Ano XVIII boletim 08 - Maio de Português: um nome, muitas línguas

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1 Ano XVIII boletim 08 - Maio de 2008 Português: um nome, muitas línguas

2 SUMÁRIO PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS PROPOSTA PEDAGÓGICA Carlos Alberto Faraco PGM 1 - LÍNGUA PORTUGUESA: UM BREVE OLHAR SOBRE SUA HISTÓRIA Carlos Alberto Faraco PGM 2 - UMA LÍNGUA, MUITAS GENTES Silvio Renato Jorge PGM 3 - A DIVERSIDADE E A DESIGUALDADE LINGÜÍSTICA NO BRASIL Dante Lucchesi PGM 4 - VARIAÇÃO NO PORTUGUÊS FALADO E ESCRITO NO BRASIL Ana Maria Stahl Zilles PGM 5 - A DIVERSIDADE LINGÜÍSTICA DO BRASIL E A ESCOLA Stella Maris Bortoni-Ricardo PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 2.

3 PROPOSTA PEDAGÓGICA PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS Carlos Alberto Faraco 1 Quando queremos ampliar nosso conhecimento da língua portuguesa e da realidade lingüística do nosso país, precisamos, antes de qualquer coisa, aprender a nos maravilhar com a diversidade que aqui existe. Precisamos aprender a nos reconhecer como um país multilíngüe; precisamos abrir nossos ouvidos e olhos, sem restrições e sem pré-julgamentos, para todas as variedades do nosso português; precisamos deixar que as inúmeras maneiras de falar a língua ressoem tranqüilamente em nós e encantem o nosso coração. Isso, obviamente, não é fácil porque a nossa cultura, tradicionalmente, tem sido intolerante com muitas das variedades brasileiras do português. E transformou em fator de discriminação social o modo como parte da população fala a língua. Por outro lado, nossa cultura tem desmerecido, quando não ignorado, a multiplicidade de línguas faladas na sociedade brasileira. Somos um país multilíngüe aqui são faladas centenas de línguas indígenas e dezenas de línguas de imigração, e há ainda remanescentes de línguas africanas. Apesar disso, nós temos nos idealizado como um país monolíngüe. Os efeitos negativos dessas representações culturais não são pequenos. Vários segmentos da nossa população são prejudicados em razão do modo como falam a língua portuguesa; outros são prejudicados porque, embora cidadãos brasileiros, não têm o português como sua língua materna; por fim, a educação que temos dado a nossos estudantes não lhes oferece as condições para transitar com segurança por entre as variedades do português que existem em nosso país, em especial no domínio da língua escrita. Parece claro, então, que precisamos trilhar outros caminhos. Para isso, será indispensável conhecer melhor nossa história lingüística e reconhecer que somos um país multilíngüe. Será PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 3.

4 também importante entender por que e como o português se tornou a língua hegemônica do país, avaliando os custos desse processo e as conseqüências disso tudo para a educação. Ao mesmo tempo, será indispensável nos abrirmos positivamente para as muitas variedades brasileiras do português, compreendendo como a língua existe socialmente e porque ela é tão diversificada. Teremos, desse modo, dado passos importantes para nos livrar de atitudes intolerantes e discriminatórias. Mais ainda: tendo essa compreensão, vamos poder garantir que a escola passe a valorizar nosso patrimônio lingüístico. Ao mesmo tempo, vamos poder assegurar que ela seja, de fato, um centro de promoção do nosso português, da sua diversidade, da sua riqueza, e ofereça aos estudantes uma educação lingüística que lhes dê trânsito livre e seguro por entre as muitas variedades, faladas e escritas, que constituem a língua no Brasil. Só assim terão eles condições de ampliar suas competências lingüísticas e de se tornar participantes efetivos das nossas práticas socioculturais. Embora tudo isso seja bastante claro e óbvio, todos sabemos das dificuldades que temos tido para mudar as concepções, atitudes e comportamentos nesta área. Basta lembrar, nesse sentido, que estas questões têm sido há pelo menos trinta anos extensamente debatidas entre nós, em especial no contexto do ensino da língua. No entanto, persistem as atitudes negativas, os problemas, as incompreensões e as dificuldades da escola para lidar com a diversidade e para encontrar um norte que assegure uma boa educação lingüística aos alunos. Estamos, assim, desafiados a contribuir para a mudança dessa situação. Há ainda um outro aspecto que não podemos deixar de considerar quando tratamos da língua portuguesa. Como resultado do colonialismo português, ela é hoje uma língua internacional. Se é importante olharmos para dentro, observando e reconhecendo as variedades do português que falamos no Brasil, é igualmente importante olhar para fora, buscando conhecer como o português se materializa nos outros países em que é língua oficial, como expressa a diversidade cultural desse imenso contingente de mais de 200 milhões de falantes espalhados PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 4.

5 por quatro continentes e como essas culturas podem se aproximar por compartilharem a língua. Para dar uma boa base à nossa discussão, é fundamental lembrar que não existe nenhuma língua una e homogênea. Qualquer língua é sempre diversificada e heterogênea. Nós damos às línguas um nome. E este nome é sempre singular (o português, o francês, o tapirapé, o suaíli). Talvez seja por isso que nós tendemos a imaginar que a língua é uma realidade una, singular, homogênea e tenhamos dificuldades para conviver com a diversidade. A língua, no entanto, é sempre plural, diversificada e heterogênea. Por isso é que dizemos que ela é, de fato, um conjunto de variedades. Não existe a língua de um lado e as variedades de outro a língua é o próprio conjunto das variedades. Poderíamos, então, dizer que uma língua é, no fundo, muitas línguas. Ou, em outras palavras, o nome singular (português) recobre um balaio de variedades diferentes ( o português são muitos portugueses ). E isso é assim porque a língua está profundamente enraizada na vida cotidiana, nas experiências históricas e culturais de cada uma das comunidades que a falam. Como a vida, a história e a cultura de cada uma dessas comunidades são muito diversificadas, assim também será seu modo de falar. As variedades se diferenciam pelo modo como os enunciados são pronunciados, como as frases são construídas, como os processos morfológicos (conjugação dos verbos, por exemplo) se realizam e também pelas palavras que são mais comumente usadas e pelos sentidos agregados a cada uma delas. Diante de toda essa grande diversidade, cabe, então, a pergunta: por que podemos dizer que todas essas comunidades falam a mesma língua? Sabemos que, muitas vezes, os falantes de PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 5.

