Relatório Parcial III

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1 Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Subprojeto III.2 Prioridades Especiales sobre la Adaptación Atividade III.2.3. Adaptation to Sea Level Rise in the Amazon Delta Relatório Parcial III Série documentada dos mapas das zonas costeiras da ilha do Marajó Belém Brasil

2 PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E A MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade III.2.3. Adaptation to Sea Level Rise in the Amazon Delta Relatório Parcial II SÉRIE DOCUMENTADA DOS MAPAS DAS ZONAS COSTEIRAS DA ILHA DO MARAJÓ Coordenação da Atividade Prof. Dr. Norbert Fenzl Consultor Maâmar El Robrini Outubro/2013 2

3 Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Subprojeto III.2 Prioridades Especiales sobre la Adaptación Atividade III.2.3. Adaptation to Sea Level Rise in the Amazon Delta Relatório Parcial III SÉRIE DOCUMENTADA DOS MAPAS DAS ZONAS COSTEIRAS DA ILHA DO MARAJÓ Belém, PA - BRASIL 3

4 Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade III.2.3. Adaptation to Sea Level Rise in the Amazon Delta Relatório Parcial II SÉRIE DOCUMENTADA DOS MAPAS DAS ZONAS COSTEIRAS DA ILHA DO MARAJÓ Coordenação da Atividade Prof. Dr. Norbert Fenzl Organização do Tratado de Cooperação Amazônica - OTCA Consultor Maâmar El Robrini Outubro/2013 4

5 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE PESQUISA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL EXISTENTES Introdução As Reservas Extrativistas (Resex s) A Legislação Específica para a Zona Costeira Área Prioritária para a Conservação DINÂMICA DAS MARGENS DA ILHA DO MARAJÓ Erosão Acreção Taxas de Erosão/ Progradação com Inclusão de Índice de Mobilidade Variações da linha de Costa Interface Manguezal Cordão Arenoso Duna/Praia Soure Interface Falésia Cordão Arenoso Praial Interface Campo Cordão Arenoso Duna/Praia Dinâmica da Margem Norte da ilha do Marajó MAPEAMENTO DAS MARGENS DA ILHA DE MARAJÓ Apresentação Comportamento das Marés Subdivisões do Estuário Identificação dos Limites Estuarinos Amazônicos BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO AMAZONAS Evolução Histórica da Bacia Hidrográfica do rio Amazonas GEOMORFOLOGIA DA ILHA DO MARAJÓ As Ilhas Geomorfologia da Ilha de Marajó SOLOS Gleissolo Háplico Gleissolos Sálicos Gleissolo e Neossolos Fúlvicos Gleissolo Tiomórficos Latossolos Amarelos Plintossolos ALTIMETRIA Morfologia e Distribuição de Sedimentos nas Margens Norte e Leste da Ilha do Marajó Margem Norte Margem Leste Identificação de potenciais ameaças postas pelo aumento do nível do mar no delta do Amazonas Cenário com as Mudanças Climáticas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

6 LISTA DE TABELAS Tabela 01 - Margem Leste da ilha do Marajó...20 Tabela 02 - Margem Norte da ilha do Marajó

7 ANEXOS - DECRETOS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DIRETA E INDIRETA A - Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Marajó ( Amparo Legal: Art. 13, 2o da Constituição do Estado, promulgada em 05 de outubro de B - Parque Ecológico Mata Bacurizal e Lago Caraparu (Lei nº 109 de. 19/06/87 - Prefeitura de Salvaterra)( C - Área de Proteção Ambiental de Algodoal - Maiandeua no Município de Maracanã ( Lei Estadual nº 5621 de 27/11/ D - Decreto Federal n o de 13/12/2002 Cria a Reserva Extrativista Maracanã, no Município de Maracanã, no Estado do Pará, e dá outras providências ( E - Decreto Federal n o de 13/12/2002 Cria a Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuçá, no Município de Curuçá, no Estado do Pará, e dá outras providências ( F - Decreto Federal s/nº de 22/11/2001 Cria a Reserva Extrativista Marinha de Soure, no Município de Soure, Estado do Pará, e dá outras providências ( G - Decreto Federal de 13/12/

8 1.INTRODUÇÃO Este terceiro relatório (Produto III) relativo à Activity III.2.3. Adaptation to Sea Level Rise in the Amazon Delta enquadra-se na Componente - III: Estrategias de Respuesta Subproyecto - III.2 Prioridades Especialies sobre la Adaptación do Manejo Integrado y Sostenible de los Recursos Hídricos Transfronterizos en la Cuenca del Amazonas considerando la Variabilidad y el Cambio Climático OTCA/GEF/PNUMA GEF- Amazonas. Esta atividade está sendo aplicada na ilha do Marajó e objetiva a avaliação das consequências do aumento do nível do mar, conjuntamente com os outros processos amazônicos (subida do nível do rio Amazonas) e meteorológicos (eventos extremos), causados pela mudança climática global sobre os entornos da ilha do Marajó (margens Leste e Norte). Estes dados sobre estes processos são fundamentais para identificar os melhores exemplos de adaptação, no sentido de contribuir junto com as comunidades instaladas no entornos das margens Leste e Norte desta ilha em fazer frente à estes impactos recentes. Em geral, as regiões deltáicas constituem ecossistemas vulneráveis que não podem ser reconstruídos pela humanidade. Eles são o resultado de um processo de acumulação sedimentar, com algumas interrupções temporais de longa evolução ao longo de milhares de anos. Como tal, deve-se presumir que as características da linha de costa foram e são impostas por processos geodinâmicos internos e externos, através do tempo geológico (Dias, 2005). Os ambientes estuarinos apresentam uma dinâmica muito peculiar, devido à interação entre os processos hidrológicos (descarga hídrica e sólida), processos oceanográficos (ondas, correntes oceânicas e costeiras), processos atmosféricos (vento e eventos extremos, precipitação, pressão) e processos astronômicos (marés) e, às vezes, processos antrópicos (ação do homen) que provaram, entretanto ser fatores determinantes na evolução das zonas estuarinas, particularmente na ilha de Marajó. Estes processos consorciados são responsáveis pelo mecanismo de erosão, transporte e distribuição de sedimentos ao longo da costa, provocando uma transformação da linha de costa. O fenômeno de recuo da linha de costa está frequentemente associado à elevação do nível do mar. Este por sua vez é ligado às mudanças climáticas globais, hoje agravadas pelas emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis (Hansen et al., 2001). Outro aspecto que deve ser levado em conta é o aumento da frequência e da intensidade das tempestades e seu impacto na infraestrutura costeira (Jensen et al., 2001; Vilibic et al., 2000; Sá-Pires et al., 2003). Na região Norte do Brasil, os meteorologistas descrevem tempestades severas (eventos extremos), e são registrados os efeitos dos ciclones extratropicais (muito poucos documentados) que ocorrem na costa leste dos Estados Unidos da América e no Caribe. Recuo da linha costeira em conflitos por sua vez, com ocupação antrópica nos ambientes costeiros, levam à destruição de bens sociais e materiais (Ferreira et al., 1990). Algumas áreas costeiras como os deltas (a exemplo, a ilha de Marajó) e cidades construídas sobre sedimentos geologicamente jovens estão diminuindo rapidamente devido à subsidência natural e ações antrópicas induzidas pelo homem (Bijlsma et al., 1996; Nicholls, 1995). Estas áreas estão experimentando um aumento do nível relativo do mar, atualmente. A erosão costeira é um problema que tem sido observado em várias partes do mundo e é atualmente considerado um fenômeno global. Estudos desenvolvidos pela União Geográfica Internacional (IGU) mostram que 70 % das costas do mundo estão passando por sedimentos, erosão e apenas % são consideradas estáveis. 8

