Plano xxxxxprev, a parte da contribuição destinada à aposentadoria é individualizada e a parte destinada a riscos de morte e/ou invalidez não é individualizada, por ser mutualista, conforme Art. 31 do Regulamento do xxxxxprev (fls. 80/81). A evolução do fundo constituído pelo participante, destinado à aposentadoria, consta na Planilha (fls. 252/259).

85 85 Quesito nº 5 Quais os critérios matemáticos utilizaram-se para calcular a evolução deste fundo, chegando assim, na Reserva Matemática Individual do participante no momento em que o mesmo migrou para o plano de Contribuição Definida (CD)? Resposta do Perito: no momento em que o Participante migrou do Plano BD xxxx para o Plano CD xxxxxprev foi garantido o valor da Reserva Matemática acumulada, conforme declarou a Sra. Elisiani Salvador Gerente de Benefícios da xxxxx, em reunião do dia 12/12/2006 juntamente com os Assistentes das Partes, cujo valor correspondia ao benefício que o participante teria direito no futuro, proporcionalmente ao tempo contribuído para o plano. A Reserva Matemática foi subdividida em Reserva do participante, equivalente o que o Participante já tinha contribuído e reserva da Patrocinadora equivalente ao restante, conforme Quadro 1 e fls. 502/203. A parte que cabia à Patrocinadora, devido não estar totalmente integralizada no momento da migração, foi integralizada na conta do participante e financiada em parcelas que estão sendo pagas com contribuições especiais, até a data da aposentadoria de cada participante, conforme planilha de evolução da contribuição (fls. 257 e 504/508) Quesito nº 6 Levando-se em consideração o benefício estipulado na época de contratação do plano previdenciário, qual o percentual de diminuição deste benefício, quando da efetiva migração para o plano de contribuição definida (CD)? Resposta do Perito: não houve diminuição do benefício por ocasião da migração do Plano. No momento em que o Participante migrou do Plano xxxxx (BD) para o Plano xxxxxprev (CD) foi garantido o benefício que o participante teria direito no futuro, proporcionalmente ao tempo contribuído para o plano, conforme observado na documentação fornecida pela Reclamante (fls. 502) e Art. 75, Inciso I, II e III; do Regulamento do xxxxprev (fls. 100/101), que assim prevê: Artigo 75 As alterações deste Regulamento não poderão: I contrariar os objetivos do xxxxprev e da própria xxxxx; II prejudicar direitos adquiridos de Participantes e Dependentes; III Violar normas do Estatuto da xxxxx e as emanadas pelas autoridades competentes.

86 86 Quesito nº 7 Na migração para o Plano, o mesmo permaneceu vitalício? Resposta: Sim. Permaneceu vitalício, conforme cita o Art. 29, do Regulamento (fls. 79), e o Termo de Transação e Transferência ao Plano Misto de Benefícios Previdenciários da xxxxx-xxxxxprev, assinado pelo Reclamante no ano de 2000 (fls. 250). Neste Termo está definido que A xxxxx garante ao referido participante, os direitos adquiridos no Plano de Benefício Definido, durante o período de tempo entre a inscrição ao xxxxxprev e a data de sua implantação, prevista para 1º de janeiro de Quesito nº 8 Queira o Sr. Perito informar, se o participante teria maior segurança na sua aposentadoria se continuasse a fazer jus de um plano de renda vitalícia. Por que? Resposta do Perito: este Perito não se posiciona em matéria de Direito, porém, conforme já especificado nos quesitos anteriores, o Plano continua oferecendo renda vitalícia. Quesito nº 9 Qual seria o percentual relativo ao número de Participante que migraram do Plano anterior (BD) para o atual (CD)? Resposta do Perito: conforme Informativo fornecido pela Reclamada (fls. 482), a migração para o Plano xxxxxprev foi de 100%, isto é, todos os participantes do Plano anterior migraram para o Plano xxxxxprev. Quesito nº 10 É correto afirmar que diferentemente do Plano BD (vitalício), o participante que migrou para o Plano CD (tempo determinado) pode parar de receber o benefício antes do seu falecimento, descaracterizando assim interesse do participante em garantir seu provento na aposentadoria. Resposta do Perito: não é correto afirmar que o participante pode parar de receber o benefício antes do seu falecimento, pos CD significa Contribuição Definida e não tempo determinado. O artigo 75 do Regulamento do xxxxxprev, já citado na resposta do quesito nº 6 e da resposta ao quesito nº7, garante a renda mensal vitalícia. Os participantes do Plano xxxxxprev recebem os benefícios vitaliciamente, conforme Art 31 do Regulamento do xxxxxprev (fls. 80/81), que assim prevê:

87 87 Artigo 31 A Renda Mensal prevista nos incisos I e II do Artigo 29 do Regulamento, consistirá no resgate mensal e vitalício em moeda corrente, determinado atuarialmente em função do saldo acumulado nos Fundos Individual e Patrocinado, existente em nome do Participante Ativo, e resgatada na forma prevista na Seção X deste Capítulo. Os documentos de fls. 259 e o Quadro 1, demonstram os valores por ocasião da concessão da Renda Mensal Vitalícia Normal em novembro/2004. Quesito nº 11 Queira o Sr. Perito, levando-se em consideração as contribuições reajustadas pelos indexadores legalmente estipulados no contrato, demonstrar os valores de benefícios constituídos pelo Participante na data de sua aposentadoria, evoluindo-o pelos Planos de Benefício Definido (BD) e Contribuição Definida (CD)? Resposta do Perito: levando-se em conta as regras de cálculo no Plano BD vigente até 31/12/2000 e considerando-se a data da Aposentadoria em 03/11/2004, encontrase o valor mensal da Suplementação de R$ 190,20 (fls. 502/203), fornecido pela Reclamada. O valor da Suplementação, atualizado para novembro dos anos seguintes resultaria numa suplementação vigente em novembro/2006 no valor de R$ 300,71 (fls. 502). Pelo Plano xxxxxprev a Renda Mensal Vitalícia Normal paga regularmente ao referido participante vigente em novembro/2006 é R$ 395,50 (fls. 503), ou seja, 31,52% acima da Suplementação prometida do Plano BD do Plano xxxxx. Destaca-se ainda, que na ocasião do requerimento da Renda Mensal Vitalícia Normal, (fls. 509), o referido participante (Reclamante) efetuou um resgate facultativo sobre o seu Fundo Individual e à vista (fls. 510), no valor de R$ ,05 (doze mil, setecentos e vinte e oito reais e cinco centavos). Este resgate não era possível no Plano BD xxxxx e o Quadro 2 demonstra os valores do benefício, em novembro/2006, caso o Reclamante não tivesse efetuado o resgate facultativo.

88 88 Quadro 06 Simulação dos valores na concessão da renda mensal vitalícia, sem o valor do resgate para novembro/2006 quesito 11 caso D Descrição dos valores Valores em R$ Fundo individual ,08 Fundo Patronal ,19 Saldo de reserva total ,27 Total a ser transformado em renda ,27 Fator atuarial p/fins de determinação da renda mensal vitalícia 0, Valor da renda mensal vitalícia sem o resgate 456,56 Fonte: Laudo pericial caso D. Caso o resgate facultativo não fosse requerido, a Renda Mensal Vitalícia Normal paga pelo Plano xxxxxprev, a valores de novembro/2006, conforme Quadro 2, seria de R$ 456,56, ou seja, 51,52% acima da Suplementação prometida no Plano BD. Quesito nº 12 Tendo em vista os reajustes apurados no quesito anterior, favor informar se foram aplicados os mesmos indexadores pleiteados na petição inicial? Resposta do Perito: a Súmula 289 do STJ é específica para condição de resgate. Não seria aplicável o expurgo em caso de concessão de benefício. Esta é uma matéria de mérito e sobre a qual não existe nenhuma determinação judicial. Não é aplicável o expurgo em caso de concessão de benefício. A Contribuição da Patrocinadora não é individualizada. É uma contribuição única para todos os Participantes. Só foi individualizada no momento da migração. Foi apurada pela diferença entre o valor da Reserva Matemática Individual e a Reserva de Poupança (contribuições efetivas do Participante). Assim, se corrigido o valor do Participante com as correções da petição inicial, a Reserva de Poupança do Participante será aumentada e o valor devido pela patrocinadora, no momento da migração, será reduzido. Considerando o montante de R$ ,27 (sessenta e três mil, seiscentos e quarenta reais e vinte e sete centavos), calculado Atuarialmente para garantir a Renda Mensal Vitalícia, desconsiderando-se o valor do resgate, este Perito apresenta percentuais hipotéticos de expurgo, para fins de simulação dos valores do Fundo Individual e do Fundo Patrocinado para a constituição do Fundo Total (fls. 502), conforme Quadro 3.

