PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO - PPC
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- Cecília Vasques Quintão
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1 FACULDADES INTEGRADAS DE RIBEIRÃO PIRES Entidade Mantenedora: ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL DE RIBEIRÃO PIRES Rua Cel. Oliveira Lima, Parque Aliança - Ribeirão Pires - SP - CEP Telefones: Site: PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO - PPC CURSO DE MATEMÁTICA - LICENCIATURA RIBEIRÃO PIRES 2014
2 2 I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO I.I MANTENEDORA Nome: O.E.R.P. Organização Educacional de Ribeirão Pires Endereço: Rua Coronel Oliveira Lima, nº 3345 Parque Aliança Cidade: Ribeirão Pires Estado: São Paulo CEP: Fone/Fax: (11) / (11) Mantida: Faculdades Integradas de Ribeirão Pires - FIRP. I.II IDENTIFICAÇÃO DA IES Instituição: Faculdades Integradas de Ribeirão Pires - FIRP. Curso: Matemática - Licenciatura Atos Legais: Autorização pela Portaria Portaria MEC* nº. 684 de 26/04/1999, Reconhecimento pela Portaria MEC nº de 09/07/2004 e Renovação de Reconhecimento Portaria SESU/MEC nº de 09/09/2010 I.III NÚMERO DE VAGAS: Turno Número de vagas (anuais) NOTURNO 80 I.IV CARGA HORÁRIA / INTEGRALIZAÇÃO: CURRÍCULO Carga horária horas relógio Mínimo de 6 semestres Duração Máximo de 9 semestres I.V DIRIGENTE PRINCIPAL: Diretor Prof. Paulo Henrique Ansaldi
3 3 SUMÁRIO JUSTIFICATIVA A INSTITUIÇÃO HISTÓRICO E MISSÃO Breve Histórico da Mantenedora OERP Breve Histórico da Mantida FIRP Inserção Regional Identidade Regional do Grande ABC A Região do Grande ABC Missão Visão de Futuro APRESENTAÇÃO CONCEPÇÃO, OBJETIVO E BASES FILOSÓFICAS CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA PELO PROFISSIONAL Relação com outras instituições educacionais na região Formas de avaliação da aprendizagem Políticas de Nivelamento Autoavaliação do curso Atendimento psicopedagógico ESTRUTURA CURRICULAR ASPECTOS INOVADORES DA INTEGRAÇÃO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO Roteiro de estágio supervisionado º semestre do Estágio 4º semestre do Curso º semestre do Estágio 5º semestre do Curso º semestre do Estágio 6º semestre do Curso Observações finais ATIVIDADES COMPLEMENTARES TRABALHO DE CURSO Introdução Objetivos Descrição semestral de atividades ª etapa (1º semestre do curso) Objetivos gerais da 1ª etapa do trabalho de curso º etapa (2º semestre do curso) Objetivos gerais da 2ª etapa do trabalho de curso ª etapa (3º semestre do curso) Objetivos gerais da 3ª etapa do trabalho de curso ª etapa (4º semestre do curso) Objetivos gerais da 4ª etapa do trabalho de curso PROJETO INTEGRADOR: Cidadania e Responsabilidade Social Justificativa Objetivo Plano de Ensino Projeto Integrador CURRÍCULO PLENO PROPOSTO EM CONSONÂNCIA COM OS OBJETIVOS DO CURSO Eixos articuladores da formação do licenciado em matemática Conhecimento matemático... 39
4 Conhecimento pedagógico Conhecimento sobre a dimensão cultural, social e política da educação Conhecimento articulador Quadro síntese de distribuição das disciplinas de acordo com os eixos articuladores de formação Currículo pleno proposto Elenco de disciplinas Quadro Geral Ementas detalhadas das disciplinas com indicações da bibliografia básica e a carga horária Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Resolução CNE/CP nº 01 de 17 de junho de 2004) Disciplina obrigatória/optativa de Libras (Dec.Nº 5.626/2005) Políticas de educação ambiental ( Lei nº 9.795, de 27 de 1999 e Decreto nº de 25 de junho de 2002) PERFIL DO CORPO DOCENTE Responsável pela coordenação do curso Titulação Experiência profissional requerida Quanto ao tempo de experiência que os professores possuem no Ensino Superior temos a seguinte situação: Experiência do grupo de docentes relacionados à Educação Básica: Titulação e formação acadêmica do NDE Vinculação dos docentes com a área de conhecimento REGIME DE TRABALHO Plano de carreira Regime escolar Formas de acesso ao curso Número máximo de alunos por turma Turnos de funcionamento PERÍODO DE INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO Período mínimo Período máximo CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E RECURSOS TECNOLÓGICOS E BIBLIOTECA INFRAESTRUTURA FÍSICA Área Interna Área Externa Laboratório de Informática Geral Laboratórios Específicos CPD RECURSOS AUDIOVISUAIS E MULTIMÍDIA COMPUTADORES E IMPRESSORAS DE USO ADMINISTRATIVO E ACADÊMICO BIBLIOTECA Acervo por Área do conhecimento Formas de Atualização e Expansão do Acervo Horário de Funcionamento da Biblioteca Mobiliário/Acomodações para usuários Equipamentos Serviços Oferecidos
5 6. AVALIAÇÃO DO CURSO ANEXO
6 6 PROPOSTA ACADÊMICA JUSTIFICATIVA A Matemática, desde os primórdios da civilização até a atualidade, desempenha um papel importante na sociedade em geral e, particularmente, no mundo da ciência. Diversas justificativas podem ser agregadas reforçando o seu papel no desenvolvimento do pensamento intuitivo, postura crítica, desenvolvimento da criatividade, capacidade de resolver problemas, interpretar dados etc. Além disso, a Matemática também tem contribuído com a sociedade nas mais diversas aplicações tecnológicas, assim como nas áreas de criptografia, codificação de sinais, códigos e algoritmos. Não podemos nos esquecer das relações existentes entre a Matemática e diversas áreas, tais como: a Computação, a Biologia, a Física, a Astronomia, a Química, a História, a Geografia entre outras. Neste contexto, a viabilidade e legitimidade de um curso superior, especialmente o de Licenciatura Matemática, efetivam-se à medida que são inseridos na comunidade da qual emana, contribuindo para a resolução das demandas e necessidades emergentes da educação. Dessa forma, a relação entre sociedade e educação efetiva-se quando os vínculos concretos entre teoria e prática são