9 Previsões sobre esses processos, particularmente em relação ao aumento do nível do mar, ter consequências significativas para o futuro do Gerenciamento Costeiro (Leatherman, 1991; Granja & Carvalho, 2000; Jensen et al., 2001). No Brasil, um diagnóstico da erosão em áreas costeiras, incluindo a margem leste da ilha de Marajó (Soure - Salvaterra), mostrou que 60 % desta área são afetadas por erosão (El-Robrini et al., 2006.). Mesmo que o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (GERCO/PA) foi implementado em alguns trechos da região Nordeste, o Estado do Pará ainda não tem uma metodologia bem definida para o prognóstico e monitoramento da erosão costeira. Diante destas lacunas, é necessário determinar como o aumento do nível do mar está afetando as áreas baixas (agricultura e pecuária, cidades, áreas de recreação e turismo, a pesca e cultivo de organismos pesqueiros, transporte e portos), nos entornos da ilha de Marajó. Até hoje, não há registro de nenhuma ação e/ou plano de medidade de adaptação à subida do nível do mar nestas áreas. Devido à sua posição geográfica, como porta de entrada para a região amazônica, a elevação do nível do mar pode resultar em substanciais danos ambientais e socioeconômicos na ilha de Marajó. O nível do mar subiu 10 a 25 cm durante o século XX e este ritmo de crescimento deverá se acelerar durante o século 21 devido ao aquecimento induzido pelo homem. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2007) estima um aumento global entre 23 e 96 cm para o período de 1990 a 2100, com uma estimativa média de 55 cm (Warrick et al., 1996). Cenários mais recentes também expressam um alto nível de incerteza (Hulme & Jenkins, 1998; Hulme & Carter, 2000). Em geral, o aumento do nível do mar pode produzir impactos diretos e indiretos. Segundo Klein & Nicholls (1999) os mais importantes efeitos são: (i) a probabilidade de frequência maior das cheias, (ii) a erosão; (iii) inundação, (iv) salinização dos lenções freáticos e, (vi) efeitos biológicos, entre outros. Os potenciais impactos socioeconômicos da subida do nível do mar podem ser classificados da seguinte forma: perda direta da economia, pressão sobre infraestrutura urbana e rural, aumento do risco de inundação, impactos relacionados às mudanças na gestão da água, salinidade, diminuição da qualidade de vida, migração populacional, redução da disponibilidade de água doce como um resultado de intrusão de água do mar, custo de proteção costeira, inundação de sítios arqueológicos, perda de terras agrícolas e zonas de pesca devido à alteração das condições oceânicas, etc.. Como um primeiro passo para explorar opções de adaptação, é fundamental avaliar a vulnerabilidade de uma área costeira frente à elevação do nível do mar e produzir cenários futuros de mudanças climáticas. No delta do Amazonas, especificamente na ilha de Marajó, a população ocupa áreas muito baixas (0-7 m acima do nível do mar) que são altamente vulneráveis ao aumento do nível do mar. A média de aumento do nível do mar é atualmente de cerca de 2 mm / ano (Douglas, 2001) e espera-se acelerar nos próximos 100 anos (USGCRP, 2001). Mesmo que isso possa parecer uma taxa baixa, seus impactos já são visíveis. Durante os últimos 15 anos, a ilha de Marajó sofreu erosão generalizada. Este é particularmente o caso ao longo de sua borda Leste (Soure e Salvaterra), onde a área total corroído é estimada em 202 km 2 (França, 2003). 9

10 2.LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE PESQUISA O Arquipélago do Marajó é um complexo estuarino formado por dezenas de ilhas localizadas na Golfão Marajoara (região amazônica). A ilha do Marajó, maior ilha do arquipélago na foz do rio Amazonas é considerada a maior ilha estuarina do mundo, sendo maior que países como a Bélgica e a Holanda. Em seus km² vivem mais de pessoas. Além do Marajó, três outras ilhas compõem o arquipélago: Caviana, Mexiana e Gurupá ao norte. A ilha do Marajó apresenta-se com cotas topográficas rebaixadas quase ao nível do mar, cuja evolução foi caracterizada por grande o dinamismo durante o Quaternário. A ilha do Marajó (0º e 2º S - 48º e 51º W) fica perto da linha do equador e situa-se no nordeste do Estado do Pará, a 87 km de Belém (margem leste) (Figuras 01, 02). A ilha é banhada pelas águas do rio Amazonas, ao Noroeste; rio Pará (Baia do Marajó); rio Tocantins, ao Sul e Oceano Atlântico, ao Sudeste, sendo um dos mais importantes santuários ecológicos do planeta. O acesso aos municípios da margem norte da ilha do Marajó, tem várias opções: via estuarina, saindo de Belém até Macapá e em seguida seguir com embarcação através dos Estreitos de Brêves, até os municípios de Afuá (Figura 03) e de Chaves (Figura 04), ou via aéreo, de Belém até Macapá e em seguida segue com embarcações a estes municípios. Entretanto, o acesso aos municípios de Soure (Figura 05) e Salvaterra (Figura 06) instalados na margem Leste da ilha do Marajó pode ser feito por via estuarina, cruzando a baía de Marajó (em cerca de 4 horas, dependendo da maré), chegando-se ao porto de Camará, no município de Salvaterra e em seguida, por via terrestre, em estrada pavimentada, até a cidade homônima. A travessia do rio Paracauari entre Salvaterra e Soure faz-se mediante o uso da balsa. 3.UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL EXISTENTES 3.1.Introdução As Unidades de Conservação Ambiental (UCA s) são áreas delimitadas do território nacional, protegidas por lei, pois estas contêm elementos naturais de importância ecológica ou ambiental. Em geral, ao definir uma área a ser protegida, são observadas suas características naturais e estabelecidos os principais objetivos de conservação e o grau de restrição à intervenção antrópica. As UCAS s fazem parte integrante de mecanismos brasileiros voltados para a defesa ambiental tendo seus respaldos legal, alicerçadas na Lei Federal n 6938, de 31/08/81. As UCA s embora sejam áreas destinadas à preservação e proteção ambiental e podem se apresentar em diversas categorias: Parques, Reservas Biológicas, Estações Ecológicas, Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Proteção Ambiental. Cada uma dessas categorias apresenta suas especificidades legais, no entanto, cada vez mais está sendo incorporado, em todas elas a conotação operacional do termo conservar, permitindo que seja buscada uma utilização racional do uso da terra. Este fato ainda esbarra na forma explicitada nos conteúdos legais. Por exemplo, nos Parques só se toleram usos científicos, educativos e recreativos compatíveis a sua preservação integral e perpétua. Assim, estas áreas podem ser classificadas em áreas de (i) Proteção Integral: Estação Ecológica, Parque Nacional, Reserva Biológica, Reserva de Vida Silvestre e (ii) Uso Sustentável, como: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse 10

