Avaliação Contínua do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Avaliação Contínua do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira"

Transcrição

1 Avaliação Contínua do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira Avaliação Contínua Relatório Anual 2011 Versão Final Junho de 2012

2 Índice ÍNDICE INTRODUÇÃO... 3 PARTE A ACTIVIDADES DE AVALIAÇÃO SISTEMA DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA ACTIVIDADES DE AVALIAÇÃO EMPREENDIDAS E EM CURSO RECOLHA DE INFORMAÇÃO ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS ACTIVIDADES DE LIGAÇÃO EM REDE DIFICULDADES ENCONTRADAS PARTE B EXECUÇÃO DO PRODERAM CONTEXTO SECTORIAL E SÓCIO-ECONÓMICO ALTERAÇÕES DO ENQUADRAMENTO SÓCIO-ECONÓMICO DA RAM Dinamismo Demográfico Sistema Urbano e Organização do Território Estrutura Económica Emprego e Qualificação A EVOLUÇÃO DA AGRICULTURA MADEIRENSE Introdução Estrutura das explorações agrícolas População agrícola e mão-de-obra familiar Utilização das terras Efetivos Pecuários Dimensão Económica Agricultura Biológica Floresta Incêndios Agroindústrias ANÁLISE DO IMPACTO ECONÓMICO DO PRODERAM REALIZAÇÃO FINANCEIRA A 31/12/ CANDIDATURAS APROVAÇÕES E CONTRATAÇÕES Distribuição Geográfica dos apoios Tipo de beneficiário PAGAMENTOS REALIZAÇÃO FÍSICA A 31/12/ GESTÃO DO PROGRAMA CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

3 1. Introdução A apresentação de Relatórios Anuais de Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira PRODERAM, é uma componente obrigatória da Avaliação Contínua dos Programas de Desenvolvimento Rural, desenvolvida nos termos dos artigos 84º e 87º do Reg. (CE) n.º 1698/2005 e enquadrada, quer quanto à forma, quer quanto ao conteúdo, pelos documentos de Orientação da Comissão Europeia que harmonizam os procedimentos de análise e de avaliação dos Programas, visando a melhoria do seu desempenho. Estes relatórios são uma parte integrante dos Relatórios Anuais de Execução do Programa, cuja elaboração é da responsabilidade da Autoridade de Gestão do PRODERAM. É tarefa da equipa de avaliação a apresentação anual destes relatórios, particularmente focalizados na descrição e análise das atividades de avaliação empreendidas ao longo do ano. Complementarmente, a equipa de avaliação entendeu que seria igualmente sua tarefa examinar a execução do Programa no decorrer do ano de 2011, tendo como objetivo principal o contributo para a perceção do real nível de execução do PRODERAM, salientar os principais aspetos suscetíveis de serem alterados e implementados e, finalmente, poder contribuir para uma mais eficiente execução do programa. Assim, o presente relatório está estruturado em duas partes: A Parte A foca as atividades de avaliação realizadas em A Parte B apresenta e analisa a sua execução física e financeira, as alterações de contexto ocorridas e que condicionaram esta execução, bem como as alterações de programação que foram efetuadas. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

4 PARTE A ACTIVIDADES DE AVALIAÇÃO 2. Sistema de Avaliação Contínua A Avaliação Contínua do PRODERAM foi adjudicada pela Autoridade de Gestão do Programa à AGRO.GES, em resultado do procedimento de Concurso Público n.º 22/SRA-GAB/2009. O seu âmbito inclui a realização dos Relatórios Anuais para os anos de 2010, 2011, 2012 e 2013 (a apresentar em 2011, 2012, 2013 e 2014 respetivamente), bem como a Avaliação Intercalar (apresentada em Dezembro de 2010) e a Avaliação Ex-Post, a apresentar em final de Estas avaliações e relatórios vêm na sequência de uma já longa colaboração da AGRO.GES com a SRARN, que inclui a Avaliação Ex-Ante do PRODERAM, e respetivo Relatório Ambiental, e os Relatórios Anuais relativos aos anos de 2008, 2009 e 2010, bem como colaborações anteriores no âmbito dos programas PAR-POPRAM e PDRu. O sistema de avaliação implementado é o que consta da proposta da AGRO.GES aprovada e selecionada no âmbito do referido Concurso Público. Os seus objetivos são examinar os progressos verificados no programa (indicadores de resultados e de impacto), melhorar a sua qualidade e execução e examinar as respetivas propostas de alteração. Para tal foi constituída uma Equipa de Avaliação, elaborado um calendário de trabalhos e definido um conjunto alargado de metodologias de recolha de informação primária (entrevistas, reuniões, inquéritos, casos de estudo, focus groups), e secundária (estatísticas gerais e sectoriais, dados relativos à execução do Programa) que se pretendem permitam dar resposta às Questões de Avaliação e obter todos os indicadores de base, realização, resultado e impacto. Estes elementos são a base da análise do Programa nas suas diversas vertentes (ou Vetores de Avaliação) contexto, lógica de intervenção, modelo de gestão, monitorização e acompanhamento, sistemas de informação e comunicação, territorialização, impacto económico e ambiental, eficácia e Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

5 eficiência permitindo a obtenção de conclusões e a formulação de recomendações que, em cada momento, se espera permitam contribuir para a melhoria do Programa, da sua adequação aos objetivos traçados e da sua execução física e financeira, potenciando assim os seus impactos para o sector agrícola, florestal e agroindustrial da Região. 3. Atividades de Avaliação Empreendidas e em Curso 3.1. Recolha de Informação Durante o ano de 2011, as atividades de avaliação desenvolvidas centraram-se no complemento e na continuidade das efetuadas em de 2010 no âmbito da avaliação intercalar. Site manteve-se em funcionamento uma área no Site da AGRO.GES específica para a Avaliação Contínua onde são disponibilizados documentos relativos ao Programa e sua avaliação, o conjunto de notícias associadas à agricultura madeirense e ao PRODERAM. Pretendia-se igualmente proceder à recolha de opiniões sobre a execução do Programa. Contudo, provavelmente por falta de divulgação deste site a AGRO.GES não recebeu até ao momento quaisquer contributos por esta via. Inquéritos Após a realização de um questionário efetuado entre Maio e Junho de 2010 considerou-se não ser necessário nova recolha em 2011, sendo efetuado nova consulta aos beneficiários entre Julho e Setembro de Entrevistas a Interlocutores Chave Durante o ano de 2011 continuaram a ser efetuados um conjunto de entrevistas estruturadas a interlocutores chave do Programa. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

6 Cliping de imprensa A avaliação do balanço de comunicação e imprensa foi efetuada, por um lado, com base em informações prestadas pela própria AG, relativamente à sua atividade, e, por outro lado, com base numa análise sistemática das notícias publicadas sobre os sectores agrícola, florestal e agroindustrial da Região, incluindo aquelas com referências específicas ao Programa ou à comparticipação pública. É diariamente efetuada uma pesquisa aos principais órgãos reginais de imprensa escrita e aos principais sites noticiosos sendo identificadas e classificadas as notícias. 60 Notícias - PRODERAM/Agricultura Madeira (junho a dezembro de 2011) Proderam Outras políticas Produção agrícola Floresta Transformação Comercialização Infraestruturas Promoção Serviços de Apoio Ambiente Zonas Rurais Artigos de Opinião Casos de Estudo - No âmbito da Avaliação Intercalar foram efetuados um conjunto de 21 estudos de caso, dos 30 previstos. Os restantes 9 apenas serão efetuados em 2012, uma vez que já haverá, nesta data, projetos contratados das medidas em falta. Estes 30 casos de estudo serão novamente analisados no momento da Avaliação Ex-Post. Sistema de Informação Geográfica Não foi possível uma georreferenciação que permitisse a exata identificação da localização dos investimentos propostos e efetuados nas diferentes medidas e ações, partindo da Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

7 informação constante das candidaturas Deste modo, o sistema criado utilizou como unidade mínima de referência a freguesia. È assim possível uma análise territorializada da implementação do Programa, em termos de candidaturas, aprovações e pagamentos e, para alguns parâmetros, da sua execução física. RICA - foi acordada com a DRADR a utilização do sistema de recolha de informação referente a contabilidades agrícolas implementado através da rede RICA. Por parte da Autoridade de Gestão do Programa, acordou-se igualmente sugerir aos beneficiários a adesão ao sistema. Deste modo, por recomendação da Equipa de Avaliação, pretende-se alargar significativamente a amostra, de forma a representar mais fielmente os diferentes sistemas de produção na região (mais 50 novas explorações o que significará um acréscimo de 70% do nº de explorações acompanhadas na região). Pretende-se que seja possível: i) acompanhamento sistemático da execução dos investimentos; ii) a quantificação dos impactos da realização dos investimentos anualmente e até ao final do período de programação; iii) a constituição de grupos de explorações beneficiários e de explorações não beneficiárias do programa (parte do grupo base que não venha a beneficiar de apoios aos investimentos) de forma de comparar a evolução dos dois grupos e quantificar os efeitos a atribuir especificamente ao programa. Até final de 2011 estes procedimentos foram apenas parcialmente implementados, mantendo-se a amostra RICA com um nº de explorações ainda bastante baixo (70 explorações). Atualmente já dispomos de dados de 9 (nove) empresas agrícolas que efetuaram projetos de investimento apoiados pelo programa que estão a ser seguidas anualmente. Caracterização Florística Foi iniciada a elaboração de uma caraterização florística numa amostra das explorações agrícolas que efetuaram investimentos apoiados pela ação Esta caracterização será acompanhada periodicamente pela equipa de avaliação tendo como principal função analisar o impacto de investimentos na biodiversidade. São caraterizados os seguintes parâmetros: Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