estabelecidos, articulando-se conhecimentos relativos a conteúdos específicos da docência, organização e gestão, como a produção do saber científico, pesquisa e extensão. Afora as questões acima, acreditamos na importância e urgência da necessidade de formar profissionais para atuar principalmente no ensino de Matemática na Educação Básica, especificamente na disciplina de Matemática, nas séries do Ensino Fundamental II, nas séries do Ensino Médio e estando preparados para atuar nos cursos técnicos e na educação de jovens e adultos. Na última década tem ocorrido um esvaziamento dos cursos de Licenciatura em todas as áreas, especialmente em Matemática. Vários fatores têm contribuído para este esvaziamento, dentre eles, podemos destacar: o baixo salário oferecido para os professores que irão atuar na Educação Básica e, o tratamento dispensado pelas instituições de ensino superior aos cursos de formação de professores. Tais fatores têm gerado uma escassez de profissionais no mercado, especialmente de professores de Matemática. Corrobora com esta constatação os dados divulgados, em 2006, pela APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), que afirma que do total dos professores, integrantes da rede oficial de ensino mais de 50%, estão a menos de 10 anos da aposentaria, dados que agrava ainda mais a demanda por este profissional num futuro bem próximo. Este cenário é extremamente preocupante, se considerarmos O aumentando, dessa forma, o contingente de alunos na Educação Básica, principalmente no Ensino Fundamental II e no Ensino
7 7 Médio. Diante destas questões evidenciadas temos convicção que a implantação e a implementação do Curso de Licenciatura Plena em Matemática pode contribuir para dinamizar o sistema escolar tendo como base a reflexão sobre o papel que esta área desempenha na configuração do currículo da Educação Básica. 1. A INSTITUIÇÃO 1.1. HISTÓRICO E MISSÃO Breve Histórico da Mantenedora OERP A Organização Educacional de Ribeirão Pires - O.E.R.P. foi fundada por um grupo de professores da região, em 20 de dezembro de 1971, com a finalidade de gerir escolas de todos os níveis de ensino. A Entidade personalizou-se quando do registro de seus Estatutos no Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Ribeirão Pires, sob o número 16, às fls. 08 do Livro A-1, em 06 de junho de Constituída na forma da lei, é uma associação sem fins lucrativos, com cadastro geral de contribuintes n.º / A Entidade não remunera seus diretores e não distribui lucros, a qualquer título. Seus excedentes financeiros são aplicados na Instituição mantida. Oferece a alunos de baixa renda, dentro dos seus recursos, bolsas de estudo, inclusive as do ProUni. Cadastrada na Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires no Cadastro Fiscal de Serviços, sob o no. 919/73 foi declarada de Utilidade Pública Municipal, pela Lei n.º 1.643, de 18 de dezembro de 1974, e foi declarada de Utilidade Pública Federal pela Portaria n.º 315, de 06 de abril de 2001, publicada no D.O.U de 09/04/2001. Até 1990, desenvolveu suas atividades no Externato Nerina Adelfa Ugliengo, à Rua João Ugliengo, n.º 12, no centro de Ribeirão Pires, como sede provisória. Hoje com sede própria, está instalada na Rua Coronel Oliveira Lima (antiga Capitão José Gallo), n.º 3.345, no Parque Aliança, em Ribeirão Pires - SP. Seu estatuto sofreu alterações em 2007 para adequar-se ao novo Código Civil.
8 Breve Histórico da Mantida FIRP Em 13 de março de 1973, a Organização Educacional de Ribeirão Pires - O.E.R.P. obteve autorização para manter a Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Pires (hoje, Faculdades Integradas), autorizada pelo Decreto n.º , de 13/03/ com os seguintes cursos: Estudos Sociais, Letras, Matemática e Pedagogia, reconhecidos pelo Decreto n.º de 16/12/1976. Foi criada com o propósito de formar professores e especialistas em educação para atuar no ensino de 1.º e 2.º graus, hoje fundamental e médio, na vigência da Lei n.º 5.692/71, com licenciatura nas quatro áreas acima mencionadas. Enquanto funcionou em sede provisória, não houve acréscimo de novos cursos. Com instalações limitadas, houve acréscimo apenas de novas habilitações: ao curso de Estudos Sociais, pela via da plenificação, foram autorizadas e reconhecidas as habilitações de Geografia e de História; o curso de Matemática, por conversão, foi transformado em curso de Ciências - licenciatura de 1.º grau e plena com habilitação em Matemática; ao curso de Pedagogia, com habilitação em Orientação Educacional, foram autorizadas e reconhecidas às habilitações em Administração Escolar e de Supervisão Escolar para exercício nas escolas de 1.º e 2.º graus e, posteriormente, Magistério das Matérias Pedagógicas do ensino Médio. Tanto no caso de Estudos Sociais, quanto no de Pedagogia, as habilitações foram solicitadas para atender à necessidade de formação de professores para a rede de escolas de 1.o e 2.o graus, em expansão. Somente em 1991, com sede própria, solicitou o curso de Educação Física - licenciatura e bacharelado e, posteriormente, o bacharelado em Administração, com duas habilitações. Em 1999, a antiga Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Pires a Faculdade de Educação Física e a Faculdade de Administração foram unificadas sob a denominação de Faculdades Integradas de Ribeirão Pires, pela Portaria n.º 814, de 14/05/1999. A FIRP - Faculdades Integradas de Ribeirão Pires, é a única Instituição de Ensino Superior do município e vem crescendo de acordo com as necessidades locais. Em 1992, contava com aproximadamente 400 alunos - hoje, tem cerca de 1000 (mil) alunos, distribuídos em dez cursos: Administração, Educação Física, História, Letras, Matemática e Pedagogia e os Cursos Superiores de Tecnologia: Gestão Financeira, Gestão de Turismo, Logística e Gestão de Tecnologia de Informação.