11 Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Desenvolvimento Sustentável. No Arquipélago do Marajó, tem-se: (i) Área de Proteção da Ilha do Marajó; (ii) Parque Ecológico Mata Bacurizal e Lago Caraparu; (iii) Reserva Extrativista de Soure; (iv) ; (v); (vi) e (vii) Parque Estadual Charapucu (Figura 7). Esta área enquadra-se em Área com Prioridade alta e representa o elo entre as águas e os ecossistemas continentais e os oceânicos. O estabelecimento de áreas de proteção ambiental nas áreas estuarinas é de vital importância para proteger os estuários, considerados como berçários para a fauna aquática e favorecer a transferência de nutrientes para o Oceano Atlântico e recuperar os estoques pesqueiros. 3.2.As Reservas Extrativistas (Resex s) As Reservas Extrativistas (RESEX S) criadas no início dos anos 90 apresentamse hoje como alternativas ao sistema de assentamento na Amazônia. Sua criação representou um passo audacioso de modelo de conservação do meio ambiente, propondo unidades de gestão com a presença da população local. No entanto, é preciso dotar as RESEX s de acesso à saúde, educação, transportes e atividades geradoras de renda, criando condições para a fixação da população no local. Para isso, foi implantado o Projeto RESEX, visando testar e provar a viabilidade do modelo de reserva extrativista como unidade de conservação dos recursos naturais. As RESEX s possuem as seguintes componentes: (i) Efetivação das reservas extrativistas; (ii) Organização comunitária; (iii) Melhoria de atividades produtivas; (iv) Gerenciamento ambiental; e (v) Gerenciamento e avaliação do projeto. O projeto é executado pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais (CNPT) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Para promover a gestão participativa, parte dos recursos é repassada para administração direta das associações de moradores das reservas, mediante convênios assinados com o IBAMA. Na segunda fase do projeto, são financiados projetos produtivos, encaminhados ao CNPT. Após parecer inicial, os projetos são enviados a um comitê independente formado pelo chefe do CNPT, um assessor econômico, um representante do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Extrativismo (PRODEX) e um dos Projetos Demonstrativos Tipo A (PD/A). A RESEX é uma Unidade de Conservação destinada à exploração auto-sustentável e conservação dos recursos naturais renováveis por populações nativas e extrativistas. Tem como propósito garantir a terra às famílias nativas e extrativistas, conservar os recursos naturais por meio de sua exploração sustentável, organizar, capacitar ou fortalecer o processo de organização dos moradores para a co-gestão com o IBAMA dos espaços e recursos naturais, e implementar alternativas de renda que propiciem a melhoria da qualidade de vida das famílias que habitam na área. Dentre estas alternativas, vislumbra-se o turismo sustentado e/ou o turismo ecológico como forma de diversificar as atividades da comunidade. A viabilização da RESEX é de grande importância para a sustentabilidade dos ecossistemas existentes e da população que compõem a paisagem do Batoque. Como afirma Diegues (1995), "a reserva extrativista é um instrumento de ressurgimento do "comum" e seu reconhecimento social mostra a importância de se repensar e se reconstruir as formas tradicionais de apropriação de espaços e de recursos naturais renováveis na gestão ambiental, na proteção da biodiversidade e da diversidade sóciocultural". As RESEX s são espaços territoriais destinados à exploração auto-sustentável e conservação dos recursos naturais renováveis, por populações tradicionais. Em tais áreas, é possível materializar o desenvolvimento sustentável, equilibrando interesses 11

