EM QUEDA LIVRE? A ECONOMIA DO LIVRO NO BRASIL ( ) #

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EM QUEDA LIVRE? A ECONOMIA DO LIVRO NO BRASIL (1995-2006) #"

Transcrição

1 EM QUEDA LIVRE? A ECONOMIA DO LIVRO NO BRASIL ( ) # Fabio Sá Earp * George Kornis ** 1. INTRODUÇÃO Este estudo resulta de uma pesquisa realizada pela primeira vez em 2004, por encomenda do BNDES, com o objetivo de localizar obstáculos à expansão da economia de editoras, distribuidoras e livrarias e propor políticas de fomento, seja no âmbito do próprio BNDES, seja na órbita outras instâncias governamentais. Este pesquisa vem sendo repetida todos os anos, tomando com base as estatísticas divulgadas pela CBL e pelo SNEL e entrevistas realizadas com empresários e acadêmicos, no âmbito das atividades do Laboratório da Economia do Livro do Instituto de Economia da UFRJ (LIV). Ao longo deste trabalho verificamos que a economia do livro no Brasil vive uma profunda crise. Esta crise é mais grave do que a de qualquer outro setor da economia brasileira. É grave não apenas por sua dimensão, mas por ser sistematicamente ignorada pelas entidades empresariais ligadas ao setor. Para constatarmos esta situação basta utilizarmos as estatísticas fornecidas por aquelas mesmas entidades, como faremos a seguir. 2. ANÁLISE DAS ESTATÍSTICAS DISPONÍVEIS 2.1. DADOS GERAIS O primeiro dado disponível é o número de títulos publicados no país, incluindo novas edições e reedições (Tabela 1). Cabe destacar a queda de um máximo de 52 mil títulos em 1997 para um mínimo de 36 mil em Desde então o número de títulos publicados anualmente voltou a subir até atingir 46 mil. Esta recuperação, ocorrida nos últimos dois anos, ainda que à primeira vista animadora, expressa apenas a queda na tiragem média por título, a qual caiu de # A sair em Aníbal Bragança e Márcia Abreu (orgs.), O Livro Impresso no Brasil, São Paulo: UNESP. * Do Instituto de Economia da UFRJ, coordenador do Laboratório da Economia do Livro da UFRJ (LIV). ** Instituto de Medicina Social da UERJ, pesquisador do LIV. 1

2 9.183 exemplares em 2004 para apenas em 2006 (Tabela 2), uma queda de não desprezíveis 24%. Títulos publicados (milhares) Tabela 1 Títulos publicados e vendas Exemplares Exemplares produzidos vendidos (milhões) (milhões) Faturamento em reais correntes (milhões) Faturamento em reais de 2006 (milhões) Fonte: Dados CBL, nossa elaboração. Quando concentramos nossa atenção no número de exemplares produzidos e vendidos (Tabela 1) os problemas começam a aparecer. Em primeiro lugar a produção cai de uma faixa média de 376 milhões de exemplares em para 311 milhões em , uma queda de 17%. Em segundo lugar, as vendas efetivamente realizadas são via de regra menores do que a produção, caindo de uma média de 382 milhões em para 281 milhões em uma queda de 26%. Em decorrência, e ainda mais importante, aparecem os encalhes, (diferença entre produção e vendas), que entre 2003 e 2006 atingiram cerca de 260 milhões de exemplares (mais do que o total vendido no ano de 2003). Tabela 2 Tiragens e vendas médias Tiragem média Faturamento por título Preço médio (reais de 2006) (milhares de reais de 2006) , , , , , , , , , , , ,29 Fonte: Dados CBL, nossa elaboração. 2

3 Os problemas cruciais, porém, aparecem quando examinamos o faturamento das editoras (Tabela 1). Se observarmos a receita nominal temos um crescimento aparente de R$ milhões em 1995 para R$ milhões em 2006, o que nos daria um aumento de 55%. No entanto, esta versão se esquece de retirar o impacto da inflação, técnica que todo estudante de economia aprende no primeiro ano da faculdade; na verdade, um real de 1995 tinha um poder aquisitivo muito maior do que tem hoje. Gráfico1 FATURAMENTO DAS EDITORAS milhões de reais Real Nominal Quando fazemos esta correção 1 fica claro que, em reais de 2006, o faturamento do conjunto das editoras brasileiras caiu de um máximo de R$ milhões em 1995 para um mínimo de R$ milhões em 2003, crescendo em seguida até atingir R$ milhões em 2006, resultado que é ainda 39% inferior ao de 1995 (Gráfico 1). O que até então parecia um crescimento sólido transforma-se em uma queda avassaladora. O crescimento de 11,9% verificado em 2006, ainda que alvissareiro, está longe recuperar os 39% perdidos desde E mais, suas bases são frágeis, como se verá adiante. 1 Utilizamos o IGP-DI como índice. 3

4 Este comportamento das vendas de livros está em completo desacordo com o da economia brasileira como um todo. Quando observamos os dados a partir de 1995 (Gráfico 2) fica claro que, enquanto o PIB brasileiro teve um aumento de 31%, que muitos consideram medíocre, as vendas de livros sofreram a já citada queda de 39%. A economia do livro no Brasil andou na contramão da história desde o Plano Real para cá - e sem que as entidades responsáveis se manifestassem a respeito. Se qualquer segmento significativo da indústria brasileira, da têxtil à petroquímica, tivesse enfrentado problema semelhante, teria feito um escândalo em escala nacional. Os empresários do livro escolheram o silêncio. Gráfico 2 FATURAMENTO REAL X PIB Faturamento PIB 2.2. VENDAS AO GOVERNO E AO MERCADO As vendas de livros no Brasil se distribuem em dois setores, para o governo e para o mercado (e este último em quatro sub-setores, didáticos, obras gerais, religiosos e técnico-científico-profissionais). O governo compra 40% dos exemplares, o que responde por 25% do total do faturamento das editoras diferença esta explicada pelo baixo preço médio do livro produzido em grande escala para atender as encomendas de didáticos para distribuição gratuita a 4