6 diferentes variedades não se entendem de imediato, isto é, a compreensão entre eles não é direta. Apesar disso, eles se dizem falantes da mesma língua e, por isso, acabam por encontrar meios para se entender. Isso é possível porque acreditamos que as variedades embora diferentes na pronúncia, no modo de construir as frases, na realização dos processos morfológicos, no vocabulário mais usado e nos sentidos que agregam às palavras partilham, lá no fundo, um núcleo gramatical (alguns princípios gerais de organização como, por exemplo, a ordem das palavras na frase) e um vocabulário básico (por exemplo, o nome dos números, de algumas partes do corpo, das ações do cotidiano e assim por diante). Sabemos ainda pouco sobre o que constitui, de fato, esse núcleo. No entanto, acreditamos que ele existe e julgamos que ele resulta da história, ou seja, as comunidades vão se desdobrando, se estabelecendo em novos espaços, se diferenciando, se misturando e as variedades da língua, acompanhando esses processos, vão saindo umas das outras, vão se afastando e se aproximando, vão se interinfluenciando e se mesclando. Dizemos, então, que falamos a mesma língua quando nossas variedades compartilham um núcleo comum. É ele que nos permite negociar significações e construir a mútua compreensão, mesmo quando, num primeiro momento, não conseguimos eventualmente nos compreender. Para entender isso mais claramente, imaginemos duas situações. Numa delas, encontram-se um chinês, um alemão, um brasileiro e um árabe (cada um sabendo apenas sua própria língua). Na outra, uma moradora de uma vila ribeirinha do Rio Amazonas (Brasil), um pescador dos Açores (Portugal), um pedreiro de Maputo (Moçambique) e uma feirante de Luanda (Angola). Num primeiro momento, haverá dificuldades de comunicação no interior dos dois grupos. No entanto, os falantes do segundo grupo têm uma vantagem: eles podem mais facilmente superar essas dificuldades e construir uma base de mútua compreensão por serem falantes de PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 6.

7 variedades que, embora muito diferentes entre si, são constitutivas da mesma língua, por compartilharem o mesmo fundamento. A língua, obviamente, não é só diversidade. Há fatores que contribuem para que certas variedades tenham ampla circulação social, ultrapassando em muito os limites da vida cotidiana e das experiências locais. Podemos fazer menção aqui a dois desses fatores. Nas sociedades modernas, os meios de comunicação social (em especial o rádio e a televisão) recobrem um território vastíssimo (o país inteiro) e alcançam as mais diferentes comunidades. As variedades da língua usadas nesses meios acabam por exercer um papel unificador: por serem ouvidas no país inteiro, elas constituem um fator de aproximação de comunidades distantes e diferenciadas. É preciso ficar claro, porém, que essa unidade possibilitada pela tecnologia atual não dissolve jamais a diversidade. A vida corrente, a história e a cultura locais continuam existindo e se movendo em suas dinâmicas próprias. As comunidades vivem, no mundo da comunicação moderna, no entrecruzamento contínuo dos fatores locais (que favorecem a diversidade) com aqueles de caráter mais geral (que possibilitam uma certa unidade, um certo chão comum). Outro fator que exerce um papel unificador é a escrita, em especial a que se destina a públicos amplos, diversos e distribuídos para além de limites estritamente locais. É o caso de parte da imprensa, das publicações acadêmicas (científicas e filosóficas), dos documentos oficiais de governo e, em boa medida, da literatura. Nestes materiais escritos, é costume privilegiar algumas variedades da língua. A escrita para alcançar os diferentes públicos a que se destina tende a se distanciar das características muito locais. A própria dinâmica histórica das práticas de escrita veio favorecendo a configuração dessas variedades peculiares a ela, pondo alguns limites à diversidade. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 7.

8 De novo, essa limitação contribui para uma certa unidade lingüística, sem, contudo, excluir ou anular a diversidade. Bem ao contrário: parte importante da literatura contemporânea em português tem sido um espaço de acolhimento das variedades em geral e de um trabalho interessante e rico com elas no sentido de dar visibilidade à enorme diversidade cultural que se expressa em português (ou em portugueses) em lugares tão distintos quanto Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor- Leste. Por fim, cabe comentar que a escola exerce também um papel unificador. Como sabemos, uma de suas principais tarefas é introduzir as crianças no mundo da escrita, alfabetizando-as (ensinando-as a ler e escrever) e letrando-as (dando-lhes acesso ao vasto universo da cultura escrita e estimulando-as a efetivamente participar desse universo pela escrita de suas próprias experiências). Ao cumprir estas tarefas, a escola difunde a escrita e, com ela, promove seu papel unificador. No entanto, essa ação primordial da escola não pode nem deve desmerecer a diversidade. A escola tem de ser uma instituição receptiva às mais diferentes experiências culturais da sociedade e, ao mesmo tempo, contribuir significativamente para ampliar a vivência sociocultural dos estudantes, indo além de seus limites locais. Para isso, é importante que eles compreendam, pelo menos, os seguintes tópicos: - nosso país é multilíngüe; - a diversidade do nosso português é riqueza cultural inestimável; - são errôneos e infundados os valores sociais negativos que recobrem algumas das variedades do nosso português; - os falantes vão amadurecendo lingüisticamente à medida que vão se tornando capazes de circular com segurança por diferentes variedades da língua, desde as mais comuns em suas relações sociais próximas até as de ampla circulação social; desde as estritamente orais até as fundamentalmente escritas. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 8.