12 ecológicos de conservação ambiental, com interesses sociais de melhoria de vida das populações que ali habitam. Existem duas modalidades de RESEX s: da Amazônia e Marinhas. 3.3.A Legislação Específica para a Zona Costeira Em 16 de maio de 1988, foi sancionada a Lei n que determina a elaboração do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), cujo objetivo é orientar a utilização racional dos recursos na Zona Costeira, de forma a contribuir para elevar a qualidade da vida de sua população, e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural (MMA, 2007). O artigo 3 desta lei, mostra que o PNGC deverá prever o zoneamento de usos e atividades na zona costeira e dar prioridade à conservação e à proteção, entre outros, dos seguintes bens: I recursos naturais renováveis e não renováveis; recifes, parcéis e bancos de algas; ilhas costeiras e oceânicas; sistemas fluviais, estuarinos e lagunares, baias e enseadas; praias; promontórios; costões e grutas marinhas; restingas e dunas; florestas litorâneas, manguezais e pradarias submersas; II Sítios ecológicos, de relevâncias cultural e demais unidades naturais de preservação permanente; III monumentos que integrem o patrimônio natural, histórico, paleontológico, espeleológico, arqueológico, étnico, cultural e paisagístico. O PNGC foi regulamento pelo Decreto em 7 de dezembro de Segundo o Decreto n de 23 de fevereiro de 2005, a Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM) tem por finalidade orientar o desenvolvimento das atividades que visem a efetiva utilização, exploração e aproveitamento dos recursos minerais, e energéticos do mar territorial, da zona econômica exclusiva e da plataforma continental jurídica, de acordo com os interesses nacionais, de forma racional e sustentável para o desenvolvimento socioeconómico do país, gerando emprego e renda e contribuindo para a inserção social 3.4.Área Prioritária para a Conservação De acordo com MMA (2007), a disseminação dos conceitos de que as áreas protegidas aquáticas são essenciais para conservar a biodiversidade dos oceanos e de águas continentais é crescente, aliando-se, desde a década de 90, a ideia de que são essenciais à manutenção da produtividade pesqueira. De fato, o estabelecimento dessas áreas protegidas é um excelente instrumento para a recuperação de estoques colapsados ou considerados ameaçados, servindo como berçários e fonte de exportação de indivíduos maduros para as áreas adjacentes (Roberts & Polunin, 1993; Roberts, 1997; Russ, 1996; Ballantine, 1996; Bohnsack, 1998, 2000; Lubchenco et al., 2003; Ferreira & Maida, 2001, In MMA, 2007). O Golfão Marajoará é considerado como Área Prioritária Relativamente Alta (Prates, In MMA, 2007). Segundo a mesma autora, o estabelecimento de um sistema representativo de unidades de conservação faz parte da estratégia global de conservação de biodiversidade, especialmente dos estoques pesqueiros. Importante ressaltar que a American Association for the Advancement of Science recomenda que 20 % dos oceanos, sejam declarados áreas de exclusão de pesca até A análise da Biodiversidade Brasileira (MMA, 2002), versando sobre a Avaliação e Identificação de Áreas e Ações Prioritárias para Conservação, Utilização e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira permitiu de anotar que o Golfão 12

13 Marajoará enquadra-se em Área Prioritária (pontuação: 1 baixa a 5 = alta prioridade de recomendação) mostrada a seguir: (i) Área Prioritária para a Botânica: BT 053 Ecorregião Tocantins Araguaia Maranhão Ação recomendada: recuperação (pontuação 5); (ii) Área Prioritária para Invertebrados: IV 011 Costa Nordeste do Pará e do Maranhão Ações recomendadas: recuperação (pontuação 4); (iii) Área Prioritária para Biota Aquática: BA007 Mangue do Pará e do Maranhão - Ações recomendadas: Inventário Biológico (pontuação 3) Criação de Unidade de Conservação (pontuação 3) Manejo (pontuação 5); (iv) Área Prioritária para Répteis e Anfíbios RA 024 Região Bragantina - Ações recomendadas: Recuperação (pontuação 5), Inventário Biológico (pontuação 5) Criação de Unidade de Conservação (pontuação 5) Manejo (pontuação 5); (v) Área Prioritária para Aves: Mangues do Pará - Ação recomendada: Manejo (pontuação 5); (vi) Área Prioritária para Populações Tradicionais e Povos Indígenas PP003 Estuário e Costa Litorânea do Pará - Ações Recomendadas: Manejo, proteção e fiscalização da área e de seu entorno (pontuação 5), pesquisa (pontuação 5); (vii) Área Prioritária para Novas Oportunidades Econômicas, OE 076, Costa Paraense - Ações Recomendadas: Implantação de Infraestrutura (pontuação 4) Capacitação/Treinamento (pontuação 5) Definição e Implementação de Instrumentos financeiros (pontuação 4) Definição e Implementação de estratégias de marketing (ampliação de mercados, certificação, valorização de produtos)(pontuação 2) pesquisa/desenvolvimento de produtos (pontuação 4); (viii) Área Prioritária para Pressões Antrópicas, PA028 Belém-Região Bragantina - Ações recomendadas: Conservação (pontuação 4) Uso Sustentável dos recursos naturais (pontuação 5), Produção sustentável (pontuação 5); (ix) Área Prioritária sobre Unidades de Conservação UC0043 Ecorregião Tocantins Araguaia Maranhão - Ação recomendada criação de Unidade de Conservação (pontuação 5). A avaliação de grau de instabilidade das Áreas Prioritárias na Amazônia, com relação à pressão antrópica, programas de desenvolvimento e de implantação de obras de infraestrutura planejadas pelo governo federal e pelos governos estaduais mostram que as áreas de extrema importância biológica (A) que estão ameaçadas são Araguaia/Tocantins/Maranhão, com 84 % sobre pressão alta e máxima, justamente onde está a área de trabalho (MMA, 2002). Ainda, o Mapa Síntese das Áreas Prioritárias para a Biodiversidade (Figura 8) mostra que o Golfão Marajoará, enquadra-se na Área de extrema importância (VZ043 Salgado). O Panorama da Zona Costeira e da Zona Marítima (MMA, 2002) mostra que a zona costeira, como região de interface entre os ecossistemas terrestres e marinhos, é responsável por uma ampla gama de funções ecológicas : a prevenção de inundações, da intrusão salina e da erosão costeira; a proteção contra tempestades; a reciclagem de nutrientes e de substâncias poluidoras; e a provisão de habitats e de recursos para uma variedade de espécies explotadas, direta ou indiretamente. Assim, a área deste estudo é considerada também como: (i) Área Prioritária para a Conservação de Estuários, Manguezais e Lagoas Costeiras - importância biológica Extrema (A); (ii) Área Prioritária para Conservação de Praias e Dunas - importância biológica Muito Alta (B); 13