89 89 Quadro 07 Simulação dos valores dos Fundos com % de expurgo inflacionário quesito 12 caso D Descrição dos Fundos Valor da participação % do Expurgo Valor do Expurgo Valor total Do Fundo Fundo Individual ,08 30% 4.598, ,50 Fundo Patrocinado , ,77 Fundo Total , ,27 Fonte: Laudo pericial caso D. Por ocasião da migração para o Plano xxxxxprev, foi efetuado cálculo Atuarial para definir o valor a ser financiado pela Patrocinadora para garantir a Renda Mensal Vitalícia, para cada participante, de acordo com as características individuais (salário, idade, benefício, expectativa de vida, entre outras). Considerando-se o caso do Reclamante, a Patrocinadora financiou R$ ,19 (fls. 502). O expurgo inflacionário, conforme simulação no percentual acumulado de 30%, conforme Quadro 3, aumenta o valor do Fundo Individual e reduz o valor do Fundo Patrocinado, permanecendo igual o valor do Fundo Total, antes e depois do expurgo inflacionário. Portanto, a aplicação do expurgo inflacionário irá beneficiar apenas Patrocinadora e não o Participante. Com a redução do valor da Patrocinadora haverá insuficiência de patrimônio e deverá ser aplicada uma contribuição adicional à todos os participantes para cobertura de déficit, cuja cobertura deve ser feita, para equilíbrio do plano, conforme determina legislação, e esclarece o Estatuto do xxxxx, no seu Art. 15, Incisos I, II e III e Parágrafo Único(fls. 47), que assim determina: Artigo 15 O Patrimônio dos Planos administrados pela xxxxx, constitui-se de bens, direitos e obrigações, e suas fontes de recursos são as seguintes: I dotações iniciais das patrocinadoras a serem fixadas atuarialmente; II contribuições e dotações das patrocinadoras e dos participantes; III rendas de bens de qualquer natureza e as decorrentes dos investimentos da xxxxx; IV -... Parágrafo Único Nos casos previstos nos incisos deste artigo, deverá ser observado o plano de custeio definido nos regulamentos dos Planos de Benefícios Previdenciários instituídos pela entidade.

90 90 Os Demonstrativos dos Resultados da Avaliação Atuarial dos Planos de Benefícios da xxxxx (fls. 514/515, 520/521 e 526/527), referentes aos anos de 2004, 2005 e 2006 respectivamente, demonstram os cálculos atuariais do Plano xxxxxprev. Quesito nº 13 Se a resposta ao quesito anterior for negativa, favor recalcular os valores de benefícios na data de aposentadoria do participante, levando-se em consideração as contribuições reajustadas pelos indexadores legalmente estipulados no contrato e os expurgos inflacionários contidos na petição inicial evoluindo-o por todo o período (Planos BD e CD). Resposta do Perito: conforme resposta do quesito anterior, se aplicado o expurgo inflacionário aumentar-se-á a reserva do participante e reduzir-se-á a contribuição da patrocinadora no momento da migração. Os valores da Reserva Matemática e do Benefício não mudam, conforme Quadro 3. Quesito nº 14 Favor individualizar mês a mês os indexadores aplicados pela fundação para apuração do saldo na data-base de migração do plano BD para CD? Bem como, qual o critério para essa migração. Resposta do Perito: o demonstrativo das contribuições, bem como a apuração do saldo, individualizado mês a mês (fls. 252/259), já apresenta as contribuições individualizadas e corrigidas, durante todo o período da contribuição, isto é, de novembro/1982 a novembro/2004, data em que o Reclamante optou em exercer o benefício da aposentadoria. Na migração para o Plano xxxxxprev, em janeiro/2001, foi observado o direito adquirido do benefício pelo participante (Reclamante), proporcionalmente ao tempo contribuído, transformado em saldo individual do participante e saldo individual da patrocinadora, mantido até a data da aposentadoria, conforme Quadro 1, do quesito 2 e fls 250. Quesito nº 15 Queira o Sr. Perito, levando-se em consideração as contribuições reajustadas pelos indexadores legalmente estipulados no contrato e os expurgos inflacionários constantes na petição inicial, demonstrar os valores de benefícios constituídos pelo Participante na data

