A HIDROSFERA TERRESTRE: a sustentação da vida no planeta

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1 A HIDROSFERA TERRESTRE: a sustentação da vida no planeta A hidrosfera terrestre, conjunto de toda a água do planeta, é de fundamental importância para a sustentação de todos os seres vivos. Formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, a água é uma substância química essencial na manutenção da vida. Suas propriedades fisioquímicas são extremamente eficazes: as ligações de hidrogênio, que conferem um elevado calor específico à substância, garantem a boa amenidade do ar, previnem variações rápidas de temperatura da água e transferem calor das regiões tropicais para as subtropicais e polares por meio de correntes marítimas. Além disso, o elevado calor latente de fusão da água provoca um efeito termostático no ponto de congelamento da água e evita a rápida formação de gelo nas colunas d água. Mais de dois terços da superfície terrestre é coberta por água, substância mais presente no planeta. Há cerca de quatro bilhões de anos, quando a Terra ainda era uma nuvem quente de poeira e gás, a água encontrava-se misturada a outros gases, no estado de vapor. À medida que o planeta esfriava, esse vapor foi se condensando e, sob a forma de chuva, se precipitando sobre a superfície. Dessa longa e caudalosa tempestade, formaram-se os oceanos, mares e o conjunto de águas continentais, composto de rios, lagos, lençóis subterrâneos e geleiras. A água salgada Mais de 97% da água presente no planeta Terra é salgada. Originário das profundezas da Terra, esse sal foi espalhado na superfície pelas erupções vulcânicas e levado pelas águas correntes para o mar. Toda a imensidão salgada se divide em oceanos, grandes porções da hidrosfera (há cinco oceanos no planeta: o Atlântico, o Índico, o Pacífico, o Ártico e o Antártico), e os mares, blocos menores de água salgada ligados aos oceanos. Os mares abertos são ligados ao oceano por meio de grandes aberturas, como os mares do Caribe e do Norte; os mares continentais possuem ligações estreitas,

2 como os mares Mediterrâneo e Vermelho; e os mares fechados são, na verdade, grandes lagos de água salgada, como os mares Cáspio, na Europa, e Morto, no Oriente Médio. As marés são o movimento de subida e descida das águas em relação à costa, ocasionado pela atração que a Lua e o Sol exercem sobre as massas de água. A influência da Lua é sentida de maneira mais forte, porque o Sol, apesar de ser muito maior do que ela e, portanto, ter um campo gravitacional mais poderoso, está muito mais afastado. Além dessa força de atração dos astros, outro fenômeno astronômico colabora para a formação das marés: a rotação da Terra. Girando em tordo de si mesma, a Terra fica sempre com metade de sua superfície voltada para a Lua. O resultado é o movimento das águas de acordo com a posição do planeta e de seu satélite. A cada dia, acontecem duas marés altas (quando o oceano está de frente para a Lua) e duas marés baixas (nos intervalos entre as altas). A rotação da Terra influencia outro tipo de movimento das águas oceânicas: as correntes marítimas. Elas são gigantescas porções de água que se deslocam nos oceanos de forma independente das águas que as circundam. É por causa do fenômeno da inércia que as correntes se deslocam com o movimento do planeta: as águas tenderiam a continuar paradas, mas acabam se movimentando em sentido contrário ao da rotação do globo. As correntes também ocorrem em razão da inclinação do eixo terrestre e da diferença de temperaturas entre o Equador e as zonas polares. As correntes podem ser frias ou quentes e influenciam a vida no planeta de várias formas. A corrente fria de Humboldt, por exemplo, esfria a costa oeste da América do Sul. Há ainda a corrente quente do Atlântico Norte, ou corrente do Golfo, que evita o congelamento de portos europeus, e a corrente fria do Labrador, que desce do Ártico e influencia as gélidas temperaturas da costa leste norte-americana no inverno. Também desempenha um papel importante nos ecossistemas o relevo submarino. Escondido sob o cobertor das águas marinhas, o solo oceânico apresenta um rico relevo de montanhas, planaltos e fossas profundas. Como essas formas não estão expostas à erosão de agentes externos, como o