8 Espécies presentes na área envolvente à exploração Espécies presentes nos terrenos da exploração Espécies presentes nos muros de pedra emparelhada da exploração Cultivares presentes na exploração Presença de líquenes nos muros de pedra emparelhada Presença de pteridófitos nos muros de pedra emparelhada Presença de briófitos nos muros de pedra emparelhada Número total de espécies não cultivar presentes na exploração Número total de famílias das espécies não cultivar presentes na exploração Família Espécie Nome comum Família Espécie Nome comum Família Espécie Nome comum Família Espécie Nome comum Reabilitação dos Regadios Públicos tradicionais tendo em conta a grande importância das medidas de apoio ao investimento nos regadios públicos (1.10.1) promovido pela IGA/IGH cerca de 16% da despesa pública contratada e a 22% da despesa pública paga (a 31/12/2011) a Equipa de Avaliação considera essencial proceder a uma análise detalhada, com base numa amostragem, dos impactos destas medidas na promoção de alterações culturais e/ou intensificação produtiva nas áreas abrangidas pelos regadios intervencionados. Esta análise é fundamental quer para avaliar o impacto destas medidas e responder às respetivas QCAs, quer para estimar os indicadores de impacto n.º 1, 2 e 3. Deste modo, foi acordado com a IGA, entidade gestora dos sistemas de abastecimento de água e promotora dos projetos de investimento na beneficiação das levadas, a utilização de um sistema de informação geográfica que permita avaliar as alterações decorrentes das obras de beneficiação. Foram já selecionadas e delimitadas duas áreas beneficiadas onde foram caraterizadas as culturas efetuadas no ano de 2009/2010, ou seja antes da realização das obras. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

9 Estas áreas serão acompanhadas periodicamente pela IGA possibilitando a análise do nº de produtores e principalmente das atividades culturais efetuadas. 4. Elaboração de documentos No âmbito das atividades de avaliação foram elaborados os seguintes documentos relativos ao ano de 2011: A descrição do contexto geral e sectorial que teve por base um conjunto de estatísticas provenientes essencialmente da DREM, INE, DRF e DRADR permitindo elaboração de um documento de caraterização regional, que constitui o capítulo 7 do presente relatório; A análise do impacto económico sectorial do PRODERAM utilizando fundamentalmente como fontes de informação as Contas Económicas da Agricultura Regionais publicadas pelo Eurostat, estatísticas do INE e da DREM, dados relativos aos pagamentos das ajudas PRODERAM e POSEI, fornecidos pelo IFAP que constitui o capítulo 8 do presente relatório; Análise dos Indicadores Estruturais das Explorações Agrícolas da Madeira por Freguesia que constitui o anexo ao presente relatório. 5. Atividades de Ligação em Rede Durante o ano de 2011 a Equipa de Avaliação esteve presente num conjunto de ações de ligação em rede relativas às atividades de avaliação, Destas, merecem particular destaque as seguintes: 6ª reunião do Grupo Temático de Avaliação 14 de Junho de 2011; Reunião a 6 de Julho no GPP entre os membros do Grupo Temático de Avaliação e membros da equipa de avaliação Italiana centrada na troca de experiencias de quantificação de impacto dos programas e de utilização da RICA nos processos de avaliação. Participação num Focus Group, no dia 13 de Outubro, no GPP, dinamizado pela Rede Europeia de Avaliação sobre: Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

10 " Conclusões da Avaliação Intercalar sobre o acompanhamento e avaliação e seu seguimento no contexto da avaliação contínua: -Quais as principais recomendações práticas? - Como estão a ser abordadas no presente período de programação e pensadas para o futuro? " Reunião da Comissão de Acompanhamento do PRODERAM em Junho de Dificuldades Encontradas No âmbito da Avaliação Intercalar conduzida em 2010 a Equipa de Avaliação deparou-se com um conjunto de dificuldades que restringiram a sua capacidade para analisar de forma aprofundada o Programa e para cumprir com todos os elementos metodológicos a que se tinha proposto. Este conjunto de dificuldades, tem progressivamente vindo a ser ultrapassado, revelando-se muito útil a continuidade temporal do conjunto de trabalhos de avaliação. Nos pontos seguintes detalham-se as principais dificuldades sentidas e a abordagem proposta para as ultrapassar durante o período de avaliação: 1. Dados para indicadores de resultado no Relatório de Avaliação Intercalar considerou-se que os indicadores de resultado são muito difíceis de obter. De facto, embora os dados de projeto sejam recolhidos e disponibilizados pelos sistemas de informação, não são efetuadas recolhas e registos a posteriori, o que limita a análise dos resultados à previsão efetuada aquando da candidatura e não à apreensão da sua efetiva consecução. Assim, na prática não são verdadeiros indicadores de resultados obtidos, mas previsões quanto aos resultados baseadas nas declarações dos formulários de candidatura. Esta observação mantém-se relevante, embora a AG pretenda implementar brevemente mecanismos que permitam alterar esta situação, nomeadamente à medida que for possível ir obtendo dados dos projetos que têm uma execução física Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

11 importante. Tanto para estes indicadores, como para os de realização, mantém-se igualmente válida a recomendação de que os modelos de análise das medidas do Eixo 3 garantam a recolha, processamento e disponibilização de todos os indicadores de realização e resultado previstos no QCAA, o que ainda não se verifica. De forma a complementar a determinação destes indicadores a equipa de avaliação procurará conhecer através de métodos diretos de recolha de informação (inquéritos, casos de estudo e informação contabilística) os principais resultados da implementação das ações do programa, principalmente ao nível dos investimentos apoiados. 2. Dados para indicadores de impacto devido à inexistência de suficientes dados estatísticos a Equipa de Avaliação sente uma grande dificuldade na construção dos indicadores de impacto. Nos indicadores de carácter socioeconómico (1 a 3) não está disponível uma matriz input-output que caracterize a economia regional, não existindo também (como referido no ponto anterior) um procedimento que permita a recolha de dados reais pós-projeto relativos ao impacto individual de cada projeto de investimento do Eixo 1. No caso dos indicadores de carácter ambiental (4 a 7), o tipo de informação disponível e utilizada até ao momento pela Equipa de Avaliação permite apenas abordagens alternativas e aproximadas, não fornecendo respostas inequívocas sobre o real impacto das medidas do Programa em cada um dos aspetos analisados. De forma complementar a equipa de avaliação está a desenvolver um modelo de programação matemática positiva de permita simular o comportamento do setor agrícola e agroalimentar na região e que possibilite a apreensão dos impactos ao nível da criação de riqueza (medido pelo Valor Acrescentado) e da criação de emprego. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

12 PARTE B EXECUÇÃO DO PRODERAM 7. Contexto Sectorial e Socioeconómico 7.1. Alterações do Enquadramento Socioeconómico da RAM A caracterização que se apresenta incorpora os mais recentes elementos estatísticos regionais embora, para alguns deles, não tenha sido ainda possível a sua atualização para Dinamismo Demográfico A Direcção Regional de Estatística da RAM (DRE), através da publicação Estatísticas Demográficas da Região Autónoma da Madeira (Ano 2010) que tem por base estimativas de população residente aferidas aos resultados definitivos dos censos 2001, permite avançar com um número para a população residente na RAM para o ano de Este número cifra-se em pessoas. Os resultados provisórios dos Censos 2011, indicam que a população residente é significativamente superior ao número apresentado para 2010 (aferido aos Censos 2001). Isto é, a população residente em 2011 era de indivíduos. Considerando esta informação, observa-se que entre 2009 e 2010 se registou um ligeiro acréscimo populacional (inferior a 0,1%) em relação ao ano anterior, sendo este aumento da mesma ordem de grandeza do verificado entre os anos de 2009 e No entanto, o acréscimo verificado entre 2010 e 2011 foi de 8,2%. Note-se que este acréscimo também estará relacionado com o facto dos dados de 2010 serem resultado de estimativa e os dados de 2011, apesar de serem provisórios, resultam da realização dos censos. Entre 1999 e 2010, a RAM apresentou um aumento de população residente de 3,0%, inferior ao observado no país (3,6%), mas que mantém a tendência de evolução crescente na Região. Em contrapartida, em Portugal, nos últimos anos Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

13 a população tem vindo a decrescer (entre 2009 e 2010 a população do país decresceu cerca de 0,1%); De acordo com os dados da DRE para 2010, verificou-se neste ano um saldo natural negativo de 107 indivíduos. Observa-se que tal como no ano anterior o saldo natural foi de sinal negativo, o que confirma a inversão da tendência delineada desde 1999, que embora tenha evoluído com valores sempre decrescentes foi sempre positiva até 2009; Continua-se a verificar um movimento populacional dos concelhos da costa Norte e do Funchal para a periferia deste Santa Cruz e Câmara de Lobos, tendo aumentado ligeiramente a população urbana e diminuindo mais significativamente a população rural, nomeadamente, a situada mais longe do Funchal. De facto, a análise da variação da população, entre 1991 e 2010, permite identificar acréscimos populacionais no concelho de Santa Cruz (+61,2%) e de Câmara de Lobos (+15,7%) e decréscimos em todos os outros concelhos; Entre 2001 e 2010, verificou-se um saldo migratório positivo e um envelhecimento populacional, apesar da Região se manter como uma das mais jovens do país; Em síntese, a população madeirense cresceu na última década e continua em crescimento, mantendo-se como a população mais jovem do país. Os dados demográficos permitem ainda identificar uma tendência de deslocalização da população para as zonas da periferia do Funchal Sistema Urbano e Organização do Território Em 2010, a RAM apresentava uma densidade populacional elevada (308,9 hab./km 2 ), quando comparada com Portugal Continental ou com os valores médios europeus; O padrão de ocupação do território é caracterizado por uma distribuição irregular da população, observando-se, em simultâneo, uma tipologia de povoamento disperso e fragmentado e uma acentuada concentração populacional na vertente sul da Ilha da Madeira, designadamente no eixo Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