91 91 de sua aposentadoria, evoluindo-o pelos Planos de Benefícios Definido (BD) e Contribuição Definida (CD)? Resposta do Perito: tendo em vista que o aumento produzido na reserva do participante corresponde à redução das contribuições da patrocinadora, o valor dos benefícios do Plano BD e xxxxxprev permanecem os mesmos indicados na resposta do quesito 11. Quesito nº 16 O ilustre Perito entenderia benéfico ao participante, o quantum a receber em sua aposentadoria pelo fato de se desvincular do plano anteriormente pactuado (BD) para o então migrado (CD)? Favor demonstrar as diferenças apuradas. Resposta do Perito: não cabe a esse Perito posicionar-se em matéria de direito. Quesito nº 17 Demonstrar, a partir do primeiro benefício percebido pelo participante, quais as diferenças devidas ao mesmo, se considerado o teor do quesito 13. Resposta do Perito: conforme se constata no demonstrativo, apresentado na resposta ao quesito 11, não houve diferença devida ao reclamante Participante. Quesito nº 18 Favor apurar o montante das diferenças verificadas no quesito anterior, acrescidas de correção monetária e juros legais de 1% ao mês. Resposta do Perito: de acordo com a resposta do quesito anterior, não houve diferenças ou prejuízos em favor do autor. Decisão judicial: Com efeito, o expert nomeado pelo Juízo foi taxativo em asseverar, após extensa análise da documentação juntada aos autos, que "não houve diferenças ou prejuízos em favor do autor" (resposta ao quesito nº 18 do reclamante, fl. 473), esclarecendo, ainda, que "não houve diminuição do benefício por ocasião da migração do Plano" (resposta ao quesito de nº 6 do autor, fl. 467).

92 92 Respostas dos Quesitos Formulados pela Reclamada Quesito nº 1 Considerando que o reclamante requereu a juntada de todos os regulamentos do Plano, desde a admissão até o seu julgamento, requerimento este deferido pelo juízo e atendido pela reclamada, indaga: 1.1) O documento de fls. 249 SOLICITAÇÃO DE BENEFÍCIOS indica que o benefício RENDA MENSAL VITALÍCIA NORMAL teve início no dia ASSIM, QUAL O REGULAMENTO APLICÁVEL AO RECLAMANTE PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO, INDICANDO A DATA DE INÍCIO DE VIGÊNCIA DO REGULAMENTO? Resposta do Perito: o Regulamento aplicável é o do xxxxxprev, aprovado pela Secretaria de Previdência Complementar, através do Ofício nº 2802 SPC/COJ, com base na Instrução Normativa nº 06/95 (fls. 65), em 14 de setembro/2000. O Plano xxxxxprev entrou em vigor a partir de 01 de janeiro/ ) O teor do artigo 28 e do artigo 29, expressamente declinado no item 03º da reclamatória é o mesmo teor dos referidos artigos constantes do Regulamento aplicável ao Reclamante, vigente na data do benefício? Resposta do Perito: Não. O texto do Regulamento não confere com o que está sendo reclamado. O Art. 28 do Regulamento do xxxxxprev (fls. 79), define normas para cálculos dos benefícios e o Art. 29 do mesmo regulamento (fls. 79/80) define as condições para concessão dos benefícios. 1.3) É possível recompor o benefício, mediante a elaboração de perícia técnica atuarial, aplicando os artigos invocados como base legal na reclamatória? Resposta do Perito: Não. O texto do Regulamento não confere com o que está sendo reclamado. 1.4) Em havendo discrepância com os fundamentos na inicial, notadamente com o teor dos artigos mencionados e os constantes do Regulamento, compromete a ponto de tornar prejudicada uma perícia atuarial, dentro dos critérios preconizados por esta ciência? Resposta do Perito: Sim, porque o regulamento indicado na petição inicial não pode ser adotado como parâmetro para cálculo do benefício, cuja data de vigência não coincide com a da data da concessão do benefício.

93 93 Decisão Judicial: Destaque-se, ademais, que o regulamento indicado na petição inicial, em que se fundam os pleitos em análise, nem sequer pode ser adotado na hipótese vertente, porquanto não coincide com aquele vigente à época da concessão do benefício, como explanado na resposta ao primeiro quesito formulado pela parte ré ("O texto do Regulamento não confere como que está sendo reclamado", fl. 474). Fadadas à rejeição, dessarte, as pretensões levadas a efeito nas alíneas "d" e "e" do rol de pedidos. Quesito nº 2 Na hipótese de ser passível uma análise técnica atuarial apresenta os seguintes quesitos para a resposta. 2) Considerando que restou incontroversa a migração do Plano de Benefício Definido para a Contribuição Definida, indaga: 2.1) Num Plano concebido na modalidade de Benefício Definido, a Contribuição vertida pela Patrocinadora é destinada para um fundo mutualista ou os valores são creditados nas contas pessoais dos participantes? Resposta do Perito: A contribuições da patrocinadora são creditadas ao Patrimônio num Fundo mutualista. A contribuição da Patrocinadora é única e não é individualizada. 2.2) É possível, num Plano de Benefício Definido, identificar, mês a mês, os valores aportados pela Patrocinadora nas contas individuais de seus participantes? Resposta do Perito: não existem contas individuais dos participantes em Plano de Benefício Definido BD 2.3) É possível afirmar, no plano de Benefício Definido, que somente a contribuição pessoal do participante é contabilizada, mês a mês, em uma conta específica e individual? Resposta do Perito: Não. O valor da contribuição pessoal, em Plano de Benefício Definido, é contabilizado separadamente. As contribuições se solidarizam para formar um fundo coletivo de pagamento dos benefícios. Porém, existe um controle contábil auxiliar da contribuição dos participantes para identificar o direito de resgate em caso de desligamento do plano. Caso o participante entre em gozo de benefício não há mais razão deste controle. Esses controles são efetuados pela xxxxx, conforme declaração da Sra Gerente de Benefícios, na reunião do dia 12/12/2006, com a participação dos Assistentes das partes. 2.4) Se afirmativa a resposta, qual o critério de apuração do benefício na modalidade de Plano de Benefício Definido?

