O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL E OS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS: UM ESTUDO EM UMA EMPRESA BRASILEIRA DE BIODIESEL

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1 O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL E OS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS: UM ESTUDO EM UMA EMPRESA BRASILEIRA DE BIODIESEL Ângela Rozane de Souza Lindstaedt Pesquisadora/bolsista CAPES Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) Mestranda em Ciências Contábeis UNISINOS angela.rsl@gmail.com Genossi Rauch Miotto Professora do Complexo de Ensino Superior de Cachoeirinha Mestranda em Ciências Contábeis UNISINOS. ge.miotto@terra.com.br Mirna Muraro Professora da Universidade de Passo Fundo (UPF) Mestranda em Ciências Contábeis UNISINOS. mirna@upf.br; mirnamuraro@brturbo.com.br RESUMO O desenvolvimento regional sustentável (DRS) requer iniciativas integradas, tanto públicas quanto privadas, aos níveis político, econômico, social e ambiental. Inseridas nessa temática tem-se uma discussão crescente em torno da mudança do modelo de energia fóssil por um sistema energético renovável, destacando-se, nesse contexto, a busca por alternativas de produção e uso de combustíveis renováveis. Sob esse enfoque, este artigo busca, num primeiro momento, contribuir para essa discussão através de uma abordagem conceitual relativa ao DRS, a Emissão Zero e aos combustíveis renováveis. Em um segundo momento apresenta um projeto de produção de combustíveis renováveis por meio de um estudo de caso em uma empresa de biodiesel, avaliando-o sob os aspectos econômicos, sociais e ambientais. Os resultados do estudo indicam como viável e fundamental a implantação da empresa de biodiesel no Rio Grande do Sul, devido à importância que terá no desenvolvimento regional sob todos os aspectos estudados. Palavras-chave: sustentabilidade, combustíveis renováveis, biodiesel. 1. INTRODUÇÃO Conforme Diamond (2005, p.18), as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Segundo o autor, conforme descobertas em décadas recentes, feitas por arqueólogos, climatologistas, historiadores, paleontólogos e palinologistas, foram oito os processos através dos quais as sociedades do passado minaram a si mesmas,

2 2 danificando o meio ambiente: 1) desmatamento; 2) destruição do hábitat; 3) problemas com o solo (erosão, salinização e perda de fertilidade); 4) problemas com o controle da água; 5) sobrecaça; 6) sobrepesca; 7) efeitos da introdução de novas espécies sobre as espécies nativas; e 8) aumento per capita do impacto do crescimento demográfico. Prossegue, ainda, chamando a atenção para o cenário de fascínio e mistério que envolve as ruínas nas cidades das antigas civilizações, questionando: será que, algum dia, os turistas olharão fascinados para as torres enferrujadas dos arranha-céus de Nova York do mesmo modo que hoje olhamos para as ruínas das cidades maias cobertas pela vegetação?. É importante compreender a razão pela qual algumas sociedades do passado entraram em colapso e outras não, pois tais colapsos podem repetir cursos similares no futuro, verdadeiras variações sobre o mesmo tema, conforme pode-se verificar nos oito processos citados anteriormente. Práticas não sustentáveis levam a um ou mais dos oito tipos de danos ambientais listados, resultando em destruição do meio ambiente. Tais constatações justificam a importância de conciliar os aspectos de desenvolvimento dos povos e a perspectiva ambiental. Sob esse prisma, as fontes renováveis de combustíveis são mais do que uma necessidade ambiental, elas são estratégicas para a segurança, o abastecimento e o desenvolvimento dos países. Nesse enfoque, é necessário encontrar soluções inovadoras que envolvam tecnologias de produção, distribuição e consumo, que perpassem por toda a cadeia produtiva. Esses objetivos estratégicos devem basear-se em medidas coordenadas que passam pela participação das instituições científicas e tecnológicas, universidades, empresas, além de medidas governamentais, tais como: incentivos fiscais, normas regulatórias e concessão de crédito para potencializar o crescimento de exploração de fontes renováveis. A questão é complexa e impõe às sociedades tanto ações globais como locais, para que sejam amenizados os efeitos negativos no ritmo de crescimento econômico, do uso de recursos naturais não renováveis e da queima de combustíveis fósseis. Questiona-se, entretanto, se há alternativas viáveis para o Brasil sob o enfoque econômico, social e ambiental, no que se refere aos combustíveis renováveis? Assim, o presente artigo tem como intuito responder esta questão e, para tal, apresenta uma revisão teórica acerca de questões de desenvolvimento regional

3 3 sustentável (DRS) como forma de prover o desenvolvimento econômico, social e ao mesmo tempo de garantir a preservação do meio ambiente. Sendo a questão energética bastante discutida em âmbito mundial e um dos fatores determinantes no desenvolvimento econômico dos países, buscou-se uma revisão teórica sobre a escassez dos combustíveis fósseis e sua substituição pelos biocombustíveis renováveis. Como complemento e, para melhor entendimento dessas questões, foi abordado o caso de uma empresa de biocombustível, através do estudo do seu projeto de implantação e foram analisadas a viabilidade econômica e os impactos sociais e ambientais da sua operacionalização. 2. REFERENCIAL TEÓRICO As discussões sobre sustentabilidade tiveram início se na década de 70, com a ameaça de uma crise de energia, com a percepção das limitações naturais na exploração do petróleo e com a constatação de que os recursos naturais do planeta são finitos. Em 1972, tais discussões estiveram na pauta da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano em Estocolmo, onde foram evidenciadas questões relativas às limitações da exploração dos recursos naturais do planeta e a necessidade de pensar sobre os limites do crescimento econômico (ONU, 2006). O desenvolvimento sustentável entrou definitivamente na agenda internacional a partir de 1987, quando a United Nations World Commission on Environment and Development (WCED) publicou o relatório Nosso futuro comum (Our common future), que propunha ao mundo a adoção de um desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender a suas próprias necessidades (WCED, 1987, p. 65). Inserida nesse contexto, a busca de novos paradigmas para o desenvolvimento regional sustentável envolve discussões sobre mecanismos capazes de associar crescimento econômico, participação política, inclusão social e preservação ambiental. A idéia básica desses novos paradigmas é encontrar alternativas sustentáveis para que o sistema produtivo dos países cresça e se transforme, utilizando o potencial de desenvolvimento dos territórios, por meio dos investimentos das empresas e dos agentes governamentais.