3 vento e as chuvas, os perfis são mais contrastantes e escarpados. Pode-se destacar três porções desse relevo submarino: as plataformas continentais, terras submersas que se prolongam das terras emersas, como uma orla em torno dos continentes. Topograficamente, elas são superfícies quase planas, formadas pelo acúmulo de sedimentos de origem continental. Vai até os duzentos metros de profundidade, que também é o limite da penetração da luz solar; as cordilheiras submarinas, elevações de forma regular que surgem ao longo dos oceanos, como a Dorsal Mesoatlântica. Com mais de dez mil quilômetros de comprimento, ela se estende por todo o oceano Atlântico, da Antártica à Islândia. Sua formação se deve ao afastamento das placas tectônicas, que permitiu que o magma chegasse à superfície. Em alguns pontos, os picos se elevam acima do nível do mar e formam ilhas, como é o caso do arquipélago de Fernando de Noronha, no nordeste do Brasil; as fossas oceânicas, também conhecidas como fossas abissais, gigantescos abismos submarinos formados quando uma placa tectônica é forcada para debaixo da outra, após uma colisão. O ponto mais profundo da Terra é a Fossa das Marianas, no oceano Pacífico, que atinge dez mil metros de profundidade. A água doce Apesar de a água dominar a paisagem do globo, a quantidade total disponível para consumo humano é irrisória: apenas 2,5% é doce. Além disso, a maior parte da água doce não está ao alcance do homem: está congelada nas geleiras e calotas polares, ou escondida em depósitos subterrâneos. A quantidade de água a que o homem tem acesso fácil a superficial, de rios, lagos e pântanos é de, no máximo, 0,4% da água doce existente no mundo. Entretanto, mesmo que o volume relativo seja mínimo, os números absolutos de água doce à disposição humana ainda são assombrosos.

4 A maioria da água doce de superfície disponível para consumo está encontrada nos lagos, definidos como corpos de água parada. Podem ser formados de várias maneiras: por acúmulo de água da chuva, pelo afloramento de uma nascente, pela alimentação de rios ou pela erosão glacial. Essa última explicação define a origem dos Grandes Lagos, na América do Norte, que abrigam 27% da água doce proveniente de lagos do planeta. Também são lagos os mares fechados, sem ligação com o oceano. As águas subterrâneas são o segundo grande depósito de água doce, com 30% do volume total. Ocupam os espaços existentes entre as rochas do subsolo e se deslocam pelo efeito da força da gravidade. Originárias do acúmulo de água das chuvas que se infiltra pela superfície, elas têm um importante papel na manutenção da umidade do solo e na alimentação de rios e lagos. No Brasil, as reservas de águas subterrâneas nos aquíferos são abundantes; entretanto, a distribuição irregular da água dificulta a obtenção de dados precisos sobre os reservatórios. O Aquífero Guarani, situado em quatro países, é um dos maiores reservatórios de água doce do mundo. Os rios são cursos naturais de água que se deslocam de um ponto mais alto (nascente) até um nível mais baixo (foz ou desembocadura), onde lançam suas águas. Os rios aumentam progressivamente de volume ao longo de seu percurso, alimentados por novos cursos de água; as chuvas também reforçam o fluxo do rio, pois as águas se infiltram no terreno ou escorrem em filetes até atingir os riachos. A parte absorvida pelo solo penetra até os estratos inferiores, formados por rochas impermeáveis, e continua se movimentando subterraneamente, conforme a inclinação da camada rochosa, criando os lençóis freáticos. Mais adiante, essa água retorna à superfície em nascentes, que alimentam os cursos de água. O detrimento da neve acumulada no cume das montanhas é outro fator que participa na formação dos rios. As geleiras, reservatórios de quase 70% da água doce disponível do planeta, são enormes massas formadas pelo acúmulo de neve no decorrer de milhares de anos. Existem