94 94 Resposta do Perito: nos Planos de Benefício Definido a apuração do benefício independe de quanto o participante contribuiu. O benefício é apurado por fórmula atuarial, considerando-se o Salário de Participação e o benefício hipotético do INSS, conforme explicado pela Atuária, Sra , Assistente da Reclamada, na reunião do dia 12/12/2006, na sede da xxxxx. 2.5) quesito não apresentado 2.6) Com a migração do Plano de Benefício Definido para Contribuição Definida, existiu o saldamento por parte da Patrocinadora de todos os eventuais déficits para a garantia do benefício contratado? Resposta do Perito: na migração do Plano de Benefício Definido para Contribuição Definida foi apurado, para participante, o seu direito acumulado de benefício até a data da migração, que no total resultou insuficiência de valores, conforme Quadro 1 da resposta do quesito 2 do Reclamante. Para saldar os compromissos para com os participantes, a Patrocinadora assumiu o valor total das diferenças, em forma de contrato, e foi então integralizado o valor individualmente sem prejuízo na conta de cada participante, conforme explicações da Reclamada, na reunião do dia 12/12/2006, em sua sede e relatório anual da xxxxx (fls. 504/508). 2.7) Se afirmativa a resposta, foi incorporado na conta individual do reclamante valor correspondente à garantia do benefício contratado, no momento da migração? Resposta do Perito: de acordo com as explicações da Srta , foi incorporado individualmente no seu saldo de conta o valor correspondente ao seu direito acumulado na data da migração, conforme fls. 502/ ) Após a migração, na concepção de contribuição definida, foram efetuados os aportes, por parte da Patrocinadora, mês a mês na conta do reclamante e na forma prevista no Regulamento? Resposta do Perito: Sim, a partir da migração para o Plano Contribuição Definida, as contribuições mensais da Patrocinadora foram incorporadas individualmente no seu saldo de conta individual, conforme informações da Srta , Gerente de Benefícios da xxxxx, na reunião realizada em 12/12/ ) Qual o critério para a concessão no benefício renda mensal vitalícia normal -, à luz do Regulamento aplicável ao reclamante? Resposta do Perito: Para a concessão do benefício de Renda Mensal Vitalícia Normal, de acordo com o Regulamento aplicável ao Reclamante, o seu saldo de conta

95 95 individual acumulado é multiplicado por um fator atuarial, conforme apresentado no Quadro 1, da resposta do quesito 02 do Reclamante. O fator atuarial, segundo a Srta , na reunião do dia 12/12/2006, é fornecido pelo Atuário, responsável técnico pelo Plano xxxxxprev, cujo valor na idade do participante, corresponde à combinação da expectativa de vida deste agregado à taxa de juros aplicada ao plano. 2.10) Este critério foi utilizado corretamente no cálculo do benefício do reclamante? Resposta do Perito: Sim. O critério para a concessão no benefício Renda Mensal Vitalícia foi aplicado corretamente à luz do Regulamento aplicável ao reclamante. Quesito nº 3 Qual o critério de correção do saldo da reserva matemática, no Plano de Contribuição Definida? Resposta do Perito: O critério para a correção do saldo da reserva, segundo a Srta. Assistente Técnico pela parte Reclamada é pela rentabilidade do patrimônio do Plano. Isso pode ser observado nos Demonstrativos dos Resultados da Avaliação Atuarial dos Planos de Benefícios (fls. 511/528). Quesito nº 4 A reclamada aplicou as correções de forma correta? Resposta do Perito: Sim, conforme Demonstrativos dos Resultados da Avaliação Atuarial dos Planos de Benefícios (fls. 511/528). Quesito nº 5 O Histórico das Contribuições de fls. 252 a 259 refletem os corretos valores e correções aplicáveis ao reclamante? Resposta do Perito: Sim, e para comprovar o histórico das contribuições do Reclamante, este Perito solicitou a juntada dos recibos de pagamento de salário (fls.484/501). Observa-se, por exemplo, que no recibo de pagamento do mês de novembro/2003 foi descontado o valor de R$ 60,78. Conforme explicações prestadas pela xxxxx(fls. 484), R$ 34,24 foram para a conta Contribuição para Cobertura de Benefício Programado e conferem com os valores individualizados (fls. 258), e R$ 26,54 foram para a conta Contribuição para Cobertura de Benefícios de Risco.