14 Câmara de Lobos-Funchal-Santa Cruz. Estes concelhos tinham, em 2007 densidades muito acima da média regional: Funchal (1.320,9 hab/km 2 ), Câmara de Lobos (689,7 hab/km 2 ) e Santa Cruz (441,5 hab/km 2 ). Comparando a densidade demográfica destes três concelhos nos anos de 2007 e 2010 (Funchal 1289,3 hab/km 2 ; Câmara de Lobos 697,1 hab/km 2 e Santa Cruz 466,9 hab/km 2 ) verifica-se a tendência já referida em pontos anteriores de saída de população do concelho do Funchal para os seus concelhos limítrofes. De facto, a densidade populacional no concelho do Funchal diminuiu de 2007 para 2009, tendo-se verificado uma evolução em sentido inverso para os concelhos de Câmara de Lobos e Santa Cruz. Figura População Residente na RAM por Concelho, 2011 (nº de indivíduos) FONTE: Dados provisórios dos Censos 2011, INE, 2012 O tipo de povoamento do arquipélago não conheceu alterações relevantes na última década, verificando-se apenas um ligeiro aumento relativo da população urbana e a consequente diminuição do quantitativo populacional das zonas rurais; Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

15 Em 1991, o concelho do Funchal representava 45,5% da população regional; em 2007, correspondia a 40,2% - diminuição de 5,3% -, e em 2010 esta percentagem era de 39,8%. Este facto reflete o desenvolvimento da rede de acessibilidades rodoviárias, que permitiu diminuir a distância e o tempo de muitas localidades à capital da RAM. Os únicos concelhos com um aumento populacional são os contíguos ao Funchal, o que parece indiciar um movimento de migração interna da cidade para espaços próximos da sua área de influência; Simultaneamente, as áreas rurais parecem prosseguir uma trajetória de despovoamento, visível sobretudo nos concelhos do norte da Ilha da Madeira - Porto Moniz, São Vicente e Santana -, onde se observaram os maiores decréscimos populacionais; A distribuição das atividades económicas é igualmente bastante irregular, encontrando-se a maior parte das empresas e dos sectores mais dinâmicos - no litoral sul da Ilha da Madeira, designadamente na faixa compreendida entre Câmara de Lobos e Machico. O centro de decisão, inovação e estruturação económica encontra-se, de facto, concentrado no Funchal e concelhos limítrofes; Deste modo, o padrão de distribuição populacional evidencia tendência para o acentuar das divergências entre concelhos, pese embora o esforço de infraestruturação desenvolvido Estrutura Económica A RAM tem vindo a registar melhorias significativas no que respeita à sua situação socioeconómica. A análise de variáveis macroeconómicas a preços correntes como o PIB, PIB per capita (PIB pc) e PIB per capita em Paridade de Poder de Compra (PIB pc em PPC), permite corroborar esta afirmação. Com base nas Contas Regionais (dados para os anos de 1995 a Base 2006) observa-se que o PIB tem 1 Note-se que para o ano de 2010 os dados apresentados são preliminares. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

16 apresentado taxas de crescimento muito significativas, resultando num aumento per capita de cerca de 137% entre 1995 e 2004 (7.463 para euros). Focando os últimos anos, a tendência evolutiva foi sempre de crescimento até ao ano de 2008 (acréscimo de 187% entre 1995 e 2008). Em 2009, o valor do PIB contraiu-se em relação ao ano anterior (- 2,7%) e em 2010 volta a registar-se uma recuperação deste indicador macroeconómico (+ 1,6%), no entanto, esta recuperação que não foi suficiente para compensar a evolução em sentido negativo do ano anterior. De qualquer forma, colocando em foco da análise no período entre 2000 e 2010, observa-se que a RAM continua a apresentar uma dinâmica positiva, onde o PIB e o PIB per capita crescem 59,8% e 51,8%, respetivamente, em termos nominais. Qualquer uma destas variações é superior ao despectivo tipo de variação nominal do conjunto do país. A evolução do índice de disparidade do PIB per capita no contexto comunitário também se mostra favorável para a RAM (em 2000 era 83% e em 2007 passou para 101%-UE15), quer por se ter aproximado dos níveis da UE-27, quer por ser superior ao índice do conjunto do país que passou de 74% para 79%. Entre 2000 e 2010, o Produto Interno Bruto por habitante, na RAM, em Paridade de Poder de Compra para UE-15 passou de 83 para 101% e o PIB pc (PPC) para UE-27 cresceu de 83 para 105%. A análise a preços reais evidencia variações que constituem indicativo da Região Autónoma da Madeira em crescimento e a crescer de forma bem mais significativa do que o conjunto do país (na RAM 18,1% e 21,6%, no conjunto do país 1,4%, e 5,5%, respetivamente, para PIB per capita e PIB). O VAB regional a preços correntes, apresentou um crescimento de mais de 100% entre 1995 e 2003 (1.635 para milhões de euros), não se observando alterações muito significativas em termos sectoriais para a sua formação, verificando-se sempre a mesma ordem de importância dos sectores de atividade: 1º sector dos serviços, 2º sector industrial e 3º sector agrícola. Contudo, neste contexto, importa referir que a partir do ano de 2007 tem vindo a ocorrer um decréscimo acentuado no VAB industrial (em resultado da desaceleração na área da construção) que é compensado com um acréscimo de VAB no sector dos serviços (entre 2007 e 2010, o VAB da indústria Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

17 diminuiu 2,4 pontos percentuais e o VAB dos serviços aumentou 2,7 pontos percentuais). Com menor expressão em termos percentuais do que a indústria, mas com muito impacto na realidade do sector, também o VAB do sector primário tem vindo a diminuir a sua importância relativa (-0,2 pontos percentuais). A tendência de crescimento contínua do VAB foi interrompida em 2009, ano em VAB regional diminuiu nominalmente em relação ao ano anterior (- 1,06%), mas o ano de 2010 revelou uma recuperação de 0,8% do VAB, fixando-se em milhões de euros. De facto, a repartição de resultados económicos por sector de atividade evoluiu com pequenas alterações, tendo-se verificado um reforço do sector terciário em detrimento dos sectores secundário do sector primário. O sector secundário segue o padrão de evolução do sector da construção que passou por um período de forte crescimento, mas que atualmente segue uma tendência de abrandamento. Com base nas contas regionais e de acordo com a classificação de ramos de atividade A3, verifica-se que os ramos pesca e agricultura (que inclui a produção agrícola, produção animal, caça, floresta) e indústria 2 decrescem a sua representatividade, entre 2000 e 2010, em 0,33 e 3,65 pontos percentuais, respetivamente, passando a representar 1,68 e 14,13% do VAB regional. Os decréscimos registados nos sectores referidos no ponto em cima resultaram num acréscimo no sector dos serviços (0,98%), passando este sector a representar, em 2010, 84,19%. Com base nas Contas Económicas da Agricultura (CEA) do INE, as últimas publicadas para a Região ( ), e comparando o período entre 2000 e 2010, verificou-se uma evolução menos interessante do sector agrícola. Em 2010, em valores nominais, o VAB a preços base da agricultura era 59,1 2 O sector indústria aqui referido diz respeito a indústrias extrativas; indústrias transformadoras; produção e distribuição de eletricidade, gás, vapor e ar frio; captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição, construção. 3 Ano de 2010 com valores preliminares. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

18 milhões de euros e o valor bruto da produção a preços base era de 98,9 milhões de euros, dos quais 78,9 milhões de euros correspondem a valor da produção vegetal e 16,2 milhões de euros a valor da produção animal. Os valores nominais dos agregados económicos mencionados em cima crescem significativamente em relação ao ano de 2000, no entanto, em termos reais, entre 2000 e 2010, o valor da produção agrícola na RAM diminuiu 2,7%, tendo sido este decréscimo resultante da redução do valor da produção da produção animal (- 26,6%), uma vez que a produção vegetal aumentou o seu valor (+ 3,4%). O VAB registou um decréscimo mais acentuado do que a produção agrícola pois reduziu-se em 12,9%. Apesar de algumas alterações positivas observadas nos últimos anos, o tecido empresarial é ainda constituído maioritariamente por microempresas, pouco competitivas e de gestão familiar, sendo escassas as unidades com mais de 250 trabalhadores (18 em 2009). As unidades com menos de 10 trabalhadores eram em 2009, e representavam 94,6% do total de empresas. No entanto, é de salientar que as empresas com mais de 100 trabalhadores representavam já mais de um terço dos trabalhadores por conta de outrem na região. Em 2009, este tipo de empresas contava com trabalhadores por conta de outrem. A economia regional madeirense manteve a tendência da sua dependência face ao turismo. As condições naturais favoráveis (clima, paisagem, biodiversidade e mar), associadas à qualidade da oferta, a importantes investimentos no sector, a par de uma aposta significativa em infraestruturas de apoio direto e indireto à atividade (designadamente o Aeroporto do Funchal), contribuíram para um crescimento da procura. No entanto, nos últimos anos ocorreu uma retração dos valores dos indicadores do sector do turismo; Entre 1998 e 2005, o crescimento, no que respeita ao turismo, foi superior aos valores médios nacionais. O número de dormidas aumentou 26,1%, ultrapassando os 5,6 milhões, acompanhando a tendência registada ao longo de toda a década de noventa. No conjunto do país, em igual período, o crescimento foi de 9,6%. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