9 Nesta série, questões como essas serão trazidas para o debate: - por que o português se tornou uma língua internacional? - de que modo as diferentes culturas que se expressam em português podem se aproximar por compartilharem a língua? - por que o Brasil, sendo um país multilíngüe, tem se idealizado como monolíngüe? - como o português se tornou a língua materna da maioria da população em nosso país? - como se configura, em linhas gerais, o português hoje no Brasil? - que desafios a diversidade lingüística do Brasil e a variabilidade do nosso português põem à escola? Temas que serão debatidos na série Português: um nome, muitas línguas, que será apresentada no programa Salto para o Futuro/TV Escola (SEED/MEC) de 26 a 30 de maio de 2008: PGM 1 - Língua portuguesa: um breve olhar sobre sua história O objetivo do primeiro programa é rever brevemente aspectos da história do português, em especial o processo de sua difusão internacional. O programa vai também apresentar a situação da língua em cada um dos oito países em que ela é oficial, comentando, em especial, as conseqüências de ela ser majoritária (em Portugal e no Brasil) ou minoritária (nos demais países). PGM 2 - Uma língua, muitas gentes O ponto central do segundo programa é a questão cultural. De um lado, interessa destacar como a língua portuguesa, por sua variabilidade, dá expressão a culturas diversas; e, de outro, mostrar como essas culturas podem se aproximar pelo fato de compartilharem a língua. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 9.

10 PGM 3 - A diversidade e a desigualdade lingüística no Brasil O eixo do terceiro programa será a diversidade lingüística do Brasil. Serão discutidos aspectos de nossa história lingüística, de modo a dar relevo ao nosso patrimônio lingüístico. Ao mesmo tempo, serão apontados e debatidos os conflitos que estiveram na base do processo que tornou o português a nossa língua hegemônica. PGM 4 - Variação no português falado e escrito no Brasil O objetivo do quarto programa é traçar um perfil da variabilidade atual do português em nosso país. Pretende-se mostrar como as variedades expressam a experiência de vida dos grupos que as falam e como elas participam fortemente da construção das identidades sociais (são, por isso, riqueza). Por outro lado, pretende-se destacar as variedades de amplo alcance social e os seus efeitos unificadores. O desafio é mostrar que as comunidades falantes vivem no entrecruzamento dos fatores diversificadores com os fatores unificadores. Ou, em outras palavras, que a unidade e a diversidade não se excluem, mas se interinfluenciam. PGM 5 - A diversidade lingüística do Brasil e a escola O tema central do quinto programa é a relação da escola com o caráter multilíngüe do país e com as diferentes variedades do nosso português. O objetivo maior é defender a importância de a escola desenvolver uma atitude positiva frente ao modo de falar de seus estudantes, considerando que ele é a expressão das experiências de vida da respectiva comunidade. Só vencendo o silêncio histórico sobre nosso multilingüismo e a tradição de intolerância e depreciação que afeta as variedades e os falantes do chamado português popular é que teremos um chão firme para construir uma pedagogia capaz de assegurar aos estudantes o trânsito livre e seguro entre as variedades. Nessa vivência, eles poderão ir se apropriando das variedades faladas e escritas de ampla circulação social sem que seja necessário desvalorizar ou proscrever as variedades que já dominam. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 10.

11 Bibliografia de apoio ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação lingüística. São Paulo: Parábola, BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolingüística & educação. São Paulo: Parábola, ILARI, Rodolfo & BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos/ a língua que falamos. São Paulo: Contexto, SILVA, Rosa Virgínia Mattos e. Ensaios para uma sócio-história do português brasileiro. São Paulo: Parábola, O português são dois... : novas fronteiras, velhos problemas. São Paulo: Parábola, Nota: Professor da Universidade. Federal do Paraná. Consultor desta série. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 11.

12 PROGRAMA 1 LÍNGUA PORTUGUESA: UM BREVE OLHAR SOBRE SUA HISTÓRIA Carlos Alberto Faraco 1 A língua que designamos pelo nome de português é o desdobramento histórico dos falares românicos (de origem latina) que se desenvolveram no noroeste da Península Ibérica, numa área que abrange hoje o norte de Portugal e a Galiza (região da Espanha). Dessa região, tendo por base o Condado Portucalense, avançaram para o sul, no século 12, forças comandadas pelo conde Afonso Henriques envolvidas no processo histórico da chamada Reconquista, ou seja, a retomada dos territórios ibéricos aos árabes. A extensão das fronteiras do Condado para o sul terminou por dar forma a uma unidade política que logo se consolidou como um reino autônomo, o reino de Portugal, quando, em 1139, depois da batalha de Ourique, o conde Afonso Henriques passou a usar o título de rei. Poucos anos depois, em 1147, se deu a conquista de Lisboa e, progressivamente, a incorporação do Alentejo e do Algarve. Na metade do século 13, Portugal tinha já suas fronteiras atuais claramente definidas. O deslocamento das fronteiras para o sul, a constituição do novo reino (que se estendia do Rio Minho ao Algarve), a fixação do seu governo no centro-sul (primeiro em Coimbra e, depois, em Lisboa) e a permanência da Galiza fora dos domínios de Portugal foram os principais fatores que concorreram para quebrar, em parte, a unidade lingüística original. A essa língua antiga os estudiosos costumam dar o nome de galego-português. Nela foi escrita, no século PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 12.