96 96 Quesito nº 6 Outras contribuições que julgar necessárias. Resposta do Perito: nada a acrescentar Decisão Judicial: Ante o exposto, decide-se: I - REJEITAR as preliminares de incompetência absoluta em razão da matéria, de ilegitimidade passiva ad causam, de impossibilidade jurídica do pedido e de inépcia da petição inicial; II- ACOLHER, ex officio, a preliminar de litispendência, extinguindo-se o processo, no que atine ao pleito deduzido na alínea "f" do petitório, sem resolução do mérito, com fulcro no inciso V, artigo 267, do Código de Processo Civil, aplicado subsidiariamente à espécie, ex vi do art. 769, da Consolidação das Leis do Trabalho; III - no mérito, REJEITAR os pedidos formulados por Reclamante em face de XXXXXXXXXXXXXXXXXX - XXXXXX e XXXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXX - XXXXX, absolvendo as rés de qualquer condenação, nos termos da fundamentação. Custas de R$ 300,00, pelo autor, calculadas sobre o valor atribuído à causa, de R$ ,00, dispensadas de recolhimento, em razão da concessão dos benefícios da justiça gratuita. Expeça-se requisição à Secretaria de Execução Contábil, Orçamentária e Financeira para pagamento dos honorários periciais, na forma do Provimento SGP/CORREG nº 1/2007. Respostas Prejudicadas pela Falta de Documentos Respostas Concisas (Sucintas) Respostas Circunstanciadas Respostas objetivas Análise das Respostas aos Quesitos Caso "D" Respondidas com clareza 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Não Sim

97 97 No caso D percebe-se que apesar de ser bastante extenso com relação aos quesitos apresentados e respondidos, o perito esclarece e contribui na decisão do magistrado. Portanto o trabalho do perito assim com seu laudo apresentaram subsídios e informações expondo o que se queria saber afim de auxiliar a justiça. Caso E Breve Histórico Caso E : O ultimo caso que também é uma RT (Reclamatória Trabalhista), tramitou na 20ª Vara do Trabalho de Curitiba PR, no ano de 2006, onde realizaram se os procedimentos necessários para a solução do caso. Após os trâmites legais como: indicação dos trabalhos periciais, reuniões entre as partes, solicitações de documentos para análise pericial, entre outros; formularam se os quesitos resultando no laudo pericial e conseqüentemente concretizou-se o caso com a sentença judicial. Quesitos Formulados pelo Reclamante: Quesito nº 1 (fls. 254): pode o Sr. Perito, confrontando os livros contábeis de entrada, saída e escritas informar se há indícios de sonegação ou vendas sem emissão de notas? Explique. Resposta do Perito: resposta prejudicada devido à limitação do trabalho pericial e por falta de documentação contábil, não fornecida pela reclamada, conforme solicitação deste Perito (fls. 271/272). Decisão Judicial: Quesito não utilizado pelo juiz. Quesito nº 2 (fls. 254): pode o Sr. Perito informar se técnica, contabilmente a legislação permite a movimentação financeira da empregadora em nome de funcionário? Resposta do Perito: a movimentação financeira da empregadora em nome do funcionário não é permitida. Para a movimentação financeira, a empresa deverá abrir conta corrente em seu nome e autorizar a movimentação pelo Reclamante, por meio de Procuração para este fim. O Reclamante abriu uma conta corrente em seu nome no Banco Itaú, C/C , Agência 2947, na data de 10/03/2003 (fls. 41), exclusivamente para depósitos/resgates e controle dos valores de Fundo Fixo que eram depositados pela empresa (fls. 127).