9 Inserção Regional A FIRP - Faculdades Integradas de Ribeirão Pires está inserida na região do grande ABC que compõe a região metropolitana da Grande São Paulo, considerada uma das maiores do mundo. É composta por trinta e nove municípios em um território de oito mil e cinquenta e um quilômetros quadrados. Essa região é caracterizada por intensa urbanidade e é potencializada pelas duas regiões metropolitanas vizinhas: Baixada Santista e Campinas. Juntas, representam mais de vinte e sete milhões de habitantes (IBGE, 2006). Há vários indicadores capazes de revelar a importância da região no cenário nacional, dentre eles: a) os que demonstram que na Grande São Paulo se concentra cerca de 26% dos empregos industriais e 23% dos empregos no setor de comércio e serviços existentes no país; b) os que apontam que mais de quarenta mil estabelecimentos industriais e cento e sessenta mil de comércio e serviços se localizam nessa região, representando cerca de 20% do total nacional (IBGE, 2006) Identidade Regional do Grande ABC A identidade urbana da região do Grande ABC teve início no século passado, dando origem ao tecido urbano atual. Suas principais características de produção, consumo, gestão e troca se tornaram perceptíveis pela evolução de sua base produtiva que, sinteticamente, pode ser compreendida com base em quatro aspectos de sua produção local, tais como: as indústrias do início do século 20; o ciclo da indústria automobilística, nos anos 1950; a indústria petroquímica, nos anos 1970, e o processo de reconversão produtiva dos anos No início do século passado, um conjunto de fatores infraestruturais, tais como a consolidação da São Paulo Railway; a abundância de água e energia elétrica gerada pela Represa Billings e a Usina Henry Borden; a mão de obra qualificada e urbana e a abundância de terras e o capital acumulado da economia cafeeira do interior do estado, deram início à implantação industrial na região como, por exemplo, as Indústrias Matarazzo S/A, de capital nacional; a Rhodia Química e a Chevrolet, de capitais internacionais. As características da produção extensiva deste modelo capitalista do início do século 20 foram essenciais para o início do processo de urbanização da região, baseado na presença das vilas operárias e dos centros comerciais locais. Esse modelo de produção, que pouco sofreu com a quebra dos preços do café na década de 1930, foi potencializado nos anos 1950 com os incentivos federais ao capital multinacional da indústria automobilística e pelo capital nacional da incipiente indústria de
10 10 autopeças. Com isto, a região do Grande ABC recebeu significativa injeção de recursos, possibilitando a criação de novos empregos, a migração e geração de riquezas, constituindo significativo aporte de capital da região, com perfil de produção industrial bastante intenso. Diante de tais características, a população aumentou, por meio da migração interna, expandindo suas cidades e criando novas demandas sociais. Nos anos 1970, com a estratégia produtiva do Governo Militar, a região do Grande ABC recebeu seu pólo petroquímico, que além de gerar riquezas e empregos, atraiu uma série de empreendimentos complementares pertinentes a esta cadeia produtiva. O perfil industrial do Grande ABC, nos anos 1980, caracterizou se pela diversidade produtiva de sua indústria: automobilística, metalúrgica, petroquímica e suas cadeias produtivas. Essa característica possibilitou qualificar seus trabalhadores como a elite da classe operária nacional, por fazer parte da região mais rica do Brasil. Paradoxalmente, o ABC passou a enfrentar problemas sociais intensos com a falta de habitação, saúde, educação e infraestrutura urbana, em virtude de seu rápido e intenso crescimento urbano, fato comum em cenários de aceleração econômica. Com a criação do zoneamento industrial da região metropolitana de São Paulo, em 1978, que estabeleceu rígidas condições para a interminável expansão do parque produtivo local e, ainda, com o profundo reordenamento produtivo provocado pela abertura dos mercados e a globalização do início dos anos 1990, a região sofreu acentuado processo de migração industrial para outras regiões do estado e do país. Além desses fatores, o colapso das indústrias de capital nacional, que não obtiveram financiamento para modernização de seu parque industrial, trouxe outras consequências, tais como: aumento da violência, desemprego e diminuição da capacidade de investimento público. Essa alteração do perfil produtivo da região proporcionou um aumento no número de empregos nos setores de comércio e serviços, absorvendo parte dos trabalhadores que perderam seus postos de trabalho A Região do Grande ABC As Faculdades Integradas de Ribeirão Pires FIRP está localizada a sudeste da região metropolitana da Grande São Paulo, que é denominada Grande ABC. É formada pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Destaca-se no mapa, a cidade de Ribeirão Pires, município em que a FIRP, concentrou suas instalações, construindo um prédio numa área de 145 mil metros quadrados, para ser uma Faculdade de qualidade no Grande ABC. Embora a região do Grande ABC seja a área de influência mais relevante para as Faculdades