4 4 2.1 Desenvolvimento Regional Sustentável Na definição de Sachs (2004), o conceito Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) se refere à capacidade humana de realizar um desenvolvimento, capaz de responder à problemática de harmonização dos objetivos sociais e econômicos com uma gestão ecologicamente prudente entre os recursos e o ambiente. A base da nova proposta situa-se na proposição ética de que o desenvolvimento deveria estar voltado para as necessidades sociais mais abrangentes, para a melhoria da qualidade de vida, e para o cuidado com o ambiente como atos de responsabilidade com as gerações futuras. Conforme Zapata e Parente (1998), o DRS visa o fortalecimento da comunidade contemplando valores como autonomia, democracia, dignidade da pessoa humana, solidariedade, eqüidade e respeito ao meio-ambiente. A sustentabilidade local se apóia na idéia de que as localidades e territórios dispõem de recursos econômicos, humanos, institucionais, ambientais e culturais, além de economias de escala não exploradas, que constituem seu potencial de desenvolvimento. O DRS busca avaliar as potencialidades regionais e incentivar os projetos que visem o desenvolvimento econômico e a preservação do ambiente, a existência de um sistema produtivo capaz de gerar rendimentos crescentes, mediante a utilização dos recursos disponíveis e a introdução de inovações que podem garantir a criação de riqueza e a melhoria do bem-estar da população local. Além do aspecto meramente econômico, esse novo paradigma de desenvolvimento articula três grandes questões: o conceito de desenvolvimento, os mecanismos que favorecem os processos de desenvolvimento e as formas eficazes de atuação dos atores econômicos, sociais, políticos e ambientais (SACHS, 2004). Sob esse enfoque, o DRS requer práticas inovadoras, espírito empreendedor, adoção de parcerias para mobilizar os recursos e as energias, integrando o crescimento econômico ao social. Esse processo busca contribuir para uma nova forma de gestão pública, a partir dos municípios, exigindo, portanto, uma atuação proativa das instâncias públicas. A descentralização não pode limitar-se unicamente a melhorar a capacidade da gestão dos recursos transferidos para os governos locais e dos programas de modernização da gestão municipal. Essas tarefas são fundamentais, porém, a

5 5 modernização das administrações locais deve incorporar também a capacitação em seu novo papel, como animadores e promotores do desenvolvimento econômico local, a fim de construir com os empresários e a sociedade civil local um entorno territorial inovador para o fomento produtivo e o desenvolvimento das empresas (ZAPATA E PARENTE, 1998). Nesse processo, o papel do Estado se dá através da instrumentalização das estratégias de desenvolvimento regional, através do apoio às micro e pequenas empresas locais, à melhoria da qualidade de vida da população, da maior participação nas estruturas de poder, da ação política com autonomia e independência, compreensão do meio ambiente como um ativo de desenvolvimento e da construção de novos paradigmas éticos que podem apontar para novos modelos de desenvolvimento mais sustentáveis. 2.2 Emissão Zero para o desenvolvimento sustentável Gunter Pauli, fundador e principal disseminador da metodologia de Emissão Zero ou ZERI (Zero Emission Research Iniciative), assinala que, no futuro, as empresas, além de sustentáveis financeiramente, terão que ser sustentáveis socialmente. Esta metodologia propõe a revisão de processos e tecnologias, estimula empresários e centros de pesquisa a conceberem tecnologias que busquem o aproveitamento máximo dos resíduos industriais. O conceito está inserido no entendimento de que todo e qualquer resíduo de um processo deverá constituir-se em insumo de um outro, objetivando agregar valor a todas a etapas do processo produtivo, ou seja, a utilização total das matérias primas, que, acompanhadas do uso de fontes renováveis, buscam a utilização dos recursos terrestres em níveis de sustentabilidade (PAULI, 2006). Segundo Pauli (1998), o objetivo dos negócios com Emissão Zero é a partir da utilização máxima das matérias-primas, aumentar a lucratividade das organizações, que, ao invés da redução de custos com demissões e exploração da mão-de-obra, pela busca incessante da maior produtividade, criarão novos postos de empregos em razão do desenvolvimento de cadeias produtivas que aproveitarão os resíduos de produção das organizações que formarão novos conglomerados industriais. Assim, a missão de uma organização com Emissão Zero não é somente produzir bens físicos e recursos econômicos, mas contribuir para a educação e o crescimento da sociedade, viabilizando

6 6 concretamente o conceito de desenvolvimento sustentável e de gestão ambiental, visando a eliminação dos resíduos como solução final para os problemas de poluição, que preocupam a humanidade. De uma forma geral, a metodologia ZERI vislumbra uma mudança de paradigma no conjunto das atividades econômicas, em particular dos processos de produção industrial, integrando os princípios e estratégias da qualidade total com os requisitos da qualidade ambiental, objetivando promover um novo tipo de desenvolvimento que seja sustentável. O conceito ZERI ainda está em evolução e sua aplicabilidade para a gestão do desenvolvimento sustentável vem sendo demonstrada por empresas que adotam as estratégias que essa metodologia propõe (BELLO, 1998). Nesse contexto, é necessária a reflexão das vantagens estratégicas que as organizações e os Estados poderão obter ao utilizarem o conceito de Emissão Zero como metodologia orientadora das áreas de negócios e desenvolvimento. A Emissão Zero representa uma grande oportunidade para o aumento da produtividade nas organizações, pelo aproveitamento total das matérias primas, e um compromisso com a sociedade, com a proteção do meio ambiente, pois visa a produção sem a geração de resíduos (PAULI, 1996). Vários são os exemplos de utilização da metodologia ZERI no mundo, como uma pequena empresa Belga chamada Ecover, que conseguiu 6% do mercado de detergentes em menos de dois anos, sem gastos expressivos em propaganda, isto porque ofereceu um produto totalmente biodegradável à base de açúcar, fabricado em uma planta industrial inovada e baseada na Emissão Zero, sendo que isto fortaleceu a marca e obteve um diferencial competitivo. Além dessa, pode-se citar o exemplo de outras grandes empresas, como a Volvo da Suécia e a Dupont, que, entre muitas outras, estão participando do esforço de pesquisa e de inovação, visando a Emissão Zero. Destaca-se a Dupont pelo projeto que vislumbra em menos de duas décadas adaptar suas plantas aos objetivos da Emissão Zero, sendo sua meta corporativa definida por: The Goal is Zeri (PAULI, 2006). Leripio (2006) afirma que a metodologia ZERI tem enorme potencial de aplicabilidade no Brasil, isto porque existe um grande volume de biomassa, de recursos minerais, de florestas e de água no país. Uma destas aplicações é o novo combustível, chamado de biodiesel, fabricado a partir de oleaginosas tais como a mamona, o dendê, o