14 (iii) Área Prioritária para Conservação de Banhados e Áreas Úmidas Costeiras - importância biológica Muito Alta (B); (iv) Área Prioritária para Conservação de Restingas - importância biológica Extrema (A); (v) Área Prioritária para Conservação de Quelônios Marinhos trata-se de uma área Insuficientemente Conhecida (D); (vi) Área Prioritária para a Conservação de Mamíferos Marinhos - importância biológica Extrema (A); (vii) Área Prioritária para a Conservação de Aves Costeiras e Marinhas - importância biológica Extrema (A); (viii) Área Prioritária para a Conservação de Teleósteos Demersais e Pequenos Pelágicos - importância biológica Extrema (A); (ix) Área Prioritária para Conservação de Elasmobrânquios trata-se de uma área Insuficientemente Conhecida (D); (x) Área Prioritária para Conservação de Bentos da Plataforma Continental trata-se de uma área Insuficientemente Conhecida (D); (xi) Área Prioritária para Conservação de Plâncton trata-se de uma área Insuficientemente Conhecida (D); (xii) Área Prioritária para a Conservação de Plantas Marinhas - importância biológica Alta (C). Estudos recentes (Fioravanti, 2011) mostram que várias espécies de peixes precisam de redutos distintos no mangue, com salinidade maior ou menor, para desovar e criar seus filhotes até que sejam capazes de seguir para o oceano. O local de acasalamento dos peixes é um, o de desova é outro e o berçário é um terceiro, às vezes distantes entre si dezenas de metros, tudo dentro do estuário, segundo Barletta et al. (2010). De acordo com os mesmos autores, esses locais de reprodução, desova, crescimento, proteção e alimentação de peixes variam ao longo do ano, de acordo com as fases da lua e o regime de chuvas, com diferentes níveis de turbidez, salinidade e concentração do oxigênio dissolvido na água. Esses refúgios, muitas vezes localizados em canais estreitos dos manguezais, podem estar mais longe da costa, quando chove muito, ou mais perto, quando chove pouco. Assim, os manguezais são mais ricos em carbono. A Zona Costeira Amazônica, em particular a do Golfão Marajorá tem uma importância vital, uma vez que transitam quantidades enormes de materiais para o Oceano Atlântico. Segundo Lacerda (2010), esta carga continental é responsável pelo equilíbrio: (1) entre a erosão e a sedimentação nos litorais amazônicos, (2) por uma fração significativa da fertilização das águas sobre a plataforma continental, (3) manutenção da biodiversidade aquática e das pescarias, que sustentam as populações ribeirinhas. Segundo o mesmo autor, a interface continente/oceano é um rico reservatório de biodiversidade e ecossistemas dos quais depende o funcionamento do planeta, além de ser o principal destino turistico e imobiliário. Para proteger estas áreas, criaram-se então as Áreas de Proteção Ambiental, sendo estas representam as prioridades fundamentais para o desenvolvimento sustentável dos estuários. Porém, importante ressaltar que nestas áreas protegidas não se tem hoje um diagnóstico completo sobre a biodiversidade e nem informações sobre as espécies ameaçadas. As atividades humanas (esgotos, lixões, navegação, águas de lastro, etc.) continuam a deteriorar os fundos e as águas estuarinas. Nota-se ainda, a abertura de estradas nos canais de marés, manguezais, etc. Novas medidas deverão ser 14

15 tomadas voltadas para a poluição e as espécies invasoras, através de meios seguros de monitoramento e pesquisa de rastreabilidade de poluição. Ainda, o Parque Estadual Charapucu (várzeas e animais em extinção) no município de Afuá foi criado em novembro de Atividades de turismo, pesquisa científica e educação ambiental são permitidas. A criação desta UCP, em Afuá, e de mais 3 (em projeto) fazem parte das recomendações da Unesco para a Sema, para que a APA Marajó obtenha o reconhecimento de Reserva da Biosfera. Figura - Mapa das áreas de proteção ambiental da ilha do Marajó. 4.DINÂMICA DAS MARGENS DA ILHA DO MARAJÓ Para desenvolver esta atividade, tivemos que verificar a disponibilidade de dados e/ou trabalhos na literatura científica, entretanto, estes estão realmente raros, a exceção de França (2003). Uma síntese do trabalho já realizado na margem leste da ilha do Marajó é apresentada a seguir: 4.1.Erosão A erosão praial é um dos fenômenos mais impressionantes entre os processos costeiros, que acabou transformando-se em um problema emergencial, na maioria das áreas costeiras do mundo. Segundo BIRD (1985), mais de 70 % das costas arenosas têm exibido uma tendência erosiva nas últimas décadas, menos de 10 % apresentam progradação de % e mostram-se estáveis. Trabalhos de erosão na ilha do Marajó são realmente escassos. Esta tendência à erosão das praias arenosas, nos dias de hoje, têm sido discutidas por numerosos autores, e a maioria deles admite um aumento do nível do mar relativo, como causa mais importante. Komar (1983) sugeriu que a erosão costeira é o resultado de uma complexa interação entres os processos físicos, bem como de movimentos combinados de águas induzidos pelas ondas incidentes e de tempestades, marés e correntes litorâneas, interagindo com a costa. Short (1979), Wright et al. (1979), Short & Hesp (1982), Alves (2001), El- Robrini (2001) sugeriram que os estados morfodinâmicos da praia e da zona de surfe são também outros fatores importantes nos processos erosivos de escala local e de curta duração. Souza Filho & El-Robrini (1997) observaram que a posição geográfica do NE do Pará (0-1 S), aliada às suas reentrâncias e à grande extensão da Plataforma Continental do Pará, proporcionam o desenvolvimento de um ambiente de alta energia, dominado por macro-marés semidiurnas, ondas geradas por ventos alísios de NE, correntes de maré de vazante de SE-NW e correntes de maré de enchente de NW-SE. De acordo com França (2003), toda a margem leste da ilha do Marajó (Soure e Salvaterra) sofreu o predomínio da erosão nos últimos 15 anos, sendo um total de 2.02 km 2 de áreas erodidas e 0.61 km 2 de áreas progradadas. 4.2.Acreção De acordo com França (2003), toda a margem leste da Ilha do Marajó (Soure e Salvaterra) sofreu o predomínio da erosão nos últimos 15 anos, sendo um total de 2 km 2 de áreas erodidas e 0,6 km 2 de áreas progradadas. 15