13 13, uma rica literatura lírica. Foi também utilizada literariamente mesmo por poetas castelhanos até meados do século 14. Considerando os processos que afetaram a antiga unidade lingüística românica do noroeste da península Ibérica e considerando que o nome que damos às línguas é, antes de tudo, um gesto político-cultural, podemos afirmar que, modernamente, o antigo galego-português se desdobrou em duas línguas: o galego e o português. A grande semelhança lexical e gramatical de ambas justifica, porém, que pensemos, no contexto histórico atual, em ações conjuntas das duas comunidades lingüísticas quando se trata de dar expressão mundial ao grupo dos falares originários do antigo galego-português. A partir de meados do século 15, o português na esteira da expansão marítima de Portugal se tornou uma língua internacional, com falantes seus se estabelecendo em enclaves ao longo da costa do continente africano, alcançando a Índia em 1498, a América em 1500, a China por volta de 1515 e o Japão em A principal característica do império mercantil português na África e na Ásia era o estabelecimento não de colônias de ocupação territorial e povoamento, mas de pequenos enclaves que tinham basicamente duas funções: (a) serviam de entrepostos para a obtenção junto às populações locais dos produtos que movimentavam a rede mercantil portuguesa; e (b) eram portos de apoio às frotas comerciais que transportavam as especiarias do Oriente para a Europa. Em cada entreposto, havia sempre poucos europeus. Apenas o suficiente para garantir a dinâmica dos negócios. Só assim se explica que um país com cerca de dois milhões de habitantes tenha sido capaz de dominar, sem concorrência, por praticamente um século, o comércio marítimo internacional na chamada rota do sudoeste, ou seja, aquela que cobria a costa africana e chegava à Índia, à Malaca, ao Timor e a Macau. Se, de um lado, essa característica da expansão de Portugal fez a sua língua ressoar na África e na Ásia, de outro, deu também origem, por força do intercâmbio com as populações locais, a PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 13.

14 várias línguas de contato os pidgins e crioulos africanos e asiáticos de base portuguesa. A maioria destas línguas está hoje desaparecida; outras sobrevivem, seja como línguas nacionais (Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe), seja como expressão de pequenas comunidades em Goa e Malaca, com resquícios em Macau e Timor. No século 17, Portugal perdeu para os holandeses boa parte dessa rota comercial. De seus entrepostos asiáticos, manteve apenas Macau (até 1999), Timor-Leste (até 1975) e Damão, Diu e Goa, na Índia (até 1961). Com a perda dos entrepostos, retraiu-se também a presença da língua portuguesa na Ásia, que já não era grande quando do domínio português, considerando que a população que a falava como primeira língua sempre tinha sido numericamente pouco expressiva. À medida que Portugal foi perdendo sua rota asiática para os holandeses, crescia sua presença no Atlântico Sul, presença que se sustentava em dois eixos integrados (cf. Alencastro, 2000). O primeiro foi a ocupação agrícola do Brasil a partir da segunda metade do século 16. Nesse processo, uma economia de coleta (baseada no corte do pau-brasil e na exploração do trabalho indígena) foi transformada numa economia de produção açucareira intensiva baseada no trabalho escravo. O segundo eixo era o tráfico de escravos africanos que fornecia a mão-de-obra demandada pela economia açucareira da América. Sustentados pelos entrepostos da costa africana, os comerciantes portugueses ou, mais propriamente, luso-brasileiros controlavam esse tráfico praticamente sem concorrência e forneciam escravos não só para o Brasil (seu principal destino), mas também para as colônias açucareiras nas Antilhas controladas por espanhóis, franceses, holandeses e ingleses (cf. Silva, 2003). No caso do Brasil, portanto, a presença portuguesa não se limitou a estabelecer entrepostos comerciais, mas constituiu uma colônia de exploração e povoamento permanente. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 14.

15 Antes de impulsionar a produção açucareira no Brasil, os portugueses a tinham desenvolvido nas ilhas e arquipélagos do Atlântico ocupados por eles já nas primeiras décadas da expansão marítima. A ilha da Madeira foi ocupada em 1419, os Açores em 1431, Cabo Verde em 1460 e São Tomé e Príncipe em Cada um desses empreendimentos coloniais teve história e desdobramentos diferentes, o que se reflete na atual situação de cada um deles. Nenhuma dessas áreas era habitada ao tempo da chegada dos primeiros navegadores portugueses. Sua povoação incluiu, no início, escravos trazidos da costa africana para trabalharem nas plantações de algodão (em Cabo Verde) e de cana-de-açúcar nos demais territórios insulares. No entanto, com o passar do tempo, duas situações diferentes se configuraram. Para Madeira e Açores foram sucessivamente deslocados, em maior número, povoadores vindos de Portugal. Já Cabo Verde, São Tomé e Príncipe passaram a receber majoritariamente populações vindas de diferentes pontos da costa africana. Esse perfil profundamente heterogêneo de sua população e a situação dessas ilhas no contexto colonial português no Atlântico (foram basicamente entrepostos do tráfico de escravos) favoreceram o desenvolvimento de línguas crioulas de base portuguesa ainda hoje faladas pela maioria das respectivas populações (a saber, o crioulo cabo-verdiano e o são-tomense). Também o território da hoje Guiné-Bissau não foi mais que um entreposto, seja, num primeiro momento, para o comércio do ouro com as populações saarianas, seja, posteriormente, para o tráfico de escravos. A diversidade étnica e lingüística do território e o fluxo do tráfico provocaram também ali o surgimento de uma língua crioula de base portuguesa (o crioulo guineense) que é hoje falada pela maior parte da população, ao lado de dezoito outras línguas africanas. Em Angola e Moçambique, a ocupação se fez, de início, basicamente na costa e assim permaneceu até as últimas décadas do século 19. Sua função principal era fornecer escravos para o tráfico. Com a extinção deste em 1850, Portugal que perdera o Brasil em 1822 passou a dar maior atenção a esses dois territórios. Estimulou seus emigrantes a se dirigirem PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 15.