5 em áreas planas, próximas aos polos, ou na forma de rios de gelo, que avançam lentamente pelos vales em altas latitudes ou em cordilheiras elevadas. As geleiras se movimentam continuamente: descem encostas pela ação da gravidade ou se espalham pelo solo com a força de seu peso. Em seu trajeto, elas desgastam as rochas e, ao chegar a mares e lagos, dão origem a plataformas de gelo. Os icebergs são massas de gelo que se depreendem dessas plataformas e flutuam pelos oceanos. O ciclo hidrológico Toda a água disponível no planeta está em constante renovação. Esse processo no qual a água se desloca da superfície terrestre e da atmosfera, passando pelos três estados, recebe o nome de ciclo hidrológico. Um dos responsáveis por esse processo é a energia solar, que incide na superfície do planeta e provoca a denominada evapotranspiração das águas ou seja, elas passam do estado líquido para o gasoso. A evaporação dos oceanos ocorre com maior intensidade, mas o fenômeno acontece ainda nos rios, lagos e demais águas continentais. A transpiração das plantas contribui para a evaporação da água. O vapor de água resultante desse processo dá origem às nuvens, que se deslocam com o movimento de rotação da Terra e dos ventos. Quando as nuvens se condensam, ocorre a precipitação, e a água volta para a superfície terrestre, atingindo tanto o continente, quanto os oceanos. Essa precipitação pode ser líquida, no caso das chuvas, ou sólida, se cair na forma de neve ou granizo. Tudo depende das condições climáticas da região, que influenciam diretamente na vegetação (climas tropicais, por exemplo, geram vegetações mais densas, que aumentam os índices de evapotranspiração) e na umidade (climas semiáridos, por outro lado, por não terem índices pluviométricos elevados, são mais secos e participam menos ativamente das etapas do ciclo hidrológico). O destino das águas é influenciado por fatores como a cobertura vegetal, as condições climáticas, a geologia e a

6 altitude. Em áreas mais áridas, por exemplo, a evaporação é menor que a infiltração, ao passo que, em terrenos arenosos, a água se infiltra mais rapidamente. Ao atingir os continentes, a água da precipitação pode percorrer alguns caminhos: volta para a atmosfera, em novo processo de evapotranspiração; infiltra-se no solo, alimentando as águas subterrâneas; é escoada na direção de rios, lagos e mares. AS BACIAS HIDROLÓGICAS BRASILEIRAS O Brasil é o país com a maior quantidade de bacias hidrográficas do mundo, favorecido pelo clima tropical e pelo alto índice pluviométrico anual na grande maioria das regiões; o território concentra mais de 10% de toda a água superficial disponível para consumo no mundo. Toda essa caudalosa riqueza é espalhada pelos milhares de rios que percorrem o país. A maioria desses rios nasce em regiões de média altitude, o predomínio de rios de planalto, o que permite bom aproveitamento hidrelétrico. O regime dos rios brasileiros é pluvial, ou seja, são alimentados pela água da chuva. Em razão da predominância do clima tropical no país, com bastante chuva, os rios brasileiros são majoritariamente perenes. Desaguando no oceano Atlântico ou em outros afluentes que correm para o mar, eles têm, em sua maioria, foz do tipo estuário: o canal se afunila e as águas são lançadas livremente no oceano. O vasto emaranhado de afluentes nacionais está agrupado em oito grandes bacias hidrográficas. A bacia do rio Amazonas A bacia do rio Amazonas é a maior bacia hidrográfica do mundo e abrange uma área de cerca de sete milhões de quilômetros quadrados, ocupando 42% do território nacional. Além do Brasil, a bacia estende-se por outros seis países da América do Sul: Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Bolívia. Seu principal curso d água é o rio Amazonas, que nasce na cordilheira dos Andes, no Peru. Suas águas desaguam na Ilha de Marajó.

7 Um dos maiores potenciais da Bacia do rio Amazonas, além do enorme reservatório de água doce, está ligado às características de um relevo com inúmeras quedas d água, que permitem a construção de usinas hidrelétricas. Entre elas destaca-se as usinas de Belo Monte, Balbina, Jirau e Santo Antônio. Os grandes impactos da construção das usinas são sociais e ecológicos, devido principalmente às inundações de extensas áreas ocupadas por grupos indígenas, que possuem fauna e flora peculiares e constituem sítios arqueológicos importantes. As bacias que nascem no Planalto Central: Tocantins- Araguaia, Paraguai, Uruguai e Paraná A bacia dos rios Tocantins-Araguaia ocupa novecentos mil quilômetros quadrados, cuja área é definida pela bacia do rio Tocantins, que nasce no planalto de Goiás e desemboca na foz do rio Amazonas. Seu principal afluente é o rio Araguaia, onde se encontra a Ilha do Bananal, maior ilha fluvial do mundo. Grande parte dessa bacia está na região Centro-Oeste, até a confluência dos rios na divisa de Goiás, Maranhão e Paraná. A bacia possui um grande potencial hidrelétrico; a usina hidrelétrica de Tucuruí é a maior usina completamente brasileira. As bacias do Paraguai, Paraná e Uruguai fazem parte de uma maior, a bacia Platina, existente em quatro países: o Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. O rio Paraguai destaca-se por passar no Pantanal Mato-Grossense, um dos ecótones e corredores ecológicos mais importantes do planeta. É no rio Paraná que fica a Usina de Itaipu, segunda maior do mundo, na fronteira do Brasil com Paraguai. O rio Uruguai é bastante utilizado em regiões agroindustriais, com destaque à rizicultura.