7 7 girassol e a soja. Nesse contexto, a produção do biodiesel no Brasil poderá tornar-se um apoio às políticas governamentais na área social e ambiental, pois representa uma possibilidade de desenvolvimento econômico do país. A produção do biodiesel apresenta diversas vantagens sociais, ambientais, econômicas e políticas destacadas pelo MCT (2005, p.4), como segue: criação de emprego e geração de renda no campo; redução dos índices de emissões de gases causadores do efeito estufa; redução da emissão de poluentes locais com melhorias na qualidade de vida e da saúde pública; possibilidade da utilização de créditos de carbono vinculados ao mecanismo de desenvolvimento limpo decorrentes do Protocolo de Kyoto; uso de terras inadequadas para a produção de alimentos; diversificação da matriz energética. Além disso, a glicerina, principal sub-produto da produção do biodiesel, pode ser utilizada como matéria-prima na produção de outros produtos têxteis, farmacêuticos, tintas, etc. Desta maneira, em decorrência das vantagens apontadas e da utilização integral dos produtos e subprodutos da fabricação do biodiesel, sua produção pode ser enquadrada no contexto da metodologia ZERI. Bello (1998, p. 89) acrescenta o caminho a ser percorrido agora exige que se leve em conta o crescimento econômico, a qualidade ambiental e o desenvolvimento social, que se resumem no conceito do desenvolvimento sustentável, sendo que o desafio que se coloca para as gerações futuras é conseguir um desenvolvimento econômico sem destruir o meio ambiente. 2.3 Biomassa e Bioenergia No cenário internacional existem diversos problemas referentes à energia, porém, destacam-se, neste momento, os dois seguintes: a escassez do petróleo, que se agrava na medida do consumo no decorrer do tempo, e a queima dos combustíveis fósseis que pode levar às mudanças climáticas. Estes problemas, somados às características da economia mundial, podem ajudar a pressionar o forte aumento da produção de energia a partir da biomassa neste início do século XXI (MORET, RODRIGUES, ORTIZ, 2006).

8 8 A biomassa pode ser conceituada como a vida vegetal do nosso planeta, armazenadora da energia solar e de substâncias químicas. Assim, todos os organismos biológicos que podem ser aproveitados como fontes de energia são chamados de biomassa. Inserida nesse conceito está a bioenergia, que é a energia que provém de elementos naturais, tais como o álcool combustível e o biodiesel. A bioenergia, a partir do uso de óleos vegetais, é importante, pois em torno dela convergem interesses não só de quem defende o uso da biomassa com fins energéticos, como dos que buscam a valorização econômica para a biodiversidade, capaz de garantir a sobrevivência de espécies vegetais úteis às comunidades. Registra-se que a maioria dos óleos vegetais são produzidos a partir do processamento dos frutos, ou seja, sem a necessidade de derrubada das árvores (COLEMAN; STANTURF, 2006). Para Bautista Vidal (2006) a solução para a crise energética é a bioenergia, extraída da biomassa terrestre, cabendo porém aos órgãos governamentais a criação de políticas específicas para o setor energético. A utilização de biomassa para geração de energia se insere num contexto de descentralização do desenvolvimento sustentável, de ocupação estratégica do território, de valorização dos recursos disponíveis no Brasil, de incentivo às iniciativas locais, de abertura de novas perspectivas econômicas para o desenvolvimento sustentável, de promoção social, de redução de dependências externas, de democratização e de preservação da soberania. 2.4 Combustíveis renováveis e a sustentabilidade Os combustíveis renováveis são aqueles que usam como matéria-prima elementos renováveis para a natureza, como a cana-de-açúcar, utilizada para a fabricação do álcool e também de vegetais, como a mamona, utilizada para a fabricação do biodiesel. Os combustíveis fósseis incluem os derivados do petróleo, o óleo diesel, o gás natural e o carvão mineral. Estes últimos, quando queimados, liberam energia, mas também provocam a emissão de gases poluentes. Cerca de 30 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO 2 ) são injetados por ano na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis, sendo a emissão de CO 2 apontada como a principal causa do efeito estufa, avaliando-se sua contribuição na poluição atmosférica na ordem de 55%. Neste sentido, diante da necessidade de controlar as emissões atmosféricas de gases que provocam o efeito estufa e a possibilidade de escassez dos combustíveis fósseis, busca-

9 9 se cada vez mais a eficiência, a produção e a distribuição de combustíveis limpos e renováveis (WIKIPEDIA, 2006). O vínculo entre sustentabilidade e a emissão de CO 2 se estabeleceu a partir de 1997, com discussão e negociação do Protocolo de Kyoto, onde os países que assinaram o acordo se comprometeram em reduzir a emissão total dos gases-estufa, para níveis pelo menos 5,2% inferiores do que das emissões percebidas em Para os países em desenvolvimento, o Protocolo cria o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que constitui um grande mercado mundial de carbono, portanto, de CO 2. Os projetos de MDL podem ser baseados em fontes renováveis e alternativas de eficiência e conservação de energia (ROHDE; PHILOMENA, 2006). Conforme Costa (2006, p. 72), o MDL tem como objetivos: diminuir o custo global de redução de emissão de gases lançados na atmosfera e que produzem o efeito estufa e, concomitantemente, apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável. De acordo com Rohde e Philomena (2006) a Comunidade Européia vêm estimulando a substituição do petróleo por combustíveis de fontes renováveis, incluindo principalmente o biodiesel, diante de sua expressiva capacidade de redução da emissão de diversos gases causadores do efeito estufa, a exemplo do gás carbônico e do enxofre. Neste contexto, a produção e a utilização de combustíveis renováveis tornaram-se um dos desafios do novo século. Muitas pesquisas são desenvolvidas nesta área, pois sabese que os ganhos ambientais, sociais e econômicos provenientes da utilização de recursos renováveis para geração de energia são muito grandes. Paralelo a esses fatores, os autores apontam, ainda, estudos que explicam que o petróleo, sendo utilizado como é na atualidade pelas nações, tem seu fim estimado em cinqüenta anos. 2.5 O Biodiesel como combustível renovável O biodiesel é um combustível renovável e biodegradável derivado de óleos vegetais, como girassol, mamona, canola (colza), soja, babaçu, dendê e demais oleaginosas, ou de gorduras animais e é usado em motores a diesel, em qualquer concentração de mistura com o diesel. Este é um combustível alternativo de queima limpa, que não contém petróleo, mas pode ser adicionado a este formando uma mistura,

10 10 podendo ser usado em um motor de ignição a compressão (diesel) sem necessidade de modificação (MME, 2006). Sob o aspecto químico, o biodiesel é um produto obtido da reação da transesterificação de qualquer triglicerídeo (óleo e gorduras vegetais ou animais) com o álcool (metanol ou etanol) na presença de um catalizador, formando um éster que chamamos de biodiesel. Este processo de transesterificação consiste basicamente na separação da glicerina do óleo vegetal para a obtenção do biodiesel, processo durante o qual a glicerina é removida, deixando o óleo mais fino (MEIRELES, 2003). Mundialmente passou-se a adotar uma nomenclatura específica para identificar a concentração do Biodiesel na mistura. De acordo com Holanda (2004), a percentagem de biodiesel adicionada ao diesel é descrita como B2, B5, B20 e B100. Esta especificação indica o percentual de concentração respectivamente de 2%, 5%, 20% e 100% de biodiesel. Assim, a experiência de utilização do biodiesel no mercado de combustíveis tem se dado em quatro níveis de concentração: puro (B100); misturas (B20 - B30); aditivo (B5) e aditivo de lubricidade (B2). As misturas em proporções volumétricas entre 5% e 20% são as mais usuais, sendo que para a mistura até a concentração B5 não é necessário nenhuma adaptação dos motores. Segundo Campos (2003), esse combustível é uma evolução na tentativa de substituição do óleo diesel por biomassa, iniciada pelo aproveitamento de óleos vegetais. Por ser biodegradável, não-tóxico é praticamente livre de enxofre e aromáticos, podendo ser considerado um combustível ecológico. Trata-se de uma energia limpa, não poluente, o seu uso em um motor diesel convencional resulta, quando comparado com a queima do diesel mineral, numa redução substancial de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos não queimados. Para Alves (2004, p.2), as vantagens do biodiesel são: ambientais, econômicas e sociais ao se privilegiar a diversidade de culturas e poder beneficiar a agricultura familiar. As vantagens ambientais mais expressivas pela utilização do biodiesel referem-se a redução da emissão de gases poluentes, pois reduz em 78% as emissões de dióxido de carbono (CO 2 ), além de ser uma fonte renovável de combustível e possibilitar a diversidade de culturas na sua produção. Em 2005, a matriz energética brasileira é o petróleo com 43% e o óleo diesel é a matriz dos combustíveis com 57,9%, havendo destes, 10% de dependência externa

11 (PIASSI, 2005, p.1). Desta forma, sob o aspecto econômico a possibilidade da substituição de importações e até mesmo a possibilidade das exportações de biodiesel pode ser visualizada. Outro aspecto a ser considerado no campo econômico é que gastos dos governos e cidadãos no combate aos males da poluição podem ser evitados pela melhora das condições ambientais, sobretudo nos grandes centros metropolitanos. Além disso, a produção de biodiesel possibilita pleitear financiamentos internacionais nos mercado de créditos de carbono, sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kyoto (PIASSI, 2005). Acrescentam-se, ainda, às vantagens ambientais e econômicas, as vantagens sociais, de fundamental importância, sobretudo em se considerando a possibilidade de conciliar sinergicamente todas essas potencialidades. O cultivo de matérias-primas e a produção industrial de biodiesel, ou seja, a cadeia produtiva do biodiesel, tem grande potencial de geração de empregos, podendo promover, dessa forma, a inclusão social, especialmente quando se considera o amplo potencial produtivo da agricultura familiar. Conforme dados apresentados por Scheidt (2005, p. 4), 11 a Alemanha é a maior produtora de biodiesel do mundo, com capacidade de 1 milhão de toneladas anuais. O país é ainda responsável por mais da metade da produção européia de combustíveis e conta com centenas de postos que vendem o biodiesel puro (B100), com plena garantia dos fabricantes de veículos. O produto também é mais barato do que o óleo diesel, já que há completa isenção dos tributos em toda a cadeia produtiva desse biocombustível. A França é o segundo maior produtor, com capacidade de 460 mil toneladas anuais. O principal motivo para optar por este combustível é melhorar as emissões dos motores, em especial através da eliminação das mercaptanas, substâncias ricas em enxofre, extremamente danosas à saúde dos animais e das plantas. No Brasil, o projeto bioenergético começou a partir da crise do petróleo dos anos 70, quando então o Brasil buscou formas alternativas de produzir combustível. Assim, em novembro de 1975 implantou-se o Próalcool, e, em dezembro de 2004, para incentivar a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira, o governo federal lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). Desde janeiro de 2005, as refinarias e distribuidoras estão autorizadas a adicionar 2% de biodiesel ao óleo diesel. A partir de 2008, esse percentual passa a ser obrigatório, o que exigirá uma produção de mais de 800 milhões de litros ao ano de biodiesel. Esse percentual subirá para 5% até 2013, equivalendo a 2,5 bilhões de litros anuais (MME, 2006).

12 12 Cabe ressaltar, porém, que, conforme dados divulgados na sua homepage, é intenção da PETROBRAS conquistar a liderança no processamento de biodiesel no país nos próximos dois anos, ampliando sua produção atual de 50 milhões de litros anuais para 800 milhões de litros (PETROBRAS, 2006). Pode-se verificar, portanto, que somente a produção da PETROBRAS seria suficiente para atender o mercado brasileiro até o ano de Conforme especificado no PNPB, este é um programa interministerial do governo federal que objetiva a implementação de forma sustentável, tanto técnica, como economicamente, da produção e do uso do biodiesel, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda. Tem ainda, principais diretrizes, implantar um programa sustentável, promover a inclusão social; garantir preços competitivos, qualidade e suprimento; produzir o biodiesel a partir de diferentes fontes oleaginosas e em regiões diversas. Para estimular a implantação do PNPB atendendo as diretrizes especificadas, o governo federal lançou o selo combustível social. Este selo é um componente de identificação concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aos produtores de biodiesel que promovam a inclusão social e o desenvolvimento regional por meio de geração de emprego e renda para os agricultores familiares enquadrados nos critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Os benefícios tributários, em função do fornecedor de matéria-prima, serão concedidos aos produtores industriais de biodiesel que tiverem o Selo Combustível Social. Para receber o Selo, o produtor industrial compromete-se a adquirir matériaprima de agricultores familiares, além de estabelecer contrato com especificação de renda e prazo e de garantir assistência e capacitação técnica (MME, 2006). O Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Biodiesel prevê financiamento de até 90% dos itens passíveis de apoio para projetos com o Selo Combustível Social e de até 80% para os demais projetos. Os financiamentos são destinados a todas as fases de produção do biodiesel, entre elas a agrícola, a de produção de óleo bruto, a de armazenamento, a de logística, a de beneficiamento de subprodutos e a de aquisição de máquinas e equipamentos homologados para o uso desse combustível. Observa-se que o programa brasileiro insere-se no contexto da metodologia

13 ZERI, pois tem como principais diretrizes os seguintes pontos, destacados por Benedetti et al (2006, p. 90): 13 sustentabilidade da matriz energética: desenvolver tecnologias ambientalmente corretas; sustentabilidade e autonomia energética comunitária (comunidades locais, agricultores e assentamentos); conquista e manutenção da liderança do Brasil como biotrade i. Assim, o PNPB contribui com desenvolvimento sustentável podendo inclusive tornar o país com um nível maior de importância no cenário mundial no processo produtivo de combustíveis renováveis. O Brasil possui vantagens em relação a outros países, tais como: disponibilidade de terras para expansão da agricultura, água e exposição solar suficientes para praticar agricultura competitiva na geração de energia. É necessário realizar análises aprofundadas da viabilidade econômica do biodiesel para uso comercial e também realizar a mensuração das vantagens indiretas com a utilização do mesmo, tais como: a utilização de um combustível renovável e a maior utilização da mão-de-obra na cadeia produtiva, gerando inclusão social (BENEDETTI ET AL, 2006). Em contrapartida, alguns especialistas temem que o PNPB, possa agravar o desmatamento da amazônia, principalmente no Mato Grosso, com a utilização da soja na produção do combustível. Um projeto com grande repercussão como é o do biodiesel necessita de análises detalhadas das condições necessárias para sua implantação, relacionadas com as garantias de oferta regular e qualidade do produto e suas conseqüências para os usuários, também do processo logístico de produção e distribuição. Na pesquisa da viabilidade econômica e financeira do PNPB, chegou-se a conclusão de que existe dependência entre a variação da taxa de câmbio e o preço do barril de petróleo, que, conforme a situação, tornam o biodiesel competitivo ou não, salientando-se que se faz necessária à análise do cenário e dos demais elementos anteriormente citados. O sucesso deste projeto depende da coordenação das ações por parte dos agentes públicos e privados e da cooperação de especialistas das diversas áreas que envolvem o programa do biodiesel para a solução dos problemas hoje existentes, relacionados à logística, aos fornecimentos de insumos e a formação do preço (AMBIENTEBRASIL, 2005, p.1).

14 14 3 MÉTODO Para esta pesquisa foi adotada uma abordagem qualitativa, de duas formas complementares. Primeiramente desenvolveu-se uma revisão bibliográfica na busca de conceitos e de um referencial teórico que fornecesse suporte ao caso, e a partir disto, foi feita uma investigação empírica utilizando-se o método estudo de caso. O estudo de caso, segundo Gil (2002), consiste no estudo profundo de um ou poucos objetos, de forma que permita seu conhecimento detalhado sendo encarado como o delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real. Atendendo a essa classificação, realizou-se um estudo do projeto de implantação de apenas uma empresa de biodiesel, objetivando a avaliação do combustível renovável como alternativa de substituição dos combustíveis fósseis sob os aspectos econômicos, sociais e ambientais. A coleta de dados foi feita mediante entrevista com os gestores da empresa e com terceiros, entrevistas concedidas em canais públicos, notícias publicadas em jornais, revistas e internet, bem como consulta ao projeto protocolado na prefeitura municipal da cidade sede. Para a entrevista, foi utilizado um questionário semiestruturado com questões abertas com o intuito de buscar o maior número de informações possíveis. As questões tiveram ênfase nos três aspectos pesquisados: econômico, social e ambiental. Para isso, foram elaboradas questões relacionadas a operacionalidade da empresa como: produção, logística e capacidade instalada. Na seqüência, buscou-se identificar a viabilidade econômica com perguntas sobre concorrência, custo, preço e incentivos governamentais. Também foram desenvolvidas questões sobre os aspectos de responsabilidade social com os agricultores familiares da região (fornecedores), finalizando-se com questões relacionadas a responsabilidade ambiental. 4 ANÁLISE DE DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 4.1 Características organizacionais A empresa em questão possui em sua composição societária empresários de vários setores da economia do Rio Grande do Sul (comércio, indústria, distribuição, indústria metal-mecânica, etc.), sendo esta a primeira indústria de biodiesel do País a ter

15 15 financiamento aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Biodiesel. O financiamento contou com condições especiais, pelo fato de o projeto ter obtido o Selo Combustível Social, do MDA (PRESTES, 2006). O Selo de Combustível Social garante que, em troca das condições especiais, o investidor se obrigue a comprar a matéria-prima para o biodiesel de agricultores familiares, garantindo mercado para esse segmento de produtores rurais. O investimento inicial previsto no projeto foi de R$ ,00, sendo R$ ,00 fixos e R$ ,00 para capital de giro, destes, R$ ,00 serão financiados pelo BNDES, em contrapartida, a previsão é que a usina tenha um faturamento de R$ 180 milhões por ano. 4.2 Descrição do projeto Objetivando a instalação na indústria, o município efetuou em dezembro de 2005, doação de um terreno com m 2 à empresa lhe concedendo, ainda, isenção do IPTU por 7 anos, comprometendo-se a efetuar a terraplanagem e asfaltamento da área, além da instalação de energia elétrica e água pluvial e potável. A empresa, em contrapartida, comprometeu-se, inicialmente, a gerar, no mínimo, 120 empregos e a tomar medidas acautelatórias necessárias para preservação do meio ambiente. Para aprovação do projeto foram apresentadas as seguintes justificativas: ganhos para economia nacional a partir da redução das importações brasileiras de óleo diesel derivado do petróleo; preservação do meio ambiente; inclusão social através da geração de emprego e renda no campo e na indústria de bens e serviços; escolha feita pelo Estado do Rio Grande do Sul é devida a este ser o 3º maior produtor de oleaginosas; produção de 1,4 toneladas de óleo vegetal; criação do Programa Probiodiesel RS coordenado pela Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) e Secretaria da Ciência e Tecnologia em parceria com UFRGS.

16 16 Para o município, a importância da implantação da empresa se dará pelas seguintes razões: impacto econômico do empreendimento será verificado na região; impacto energético atingirá os três estados da região sul do país; aumento da arrecadação de tributos do município e do estado do RS; capacidade industrial de toneladas que serão transformadas em toneladas de biodiesel, representando milhões litros/ano; 4.3 Análise e interpretação O cultivo de matérias-primas e a produção industrial de distribuição do biodiesel (Figura 1), ou seja, a cadeia produtiva do biodiesel, tem grande potencial de geração de empregos, promovendo dessa forma, a inclusão social, especialmente quando se Cadeia Agrícola Cadeia Industrial e de Distribuição Cultivo de oleaginosas Cerca de 80% do custo final Podução Industrial (Transesterificação) BIODIESEL Co-produtos farelo, lecitina e glicerina Mistura ao diesel Distribuição Consumo Novos usos considera o amplo potencial produtivo da agricultura familiar. Figura 1: Cadeia produtiva do biodiesel Fonte: Adaptado de Accarini (2006, p.4) A cadeia agrícola relativa ao cultivo de oleaginosas, como verificado na Figura 1, é a base de sustentação de toda a cadeia produtiva, correspondendo a 80% do custo final do produto. Segundo Holanda (2004), é nesse ramo da cadeia que surgem os

17 17 maiores questionamentos quanto a viabilidade da produção do biodiesel no Brasil, pois haveria a necessidade de disponibilidade de oleaginosas para a obtenção do bioediesel. Em cada Estado e região do País podem ser verificados os desenvolvimentos das cadeias agrícolas dos diferentes óleos vegetais. Para a região Norte: dendê, babaçu, soja e gordura animal; para o Nordeste: babaçu, soja, mamona, dendê, algodão, coco, gordura animal e óleo de peixe; para o Centro-Oeste: soja, mamona, algodão, girassol, dendê, gordura animal; para o Sul: soja, colza, girassol, algodão, gordura animal e óleos de peixes; e, para o Sudeste: soja, mamona, algodão, girassol, gordura animal e óleos de peixes (CAMPOS, 2003). Dados do IBGE (2006) indicam que a produção de soja no Rio Grande do Sul (RS) é de toneladas/ano, sendo suficiente para atender a produção do biodiesel do Estado. Porém, cabe destacar que a produção de grãos no Brasil é sensível às variações dos preços internacionais, o que poderia levar os produtores a direcionar a produção para o mercado externo. Em vista disso, observa-se a necessidade de incentivos governamentais, que poderá se dar através de subsídios à produção de matéria-prima destinada para a produção do biodiesel, visando a manutenção da disponibilidade do produto para esse fim. Quanto a cadeia industrial e de distribuição, essas são reguladas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que não permite a comercialização direta do biodiesel ao consumidor. Desta forma, a ANP promove leilões, com participantes de todo o Brasil, tendo como compradores a PETROBRAS (93%) e a REFAP (7%) na proporção de sua participação média no mercado. Poderão participar como ofertantes de biodiesel os produtores autorizados pela ANP, detentores do Selo de Combustível Social e de projetos de produção de biodiesel enquadrados nos requisitos necessários para obtenção do referido selo (MME, 2006). De novembro de 2005 a julho de 2006, foram quatro os leilões promovidos pela ANP, porém, a região sul arrematou o produto apenas no 4º leilão, conforme ilustra a Figura 2: Dados 1º leilão 2º leilão 3º leilão 4º leilão 25/11/ /3/ e 12/07/06 11 e 12/07/06 Nordeste 54,3% 12,8% 80,0% 39,7% Sul 0,0% 0,0% 0,0% 29,1%

18 18 Sudeste 38,6% 64,7% 15,6% 0,5% Centro-oeste 0,0% 22,5% 0,0% 14,4% Norte 7,1% 0,0% 4,4% 16,3% Ofertado (volume m 3 ) Arrematado (volume m 3 ) Preço de referência R$/m , , , ,21 Preço médio R$/m , , , ,66 Deságio 0,79% 2,53% 7,93% 8,29% Prazo de entrega Jan a Dez/06 Jul/06 a Jun/07 Jan a Dez/07 Jan a Dez/07 Figura 2: Leilões de Biodiesel promovidos pela ANP (Nov/05 a Jul/06) Fonte: ANP (2006) Na Figura 2 pode ser observado o crescimento da oferta do produto e do volume arrematado, observa-se, porém, um crescente deságio no preço do produto, que pode ter sido provocado pelo aumento da oferta. A participação percentual da região sul pode ser observada somente no último leilão, com 29,1% do volume total arrematado.nesse contexto, o projeto será avaliado sob o contexto econômico, social e ambiental Aspectos econômicos No que concerne às vantagens econômicas da utilização do biodiesel, destaca-se que o agronegócio vinculado a sua produção poderá gerar efeitos multiplicadores sobre a renda, emprego e base de arrecadação tributária, além de alavancar o processo de DRS. Guilhoto et a.l (2006) apresentam dados relativos a 2003 que demonstram a importância do agronegócio familiar no Produto Interno Bruto (PIB) no contexto econômico do Brasil e no estado do Rio Grande do Sul, representando 30,6% e 50,1% do PIB, respectivamente. Esses autores salientam que a evolução dos percentuais de cultivo de soja familiar é a principal responsável pelo crescimento do PIB no setor agrícola gaúcho e concluem salientando que o agronegócio familiar responde por parcela significativa da economia do Rio Grande do Sul. Na região norte do estado, onde situa-se a cidade de Passo Fundo, o agronegócio é a principal atividade e, portanto, todas as outras atividades tendem a depender fundamentalmente dos seus resultados. Após a safra recorde da soja de 2002/2003, que trouxe uma alavancagem financeira para essa região, ocorreu a seca de 2004 e a

19 19 desvalorização do preço da soja em 2005, que, somados, prejudicaram a economia regional, causando a desmotivação dos agricultores, fechamento de várias empresas, redução de atividades por outras e o desemprego elevado na região. Neste contexto, a instalação da empresa apresenta vantagens que vão além da receita que será gerada pela empresa relativa aos impostos, em decorrência da venda do biodiesel, como também significa uma expectativa para o reaquecimento do plantio de soja e de outras oleaginosas que fortalecerão a agricultura familiar e o agronegócio da região e do Estado Aspectos sociais No contexto socioeconômico atual, faz se necessária a preocupação com a população rural, bem como é fundamental a busca de alternativas para o êxodo rural e a desigualdade social entre o campo e as cidades. Uma das soluções passa pelo desenvolvimento tecnológico utilizado no setor agropecuário e também nos demais setores produtivos da economia. O biodiesel contribui na solução dessa problemática, pois desenvolverá o campo, por meio da produção das oleaginosas, gerando empregos e renda. E também com a criação de industrias que utilizarão novas tecnologias que visem à preservação do meio ambiente e que empregarão um maior número de pessoas, com a utilização de todos os subprodutos do biodiesel. A previsão é que a indústria em questão consuma toneladas/ano de soja, tendo a disponibilidade de grãos atendida pela produção de oleaginosas de pequenos produtores da região como forma de garantir o processamento do biodiesel, consumo que representa 8,7% da produção de soja do RS. Este fato implica a geração de emprego e renda na cadeia agrícola regional, porém, para que esse desenvolvimento seja permanente, é necessária que seja promovida e mantida a produção de forma descentralizada e não-excludente em termos das matérias-primas. Desta maneira, o referido projeto vem ao encontro do que especifica o PNPB quanto ao objetivo de oferecer uma alternativa de renda para o pequeno produtor rural, evidenciando sua participação no desenvolvimento regional, que se dá pela expansão da produção agrícola; oportunidades de emprego e renda para a população rural; aproveitamento interno dos óleos vegetais permitindo contornar os baixos preços que predominam no

20 mercado; a inserção da região na cadeia produtiva do biodiesel representa uma inovação produtiva a nível local Aspectos ambientais Os problemas como efeito estufa, mudanças climáticas e emissão de carbono são preocupações presentes em todo mundo, envolvendo o meio ambiente. Desta forma, as nações devem buscar soluções adequadas para as questões ambientais e ainda realizar uma leitura do MDL na busca do desenvolvimento sustentável. Neste contexto, a utilização do biodiesel vem ao encontro desta necessidade, pois reduz a produção de gases e ainda proporciona a utilização de seus subprodutos em outras cadeias produtivas. Comparativamente ao diesel mineral, o biodiesel é capaz de reduzir significativamente as emissões líquidas de CO 2. Em um estudo realizado por Kozerski e Hess (2005) com empresas de transporte coletivo de Campo Grande MG, foi realizada uma estimativa dos poluentes emitidos por ônibus e microônibus da atual frota da cidade, considerando como combustíveis o diesel, o biodiesel e o gás natural. Após o estudo, os autores inferem que o biodiesel seria a melhor alternativa, tendo em vista a diminuição das emissões de poluentes em relação ao diesel e a substituição de um combustível fóssil por um renovável, diminuindo o efeito estufa e gerando créditos de carbono. Desta forma, o Brasil tem condições de enquadrar o biodiesel nos acordos estabelecidos no Protocolo de Kyoto e nas diretrizes dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - MDL, onde industriais do Brasil podem beneficiar-se dos certificados de carbono, que são pagamentos efetuados por indústrias dos países desenvolvidos, pelo direito de poluir, aumentando o uso de energia renovável. Segundo Rezende e Merlin (2003, p. 85), os cientistas consideram três grandes estratégias no manejo de carbono social, como segue: 1. Seqüestro de Carbono: reflorestamento; silvicultura; fruticultura; sistemas agro-florestais; recuperação de áreas degradadas. 2. Substituição de Carbono: plantio de florestas energéticas; utilização de biodiesel, biomassa em substituição a materiais energéticos intensivos; utilização de restos agrícolas e florestais.

21 21 3. Conservação de Carbono: criação de reservas privadas de patrimônio natural; utilização de práticas de manejo florestal contrapondo atividades de manejo tradicional; proteção contra incêndios em áreas florestais. Aplica-se, portanto, aos projetos de produção do biodiesel, as estratégias de manejo de carbono social, no que se refere ao item substituição de carbono, enquadrando-se nesse âmbito o presente projeto. Desta maneira, a empresa poderá obter ganhos, eis que o biodiesel, como fonte de energia limpa, se insere nessas estratégias, existindo, assim, a possibilidade de venda de cotas de carbono por meio do Fundo Protótipo de Carbono (PCF) pela redução das emissões de gases poluentes e, também, de créditos de seqüestro de carbono por meio do Fundo Bio de Carbono (CBF), administrado pelo Banco Mundial (HOLANDA, 2004). Ressalta-se, também, que a cadeia produtiva do biodiesel gera alguns subprodutos que são fatores determinantes da viabilidade econômica da produção desse combustível. Entre os principais subprodutos pode-se citar: a glicerina, a lecitina e o farelo. Existem poucos estudos acerca do aproveitamento de subprodutos do biodiesel como elementos de viabilização da cadeia produtiva. Um estudo de Ferres (2003) aponta um custo da produção do biodiesel de US$ 394,78 por tonelada, e salienta que como transesterificação gera 15% de glicerina, esse autor estima que a sua comercialização reduziria em US$ 77,79 o custo total por tonelada. O projeto aponta que a glicerina possui uma grande demanda no mercado brasileiro, na indústria de tintas, alimentos, bebidas, cosméticos, farmacêutica e outras, citando 27 grandes indústrias que compram este subproduto. Assim, o aproveitamento integral dos subprodutos do biodiesel poderia também ser analisado sob o enfoque da metodologia ZERI, pois, sob esse enfoque, as matérias-primas originadas pela produção do biodiesel poderão ser convertidas em produtos de valor agregado para outras indústrias ou processos. De acordo com a metodologia da Emissão Zero, a formação de parcerias empresariais é a base dos complexos agro-industriais sistêmicos. Desta maneira, os processos produtivos se reorganizarão em grupos, de tal forma que os resíduos e os subprodutos de um processo sejam utilizadas como matéria-prima para o outro, criando uma força de demanda que permite a utilização total das matérias-primas com uma integração tão ampla que não concebe qualquer classe de resíduo. Assim, a empresa

22 poderá comercializar os subprodutos do biodiesel através do estabelecimento de parcerias com empresas que efetuam tal comercialização CONSIDERAÇÕES FINAIS A busca por novos paradigmas para o DRS tem sido objeto de debates cada vez mais freqüentes. Discute-se, entre outros aspectos, a criação de mecanismos eficazes para se associar o crescimento econômico à inclusão social e ao respeito ao meio ambiente. Nessa esfera, a preservação ambiental é um fator que deve estar associado à utilização dos insumos e ao impacto ambiental produzido pelo produto final; enfim, deve-se compatibilizar o crescimento e de uso dos recursos com a reposição desses recursos, bem como a minimização ou eliminação da produção de poluição. Uma proposta inovadora para se alcançar a sustentabilidade é conhecida como metodologia ZERI. Esta metodologia visa o aproveitamento integral da matéria-prima, baseando-se em arranjos produtivos de atividades industriais sem valor agregado para um negócio. A matéria prima que sobra em uma indústria é convertida em inputs de valor agregado a outros, possibilitando, assim, um aumento de produtividade, uma transformação global do capital, da mão-de-obra e das matérias-primas, bem como reduz os efeitos adversos ao meio ambiente. Observa-se que o DRS e os combustíveis renováveis estão fortemente ligados à preocupação com a escassez dos recursos naturais não renováveis e seus efeitos para as sociedades. Nessa temática, a gestão sustentável dos combustíveis renováveis emerge e possibilita a integração da sociedade nas discussões a respeito das necessidades, das debilidades e das especificidades da biomassa e, conseqüentemente, do biodiesel. O Brasil tem todas as condições para se impor como um grande produtor e, com o tempo, exportador de biodiesel, reduzindo as emissões de gases de estufa e gerando oportunidades numerosas de trabalho para os agricultores. A substituição dos derivados do petróleo por biocombustíveis é apenas parte de uma estratégia energética na qual a eficiência e a conservação ambiental devem desempenhar um papel preponderante. Por outro lado, a produção de biocombustíveis deve ser colocada no âmbito mais amplo da construção de uma civilização moderna de biomassa para a qual os países tropicais têm condições privilegiadas e que constituiria uma contribuição essencial ao desenvolvimento includente e sustentável.

23 23 Assim, o papel do governo federal no incentivo à produção ao uso do biodiesel passa por incentivos à pesquisa, por financiamentos dos projetos e por subsídios tributários à implantação de empresas especializadas em biodiesel. Isto demonstra que o Brasil esteja engajado na busca pela sustentabilidade e por menor dependência externa da matriz dos combustíveis, bem como possibilita a geração de expectativas em torno da exportação do biodiesel. Neste sentido, o presente estudo, amparado por uma revisão teórica, explicita vantagens sob os aspectos econômicos, sociais e ambientais, bem como apresenta uma alternativa de substituição dos combustíveis fósseis por opções renováveis (biodiesel) que permitam, além de suprir as necessidades energéticas de forma a buscar a autosuficiência, promover o desenvolvimento econômico-social e garantir a preservação do meio ambiente. REFERÊNCIAS ACCARINI, J. H. Biodiesel no Brasil: tendência de desenvolvimento. Seminário Matriz Energética x custos e Benefícios do Usuário. 13 de julho de São Paulo, SP. Disponível em < Acesso em: 20 de jul ALVES, André Luís. A solução do biodiesel. Disponível em: < /noticias/biodiesel/artigo-a-solucao-do-biodiesel htm>. Acesso em: 07 de jul ANP. Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Dados estatísticos Disponível em < Acesso em: 19 jul BAUTISTA VIDAL, José Walter. Mundo se prepara para era do combustível renovável. CREA-MT. Disponível em: < Acesso em: 05 de jul BELLO. C.V.V ZERI - Uma proposta para o desenvolvimento sustentável com enfoque na qualidade ambiental voltada ao setor industrial. Florianópolis: UFSC, Dissertação (Mestrado em Engenhia de Produção. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina, p. BENEDETTI, Omar; PLÁ, Juan Algorta; RATHMANN, Régis; PADULA, Antonio Domingos. Uma proposta de modelo para avaliar a viabilidade do biodiesel no Brasil. Revista Teoria e Evidência Econômica Brazilian Journal of Theoretical and Applied Economics, Passo Fundo/RS, v.14 Ed. Especial 2006, p

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