5 estudantes da rede pública. Por sua vez, nas vendas ao mercado são igualmente os didáticos que dominam, seguidos pelas obras gerais (Tabela 3). Analisaremos a seguir a estrutura das vendas de modo mais detalhado. Tabela 3 Distribuição das vendas em 2006 (%) Exemplares Valor 1. Ao governo Ao mercado Didáticos Obras Gerais Religiosos 12 8 TCP Total Fonte: dados CBL, nossa elaboração. Vejamos a situação em um corte temporal. Comecemos pelas vendas ao governo. Estas são caracterizadas pela forte irregularidade, como se pode verificar na Tabela 4. O número de exemplares comprados pelo governo oscila entre um teto de 162 milhões, em 2002, e um piso de 64 milhões, em O valor destas compras também oscila entre R$ mil reais em 1996 até R$ mil reais em Os preços médios são os que apresentam maior variação, atingindo um máximo quando são comprados livros de maior preço unitário para bibliotecas e um mínimo quando as compras incluem livretos infantis para distribuição a estudantes. Isto explica a forte diferença entre um preço médio de R$ 43,24 alcançado em 1996 e o mínimo de R$ 2,99 em Esta é uma das razões para a forte concentração dos fornecedores: apenas 5 editoras Moderna, FDT, Saraiva, Ática/Scipione e Positivo realizam a grande maioria das vendas dos livros voltados para a distribuição a estudantes, ficando as demais editoras praticamente restritas a vendas para bibliotecas. 3 Exemplares Tabela 4 Vendas ao mercado e ao governo vendidos Valor das vendas Faturamento médio (milhões) (milhares de reais de 2006) (reais de 2006) 2 Por vezes o programa brasileiro de compras de livros didáticos é apresentado pela imprensa como o mais importante programa do mundo - por exemplo, em Souza(2007). Isto é um absoluto equívoco: as compras brasileiras são apenas um terço daquelas realizadas nos Estados Unidos e um vigésimo das chinesas como mostrado em Sá Earp e Kornis (2005). 3 Cassiano (2003) é a principal referência para as compras públicas de livros. 5

6 ao governo ao mercado ao governo ao mercado ao governo ao mercado ,04 5, ,24 5, ,81 6, ,87 6, ,44 6, ,35 8, ,19 9, ,99 11, ,84 13, ,12 12, ,28 11, ,86 11,61 Fonte: dados da CBL, nossa elaboração. As compras governamentais, como visto na Tabela 5, são majoritariamente para distribuição aos estudantes este é o destino de, em média, 85% dos exemplares e 91% do valor destas operações. No entanto, a irregularidade característica das compras públicas aqui aparece com muito maior intensidade. Por exemplo, em 2002 foi dada especial importância ao Programa Nacional da Biblioteca Escolar, o que fez com que 51% dos exemplares (que representava somente 15% dos recursos) tivessem este destino. No ano seguinte, porém, as bibliotecas receberam apenas 15 dos exemplares e 2% dos recursos. Do ponto de vista das editoras esta irregularidade das compras cria sérios problemas relativos à escala da produção, favorecendo as grandes editores, mais flexíveis neste aspecto. Tabela 5 Vendas ao governo conforme o destino dos livros Exemplares comprados Valor das compras % para bibliotecas (milhões) (milhares de reais de 2006) para estudantes para para para bibliotecas dos exemplares do valor bibliotecas estudantes Média Fonte: dados da CBL, nossa elaboração. 6

7 Vejamos agora vendas ao consumidor privado no mercado. Sua maior característica é a maior estabilidade quando comparada com as irregulares compras governamentais (Tabela 6). Ainda assim a oscilação é relevante, visto que varia entre os 410 milhões de exemplares de 1998 e os 270 milhões de Os números das vendas ao mercado ficam mais claros quando os dividimos por setor. Existe uma relativa estabilidade das vendas das obras gerais e técnicocientífico-profissionais (doravante denominadas TCP), sem mudanças bruscas de um ano para outro, em contraposição à instabilidade dos outros sub-setores. No caso do livro religioso a explicação é simples: em alguns anos imprimem-se mais bíblias, livros grandes e caros, enquanto em outros são privilegiados livros menores. No caso dos didáticos verificamos uma forte queda, de um patamar médio de 145 milhões de exemplares em para 53 milhões em Tabela 6 Exemplares vendidos ao mercado por sub-setor (milhões de exemplares) Didáticos O. Gerais Religiosos TCP Total Fonte: dados da CBL, nossa elaboração. Ao observarmos o faturamento das editoras (Tabela 7) este comportamento se modifica. A estabilidade das vendas de TCP, pelo critério do número de exemplares, é substituída por uma violenta queda no faturamento, de quase 1 bilhão de reais em 1995 para menos da metade deste valor a partir de Já o 4 Este fenômeno costuma ser explicado sobretudo pela pirataria. Sobre o tema ver Ribeiro (2002). O elevado preço dos livros desempenha um papel relevante no estímulo à pirataria. 7

8 faturamento obtido com as vendas de didáticos ao mercado cai regularmente de R$ 2137 milhões para valores entre R$ 984 milhões e R$ 926 milhões entre 2002 e As vendas de religiosos caem igualmente de uma média de R$ 357 milhões em para R$ 297 milhões em Finalmente, as obras gerais caem de um faturamento médio de R$ 900 milhões em para R$ 537 em Tabela 7 Faturamento das vendas ao mercado por sub-setor (milhões de reais de 2006) Didáticos O. Gerais Religiosos TCP Total Fonte: dados da CBL, nossa elaboração. 3. UMA TENTATIVA DE INTERPRETAÇÃO DA CRISE Este fenômeno pode ser explicado por intermédio de uma equação óbvia, que nos conduz ao comportamento do comprador de livros no mercado: Faturamento = exemplares vendidos X preço médio Aqui somos levados a uma breve incursão na teoria econômica. As oscilações do preço médio constituem um dos fatores que conduzem o consumidor a dispender maior ou menor parcela da sua renda comprando livros. A este fenômeno os economistas denominam elasticidade-preço. O conceito mede se, diante de uma variação de preço de um produto, os consumidores variarão suas compras proporcionalmente ou não. Assim, se um livro tem um aumento de 8