98 98 No termo de responsabilidade (fl. 127), datado de 17/03/2003, o Reclamante autorizou a Reclamada a: consultar / conferir e imprimir os extratos dessa conta ag 2947 Bco xxxx sem considerar violação de privacidade ou qualquer lesão a direito pessoal não havendo, portanto, autorização para movimentação financeira. Decisão Judicial: Quesito não utilizado pelo juiz. Quesito nº 3 (fls. 254): pode o Sr. Perito informar se a Reclamada, em sua contabilidade e livros informava a existências e movimento financeiro da conta em nome do Reclamante? Resposta do Perito: resposta prejudicada por falta dos documentos contábeis solicitados à Reclamada e não fornecidos ao Perito. Decisão Judicial: Tais depósitos aparentam sim que se destinavam ao pagamento de despesas gerais da filial onde trabalhava o autor. Tanto isso é verdade que o perito citou três exemplos de depósitos que coincidiram com os comprovantes de pequenas despesas da reclamada. Quesito nº 4 (fls. 254): Pode o Sr. Perito informar o valor mensal depositado pela Reclamada na conta em nome do Reclamante? Resposta do Perito: Os valores depositados mensalmente, conforme demonstrado no resumo a seguir, foram obtidos através dos extratos da referida conta corrente, anexados aos autos (fls. 222/227). Fonte: Laudo pericial caso E. Quadro 08 - Conta Corrente Banco xxxx quesito 4 caso E Mês de referência Valor do depósito Mês de referência Valor do depósito mar/ ,28 jan/ ,28 abr/ ,32 fev/04 838,75 mai/ ,45 mar/ ,92 jun/ ,65 abr/04 639,70 jul/ ,69 mai/04 955,15 ago/03 843,67 jun/ ,62 set/ ,08 jul/04 416,75 out/ ,71 nov/ ,12 dez/03 810,09

99 99 Decisão Judicial: Cabia ao autor apontar as diferenças que entendia devidas, inclusive com relação aos demais reajustes postulados, ônus do qual não se desincumbiu. Quesito nº 5 (fls. 254): pode o Sr. Perito informar se há prestação de contas escrita e assinado pelo Reclamante relativo aos valores movimentados na conta bancária em seu nome? Resposta do Perito: resposta prejudicada por falta de documentos relativos à prestação de contas de fundo fixo nos autos, solicitada à Reclamada e não atendido o pedido deste Perito. Decisão Judicial: Quesito não relacionado com decisão judicial. Quesito nº 6 (fls. 255): pode o Sr. Perito informar se o pagamento de água, luz e outros serviços de pequena monta, como compras em supermercados, eram faturados e pagos pela matriz? Resposta do Perito: resposta prejudicada por falta de documentos relativos à prestação de contas de fundo fixo nos autos. A Reclamada, também, não atendeu o pedido deste Perito quanto a documentação contábil solicitada (fls. 271/272). Decisão Judicial: Quesito não relacionado com decisão judicial. Quesito nº 7 (fls. 255): pode o Sr. Perito informar se a Reclamada mandava numerários para a Filial de Curitiba através de malotes? Resposta do Perito: resposta prejudicada por falta de documentação nos autos e pelo não atendimento da solicitação deste Perito (fls. 271/272). Decisão Judicial: Quesito não relacionado com decisão judicial. Quesito nº 8 (fls. 255): protesta pela apresentação de quesitos complementares e pela oitiva do Sr. Perito se necessário. Resposta do Perito: não foram apresentados novos quesitos. Quesitos Formulados pela Reclamada: Quesito nº 1 (fls. 253): queira o Perito informar qual era o salário do Reclamante, mês a mês, durante o período de março/2003 a agosto/2004.

100 100 Resposta do Perito: os valores relativos aos salários do Reclamante, demonstrados a seguir, foram obtidos nos demonstrativos de pagamentos anexados aos autos (fls. 24/30). Decisão Judicial: Por esses motivos, não comprovado o pagamento "por fora", ônus que cabia ao autor, rejeito o pedido por parte da reclamante. Quadro 09 Salário do Reclamante quesito 1 caso E Mês/ano referência Salário base Fonte: Laudo pericial caso E. Mês/ano referência Salário base Mês/ano referência Salário base jan/ ,69 jan/ ,79 jan/ ,90 fev/ ,69 fev/ ,79 fev/ ,90 mar/ ,69 mar/ ,79 mar/ ,90 abr/ ,69 abr/ ,79 abr/ ,90 mai/ ,69 mai/ ,49 mai/ ,90 jun/ ,69 jun/ ,86 jun/ ,90 jul/ ,69 jul/ ,75 jul/ ,90 ago/ ,69 ago/ ,72 ago/ ,90 set/ ,32 set/ ,72 out/ ,32 out/ ,71 nov/ ,32 nov/ ,71 dez/ ,32 dez/ ,71 Quesito nº 2 (fls. 253): queira o Perito informar as respectivas datas, durante o período acima citado, em que ocorreram os pagamentos do salário do Reclamante, bem como em que conta corrente, banco e agência eram creditados os salários do Reclamante. Resposta do Perito: a conta corrente informada nos demonstrativos de pagamento do Reclamante (fls. 24/30) é: Banco 0000, agência e conta corrente Não há, nos autos, informações referentes às datas dos créditos em conta corrente. Também não há extrato da conta corrente bancária do Reclamante para a identificação das datas dos depósitos do pagamento de salários. Decisão Judicial: Quesito não relacionado na decisão judicial. Quesito nº 3 (fls. 253): queira o perito informar como era feito pela reclamada o pagamento de pequenas despesas da Filial da Reclamada neste Estado do Paraná. Resposta do Perito: resposta prejudicada por falta de documentos contábeis solicitados por este Perito (fls. 271/272). Porém, de acordo com a movimentação bancária (fls.

