A Previdência Social Brasileira após a Transição Demográfica: Simulações de Propostas de Reforma

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1 A Previdência Social Brasileira após a Transição Demográfica: Simulações de Proposas de Reforma Bruno Zanoo Vigna Resumo É consenso que a demografia esá por rás da deerioração das conas previdenciárias em odo o globo. O problema se agrava no Brasil, pois a informalidade do mercado de rabalho exclui milhões de poenciais conribuines do regime de reparição. O rabalho mensura, aravés de simulações de um modelo de longo prazo, qual o impaco fiscal das mudanças inroduzidas pela ransição demográfica. E, admiindo a persisência dessa nova esruura eária, simula quais proposas de reforma da previdência êm maior efeio na redução dos déficis do INSS. Denre as principais conclusões esão: (i a ransição demográfica sozinha é responsável por (quase dobrar a alíquoa previdenciária necessária para equilibrar o sisema, e; (ii apesar de ser exremamene imporane aprovar as proposas de reforma radicionais, aumenar a coberura do regime de reparição aravés da inclusão de pare dos aproximadamene 45 milhões de rabalhadores informais não-conribuines reduz déficis em magniude semelhane. Palavras-chave: reforma da previdência, ransição demográfica, informalidade do mercado de rabalho, equilíbrio geral compuável. Absrac I is consensus ha long run demographic rends are behind fiscal deerioraion around he globe. The problem is even wors in Brazil because millions of poenial conribuors are lef ou of he pay-as-yougo sysem as a resul of labor marke informaliy. Based on long run model simulaions, his work measures he demographic ransiion fiscal effec. And, admiing his new age disribuion will hold, simulaes which reform proposals have greaer impac on reducing pension sysem deficis. Among he main conclusions are: (i demographic ransiion alone is responsible for (almos doubling he pension sysem equilibrium ax rae, and; (ii alhough i is exremely imporan o approve radiional pension sysem reform proposals, increasing he regime s coverage hrough including par of he 45 million informal workers as conribuors helps reducing deficis as much. Key words: pension sysem reform, demographic ransiion, labor marke informaliy, applied general equilibrium model. Área Economia Social e Demografia Econômica JEL: J26 Reiremen Policies; D58 Compuable and Oher Applied General Equilibrium Models Mesrando em Economia pela EESP-FGV. Defesa da disseração marcada para agoso/ barney@gvmail.br

2 Inrodução A simples verificação das conas nacionais dos úlimos dez anos nos permie dizer que houve redução considerável do défici fiscal (nominal, operacional e primário, nos rês enes da federação (união, esados e municípios, principalmene de 999 em diane. No enano, uma cona em paricular vem se deeriorando com preocupane velocidade: a previdenciária. O resulado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS (pagamenos de benefícios subraídos da arrecadação líquida do INSS apresena superávis aé 996. Em 2002, o défici á era da ordem de,4% do PIB e em 2005 ese número aingiu,93% do PIB, algo próximo a R$ 38 bilhões. O Gráfico abaixo resume a evolução dos déficis do RGPS. Gráfico Evolução Recene dos Déficis do RGPS (em % do PIB 2,5% 2,0%,5%,0%,82%,93%,58%,4% 0,93% 0,80% 0,78% 0,67% 0,5% 0,0% 0,5% -0,2% -0,8% -0,5% * 2004 Fone: Minisério do Planeameno *inclui efeios do Decreo nº 5.379/05. As proeções do Minisério do Planeameno, Orçameno e Gesão (MPOG indicam que, em 2006, o desfalque da Previdência Social será de aproximadamene R$ 43 bilhões (MPOG, Vale ressalar que essa cifra não inclui os saldos do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS, o regime dos servidores públicos, que apresenou défici de (ouros R$ 3,5 bilhões em O que esá por rás da deerioração das conas da previdência? A susenabilidade do regime previdenciário de reparição depende de uma esruura demográfica com alas axas de crescimeno da população (conribuines. À medida que o crescimeno populacional diminui e a expecaiva de vida aumena, a relação conribuines/beneficiários diminui e o regime se orna deficiário. Em 960, eram 7,89 conribuines para cada beneficiário. Em 2002, esse quociene caiu para,23 (MPAS, Gráfico 2 Meia-Pirâmide Eária Conforme a Taxa de Naalidade ,0%,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% ,0%,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% (2a (2b O Gráfico 2 acima mosra como a meia-pirâmide eária muda de formao quando a axa de crescimeno populacional cai de 4% ao ano, em (2a, para % ao ano, em (2b. O sisema só é viável

3 economicamene quando a pirâmide em base para financiar o opo. Iso ocorre em (2a e não ocorre em (2b. As proeções demográficas para o Brasil põem em xeque a capacidade do Esado de financiar o sisema como hoe esá desenhado. Não falam proposas para sua reforma. Sua viabilidade políica, no enano, é duvidosa. O presene esudo preende, porano, além de fornecer maéria-prima para novas proposas, ampliar a conscienização sobre a gravidade do problema. O equacionameno fiscal do sisema previdenciário permiiria ao presene, e aos fuuros governos, alocação mais eqüiaiva dos recursos públicos a ouros seores carenes da sociedade como saúde, educação, saneameno e moradia. A bibliografia sobre a problemáica da previdência é exensa usamene em função de seu caráer universal. A grande maioria dos países desenvolvidos esá em eságios avançados da ransição demográfica e passa por profundos processos de reforma em seus sisemas de previdência. Nos Esados Unidos e Europa, uma série de auores discue os efeios das mudanças demográficas no equilíbrio ineremporal dos governos. Sua abordagem faz uso de modelos de oimização e é conhecida como Generaional Accouning. Enre os principais esudos esão Auerbach e alii (989, Auerbach e al (99, Haveman (994, Rafflhuschen & Risa (997 e Kolikoff & Rafflhuschen (999. A principal obra desa linha de análise é Auerbach & Kolikoff (987. Traa-se de um manual de políica fiscal dinâmica. O séimo capíulo desse livro coném o argumeno principal do que depois passou a se chamar Generaional Accouning. Nos primeiros quaro capíulos, os auores descrevem o modelo que permie capar as resposas de diversas variáveis endógenas da economia a alerações de políicas fiscais. Nos úlimos dois capíulos do livro (capíulos 0 e, são inroduzidas variáveis demográficas e há uma análise de como as alíquoas do imposo previdenciário devem se comporar para que o sisema de seguridade social nore-americano esea em equilíbrio. Esses capíulos servem de base para ese arigo. Monero-Muñoz (2000 faz simulações para a economia espanhola usando a mesma meodologia de Auerbach & Kolikoff (987. Aravés do modelo aplicado de equilíbrio geral, proposas de reforma da previdência são analisadas. Cada proposa, simulada via choque exógeno ou aleração marginal da forma funcional do modelo, gera um novo equilíbrio indicando como responderiam as diversas variáveis endógenas. A lieraura nacional sobre previdência se divide enre dois obeos de esudo disinos: equilíbrio fiscal e funções disribuivas do regime brasileiro. No que ange à problemáica fiscal, Fernandes & Naria (2003 e Fernandes & Gremaud (2003 fazem invesigação sobre as alíquoas previdenciárias necessárias para equilibrar as conas do RGPS e do RPPS, respecivamene. No primeiro esudo, supondo que as regras inroduzidas pela reforma de 998 fossem definiivas, enconrou-se uma alíquoa que equilibra as conas do RGPS pouco acima de 33%. Quano ao RPPS, o valor enconrado foi de 73,2%. Barreo & Oliveira (200 faz uma análise do impaco da subsiuição do aual regime de reparição por um de capialização nas principais variáveis macroeconômicas. Ellery Jr. & Bugarin (200 esudam, via simulação numérica, o impaco da subsiuição do RGPS por um regime de capialização sobre o bemesar da sociedade e algumas variáveis macroeconômicas como consumo agregado, produo, axa de uro e salários reais. Sua principal conclusão é que regimes de reparição razem mais bem-esar no longo prazo se comparados a regimes de capialização. O obeivo dese arigo é simular os impacos da ransição demográfica no equilíbrio fiscal do RGPS aravés de modelo de equilíbrio geral compuável próximo ao usado em Auerbach & Kolikoff (987 e Monero-Muñoz (2000. O modelo foi adapado às caracerísicas e peculiaridades do regime brasileiro e uilizou parâmeros (elasicidades, coeficienes écnicos, ec. á esimados para a economia nacional. A inclusão de variáveis que descrevem o nível de formalização do mercado de rabalho ambém aproxima o rabalho da realidade do país. Dados indicam que, em geral, rabalhadores sem careira assinada não conribuem para a previdência. As simulações coninuam a parir do cenário demográfico pós-ransição. O mesmo modelo foi resolvido com alerações marginais nas variáveis exógenas que simulam proposas de reforma de previdência. Ineresse especial será dedicado à resposa da alíquoa do imposo previdenciário a cada uma dessas alerações marginais. 2

