PRÉ-PROJETO DE PESQUISA DE MESTRADO
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- Vítor Palhares Amorim
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1 PRÉ-PROJETO DE PESQUISA DE MESTRADO Nome: Ricardo Seyssel Linha de pesquisa: Abordagens Teóricas, Históricas e Culturais da Artes Arte e Psicologia : Uma abordagem perceptiva TÍTULO: A BANDEIRA BRASILEIRA SEM BRASIL: Inexistência de elemento gráfico significando a palavra Brasil na bandeira nacional, com reflexos na anima social. INTRODUÇÃO Análise da atual bandeira brasileira mostrando a inexistência de algo que represente a palavra/nome Brasil nela. Através da comprovação semiótica e de percepção visual, mostrar o erro simbólico ocorrendo no pendão brasileiro, isso através de demonstração fundamentada em literatura existente. Existe um problema de caráter psicológico no atual estandarte nacional, essa comprovação se baseia em uma afirmação do renomado designer Alexandre Wollner, cuja sentença afirmando a problemática é colocada como mote para todo o trabalho. Para argüir sobre o tema alguns pontos devem ser destacados como base ou pontuação para nortear o assunto, logo tendo um enfoque o mais preciso possível. Como a discordância se localiza na forma central da Bandeira brasileira o círculo - sendo a solução possível e viável a substituição pela mesma forma circular - mas com conteúdo diferente, mais explicativo mesmo sendo simplificador, e/ou, por isso mesmo mais direto. (Gomes, João Filho - Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma) 1
2 Bandeira Atual Bandeira Projeto Basicamente o que temos é um problema de semiótica, (Santaella, Lucia A Teoria Geral dos Signos / Frutiger, Adrian - Sinais e símbolos: desenho, projeto e significado) possivelmente o algo de errado!... que está no fim de uma sentença proferida por Alexandre Wollner no próximo tópico. Não ficando somente neste prisma semiótico, mas no que se refere ao psicológico, ao lúdico e social aonde a eliminação de excessivos elementos pseudojustificados podem ser resumidos a uma cor e os limites enquanto forma circular que tem sua própria significância (Frutiger, Adrian - Sinais e símbolos: desenho, projeto e significado / Guimarães, Luciano - A cor como informação / Munari, Bruno - Design e comunicação visual). Mesmo esteticamente, pois se estabelece uma harmonia geométrico/cromática (Farina, Modesto - Psicodinâmica das cores em comunicação / Pedrosa, Mario Arte Forma e Personalidade) muito mais significativa e imediata: a informação de rápida decodificação, algo como a primeira contemplação nunca se esquece... Dondis, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual / Carl G. Jung - O homem e seus símbolos) JUSTIFICATIVA: A inexistência de algo que signifique a palavra brasil no símbolo máximo da Pátria, isto é, sua bandeira nacional, mostra o quão supérfluo foi a escolha de um elemento em sua composição, no caso o que está formatado no círculo, o selo da República, componente esse que foi basicamente a única modificação de fato, na então bandeira imperial brasileira. O que se coloca aqui são fatores negativos psico-lógicos/estéticos e de erros de informação semiótico-filosófico-comunicativa no Pendão brasileiro. 2
3 Brasão Imperial Selo Republicano O valor da indicação desse problema se torna de vital importância para o que poderia ser chamado de veracidade simbólica. Se existe um porquê denominarmos alguém ou algo como um correlato verbal, efetiva-se como normas de mais racionalidade e/ou simples convenção e convivência social, mas, voltada a identificar com propriedade esse algo ou alguém. De algum modo as denominações possuem uma certa lógica para se determinar nomes, rótulos, marcas, sinônimos, alcunhas, etc. Essas designações devem remeter o mais diretamente possível ao seu objeto e classificação, individualização, categorização. Mostrando agora a citação do designer Alexandre Wollner para deixar mais claro do porquê da escolha deste tema para a dissertação proposta:... queria dar outro exemplo de mau design: a bandeira brasileira. Existe ali um elemento negativo muito forte, que intuitivamente a população assimila. A faixa branca "Ordem e Progresso" 1 está apontando para baixo, como uma estatística negativa. Também não se deve escrever frases em bandeiras, porque elas estão sempre tremulando e não se consegue ler. Estas questões são importantes. As mensagens estão escondidas dentro de um sinal. Intuitivamente você percebe. Não consegue explicar, mas sente. Na Bandeira brasileira, sente-se que existe algo de errado. MARIA HIRSZMAN transcreve em artigo sobre lançamento do livro Alexandre Wollner -Design Visual 50 Anos - Cosac & Naify, 336 págs, Alexandre Wollner em entrevista a Fernando Oliva. Segunda-feira, 14 de julho de 2003 Caderno2 O Estado de São Paulo 1 (Comte, Auguste, Discurso sobre o espírito positivo.) O quanto o fator psicológico está presente, aqui no caso de forma negativa, dando ao 3