19 Em 2007 o número de dormidas foi de 5,99 milhões, e em 2008 foi de 6,21 milhões, confirmando a tendência contínua de crescimento do sector na RAM. O ano de 2009 foi o primeiro a registar decréscimos relativamente ao número de dormidas, ficando este número nos 5,5 milhões. Esta diminuição corresponde a um decréscimo de 11,5% face ao ano anterior, contudo, constitui um acréscimo face a De acordo com as estimativas para o sector do turismo da Direcção Regional de Estatística (DRE) da RAM, a tendência identificada em cima, voltou a concretizar-se, entre 2009 e 2008, e o número de dormidas em 2010 reduziu-se para 4,99 milhões. Dados mais recentes (publicação: Estimativas do Turismo 2011 ) revelam uma recuperação do turismo, tendo o indicador referido no parágrafo anterior crescido 11,5% e o número de dormidas aumentado para 5,6 milhões (valores de 2011 provisórios). O aumento da procura registado até 2008 resultou da forte expansão da oferta hoteleira regional durante o período de 1998 a 2005: o número de estabelecimentos cresceu 30,9% e a capacidade de alojamento aumentou 44,7%, refletindo a assunção da atividade turística como a de maior importância para o tecido económico regional. A par da tendência identificada entre 1998 e 2005, em 2008, o número de hóspedes cresceu 4,2% face ao ano anterior, sendo acompanhado por um aumento de dormidas de 3,6% e dos proveitos de 5,7%; Tal como já foi referido, o ano de 2009 ficou marcado por um revés nos indicadores do turismo, tendo o número de dormidas diminuído 11,5%, o número de hóspedes 10,0% e os proveitos 14,1%. As únicas rubricas que continuaram a crescer foram a capacidade de alojamento (+3,1%) e o número de estabelecimentos (+2,8%). Em 2010, os indicadores considerados continuaram a decrescer. Dados provisórios para 2011 (Publicação: Estatísticas do Turismo da RAM Resultados Provisórios Dezembro 2011) evidenciam uma recuperação no sector do turismo. De facto, em 2011, o número de hóspedes e o número de dormidas cresceu 7,4% e 11,5%, respetivamente, tendo o número de estabelecimentos e a capacidade de alojamento decrescido de forma muito Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

20 ténue (-1,5 %), no primeiro caso, e 0,5%, no segundo caso. Contudo, este decréscimo não teve qualquer influência sobre os proveitos do turismo que aumentaram 11,4% face ao ano anterior. Geograficamente, a oferta encontra-se concentrada na costa sul, particularmente no Funchal e em Santa Cruz (juntos, representavam, em 2011, 82,1% da capacidade de alojamento regional), situação que se tem vindo a aprofundar nos últimos anos, contribuindo para o crescimento de debilidades ao nível da estruturação e enquadramento da oferta e para o correto aproveitamento das potencialidades turísticas neste território. FONTE: FONTE: Estatísticas do Turismo Dezembro 2011, INE, 2012 Figura Capacidade de Alojamento na RAM por concelho 2011 (nº) Tendo em consideração o período , o Turismo no espaço rural registou uma evolução notória, com um acréscimo superior a 100% no número de dormidas e no número de hóspedes entrados. Para o período em análise, o número de estabelecimentos registou um acréscimo de 88,9%, a capacidade de alojamento aumentou 92,3% e o valor dos proveitos cresceu 3,2 vezes. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

21 Em 2009, e em comparação com o ano anterior, os valores de todas as rubricas diminuíram significativamente, o número de dormidas decresceu 10,4% (fixando-se em dormidas), o número de estabelecimentos decresceu 2,0% (48 estabelecimentos) e os proveitos totais decresceram 9,3%. Comportamento idêntico revelou o ano de , também no que respeita a turismo rural, foi um ano de recuperação, na medida em que o número de hóspedes entrados aumentou 8,6%, o número de dormidas aumentou 18,1%, o número de estabelecimentos cresceu 4,1%, a capacidade de alojamento cresceu 3,1% e os proveitos aumentaram 17,4% face ao ano anterior. O sector dos serviços tem apresentado um crescimento constante nos últimos anos, sobretudo nos serviços pessoais, nos serviços prestados às empresas e nos serviços financeiros. A percentagem de VAB afeta aos serviços aumentou 3,3 pontos percentuais desde 2005, passando o VAB dos serviços a representar 84,2% do VAB em Na estrutura industrial regional não se observaram alterações significativas, predominando os sectores tradicionais, designadamente dos ramos alimentares, bebidas e tabacos, das atividades ligadas à construção civil e também de cariz artesanal, sustentadas em parte pela atividade turística; tratam-se de sectores com uma mão-de-obra geralmente pouco qualificada, pouco competitivos e com níveis de produtividade relativamente baixos, quando comparados com os valores médios comunitários. O sector da construção civil, à mercê sobretudo do forte investimento público municipal e regional em infraestruturas e equipamentos, a par dos investimentos privados efetuados no turismo, manteve até ao ano de 2005/2006 a propensão para um constante crescimento. De facto, nesse ano, as atividades de construção eram responsáveis por 19,5% do pessoal ao serviço da RAM, comparativamente a 12,8% de média nacional. Todavia, têm-se vindo a registar um abrandamento significativo na atividade. A percentagem de pessoas no sector da construção diminuiu para 17,9%, em 2007,e para 16,2%, em Entre 2007 e 2010, de acordo com dados da DRE, o número de edifícios licenciados pelas câmaras municipais diminuiu 47,3% e as vendas (em quantidade) de cimento diminuíram 33,1%. Relativamente a este último indicador, os dados mais recentes (DRE) evidenciam uma redução de cerca de Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

22 22,2% na quantidade de cimento vendida entre 2010 e 2011, o que constitui mais um indício do abrandamento no sector da construção. O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, ainda que apresentando variações relevantes no contexto regional, encontrava-se, em 2003, abaixo da média nacional (826,57 euros face a 849,56, respetivamente). Esta situação evoluiu favoravelmente na RAM, tendo em 2006 e em 2007, o valor sido muito próximo ao da média de Portugal (932,59 na RAM face a 935,97 ao conjunto do país para o ano de 2006 e 961,65 na RAM face a 965,25 no conjunto do país para o ano de 2007). Em 2009, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem foi de 1.013,6 euros (em Portugal este valor era de 1.034,2 euros). Quanto à taxa de inflação medida através do Índice de preços ao consumidor (IPC), verifica-se que a taxa de variação média em 2011 foi de 3,4% valor abaixo do valor verificado para o país (3,7%). Quanto à taxa de variação homóloga, em Dezembro de 2011, foi de 3,0%, um valor também inferior ao verificado no conjunto do país (3,6%) Emprego e Qualificação O comportamento do emprego por sector de atividade tem acompanhado a tendência do VAB regional, que se caracteriza por uma perda de importância dos sectores primário e secundário, mais acentuada no primeiro caso, e por um crescimento no sector terciário; A taxa de atividade na RAM registou acréscimo significativo entre 1991 e 2011 (de 41,4 para 52,6), que se deve sobretudo aos ativos femininos (de 31,7 para 48,4); Refira-se, neste domínio, que a Madeira é ainda caracterizada pela dimensão significativa que o emprego não formal representa (trabalho por conta própria, trabalho ao domicílio e trabalho a tempo parcial), configurando situações de subemprego, geralmente em atividades com um baixo nível de remuneração, não refletindo verdadeiramente a taxa de atividade regional. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

23 A taxa de desemprego diminui dois pontos percentuais entre 1991 e 2005 (de 6,6% para 4,5%), mantendo, em ambos os anos de análise, valores inferiores aos apresentados a nível nacional (8,4% e 7,6%, respetivamente). Todavia, mais recentemente o desemprego evidenciou uma tendência crescente, com uma taxa média de 5,4% durante 2006, de 6,8% em 2007, de 6% em 2008, de 7,4% em 2010 e, em 2011, atingiu os 13,8%; No que respeita à qualificação dos recursos humanos a Região tem apresentado melhorias, na medida em que a proporção de indivíduos com ensino superior completo cresceu de 7,7% para 9,9%, entre 2001 e Por último é de realçar que os dados apresentados são ainda insuficientes para apreender o atual momento de crise económica e financeira que o país e a Madeira atravessam. Será pois necessário aguardar que dados estatísticos mais recentes venham a ser divulgados para analisar as principais alterações entretanto verificadas 7.2. A Evolução da Agricultura Madeirense Introdução De acordo com o Instituto Geográfico Português, a RAM possui uma área total de 801,1 km 2, dos quais 758,4 km 2 na Ilha da Madeira e 42,6 km 2 em Porto Santo. A RAM é composta por 11 concelhos e 54 freguesias onde a agricultura tem um papel relevante. A atividade agrícola é extremamente condicionada pela orografia da Região, o que é facilmente percetível se se considerar que cerca de 25% do território se situa acima dos metros de altitude, que 47% se encontra acima dos 700 metros e que apenas uma diminuta área (8.500 ha) apresenta declives inferiores a 16%, sendo que 65,4% apresenta declives superiores a 25%. Este conjunto de condicionalismos remete a agricultura para faixas de território com declives médios compreendidos entre os 16% e os 25%, com todas as implicações que deste facto advêm, como sejam os custos económicos e humanos na construção e manutenção de muros de suporte e de socalcos que permitam agricultar áreas que de outra forma seriam inacessíveis. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

24 Face a estas dificuldades tem-se continuado a evidenciar uma crescente tendência de abandono das terras agrícolas através da diminuição da área das explorações e da mão-de-obra associada. Este abandono é indissociável dos elevados custos de produção provocados pelas condições naturais do território, pelas condições estruturais da própria agricultura e pela ultraperificidade regional e simultaneamente facilitado por uma forte pressão imobiliária e pelo aliciamento dos restantes sectores da economia. Deste modo, a preservação de espaços agrícolas cultivados, subsiste como o problema mais visível do sector agrícola da Região Autónoma da Madeira. Por outro lado, as terras agrícolas estão principalmente localizadas nas áreas mais aptas para a construção, como se mostra nos mapas seguintes, o que contribui significativamente para a diminuição destas áreas agrícolas. Esta concorrência faz igualmente subir significativamente o preço da terra com as subsequentes dificuldades para a instalação de novos agricultores e para o crescimento das áreas das explorações agrícolas. Áreas agrícolas Áreas Urbanas Figura Comparação da localização das áreas predominantemente Agrícolas e Urbanas na Ilha da Madeira Estrutura das explorações agrícolas De acordo com o Recenseamento Agrícola 2009, nesse ano existiam explorações agrícolas que ocupavam hectares de superfície agrícola utilizada, originando uma SAU média de 0,399 hectares por exploração. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