11 11 Integradas de Ribeirão Pires FIRP, há alunos provenientes de Suzano e São Paulo, que constituem também áreas de abrangência desta influência, por causa do acesso natural e progressivo de integração metropolitana de transportes. O Grande ABC conta, hoje, com mais de 2 milhões e meio de habitantes, ampliando os últimos dados do senso de 2000: Cidades Área em Km 2 (em 2009) População (em 2008) Santo André 174, São Caetano do Sul 15, São Bernardo do Campo 406, Diadema 30, Rio Grande da Serra 36, Ribeirão Pires 99, Mauá 62, Total 825, Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE A Região do Grande ABC, conta com uma média de crescimento elevada comparada com a taxa das grandes cidades do Estado, inclusive superando a média de crescimento para o Estado de São Paulo. Cidades Crescimento Anual da População em (% a.a.) Santo André 0,51 São Caetano do Sul 0,62 São Bernardo do Campo 1,72 Diadema 1,22 Rio Grande da Serra 1,93 Ribeirão Pires 1,77 Mauá 1,70 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE É neste enorme contingente de pessoas que temos uma rica demanda à procura de ensino de qualidade, e a FIRP constitui-se em um espaço privilegiado, com excelente infraestrutura, que a identifica com uma região com grande potencial de investimento no bem estar de sua população. Pelo quadro referente à infraestrutura, quando comparado com outras grandes cidades do Estado de São Paulo, podemos perceber que a região oferece condições diferenciadas para a sua
12 12 população e para todos os que escolheram a região para viver e trabalhar, considerando ainda o grande potencial de geração de riquezas presente em toda a região do Grande ABC. Cidades Abastecimento de Água (%) Coleta de Lixo (%) Esgoto Sanitário (%) Santo André 96,95% 99,83% 90,32% São Caetano do Sul 99,95% 100,00% 99,44% São Bernardo do Campo 98,03% 99,64% 87,11% Diadema 99,08% 99,59% 92,22% Rio Grande da Serra 90,45% 93,77% 59,34% Ribeirão Pires 91,67% 98,49% 81,34% Mauá 98,18% 99,63% 75,44% Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE - Ano: 2000 Tal assertiva fica mais evidente quando consideramos os Índices de Desenvolvimento Humano da região: (IDH Brasil 0,800). Cidades DH-M Santo André 0,835 São Caetano do Sul 0,919 São Bernardo do Campo 0,834 Diadema 0,790 Rio Grande da Serra 0,764 Ribeirão Pires 0,807 Mauá 0,781 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Quando verificamos os índices de qualidade de vida da região utilizando outras fontes, temos dados que são extremamente significativos, quando comparados com principais cidades do Estado de São Paulo. Cidades IPRS (em 2006) Índice GINI (em 2000) Renda Per Capta (em 2000) IPC (R$) (em 2008) IPC (%) (em 2008) Santo André Grupo 1 0,53 3, ,00 0,55% São Caetano do Sul Grupo 1 0,5 5, ,00 0,16% São Bernardo do Grupo 1 0,56 3, ,00 0,63% Campo Diadema Grupo 2 0,49 1, ,00 0,23% Rio Grande da Serra Grupo 4 0,47 1, ,00 0,02%
13 13 Ribeirão Pires Grupo 1 0,52 2, ,00 0,08% Mauá Grupo 1 0,49 1, ,00 0,25% Campinas Grupo 2 0,58 4, ,00 0,91% Osasco Grupo 2 0,52 2, ,00 0,52% Sorocaba Grupo 1 0,55 2, ,00 0,42% Ribeirão Preto Grupo 1 0,56 2, ,00 0,46% São Jose dos Grupo 1 0,58 3, ,00 0,45% Campos São Paulo Grupo 1 0,62 4, ,00 8,95% Estado de São Paulo - 0,59 2, ,00 28,58% Brasil - 0, ,00 100,00% Fonte: SEADE, PNUD, TARGET MARKETING e PESQUISA Destacamos ainda que o Grande ABC passa por profundas transformações e tem se notabilizado como um espaço privilegiado de construção e reconstrução do conhecimento, elemento imprescindível para a sobrevivência no mundo em que vivemos, chamado também de sociedade do conhecimento e da informação. Merece neste singular os índices educacionais da região, que evidencia também a grande demanda carente de Ensino, explicitando o potencial de crescimento para os estabelecimentos de ensino da região, que por sua grandeza, exige pessoas altamente qualificadas em todos os setores. Cidades População de 18 a 34 anos que estavam frequentando curso superior (em 2000) Santo André 14,82% São Caetano do Sul 24,50% São Bernardo do Campo 14,71% Diadema 4,57% Rio Grande da Serra 2,73% Ribeirão Pires 7,22% Mauá 4,88% Fonte: PNUD - Atlas do desenvolvimento humano no Brasil Podemos afirmar pelo quadro que a região do Grande ABC possui uma imensa população entre 17 a 24 anos fora do Ensino Superior, além dos bairros vizinhos pertencentes ao Município de São Paulo e de fácil acesso para a região. Estes dados ficam ainda mais claros quando analisamos o percentual da população com ensino médio completo, nos dando uma visão da demanda para o ensino superior.
14 14 Cidades População de 18 a 24 anos com ensino médio completo Santo André 51,63% São Caetano do Sul 63,79% São Bernardo do Campo 49,47% Diadema 35,29% Rio Grande da Serra 33,20% Ribeirão Pires 51,78% Mauá 37,68% Fonte: PNUD - Atlas do desenvolvimento humano no Brasil Quando analisamos as condições de renda para o investimento em Educação podemos identificar o potencial da região por meio de alguns indicadores. No que tange à movimentação econômico-financeira, o Grande ABC é um espaço privilegiado. Cidades PIB Per capita R$ (em 2006) Santo André ,01 São Caetano do Sul ,14 São Bernardo do Campo ,16 Diadema ,67 Rio Grande da Serra 6.873,56 Ribeirão Pires ,22 Mauá ,46 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Como observado, o valor adicionado per capita da região é bastante elevado, tendo alcançado em 2006, em Ribeirão Pires R$ ,22, em São Bernardo do Campo, esse valor atingiu R$ ,16, e em São Caetano do Sul, R$ ,14, um dos mais altos do Estado, quando observado a média do Estado R$ ,86. Com o objetivo de explorar esse elevado poder aquisitivo, grandes cadeias nacionais e internacionais de supermercados, como Wal-Mart, Extra (Grupo Pão de Açúcar) e Carrefour, instalaram-se na região nos últimos anos. A paisagem urbana, outrora eminentemente industrial, vai abrindo espaço também para grandes centros de compras, shopping centers e supermercados, que disputam com as indústrias áreas muito valorizadas, e com as melhorias no transporte (rodoanel e metrô Estação Tamanduateí, que possibilitou a conexão com a linha férrea).