101 /227), eram efetuados saques através de cartão magnético, mas não há documentação relativa as despesas pagas pelo Reclamante. Decisão Judicial: Quesito não relacionado na decisão judicial. Quesito nº 4 (fls. 253): queira o perito informar, durante o período acima referido, qual o empregado da Filial de Curitiba da reclamada que era o responsável pelo atendimento destas despesas, e como era feita a remessa de numerário pela Reclamada. Resposta do Perito: pelo que pode ser apurado com base apenas nos extratos bancários disponíveis nos autos (fls. 222/227), os valores eram creditados mensalmente na conta corrente do Reclamante do Banco xxxx, C/C , Agência 0000, conforme demonstrado no quesito 04 do Reclamante. Decisão Judicial: Quesito não utilizado pelo juiz. Quesito nº 5 (fls. 253): queira o Perito informar em que conta corrente, banco e agencia, era feito o pagamento do salário do reclamante. Resposta do Perito: de acordo com a resposta ao quesito 2, acima, a conta corrente informada nos demonstrativos de pagamento do Reclamante (fls. 24/30) é: Banco xxxx 0000, agência e conta corrente Decisão Judicial: Já citada nos quesitos anteriores. Quesito nº 6 (fls. 253): queira o Perito informar em que conta corrente, banco e agência eram feitos os depósitos pela Reclamada para o atendimento das despesas da Filial de Curitiba. Resposta do Perito: de acordo com a resposta ao quesito 4, acima, os valores eram creditados na conta corrente em nome do Reclamante, no Banco xxxx, C/C , Agência Decisão Judicial: Pelos motivos expostos, na ação ajuizada por Reclamante Caso E em face de Reclamada Caso E, decido: julgar PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados para CONDENAR a reclamada a pagar ao autor as seguintes verbas, nos termos da fundamentação, que integra esse dispositivo: a. férias dos períodos aquisitivos de 2002/2003 e 2003/2004, acrescidas de 1/3, de forma simples; b. vale transporte e vale alimentação dos períodos de férias não usufruídos; c. horas extras e adicional noturno e reflexos do adicional noturno (Súmula 60, I, do C. TST), das horas extras (Súmula 172 do C. TST), inclusive das decorrentes da supressão

102 102 do intervalo (OJ nº 354 da SDI - I do C. TST) em RSR (domingos e feriados), e com estes em aviso prévio, férias mais 1/3, 13º salário, FGTS e indenização de 40%. d. multas convencionais; Liquidação por cálculo. Análise das Respostas aos Quesitos Caso "E" Respostas Prejudicadas pela Falta de Documentos Respostas Concisas (Sucintas) Respostas Circunstanciadas Respostas objetivas Respondidas com clareza 0% 20% 40% 60% 80% 100% Não Sim Análise das Respostas x Decisão Judicial: Pode-se notar neste caso que a decisão judicial faz referência ao laudo pericial, provando que o trabalho pericial contribuiu na sua conclusão. Dessa forma o juiz relata: constato que quem está com a razão é a reclamada. Essa é a conclusão que chego primeiro porque os extratos bancários demonstram depósitos muito inferiores a R$10.000,00, conforme laudo de fl Aliás, o maior valor depositado em um mês foi de R$2.808,65, menos de 1/3 do valor alegado na inicial. Assim sendo, se o autor insiste em afirmar que o valor "por fora" era depositado somente nessa conta corrente, pode-se concluir que a inicial simplesmente "chuta" um determinado valor, sem nenhuma consistência, já que os extratos não condizem com o alegado. Muito pelo contrário, pois há uma diferença enorme entre o valor alegado e os depositados mensalmente pela reclamada.

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