8 As demais bacias: São Francisco, Parnaíba e Atlântico Leste, Sudeste e Sul A região hidrográfica do rio São Francisco possui uma área de mais de seiscentos mil quilômetros quadrados, possuindo como destaque o rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais. Por atravessar zonas semiáridas, ele é de crucial importância para as populações sertanejas nordestinas e para o povoamento histórico da região. O Velho Chico, maior rio totalmente brasileiro, possui um alto potencial hidrelétrico, e seus recursos hídricos também são aproveitados na irrigação e na navegação. A bacia do Parnaíba ocupa uma área de trezentos e trinta mil quilômetros quadrados, entre os estados do Ceará, Maranhão e Piauí. Ao desaguar no oceano Atlântico, fazendo a divisa do Piauí com o Maranhão, o rio Parnaíba forma um delta oceânico. A piscicultura é a principal atividade econômica praticada no rio, que tem a maioria de seus afluentes perene e suprida por águas pluviais e subterrâneas, que representam a principal fonte de abastecimento da população piauiense. A região hidrográfica do Atlântico trata-se de um conjunto de bacias costeiras formadas por rios que desaguam no Atlântico. As bacias do Atlântico Leste, no trecho situado entre Sergipe e Espírito Santo, contemplam uma enorme diversidade de rios, córregos e riachos. Observa-se elevada concentração de ferro, fósforo e alumínio, além da turbidez, causada por matérias sólidas em suspensão, em função do garimpo e da dragagem mineradora da região. As bacias do Atlântico Sudeste possuem, como principais, o rio Paraíba do Sul e o rio Doce. Esses rios e os demais são bastante impactados pela ocupação e pelas atividades urbanas. As bacias do Atlântico Sul passam por uma área que vai do norte da Região Sul até o Arrocho Chuí, no extremo sul do litoral brasileiro.

9 A POLUIÇÃO DA ÁGUA e outros problemas relacionados Por ser uma substância extremamente essencial para todos os indivíduos, a água disponível para uso dos seres humanos deve ser utilizada num ritmo que permita à natureza reciclála e repor os depósitos, pela evaporação e pela chuva, no ciclo hidrológico. Entretanto, essa água é muito vulnerável à ação humana; ao longo do tempo, a intervenção dos seres humanos na natureza vem comprometendo diretamente a qualidade da água potável. O que polui a água são substâncias químicas resíduos resultantes das atividades industriais, agropecuárias e de mineração. No mar, derramamentos de óleo tornam inabitáveis milhares de quilômetros de costas e intoxicam aves, peixes e moluscos marinhos. Em terra, vazamentos de usinas nucleares contaminam com radiação não apenas a água e os alimentos, mas todo o ambiente ao redor, num raio que pode chegar a várias centenas de quilômetros. Seja como for, a exploração dos recursos hídricos é algo agravante e preocupante nos dias atuais. A pegada hídrica Para medir a quantidade de água gasta na atividade produtiva e no consumo da população, foi criado o termo pegada hídrica, que indica quanto o ser humano gasta de forma direta (quando abre a torneira, por exemplo) ou indireta (como a água utilizada na produção de uma roupa ou de alimentos). A pegada hídrica leva em conta não apenas a água agregada aos produtos, mas também o volume poluído na cadeia produtiva como uma totalidade. Quanto mais desenvolvida e industrializada é uma nação, maior é sua demanda por água. Nem todos os países deixam uma pegada hídrica equivalente à disponibilidade de água de seu território. Os países pobres em água importam alimentos ou produtos industriais e, com eles, na forma de água virtual, os recursos hídricos de outras regiões da Terra. A água virtual é a quantidade de água usada, direta ou indiretamente, na produção de um bem. Em