16 para lá com vistas à sua ocupação. Com isso, Portugal procurava repor pela intensificação da produção agrícola e da exploração das riquezas minerais as perdas econômicas decorrentes do fim do tráfico de escravos. Ao mesmo tempo, buscava garantir seu domínio colonial destes territórios na época em que Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Bélgica desenvolviam suas agressivas políticas neocoloniais, dividindo entre si o continente africano. Quando se iniciou a chamada descolonização da África, na década de 1950, Portugal sob a ditadura salazarista desde 1928 se recusou a abrir mão dos territórios que ocupava. Em 1961, viu seus enclaves indianos serem invadidos pela Índia e incorporados a ela. E, em seguida, passou a se envolver num confronto militar com os movimentos nacionalistas de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau que lutavam pela independência de seus países. A guerra deixou Portugal cada vez mais isolado internacionalmente e, ao mesmo tempo, esgotou o país. Basta dizer que 40% do orçamento português para o ano de 1970 eram destinados aos gastos com a guerra na África (para detalhes desta situação, ver Maxwell, 2007). Em 1974, a chamada Revolução dos Cravos movimento desencadeado pela oficialidade jovem das Forças Armadas derrubou a ditadura e, na seqüência, desmontou a estrutura colonial, reconhecendo, entre fins daquele ano e meados de 1975, a independência de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Cada um desses novos países adotou a língua portuguesa como língua oficial. Apesar de ser a língua do antigo colonizador, estes países consideraram que ela poderia ser útil para lhes facilitar o intercâmbio internacional e mesmo a organização nacional, atribuindo a ela o estatuto de língua comum em suas sociedades em geral multilíngües (estima-se as estatísticas são ainda frágeis que são faladas perto de 15 línguas autóctones em Angola, 18 na Guiné-Bissau e 20 em Moçambique). PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 16.

17 A situação política pós-independência foi particularmente traumática em Angola e Moçambique, que se viram envoltos em trágicas guerras civis. Moçambique só veio a conhecer a paz em 1992, e Angola apenas em Em 1975, três dias depois da declaração da independência, o Timor-Leste foi invadido pela Indonésia e brutalmente dominado até 1999, quando, num referendo conduzido pela ONU, a maioria absoluta da população optou pela independência. Podemos resumir a situação atual da língua portuguesa no mundo apontando os seguintes aspectos: a) ela é a língua hegemônica em apenas dois países: Portugal e Brasil; b) é a língua oficial de oito países (Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e de Macau, que foi incorporado em 1999 à China como Região Administrativa Especial; c) é falada em comunidades de imigrantes em vários lugares do mundo, dentre outros nos Estados Unidos, no Canadá, na Venezuela, na África do Sul, na França, na Alemanha, no Japão, no Paraguai, na Austrália; d) é ainda falada em pequenas comunidades remanescentes do colonialismo português na rota da Ásia, como em Goa (Índia); ou em áreas de antiga ocupação portuguesa, como no norte do Uruguai. Em todos esses contextos, com exceção de Portugal e Brasil, o português é língua minoritária. No caso das comunidades de imigrantes e das comunidades remanescentes, seu futuro é incerto. Poderá continuar sendo falada (se essas comunidades mantiverem laços estreitos de identidade, seja internamente, seja com os países donde se originaram) ou, em caso contrário e sob pressão da língua majoritária, tenderá progressivamente a desaparecer como tem muitas vezes ocorrido com as línguas de imigração. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 17.

18 Nos contextos em que ela é língua oficial mas não hegemônica, prevê-se que ela ampliará sua presença, seja como língua materna, seja como segunda língua. Essa ampliação vai depender de vários fatores, como a própria dinâmica social (aumento da urbanização e do alcance dos meios de comunicação social, por exemplo), políticas governamentais (políticas de educação, por exemplo) e do jogo dos valores sociolingüísticos que afetam o uso e o sentido social do português e das demais línguas nacionais em sociedades multiétnicas e multilíngües. Nos países africanos e no Timor, estará sempre presente, como foco de relativa tensão, o estatuto das demais línguas nacionais, patrimônio de que, certamente, nenhuma dessas sociedades abrirá mão, considerando sua força identitária. Do ponto de vista quantitativo, há hoje aproximadamente 220 milhões de pessoas que falam o português, como primeira ou segunda língua, no mundo 2. Isso torna o português a terceira língua européia mais falada, perdendo apenas para o inglês e o espanhol. Com este contingente de falantes, está entre as dez línguas mais faladas do mundo, ocupando possivelmente a sexta posição. Apesar de ser uma língua internacional e contar com esse expressivo número de falantes, há peculiaridades que relativizam este seu peso quantitativo e embaraçam, de certa forma, a possibilidade de ela adquirir uma maior projeção em meio às demais línguas internacionais. De início, é preciso lembrar que praticamente 85% de seus falantes estão concentrados em um único país o Brasil. Parece inegável que essa alta concentração de falantes dá ao Brasil um papel fundamental no futuro da língua e de sua difusão internacional. No entanto, o Brasil parece não querer assumir esse papel. É ainda pouco institucionalizada a ação do país na difusão da língua no exterior, na cooperação lingüístico-cultural sistemática com os demais países de língua oficial portuguesa e mesmo na indispensável promoção da língua no interior de suas próprias fronteiras. Mas o Brasil tem também outros problemas que limitam seu protagonismo no âmbito da gestão e difusão da língua: PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 18.

19 os seus índices de analfabetismo são ainda elevados: 12% da população entre 15 e 65 anos são analfabetos. Por outro lado, são altos os índices do chamado analfabetismo funcional. Calcula-se que apenas ¼ da população adulta alfabetizada aproximadamente 26 milhões de pessoas alcança nível razoável de domínio funcional da escrita, ou seja, apenas essa pequena parcela da população é que lê e escreve fluentemente 3 ; o sistema educacional, embora tenha universalizado, no fim da década de 1990, o acesso infantil às primeiras séries do Ensino Fundamental, não conseguiu ainda superar os altos índices de evasão e o baixo rendimento do trabalho escolar. O Ensino Médio, por sua vez, está ainda distante de se universalizar basta mencionar que dos 10 milhões de jovens entre 15 e 17 anos, metade está fora da escola 4 ; por fim, o Brasil até hoje não conseguiu resolver adequadamente a questão de sua norma de referência. Há um conflito histórico entre a norma efetivamente praticada no país (a chamada norma culta) e a norma gramatical definida artificialmente no século 19 (a chamada normapadrão) e ainda defendida por uma tradição estreita e dogmática, que tem adeptos no sistema de ensino e nos meios de comunicação social. Embora essa defesa não tenha nenhum resultado prático, ela tem efeitos negativos sobre o modo como tradicionalmente se representa a língua no imaginário do Brasil. Nosso português costuma ser visto, com freqüência, como cheio de erros e deformações. O país tem tido, ao longo de século e meio, grandes dificuldades para reconhecer seu rosto lingüístico e, em conseqüência, para promover uma educação lingüística consistente. É paradoxal que o país tenha realizado, com financiamento público, extensos levantamentos de sua complexa realidade dialetológica e sociolingüística; tenha feito, já na década de 1970, um estudo de sua norma urbana falada; disponha de um amplo registro de sua língua escrita nos últimos 50 anos e não tenha conseguido, ainda, reconhecer adequadamente seu rosto lingüístico e reconfigurar suas referências normativas, abandonando o artificialismo criado no século 19. Um outro aspecto que embaraça a possibilidade de o português adquirir uma maior projeção em meio às demais línguas internacionais é seu caráter de língua minoritária nos países em PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 19.