9 preço de, digamos, 20%, caso o consumo caia na mesma proporção ou ainda mais a demanda será chamada elástica ao preço e os vendedores terão uma receita estável ou menor do que antes. Se, porém, o consumo cair, digamos, em apenas 10%, a maior parte dos consumidores estarão aceitando o aumento:, sua demanda será chamada de inelástica ao preço e os vendedores terão um ganho de receita. O mesmo comportamento se verifica, no sentido inversos, quando os preços caem. A elasticidade-preço é afetada por dois fatores. O primeiro é o peso daquela compra nas despesas do consumidor. Uma variação no preço de uma caixa de fósforos provavelmente passará despercebida, de forma que os consumidores continuarão comprando aproximadamente a mesma quantidade de antes e os vendedores terão um ganho de receita: a demanda por caixa de fósforos é inelástica à variação de preços. Por outro lado, diante de produtos de elevado preço unitário, como veículos e imóveis, os consumidores não podem manter o mesmo comportamento: diante de preços mais altos comprarão um volume menor ou o que os economistas chamam bens inferiores (veículos menores ou usados, imóveis menores, usados ou localizados em regiões menos valorizadas). No caso do livro, bens inferiores são livros usados, apostilas e cópias piratas. O outro fator que influencia a elasticidade-preço de um produto é a existência ou não de bens substitutos, que não são iguais ao produto original mas podem oferecer resultados até aceitáveis. No caso do mercado de imóveis o bem substituto pode ser um imóvel alugado. Já no mercado de veículos a opção pode ser a aquisição de uma motocicleta 5 ou o recurso ao transporte público. Os substitutos para o livro são a Internet e as bibliotecas. 6 Mas a elasticidade-preço não é o único conceito relevante para a análise em questão. Os consumidores não reagem apenas a variações no preço dos produtos, mas também a variações em sua própria renda. Quando temos nossa 5 Uma moto não é um bem inferior ao automóvel: ainda que ofereça menos conforto e capacidade de transporte, tem muito maior mobilidade, o que apresenta vantagens em cidades com trânsito congestionado. 6 As bibliotecas brasileiras, em sua precariedade, são bens inferiores. Bibliotecas bem organizadas não estão nesta categoria, sendo antes um fornecedor de produto nobre que retira compradores de livros do mercado. Para não prejudicar autores e editores, em países como a Suécia a biblioteca paga um direito a cada vez que um leitor retira um livro emprestado. 9

10 renda aumentada podemos consumir maior quantidade de produtos nobres, antes racionados. Inversamente, diante de uma redução da renda somos forçados a cortar despesas, segundo critérios de peso em nossa renda e essencialidade; continuaremos comprando caixa de fósforos, mas reduziremos as compras dos supérfluos. Se este corte não for suficiente deslocaremos parte do nosso consumo para bens inferiores novamente, no caso que aqui nos interessa, livros usados, apostilas, cópias piratas e bibliotecas. A este fenômeno chamamos elasticidaderenda da demanda. Agora podemos observar o que ocorreu no mercado do livro diante da variação dos preços do produto e da renda dos consumidores; para isso selecionamos como ponto inicial o ano de 1998, quando a crise se instalou, examinando a situação até o ano de Comecemos pela elasticidade renda, verificando o que aconteceu com a renda dos compradores de livros no Brasil. Quem são estes personagens? Segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares disponível (IBGE, 2004) os 10% mais ricos da população, aquelas famílias com renda acima de 10 salários mínimos, gastavam, em valores atuais, cerca de 14 reais por mês com livro, revistas e jornais. No mesmo período o preço médio de um livro vendido ao mercado era de 30 reais. 7 Ou seja, parece inútil buscar consumidores relevantes abaixo desta faixa de renda. Bem, esta parte da população sofreu uma perda sistemática de renda a partir de 1998 (quando começaram a cair as vendas de livros), como pode ser observado na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (IBGE, 2007). 8 Esta perda chegou a 20% do poder aquisitivo entre 1998 e 2005, tendo ocorrido desde então uma pequena recuperação de 5%, que não repõe as perdas ocorridas anteriormente. O Gráfico 3 mostra que esta perda de poder aquisitivo dos consumidores, de cerca de 15%, foi muito menor do que a queda do faturamento das editoras nas vendas ao mercado, que no mesmo período foi reduzida a menos da metade. Como explicar este fenômeno? 7 Para se obter o preço do livro em livraria multiplica-se por dois o faturamento médio das editoras. 8 Desenvolvemos esta análise, com dados da PNAD anterior, em Sá Earp e Kornis (2006). 10

11 Em primeiro lugar, temos o aparecimento de bens substitutos aos livros, sendo notório o crescimento acelerado do uso da Internet. Em 2004 o gasto das famílias com produtos telefônicos o que incluía o uso da banda estreita para a Internet era seis vezes maior do que o gasto com livros, revistas e jornais. Não temos números que mostrem a evolução recente, visto que o IBGE ainda não atualizou a Pesquisa de Orçamentos Familiares, mas é notória a importância que a banda larga assumiu no país (consumida exatamente pelos 10& de famílias mais ricas) a partir do barateamento dos computadores pessoais e das vendas dos mesmos a crédito. Também é notório o crescimento das vendas de telefones celulares, o que teve impacto sobre as despesas familiares, deslocando recursos antes possivelmente destinados à compra de livros. Gráfico 3 Renda dos compradores e vendas de livros Renda 10% mais ricos Exemplares vendidos ao mercado Faturamento das vendas ao mercado Em segundo lugar, como conseqüência do anterior, está o recurso a bens inferiores livros usados, apostilas e cópias piratas. 9 Não temos dados sobre o desenvolvimento da demanda destes produtos, ainda que haja indicações subjetivas de sua expansão. Mas o uso de bens inferiores não resulta apenas da 9 Novamente a precariedade das bibliotecas as torna pouco atraentes, mesmo como fornecedora de bens inferiores, como livros antigos, serviços de empréstimos inter-bibliotecas deficientes e instalações precárias. 11