16 4.3.Taxas de Erosão/ Progradação com Inclusão de Índice de Mobilidade Os balanços negativos (perdas sedimentares) estão relacionados, principalmente, às zonas de intermaré superior dos perfis praiais, quando ocorre erosão das dunas frontais. Os balanços positivos (ganhos sedimentares) são justificados pela migração de bancos arenosos e retrabalhamento dos sedimentos pelas marés de sizígia que retiram os sedimentos da zona de intermaré superior, transportando-os para as zonas de intermaré média e inferior. Os geoindicadores são a base da análise das mudanças costeiras, fornecendo elementos para a mensuração e avaliação de processos e formas, que ocorrem em escalas de tempo de até 100 anos (Berger, 1996). Na região, o geoindicador, adotado foi a posição da linha de costa, tida como a linha de maré alta de sizígia (França & Souza Filho, 2006). Assim, a linha de maré alta de sizígia estabelece os limites da vegetação permanente de manguezais ou a interface destes com unidades morfológicas, tais como os cordões arenosos de praias e dunas, canais de maré, estuários, etc. O movimento da linha de costa fornece um registro da direção das mudanças e dos setores costeiros em erosão e acreção (Forbes & Liverman 1996). Na ilha do Marajó, França & Souza Filho (2003, 2006), mostram as mudanças costeiras (progradacionais e retrogradacionais) de médio período, de Soure e Salvaterra, relacionadas aos avanços e recuos da linha de costa, à migração das principais desembocaduras e ao crescimento de praias-barreiras, entre 1986/1995, 1995/1999 e 1999/ Variações da linha de Costa Interface Manguezal Cordão Arenoso Duna/Praia Soure Em Soure, registraram-se durante o período de 1986/1995 um total de m 2 de áreas progradacionais (19 % do total de áreas submetidas às mudanças costeiras), com avanço linear máximo da linha de costa calculado em 148 m, à taxa máxima de 16 m/ano. A taxa média anual de progradação costeira foi de m 2 /ano. As áreas retrogradacionais totalizaram m 2 (81 % do total de áreas submetidas a mudanças costeiras), com taxa de recuo da linha de costa de m 2 /ano, e distância linear máxima de 192 m, que equivale à taxa de 21 m/ano. Os setores Araruna e Barra Velha-Garrote apresentaram as maiores áreas erosionais do período ( m 2 e m 2, respectivamente). Entre 1995/1999 (4 anos), a costa de Soure apresentou m 2 de áreas de progradação de manguezais (43 % do total de áreas submetidas a mudanças costeiras), quando a linha de costa alcançou a distância máxima de 182 m. A taxa de progradação foi de m 2 /ano e a taxa de avanço linear da linha de costa foi estimada em 45 m/ano. A área de maior crescimento de manguezais situou-se entre a praia do Garrote e o planalto costeiro, na parte sul de Soure, totalizando m 2, com taxa de crescimento de 109 m/ano. O total de áreas retrogradacionais chegou a m 2 (57 % do total de áreas submetidas a mudanças costeiras), entre 1995/1999, com taxa anual de m 2 /ano e recuo linear da linha de costa de 39 m/ano. Os setores Cajuúna e Barra Velha-Garrote mostraram as maiores áreas de retrogradação, isto é, m 2 e m 2, respectivamente (Figura 09). De 1999 a 2001, apresentou m 2 de áreas de progradação de manguezais (10 % do total de áreas submetidas a mudanças), com taxa anual de m 2 /ano, e as áreas de retrogradação de manguezais de m 2 (90 % do total de áreas submetidas a mudanças costeiras), e taxa anual de m 2 /ano. As taxas de avanço e recuo 16

17 linear da linha de costa foram de 93 e 185 m/ano, respectivamente. Os setores das praias do Pesqueiro e de Cajuúna apresentaram as maiores áreas erosionais ( m 2 e m 2 ) (Figura 10). Ao longo de Soure, a distribuição das áreas progradacionais e retrogradacionais não foi uniforme, com variações nos diferentes setores. Os setores Cajuúna (entre o canal do Cajuúna e o canal do Pesqueiro), Araruna (entre os canais da Glória e do Araruna) e Barra Velha/Garrote (entre o canal do Araruna e a praia do Garrote), mostraram as maiores áreas de erosão de manguezais, durante os últimos 15 anos. Essas áreas de recuo máximo da linha de costa estão relacionadas com a posição dessas subregiões próximo à desembocadura de grandes canais de maré e à ponta de Soure, que são trechos dinâmicos, devido, às correntes de maré e transporte de sedimentos. Em Salvaterra, registraram-se, durante o período de 1986/1995, m 2 de áreas de progradação de manguezais contra m 2 de áreas de retrogradação. Os manguezais progradaram à taxa de m 2 /ano e deslocaram a linha de costa em 62 m. A taxa de retrogradação foi de m 2 /ano, com recuo máximo da linha de costa na ordem de 77 m à taxa de 8 m/ano. Entre 1995 e 1999, as áreas progradacionais expandiram-se, chegando a m 2 diante de m 2 de áreas retrogradacionais. A taxa de avanço da linha de costa foi de m 2 /ano, e a distância linear máxima alcançada foi de 95 m, representando 23 m/ano. De 1999 a 2001, as áreas retrogradacionais alcançaram m 2, à taxa anual de m 2 /ano, contra m 2 do total de áreas progradacionais. O recuo máximo da linha de costa foi de 73 m, equivalente à 36 m/ano (Figura 10). Os pulsos de variação da linha de costa, registrados como crescimento e diminuição de áreas progradacionais e retrogradacionais, relativos aos diferentes intervalos de tempo (9, 4 e 2 anos), revelaram um brusco aumento da retrogradação de manguezais, nos últimos 2 anos. O recuo linear dos manguezais, em Soure, apresentou taxas máximas anuais, que variaram de 21 m/ano (1986/1995) para 39 m/ano (1995/1999) e 185 m/ano (1999/2001). Enquanto que, em Salvaterra, as taxas lineares pularam de 8 m/ano (1986/1995) para 36 m/ano (1999/2001). Esses valores quantificados demonstram um recrudescimento dos processos erosionais da linha de costa em toda a margem Leste da ilha do Marajó, nos últimos anos. 4.5.Interface Falésia Cordão Arenoso Praial Em Salvaterra, cuja morfologia se caracteriza por um alinhamento de falésias esculpidas no planalto costeiro, registraram-se apenas recuos da linha de costa. No período 1986/1995, totalizaram-se m 2 de áreas retrogradacionais, com taxa de m 2 /ano. O recuo máximo da linha de falésias chegou a 65 m ou 7 m/ano. Entre 1995/1999, não se registraram mudanças na linha de costa. Porém, em 1999/2001, totalizaram-se m 2 de áreas de falésias que foram erodidas, à taxa de m 2 /ano (Figura 11). 4.6.Interface Campo Cordão Arenoso Duna/Praia Em Salvaterra, a planície lamosa de supramaré coberta por campos estende-se desde os limites com os cordões de praias e dunas até os limites com o planalto costeiro, ocupando o interior de um paleovale. No período de 1986/1995, registraram-se m 2 de áreas progradacionais, que diminuíram para m 2, em 1995/1999. Essa 17