25 À extremamente reduzida superfície média por exploração, associava-se ainda o elevado número médio de blocos por exploração (3,8 blocos/exploração), bem como a SAU média de cada bloco (1061 m 2 por bloco). A evolução da estrutura das explorações agrícolas na Região Autónoma da Madeira entre 1989 e 2007, foi marcada por um decréscimo muito acentuado (-55%) do número de explorações agrícolas, associado a uma redução da superfície agrícola útil (-45% no mesmo período). Como consequência a área média das explorações cresceu de m 2 para m 2. Todavia a evolução da área média das explorações agrícolas não foi linear, tendo-se verificado uma subida até 1995 (3.992 m 2 ) e depois disso sempre uma ligeira descida até 2009, ano em que este valor sobe para m 2. Relativamente ao ano de 2007, os dados de 2009 evidenciam acréscimos no número de explorações (+31%), na área das explorações (+27%), na SAU (+41%), e no número de UTA (+38%). Em síntese, contrariando a tendência verificada nos anos anteriores, em 2009, a RAM aumentou o número e a área das explorações agrícolas, contribuindo para o desejado ajustamento estrutural das explorações agrícolas madeirenses. Note-se que este crescimento embora significativo contribuiu apenas para que se atingissem valores de SAU por exploração idênticos aos verificados em 1995, Tabela 7.1 Evolução dos Indicadores Estruturais Indicador Ano Variação (%) Explorações (n.º) % -41% -6% Área das expl. (ha) % -34% -19% SAU (ha) % -23% -4% UTA (n.º) % -37% -5% SAU/exploração (ha) 0,3028 0,3994 0,3886 0,3847 0,3721 0, % 32% 3% FONTE: RGA ; Inquéritos à Estrutura das Explorações Agrícolas 1995 e 2005 e 2007 e Recenseamento Agrícola Entre 1999 e 2005, o número de produtores agrícolas decresceu ( 19,7%), denotando também um ligeiro envelhecimento. No mesmo período os Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

26 produtores com mais de 45 anos passaram de 86% para 90%, enquanto que os produtores com menos de 34 anos passaram de 4% para apenas 1,6%. A mesma análise para os anos de 2005, 2007 e 2009, revela um decréscimo acentuado do número de produtores de 2005 para 2007 (-10,4%), mas um acréscimo muito significativo entre 2007 e 2009 (+ 31,5%). No que respeita à idade dos produtores agrícolas os dados do RA 09 (Recenseamento Agrícola 2009) continuam a revelar o envelhecimento dos produtores agrícolas, observando-se que apenas 25,4% dos produtores têm idade inferior a 50 anos, representando os agricultores com mais de 50 anos 74,6%. Tabela 7.2 Idade dos produtores Idade < a < a < 75 > ou = 75 Total Nº de Produtores Agrícolas % dos Produtores Agrícolas 0,2% 25,2% 58,7% 15,9% 100,0% FONTE: Recenseamento Agrícola População agrícola e mão-de-obra familiar Na Região Autónoma da Madeira, a população agrícola familiar (aqueles agregados familiares com algum tempo afeto à atividade agrícola) decresceu de indivíduos em 1999, para em 2005 e para indivíduos em 2007 o que representa uma quebra de 35%. Em 2009, o número de indivíduos atingiu os Grande parte da população agrícola familiar da Madeira tem um nível de instrução muito baixo. De acordo com dados disponíveis, 85,4% da população tem apenas o ensino básico ou inferior, havendo mesmo uma percentagem 26,5% que não possui nenhum nível de instrução. Dos produtores agrícolas, apenas 11,2% dedicam 100% do tempo à atividade agrícola e mais de metade do total de produtores dedica menos de 50% do seu tempo à atividade na exploração agrícola. Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

27 Tabela 7.3 Tempo de atividade do Produtor Singular Tempo de Actividade do Produtor Singular > 0 - < 25% 25 - < 50% 50 - <75% 75 - <100% Tempo Completo Total N.º Explorações % das Explorações 23,9 29,4 20,5 15,0 11,2 100,0 FONTE: Recenseamento Agrícola Em 2009, o sector agrícola contribuía com mais de 75% nos rendimentos do agregado familiar em apenas 6,2% dos agregados familiares, sendo que apenas em 34,3% contribui com uma proporção entre 25 e 75% destes rendimentos. Tabela 7.4 Origens do Rendimento dos Agregados Familiares Origem do Salários Salários Rendimento do Salários do Exploração do do Actividade Pensões e Outras Agregado Sector Agrícola Sector Sector Empresarial Reformas Origens Doméstico do Secundário Primário Terciário Produtor < 25 % 59,4 2,3 2,2 4,6 0,6 7,7 5,5 25 a < 50% 23,4 2,4 3,4 7,3 1,2 11,8 1,7 50 a < 75% 10,9 3,0 4,5 9,3 2,0 18,6 1,3 >=75% 6,2 2,8 4,1 12,9 1,9 20,4 1,1 Total 100,0 10,5 14,3 34,0 5,7 58,5 9,6 FONTE: Recenseamento Agrícola O contributo da atividade agrícola para o rendimento do agregado doméstico decresceu igualmente. Em 2005, 49% dos produtores singulares obtinha menos de 25% dos seus rendimentos na atividade agrícola tendo, esta relação passado, em 2007, para 53% e, em 2009, para 59,4%. Ainda no que respeita à origem dos rendimentos importa referir que em 39% dos agregados familiares mais de 50% dos rendimentos são provenientes de pensões e reformas. Em síntese a população agrícola familiar da Região Autónoma da Madeira é marcada por: Um muito acentuado nível de envelhecimento; Um nível de instrução baixo e mesmo muito baixo; Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

28 Quase ausência de formação profissional; Muito elevada taxa de trabalho a tempo parcial; Muito elevada taxa de pluriatividade da família; Grande importância das pensões de reforma nos rendimentos dos agregados familiares; Forte interligação com o sector secundário e terciário, quer ao nível da afetação dos tempos de trabalho, quer ao nível dos rendimentos familiares Utilização das terras De acordo com o Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas de 2005, a superfície regional total ocupada pelas explorações era de hectares, dos quais, cerca de 66% correspondia a superfície agrícola útil. Em 2007 a SAU era composta por ha, correspondendo a uma diminuição de 13,4% face à verificada em Em 2009, os valores da superfície total ocupada pelas explorações e da SAU aumentaram significativamente fixando-se, respetivamente, nos e hectares. O quadro seguinte mostra a evolução das áreas entre 1989, 1999, 2005, 2007 e 2009: Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

29 Tabela 7.5 Principais Ocupações da SAU e respetiva evolução Cultura Ano % SAU Variação (%) Terras aráveis % -22% -6% Batata cultura principal % -51% -48% Hortícolas % 104% 102% Cereais % -85% -59% Culturas industriais % 138% 130% cana de açúcar % 134% 126% Flores % 134% 31% Outras % -58% -45% Culturas Permanentes % -33% -9% Vinha % -38% -26% para VQPRD % -80% -79% Frutos sub-tropicais % -31% 14% bananeira % -41% 9% Frutos frescos (incl. citrino % 12% 18% FONTE: RGA ; Inquéritos à Estrutura das Explorações Agrícolas 1995, 2005 e 2007; Estatísticas da Agricultura e Pesca Série Retrospetiva , DRE Recenseamento Agrícola 2009; Na área das culturas permanentes destaca-se a cultura da vinha, que ocupava, em 2005, cerca de ha baixou para 874 ha, em 2007, refletindo uma diminuição significativa (-17,1%) da área de produtores diretos. Em 2009, a área desta cultura cresceu de forma significativa, tendo-se aproximado de valores registados em Das restantes culturas permanentes, destacam-se os frutos subtropicais com 580 ha de SAU em 2007 (30% da área de culturas permanentes), e praticamente sem alteração desde 2005 (-0,7%) dando particular destaque à cultura da banana claramente a mais representativa. No conjunto, a diminuição da área de bananeira foi compensada pelo crescimento da área de maracujazeiros e papaeiras. Ainda no que respeita a culturas permanentes, importa referir que os frutos tropicais e dentro destes também a banana aumentaram as suas áreas em 46,5% e 73,7%, respetivamente, face a Avaliação do Programa de Desenvolvimento Rural da RAM Relatório Anual /77

O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO

O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO Vila Real, Março de 2012 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 4 CAPITULO I Distribuição do alojamento no Território Douro Alliance... 5 CAPITULO II Estrutura

Leia mais

Conjuntura da Construção n.º 77 O SETOR CONTINUA EM CRISE MAS EMPRESÁRIOS ACREDITAM NA RECUPERAÇÃO

Conjuntura da Construção n.º 77 O SETOR CONTINUA EM CRISE MAS EMPRESÁRIOS ACREDITAM NA RECUPERAÇÃO FEPICOP - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS Associações Filiadas: AECOPS Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços AICCOPN Associação dos Industriais

Leia mais

XX CONGRESSO ENGENHARIA 2020 UMA ESTRATÉGIA PARA PORTUGAL 17 a 19 de outubro de 2014 ALFÂNDEGA DO PORTO

XX CONGRESSO ENGENHARIA 2020 UMA ESTRATÉGIA PARA PORTUGAL 17 a 19 de outubro de 2014 ALFÂNDEGA DO PORTO XX CONGRESSO ENGENHARIA 2020 UMA ESTRATÉGIA PARA PORTUGAL 17 a 19 de outubro de 2014 ALFÂNDEGA DO PORTO Desenvolvimento Rural, Agricultura, Florestas e Sustentabilidade 17 de outubro de 2014 / GPP Eduardo

Leia mais

METADE DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM CIDADES CONCENTRADA EM APENAS 14 DAS 141 CIDADES

METADE DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM CIDADES CONCENTRADA EM APENAS 14 DAS 141 CIDADES Atlas das Cidades de Portugal Volume II 2004 01 de Abril de 2005 METADE DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM CIDADES CONCENTRADA EM APENAS 14 DAS 141 CIDADES Apesar das disparidades ao nível da dimensão populacional