12 variação da renda, mas igualmente da elasticidade-preço, ou seja, da reação dos consumidores às variações do preço médio do livro. E neste ponto temos números robustos. Tabela 8 Preço médio das vendas ao mercado por sub-setor (reais de 2006) Didáticos O. Gerais Religiosos TCP Total ,43 13,70 6,98 39,73 15, ,63 14,09 5,82 38,75 14, ,28 13,31 5,66 40,11 16, ,74 13,26 5,84 44,01 15, ,50 11,63 6,34 37,55 13, ,85 11,36 5,77 33,09 14, ,49 11,15 7,55 30,79 15, ,57 10,79 7,83 22,86 14, ,99 11,63 8,71 23,19 15, ,38 11,03 9,38 21,53 13, ,07 10,26 6,77 20,00 12, ,07 10,28 6,56 19,47 11,61 Fonte: dados da CBL, nossa elaboração. O preço médio 10 em era de R$ 15,34; em 2004 os preços começaram a cair a média foi de R$ 12.32, o que representa uma queda de 20%, no caso dos livros. Vejamos agora no Gráfico 4 o comportamento conjunto das principais variáveis anteriormente apresentadas. Uma hipótese explicativa desse processo 11 é que em 1999 a renda dos consumidores começou a cair, o que fez com que levou-os a comprar menos livros. Diante da queda nas vendas (exemplares e faturamento total) as editoras teriam adotado um comportamento defensivo, o aumento do preço médio dos livros para procurar contrabalançar a queda das receitas. Os consumidores teriam 10 Obtem-se o preço médio recebido pelas editoras dividindo-se o faturamento pelo número de exemplares vendidos. 11 Esta hipótese precisa ser reforçada por entrevistas e estudos econométricos, mas é o que podemos supor a partir das evidências disponíveis. 12

13 continuado a reduzir suas compras enquanto prosseguiu a alta de preços, até o ano de A partir de então os preços médios começaram a cair, ao mesmo tempo em que a renda da população consumidora começou a aumentar, o que levou ao aumento do número de exemplares vendidos ainda que o faturamento total das editoras tenha permanecido estagnado. Gráfico 4 Vendas ao mercado: exemplares, faturamento total e preço médio Exemplares Faturamento Preço médio Este desenho fica mais claro ainda no mercado de didáticos. Como mostra o gráfico 5, a queda nas vendas de exemplares e no faturamento, provocada pela queda da renda da população, antecede a elevação do preço médio pelas editoras. Os consumidores teriam reagido reduzindo ainda mais suas compras e recorrendo aos bens inferiores (apostilas e livros usados 12 ), o que agravou a crise do setor. A queda do preço médio leva a uma pequena recuperação no número de exemplares vendidos, o que sequer consegue estabilizar o faturamento do setor. Gráfico 5 12 O uso de cópias piratas está concentrado no sub-setor técnico-científico-profissional, não tendo ocorrência relevante em didáticos. 13

14 Vendas de didáticos ao mercado: exemplares, faturamento total e preço médio Exemplares Faturamento Preço médio 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS As vendas de livros dependem dos preços deste produto e do comportamento de seus compradores o governo e o mercado. As compras públicas dependem de decisões políticas. As compras privadas diminuíram em função da queda na renda dos consumidores e do preço relativamente elevado dos livros. Isto é o que pudemos constatar examinando as estatísticas disponíveis. Declarações alvissareiras de dirigentes das entidades do livro apontam para um crescimento de 11% no valor das vendas entre 2005 e Este fenômeno realmente ocorreu, mas resultou única e exclusivamente do aumento das vendas ao governo sabidamente irregulares. No mesmo período as vendas ao mercado caíram 1%, puxadas pela queda nas vendas de didáticos. As vendas dos demais sub-setores ao mercado aumentaram, mas não o suficiente para contrabalançar a queda nas vendas de livros escolares. Voltamos aqui à questão proposta no título do livro. Existirão razões para crer que a economia do livro vai se recuperar da violenta queda ocorrida? E, ainda mais, o que o futuro nos reserva em termos de aquisições de fusões de editoras brasileiras, por vezes sob a égide de empresas estrangeiras? Estes são temas que reservamos para a reflexão do leitor. 14

15 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Câmara Brasileira do Livro e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (diversos anos). Produção e vendas do setor editorial brasileiro. São Paulo: CBL/SNEL, 1996 a Câmara Brasileira do Livro e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (diversos anos). Produção e vendas do setor editorial brasileiro. São Paulo: FIPE, 2004 a Cassiano, Célia C. F. (2003). Circulação do livro didático: entre práticas e prescrições. Políticas públicas, editoras, escolas e o professor na seleção do livro escolar. Dissertação de mestrado, PUC-SP, mimeo.. IBGE (2007). Pesquisa nacional por amostra de domicílio Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em 6/default.shtm.. IBGE (2004). Pesquisa de orçamentos familiares Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em _2003perfil/default.shtm.. Ribeiro, Ana C. S. P. (2002). Academia e pirataria: o livro na universidade. Dissertação de mestrado, COPPE/UFRJ, mimeo. Sá Earp, F. e Kornis, G. (2005). A economia da cadeia produtiva do livro. Rio de Janeiro: BNDES. Disponível em Sá Earp, F. e Kornis, G. (2005a). A economia do livro: a crise atual e uma proposta de política. Rio de Janeiro: IE/UFRJ, Texto para Discussão nº 04/2005. Disponível em Sá Earp, F. e Kornis, G. (2006). Preço fixo do livro: solução frágil para um problema grave. Pensar el libro, nº 4, agosto. Disponível em Sá Earp, F. e Kornis, G. (2006). Proteger o livro: quem tem medo do lobo mau? in Gerlach, M., Proteger o livro. Desafios culturais, econômicos e políticos do preço fixo. Rio de Janeiro: LIBRE.. Souza, Ana P. (2007). A história como ela é, Carta Capital, Ano XIII, nº 464, 3 de outubro. 15

