Avanços e encaminhamentos sobre a Pesquisa de Turismo Internacional:

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2 Avanços e encaminhamentos sobre a Pesquisa de Turismo Internacional: Alternativas Metodológicas em Foz do Iguaçu Palestrante: Alfredo García Ramos (Consultor Consórcio FGV/FIPE)

3 ANTECEDENTES: As entradas dos viajantes internacionais na área de Foz do Iguaçu apresentam algumas particularidades que tornam necessário propor respostas específicas e singulares. Ponto de Migração Terrestre da Ponte da Amizade: viajantes internacionais (2014) Ponto de Migração Terrestre da Ponte Tancredo Neves: viajantes internacionais (2014) Aeroporto: (passageiros internacionais) (passageiros domésticos) As duas pontes que fazem fronteira com o Paraguai e a Argentina, respectivamente, contribuem com um número de viajantes internacionais muito superior ao aeroporto. O tráfego terrestre está composto em sua maioria por tráfego de agitação. Na pesquisa-piloto mais do 85% do fluxo são excursionistas.

4 A RAIZ DA PECULIARIDADE: O tráfego terrestre está composto em sua maioria por tráfego de agitação quer dizer: viajantes que vão e voltam no dia várias vezes uma só vez viajantes que entram por uma ponte e saem por outra no mesmo dia várias vezes uma só vez viajantes que pernoitam na área de Foz do Iguaçu viajantes que viajam ao interior do Brasil O mesmo viajante pode pertencer a vários desses grupos. O mais significativo do ponto de vista turístico é o dos turistas que pernoitam em Foz do Iguaçu e atravessam as fronteiras ou pontes uma ou mais vezes.

5 OUTRAS CARATERÍSTICAS: O mesmo acontece com os viajantes que chegam por via aérea, tanto os internacionais como os nacionais. E também com os que chegam por rodovia desde o interior do Brasil. Todos podem pernoitar em qualquer dos três países e a partir daí começar a cruzar as fronteiras de acordo com sua vontade. Naturalmente, uma parte importante de viajantes são pessoas que residindo em qualquer dos três países movem-se no que poderia ser considerado seu entorno habitual por motivos de trabalho, estudo ou outros realizados habitualmente.

6 DIAGNÓSTICO: Em suma, o esforço necessário para a medição das viagens e viajantes na área de Foz do Iguaçu e para identificar os visitantes entre eles, seguindo a metodologia proposta, seja provavelmente excessivo.

7 PROPOSTAS: Alternativamente seria razoável considerar que a entrada no Brasil se produz quando os viajantes saem da área de Foz do Iguaçu. Se conseguiria situando um ponto de controle na BR 277 entre Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu. E no aeroporto controlar passageiros de voos internacionais e domésticos, para identificar: os viajantes que vão permanecer em Foz ou outro ponto do Brasil porque residem ali, ou porque vão visitar esse lugar. os que vão cruzar alguma fronteira para pernoitar em outro país.

8 PROPOSTAS COMPLEMENTARES: Para melhorar a informação da área de Foz do Iguaçu, pode-se realizar uma pesquisa de ocupação hoteleira nos estabelecimentos do município. Ficaria pendente a instalação de câmeras de captura e leitura das placas dos veículos nas pontes, tanto na entrada como na saída, para captar em toda sua riqueza o fenômeno que tanto dificulta a medição dos visitantes que circulam por essas fronteiras.

9 EM RESUMO: A existência de tráfego de agitação de importante dimensão, provavelmente muito maior do que o registrado pela Polícia Federal, faz com que os visitantes, descontados os viajantes que se movem em seu entorno habitual, sejam um fenômeno marginal nessas fronteiras. Isto obrigaria a realizar um grande esforço para a realização da PTI que pode ser considerado desproporcional do ponto de vista do Brasil. Outra coisa é a medição do fenômeno em nível local, para o que haveria diferentes métodos, alguns dos quais já foram propostos.