Leia mais

Residentes no estrangeiro sustentam ligeiro aumento nas dormidas

Residentes no estrangeiro sustentam ligeiro aumento nas dormidas Atividade Turística Dezembro de 2012 14 de fevereiro de 2013 Residentes no estrangeiro sustentam ligeiro aumento nas dormidas As dormidas na hotelaria atingiram 1,7 milhões em dezembro 2012, mais 1,9%

Leia mais

Construção continua em queda

Construção continua em queda Construção: Obras licenciadas e concluídas 2º Trimestre de 2012 - Dados preliminares 13 de setembro de 2012 Construção continua em queda O licenciamento de obras acentuou a sua trajetória descendente,

Leia mais

Seminario de Difusión do Anuario Estatístico Galicia Norte de Portugal 2010. A nova edição do Anuário Estatístico na perspectiva do Norte de Portugal

Seminario de Difusión do Anuario Estatístico Galicia Norte de Portugal 2010. A nova edição do Anuário Estatístico na perspectiva do Norte de Portugal A nova edição do Anuário Estatístico na perspectiva do Norte de Portugal Eduardo Pereira (CCDRN) Santiago de Compostela 13 de Dezembro de 2010 Galicia Norte de Portugal: uma grande região europeia transfronteiriça

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE RIBEIRA BRAVA E RESPECTIVAS FREGUESIAS. Fonte:www.geocities.com/Heartland/Plains/9462/map.

MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE RIBEIRA BRAVA E RESPECTIVAS FREGUESIAS. Fonte:www.geocities.com/Heartland/Plains/9462/map. 8. Ribeira Brava MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE RIBEIRA BRAVA E RESPECTIVAS FREGUESIAS Fonte:www.geocities.com/Heartland/Plains/9462/map.html (adaptado) A vila de Ribeira Brava, situada no

Leia mais

Orientação nº 1/2008 ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIA LOCAL DE DESENVOLVIMENTO (EDL) EIXO 4 REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Orientação nº 1/2008 ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIA LOCAL DE DESENVOLVIMENTO (EDL) EIXO 4 REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Programa de da ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIA LOCAL DE DESENVOLVIMENTO (ELD) 1 / 16 Programa de da 1. Caracterização Socioeconómica do Território A caracterização do território deve centrar-se em dois aspectos

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO 2013

RELATÓRIO DE GESTÃO 2013 RELATÓRIO DE GESTÃO 2013 NATURTEJO EMPRESA DE TURISMO - EIM MARÇO, CASTELO BRANCO 2014 Nos termos legais e estatutários, vimos submeter a apreciação da assembleia Geral o Relatório de Gestão, as contas,

Leia mais

Hotelaria mantém crescimento mas com desaceleração no número de hóspedes e de dormidas

Hotelaria mantém crescimento mas com desaceleração no número de hóspedes e de dormidas Atividade Turística Fevereiro de 20 15 de Abril de 20 Hotelaria mantém crescimento mas com desaceleração no número de hóspedes e de dormidas Os estabelecimentos hoteleiros registaram cerca de 2 milhões

Leia mais

MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS

MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS Destina-se a apoiar. nas explorações agrícolas para a produção primária de produtos agrícolas - Componente 1. na transformação e/ou comercialização de produtos agrícolas

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA AEP / GABINETE DE ESTUDOS

RELATÓRIO DE CONJUNTURA AEP / GABINETE DE ESTUDOS HOTELARIA RELATÓRIO DE CONJUNTURA AEP / GABINETE DE ESTUDOS Julho de 2005 A actividade da hotelaria insere-se na CAE 55 Alojamento e Restauração, que, por sua vez, integra o sector do turismo, um dos sectores

Leia mais

Prova Escrita de Economia A

Prova Escrita de Economia A EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Prova Escrita de Economia A 11.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 19/2012, de 5 de julho Prova 712/1.ª Fase Critérios de Classificação 1 Páginas 2015 Prova

Leia mais

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 NOTA METODOLÓGICA De acordo com a definição nacional, são pequenas e médias empresas aquelas que empregam menos de 500 trabalhadores, que apresentam um volume de

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO 2012

RELATÓRIO DE GESTÃO 2012 RELATÓRIO DE GESTÃO 2012 NATURTEJO EMPRESA DE TURISMO - EIM MARÇO, CASTELO BRANCO 2013 Nos termos legais e estatutários, vimos submeter a apreciação da assembleia Geral o Relatório de Gestão, as contas,

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 1 INOVAÇÃO Ação 1.1 GRUPOS OPERACIONAIS Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento

Leia mais

A importância do Agronegócio no contexto da Economia Nacional. Divanildo Monteiro (divanildo@utad.pt)

A importância do Agronegócio no contexto da Economia Nacional. Divanildo Monteiro (divanildo@utad.pt) A importância do Agronegócio no contexto da Economia Nacional Divanildo Monteiro (divanildo@utad.pt) Complexo Agroflorestal em Portugal Complexo agro-florestal: território, economia e sociedade 70% do

Leia mais

4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões

4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões 4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões O número total de empresas de seguros a operar no mercado nacional manteve-se estável em 212, sem alterações significativas à sua estrutura. Neste

Leia mais

A Carteira de Indicadores inclui indicadores de input, de output e de enquadramento macroeconómico.

A Carteira de Indicadores inclui indicadores de input, de output e de enquadramento macroeconómico. Síntese APRESENTAÇÃO O Relatório da Competitividade é elaborado anualmente, com o objectivo de monitorizar a evolução de um conjunto de indicadores ( Carteira de Indicadores ) em Portugal e a sua comparação

Leia mais

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E INOVAÇÃO

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E INOVAÇÃO MINISTÉRIO DA ECONOMIA E INOVAÇÃO Direcção de Serviços de Estudos e Estratégia Turísticos Divisão de Recolha e Análise Estatística Índice Introdução Proveito Médio de Aposento Conceitos Anexos Proveitos

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. site do programa, comunicou a suspensão, a partir de 11 de Fevereiro de 2011, de

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. site do programa, comunicou a suspensão, a partir de 11 de Fevereiro de 2011, de ....---.. ~CDS-PP Expeça-se D REQUERIMENTO Número /XI ( Publique-se [gi PERGUNTA Assunto: Suspensão de candidaturas de jovens agricultores ao PRODER Destinatário: Ministério da Agricultura, Desenvolvimento

Leia mais

Obras licenciadas e concluídas continuaram a diminuir

Obras licenciadas e concluídas continuaram a diminuir 14 de junho de 2013 Construção: Obras licenciadas e concluídas 1º Trimestre de 2013- Dados preliminares Obras licenciadas e concluídas continuaram a diminuir No 1º trimestre de 2013 foram licenciados 4,3

Leia mais

Estudos de Imagem e Notoriedade

Estudos de Imagem e Notoriedade Estudos de Imagem e Notoriedade 1- Enquadramento O Serviço: Relatórios Avaliação da Imagem e Notoriedade das organizações, bem como da força de marca e posicionamento face à concorrência. Para que Serve:

Leia mais

Região Autónoma da Madeira

Região Autónoma da Madeira Região Autónoma da Madeira Área () km 2 801,0 Densidade populacional () Hab/Km 2 309,0 População residente (31.12.) Nº 247.568 População < 15 anos Nº 42.686 População > 65 anos Nº 32.188 Taxa conclusão

Leia mais

Direção Regional de Estatística da Madeira

Direção Regional de Estatística da Madeira 29 de dezembro de 2014 GASTOS TURÍSTICOS INTERNACIONAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA ANO DE 2013 Nota introdutória O Inquérito aos Gastos Turísticos Internacionais (IGTI) foi uma operação estatística

Leia mais

Estatísticas do Emprego 1º trimestre de 2010

Estatísticas do Emprego 1º trimestre de 2010 Estatísticas do Emprego 1º trimestre de 2010 18 de Maio de 2010 A taxa de desemprego foi de 10,6% no 1º trimestre de 2010 A taxa de desemprego estimada para o 1º trimestre de 2010 foi de 10,6%. Este valor

Leia mais

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS Neste capítulo se pretende avaliar os movimentos demográficos no município de Ijuí, ao longo do tempo. Os dados que fomentam a análise são dos censos demográficos, no período 1920-2000,

Leia mais

Em 2007, por cada indivíduo nascido em Portugal, foram criadas 1,6 empresas

Em 2007, por cada indivíduo nascido em Portugal, foram criadas 1,6 empresas Em 2007, por cada indivíduo nascido em Portugal, foram criadas 1,6 empresas O Instituto Nacional de Estatística apresentou os primeiros resultados 1 sobre o empreendedorismo em Portugal para o período

Leia mais

Deslocações turísticas de residentes aumentaram

Deslocações turísticas de residentes aumentaram PROCURA TURÍSTICA DOS RESIDENTES 2º Trimestre 2013 31 de outubro de 2013 Deslocações turísticas de residentes aumentaram Entre abril e junho de 2013, os residentes em Portugal efetuaram 3,9 milhões de

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação das Atitudes e Conhecimentos dos Residentes sobre a Qualidade. Enquadramento.