18 redução da progradação das áreas campestres refere-se à queda da taxa anual de m 2 /ano (1986/1995) para m 2 /ano (1995/1999). As áreas retrogradacionais apresentaram comportamento inverso, isto é, representavam em 1986/1995 apenas m 2, e aumentaram bruscamente para m 2, entre 1995/1999. A taxa de retrogradação passou de 384 m 2 /ano para m 2 /ano, respectivamente. O recuo máximo da linha de costa chegou a 167 m, no período 1995/1999, à taxa de 41 m/ano. Entre 1999/2001, não se registraram recuo na área de campos (Figura 11). Em Soure, as principais redes de drenagem da planície costeira, representadas pelos canais do Cajuúna, Pesqueiro, Barco, Glória, Araruna e Uruci e, em Salvaterra, pelo canal do Jubim, apresentaram migração de suas desembocaduras entre 1986 e O canal do Cajuúna desaguava, em 1986, em uma única desembocadura de direção SW-NE. Em 1995, este canal passou a desaguar em duas desembocaduras, uma no sentido SW-NE e outra W-E. Esta última foi resultado da migração da margem direita por 615 m para sul, equivalente a 68 m/ano, o que rompeu o delta de maré vazante na sua extremidade sul, dividindo-o em dois segmentos. O segmento norte permaneceu isolado do continente, durante a maré baixa, com ramificações para NE. O segmento sul ficou ligado à praia do Cajuúna, na maré baixa, e se alongou para E (Figura 11A). O canal do Pesqueiro, em 1986, vertia no sentido SW-NE e construía um delta que se estendia no sentido S-N. Em 1995, apresentou uma inflexão para norte, deslocando sua desembocadura de 179 m, à taxa de 19 m/ano, porém manteve a posição da foz no sentido SW-NE. O deslocamento relacionou-se ao crescimento longitudinal do delta para norte que, ao mesmo tempo, mudou sua forma, tornando-se mais estreito e recurvado para NW (Figura 11B). O canal do Barco fluia, em 1986, segundo N-S, e mudou a foz para NW-SE, em 1995, após uma migração de 896 m para norte, equivalente à taxa de 99 m ao ano. Isso diminuiu a extensão da praia do Pesqueiro, no trecho entre os canais do Pesqueiro e do Barco, de m em 1986 para m, em 1995 (Figura 11C). A migração do canal do Barco foi acompanhada pelo deslocamento do canal da Glória em sentido oposto. Em 1986, este canal desaguava na direção NW-SE, desenvolvendo um delta que se estendia nas direções W-E e N-S, devido ao seu efeito de barragem hidráulica para os sedimentos despejados ao norte pelo canal do Barco. Em 1995, o curso terminal do canal da Glória infletiu para sul, deslocando-se 586 m (isto é, 65 m /ano), mas manteve a direção NW-SE da desembocadura. A migração do canal resultou no aumento da extensão da praia do Pesqueiro, no trecho entre os canais do Barco e da Glória, de 335 m, em 1986, para m, em 1995, correspondendo a uma taxa de crescimento de 174 m/ano. Os deslocamentos de ambos os canais que seccionavam a praia do Pesqueiro, no período 1986/1995, associados à mobilização de sedimentos arenosos, nesse setor da costa, acabaram por ampliar a extensão total desta praia de m, em 1986, para m, em 1995, representando um crescimento de 74 m/ano (Figura 11C). Em 1986, o canal do Araruna vertia por uma única desembocadura, no sentido SW-NE, e desenvolvia um delta de maré vazante no sentido S-N. Em 1995, o canal bifurcou e rompeu o delta ao sul, abrindo uma segunda foz e desaguando em 2 sentidos. A primeira desembocadura manteve o sentido SW-NE, após um deslocamento da margem esquerda de 112 m para noroeste, e a segunda posicionou-se para W-E, depois de uma migração da margem esquerda de 291 m para sul. A taxa de migração da margem esquerda foi de 12 m/ano, e da margem direita chegou a 32 m/ano. 18

19 O deslocamento para Sul seccionou o delta, gerando um segmento isolado e separando ambas as desembocaduras. A migração do canal da Glória para Sul e do Araruna para NE reduziu a extensão da praia do Araruna de m, em 1986, para m, em 1995, com uma taxa de 68 m/ano (Figura 11D). O canal do Uruci apresentava uma desembocadura bifurcada, em 1986, desaguando nas direções NE-SW e NNW-SSE, numa enseada ao Sul de Soure, entre o continente e a praia do Garrote. O crescimento desta praia-barreira, na direção W, fechou a desembocadura NNW-SSE e o canal passou a verter somente pela saída NE- SW, após um deslocamento de 174 m para W, à taxa de 19 m/ano. A praia do Garrote expandiu-se de m para m, no período 1986/1995, à taxa de 28 m/ano, representando um aumento linear de 17 % (Figura 11E). O canal do Jubim, em 1986, lançava-se no sentido NW-SE. Em 1995, infletiu para norte, mudando sua desembocadura para W-E, após um deslocamento de 254 m, com taxa de migração de 28 m/ano. Ao mesmo tempo, desenvolveu um delta de maré vazante, no sentido S-N, com ramificações para SE e E (Figura 11F). A acreção e a erosão costeira resultam de alterações no suprimento sedimentar e nos processos costeiros, refletidas pela movimentação da linha de costa. Os processos acrecionais, relacionados a um maior aporte de areia e silte/argila, nos trechos mais protegidos da margem, acarretam migração da linha de costa na direção do mar, permitindo, nos setores de sedimentação lamosa, a progradação da vegetação de mangues (Souza Filho 2000). Na margem esquerda da desembocadura do estuário Paracauari, na costa Sul de Soure, o crescimento de um cordão arenoso, a partir da ponta de Soure para W, nos anos de 1986 a 2001, deu origem à praia-barreira do Garrote a migração da desembocadura do canal do Uruci por cerca de 174 m para W. Em 1986, a flecha arenosa estendia-se por m e, em 1995, alcançou m, crescendo 17 % em 9 anos (Figura 11). Hoje, estima-se que o cordão chegue a m de extensão, na maré baixa. Este setor é de maior progradação da linha de mangue e de acreção sedimentar de Soure, chegando à distância linear máxima de 138 m, entre 1999 e 2001, à taxa de 69 m/ano. Porém, a taxa máxima de progradação de manguezais, nesse setor costeiro, ocorreu no período 1995/1999, quando alcançou a acreção linear máxima de 438 m, com taxa de 109 m ao ano, correspondendo a cerca de 60 % do crescimento dos últimos 15 anos (Figura 11). Os limites dos manguezais de Soure com os cordões de dunas e praias, no trecho desde a praia do Cajuúna até a praia do Garrote, numa extensão de 14 Km, e em Salvaterra, nos limites das falésias, mangues e campos com as praias, numa extensão de 5 Km, caracterizam-se por taxas crescentes de retrogradação, controladas pela dinâmica da Baía de Marajó. As feições resultantes da erosão costeira são: a) os terraços de lama de 0,5 a 1 m de altura, que se formam na zona de contato dos manguezais com as praias, devido à queda das árvores, às alterações pedogênicas do substrato e ao solapamento por ondas, e b) as falésias cujo desmantelamento progressivo gera escarpas de até 6 m de altura, bancos de cascalhos e blocos rolados. Entre 1986 e 2001, ocorreu uma diminuição da área total dos manguezais. Em Soure, os manguezais diminuíram de 37 km 2, em 1986, para 26 km 2, em 2001, com uma redução de 10 km 2 nos últimos 15 anos. Em Salvaterra, a área total dos manguezais reduziu-se de 3 km 2, em 1986, para 2,8 km 2 em 2001, equivalentes à perda de 0,22 km 2. As taxas mostraram reduções anuais de 0,72 km 2 /ano, para a costa de Soure, e de 0,01 km 2 /ano para a costa de Salvaterra. 19