15 15 Neste contexto de grandes possibilidades é que está situada a sede das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires, na Região Metropolitana de São Paulo, onde se destaca um conjunto de municípios que forma o principal pólo da indústria automotiva do país, com grandes montadoras multinacionais de veículos (Ford, GM, Volkswagen, Scania, Mercedes-Benz, Toyota) e centenas de empresas de autopeças, nacionais e estrangeiras. Além de outras áreas que estão em vertente crescimento, como as áreas de serviço e comércio, conforme podemos verificar pelo quadro a seguir: Cidades Número de Estabelecimento da Indústria Número de Estabelecimentos do Comércio Número de Estabelecimentos de Serviços Santo André São Caetano do Sul São Bernardo do Campo Diadema Rio Grande da Serra Ribeirão Pires Mauá Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Ano: 2007 Notamos que o perfil da região vem passando, nos últimos anos, por significativas mudanças, sem, contudo, reduzir seu peso como o mais importante polo industrial do país e do MERCOSUL. A presença de grandes empresas nacionais e estrangeiras, associada ao elevado poder aquisitivo da região, criou inúmeras oportunidades de negócios na área de serviços, que hoje, à semelhança dos grandes centros urbanos no mundo, absorve parcela significativa da sua população ocupada. Os conhecidos problemas das grandes metrópoles conspiram contra a instalação de novas indústrias na região, e até mesmo dificultam a expansão daquelas já instaladas. Por outro lado, as novas técnicas de produção, particularmente o just in time, hoje amplamente difundido entre as principais cadeias produtivas industriais, exigem a proximidade física entre o fornecedor e o cliente e, desta forma, impedem que parcela expressiva da cadeia produtiva, ligada principalmente à indústria automobilística, afaste-se da região. Outro fator ainda importante de atração de investimentos é a proximidade do Porto de Santos, principal canal de exportação do país, a menos de 50 km da região. Enfim, o contexto regional é cosmopolita, de serviços, de vocação trabalhista e comunitária (em razão da renda per capita e da maioria de classe média), sensibilizada para a inclusão social das
16 16 regiões pobres vizinhas, que ocupam uma zona de transição entre recursos ecológicos fundamentais (Mata Atlântica e Zonas de Mananciais, que abastecem a própria zona metropolitana) e a cidade de São Paulo, formando o maior núcleo de conurbação do Brasil, em torno da capital paulista. Nessa realidade, as Faculdades Integradas de Ribeirão Pires posiciona-se como referência para a discussão das causas regionais, envolvendo o desenvolvimento estratégico dos sete municípios da região do Grande ABC no que tange às suas necessidades de conhecimento e pesquisa. A instituição oferece, ainda, apoio irrestrito ao setor comercial, de serviços e industrial para a difusão do conhecimento focado nos aspectos regionais integrados aos anseios da sociedade e da economia globalizada; apoio à pesquisa e ao desenvolvimento sustentado por meio do incentivo às ações de busca da informação estratégica para suportar os projetos econômicos e sociais do Grande ABC, bem como abre as suas portas para debater os assuntos ligados ao meio ambiente, à saúde, ao Direito, à educação, ao emprego e outros de interesse da comunidade Missão A OERP/FIRP foi criada com o propósito de formar professores para atuar no ensino fundamental e médio com licenciatura em diferentes áreas e vem cumprindo sua função original. A partir de 1996, assumiu a formação de profissionais para outros campos de trabalho: Administração e Educação Física. Como previsto, iniciou em 2009 os primeiros cursos superiores de tecnologia. Neste contexto, tem como missão: Alcançar a oferta e a prática de uma educação solidária, possibilitando a educação para todos e a inserção social por meio da qualidade de ensino, da atuação voltada para o desenvolvimento sustentável, na prática de mensalidades compatíveis com a realidade socioeconômica da região e de incentivo e apoio estudantil, através de parcerias e de projetos sociais voltados ao atendimento da comunidade. A partir da missão que vem desempenhando e dos objetivos que deseja atingir, a vocação global desta IES é a de oferecer serviços educacionais tendo em vista a formação profissional voltada para o mercado de trabalho, diante da oferta de cursos presenciais, conforme lista-se à seguir: graduação - licenciatura - para formação de professores de educação básica; graduação - bacharelado; graduação - cursos superiores de tecnologia; cursos de extensão; programas de iniciação científica e pesquisa investigativa integrados à formação em nível de graduação;
17 17 prestação de serviços à comunidade de acordo com as possibilidades da Instituição e de seus cursos. A IES compromete-se a desenvolver a pesquisa científica e a dedicar-se às práticas investigativas em todos os cursos que oferece, como princípio formativo capaz de estimular a resolução de problemas, o estudo independente e o conhecimento da realidade Visão de Futuro A FIRP tem por objetivo tornar-se centro de referência consolidado na região do Grande ABC, irradiador e aglutinador de questões educativo-culturais, firmando-se como instituição capaz de contribuir para a solução de seus problemas, bem como para o desenvolvimento da cidadania. 2. APRESENTAÇÃO 2.1. CONCEPÇÃO, OBJETIVO E BASES FILOSÓFICAS. Temos assistido nas últimas décadas a um intenso movimento de inovações curriculares e de modo acentuado no ensino das Ciências e da Matemática. Desse modo, o Curso de Licenciatura em Matemática da FIRP apresenta uma proposta curricular inovadora, em busca da integração das diversas áreas do conhecimento, por meio de uma metodologia interdisciplinar e contextualizada, de modo a atender às exigências da comunidade e do processo formativo para a Educação. O curso de Licenciatura Plena em Matemática da FIRP tem por objetivo formar o professor de Matemática para atuar na Educação Básica, sendo um profissional da área da Educação, com habilidades de organizar projetos de ensino e difundir conhecimento da área de Ensino e Aprendizagem da Matemática em diferentes contextos educacionais. Conforme mencionado anteriormente, o presente projeto está adequado às necessidades de formação e qualificação profissional de professores de Matemática para atuarem no Ensino Fundamental II e Ensino Médio, atendendo às exigências das atuais transformações científicas e tecnológicas, como também às recomendações das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica. No que diz respeito às bases filosóficas, necessitamos de professores críticos, transformadores e criativos que valorizem e Educação como instrumento necessário à construção da cidadania e que perseguiam a construção de uma escola de qualidade. Neste sentido, devemos ter como perspectiva não mais uma formação baseada na racionalidade técnica, que considera o professor como mero