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação das Atitudes e Conhecimentos dos Residentes sobre a Qualidade. Enquadramento. Avaliação das Atitudes e Conhecimentos dos Residentes sobre a Qualidade 2011 Entidade Promotora Concepção e Realização Enquadramento Vice-Presidência Avaliação das Atitudes e Conhecimentos dos Residentes

Leia mais

Obras licenciadas e concluídas acentuaram decréscimo em 2013

Obras licenciadas e concluídas acentuaram decréscimo em 2013 Estatísticas da Construção e Habitação 213 9 de julho de 214 Obras licenciadas e concluídas acentuaram decréscimo em 213 De acordo com as Estimativas do Parque Habitacional, em 213 existiam em Portugal

Leia mais

3. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões

3. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões Figura 5 Evolução de empréstimos, depósitos e taxas de juro do setor bancário 3% 2% 1% % -1% -2% -3% -4% -5% -6% -7% -8% Emprés mos concedidos pelo setor bancário (variação anual) dez-1 dez-11 dez-12 dez-13

Leia mais

BLOCO 11. ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS:

BLOCO 11. ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS: BLOCO 11 ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS: PROBLEMA 1 O empresário do Monte da Ribeira pretende realizar uma

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Observatório Pedagógico Desigualdade Económica em Portugal Carlos Farinha Rodrigues ISEG / Universidade Técnica de Lisboa Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos 18 de Outubro de 2012 2 Objectivos:

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO 10.º/11.º ou 11.º/12.º Anos de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto Programas novos e Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março) PROVA712/C/11 Págs. Duração

Leia mais

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA AÇÃO Versão: 1 Data: 28-10-2013

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA AÇÃO Versão: 1 Data: 28-10-2013 PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020 DESCRIÇÃO DA AÇÃO Versão: 1 Data: 28-10-2013 M3. VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA AÇÃO 3.1 JOVENS AGRICULTORES NOTA INTRODUTÓRIA O desenvolvimento das

Leia mais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS PETROLÍFERAS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS PETROLÍFERAS ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS PETROLÍFERAS Informação sobre o mercado dos produtos petrolíferos em 2013 Introdução Como habitualmente, apresentamos uma análise da evolução do mercado dos combustíveis

Leia mais

Artigo 7.º Fiscalização

Artigo 7.º Fiscalização Artigo 7.º Fiscalização 1 - Todas as pessoas, singulares ou coletivas, de direito público ou de direito privado, a quem sejam concedidos benefícios fiscais, automáticos ou dependentes de reconhecimento,

Leia mais

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - AJUDAS AO RENDIMENTO 2010

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - AJUDAS AO RENDIMENTO 2010 1 CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - AJUDAS AO RENDIMENTO 2010 1. A partir de hoje, dia 18 de Fevereiro e até 8 de Maio, todos os agricultores da Madeira e Porto Santo podem candidatar-se aos 21,3 M de ajudas ao

Leia mais

O Desenvolvimento Rural na Região. Carlos Pedro Trindade

O Desenvolvimento Rural na Região. Carlos Pedro Trindade O Desenvolvimento Rural na Região de Lisboa e Vale do Tejo Carlos Pedro Trindade O Desenvolvimento Rural na Região de Lisboa e Vale do Tejo 1. A Agricultura da região de LVT 2. O apoio ao Sector Agrícola

Leia mais

O TURISMO NO ESPAÇO RURAL 2005

O TURISMO NO ESPAÇO RURAL 2005 O TURISMO NO ESPAÇO RURAL 2005 Elaborado por: Maria Julieta Martins Coordenado por: Teresinha Duarte Direcção de Serviços de Estudos e Estratégia Turísticos Divisão de Recolha e Análise Estatística Índice

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural

Programa de Desenvolvimento Rural Programa de Desenvolvimento Rural PDR 2020 do Continente Terra no Horizonte 2014-2020 Tavira, 13 Março 2014 1 2 Panorama Principais constatações Atuação Constrangimentos e Necessidades 3 Arquitetura 4

Leia mais

Relatório OP Outros Sectores Agrícolas e Pecuários

Relatório OP Outros Sectores Agrícolas e Pecuários Relatório OP Outros Sectores Agrícolas e Pecuários DRAPLVT Triénio 2010-2012 Agricultura Presente, um Projeto com Futuro Ficha técnica Ficha técnica Edição: DRAP LVT DADR Quinta das Oliveiras, Estrada

Leia mais

Nota de Informação Estatística Lisboa, 8 de novembro de 2012

Nota de Informação Estatística Lisboa, 8 de novembro de 2012 Nota de Informação Estatística Lisboa, 8 de novembro de 212 Divulgação dos Quadros do Setor das empresas não financeiras da Central de Balanços dados de 211 O Banco de Portugal divulga hoje no BPStat Estatísticas

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 3 - VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA Ação 3.1 JOVENS AGRICULTORES Enquadramento Regulamentar Art. 19º do Regulamento (UE) 1305/2013,

Leia mais

Enquadramento Turismo Rural

Enquadramento Turismo Rural Enquadramento Turismo Rural Portugal é um País onde os meios rurais apresentam elevada atratividade quer pelas paisagens agrícolas, quer pela biodiversidade quer pelo património histórico construído o

Leia mais

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho Prova Escrita de Economia A 10.º e 11.º Anos de Escolaridade Prova 712/2.ª Fase 14 Páginas Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância:

Leia mais

Parque de habitação social em Portugal

Parque de habitação social em Portugal Caracterização da Habitação Social em Portugal 2012 31 de julho de 2013 Parque de habitação social em Portugal Em 2012 existiam cerca de 118 mil fogos de habitação social (-0,2% face a 2011) distribuídos

Leia mais

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 NOTAS CEMEC 01/2015 REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 Carlos A. Rocca Lauro Modesto Santos Jr. Fevereiro de 2015 1 1. Introdução No Estudo Especial CEMEC de novembro

Leia mais

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS I. INTRODUÇÃO O Governo apresentou ao Conselho Económico e Social o Projecto de Grandes Opções do Plano 2008 (GOP 2008) para que este Órgão, de acordo com

Leia mais

Não residentes foram cruciais para o crescimento da atividade turística em 2013

Não residentes foram cruciais para o crescimento da atividade turística em 2013 Estatísticas do Turismo 2013 24 de junho de 2014 Não residentes foram cruciais para o crescimento da atividade turística em 2013 Em 2013, de acordo com os dados provisórios da Organização Mundial de Turismo,

Leia mais

Balanço a 30 de Junho de 2004

Balanço a 30 de Junho de 2004 Caracterização Em 30 de Junho o registo central de ajudas de minimis apresentava um volume financeiro de apoios aprovados de mais de 612 milhões de euros, sendo composto por 37 337 registos de apoios.

Leia mais

BOLSAS DE ESTUDO ANA SOLIDÁRIA REGULAMENTO. Preâmbulo

BOLSAS DE ESTUDO ANA SOLIDÁRIA REGULAMENTO. Preâmbulo BOLSAS DE ESTUDO ANA SOLIDÁRIA REGULAMENTO Preâmbulo Faz parte da missão da ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. (ANA) gerir de forma eficiente a rede de infraestruturas aeroportuárias a seu cargo os aeroportos

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Entidade Promotora Concepção e Realização Enquadramento Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Índice RESUMO EXECUTIVO...

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 10.7.2013 SWD(2013) 252 final DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO que acompanha o documento Proposta de Decisão do Parlamento Europeu

Leia mais

A taxa de desemprego foi de 11,1% no 4º trimestre de 2010

A taxa de desemprego foi de 11,1% no 4º trimestre de 2010 Estatísticas do Emprego 4º trimestre de 2010 16 de Fevereiro de 2011 A taxa de desemprego foi de 11,1% no 4º trimestre de 2010 A taxa de desemprego estimada para o 4º trimestre de 2010 foi de 11,1%. Este

Leia mais

Empresas em Portugal 2012

Empresas em Portugal 2012 Empresas em Portugal 2012 21 de março de 2014 Principais indicadores revelaram uma contração da atividade económica em 2012 com exceção das sociedades exportadoras Em 2012 existiam em Portugal 1 086 452

Leia mais

CENSOS 2011: Parque habitacional (Resultados pré-provisórios)

CENSOS 2011: Parque habitacional (Resultados pré-provisórios) 08 de novembro de 2011 Censos 2011 21 de março de 2011 CENSOS 2011: Parque habitacional (Resultados pré-provisórios) Dada a importância que o tema reveste, no quadro da preparação dos resultados provisórios

Leia mais

Índice Sintético de Desenvolvimento Regional 2009

Índice Sintético de Desenvolvimento Regional 2009 Índice Sintético de Desenvolvimento Regional 2009 10 de abril de 2012 Os resultados do índice global de desenvolvimento regional para 2009 evidenciam que quatro sub-regiões se situavam acima da média nacional:

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 6 GESTÃO DO RISCO E RESTABELECIMENTO DO POTENCIAL PRODUTIVO Ação 6.1 SEGUROS Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE)

Leia mais

Envelhecimento da população residente em Portugal e na União Europeia

Envelhecimento da população residente em Portugal e na União Europeia Dia Mundial da População 11 julho de 15 1 de julho de 15 Envelhecimento da população residente em e na União Europeia Para assinalar o Dia Mundial da População (11 de julho), o Instituto Nacional de Estatística

Leia mais

Cerca de 13% das famílias endividadas têm encargos com a dívida superiores a 40% do seu rendimento

Cerca de 13% das famílias endividadas têm encargos com a dívida superiores a 40% do seu rendimento Inquérito à Situação Financeira das Famílias 2010 25 de maio de 2012 Cerca de 13% das famílias endividadas têm encargos com a dívida superiores a 40% do seu rendimento O Inquérito à Situação Financeira

Leia mais

indicadores 1. Hóspedes 1.1. Número total de hóspedes 1.2. Hóspedes por tipologia de alojamento 1.3. Hóspedes por país de origem

indicadores 1. Hóspedes 1.1. Número total de hóspedes 1.2. Hóspedes por tipologia de alojamento 1.3. Hóspedes por país de origem boletim trimestral - n.º 2 - setembro 2013 algarve conjuntura turística indicadores 1. Hóspedes 1.1. Número total de hóspedes 1.2. Hóspedes por tipologia de alojamento 1.3. Hóspedes por país de origem

Leia mais

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Desde a crise económica e financeira mundial, a UE sofre de um baixo nível de investimento. São necessários esforços coletivos

Leia mais

LUZ AO FUNDO DO TÚNEL TALVEZ SÓ EM 2013. As previsões do Euroconstruct para o sector da construção e da reabilitação em Portugal.