20 que é oficial mas não hegemônica. Parece estar havendo, principalmente em Angola e Moçambique, uma expansão de sua presença, pelo menos como segunda língua, entre as populações mais urbanizadas (as estatísticas são ainda, infelizmente, muito precárias e pouco confiáveis). De qualquer modo, é ainda longo o caminho para sua consolidação como língua comum nestas sociedades. Além disso, são sociedades em que o analfabetismo é muito elevado (em alguns casos, ele afeta mais de 50% da população), os sistemas educacionais são ainda de restrito alcance social e os índices de pobreza alarmantes. Essa situação aponta para a necessidade de uma cooperação sistemática e contínua entre os países lusófonos, de modo a assegurar a promoção da língua interna e externamente. Os primeiros passos foram dados com a criação, em 1996, da organização internacional Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Esta, no entanto, não conseguiu ainda ser, por várias razões, mais que um belo projeto. Sugestão de leitura BEARZOTI FILHO, Paulo. Formação lingüística do Brasil. Curitiba: Editora Nova Didática (atual Editora Positivo), Referências Bibliográficas ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, MAXWELL, Kenneth. O império derrotado: revolução e democracia em Portugal. São Paulo: Companhia das Letras, PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 20.

21 SILVA, Alberto da Costa. Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira; Editora da UFRJ, Notas: Professor da Universidade. Federal do Paraná. Consultor desta série. 2 Adotamos aqui os dados estatísticos fornecidos pelo Observatório da Língua Portuguesa em sua página na internet no endereço consultado por nós em 02/02/ Estamos utilizando aqui os dados do INAF - Indicador de Alfabetismo Funcional, que é uma pesquisa realizada periodicamente pelo Instituto Paulo Montenegro, vinculado ao IBOPE. Sua edição de 2005 pode ser acessada no endereço eletrônico consultado por nós em 02/02/ Dados sobre a educação brasileira podem ser obtidos na página do INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira em consultado por nós em 02/02/2008. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 21.

22 PROGRAMA 2 UMA LÍNGUA, MUITAS GENTES Silvio Renato Jorge 1 É José Saramago quem afirma, ao pensar sua relação com a língua portuguesa: Quase me apetece dizer que não há uma língua portuguesa; há línguas em português 2. De certa forma, o comentário do escritor português reforça as considerações já tão divulgadas acerca do caráter múltiplo de nosso idioma, capaz de manter-se uno em sua enorme diversidade. O português compõe, hoje, a cultura de várias nações, em diversas partes do mundo. Por isso, creio que podemos ler aí também a referência à estreita relação entre língua e cultura e, por conseguinte, entre língua e identidade. A língua portuguesa, em suas variações, possibilita a manifestação de culturas diversas, sem, contudo, deixar de afirmar a possibilidade de diálogo entre tais culturas. Esse diálogo, no entanto, não deve ser visto como um instrumento de homogeneização ou de anulação das diferenças. A célebre afirmação minha pátria é a língua portuguesa pode ocultar a associação entre o uso do legado lingüístico do colonizador e a manutenção de princípios e valores próprios do discurso imperialista, em que Portugal aparece como dono da língua e os demais países, por a usarem e por terem sidos colonizados por ele, como uma espécie de inquilinos de sua cultura. Nesse sentido, já o nosso José de Alencar, ao pensar as relações possíveis entre nós brasileiros e a língua trazida por nosso colonizador, indagava: O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera? Através da distância entre os verbos sorver e chupar e da seleção lexical, Alencar realça o modo como as diferenças culturais, para além dos hábitos alimentares, podem ser assinaladas pelo uso da língua. Quando a referência é à Europa, Alencar cita sorver, associando o verbo a frutas de clima temperado; ao passo que o verbo chupar manga, cambucá ou jabuticaba, frutas tropicais estabelece relação explícita com o povo brasileiro. Por isso, é seguindo um PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 22.

23 percurso pautado na diferença que devemos considerar a partilha desse idioma, hoje presente como língua oficial em quatro continentes. É importante considerar, portanto, que se Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Macau, Moçambique e Portugal, para citar alguns desses espaços habitados pela língua portuguesa, partilham do uso de uma mesma língua é porque vivenciaram um passado colonial comum, com tudo o que isso pode representar de uma memória marcada por afetos, mas, também e sobretudo no caso dos países africanos, em que a independência é ainda recente pela violência. É esse passado colonial, associado às especificidades de cada local, que irá determinar o curso da língua portuguesa nas diversas regiões, influenciando o modo como chega aos dias de hoje. Vejamos, por exemplo, o caso de Cabo Verde, arquipélago situado no Oceano Atlântico e inicialmente desabitado, onde o colonizador aportou para estabelecer um entreposto no negócio da escravatura. Para lá foram levados escravos de grupos étnicos distintos, mistos, e essa população, para sua própria sobrevivência, teve de renunciar às suas línguas maternas, propiciando o nascimento de uma língua auxiliar que teve o nome de pitim. Com o passar do tempo, o pitim passou por um processo de complexificação, com base no léxico do português, dando origem a uma nova língua, o criollo. Assim, diferentemente do que ocorre em Portugal, em Cabo Verde o português é língua segunda, desempenhando funções de língua oficial, mas substituído no dia-a-dia pelo criollo. Em Angola e Moçambique, a presença do português, inicialmente superstrato, foi assegurada pelos colonos que lá se estabeleceram, principalmente durante os séculos XIX e XX. Tais colonos acabaram por impor um modelo de prestígio social em que o domínio da língua portuguesa era pré-requisito para aqueles que quisessem ascender socialmente. Além disso, o seu uso era obrigatório no contato interétnico. Com isto, podemos afirmar que o português só se apresenta como língua materna para aquelas populações africanas que sofreram esse contato de forma intensa, a partir da migração interna para as grandes cidades. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 23.