4 Ese arigo esá organizado em rês seções, além desa inrodução e da conclusão. Na primeira, o sisema previdenciário brasileiro é descrio aravés da exposição do conexo hisórico de sua criação e de suas principais caracerísicas. O conceio de ransição demográfica é inroduzido e dados do mercado de rabalho são apresenados. Preende-se deixar claro que as mudanças demográficas em curso e a informalidade do mercado de rabalho são a causa da falência do regime geral de previdência social (RGPS a análise concenrar-se-á no RGPS, á que o regime dos servidores públicos (RPPS em inúmeras nuances, caracerísicas próprias (por exemplo, regimes especiais para miliares, exparlamenares e professores e aende a uma pequena parcela da população (cerca de 3% ou 5,2 milhões de rabalhadores. A segunda seção descreve o modelo de equilíbrio geral compuável (consumidor, firma e governo simulado. São exposas suas premissas, equações analíicas e condições de equilíbrio. O capíulo ermina com a calibragem do modelo, que consise na pesquisa dos parâmeros numéricos que melhor descrevem as caracerísicas da economia brasileira. A erceira raz análises de simulações baseadas em soluções numéricas do modelo descrio no segundo capíulo. A primeira simulação consise em analisar como a aleração das variáveis demográficas exógenas (axa de naalidade e expecaiva de vida afea as variáveis endógenas do modelo, com maior ineresse na alíquoa do imposo previdenciário. As ouras simulações parem de proposas de reforma da previdência. I O SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO O Sisema Previdenciário Brasileiro em rês componenes principais: o Regime Geral de Previdência Social (RGPS, que cobre os rabalhadores da iniciaiva privada e é adminisrado pelo Insiuo Nacional do Seguro Social (INSS; os Regimes Próprios de Previdência dos Servidores Públicos (RPPS, adminisrados pela União, esados, Disrio Federal e municípios; e o Regime de Previdência Complemenar, adminisrado por enidades fechadas (fundos de pensão ou aberas (bancos e seguradoras. O pilar de maior abrangência é o RGPS, que emiiu média de 23,8 milhões de benefícios mensais em Para se er uma idéia de sua represenaividade na Previdência Social brasileira, basa compará-lo ao RPPS e à Previdência Complemenar: o RPPS abarca apenas os cerca de 5,2 milhões de funcionários públicos do país, enquano que a Previdência Complemenar cona com uma população de 6,5 milhões de pessoas nas enidades fechadas (EFPC dos quais apenas 63 mil eram beneficiários (9,4% e 8,6 milhões de planos individuais nas enidades aberas (EAPC dos quais apenas 270 mil pagam benefícios (3,% 3. Vale lembrar que exise dupla conagem, pois há indivíduos com mais de um plano. Com anos beneficiários, o RGPS é de vial imporância para a esabilidade social do país. Segundo a Pesquisa Nacional por Amosra de Domicílios (PNAD do IBGE, para cada 00 beneficiários, ouros 250 são indireamene beneficiados. Traa-se, porano, de um sisema que ainge cerca de 58 milhões de pessoas, ou 34% da população. As ransferências a íulo de previdência são responsáveis por reirar cerca de 8 milhões de pessoas de baixo da linha da pobreza (MPAS/SPS, 200. Aé 996, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS inha suas conas equilibradas. Em 2005, o défici chegou a quase 2% do PIB. Enre as principais razões dessa deerioração esão a ransição demográfica e a informalidade do mercado de rabalho. 2 Conforme Anuário Esaísico da Previdência Social de 2004, do Minisério da Previdência e da Assisência Social. Equivale à soma dos benefícios previdenciários e assisenciais (2+2,8 milhões. 3 Conforme o Informe Esaísico da Secrearia de Previdência Complemenar (MPAS/SPC, 2004 de dezembro de 2004 e o Boleim Esaísico da Superinendência de Seguros Privados (SUSEP,

5 Aspecos Demográficos O país vem consolidando sua ransição demográfica. Definida como uma aleração no comporameno da curva demográfica, se refere a uma ransição enre duas siuações de crescimeno demográfico. Na primeira fase, o crescimeno é reduzido devido às alas axas de moralidade e naalidade. Durane a fase de ransição, regisra-se um crescimeno demográfico acelerado, devido à redução na axa de moralidade provocada pelas melhorias saniárias advindas da modernização, e à manuenção de alas axas de naalidade. Na segunda fase, a axa de crescimeno é baixa devido à redução das axas de naalidade. Gráfico 3 Taxas de Naalidade e Moralidade no Brasil ( p Fone: IBGE, 2004 O aual modelo de previdência social foi criado nos anos 960, usamene o período de maior crescimeno demográfico á regisrado no Brasil (IBGE, Aravés da Lei Orgânica de Previdência Social (LOPS Lei n 3.807, de 26 de agoso de 960 e do Decreo Lei n 72 de 2 de novembro de 966 as Caixas e Insiuos de Aposenadorias foram unificados no Insiuo Nacional de Previdência Social (INPS, que passou a se chamar Insiuo Nacional de Seguridade Social (INSS a parir de unho de 990, quando ese se fundiu com o Insiuo de Adminisração da Previdência e Assisência Social (IAPAS. No regime insiuído, o regime de reparição, há um fundo único que recebe conribuições das gerações mais ovens, que esão no mercado de rabalho e êm condições de poupar. Dele parem os benefícios pagos às gerações que perderam sua capacidade de rabalhar. A aual esruura demográfica á não permie a exisência de um regime de reparição e as proeções indicam que os déficis serão ainda maiores. Apesar de o país ainda se enconrar em posição relaivamene conforável demograficamene (se comparado a ouros países, o cenário para as conas da previdência não é bom. Na década de 90, a população com mais de 60 anos cresceu 35,9% enquano que a população oal cresceu só 5,9%. O IBGE proea crescimeno populacional de % ao ano na década de 200. Aualmene a população cresce a,4% ao ano. A expecaiva de vida era de 58 anos em 970. Hoe é de 69,4 anos. Mais imporane: a expecaiva de sobrevida aos 60 anos de idade é de 77,8 anos (IBGE, Se hoe o défici á é de 2% do PIB, como ficarão as conas no fuuro? O Papel da Informalidade do Mercado de Trabalho O ouro fenômeno que auda a explicar a falência do regime previdenciário de reparição é a informalidade do mercado de rabalho. A informalidade reduz a arrecadação previdenciária e preudica a solvência do regime. Segundo dados da PNAD do IBGE, a População Economicamene Aiva (PEA do Brasil era de 87,8 milhões de pessoas em Cerca de 9,7% delas eram consideradas desocupadas. Enre as 79,2 milhões consideradas ocupadas, cerca de 30,2 milhões conribuíram para o RGPS em 2003, o que equivale a apenas 38,% dos ocupados. Em resumo, o Brasil cona com 50,3% da população em idade de conribuir, mas apenas 7,2% da população conribui. 4

6 A informalidade do mercado de rabalho é uma das principais causas da baixa axa de conribuição à previdência. Os 79,2 milhões de rabalhadores ocupados podem ser divididos em rês grandes classes: empregados, domésicos e individuais, sendo que esses úlimos incluem os empregadores e os auônomos (cona própria e profissionais liberais. Os empregados são 43, milhões, ou 54,4% dos ocupados. Os domésicos são 6, milhões, ou 7,7% dos ocupados. Os 30, milhões resanes, ou 38%, são classificados como individuais. A Tabela resume eses dados. Tabela Dados do Mercado de Trabalho Brasileiro A Tabela 2 abaixo mosra que, enre os 43, milhões de empregados, apenas 23,7 milhões, ou 55,5%, são devidamene conraados com careira de rabalho assinada. Cerca de 5,2 milhões são funcionários públicos (civis e miliares e o resane é não-declarados ou ouros. Os funcionários públicos conribuem ao RPPS e não serão analisados aqui. Noa-se que o número de conribuines em 2003 foi de 22,7 milhões, um número bem próximo ao número de rabalhadores com careira assinada (23,7 milhões. Tabela 2 PEA Ocupada Ao agregar os conribuines, na Tabela 3 podemos concluir que a cada 00 rabalhadores apenas 38 conribuem para o RGPS no Brasil. Tabela 3 Conribuines ao Regime Geral de Previdência Social Pode-se inferir aravés dos dados que, quano maior a formalidade do mercado de rabalho, maior é o oal de conribuições ao RGPS. Quando os rabalhadores são conraados sem qualquer formalização, a conribuição depende apenas da volunariedade do rabalhador. Nauralmene, nese caso os 5

7 rabalhadores conribuem muio menos. Os dados da PNAD não sugerem uma preocupação do rabalhador informal com relação a sua aposenadoria. Isso pode ser explicado pela carência de consumo de bens de primeira necessidade. Poupar para a aposenadoria, algo ão disane no empo, pode ser considerado um bem de luxo. II O MODELO Para responder como as mudanças demográficas e a informalidade do mercado de rabalho afeam o equilíbrio das conas previdenciárias, será usado como base o modelo A-K (Auerbach & Kolikoff, 987. Traa-se de um modelo de equilíbrio geral compuável com gerações sobreposas. Por que um modelo de equilíbrio geral compuável? Ele possibilia a análise de alernaivas de políica econômica e ilusra, numericamene, o impaco de ais políicas (aqui, proposas de reforma da previdência. Ese méodo é poderoso porque nele em-se (i a idéia clara dos canais pelos quais as alernaivas de políicas públicas afeam a economia real (em qual seqüência as variáveis-chaves da economia são afeadas e (ii a noção da magniude (quaniaiva do impaco dessas alernaivas. Por que um modelo com gerações sobreposas? O seu uso é ideal para análise de problemas de longo prazo. Além disso, são indicados para o esudo do caráer inergeracional do problema previdenciário e podem facilmene acomodar mudanças em variáveis exógenas como demografia (Bergman, 990. Obviamene cabem críicas ao uso do modelo A-K. Ele pode ser considerado inapropriado para a análise da previdência brasileira por se raar de um sisema com uma gama de beneficiários muio heerogênea. No Brasil, diversas são as formas de cálculo dos benefícios e inúmeras são as classes de beneficiários (funcionários públicos, miliares, magisrados, rabalhadores rurais e urbanos informais. Cada uma dessas classes conribui de forma diferene e obém os benefícios em monane e momenos disinos. Como aceiar um modelo que considera odos os conribuines e beneficiários iguais? Três são as razões principais que o ornam aceiável: Como o esudo se concenra nas conas do INSS, órgão que adminisra o RGPS, as classes de beneficiários analisadas são apenas os rabalhadores rurais e urbanos do seor privado, mais homogêneos que os beneficiários do RPPS; Ouros dados que ornam os segurados do RGPS mais homogêneos são: cerca de 74% dos beneficiários recebem aé dois salários mínimos e 69% dos conribuines êm salários menores que rês salários mínimos (MPAS, Além disso, o senido das reformas previdenciárias no Brasil indica um sisema previdenciário mais uniforme no fuuro. Na medida que o modelo fornece resulados de longo prazo, esa críica perde força e a aceiação do modelo é visa com menos ressalvas. O modelo será resolvido numericamene. Foram especificados valores (numéricos para os parâmeros descrios no modelo analíico. Para garanir uma maior proximidade do esudo com a realidade brasileira, a disseração priorizou o uso de esimações economéricas previamene realizadas para o Brasil e, na fala desas, de lieraura inernacional. O Modelo Teórico O modelo será primeiramene apresenado de forma analíica e, após eapa de calibragem e paramerização, será resolvido numericamene. Deerminar-se-á um equilíbrio de esado esacionário de referência e alerações (marginais de alguns dos parâmeros exógenos levarão o modelo a ouros equilíbrios. O modelo consise em rês seores: famílias, firmas e governo. As equações de cada um dos seores são resolvidas simulaneamene, o que caraceriza um "equilíbrio geral". 6

8 A. Famílias 4 Modigliani & Brumberg (954, Modigliani & Ando (963 e Modigliani (986 descrevem o comporameno das famílias em ermos da escolha enre consumo e lazer. Conforme esses rabalhos, as famílias racionalmene escolhem seus níveis de consumo e lazer de hoe e do fuuro, de acordo com expecaivas de renda de odo seu ciclo de vida. Enquano o consumo permanece relaivamene consane durane a vida, o mesmo não aconece com a renda. Como resulado dessas duas realidades, verifica-se grande variação da poupança dos indivíduos ao longo da vida: quando ovens e idosos êm poupança negaiva, quando maduros êm poupança posiiva. Vale lembrar que essa o consumo só é permanene se não exisirem resrições ao crédio 5. No modelo, os indivíduos só omam suas decisões econômicas a parir dos 8 anos de idade. Anes disso, são considerados dependenes das gerações superiores (por exemplo, dependenes de seus pais. O modelo, porano, é composo por ( E 8 gerações 6 ou coores de um ano cada, onde E é a esperança de vida aos 50 anos de idade 7. A cada ano uma coore desaparece e oura a subsiui. O número de coores do modelo se refere aos ( E 8 anos relevanes para a previdência, que podem ser divididos em duas fases disinas: dos 8 anos aé o úlimo ano anes de complear a idade de aposenadoria ( A, quando o indivíduo é um conribuine, e; dos A aé complear E anos de idade, quando é beneficiário. Todos os indivíduos morrem ao aingirem a idade igual a E, desa forma, não há incereza quano à idad e de ó bio. A fala de incereza quano à duração da vida parece algo pouco realisa, mas como esamos analisando populações muio grandes, vale o uso da idade média de more. O amanho de cada coore ( φ depende da axa de crescimeno da população. Para o cálculo das frações da população que cada coore represena, emos a seguine equação 8 : φ n( + n E ( + n E = 8, ou sea φ φ + = + n e E φ = 8 = n : axa de crescimeno populacional; E : expecaiva de vida; Por exemplo, para uma população cua E = 65, se n = 3%, emos que φ 8 = 3,88% e φ 64 = 0,99%, ou sea, 3,88% da população em 8 anos de idade e 0,99% da população em 64 anos de idade. Se n =%, emos que φ 8 = 2,65% e φ 64 =, 67%, o u sea, 2,65% da população e m 8 anos de idade e,67% da população em 64 anos de idade. Conforme expliciado na inrodução da disseração, quando maior a axa de crescimeno da população, maior é a faia ovem da população. As famílias maximizam a seguine função de uilidade ineremporal (lifeime uiliy funcion de formao CES (Consan Elasiciy of Subsiuion: 4 O uso do ermo Família, no lugar de Consumidor, se usifica pois anes dos 8 anos os indivíduos são considerados dependenes dos pais. 5 Lannes Jr. (999 leva as resrições ao crédio em consideração. 6 Se pensarmos que E=65, o modelo em 47 gerações. 7 O uso da esperança de vida aos 50 faz mais senido que a expecaiva de vida quando se raa de previdência, pois deermina o empo médio de benefícios recebidos por quem se aposena aos cinqüena. 8 al equação é de domínio público e á foi usada em ouros esudos (e.g., Fochezao & Salami (2004. Ela foi usada na elaboração da meia-pirâmide eária apresenada na inrodução da disseração. 7

9 [ u ( c, l, u ( c, l,..., u ( c, l ] U ( c, l = U E E E U ( c, l = γ E = 8 + δ ( u ( c, l γ onde: ( ( ρ ρ ρ = ( c α. l u ( c, l + é a uilidade do indivíduo no período ; U ( c, l : uilidade do indivíduo nos ( E 8 anos de vida adula; γ : elasicidade de subsiuição ineremporal; ρ : elasicidade de subsiuição inraemporal; δ : axa de preferência pelo presene; α : axa de preferência pelo lazer. A maximização da função acima esá sueia à resrição orçamenária ineremporal dada por: A ( τ w e ( l E E = ( + s 8 s r = s= A s= 8 s + = = 8 ( + r = A ( + rs 8 Valor presene dos salários líquidos (desconados do imposo previdenciário dos 8 aé complear A anos de idade B Valor presene dos benefícios recebidos dos A aé complear E anos de idade c Valor presene do consumo do indivíduo dos 8 aé complear E anos de idade onde: w, r : axa de salário e de uro (real no período ; e : evolução do salário médio ao longo da vida aiva. Ele é crescene na primeira meade da vida aiva, pois indivíduos se qualificam e ganham produividade. τ : alíquoa do imposo previdenciário do empregado no período ; B : benefícios a íulo de aposenadoria no período ; c : consumo do indivíduo no período ; ( l : represena o empo do indivíduo desinado ao rabalho. No Brasil, depois da reforma previdenciária de 998, o benefício a íulo de aposenadoria ( B é calculado conforme a média dos 80% melhores salários desde ulho de 994. Dessa forma, pode-se dizer que, denro de 30 anos (ano 2035, o benefício será igual à média dos salários recebidos durane odo o período conribuivo do indivíduo (dos 8 aos A- anos de idade, ponderada pela axa de reposição previdenciária ( R : B = R A A W ( A +, ( l ( A +, 9 = 8 8

10 onde: W = w e, salário real recebido por indivíduo de idade no período ; ( + δ, ( l, : quanidade de horas rabalhadas pelo indivíduo de idade no período. As condições de primeira ordem da maximização são: ( + δ s= 2 ρ γ ρ u( c, l c = λ ( + rs ρ γ ρ u( c, l α. l = λ + r ( s= 2 s onde: λ : uilidade proporcionada por unidade adicional de renda; μ : preço-sombra dos salários reais no período. [( τ we + ( R /( A 9 we( A ] + Combinando as duas condições de primeira ordem, emos a expressão que combina as demandas (conemporâneas por consumo e lazer: ρ [( τ e + ( R /( A 9 e ] μ w + = α l ( A c * l, ou = w c α ρ μ onde: w * [( τ e + ( R /( A 9 e( A ] + = w μ pode ser considerado o preço do lazer ou salário reserva, ou sea, o salário exigido pelo indivíduo para abrir mão de seu lazer. Aqui, podemos analisar a influência de α e ρ no rade-off enre lazer e rabalho. Se α é manido * consane, a elevação do preço do lazer ( w em uma unidade provoca uma elevação da ofera de rabalho em ρ unidades. Além disso, se ρ esiver fixo, um aumeno em α eleva ( l /. Reescrevendo as condições de primeira ordem usando a relação ( l / c, emos: c γ ρ γ ρ *( ρ ( + ρ + r α w =. *( ( + ρ ρ δ + α w c c ρ ( ρ γ γ ρ *( ρ ρ α * l ( + r + w w = ρ ρ δ. *( * ( + + α w w l As equações acima deerminam as raeórias óimas do consumo e do lazer no empo, mas não seus valores absoluos, que só poderão ser enconrados com a solução numérica do modelo 9. Se o preço ρ 9 O valor absoluo do consumo agregado é enconrado resolvendo recursivamene a equação de c, mas como ela depende de um salário que ambém varia no empo, w, al equação não pode ser deerminada analiicamene. 9

11 do lazer não variar no empo, ou sea, se crescimeno do lazer. * * = w w, a axa de crescimeno do consumo é igual à axa de * No enano, se o preço do lazer ( w variar no empo, emos os efeios inra e ineremporais auando simulaneamene. Por exemplo, se o salário real crescer no empo, emos dois efeios: o inraemporal: mais renda provoca o crescimeno do consumo relaivamene ao lazer a cada período, e; o ineremporal: salários mais alos no fuuro reduzem o empo de lazer ao longo da vida do indivíduo, á que ese aproveiará os salários mais alos dos períodos poseriores; O efeio dominane depende dos valores de ρ e γ. Se ρ = γ, os efeios se cancelam. Se ρ γ, o consumo cresce com os salários e, se ρ γ, o efeio subsiuição ineremporal domina e o consumo cresce a axas mais baixas. B. Firmas O modelo em um único seor produivo represenaivo. As firmas auam em um mercado compeiivo, ou sea, são omadoras de preço. A firma represenaiva minimiza a seguine função-cuso: CT = w L + r K ( + τ 2 onde: CT, L e K :cuso oal, rabalho e capial no período ; τ : alíquoa do imposo previdenciário do empregador; 2 w, r : axa de salário e de uro (real no período ; A minimização de cusos é sueia à função produção de formao CES (Consan Elasiciy of Subsiuion 0, o que significa produção com reornos consanes de escala. Y ( ( ( σ σ = θk + ( θ σ L onde: Y, L e K : produo, rabalho e capial no período ; θ : proporção do faor capial na produção. σ : elasicidade de subsiuição enre capial e rabalho. As condiç ões de primeira ordem da minimização nos levam às seguines funções demanda pelos insumos (faores de produção: 0 O progresso écnico é ido como consane e uniário. 0

