LUTAS, CAPOEIRA E PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
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- Neuza Mendes Ribas
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1 LUTAS, CAPOEIRA E PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
2 LUTAS
3 CONCEITO... Práticas corporais com importância histórica e social. Objetivo: oposição entre indivíduos. Foco: corpo da outra pessoa, a partir de ações de caráter simultâneo e imprevisível. Observam-se as questões históricas nos trajes, nas saudações, na organização do ensino das modalidades. O enfrentamento físico entre pessoas ocorre por meio de regras claramente estipuladas.
4 CLASSIFICAÇÃO... Quanto à imprevisibilidade das ações Ações de forma e demonstração de caráter mais previsível Ações de enfrentamento físico direto, mais imprevisíveis katas e katis: movimentos de forma e demonstração característicos de algumas modalidades. São movimentos coreografados As modalidades de lutas esportivizadas classificam-se de acordo com a distância na realização das ações: curta, média, longa e mista
5 CLASSIFICAÇÃO... CURTA MÉDIA LONGA MISTA Maior proximidade entre os envolvidos Maior distância entre os envolvidos Distanciamento ainda maior entre os envolvidos Mistura duas ou mais distâncias Ações: agarres, golpes, chaves, técnica etc. Ações: toques, socos e chutes Utilização de implementos, como a espada Ações: agarres, finalizações, socos e chutes
6 CLASSIFICAÇÃO... CURTA MÉDIA LONGA MISTA Maior proximidade entre os envolvidos Maior distância entre os envolvidos Distanciamento ainda maior entre os envolvidos Mistura duas ou mais distâncias Ações: agarres, golpes, chaves, técnica etc. Ações: Judô toques, socos e chutes Utilização de implementos, como Greco-romana a espada Ações: agarres, finalizações, Sumo socos e chutes
7 CLASSIFICAÇÃO... CURTA MÉDIA Kung fu LONGA MISTA Boxe Maior proximidade entre os envolvidos Maior distância entre os envolvidos Distanciamento ainda maior entre os envolvidos Caratê Mistura duas ou mais distâncias Ações: agarres, golpes, chaves, técnica etc. Ações: toques, socos e chutes Utilização de implementos, como a espada Ações: agarres, finalizações, socos e chutes
8 CLASSIFICAÇÃO... CURTA MÉDIA LONGA MISTA Maior proximidade entre os envolvidos Maior distância entre os envolvidos Distanciamento ainda maior entre os envolvidos Mistura Esgrima duas ou mais distâncias Ações: agarres, golpes, chaves, técnica etc. Ações: toques, socos e chutes Utilização de implementos, como a espada Ações: agarres, finalizações, socos e chutes Kendo
9 CLASSIFICAÇÃO... CURTA MÉDIA LONGA MISTA Maior proximidade entre os envolvidos Maior distância entre os envolvidos Distanciamento ainda maior entre os envolvidos Mistura duas ou mais distâncias Ações: agarres, golpes, chaves, técnica MMA etc. Ações: toques, socos e chutes Utilização de implementos, como a espada Ações: agarres, finalizações, socos e chutes
10 LUTAS: CUIDADOS PEDAGÓGICOS GÊNERO SEGURANÇA Culturalmente meninas não podem lutar, exigindo diferentes estratégias e um trabalho de coeducação. Infraestrutura adequada (espaço, materiais, equipamentos etc.); Controle da entusiasmo, evitando excitação ou ansiedade no desenvolvimento das práticas.
11 LUTAS: CUIDADOS PEDAGÓGICOS Como podemos ensinar as lutas? Como incluir também as meninas nas aulas? Como podemos ensinar sem incentivar a criação de um ambiente hostil baseado na violência física e moral?
12 Faixa Etária 5-7 anos 7-10 anos anos 14 anos em diante Orientações de atividades de Lutas por faixa etária e suas principais características Fase de Desenvolvimento Fase do movimento fundamental (estágio de proficiência) Principais características Habilidade: correr, saltar, pular, rolar. Construção das representações mentais. Fase do movimento Combinação de especializado (estágio movimentos com maior de transição) precisão e controle Fase do movimento especializado (estágio de aplicação) Fase do movimento especializado (estágio de utilização ao longo da vida) Tomada de decisão, ampliação da relação entre a tarefa, o ambiente, e o indivíduo. Ampliação do repertório motor aprendido ao longo da vida, movimentos mais refinados. O que enfatizar Brincadeiras, atividades de empurrar, rolar, correr e pegar de modo lúdico. Jogos gerais para os específicos. Brincadeiras de oposição, movimentos de distância curta, média e longa, diversidade de jogos de oposição. Combinação de socos e chutes, aprendizagem das esquivas, aplicação de movimentos como rolamentos, agarres, toques etc. Ampliação dos movimentos e combinações, a lógica das diferentes modalidades, aprendizagem das práticas de distância mista.
13 CAPOEIRA
14 CAPOEIRA Se originou da união de diversas culturas e etnias africanas escravas, em terras brasileiras, como uma luta de resistência contra a escravidão. Por sua origem, e por sua construção histórica, é que hoje podemos considerá-la como manifestação da cultura brasileira que evidencia elementos de luta, jogo e dança, arte, ofício, brincadeira e esporte.
15 É no momento do jogo que o capoeirista sente se está brincando, jogando ou dançando. Porém, luta o tempo todo, pois sempre há uma preocupação com a movimentação do outro em oposição que é imprevisível, e característica básica das lutas
16 Durante todo o jogo, o alvo é sempre o outro (mesmo sendo uma luta de quase nenhum contato). É formada por movimentos de ataque (golpes) e defesa (esquivas); e mesmo os coreográficos podem ser utilizados para atacar ou para se defender.
17 Capoeira Angola é jogada em um ritmo mais lento, de forma rasteira, com grande utilização das mãos no solo, como apoio. É um jogo malicioso e teatralizado, com movimentos encadeados que buscam surpreender o outro capoeirista. Capoeira Regional é de ritmo rápido, com movimentos velozes e objetivos, realizados em um nível mais alto - mais em pé - e busca se aproximar do companheiro.
18 Capoeira: por que ensiná-la? Rico patrimônio cultural produzido e transformado historicamente. Pluralidade cultural identificar a importância do conhecimento e reconhecimento do outro, valorizando o diálogo entre as culturas e convivendo com a diversidade. Usa instrumentos e elementos de grande possibilidade rítmica. RECO RECO BERIMBAU ATABAQUE CAXIXI PANDEIRO AGOGÔ
19 A roda de Capoeira Prática de movimentos contínuos e circulares se há um ataque, o outro deve esquivar e vice-versa. Sem cooperação e atitude coletiva, não há roda. A roda é formada por uma bateria de instrumentos, sendo os mais utilizados: berimbau, atabaque e o pandeiro. O berimbau dita o ritmo, a forma de jogar e o que será realizado na roda.
20 O ensino da capoeira amplia o acesso ao conhecimento das práticas corporais na escola, oferecendo uma diversidade de experiências motoras, rítmicas e sociais, além de favorecer o acesso à conhecimentos históricos brasileiros.
21 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
22 O que levou a prática corporal de aventura A superação de obstáculos naturais levou a humanidade a criar técnicas e equipamentos que serviram de base para as aventuras realizadas atualmente, por esportistas e interessados em aventuras em finais de semana. A busca de um retorno à essência humana, de reaproximação com o meio natural, de desafios e de superação de limites.
23 Práticas corporais Ambiente Pessoal As atividades podem ser organizadas de acordo com sensações, emoções e recursos biotecnológicos. Impactos Ambientais Podem ser gerados pelas práticas de aventura em diferentes níveis (elevados, medianos e reduzidos). Ambiente Social As atividades podem ser realizadas individualmente, em grupo sem colaboração, e com colaboração. Ambiente Físico Classificação mais corriqueira, que se refere ao meio empregado para a realização das atividades (ar, terra e água).
24 Exemplificação das práticas corporais de aventura Modalidades praticadas em Terra Parkour Escalada Skate Slackline
25 Exemplificação das práticas corporais de aventura Modalidades praticadas em Água Surfe Canoagem Stand up paddle Rafting
26 Exemplificação das práticas corporais de aventura Modalidades praticadas no Ar Asa delta Bungee jump Balonismo
27 Práticas Corporais de Aventura: por que ensiná-las? Os esportes tradicionais não dão conta de atender o interesse e necessidade de todos os alunos. Possibilidade de ampliar o acervo de conhecimento esportivo a ser ensinado na escola. Despertar e identificar o crescente interesse por práticas corporais de aventuras.
28 Motivações Desfrutar da natureza Aprendizado Condicionamento físico Nostalgia Fuga de problemas Criatividade Conquista - estímulo Tomada de riscos Introspecção Relaxamento físico Autonomia - Liderança Segurança pessoal Grupo - tribos União familiar Ensinar e liderar outras pessoas
29 Relevância da prática Pessoal Ambiental Sociocultural Melhoria de quadros emocionais, da autoestima, do desempenho acadêmico e benefícios relacionados à saúde Potencialização das relações entre os seres humanos e a natureza, ampliação do (re)conhecimento da relevância do meio ambiental Ampliação da apreciação de áreas de relevância histórica e cultural, coesão e cooperação social
30 Riscos e seu gerenciamento Como tratar? Implementando proposta de gestão de riscos
31 Conhecer antes de ir Planejar qualquer atividade ao ar livre (evitar/minimizar impactos, maximizar os objetivos). Utilizar locais adequados/previamente determinados (manter a qualidade dos mesmos). Permanecer em locais permitidos Dar um fim apropriado aos resíduos Organizar as atividades para empregar, sempre que possível, os sanitários existentes, além de encaminhar adequadamente os resíduos produzidos. Promover as atividades ao ar livre, de modo que os participantes não importunem os animais silvestres. Permitir que os animais silvestres mantenham-se silvestres Considerar os demais e partilhar espaços Considerar as outras pessoas (mesmos locais e horários, porém diferentes objetivos).
32 Outras considerações Os riscos não impedem a realização, mas geram a demanda por abordagens específicas de gerenciamento (gestão de riscos). Adaptações X Segurança Há necessidade de desenvolver competências ambientalmente relevantes (motivação, valores, atitudes, conhecimentos). Educação Ambiental
33 OBRIGADO!!!
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