10 produtos de origem animal, a maior parte da água virtual tem origem na produção da ração para alimentar a criação. Estima-se que uma pessoa consome de 2000L a 5000L de água virtual por dia, embutidos na comida. Para se obter um par de sapatos de couro, por exemplo, são necessários 8000L de água. É por esse mecanismo que os chineses, cuja economia cresce rapidamente, afetam indiretamente as bacias hidrográficas brasileiras quando compram, por exemplo, os bovinos nacionais. No sentido inverso, os brasileiros consomem parte da água das bacias chinesas em cada eletroeletrônico fabricado na China. Uma vez que a agropecuária consome muito mais água do que a indústria, ao exportar, o Brasil degrada suas reservas hídricas mais do que a China. Esse processo pode ser observado em importações e exportações de todo o mundo. Em geral, a agropecuária é, de longe, a atividade que mais consome água no planeta: 69% do que é extraído dos rios e aquíferos. O grande vilão desse processo é o desperdício, provocado por técnicas pouco eficazes de irrigação. A indústria vem a seguir, exigindo 21% dos recursos hídricos; já a água que o ser humano usa em casa representa apenas 10% do consumo mundial. Observa-se desperdício também com a urbanização: a falta de planejamento das engenharias, com a verticalização das construções, sobrecarrega as estruturas já existentes nas ruas, que muitas vezes não suportam a quantidade de água que agora passa por ali milhões de litros se perdem por vazamentos nos canos subterrâneos das cidades diariamente. A ESCASSEZ DA ÁGUA: a inexistência de políticas públicas A alarmante escassez de água no mundo é agravada por inúmeros motivos, mas, em especial, em virtude da séria desigualdade social, da falta de manejo e de usos sustentáveis dos recursos hídricos. Em uma visão mundial, as diferenças registradas entre países desenvolvidos e países mais pobres chocam e evidenciam que a crise mundial da água está diretamente relacionada às disparidades sociais:

11 enquanto em Nova York, cada pessoa gasta 2000L por dia, vários países do continente africano possuem uma média de consumo de 15L de água diariamente. Cerca de um bilhão e duzentos milhões de pessoas não têm acesso a água tratada, e mais centenas de milhões não contam com serviços adequados de saneamento básico. Uma parcela importante da escassez de água é, também, a interferência humana nos mananciais, fator que vem reduzindo drasticamente a quantidade de água potável no planeta. Mananciais são todas as fontes de água, superficiais ou subterrâneas, que podem ser usadas para o abastecimento das populações. Isso inclui, por exemplo, rios, lagos, represas e lençóis freáticos. Para cumprir sua função, um manancial precisa de cuidados especiais, garantidos por políticas de preservação ambiental. Nessas regras, o ponto principal é evitar a poluição das águas, o que tem se tornado mais difícil diante do crescimento desordenado da urbanização. E o Brasil, infelizmente, é um exemplo desse cenário de águas turvas, especialmente em São Paulo e na região Nordeste. Nas regiões urbanas em geral, a escassez decorre também do desperdício, derivado de vazamentos na rede de distribuição, ao crescimento urbano e à falta de manutenção adequada às novas condições. O Nordeste brasileiro e o El Niño A ampla e incessante escassez de chuvas no Nordeste é provocada, principalmente, por mecanismos geográficos de circulação de ventos. Na chamada Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que circunda a Terra próxima à linha do Equador, os ventos dos hemisférios norte e sul se encontram. A massa de ar que atinge o Nordeste é quente e úmida, provocando chuvas na região litorânea, onde predomina a vegetação da Mata Atlântica. Mas, quando se movimenta em direção ao interior, já perdeu força e umidade, e o resultado é uma massa quente e seca que estaciona no sertão durante longos períodos. O resultado de tais fenômenos, ao longo de séculos, foi a formação de uma região com clima semiárido, de baixo índice pluviométrico anual, com predominância da vegetação