24 Na Ásia, formaram-se alguns criollos de base portuguesa em lugares como Índia, Ceilão, Macau e Timor. Tais criollos se extinguiram progressivamente e, segundo Rita Marquilhas (SANTOS et al., 1998, p. 28), nos locais em que se manteve a administração portuguesa até o século XX como Goa e Macau ocorreu uma descrioulização, pois diversas estruturas da língua foram se aproximando do português falado em Portugal e apenas deixaram vestígios naquilo que hoje é o português falado por algumas comunidades macauenses e goesas. Percebe-se, nitidamente, uma diferença no modo como a permanência do português se manifesta nessas sociedades. Em Goa e Macau, o idioma se une ao desejo de afirmação identitária de parcela da comunidade, reforçando o que foi a presença duradoura do colonizador. Na África, em geral, por conta das vicissitudes de diversos mecanismos ligados ao processo de independência e a questões de ordem política, a presença da língua faz parte de uma intervenção autoritária. Boa parte da população de Angola e de Moçambique não fala o português, principalmente se considerarmos aqueles indivíduos que vivem longe dos centros urbanos. Nos dois países há mais de uma dezena de línguas nativas diferentes entre si. Dessa forma, se por um lado o português pode vir a ser utilizado como um instrumento de integração nacional, por outro, ao menos em um primeiro momento, para esses indivíduos ele funcionará sempre como uma segunda língua. Portanto, após esse breve percurso, parece claro que falar português em Portugal não é o mesmo que falar português no Brasil ou, sobretudo, na África de língua portuguesa. Ao usarmos uma língua em condições de monolingüismo, bilingüismo ou de multilingüismo, estaremos diante de condições diversas, que impõem opções distintas, até mesmo em uma perspectiva ideológica. Mais uma vez citando Marquilhas (Ibidem, p. 29), falar português em Portugal, independentemente do dialeto de origem, não implica uma escolha consciente entre dois códigos distintos. No Brasil, a opção por um socioleto culto é condição sine qua non para que o indivíduo se integre a uma certa elite socioeconômica, ou seja, o nosso aparente monolingüismo que já sabemos ser falso escamoteia a complexidade de nossas relações sociais. Nas condições de plurilingüismo próprias de Angola e Moçambique, há possibilidade de opção por códigos distintos por parte da população, o que significa que o uso do português acarreta uma escolha significativa, reforçando a posição político-ideológica do indivíduo. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 24.

25 A literatura, como produção cultural diretamente ligada ao exercício da língua, não poderia afastar-se dessas questões. De Alencar aos autores ligados ao nosso Modernismo, um largo caminho se desenvolveu, mas é curioso notar como se acentuou a reflexão acerca da especificidade do português no Brasil, através da recuperação, nos textos, de elementos próprios de nossa linguagem oral. Oswald de Andrade, ciente dos problemas referentes ao uso da língua Tupy or not tupy, this is the question levanta com extrema ironia as distinções existentes entre os diferentes modos de dizer, como podemos observar no poema Brasil : O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem Sois cristão? Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê Tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu Sim pela graça de Deus Canhém Babá Canhém Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval. Aqui se manifesta a consciência de uma cultura mestiça que não abre mão de exercitar todas as suas possibilidades, ao mesmo tempo em que, pelo viés da ironia, exerce um movimento de apropriação antropofágica da língua do colonizador. É conhecida a proposta oswaldiana de reelaboração do que recebemos de fora língua, arte, cultura em geral a partir de um processo em que o elemento estrangeiro entra em diálogo com o nacional, gerando um terceiro termo, diferente, mas que contém os dois primeiros. A valorização de uma língua brasileira, conforme é apresentada pelos autores dessa geração, parte de tal perspectiva, já de certo modo vislumbrada por Lima Barreto e intuída por Alencar. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 25.

26 No contexto africano, alguns outros elementos devem ser identificados. Na verdade, parte significativa da literatura produzida nesses países a partir da década de quarenta do século vinte possui um caráter emancipatório, ocupando lugar de destaque na luta pela liberdade. Vários escritores ajudaram a construir o processo de independência, seja através da escrita, seja pela participação ativa na luta de libertação e, mais tarde, nos quadros de governo. Nesse universo, não é difícil supor a importância que autores brasileiros, sobretudo aqueles ligados às experiências estéticas do Modernismo e também ao romance regionalista de 30, assumiram nesse contexto, sugerindo caminhos e novas perspectivas. Ao lado da reflexão acerca das contradições sociais próprias das sociedades periféricas constantemente referidas nos romances de José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado e Rachel de Queiroz, importou aos autores africanos o exercício de dessacralização da língua portuguesa, compreendida em toda a sua potencialidade na constituição de novas formas de dizer. Porém, é importante destacar que, em termos ideológicos, para estes escritores o uso do português trazia um problema imediato: como criar um texto capaz de evidenciar a ruína do sistema colonial tendo como ponto de partida a língua difundida pelo colonizador? Aliás, uma língua que era apresentada não apenas como fator de união, mas, principalmente, como responsável por anular as diferenças culturais entre a metrópole e as províncias, com clara prevalência daquela. Para esses autores dos quais poderíamos destacar, a título de exemplo, o poeta José Craveirinha, em Moçambique, e, mais tarde, o romancista Luandino Vieira, em Angola foi necessário ir além da incorporação de elementos próprios do português oral, em sua forma mais coloquial. O que se dá nessas literaturas é a incorporação de diversos elementos das línguas indígenas: do léxico a determinadas características sintáticas na construção da frase, realiza-se uma implosão do português como usado pelo colonizador. Os versos de Sangue da minha mãe (fragmento), de Craveirinha, incorporando características da língua ronga, mostram com clareza esse processo: Xipalapala 3 está chamar Oh, sangue de minha mãe Xigubo 4 vai começar Xigubo vai rebentar E xipalapala está chamar sangue de minha mãe. [...] PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 26.