Pelo segundo mês consecutivo cai o endividamento e a inadimplência em Santa Catarina. Síntese dos resultados Meses Situação da família

Pelo segundo mês consecutivo cai o endividamento e a inadimplência em Santa Catarina. Síntese dos resultados Meses Situação da família Núcleo de Pesquisas Pelo segundo mês consecutivo cai o endividamento e a inadimplência em Santa Catarina Os dados levantados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC) de Santa

Leia mais

ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS

ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS MERCADO BRASILEIRO 2000 A 2011 2 Sumário 1 METODOLOGIA... 3 2 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EXEMPLARES DE 2000 A 2011... 4 3 RECEITAS ANUAIS POR PERIODICIDADE... 5 3.1 PREÇO

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL I INTRODUÇÃO O JOGO DE GESTÃO EMPRESARIAL é uma competição que simula a concorrência entre empresas dentro de um mercado. O jogo se baseia num modelo que abrange ao mesmo

Leia mais

3 O Panorama Social Brasileiro

3 O Panorama Social Brasileiro 3 O Panorama Social Brasileiro 3.1 A Estrutura Social Brasileira O Brasil é um país caracterizado por uma distribuição desigual de renda. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios

Leia mais

Síntese dos resultados

Síntese dos resultados Núcleo de Pesquisas Mês de março apresenta alta mensal do percentual de famílias endividadas e com contas em atraso. Entretanto, na comparação anual o percentual de atrasos caiu. O percentual de famílias

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil

Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil Mais de um terço dos brasileiros desconhecem o valor das contas que vencem no próximo mês. Falta

Leia mais

Microeconomia. Demanda

Microeconomia. Demanda Demanda www.unb.br/face/eco/ceema Macroanálise Teoria Econômica Microanálise Teoria do consumidor Teoria da produção/firma Análise estrutura de mercado Teoria do bem estar Regulação de preços de produtos,

Leia mais

Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010

Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010 Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010 1) Conjuntura Econômica Em função dos impactos da crise econômica financeira mundial, inciada no setor imobiliário

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa Novatec CAPÍTULO 1 Afinal, o que são ações? Este capítulo apresenta alguns conceitos fundamentais para as primeiras de muitas decisões requeridas de um investidor,

Leia mais

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO A CUT e as centrais sindicais negociaram com o governo

Leia mais

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo:

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo: PESQUISA DE JUROS Após longo período de elevação das taxas de juros das operações de crédito, as mesmas voltaram a ser reduzidas em setembro/2014 interrompendo quinze elevações seguidas dos juros na pessoa

Leia mais

PESQUISA SOBRE O USO DE CRÉDITO NO BRASIL MOSTRA QUE AS CLASSES MENOS FAVORECIDAS ESTÃO MAIS SUJEITAS À INADIMPLÊNCIA

PESQUISA SOBRE O USO DE CRÉDITO NO BRASIL MOSTRA QUE AS CLASSES MENOS FAVORECIDAS ESTÃO MAIS SUJEITAS À INADIMPLÊNCIA PESQUISA SOBRE O USO DE CRÉDITO NO BRASIL MOSTRA QUE AS CLASSES MENOS FAVORECIDAS ESTÃO MAIS SUJEITAS À INADIMPLÊNCIA Pesquisa realizada pelo SPC BRASIL a nível Brasil mostrou que há uma relação direta

Leia mais

República Federativa do Brasil Ministério da Fazenda PRECIFICAÇÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS

República Federativa do Brasil Ministério da Fazenda PRECIFICAÇÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS PRECIFICAÇÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS PRECIFICAÇÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS Componentes do Preço; Entendendo o que altera o preço. Componentes do Preço O objetivo desta seção é apresentar ao investidor: os fatores

Leia mais

A desigualdade de renda parou de cair? (Parte I)

A desigualdade de renda parou de cair? (Parte I) www.brasil-economia-governo.org.br A desigualdade de renda parou de cair? (Parte I) Marcos Mendes 1 O governo tem comemorado, ano após ano, a redução da desigualdade de renda no país. O Índice de Gini,

Leia mais

Precificação de Títulos Públicos

Precificação de Títulos Públicos Precificação de Títulos Públicos Precificação de Títulos Públicos > Componentes do preço > Entendendo o que altera o preço Componentes do preço Nesta seção você encontra os fatores que compõem a formação

Leia mais

O conceito de elasticidade é usado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em variáveis econômicas.

O conceito de elasticidade é usado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em variáveis econômicas. Elasticidades O conceito de elasticidade é usado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em variáveis econômicas. Por exemplo: para alguns bens os consumidores reagem bastante quando o preço

Leia mais

Recessão e infraestrutura estagnada afetam setor da construção civil

Recessão e infraestrutura estagnada afetam setor da construção civil CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO RECONHECIDA NOS TERMOS DA LEGISLAÇÃO VIGENTE EM 16 DE SETEMBRO DE 2010 Estudo técnico Edição nº 21 dezembro de 2014

Leia mais

6 O Papel do BNDES e o Crédito Externo 6.1. O BNDES

6 O Papel do BNDES e o Crédito Externo 6.1. O BNDES 6 O Papel do BNDES e o Crédito Externo 6.1. O BNDES Uma vez confiantes nos resultados encontrados em relação à influência dos juros sobre o investimento na economia, partimos para uma segunda fase do estudo.

Leia mais

Novembro é um mês de reestruturação do padrão do endividamento e da inadimplência das famílias: uma preparação para o salto das vendas em dezembro

Novembro é um mês de reestruturação do padrão do endividamento e da inadimplência das famílias: uma preparação para o salto das vendas em dezembro Novembro é um mês de reestruturação do padrão do endividamento e da inadimplência das famílias: uma preparação para o salto das vendas em dezembro Na comparação mensal entre outubro e novembro, o percentual

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

08 Capital de giro e fluxo de caixa

08 Capital de giro e fluxo de caixa 08 Capital de giro e fluxo de caixa Qual o capital que sua empresa precisa para funcionar antes de receber o pagamento dos clientes? Como calcular os gastos, as entradas de dinheiro, e as variações de

Leia mais

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 2 Sumário Palavra do presidente... 4 Objetivo... 5 1. Carta de Conjuntura... 6 2. Estatísticas dos Corretores de SP... 7 3. Análise macroeconômica...