12 caatinga, solo raso e pedregoso e temperaturas elevadas em grande parte do ano. Um outro fenômeno que influencia o sertão nordestino é o El Niño, que tem origem no Oceano Pacífico. Ali existe uma área de baixa pressão atmosférica sobre a Indonésia e sobre o norte da Austrália e uma área de alta pressão no oceano, próximo à costa da América do Sul. O vento viaja de oeste para leste sobre o Pacífico. Nesse trajeto, o vento se resfria e tende a descer sobre o oceano, próximo à costa da América do Sul, criando uma área de baixa pressão. Em ciclos de dois a sete anos, por motivos ainda não conhecidos, os ventos alísios ficam enfraquecidos. Sem os ventos fortes, o Pacífico começa a se aquecer, liberando evaporação e formando nuvens com intensas chuvas no oceano. Essa mudança no local da formação das nuvens gera modificações na circulação do ar e da umidade da atmosfera, alterando o clima no mundo no fenômeno conhecido como El Niño. Isso faz a ZCIT se localizar mais ao norte, o que reduz a chuva no sertão. Outras consequências do El Niño são o acúmulo de águas mais quentes (com a diminuição da quantidade de peixes), o aumento de chuvas na costa oeste da América do Sul e as secas na Indonésia, Índia e no leste da Austrália. Ainda no nordeste, o atual governo federal investiu bilhões de reais em obras de infraestrutura, como os vários sistemas coletivos de abastecimento de água e as barragens, além das operações de carros-pipa, concentração de cisternas e recuperação de poços. Dentre as obras, está a controversa transposição do rio São Francisco, elaborado para atenuar os efeitos da seca; opositores da obra argumentam que o projeto não alcançará muitas comunidades e beneficiará principalmente os grandes fazendeiros, além de causar impactos ambientais ainda não mensurados. A partir da atual seca, o governo intensificou os programas de assistência técnica e social, como o financiamento da produção agropecuária, venda subsidiada de milho e distribuição do Bolsa Estiagem.

13 O mau gerenciamento dos recursos hídricos A crise global de água é causada por uma combinação de vários fatores: o crescimento populacional, a expansão do consumo associada à melhoria dos padrões de vida, mudanças alimentares, aquecimento do planeta e mau gerenciamento estão aumentando e pressionando o abastecimento local e mundial de água. O vasto crescimento demográfico não se restringe somente a mais torneiras, descargas sanitárias e chuveiros nas residências. Significa que as sociedades precisam, principalmente, gerar mais energia e produção, seja no campo ou nas fábricas. Talvez o maior exemplo de como a ação humana interfere na água disponível no planeta esteja na Ásia Central, no famoso Mar de Aral. Encravado entre o Uzbequistão e o Cazaquistão, o Aral era o quarto maior lago mundial até 1960, ocupando uma área de quase setenta mil quilômetros quadrados. Hoje, não restam nem 10% de sua área original. O desastre é fruto de projetos muito mal concebidos na época da União Soviética: as águas dos rios Amur e Syr, que alimentam o Aral, foram desviadas para irrigar lavouras em extensões desérticas daquela parte do mundo. Em pouco tempo, o lago começou a ver suas águas recuarem, numa dinâmica que não para mais. Nos dias atuais, além de supersaturada de sal, a água restante do Aral está bastante poluída por agrotóxicos oriundos das lavouras das proximidades, que prejudicou o ecossistema e o clima da região, que se tornaram desérticos. O exemplo do Mar de Aral revela uma das facetas da crise global de água, pois as necessidades econômicas acirram, cada vez mais, disputas pelo precioso líquido; o principal foco de briga está nos rios e bacias compartilhadas por dois ou mais países, com as águas transfronteiriças. Um exemplo é o rio Nilo, que, ao atravessar o Deserto do Saara, é a base da vida no Egito há milhares de anos. Antes de atingir o território egípcio, suas águas atravessam diversos países, como o Suão, a Etiópia e o Quênia. O Aquífero Guarani é outro exemplo. O mau gerenciamento dos recursos hídricos afeta, também, questões de saúde, diretamente relacionadas com o acesso à

14 agua de boa qualidade; o desenvolvimento socioeconômico e a água são fatores interdependentes. A água transmite ou está relacionada com a transmissão de diferentes tipos de enfermidades, divididos em quatro grupos de acordo com os tipos de transmissão: as águas fluviais contaminadas, gerando, por exemplo, a diarreia; a contaminação por falta de água, como a obstipação; as doenças causadas por agentes patogênicos, pelo consumo de alimento contaminado ou pelo contato pessoal, como a esquistossomose; e a contaminação por hospedeiros, como a dengue, a febre amarela e a malária, que causam, juntas, mais de um milhão de mortes. A POLUIÇÃO DAS ÁGUAS: o agravamento dos problemas hídricos A forma comum e mais antiga de poluir as águas é o lançamento de dejetos humanos e de animais domésticos em rios, lagos e mares. Por serem constituídos de matéria orgânica, esses dejetos aumentam a quantidade de nutrientes disponíveis no ambiente aquático, podendo causar vários prejuízos ao meio ambiente. Um exemplo é a eutrofização, fenômeno causado pelo excesso de nutrientes numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas, das bactérias aeróbicas e da biomassa, uma diminuição do oxigênio dissolvido e uma consequente morte e decomposição de muitos organismos. A eutrofização, portanto, causa impactos profundos no ecossistema, a longo prazo. Biologicamente, o aumento da matéria orgânica pode levar à grande proliferação de dinoflagelados, protistas fotossintetizantes, causando o fenômeno denominado maré vermelha, devido à coloração que os dinoflagelados conferem às águas. As marés vermelhas causam a morte de milhares de peixes, principalmente porque os dinoflagelados competem com eles pelo gás oxigénio, além de liberarem substâncias tóxicas na água. A poluição térmica Um outro problema decorrente é a poluição térmica das águas, causada pela presença de indústrias, refinarias e usinas elétricas instaladas próximas a margens de rios. Essas

15 fábricas utilizam a água proveniente de rios para resfriar as caldeiras, recipientes destinados à produção de vapor através do aquecimento daquela água, que, posteriormente, é devolvida aquecida para o meio ambiente. A elevação da temperatura afeta a solubilidade da oxigênio na água, fazendo que esse gás difunda mais facilmente para a atmosfera. A poluição térmica, portanto, tem a grave consequência de diminuir a quantidade de oxigênio dissolvido, o que acarreta a morte de animais aquáticos por asfixia. Além disso, algumas espécies marinhas são termossensíveis, podendo, dessa forma, entrar em extinção, fato que geraria sérios impactos nas cadeias tróficas. A poluição térmica também gera um impacto na reprodução de certos organismos, já que o período de reprodução e o ambiente poluído têm grandes possibilidades de alterarem. A bioacumulação e a preservação ambiental Outras substâncias não degradáveis usadas não somente na indústria, mas como na agricultura, são amplamente descartados no meio ambiente. Esse material, muitas vezes, possui metais pesados, como mercúrio, chumbo e cádmio, além dos inseticidas, como o diclorodifeniltricloroetano (DDT). Em determinados ecossistemas, muitas vezes um poluente é absorvido pelos produtores e consumidores primários, passando para os consumidores secundários, e assim por diante. Como cada organismo de um nível trófico superior geralmente se alimenta de diversos organismos dos níveis inferiores, o poluente tende a se concentrar nos níveis tróficos superiores. Esse problema, chamado de bioacumulação ou magnificação trófica, é o processo pelo qual substâncias tóxicas e não biodegradáveis ou seja, que seres vivos não conseguem metabolizar permanecem em caráter cumulativo ao longo da cadeia alimentar. Nos tecidos humanos, essas substâncias tóxicas podem provocar uma gama de casos patológicos, como diversos tipos de cânceres, lesões hepáticas e pulmonares, danos aos sistemas nervoso e muscular, doenças de pele, distúrbios renais, danos à medula óssea e esterilidade.

16 O mercúrio tem um papel importante na bioacumulação. Um dos dois únicos metais da tabela periódica líquidos à temperatura ambiente, o mercúrio é usado nos garimpos do ouro para extrair esse metal dos outros minerais. A liga metálica formada, chamada amálgama, quando aquecida, forma o vapor do mercúrio, que é lançado para a atmosfera. Ao precipitar, caindo na mata ou nos rios, o mercúrio combina-se com os compostos orgânicos e formam o metilmercúrio, presente principalmente na biota aquática. A contaminação humana se dá pela dieta alimentar, comumente pela ingestão de peixes também contaminados. Todos esses problemas ambientais apontam para uma necessidade urgente do aumento da preservação. Ambos os processos interferem em comunidades equilibradas e coloca em risco toda a intrincada trama de inúmeras relações ecológicas, que levaram centenas ou milhares de anos para se estabelecerem. Inúmeros ecossistemas, tais como os manguezais e estuários, assim como locais como as nascentes de rios e matas ciliares, que têm uma importância imensurável para a preservação e a perpetuação de espécies exóticas e para a manutenção dos nutrientes, devem ser conservados veementemente. Mais do que a mensuração dos impactos ambientais, feita tanto por meio de dispositivos biológicos, como os bioindicadores, quanto por meio de políticas públicas que visem o desenvolvimento sustentável e que dirijam a responsabilidade ambiental para todas as pessoas para que, enfim, a preservação do presente possa ser conciliada com a garantia de um futuro mais ecológico, justo e igualitário para todos.

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