18 18 executor de decisões alheias, mas sim, uma perspectiva orientada pela compreensão de que este profissional decide e é capaz de confrontar suas ações cotidianas com as produções teóricas revendo suas praticas e reconhecendo assim as potencialidades de seus alunos. Mediante estas reflexões, torna se necessário delinear, no curso de formação de professores, um paradigma para nortear o oficio de professor: de detentor do saber acumulado para mediador deste saber. 3. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica sugere que o profissional no exercício da docência não se restrinja à atividade de condução do trabalho pedagógico em sala de aula, mas envolva-se de forma participativa e atuante na dinâmica própria dos espaços escolares. Além do mais, deverá possuir uma postura investigativa em torno dos problemas educacionais e os específicos da área de Matemática, tendo em vista contribuir de forma segura, competente e criativa com o processo educativo escolar, no âmbito do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio. Nessa perspectiva, o futuro professor deve ter um sólido conhecimento: Do currículo: que envolve a compreensão do programa, o conhecimento dos materiais que irá disponibilizar para ensinar os conteúdos, assim como a capacidade de fazer articulações horizontais e verticais do conteúdo a ser ensinado e a história da evolução curricular do conteúdo a ser aprendido; A respeito do conteúdo matemático, ou seja, deve ter uma clara compreensão da Matemática que vai ensinar baseado em diferentes perspectivas, bem como seja capaz de estabelecer relações entre os diversos tópicos da matemática e a sua relação como outras áreas do conhecimento; A respeito do uso das novas tecnologias, como ferramenta, para aprendizagem em Matemática No que diz respeito à didática da Matemática, ou seja, seja capaz de desencadear uma transposição didática entre Matemática concebida enquanto ciência e o saber escolar, tornando assim, os conteúdos compreensíveis para o aluno;. Dessa forma, salienta-se ainda, que os Licenciados em Matemática deverão possuir uma ampla e sólida formação básica que propicie o entendimento do processo histórico-metodológico da construção e desenvolvimento do conhecimento no que se referem aos princípios, conceitos e teorias de natureza matemática. Espera-se ainda, que o futuro professor tenha uma concepção de que a Matemática como ciência não se trata de verdades infalíveis e imutáveis, mas sim, trata-se de uma ciência aberta à incorporação de novos conhecimentos.
19 CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA PELO PROFISSIONAL O curso de Licenciatura em Matemática estará aberto a candidatos que tenham concluído o Ensino Médio ou Equivalente e classificados em processo seletivo realizado pela FIRP. O Licenciado em Matemática tem como objetivo e destino profissional as escolas de Educação Básica ou Instituição de Ensino Superior, entretanto, ele poderá atuar em escolas técnicas e em diversas áreas tais como: Estatística, Informática, Matemática Financeira e Finanças, Atuária e Gerenciamento de Riscos, Comunicação, Biologia e Saúde, em posições de destaques tanto em instituições públicas quanto em empresas privadas. Em resumo, o sucesso do estudante da Licenciatura em Matemática depende do seu potencial, da sua vontade de aprender e pesquisar, durante e após a sua formação e, da sua capacidade de interagir com outras áreas de conhecimento. Portanto, não se pode perder de vista que a formação inicial, como preparação profissional, possui um papel fundamental para possibilitar que os professores apropriem-se de determinados conhecimentos e possam experimentar em seu próprio processo de aprendizagem, o desenvolvimento de competências necessárias para atuar em um cenário em constantes transformações resultantes da mudança de concepções de escola e na construção do saber no mundo contemporâneo Relação com outras instituições educacionais na região O curso proposto pretende estabelecer vínculos efetivos e permanentes com instituições formais ou não que atuem na região, contribuindo para a socialização do saber, possibilitando a inserção dos graduandos por meio de estágios, projetos e outras formas de atuação na comunidade Formas de avaliação da aprendizagem A avaliação atenderá os objetivos de formação inicial e contínua e, tomará formas processuais e diagnósticas. Para tanto, aos professores serão disponibilizadas orientações pedagógicas e estabelecidas à troca de informação entre os pares. Caberá ao coordenador do curso acompanhar o processo avaliativo estimulando o contato e discussões entre os professores por meio de reuniões pedagógicas. Espera-se concretizar um processo em que a avaliação seja compreendida como momento em que professores e alunos analisem os rumos tomados e, se necessário, retomem outras rotas
20 20 possíveis para qualificar a aprendizagem. Os produtos passíveis de avaliação pelos educadores conformam-se de maneira variada, tais como: avaliações escritas: provas, produção de textos, papers, projetos, relatórios, artigos, monografias, pôsteres, cartazes, maquetes, exposições, impressos ou informatizados; avaliações orais: comunicações, apresentações, palestras, debates, dentre outras. Poderão ser individuais e/ou coletivas, que expressem a reflexão e a aquisição de conhecimentos. Não se pretende que sejam entendidos como fim da aprendizagem, mas como meios que estimulem a autoavaliação. A compreensão pelo aluno acerca de sua própria aprendizagem estimulará a criticidade, a participação, o desenvolvimento do sentido de pertença ao processo educativo e à vida acadêmica instituída pela Faculdade de Matemática. Nesse desenrolar, caberá aos professores o retorno às turmas da avaliação sobre o que tenha sido realizado, estabelecendo-se a continuidade entre a execução de tarefas e processo de assimilação de conteúdos. Tais momentos permitirão a livre expressão dos educandos, configurando a dialogicidade necessária e objetiva no ato educativo. Sendo assim, o caráter da avaliação será o de elemento imprescindível para a consecução da formação qualificada, estando, portanto distanciada dos elementos estritamente classificatórios e meritocráticos Políticas de Nivelamento Nos últimos anos, tem se observado que uma parcela significativa dos alunos egressos do Ensino Médio têm apresentado algumas fragilidades quanto às competências necessárias para a manifestação linguística dos discursos produzidos, principalmente no que diz respeito aos fatores de textualidade à correção gramatical tal quanto naquilo que se relaciona às bases da lógica e da matemática formal. Tais fragilidades tem sido apontada por inúmeras pesquisas e instrumentos de avaliação (PISA, SAEB, SARESP e ENEM) e constatada pela análise de necessidades realizada com os alunos que iniciam o curso de graduação. Frente a este cenário, as Faculdades Integradas de Ribeirão Pires FIRP, com o objetivo de minimizar as dificuldades apresentadas pelos alunos, vêm desenvolvendo o projeto de nivelamento em Português e Matemática, aberto a todos os alunos ingressantes dos seus cursos de graduação e àqueles veteranos que se inscreverem voluntariamente no programa. Assim, o conteúdo programático deste projeto está centrado nos fatores de textualidade informatividade, aceitabilidade, situacionalidade, intertextualidade, intencionalidade, coesão e coerência
21 21 e na correção gramatical de um modo geral no caso do nivelamento em Português. No caso da Matemática, os conteúdos centram-se na perspectiva de desenvolver habilidades e competências capazes de permitir ao aluno fazer leituras quantitativas dos diversos signos, interpretá-los e tirar suas conclusões, relacionando-os com outros fatos, tecendo assim uma rede de conhecimento. No que diz respeito à programação das aulas, estas ocorrem paralelamente ao currículo pleno proposto e mediante à inscrição do aluno ou por indicação dos professores Autoavaliação do curso Em consonância com a proposta do processo de avaliação da aprendizagem, a autoavaliação do Curso de Matemática da FIRP é também um processo contínuo, por meio do qual se avalia conhecimentos sobre a dinâmica educacional, buscando compreender os significados do conjunto de suas atividades na melhoria da qualidade educacional. Para tanto, sistematiza informações analisa coletivamente seus problemas e seus sucessos e, estabelece estratégias de superação de eventuais fragilidades. A prática da autoavaliação é um processo permanente e transformador, sendo um instrumento que possibilita a construção e/ou a consolidação de uma cultura de avaliação institucional com a qual a comunidade interna se identifique e se comprometa, permitindo o aperfeiçoamento dos docentes, discentes e corpo administrativo, bem como a melhora na relação com a comunidade externa. Pautando-se na legislação em vigor e reconhecendo as dimensões relativas à organização didático-pedagógica, ao corpo social e às instalações físicas, a autoavaliação do curso deverá identificar o perfil do curso, o significado de sua atuação, as atividades desenvolvidas, os programas e os projetos, considerando os seguintes aspectos: I - Organização Didático-Pedagógica: A missão e o plano de desenvolvimento institucional; Projeto Pedagógico/DCNs e a responsabilidade social da instituição; Organização e gestão do curso, especialmente o funcionamento e a representatividade do Colegiado do Curso de Matemática; Coerência dos procedimentos de ensino-aprendizagem com a concepção do curso e o seu compromisso com a interdisciplinaridade expressas mediante atividades articuladas de formação (prática profissional e/ou estágio, trabalho de conclusão de curso e atividades complementares ou estratégicas de flexibilização curricular). II Corpo Social: Experiência e dedicação do coordenador à administração do curso;
22 22 Composição e titulação do núcleo docente; Adequação, formação e experiência dos docentes; As políticas de pessoal, seu aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho; A comunicação com a comunidade interna e externa. III Infraestrutura: Adequação do espaço físico para o bom desenvolvimento do curso; Biblioteca e recursos de informação e comunicação; Sustentabilidade financeira. Compondo as dimensões avaliativas, a autoavaliação do curso poderá utilizar a proposta do Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (ENADE), que tem como trajetória uma ação fundamentada na avaliação dos conteúdos programáticos previstos nas DCNs. Cabe ressaltar que o questionário aplicado para os alunos como também o aplicado para o coordenador tem a finalidade de comparar a compreensão do curso na percepção do aluno e do coordenador. Com esse novo sistema, o curso passa a agregar mais um componente autoavaliativo. Reconhecendo a avaliação como um processo cultural, a FIRP acredita na implementação permanente de um ciclo de avaliação de curso, criando estruturas capazes de dar suporte às práticas pedagógicas e institucionais. Neste sentido, os produtos passíveis de autoavaliação conformam-se de maneira variada, tais como: Questionários e entrevistas semiestruturadas; Reuniões com os representantes de classe e relatos de experiência; Reuniões semestrais com as turmas em andamento; Retorno da ação e eventuais entrevistas individuais com docentes, Reunião pedagógica com os professores (ordinárias/extraordinárias); Cabe também ressaltar que os agentes que participam da avaliação devem desempenhar um papel de mediador no processo de construção do ensino superior de qualidade, incorporando o desafio de um aprendizado permanente onde todos possam contribuir na construção das necessidades formativas, dimensionando assim a identidade do corpo discente.
23 Atendimento psicopedagógico O atendimento psicopedagógico possibilita aos alunos dos cursos de graduação das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires a intervenção educativa para melhor compreensão sobre a apropriação do conhecimento, assim como permitir o aprofundamento e confronto de conceitos importantes no processo de reflexão acerca da cultura universitária, e os objetivos específicos são: Contribuir na formação dos futuros profissionais, instrumentalizando-os no que diz respeito ao desenvolvimento do auto-conceito positivo e melhor inserção na atuação intelectual; Analisar as situações dos estudantes com dificuldades de aprendizagem a fim de proporcionar orientações e instrumentos que sejam capazes de modificar o conflito estabelecido; Intervir específica e individualmente, no que se refere aos problemas com o ensino, até a reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem como tal; Pesquisar, analisar e interpretar a realidade educacional, visando contribuir para a fomentação e avaliação dos processos educacionais que ocorrem dentro e fora do espaço escolar; Intervir na melhoria da qualidade do ensino aprendizagem, sugerindo propostas de ensino e os materiais pedagógicos as condições existentes em diferentes contextos de aprendizagem. DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES METAS AÇÕES RECURSOS PARTICIPANTES CRONOGRAMA MÊS Realização de encontros com Coordenadores Realização de encontros com alunos Orientação de técnicas específicas de ensino Diminuir o índice de evasão e retenção durante o período representado aqui no 1º Semestre de 2014 Marcar com a Direção Marcar com a Direção Informar professores Acompanhar continuamente o desempenho dos alunos através de observações diárias Sala de reuniões Salas de aula Sala do Setor de Psicopedagog ia Sala do Setor de Psicopedagog ia Diretor, Assistente de diretor e Coordenadores Alunos x X Coordenação e Professores X X X X Professores e funcionários da secretaria X X X X
24 24 Instituir sistema de acompanhame nto das avaliações dos alunos com baixo rendimento Diminuir as dificuldades de aprendizagem Acompanhar resultados das N1 e N2 Intermediar as atividades desenvolvidas nas aulas de nivelamento Sala do Setor de Psicopedagog ia Salas de aula do nivelamento Professores e funcionários da secretaria Professores do nivelamento X X X X X X 4. ESTRUTURA CURRICULAR 4.1. ASPECTOS INOVADORES DA INTEGRAÇÃO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO O ensino pretendido deverá ocorrer em sintonia com a iniciação científica desde o primeiro ano. Será estabelecida orientação interdisciplinar por meio de ações educacionais integradoras entre as diferentes disciplinas curriculares objetivando os conteúdos específicos, visando ampliar os conhecimentos oferecidos aos graduandos, especialmente, àqueles afeitos à investigação científica, permitindo saberes necessários para a pesquisa em educação. Em sintonia com tais esforços, serão implantados grupos de estudo pelo qual serão efetivadas pesquisas concernentes à teoria e realidade educacional por meio de projetos de professorespesquisadores, os quais implementarão grupos de estudos e de pesquisas oferecidos regularmente aos graduandos. Além de tais procedimentos, serão oferecidos cursos de extensão com o intuito de ampliar e aprofundar conhecimentos adquiridos na graduação, bem como ofertando à comunidade possibilidades educacionais de capacitação e especialização em diferentes temáticas relativas à Educação Matemática. Tais práticas encaminham à necessidade de se efetivarem ações integradoras às instituições que atuam na região, por meio de parcerias que objetivarão oferecer aos docentes e graduandos oportunidades concretas de inserção social por meio de ações que possibilitem a qualificação educacional em seu sentido amplo ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO Conforme a Resolução número 2 do Conselho Nacional de Educação, Conselho Pleno
25 25 (CNE/CP), de 19/02/2002, todo aluno matriculado num Curso de Licenciatura deverá cumprir 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado, a partir do início da segunda metade do curso. Entende-se como estágio curricular supervisionado, de acordo com o Parecer CNE/CP 28/2001:... o tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário. Por isso é que este momento se chama estágio supervisionado. (BRASIL [c], 2001, p. 07) O estágio curricular supervisionado do Curso de Licenciatura em Matemática da FIRP destinase a complementar a formação do futuro Professor de Matemática, possibilitando ao aluno: Vivenciar parte da realidade onde atuará como docente, Relacionar a teoria estudada com a prática docente e ainda articular o momento do saber com o momento do fazer, ou seja, aprender a ser professor. Dessa forma pretende-se oferecer ao licenciando um primeiro conhecimento do real em situação de trabalho, além da verificação e da provação das competências exigidas para se exercer a docência. O Estágio Curricular Supervisionado se iniciará com a procura, pelo aluno, de uma Instituição de Ensino que, através do seu responsável, após um primeiro contato entre ambas as partes, autorizará o estágio. Esta Instituição de Ensino será denominada unidade cedente. Com os nomes completo da unidade cedente e do diretor responsável, o aluno deverá solicitar à secretaria da FIRP uma CARTA DE APRESENTAÇÃO PARA ESTÁGIO, a qual, dentro dos prazos estabelecidos, será confeccionada e deverá ser entregue na unidade cedente oficializado, assim, o vínculo de estágio. O estágio Curricular Supervisionado do curso de Licenciatura em Matemática da FIRP está previsto nos três últimos semestres do curso, ou seja, no 4º com carga horária de 100 horas, 5º com carga horária de 100 horas e 6º semestres com a carga horária de 200h, totalizando 400 horas. Conforme o artigo 74 do Regimento Interno das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires, O estágio será supervisionado por um professor, designado pela Coordenação do Curso e tem como objetivo principal proporcionar a imersão do futuro docente de Matemática no contexto profissional por meio de atividades que: Contribuam para a efetiva participação, como futuro docente de Matemática, nos
26 26 principais aspectos da gestão escolar elaboração da proposta pedagógica, elaboração do regimento escolar, elaboração dos planos de curso e aula, escolha de materiais didáticos, discussão sobre o processo de avaliação e sobre a organização dos ambientes de ensino, entre outros. Reflitam a prática docente em Matemática vivenciada por meio de observação em salas de aula dos Ensinos Fundamental e Médio (salas de aulas regulares e salas de aulas de jovens e adultos) formas de organização didática (projetos de trabalho, seqüências didáticas, entre outros), princípios e critérios para seleção e organização dos conteúdos, formas utilizadas para levantar e utilizar os conhecimentos prévios dos alunos sobre as diferentes dimensões dos conteúdos, estratégias utilizadas para atender às diferenças individuais de aprendizagem e incorporação de aspectos como resolução de problemas, utilização da história da matemática, dos jogos, dos recursos tecnológicos, entre outros. Culminem com a elaboração de um projeto de trabalho ou uma sequência didática, de um dado conteúdo matemático, que procure aliar os interesses de sua formação com os interesses da instituição escolar em que estará estagiando e os interesses do docente da sala que o acompanha, que será utilizado na regência de aulas de Matemática. Deverão constar no escopo do trabalho os seguintes documentos: Ficha de controle de frequência, relatórios detalhados das atividades realizadas, resumos, planos de aula e documentos de organização didática Roteiro de estágio supervisionado A carga horária mínima a ser cumprida em Estágio Supervisionado é de 400 horas, divididas entre: observação, participação, regência, investigações, análises, resumos, relatórios e elaboração de documentos de organização didática e será distribuída da seguinte forma: º semestre do Estágio 4º semestre do Curso Carga horária: 100 horas Objetivo: Imersão do futuro professor no contexto profissional:
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