Leia mais

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro A taxa de desocupação registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, nas seis principais Regiões Metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte,

Leia mais

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates 11.02.2009 1. A execução da Iniciativa para o Investimento e o Emprego A resposta do Governo à crise económica segue uma linha de

Leia mais

Conjuntura Dezembro. Boletim de

Conjuntura Dezembro. Boletim de Dezembro de 2014 PIB de serviços avança em 2014, mas crise industrial derruba taxa de crescimento econômico Mais um ano de crescimento fraco O crescimento do PIB brasileiro nos primeiros nove meses do

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Crise não afeta lucratividade dos principais bancos no Brasil 1 Lucro dos maiores bancos privados

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

Boletim Econômico. Federação Nacional dos Portuários. Sumário

Boletim Econômico. Federação Nacional dos Portuários. Sumário Boletim Econômico Federação Nacional dos Portuários Agosto de 2014 Sumário Indicadores de desenvolvimento brasileiro... 2 Emprego... 2 Reajuste dos salários e do salário mínimo... 3 Desigualdade Social

Leia mais

TEMAS SOCIAIS O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28

TEMAS SOCIAIS O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28 O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28 TEMAS SOCIAIS Diferentes histórias, diferentes cidades A evolução social brasileira entre 1996 e 1999 não comporta apenas uma mas muitas histórias. O enredo de

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese 2014 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese Dieese Subseção Força Sindical 19/09/2014 PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICILIOS - PNAD 2013 Síntese dos Indicadores POPULAÇÃO A Pesquisa

Leia mais

Clipping Vendas de construção caem 4%

Clipping Vendas de construção caem 4% Vendas de construção caem 4% 4221866 - DCI - SERVIÇOS - SÃO PAULO - SP - 10/03/2014 - Pág A9 As vendas do varejo de material de construção caíram 4% em fevereiro. A informação é do estudo mensal realizado

Leia mais

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Revista Brasileira do Comércio Exterior Outubro/Dezembro 2011 MOTIVAÇÕES PARA A

Leia mais

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sistema de pesquisas domiciliares existe no Brasil desde 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD; Trata-se de um sistema de pesquisas

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO?

QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO? QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO? RESENHA Carlos Paiva Qual o número de veículos que circula em um dia ou a cada hora do dia na Região Metropolitana, no município e no centro expandido

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* O idoso brasileiro no Mercado de Trabalho 30 1- Introdução A análise da participação do idoso nas atividades econômicas tem um caráter diferente das análises tradicionais

Leia mais

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA AVALIAÇÃO DO 1º SEMESTRE E PERSPECTIVAS PARA O 2º SEMESTRE DE 2014 Agosto/2014 Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o desempenho do primeiro semestre de 2014, as

Leia mais

RELATÓRIO TRIMESTRAL DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL. Abril 2015

RELATÓRIO TRIMESTRAL DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL. Abril 2015 RELATÓRIO TRIMESTRAL DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL Abril 2015 Equipe Técnica: Diretor: Carlos Antônio Rocca Superintendente: Lauro Modesto Santos Jr. Analistas: Elaine Alves Pinheiro e Fernando

Leia mais

O Mercado de Trabalho no Rio de Janeiro na Última Década

O Mercado de Trabalho no Rio de Janeiro na Última Década O Mercado de Trabalho no Rio de Janeiro na Última Década João Saboia 1 1) Introdução A década de noventa foi marcada por grandes flutuações na economia brasileira. Iniciou sob forte recessão no governo

Leia mais

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 NOTAS CEMEC 01/2015 REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 Carlos A. Rocca Lauro Modesto Santos Jr. Fevereiro de 2015 1 1. Introdução No Estudo Especial CEMEC de novembro

Leia mais

Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 4º Trimestre 2011 Análise Conjuntural

Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 4º Trimestre 2011 Análise Conjuntural Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 4º Trimestre 2011 Análise Conjuntural O ano de 2011 foi marcado pela alternância entre crescimento,

Leia mais

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS O percentual de famílias endividadas em Santa Catarina caiu de 93% em julho para 90% em agosto.

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Julho de 2005 Risco Macroeconômico 2 Introdução: Risco Financeiro e Macroeconômico Um dos conceitos fundamentais na área financeira é o de risco, que normalmente

Leia mais

PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL O GUIA PARA COMEÇAR A TER SUCESSO NAS FINANÇAS

PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL O GUIA PARA COMEÇAR A TER SUCESSO NAS FINANÇAS PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL O GUIA PARA COMEÇAR A TER SUCESSO NAS FINANÇAS SUMÁRIO INTRODUÇÃO 03 CONTROLE DE CONTAS 04 ENTENDER E CONTROLAR AS DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS 05 DEFINIR PRIORIDADES 07 IDENTIFICAR

Leia mais

O mercado de bens CAPÍTULO 3. Olivier Blanchard Pearson Education. 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

O mercado de bens CAPÍTULO 3. Olivier Blanchard Pearson Education. 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard O mercado de bens Olivier Blanchard Pearson Education CAPÍTULO 3 3.1 A composição do PIB A composição do PIB Consumo (C) são os bens e serviços adquiridos pelos consumidores. Investimento (I), às vezes

Leia mais

Núcleo de Pesquisa. Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina PEIC

Núcleo de Pesquisa. Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina PEIC Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina PEIC Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores de abril de 2013 Na comparação mensal entre março e abril, o percentual de catarinenses

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

COMO CALCULAR E PROJETAR A DEPRECIAÇÃO PELO MÉTODO DA LINHA RETA COM O AUXÍLIO DO EXCEL

COMO CALCULAR E PROJETAR A DEPRECIAÇÃO PELO MÉTODO DA LINHA RETA COM O AUXÍLIO DO EXCEL COMO CALCULAR E PROJETAR A DEPRECIAÇÃO PELO! O que é Depreciação?! Quais os problemas da Depreciação?! O problema da Vida Útil?! Como calcular o valor da depreciação pelo Método da Linha Reta no Excel?