27 Esse exercício da diferença traduz, da mesma forma que o poema de Oswald, o desejo de apropriar-se da língua portuguesa para, com ela, expressar o que há de específico nas culturas de cada grupo. Enfrentando o discurso da grande civilização portuguesa conforme apresentado no luso-tropicalismo de Gilberto Freyre, os poemas que destacamos buscam apoio em uma concepção da língua portuguesa que realça sua variabilidade e sua capacidade de interação com outros sistemas lingüísticos. Através deles, percebemos que a língua não impõe um modelo cultural, mas entra em diálogo com a realidade social que a circunda. Mesmo ao apontarmos toda essa diversidade e as questões políticas que envolvem o uso do português em suas diversas realidades, não é possível descartar o caráter integrador que o uso de uma mesma língua pode gerar. Vivemos, como já o disse Benjamin Abdala Jr., em um mundo de fronteiras múltiplas e, com isto, se torna indispensável considerar o valor estratégico de associações supranacionais comunitárias. O que nos une aos países de língua oficial portuguesa não é apenas o uso de uma língua em comum, ainda que isso facilite todo o processo de trocas culturais: é bom lembrar, por exemplo, o sucesso das novelas e da música brasileiras na maioria desses países e o modo como esses produtos acabam por interagir com as culturas locais. O que nos une é também uma infinidade de laços advindos do compartilhamento de séculos de história em comum e da experiência colonial, responsável por um excesso de violência capaz de atingir a todos, colonizados e colonizadores. Nesse sentido, mostra-se coerente a busca por estabelecer laços comunitários sob a égide da língua portuguesa, desde que esta concorra para aproximar nações sem, no entanto, anular as diferenças. Somos todos falantes de uma mesma língua e, no entanto, para cada um de nós brasileiros, portugueses, africanos ou asiáticos ela se manifesta na inteireza de suas singularidades. Indicação de Leitura: ABDALA JR., Benjamin. Fronteiras múltiplas, identidades plurais: um ensaio sobre mestiçagem e hibridismo cultural. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 27.

28 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / SECRETARIA DA EDUCAÇÃO CONTINUADA. Orientações e ações para a educação das relações étnico-raciais. Brasília: SECAD, Referências bibliográficas ALENCAR, José de. Sonhos d ouro. São Paulo: Ática, ANDRADE, Oswald. Poesias Reunidas. São Paulo: Difusão Européia do Livro, CRAVEIRINHA, José. Obra poética. Maputo: Universidade Eduardo Mondlane, SANTOS, Afonso Carlos Marques dos et al. O que é esta tal comunidade? Identidade nacional nos territórios de fala portuguesa. In: IV CONGRESSO LUSO-AFRO- BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, 1 a 5 de setembro de 1996, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: IFCS, 1998, p Notas: Professor da Universidade Federal Fluminense UFF. 2 Depoimento apresentado no documentário Língua: vidas em português, dirigido por Victor Lopes. 3 Xipalapala: trompa ou trombeta feita com o chifre do antílope palapala e utilizada para convocar o povo. 4 Xigubo: dança de exaltação guerreira, que pode ocorrer antes ou depois da batalha. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 28.

29 PROGRAMA 3 A DIVERSIDADE E A DESIGUALDADE LINGÜÍSTICA NO BRASIL Dante Lucchesi 1 São faladas no Brasil atualmente cerca de 200 línguas indígenas que devem ser preservadas como forma de conservar a riqueza de nosso patrimônio cultural. Da mesma forma, as comunidades lingüísticas de alemães, italianos, japoneses e de tantos que para cá vieram só vêm enriquecer o mosaico cultural deste país, que tem se formado a partir do encontro de diferentes povos. A importância de se reconhecer e preservar a diversidade e o plurilingüismo no Brasil é cada vez maior, na medida em que o país está se tornando praticamente monolíngüe, pois cerca de 98% da sua população tem o português como língua materna. O reduzido e localizado plurilingüismo atual deixa no esquecimento o fato de que, no passado, o português era apenas uma das muitas línguas que se falavam no Brasil. Quando se iniciou a colonização, na década de 1530, habitavam o território brasileiro pelo menos um milhão e meio de índios. Esse número foi drasticamente reduzido já no primeiro século de colonização, em função do genocídio que se perpetrou sobretudo nas populações indígenas da costa brasileira, desde o Rio de Janeiro até Pernambuco. Entretanto, o nascimento de filhos dos colonizadores portugueses com as mulheres indígenas em algumas regiões do país resultou na formação de uma sociedade mestiça, cujos membros eram chamados de mamelucos. A língua familiar das mulheres e crianças era uma língua de base tupi, chamada língua geral. Só uma reduzida parcela dos homens ligados à administração colonial dominava plenamente a língua portuguesa, que as crianças aprendiam quando tinham a oportunidade de ir à escola, conforme o testemunho histórico do grande padre jesuíta Antônio Vieira, que nos conta também que o uso da língua geral predominou na sociedade paulista até o século XVII, deixando marcas extensas na sua toponímia (Ibirapuera, Morumbi, Anhangabaú, etc.). Do Maranhão, o uso da língua geral se estendeu para a região amazônica, sendo ainda falada, com a denominação de nheengatu, que significa língua boa. PORTUGUÊS: UM NOME, MUITAS LÍNGUAS 29.

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