LUZ AO FUNDO DO TÚNEL TALVEZ SÓ EM 2013. As previsões do Euroconstruct para o sector da construção e da reabilitação em Portugal. LUZ AO FUNDO DO TÚNEL TALVEZ SÓ EM 2013 As previsões do Euroconstruct para o sector da construção e da reabilitação em Portugal Vítor Cóias 1. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas a construção em Portugal tem

Leia mais

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DA INOVAÇÃO

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DA INOVAÇÃO MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DA INOVAÇÃO Índice Introdução Preço Médio por Dormida Proveito Médio de Aposento por Cama Conceitos Anexos 2 Introdução Com base em indicadores estatísticos disponibilizados pelo

Leia mais

MEDIDA 1.1 DO PRODER INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL

MEDIDA 1.1 DO PRODER INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL MEDIDA 1.1 DO PRODER INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL ANÁLISE DO IMPACTO POTENCIAL DAS CANDIDATURAS CONTRATADAS SOBRE O SECTOR AGRÍCOLA E AGRO-INDUSTRIAL NOVEMBRO DE 2011 1 ÍNDICE 0. INTRODUÇÃO...

Leia mais

Flash informativo fiscal nº6 - julho 2015

Flash informativo fiscal nº6 - julho 2015 aurennews julho 2015 Flash informativo fiscal nº6 - julho 2015 Novo regime especial aplicável às entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de 1 de janeiro de 2015 Foi publicada no dia 1

Leia mais

Conjuntura da Construção n.º 36. Construção em 2009 verificou dois andamentos

Conjuntura da Construção n.º 36. Construção em 2009 verificou dois andamentos Associações Filiadas: AECOPS Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços AICCOPN Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas ANEOP Associação Nacional dos Empreiteiros

Leia mais

Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016

Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016 Projeções para a Economia Portuguesa: 2014-2016 1 Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016 As projeções para a economia portuguesa apontam para uma recuperação gradual da atividade ao longo do horizonte.

Leia mais

Observatório Nacional de Recursos Humanos

Observatório Nacional de Recursos Humanos RUBRICA AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO Observatório Nacional de Recursos Humanos Resultados nacionais agregados de 211 O Observatório Nacional de Recursos Humanos (ONRH) celebra este ano 1 anos de existência.

Leia mais

Edifícios Licenciados e Concluídos Diminuem

Edifícios Licenciados e Concluídos Diminuem Construção: Obras licenciadas e concluídas 1 13 de Setembro de 2007 e Concluídos Diminuem No 2º trimestre de 2007, foram licenciados mais de 11 mil edifícios e concluídos mais de 6,5 mil edifícios. Estes

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020. Medida 9 MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA EM ZONAS DESFAVORECIDAS

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020. Medida 9 MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA EM ZONAS DESFAVORECIDAS Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 9 MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA EM ZONAS DESFAVORECIDAS Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do

Leia mais

VALORIZAR 2020. Sistema de Incentivos à Valorização e Qualificação Empresarial da Região Autónoma da Madeira 03-06-2015 UNIÃO EUROPEIA

VALORIZAR 2020. Sistema de Incentivos à Valorização e Qualificação Empresarial da Região Autónoma da Madeira 03-06-2015 UNIÃO EUROPEIA VALORIZAR 2020 Sistema de Incentivos à Valorização e Qualificação Empresarial da Região Autónoma da Madeira 03-06-2015 Objetivos Promover a produção de novos ou significativamente melhorados processos

Leia mais

ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA E EVOLUÇÃO DA CONSULTORIA RH EM PORTUGAL

ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA E EVOLUÇÃO DA CONSULTORIA RH EM PORTUGAL ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA E EVOLUÇÃO DA CONSULTORIA RH EM PORTUGAL Duarte Albuquerque Carreira, Coordenador editorial da revista Pessoal (da.carreira@moonmedia.info) João d Orey, Diretor Executivo da

Leia mais

Empreendedor: Estas variáveis identificadas serão utilizadas na Ficha 7_3 Análise Interna

Empreendedor: Estas variáveis identificadas serão utilizadas na Ficha 7_3 Análise Interna Empreendedor: Projeto: Data: Versão Nesta Ficha de trabalho deverá proceder à análise da envolvente, que consiste na primeira fase da análise estratégica, também conhecida por análise PESTL. Para tal,

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

Taxa de desemprego estimada em 11,9%

Taxa de desemprego estimada em 11,9% 5 de agosto de 215 Estatísticas do Emprego 2º trimestre de 215 Taxa de desemprego estimada em 11,9% A taxa de desemprego no 2º trimestre de 215 foi de 11,9%. Este valor é inferior em 1,8 pontos percentuais

Leia mais

MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS E RESPECTIVAS FREGUESIAS

MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS E RESPECTIVAS FREGUESIAS 2. CÂMARA DE LOBOS MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS E RESPECTIVAS FREGUESIAS Fonte: www.geocities.com/heartland/plains/9462/map.html (adaptado) Localizada na vertente sul da

Leia mais

Prova Escrita de Economia A

Prova Escrita de Economia A Exame Final Nacional do Ensino Secundário Prova Escrita de Economia A 11.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 19/01, de 5 de julho Prova 71/.ª Fase Critérios de Classificação 1 Páginas 014 Prova 71/.ª

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade e Inovação 2014

Barómetro Regional da Qualidade e Inovação 2014 Barómetro Regional da 2014 RESUMO EXECUTIVO O constitui um mecanismo de avaliação periódica dos níveis de na Região Autónoma da Madeira (RAM). Para o efeito baseia-se no paradigma e lógica subjacente aos

Leia mais

HOTELARIA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

HOTELARIA RELATÓRIO DE CONJUNTURA HOTELARIA RELATÓRIO DE CONJUNTURA AEP / GABINETE DE ESTUDOS Julho de 2006 A actividade da hotelaria insere-se na CAE 55 Alojamento e Restauração, que, por sua vez, integra o sector do turismo, um dos sectores

Leia mais

Sessão de Divulgação PDR2020. NERA Loulé 2 de Julho de 2015. Júlio Cabrita - DRAPAlg

Sessão de Divulgação PDR2020. NERA Loulé 2 de Julho de 2015. Júlio Cabrita - DRAPAlg Sessão de Divulgação PDR2020 NERA Loulé 2 de Julho de 2015 Júlio Cabrita - DRAPAlg (Continuação) 25,0% PRODER - TOTAL (Região Algarve) Investimento total por concelho (%), em 2015-03-23 22,5% 20,0% 17,3%

Leia mais

3. POPULAÇÃO E INDICADORES DEMOGRÁFICOS

3. POPULAÇÃO E INDICADORES DEMOGRÁFICOS 3. POPULAÇÃO E INDICADORES DEMOGRÁFICOS 37 38 3.1. Introdução Para a interpretação dos dados de saúde, quer de morbilidade quer de mortalidade, e nomeadamente para, com base nesses dados, se fazer o planeamento

Leia mais

Turismo no Espaço Rural. A oferta e a procura no TER

Turismo no Espaço Rural. A oferta e a procura no TER A oferta e a procura no TER 2007 Índice Introdução Capacidade de alojamento Estimativa de dormidas Taxas de ocupação-cama Anexos 2 Introdução. Em 2007 estavam em funcionamento em Portugal 1.023 unidades

Leia mais

O IEFP e o INE divulgam os dados do Inquérito ao Emprego 2006 Desemprego em Queda

O IEFP e o INE divulgam os dados do Inquérito ao Emprego 2006 Desemprego em Queda O IEFP e o INE divulgam os dados do Inquérito ao Emprego 2006 Desemprego em Queda O emprego em Cabo Verde entrou definitivamente na agenda do desenvolvimento. Os resultados que agora se divulgam visam

Leia mais

Relatório de Avaliação do Sistema de Gestão da Qualidade

Relatório de Avaliação do Sistema de Gestão da Qualidade Relatório de Avaliação do Sistema de Gestão da Qualidade Referente ao período de janeiro a dezembro de 2014 Município de Terras de Bouro Elaborado em 29 de janeiro de 2015 janeiro de 2013 MUNICÍPIO DE

Leia mais

Promoção da actividade resineira em Portugal no âmbito da PAC pós 2013

Promoção da actividade resineira em Portugal no âmbito da PAC pós 2013 Promoção da actividade resineira em Portugal no âmbito da PAC pós 2013 Francisco Avillez (Professor Emérito do ISA, UTL e coordenado científico da AGR.GES) 16 de Abril de 2013 1. Evolução do pinheiro bravo

Leia mais

VALOR DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL NO SECTOR CULTURAL E CRIATIVO

VALOR DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL NO SECTOR CULTURAL E CRIATIVO VALOR DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL NO SECTOR CULTURAL E CRIATIVO A presente Nota Estatística visa apresentar informação relativa ao valor dos direitos de propriedade intelectual 1 no sector

Leia mais

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC)

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC) AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS Nº 01 / SIAC / 2012 SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC) PROGRAMA ESTRATÉGICO +E+I PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO NO 7.º PROGRAMA-QUADRO DE I&DT (UNIÃO EUROPEIA)

Leia mais

Menos Crédito e destruição de emprego continuam a refletir grave crise na Construção

Menos Crédito e destruição de emprego continuam a refletir grave crise na Construção Associações Filiadas: AECOPS Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços AICCOPN Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas Conjuntura da Construção n.º 71 Agosto

Leia mais

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Ponto de situação em 31 de Outubro de 2007 As listas de consumidores com direito à restituição de caução foram

Leia mais

Comunidade Intermunicipal da Beira Interior Sul

Comunidade Intermunicipal da Beira Interior Sul Comunidade Intermunicipal da Beira Interior Sul 1. Identificação do Recurso Endógeno e do Território Alvo PROVERE Beira Baixa: Terras de Excelência : Conjugar a valorização do território, dos produtos

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais