TÍTULO: REDES SOCIAIS E SOLIDÃO: A VIRTUALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E O ISOLAMENTO SOCIAL.
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- Sebastião Cunha Alencastre
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1 Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN TÍTULO: REDES SOCIAIS E SOLIDÃO: A VIRTUALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E O ISOLAMENTO SOCIAL. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): WELLINGTON GAZZOLA ORIENTADOR(ES): VIVIANE GALHANONE DA CUNHA DI DOMENICO
2 Ser é ser percebido. E então, para conhecer a si mesmo só é possível através dos olhos de outro. Do útero ao túmulo, estamos ligados uns aos outros. (CLOUD ATLAS, 2012) 1
3 Tema: Redes Sociais e Solidão: a virtualização das relações interpessoais e o isolamento social. Projeto: Pesquisar sobre a solidão e como a evolução da tecnologia, proporcionando assim o surgimento das redes sociais, ajudou a criar ora uma conexão, aproximando as pessoas, ora uma ilusão (substituição) de conexão, gerando, por vezes, o distanciamento das reais relações interpessoais; Portanto, compreender como as redes sociais estão potencializando os processos de interação ao mesmo tempo que virtualiza as relações com o outro. Justificativa: De acordo com o IBGE, o Brasil possui cerca de 194 milhões de habitantes e 83,4 milhões possuem acesso à internet, sendo que mais de 85% desses internautas participam de redes sociais ou sites de relacionamentos, como eram chamados em 2005 (TELLES, 2011, p. 19). Essas redes têm como objetivo a reunião de pessoas que possuem algum interesse em comum, como por exemplo, o Facebook, criado por Mark Zuckerberg em 2003, que é um dos maiores exemplos de redes sociais da atualidade. Algumas tecnologias alteram significadamente o modo como produzimos e trabalhamos as informações. Aprendemos, portanto, novas formas de adquirir conhecimento, de perceber, de representar e de agir no mundo. Com as redes sociais, aprendemos uma maneira diferente de interação social; uma maneira diferente de mantermos uma ligação, um contato, uma conexão com os indivíduos. Essa conexão é saudável até o momento em que não substitui as interações da vida real. Caso contrário, em um grau elevado, indivíduos podem ter uma dificuldade de interação social e de processar e expressar emoções, tornando-se mais distantes, perdendo o toque e a sensibilidade. A solidão é uma condição psicológica causada por uma profunda sensação de vazio, ausência de contatos significativos, e pode ser percebida mesmo se o indivíduo estiver em um ambiente familiar, entre amigos, ou em um mundo virtual com 5 mil conexões. A questão é a qualidade dessas relações, e não a quantidade. Portanto, a partir do momento que existe uma alteração negativa no comportamento e no estilo de vida desse indivíduo, podendo provocar doenças, não apenas psíquicas, mas também físicas, é necessário uma intervenção. A relação com o outro vai muito além de trocas de mensagens, vídeos e publicações. O contato com o outro é mais complexo: envolve um conjunto de percepções. Então, a constante 2
4 relação virtual pode causar uma falsa percepção e, dependendo do recurso utilizado, pode ser mascarada, tornando-se falsa. Embasamento Teórico: A criança vai se transformando de ser biológico em um ser cultural através das interações humanas; vai adquirindo singularidade na relação com o outro, se apresentando e se representando de diferentes modos; ser reconhecido pelo outro é ser construído em sujeito pelo outro. Esses e outros temas são abordados por Vigotsky (1991) para definir o Homem como um ser social formado dentro de um ambiente cultural historicamente definido, onde a constituição do sujeito se dá a partir das relações sociais. John Cacioppo (2009), neurocientista social, compara a solidão com algo contagioso, que contamina as pessoas ao redor, afirmando que, quando sozinhas, tendem a interagir negativamente com outras que encontram. Quando se trata de redes sociais, Cacioppo defende que as pessoas solitárias as utilizam como substitutos, enquanto as não solitárias a utilizam como sinergia, aproximando as relações que já possuem. Logo, a internet adquiriu um importante papel o do virtual, simulando o real. Com o princípio que o Homem não vive isolado, a internet, mais especificadamente, as redes sociais, convidam os indivíduos a participarem de grupos, a serem integrantes e, dessa forma, sentemse acolhidos. Essa conexão gera um vínculo, que gera cooperação. Boss (1976) compara cada homem ao raio de sol, que, ao unir-se aos demais, forma a claridade do dia, pois juntos constituem a abertura na qual o mundo se desvela, condição para que qualquer coisa seja. A partir desta perspectiva, pretende entender um paradoxo que considera central na modernidade, o da proximidade geográfica entre os homens e seu distanciamento existencial. Embora aproximados pelos meios técnicos de transporte e comunicação, os homens sentem-se cada vez mais isolados, estranhos entre si. Método: Pesquisas em livros e artigos eletrônicos relacionados à mídias e redes sociais, sociologia, tecnologia, comunicação de massas e solidão. 3
5 Cronograma: ATIVIDADE MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO Revisão final da proposta, preenchimento da ficha de inscrição e assinatura do orientador 21 Entrega da ficha de inscrição (Projeto de Pesquisa) devidamente assinada na 28 secretaria do curso de Psicologia Deadline Divulgação dos projetos selecionados pela reitoria 26 Início das pesquisas 2 Coleta de dados: Leitura da Bibliografia e Fichamento X X X X X Elaboração do Relatório Parcial (RP) 24 a 31 Revisão do Texto + Aprovação do RP 1 Entrega do RP 5 Elaboração do Relatório Final (RF) 2 a 11 Revisão do Texto + Aprovação do RF 12 Redação Definitiva 13 a 18 Revsão do Texto + Aprovação da RD 19 Entrega do RF 1 Orçamento: R$ 241,00 4
6 Bibliografia a ser consultada: BOSS, M. Solidão e comunidade. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse, São Paulo, n. 2, p , CACIOPPO, J. Loneliness: Human Nature and the Need for Social Connection. New York, Pb. W. W. Norton & Company, LANIER, J. You Are not a Gadget: A Manifesto. London, Pb. Allen Lane, MELLO, E.F.F..; TEIXEIRA, A.C.; A interação social descrita por Vigotsky e a sua possível ligação com a aprendizagem colaboradorativa através das tecnologias de rede. (2012). Acessado em 20 de Março, Disponível em Mídia e Psicologia. (2009). Produção de subjetividade e coletividade. Brasília, CFP. ROSA, P.R.S. A teoria de Vigotsky. Acessado em 20 de Março, Disponível em SA, R.N.; MATTAR, C.M.; RODRIGUES, J.T. Solidão e relações afetivas na era da técnica. (2006). Acessado em 20 de Março, Disponível em 5
7 TELLES, A. A Revolução das Mídias Sociais. Ed. M. Books, TURKLE, S. Alone Together: Why We Expect More from Technology and Less from Each Other. New York, Pb. Basic Book, VYGOTSKI L.S. A formação social da mente. São Paulo, Ed. Martins Fontes, WACHOWSKI, A. (diretor); WACHOWSKI, L. (diretor); TYKWER, T (diretor). (2012) A Viagem [DVD]. EUA: Warner Bros Pictures. WOLTON, D. Internet, e depois? Uma Teoria Crítica das Novas Mídias. Ed. Sulina, Dados secundários, estatísticas e informações sobre a internet no Brasil. Acessado em 20 de Março, Disponível em Instituto Brasileiro de Geogradia e Estatística. Acessado em 20 de Março, Disponível em 6
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