Leia mais

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo 1 Introdução Em 2009, o Brasil criou o Plano Nacional de Banda Larga, visando reverter o cenário de defasagem perante os principais países do mundo no setor de telecomunicações. Segundo Ministério das

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Pesquisa Mensal de Emprego EVOLUÇÃO DO EMPREGO COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2003-2012 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2 Pesquisa Mensal de Emprego - PME I - Introdução A Pesquisa

Leia mais

ANÁLISE DO AMBIENTE DE MARKETING

ANÁLISE DO AMBIENTE DE MARKETING ANÁLISE DO AMBIENTE DE MARKETING SISTEMA DE MARKETING O Sistema de Marketing como foi apresentado até agora compreende o chamado micro-ambiente de marketing. Além da própria empresa e de seu mercado, também

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS. Profa. Me. Giuliana Elisa dos Santos INTRODUÇÃO. CAPÍTULO 1 PLT 692 A natureza de um Projeto (Keeling, Ralph) Parte I

GESTÃO DE PROJETOS. Profa. Me. Giuliana Elisa dos Santos INTRODUÇÃO. CAPÍTULO 1 PLT 692 A natureza de um Projeto (Keeling, Ralph) Parte I GESTÃO DE PROJETOS INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 PLT 692 A natureza de um Projeto (Keeling, Ralph) Parte I Profa. Me. Giuliana Elisa dos Santos Antes de começar... Defina projeto em uma imagem... Defina projeto

Leia mais

VERSÃO PRELIMINAR. Notas sobre Redes de Proteção Social e Desigualdade

VERSÃO PRELIMINAR. Notas sobre Redes de Proteção Social e Desigualdade Notas sobre Redes de Proteção Social e Desigualdade 1) Nos últimos dez anos a renda media dos brasileiros que caiu a taxa de 0.6% ao ano, enquanto o dos pobres cresceu 0.7%, já descontados o crescimento

Leia mais

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Fevereiro de 2015 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015... 3 2. Balança Comercial de Fevereiro de 2015...

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia.

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Luiz Felipe de Oliveira Pinheiro * RESUMO O presente mini-ensaio, apresenta os desvios que envolvem o conceito de micro e pequena empresa

Leia mais

Pedro Mizutani acredita que setor sucroenergético deve sentir uma recuperação mais acelerada da crise

Pedro Mizutani acredita que setor sucroenergético deve sentir uma recuperação mais acelerada da crise Pedro Mizutani acredita que setor sucroenergético deve sentir uma recuperação mais acelerada da crise A crise econômica afeta o setor sucroenergético principalmente, dificultando e encarecendo o crédito

Leia mais

TIC Domicílios 2007 Comércio Eletrônico

TIC Domicílios 2007 Comércio Eletrônico TIC Domicílios 2007 Comércio Eletrônico DESTAQUES 2007 O Estudo sobre Comércio Eletrônico da TIC Domicílios 2007 apontou que: Quase a metade das pessoas que já utilizaram a internet declarou ter realizado

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás O presente informe técnico tem o objetivo de mostrar a importância da micro e pequena empresa para o Estado de Goiás, em termos de geração de emprego

Leia mais

Uma empresa só poderá vender seus bens/serviços aos consumidores se dois requisitos básicos forem preenchidos:

Uma empresa só poderá vender seus bens/serviços aos consumidores se dois requisitos básicos forem preenchidos: Módulo 4. O Mercado O profissional de marketing deverá pensar sempre em uma forma de atuar no mercado para alcançar os objetivos da empresa. Teoricamente parece uma tarefa relativamente fácil, mas na realidade

Leia mais

INFORMATIVO MENSAL ANO 01 NÚMERO 14 MARÇO DE 2001 APRESENTAÇÃO

INFORMATIVO MENSAL ANO 01 NÚMERO 14 MARÇO DE 2001 APRESENTAÇÃO INFORMATIVO MENSAL ANO 01 NÚMERO 14 MARÇO DE 2001 APRESENTAÇÃO Neste número apresentamos dados alentadores sobre o mercado de trabalho em nossa região metropolitana. Os dados referentes ao desemprego em

Leia mais

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim.

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim. INTRODUÇÃO LIVRO: ECONOMIA E SOCIEDADE DIEGO FIGUEIREDO DIAS Olá, meu caro acadêmico! Bem- vindo ao livro de Economia e Sociedade. Esse livro foi organizado especialmente para você e é por isso que eu

Leia mais

2. Referencial Prático 2.1 Setor das Telecomunicações

2. Referencial Prático 2.1 Setor das Telecomunicações 19 2. Referencial Prático 2.1 Setor das Telecomunicações Até os anos 50, as concessões dos serviços de telecomunicações eram distribuídas indistintamente pelos governos federal, estadual e municipal. Tal

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO 2010-2014

NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO 2010-2014 NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO 2010-2014 Março 2015 1 NOTA CEMEC 03/2015 SUMÁRIO Os dados de Contas Nacionais atualizados até o terceiro trimestre de 2014 revelam a continuidade da

Leia mais

BREVE APRESENTACAO, ~

BREVE APRESENTACAO, ~ BREVE APRESENTACAO, ~ Jornal era considerado mídia obrigatória O principal diferencial costumava ser o volume de circulação, principalmente se o jornal era auditado pelo IVC. Os jornais eram procurados

Leia mais

O retrato do comportamento sexual do brasileiro

O retrato do comportamento sexual do brasileiro O retrato do comportamento sexual do brasileiro O Ministério da Saúde acaba de concluir a maior pesquisa já realizada sobre comportamento sexual do brasileiro. Entre os meses de setembro e novembro de

Leia mais

Período São Bernardo SB Zero SB 20 SB 40 CDI. Janeiro 0,92% 1,05% -0,29% -1,71% 0,93% Fevereiro 0,81% 0,74% 1,93% 3,23% 0,82%

Período São Bernardo SB Zero SB 20 SB 40 CDI. Janeiro 0,92% 1,05% -0,29% -1,71% 0,93% Fevereiro 0,81% 0,74% 1,93% 3,23% 0,82% Rentabilidade da Renda Fixa em 2015 Desde o mês de junho deste ano as carteiras de investimentos financeiros que compõem os perfis de investimentos da São Bernardo têm sofrido forte flutuação de rentabilidade,não

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

SINCOR-SP 2016 FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2016 FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 Sumário Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Estatísticas dos Corretores de SP... 6 3. Análise macroeconômica...

Leia mais

Instrumentalização. Economia e Mercado. Aula 4 Contextualização. Demanda Agregada. Determinantes DA. Prof. Me. Ciro Burgos

Instrumentalização. Economia e Mercado. Aula 4 Contextualização. Demanda Agregada. Determinantes DA. Prof. Me. Ciro Burgos Economia e Mercado Aula 4 Contextualização Prof. Me. Ciro Burgos Oscilações dos níveis de produção e emprego Oferta e demanda agregadas Intervenção do Estado na economia Decisão de investir Impacto da

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO 10.º/11.º ou 11.º/12.º Anos de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto Programas novos e Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março) PROVA712/C/11 Págs. Duração

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO PREÇO NA EMPRESA

DETERMINAÇÃO DO PREÇO NA EMPRESA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - IFCH DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO ECONÔMICO - DEPE CENTRO TÉCNICO ECONÔMICO DE ASSESSORIA EMPRESARIAL

Leia mais

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha Introdução: economias abertas Problema da liquidez: Como ajustar desequilíbrios de posições entre duas economias? ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha Como o cada tipo de ajuste ( E, R,

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

Síntese dos resultados Meses

Síntese dos resultados Meses Núcleo de Pesquisas Fevereiro registra pequeno aumento do percentual de famílias catarinenses endividadas, entretanto, parcela de famílias com contas em atraso apresenta queda O percentual de famílias

Leia mais

Pesquisa de opinião pública. sobre. Energia elétrica. Brasil Junho de 2014

Pesquisa de opinião pública. sobre. Energia elétrica. Brasil Junho de 2014 Pesquisa de opinião pública sobre Energia Elétrica Brasil Junho de 2014 Pesquisa de opinião pública sobre Energia elétrica Brasil Junho de 2014 IBOPE Especificações Técnicas Universo População brasileira

Leia mais

Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições. Maria Cecília de Souza Minayo

Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições. Maria Cecília de Souza Minayo Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições Maria Cecília de Souza Minayo 1ª. característica: elevadas e crescentes taxas de homicídios nos últimos 25 anos Persistência das causas externas

Leia mais

008/2015 DOMINGUEIRA DE 24/05/2015

008/2015 DOMINGUEIRA DE 24/05/2015 Gasto Total com Saúde no Brasil: a importância e o esforço de medi-lo Maria Luiza Levi 1 Áquilas Mendes 2 Nesta domingueira resolvemos reeditar o exercício que Gilson Carvalho teimava em fazer a cada ano,

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Análise de indicadores bancários e financeiros em 2014 1 A concentração bancária brasileira em

Leia mais

TIC Domicílios 2007 Habilidades com o Computador e a Internet

TIC Domicílios 2007 Habilidades com o Computador e a Internet TIC Domicílios 007 Habilidades com o Computador e a Internet DESTAQUES 007 O estudo sobre Habilidades com o Computador e a Internet da TIC Domicílios 007 apontou que: Praticamente metade da população brasileira

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 11 Pronunciamento sobre a questão

Leia mais

INSTRUMENTO DE APOIO GERENCIAL

INSTRUMENTO DE APOIO GERENCIAL INSTRUMENTO DE APOIO GERENCIAL 0401 01 IDENTIFICAÇÃO Título: CONTABILIDADE E EFICIÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO DO NEGÓCIO Atributo: ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE Processo: ACOMPANHAMENTO CONTÁBIL O QUE É : Este é

Leia mais

Exportação de Serviços

Exportação de Serviços Exportação de Serviços 1. Ementa O objetivo deste trabalho é dar uma maior visibilidade do setor a partir da apresentação de algumas informações sobre o comércio exterior de serviços brasileiro. 2. Introdução

Leia mais

O mercado monetário. Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex. Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012):

O mercado monetário. Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex. Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012): O mercado monetário Prof. Marco A. Arbex marco.arbex@live.estacio.br Blog: www.marcoarbex.wordpress.com Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012): Mercado Atuação

Leia mais

Criminalidade. Luciano Nakabashi Juliano Condi

Criminalidade. Luciano Nakabashi Juliano Condi A Associação Comercial de (ACIRP) em parceria com a FUNDACE realiza uma pesquisa de qualidade de vida na cidade de desde 2009. Essa é uma pesquisa muito importante para se que se tenha uma base confiável

Leia mais

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov.

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov. 4 SETOR EXTERNO As contas externas tiveram mais um ano de relativa tranquilidade em 2012. O déficit em conta corrente ficou em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mostrando pequeno aumento em relação

Leia mais

ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1. 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade...

ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1. 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade... ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade...5 A Instituição Típica da Área de Cultura...5 A Instituição

Leia mais

ICV-DEESE fica em 6,04%, em 2013

ICV-DEESE fica em 6,04%, em 2013 1 São Paulo, 8 de janeiro de 2014. ICV-DEESE fica em 6,04%, em 2013 NOTA À IMPRENSA Em 2013, o Índice do Custo de Vida ICV calculado pelo DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Leia mais

Florianópolis, 17 de agosto de 2011.

Florianópolis, 17 de agosto de 2011. PROXIMIDADE DO FIM DE ANO IMPACTA A PERSPECTIVA DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS CATARINENSES EM SETEMBRO O forte crescimento mensal da perspectiva de consumo das famílias catarinenses, de 12,7%, foi o principal

Leia mais

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA 1 CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA O Sr. Roberval, proprietário de uma pequena indústria, sempre conseguiu manter sua empresa com um bom volume de vendas. O Sr. Roberval acredita que uma empresa, para ter sucesso,

Leia mais