12 σ ( ( ( σ σ σ 2. = ( θ θk + ( θ L. L ( + τ w, ou w = ( θ ( + τ 2 Y L σ ( ( ( σ σ σ = θ θk + ( θ L. K θ r, ou apenas, r = Y K As duas equações acima igualam a remuneração dos faores w e r aos produos marginais do rabalho e capial, respecivamene. Assim, as axas de uro e de salário são função dos esoques de capial e rabalho. C. Governo O modelo supõe equilíbrio fiscal ineremporal, ou sea, o valor presene dos gasos do governo em que ser igual ao valor presene da arrecadação ribuária. = = 0 ( + r = 0 = ( + s 0 s r s= 0 s G T No enano, a disseração preende discuir apenas o equilíbrio fiscal das conas da previdência. Sendo assim, a equação do governo se limia a descrever somene as conas previdenciárias. Fica implício, porano, que odas as ouras conas do governo eseam equilibradas ineremporalmene. A equação serve de resrição ao sisema e apenas garane ese equilíbrio fiscal de um regime de reparição (pay-as-you-go: as conribuições dos rabalhadores aivos devem ser iguais aos benefícios pagos aos inaivos a cada período de empo: τ. F. W ( l ( l A A E A,,,, + τ 2. F. = = 8 ( + n = 8 ( + n = ( + Somaória das conribuições dos rabalhadores enre 8 e (A- anos de idade ( τ τ + 2. F. A = 8 W W, ( l, ( + n Somaória das conribuições dos rabalhadores e dos empregadores Somaória das conribuições dos empregadores onde: F é a parcela formal do mercado de rabalho; = E A = B ( + n ( A 9 + Somaória dos benefícios pagos aos inaivos de idade enre A e E anos B n ( A 9 + Somaória dos benefícios pagos aos inaivos de idade enre A e E anos Assume-se, porano, que, apenas a parcela formal do mercado de rabalho conribui para o regime previde nciário oficial, no caso o INSS. Tal aproximação é razoável, pois, de acordo com os dados apresenados no primeiro capíulo, exise fore correlação enre formalização e conribuição no Brasil. O parâmero F aparece apenas do lado direio da igualdade acima, pois no Brasil, mesmo as pessoas que não conribuem êm direio a receber um salário mínimo após a idade de aposenadoria. Em ouras palavras, apenas uma parcela dos rabalhadores é conribuine, mas odos os rabalhadores são beneficiários.

13 Um raameno mais rigoroso para essa quesão impõe uma série de dificuldades à modelagem, pois, se odos os rabalhadores recebessem salários iguais (e soubessem disso, não eriam incenivo algum para conribuir. Na práica, isso não aconece porque a conribuição dos rabalhadores do seor formal é reida na fone (desconada em folha. Para fazer al raameno seria necessário não só rabalhar com dois ipos de indivíduo, mas ambém fazer uma divisão enre seor produivo formal e informal. A opção da inclusão do parâmero F é uma forma mais pragmáica de raar essa quesão. D. Condições de Equilíbrio Marke Clearing Em um equilíbrio geral, a ofera deve ser igual à demanda em odos os mercados. O mercado de bens deve esar em equilíbrio, assim como os mercados de faores (rabalho e capial: Mercado de rabalho: L D L = L S D A ( θ Y S ( l = e L = 8 ( + τ 2 w = 8( + n Mercado de bens: c ( + n Y = Y D S C + I + G = w L + r K E onde: C = 8 ; = 8 I = K K ; K = ( + r K, porano: = r. K I ; Aqui, a depreciação do capial e a variação de esoques são nulas. Calibragem e Paramerização do Modelo A eapa de paramerização do modelo consise na especificação de valores numéricos para os parâmeros descrios no modelo analíico. Para isso, são usados parâmeros á calculados na lieraura. O presene esudo preferiu usar parâmeros esimados para a economia brasileira. Quando não disponíveis, foram usados esudos que esimaram parâmeros para economias esrangeiras. Preferências dos Indivíduos Elasicidade de Subsiuição Ineremporal (γ : expressa o quão subsiuível é o consumo ao longo dos anos. Em ouras palavras, quão sensível é o consumo em relação à axa de uro. No modelo desenvolvido por Auerbach e Kolikoff (987 foi usado o valor γ = 0, 25. Para o Brasil, Lledo (200 esimou que a elasicidade subsiuição ineremporal é de 0,4. Reis e alli (998 argumena que as resrições ao crédio no Brasil elevam a elasicidade de subsiuição ineremporal para valores superiores à unidade. Dada a conrovérsia, a presene disseração segue o modelo A-K, que uiliza o valor γ = 0, 25. Vale observar que, mesmo com a desvanagem da conribuição previdenciária reida em fone, os rabalhadores em geral preferem auar no mercado formal. Inúmeras são as vanagens, enre elas: maior esabilidade, garania de direios rabalhisas e remuneração média mais elevada. 2

14 Elasicidade de Subsiuição Inraemporal ( ρ : expressa o grau de subsiuição enre lazer e consumo denro de cada período de empo. Em ouras palavras, ese parâmero mede quano a ofera de rabalho responde ao salário real do mesmo período. Se ρ = 0, variações no salário real não aleram a quanidade de horas rabalhada s. Há conrovérsia, enreano, quano à esimação dese parâmero. Como saber se a mudança do salário real é emporária ou permanene? Quano mais emporária é a mudança, menor é o efeio renda na resposa da ofera de rabalho. Para a realidade da economia americana, Auerbach & Kolikoff (987 se apóiam em Ghez & Becker (975 e usam ρ = 0, 83. Lledo (200 esimou que ese parâmero para o Brasil é,5. Aqui seguiremos Lledo (200, assim como em Fochezao & Salami (2004. Taxa de Preferência pelo Presene ( δ : expressa o faor de descono subeivo dos indivíduos. Pode-se uilizar a relação riqueza/renda observada na economia ou a axa de uro, como em Barreo & Oliveira (995, Barreo (997 e Lannes Jr. (999. Assim, δ = ( + r = 0, 93 ( r = 7,54% ao ano - axa real pelo IPEADATA. Aqui usa-se δ = 0, 93. Taxa de Preferência pelo Lazer ( α : mede como a ofera de rabalho responde ao salário real. Poucos esudos se dedicaram a sua esimação, porano, o ineressane é escolhe r um valor que nos leve a valores realísicos de ofera de rabalho. Se α = 0, eremos indivíduos rabalhando o empo odo. A disseração segue o rabalho original de Auerbach & Kolikoff (987, onde α =, 5 ; Taxa de Crescimeno Populacional ( n : será a primeira variável exógena e ser modificada. Preende-se simular o efeio de uma mudança no crescimeno populacional nas variáveis endógenas do modelo. No equilíbrio inicial, n = 0, 03, á que nos anos 60, quando o regime de reparição foi criado, o crescimeno da população no Brasil era de 3% ao ano. A primeira simulação aponará os efeios da queda desa variável para % ao ano (axa de crescimeno populacional proeada pelo IBGE para 200; Parâmeros de Produção e Função Evolução do Salário ( : os esudos Lledo (200 e Fochezao & Salami (2004 usaram as esimaivas de Ferreira (200 para os parâmeros a, b e c da forma funcional 2 ( a + b+ c e = exp. Os valores esimados foram os seguines: a = 0, 23, b = 0, 05e c = 0, Ao assumirmos ais valores, emos que os rabalhadores aingem seu pico salarial aos 45 anos de idade, quando ganham 90,6% a mais que quando êm 8 anos. Os valores de e para as coores de 8 a 55 esão no Anexo 2. Elasicidade de Subsiuição da Produção ( σ : represena como varia a relação capial-rabalho ( K / L quando a relação dos preços dos insumos ( w / r varia. Aqui essa elasicidade é omada como uniária, desa forma, a função produção passa a ser do ipo Cobb-Douglas; Proporção do Faor Capial na Produção (θ : a maioria dos esudos para o Brasil [Barreo & Oliveira (995, Barreo (997, Lannes Jr.(999] uiliza as Conas Nacionais do IBGE para esimar uma paricipação do capial na renda nacional de 0,5. Conforme levanado por Ellery Jr. & Bugarin (200, esse valor carrega um viés, pois não leva em cona a enorme informalidade da aividade econômica no Brasil. Considerando que a economia informal é mais inensa em rabalho, é mais realisa admiir valores mais baixos para ese parâmero. Ponderando essas evidências, escolheu-se θ = 0, 4. Parâmeros do Mercado de Trabalho e do Regime Geral de Previdência Social Proporção do Mercado de Trabalho Formal ( F : de acordo com a PNAD do IBGE, cerca de 38,% da PEA Ocupada conribui para o RGPS. Como vimos no primeiro capíulo, exise fore 3

15 correlação enre formalização e conribuição pa ra o INSS. Desa forma, adoaremos F = 0, 4 indicando que o mercado de rabalho formal corresponde à 40% do mercado de rabalho oal. Taxa de Reposição Previdenciária ( R : difundido enre os écnicos e analisas da Previdência, o conceio diz respeio à relação enre benefícios recebidos e salários durane a vida aiva do rabalhador. Pode ser calculado a parir da divisão enre o benefício médio pago ao aposenado e o salário médio recebido durane a vida aiva do rabalhador. Uilizando o Anuário Esaísico da Previdência Social de 2004, conclui-se que o salário médio dos conribuines do INSS é de 3,6 salários mínimos e que o benefício médio do pensionisa é de,88 salários mínimos. Dessa forma, chega-se a uma axa de reposição previdenciária de 59,5%, ou sea, o aposenado médio brasileiro recebe como benefício aproximadamene 60% do que é o salário médio do conribuine. Nas simulações, porano, usou-se R = 0,6. Proporção das Alíquoas Previdenciárias incidenes sobre os Empregados e Empregadores τ τ : aualmene o RGPS é financiado por conribuições dos empregados ( τ e dos (, 2 empregadores ( τ 2. A alíquoa dos empregados varia progressivamene enre 7,65% e %. Já a dos empregadores é de 20%. Na resolução do modelo e ao longo das simulações fez-se necessária a fixação da relação enre τ eτ 2. Adoou-se τ 2 = 2τ. III SIMULAÇÕES No erceiro capíulo são apresenados os resulados das simulações realizadas a parir da solução do modelo expliciado no capíulo anerior. As funções-demanda combinadas com as condições de equilíbrio formam um sisema não-linear de equações simulâneas em empo discreo. Sua resolução foi possível aravés do uso de algorimos de ieração de sofwares maemáicos 2. A cada período, calculouse qual a alíquoa do imposo previdenciário 3 era necessária para igualar o gaso do governo com pagamenos de benefícios e a arrecadação do governo com as conribuições previdenciárias. O modelo foi resolvido para 50 períodos (50 anos e enconrou-se a alíquoa previdenciária de equilíbrio. A figura abaixo é uma represenação esquemáica da resolução do modelo: A cada simulação dese erceiro capíulo, uma nova solução para o sisema foi enconrada a parir de um conuno diferene de variáveis exógenas e parâmeros que simula reformas na previdência social brasileira. A comparação das alíquoas que equilibram as conas previdenciárias permie concluir qual reforma em maior impaco na redução dos déficis da Previdência Social. 2 Foi usado o algorimo Trus-Region Dog Leg do MaLab. 3 Calculou-se, na verdade, a soma das alíquoas do imposo previdenciário do empregado e do empregador, manendo consane a relação aproximada de /3 e 2/3, respecivamene, aualmene vigene no RGPS. 4

16 O primeiro exercício consise em uma comparação das siuações demográficas dos anos 960 e dos anos 200. Qual deve ser a alíquoa do imposo previdenciário que maném as conas do INSS em equilíbrio em cada uma dessas conunuras demográficas? A parir do cenário desenhado com a demografia de 200, foram realizados exercícios, ceeris paribus, que simulam as seguines reformas da previdência: Insiuição de idade mínima de aposenadoria de 60 anos para os homens e 55 para as mulheres; Taxação dos benefícios (inaivos; Mudanças nas regras de cálculo dos benefícios; Aumeno (e redução da informalidade no mercado de rabalho. a Comparação de Conunuras Demográficas A comparação, ceeris paribus, de conunuras demográficas meio século disanes uma da oura é um exercício conesável. Muias ouras caracerísicas da economia, inclusive algumas consanes no modelo simplificado expliciado no capíulo dois, mudam em um período ão longo. Essa primeira comparação, no enano, será apresenada para que se enha uma idéia de quão sensíveis são as conas previdenciárias à demografia, ou sea, para que se enha uma idéia de como a aleração das duas variáveis demográficas mais relevanes para a previdência afea suas conas. As variáveis exógenas aleradas foram a axa de crescimeno da população (n, de 3% ao ano (960 para % ao ano (200, e a esperança de vida aos cinqüena anos de idade (E, que era de 65 anos em 960 e passará a 80 em 200, segundo esimaivas do IBGE. No conexo demográfico dos anos 60, a alíquoa do imposo previdenciário que equilibra suas conas é 29,9%. Após a aleração das variáveis demográficas e nova resolução do modelo, o esado esacionário da alíquoa sobe para 55,%. Ou sea, a ransição demográfica orna o sisema alamene deficiário, viso que alíquoas dessa magniude são impraicáveis em razão de seus efeios no mercado de rabalho. b Comparação de Conunura Demográfica de 200 após insiuição da idade mínima para aposenadoria: Em 998, a idade média de aposenadoria por empo de serviço no Brasil era de 48,9 anos. Com essa idade, muios rabalhadores aingem seu auge de produividade e renda e não necessiam qualquer seguro por pare da previdência oficial. Se comparada à realidade de ouros países, raa-se de uma média muio baixa. Conforme descrio no primeiro capíulo, em 2000, a idade efeiva de aposenadoria nos países da OCDE foi 62,6 anos e, no Japão, o rabalhador se aposena, em média, aos 69, (Pinheiro, O mecanismo legal que permie essa anomalia é a aposenadoria por empo de conribuição. No RGPS, homens podem se aposenar com 35 anos de conribuição e mulheres com 30. Hoe, essas regras coninuam, mas alguns mecanismos inroduzidos pela Emenda Consiucional nº 20 em 998 incenivaram a posergação da aposenadoria. Como resulado dessa mudança da reforma, a idade média de aposenadoria subiu para 54, á em 200. Uma maneira mais direa de se elevar a idade média de aposenadoria é a insiuição de uma idade mínima. Exremamene impopular, a medida não foi aprovada na Reforma de 998 e só passou na Reforma de 2003, exclusivamene para os servidores públicos, pois insaurava como idade mínima 53 anos para homens e 48 para mulheres, um avanço ímido. Na simulação da seção b, compara-se a conunura demográfica de 200 sem reforma, ou sea, que proea idade média de aposenadoria igual a 55 anos de idade com a conunura demográfica de 200 com reforma, ou sea, com idade média de aposenadoria de 57,5 anos. Aqui, a reforma considerada 5

17 insiuiria idade mínima de 60 anos para homens e 55 para mulheres. Duas ouras premissas são necessárias para chegarmos à idade média de 57,5: odos se aposenam quando aingem a idade mínima; e, a população do país é igualmene dividida enre homens e mulheres. A simples elevação da idade média de aposenadoria dos 55 anos para os 57,5 anos resulou em uma redução da alíquoa que equilibra as conas previdenciárias de 55,% para 44,%. Uilizando o 4 mesmo racional, simulações indicam que a elevação na idade média de aposenadoria em um ano acarrea redução da alíquoa que equilibra as conas em 3,9%, ou sea, de 55,% para 5,2%. c Comparação de Conunura Demográfica de 200 após insiuição da axação dos inaivos: A axação dos inaivos é uma proposa basane conroversa, pois inroduz uma ransferência de renda do rabalhador á aposenado, ou sea, alguém que conribuiu por oda a vida aiva para ober rendimeno na velhice, para o resane da sociedade. Em 999, ela fora aprovada pelo Congresso em conuno com um pacoe fiscal no âmbio da crise cambial, mas foi considerada inconsiucional pelo Supremo Tribunal Federal em seembro do mesmo ano. Depois de muio debae, ela foi aprovada na Reforma de 2003 somene para os rabalhadores do seor público. A simulação da seção c funciona como uma exensão da axação dos inaivos para o RGPS (regime gerido pelo INSS. Em ermos das equações do modelo, emos a inrodução de uma alíquoa (T menor que a unidade na resrição orçamenária do Governo: τ. F. A W E A E A, ( l, B + T. = ( T +. ( A 9 = 8 ( + n = ( + n = B ( + n ( A 9 + Somaória das conribuições dos indivíduos enre 8 e (A- anos de idade Somaória da arrecadação resulane da axação dos inaivos onde, T é a alíquoa sobre os benefícios dos inaivos Somaória dos benefícios pagos aos inaivos de idade enre A e E anos reduzidos pela alíquoa T< Como principal resulado, observou-se que a inclusão da axação dos inaivos com alíquoa de 0% ( T = 0, reduz a alíquoa previdenciária de equilíbrio dos 55,% obidos no cenário básico de para 44,0%. De forma análoga, um pono percenual de axação dos inaivos ( T = 0, 0 raz redução equivalene a,% (de 55,% para 54,0% na alíquoa previdenciária de equilíbrio. d Comparação de Conunura Demográfica de 200 após mudança nas regras de cálculo dos benefícios: A Lei 9.876/999, que pode ser considerada uma complemenação da Reforma de 998, alerou as regras de cálculo dos benefícios elevando sua base de cálculo, que hoe corresponde à média dos 80% maiores salários desde ulho de 994. Criou-se ambém o faor previdenciário, mais conhecido como pedágio. Traa-se de um mecanismo que visa equilibrar o empo e o valor das conribuições com o empo e o valor dos benefícios. Suas fórmulas conêm variáveis como expecaiva de vida, empo de conribuição e idade do segurado no momeno da aposenadoria, de forma que o benefício recebido aumena à medida que o segurado poserga sua reirada do mercado de rabalho. Sua promulgação suriu resulado, pois a idade média de aposenadoria rapidamene subiu dos 48,9 anos em 998 para 54, em 200. Tano a aleração da base de cálculo, quano à inrodução do faor previdenciário, conribuíram para a queda de uma variável de medida ineressane, a axa de reposição previdenciária. Ela corresponde à relação enre o valor do benefício do aposenado e a média dos salários recebidos pelo aposenado enquano conribuine. Na França, a axa de reposição previdenciária foi reduzida aravés da mudança da 4 Refazendo a simulação com idade média de aposenadoria igual a 56 anos (55+. Traa-se de uma aproximação viso que não é um sisema linear. 5 Refazendo a simulação com a alíquoa T=%. Novamene, raa-se de uma aproximação dado que o modelo não linear. 6

18 base de cálculo do benefício que passou de 75% da média dos salários dos úlimos seis meses de salário para 75% da média dos salários dos úlimos 25 anos. A Reforma de 2003 enou reduzir a axa de reposição dos rabalhadores do serviço público, mas nenhuma proposa nesse senido foi aprovada pelo Legislaivo. A simulação dessa seção preende capar os efeios de uma mudança qualquer nas regras de cálculo dos benefícios que derrube a axa de reposição do RGPS. Desa forma, a variável exógena alerada foi a axa de reposição previdenciária (R. Sua diminuição de 60% para 50%, simulando a imposição de algum insrumeno que reduz a proporção benefício/salário do sisema, algo similar ao faor previdenciário insiuído pela EC 20 de 998 ou ao prolongameno da base de cálculo dos benefícios, reduz a alíquoa do imposo previdenciário de equilíbrio de 55,%, conforme o cenário básico de 200, para 45,9%. Analogamene, a redução da axa de reposição previdenciária em %, ou sea, de 60% para 59,4%, provoca redução em 0,6% (de 55,% para 54,5% na alíquoa previdenciária de equilíbrio. e Comparação de Conunura Demográfica de 200 após mudança na axa de informalidade do mercado de rabalho: Uma forma de melhorar as conas da Previdência é aumenar a coberura do sisema, auando assim, no lado da receia. Inúmeras são as medidas adoadas pelos governos com esse obeivo. Recenemene foram inroduzidos incenivos à inclusão das empregadas domésicas enre os conribuines. Os empregadores de domésicas poderão deduzir suas conribuições na declaração de imposo de renda a parir de No mesmo senido, a parir do exercício 2005, só poderão deduzir os apores feios em fundos de previdência complemenar do imposo de renda aqueles que conribuem para o INSS. O MPAS esima que o Brasil em hoe cerca de 40 milhões de rabalhadores não-conribuines e que pelo menos 5 milhões êm capacidade (renda de conribuir. A formalização do mercado de rabalho em o mesmo efeio de uma elevação da ampliação da coberura previdenciária. Como expliciado no primeiro capíulo, em geral, à medida que os rabalhadores são mais e mais conraados com careira assinada, maior é a parcela da PEA ocupada conribuine. A seção e das simulações, porano, esuda quão sensível é a alíquoa do imposo previdenciário à alerações no parâmero F. O modelo de simulação indica que, se a formalização do mercado de rabalho, aqui esimada aravés da proxy proporção de conribuines na PEA ocupada, subir de 40% para 50%, emos a queda da alíquoa previdenciária de equilíbrio de 55,% para 44,0%. Analogamene, a inclusão de mais % da PEA ocupada enre os conribuines provoca queda da alíquoa previdenciária de equilíbrio em,4%. Para melhor enender a magniude do efeio da inclusão de rabalhadores no regime (coberura previdenciária, simulou-se qual é a alíquoa de equilíbrio para cada um dos níveis de formalização do mercado de rabalho conforme abela abaixo. Tabela 4 Análise de Sensibilidade Coberura x Alíquoa de Equilíbrio A análise de sensibilidade indica que a formalização do mercado de rabalho em fore influência no resulado fiscal do RGPS. Mais imporane, no enano, é a noção de que a alíquoa é mais elásica 7

19 quando a formalização do mercado de rabalho diminui. A elasicidade formalização-alíquoa é maior para níveis abaixo de 40% da PEA ocupada do que para níveis acima dessa marca. De acordo com a erceira coluna da Tabela 4 abaixo, se 5% da PEA ocupada passam para a informalidade, a alíquoa de equilíbrio se eleva em 7,9%. Se a informalidade crescer em 0% da PEA ocupada, a alíquoa de equilíbrio se eleva em 8,5%. Ao mesmo empo, quando 5% da PEA ocupada se formalizam, a alíquoa de equilíbrio cai em 6,2% e, quando a formalização ainge adicionais 0% da PEA ocupada, a alíquoa cai em,%. CONCLUSÕES Como viso na primeira seção, o conexo demográfico orna a necessidade de se reformar a previdência social brasileira quase um consenso nos meios écnicos, acadêmicos e políicos, inclusive. No enano, o processo é exremamene impopular e poliicamene cusoso. Os dois úlimos governos, FHC e Lula, concenraram esforços em iens imporanes da agenda de reformas e, mesmo aproveiando o início de seus mandaos, período de maior popularidade do quadriênio, conseguiram aprovar apenas pequena parcela do que esava em proeo. Fica a lição, porano, de que quando se raa de reforma previdenciária, o processo é longo e gradual. Para as próximas enaivas, vale focar o esforço em duas ou rês proposas. A inenção do esudo é avaliar os efeios econômicos da aprovação de cada uma das proposas. O comporameno da variável de ineresse, a alíquoa do imposo previdenciário, nos dá subsídio para analisar qual proposa em mais resulado na redução do défici previdenciário. Os exercícios aqui simulados indicam que, salvo a realização de reformas, a alíquoa coninuará a subir com conseqüências graves para o nível de formalização do mercado de rabalho 6. As simulações mosram que a aprovação de qualquer uma das quaro proposas em efeio considerável na alíquoa de equilíbrio e esse efeio não é muio maior enre uma proposa e oura. A Tabela 5 abaixo resume os resulados enconrados nas simulações. Ela explicia quais são as alíquoas previdenciárias de equilíbrio de cada cenário. Em cada coluna, foram aleradas as variáveis desacadas em verde. A cada aleração de cenário, uma nova alíquoa foi enconrada. Tabela 5 Resumo dos Resulados das Simulações A comp aração enre as alíquoas de equilíbrio dos cenários 200b, 200c e 200d com a alíquoa do cenário 200e sugere que a redução do défici previdenciário provocado pela aprovação de qualquer uma das rês proposas aqui analisadas é semelhane à redução do défici previdenciário causado pelo aumeno da coberura (formalização do mercado de rabalho em 0%. O cuso políico da segunda opção é claramene menor, á que reformas previdenciárias são Emendas Consiucionais. 6 Apesar da conrovérsia, se as alíquoas de conribuição subirem ainda mais, não há quem duvide de seus efeios maléficos sobre o mercado de rabalho (informalidade e desemprego. 8

20 O recém-formado minisério chileno á apona na direção de reformar seu sisema previdenciário. O foco será no aumeno da coberura, ou sea, na inclusão de conribuines. Lá, como aqui, por razão da informalidade ou da incapacidade financeira da população mais carene, a proporção da população economicamene aiva conribuine é relaivamene pequena. Dada a dificuldade políica de se aprovar emendas consiucionais, a próxima reforma da previdência no Brasil deve ambém alocar esforços na inclusão de rabalhadores enre os conribuines. Feia via leis complemenares, essa inclusão em aprovação menos cusosa e impaco fiscal compaível. Segundo a PNAD de 2003, o Brasil em cerca de 4, milhões de rabalhadores empregados, mas sem declaração. Aproximadamene 73% dos 6 milhões de rabalhadores domésicos (4,4 milhões não êm careira assinada. Enre os mais de 30 milhões de rabalhadores individuais (empregadores e auônomos, mais de 80% não conribuem ao INSS (24,2 milhões. São nesses quase 42,7 milhões de rabalhadores que os esforços devem ser concenrados. BIBLIOGRAFIA Auerbach, A. J. & Kolikoff, L. J. (987. Dynamic Fiscal Policy. Cambridge, England: Cambridge Universiy Press. Auerbach, A. J., Gokhale, J. & Kolikoff, L. J. (99. "Generaional accouns: a meaningful alernaive o defici accouning". Working Paper 903, Federal Reserve Bank of Cleveland. Auerbach, A. J., Kolikoff, L. J., Hagemann, R. P. & Nicolei, G. (989. "The Economic Dynamics of an Ageing Populaion: he case of four OECD counries. OECD Economics Sudies, OECD Economics Deparmen Working Papers 062. Barreo, F. (997 Três Ensaios sobre Reforma de Sisemas Previdenciários Rio de Janeiro, Tese de Douorado, EPGE/FGV. Barreo, F. & Oliveira, L. G. (995 Aplicando um modelo de gerações sobreposas para o Reforma da Previdência no Brasil: uma análise de sensibilidade no esado esacionário ; (200. Transição para regimes previdenciários de capialização e seus efeios macroeconômicos de longo prazo no Brasil. Esudos Econômicos, 3(. Cifuenes, R. & Valdés-Prieo, S. (997. Pension Reforms in he Presence of Credi Consrains In S. Valdés-Prieo (ed.: The Economics of Pensions: Principles, Policies, and Inernaional Experience. Cambridge: Cambridge Universiy Press. Ellery Jr., R. & Bugarin, M. (200. Previdência social e bem-esar no Brasil. Rio de Janeiro: Texo para Discussão do IPEA n 83. Fernandes, R. & Gremaud, A. (2003. Regime de Previdência dos Servidores Públicos: equilíbrio financeiro e usiça auarial. Brasília. Fernandes, R. & Naria, R. (2003. Conribuição ao INSS: equilíbrio financeiro e imposo sobre o rabalho. Texo para Discussão nº3. Brasília: Escola de Adminisração Fazendária (ESAF, Minisério da Fazenda. Ferreira, S. G. (200. Sudying Macroeconomic Effecs of Social Securiy Privaizaion in Brazil. Mimeo, Universiy of Wisconsin-Madison. Fochezao, A. & Salami, C. (2004. Políicas Fiscais e Seus Efeios de Longo Prazo no Brasil: aplicação de um modelo de equilíbrio geral compuável com gerações sobreposas. In Anais do XXXII Enconro Nacional de Economia - ANPEC, 2004, João Pessoa, v.. p.-20. Ghez, G. & Becker, G. S. (975. The Allocaion of Time and Goods over he Life Cycle. New York: Columbia Universiy Press. 9

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