20 Um novo trabalho (no prelo) desenvolvido na margem Leste da ilha do Marajó (Figuras 12, 13, 14, 15) mostra a dinâmica multitemporal (Tabela 01) no período de /15 anos. O setor 1, sofreu progradação ( ,02 m 2 ), no setor 2, houve progradação ( ,66 m 2 ) e retrogradação ( ,30 m 2 ), no setor 3, apenas progradação ( ,23 m 2 ), no setor 4, retrogradação ( ,22 m 2 ), no setor 5, progradação ( ,58 m 2 ), no setor 6, progradação ( ,53 m 2 ), no setor 7, houve progradação (69.962,23 m 2 ) e retrogradação (97.263,76 m 2 ), no setor 8, progradação ( ,70 m 2 ) e retrogradação ( ,75 m 2 ), entretanto no último setor 9, houve retrogradação ( ,17 m 2 ). Tabela 01 - Margem Leste da ilha do Marajó. Áreas Progradação (m 2 ) Retrogradação (m 2 ) Balanço (m 2 ) , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,17 Observação 4.7.Dinâmica da Margem Norte da ilha do Marajó Uma nova análise (no prelo) da margem Norte da ilha do Marajó, baseada em uma combinação multitemporal no período de /15 anos (Figuras 16, 17, 18, 19, 20, 21, Tabela 02) mostra que a linha de Maré Alta (LMA) sofreu deslocamento ao longo desses 15 anos, em função de vários parâmetros (meteorológicos, climáticos, oceanográficos e hidrológicos) e provalvelmente de eventos extremos ( El Niño, La Niña ). (Tabelas 02). O setor 1, sofreu progradação ( ,07 m 2 ), no setor 2, houve progradação (96.625,55 m 2 ) e retrogradação (23.978,25 m 2 ), no setor 3, progradação (48.794,48 m 2 ) e retrogradação ( ,62 m 2 ), no setor 4, retrogradação (6.644,03 m 2 ) e retrogradação ( ,18 m 2 ), no setor 5, retrogradação ( ,55 m 2 ), no setor 6, progradação (41.070,76 m 2 ) e retrogradação (56.589,31 m 2 ), no setor 7, houve progradação (97.408,96 m 2 ) e retrogradação ( ,81 m 2 ), no setor 8, progradação (74.558,42 m 2 ) e retrogradação (59.437,36 m 2 ), no setor 9, houve progradação (71.795,98 m 2 ) retrogradação ( ,90 m 2 ), entretanto no setor 10/Cabo Maguarí, houve progradação ( ,28 m 2 ), com aporte de sedimentos arenosos vindo do Oceano Atlântico. 20

21 Tabela 02 - Margem Norte da ilha do Marajó. Áreas Progradação (m 2 ) Retrogradação Balanço (m 2 ) Observação (m 2 ) , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,28 Cabo Maguari, sedimentos vindo do oceano Atlântico/bancos arenosos A título de comparação, pode-se verificar que os valores obtidos na ilha dos Guarás foram bastante diferentes e/ou relativamente maiores que nas praias com o mesmo regime de maré do norte de Puri, central de Kendrapara, e sul de Bhadrak, na Índia (Kumar et al., 2010), e valores de recuo da linha de costa menores que - 10m/ano. Na praia de Salvaterra (ilha de Marajó), o recuo da linha de costa alcançou até 41m/ano no período de 1995/1999 (França 2003). De acordo com o mesmo autor, toda a margem leste da ilha do Marajó (Soure e Salvaterra) sofreu o predomínio da erosão nos últimos 15 anos, sendo um total de 2.02km 2 de áreas erodidas e 0.61km 2 de áreas progradadas. Na linha de costa de Almofala, influenciada por micro a meso-maré (Litoral do Norte do Ceará), o recuo médio da linha de costa foi de 13,15 m/ano, e retrogradação de -1,3 Km²/46 anos (1958/2004) (Aguiar, 2011). O avanço médio da linha de costa foi de 6,3 m/ano, e progradação de ,47 m²/46 anos. A praia do Balneário Piçarras (Klein et al., 2009) e as praias do litoral do Rio Grande do Sul (Calliari et al., 2010) apresentam hotspots relacionados a eventos extremos (as tempestades sazonais do meio do oceano Atlântico e ciclones Extratropicais), responsáveis por erosões severas. Nas praias de Soure e Salvaterra (Ilha do Marajó) (França, 2003) os deltas possuem grande magnitude, com migração da foz do Canal do Pesqueiro de cerca de 179 m, à taxa de 19 m/ano, e maior sedimentação lamosa na quadra chuvosa. Em Bragança, Souza Filho & Paradella (2002) mostram que no período de 1972 e 1998, as áreas que sofreram o maior recuo de costa são a Ponta de Maiaú e Praia de Buçucanga, respectivamente de 1.500m e 1.250m. 5.MAPEAMENTO DAS MARGENS DA ILHA DE MARAJÓ 5.1.Apresentação A Costa Atlântica do Salgado Paraense é banhada por águas estuarinas (salobras), fortemente influenciadas por processos de maré (macromaré 5 m) e episodicamente por processos oceânicos. A bacia hidrográfica do rio Amazonas é 21

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