4 que seria uma simples bandeira toda uma conotação desfavorável ao que deveria ser uma fonte de augúrio, motivação e estima. Quando Wollner cita que sente que existe algo de errado..., além da faixa fora de contexto, a inexistência da cor vermelha na bandeira do Brasil chega a ser um absurdo, visto que a palavra brasil nos endereça a uma árvore cuja coloração do lenho é vermelho brasa (essa coloração aparece após a oxidação do miolo amarelado do tronco exposto ao ar). Veja abaixo o que o Dicionário Eletrônico Aurélio Século XXI mostra no verbete brasil : Outro exemplo que a pesquisa deve mostrar, a atual concepção da bandeira não representa um país tropical, visto que as cores presentes são desmotivadoras, frias, exceto o amarelo que é um matiz considerado quente; mesmo assim no todo, falta vibração, alegria, força, energia. OBJETIVOS: Efetivamente temos um símbolo nacional com problemas estéticos, filosóficos e psicológico-sociais, essa dissertação tem como objetivo levantar o questionamento apontando nos vários fatores passíveis de discussão, análise e possíveis indicações de correções subseqüentes. Apesar de se ter definida uma resposta clara e precisa a respeito do tema tratado, sendo esse pré-projeto destinado ao mestrado, o levantamento de todos os pontos de vista, fatores históricos, questionamentos estético/filosófico/psicológicos, por certo trará a tona toda uma série de informações necessárias para uma postulação posterior de doutorado. Porém, além de utilizar o tema para o mestrado, o próprio questionamento e discordância referente a atual estrutura cromática/estético e filosófico/psicológica da 4
5 Bandeira, é um fator com uma certa militância política; pois sendo a Bandeira um bem público, sabendo de todas as implicações, efeitos e resultados... Fica difícil somente se ater ao plano das idéias... PROBLEMÁTICA: A existência de um erro grave na concepção atual da Bandeira brasileira, erro que se formos analisar, gera diversas conseqüências: caráter negativo citado por Alexandre Wollner da faixa com a frase Ordem e Progresso, outra falha não apenas enquanto ser uma escrita numa superfície sempre em movimento, mas enquanto parte de citação positivista cujo autor é de origem estrangeira, ou seja, um francês, Auguste Comte: O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim. No mínimo deveria ser algo proferido ou escrito por um brasileiro, isto é, valorar as idéias e a intelectualidade nacional; mas, mesmo assim, não resolveria a problemática do design existente, que se soma à cor vermelha inexistente, e a falta de síntese formal (círculo com as estrelas e a faixa inclinada diversas vezes dificulta a construção da bandeira, apesar de existir gabarito oficial). Índice negativo na bandeira atual RELEVÂNCIA SOCIAL/TÉCNICA: Se ficarmos cientes da importância que os símbolos nacionais tem na psique coletiva, nas convicções patrióticas, na paixão ao estado; seria até preguiça intelectual não se aperceber do fato e mais problemático seria não se aprofundar. Compreender ao menos a necessidade de 5
6 se pensar a respeito já pode ser um bom exercício mental, algo que a sociedade contemporânea se descuida vez ou outra (sendo muito generoso...) a deixar de lado, se tornando um autômato a serviço de uma estrutura de poder focada simplesmente nos índices econômicos, em detrimento de uma consciência transcendental aos limites grosseiros impostos pela sociedade puramente materialista e individualista. Uma bandeira com mais vibração cromática e com mais consistência filosófica, podendo ser com maior conseqüência um símbolo energético, com um positivismo intrínseco; explícito enquanto se vivencia a forma, a cor, o espírito. Numa análise pura e simples da bandeira proposta fica simples se aperceber da série de fatores cromáticos, formais, psicológicos, filosóficos e políticos. É possível nela localizar os três reinos da natureza: Vegetal, Mineral e Animal. As três formas geométricas fundamentais estão presente, enxergando a presença do quadrado no retângulo e o triângulo no losango. As próprias cores da árvore do pau-brasil: folhas verdes e as flores amarelas com vermelho. METODOLOGIA: Levantamento bibliográfico e reflexão sobre o mesmo. Histórico do desenvolvimento da bandeira como símbolo individual e coletivo. Análise formal das duas bandeiras (atual e proposta): cor e geometria, carga emblemática e psicológica, visibilidade/estética e filosófica. Pesquisa na Internet sobre sítios referentes a Bandeira Brasileira. Entrevistas com pessoas que discordam da atual bandeira nacional para aferir o porquê deste fato, por exemplo - Alexandre Wollner, Designer Gráfico. Entrevista com Profª Drª Rita de Cássia L. Figueiredo Ribeiro, coordenadora do Projeto Pau-brasil do Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente - Governo do Estado de São Paulo < Pesquisa de campo com questionário através de abordagem presencial e através da internet: < Vide em anexo pesquisa realizada para disciplina cursada como aluno especial (2004): "Abordagens Mediadoras do Pensar e do Fazer Criativo", que pode servir como exemplo e modelo piloto. 6
7 Comparação entre a Bandeira Atual e a Bandeira Projeto Bandeira Projeto Bandeira Atual Utilizando os modelos da bandeira atual e da bandeira projeto como referências de única escolha: ou uma ou outra; buscando para isso alunos do ensino superior nas áreas de Educação Artística/Artes/Arquitetura e Comunicação Social para a enquete. Poden-do abrir para outras áreas, como por exemplo: Psicologia, Filosofia e Política. Sendo uma averiguação com um universo reduzido e determinado, somente como inquirição da preferência: 1. Impacto visual/atratividade, 2. Representatividade/se-miótica, 3. Maior apelo psicológico, 4. Opção preferida. Um questionamento simples: se fosse optar pela mais representativa e informativa, com impacto visual/atrativida-de/comunicabilidade. Qual é a escolhida? CRONOGRAMA: Partindo da monografia realizada para a Pós-Graduação Lato Senso de Criação Visual e Multimídia da USJT - Universidade São Judas Tadeu, finda no primeiro semes-tre do ano findo junho de 2004; serão inseridas complementações e aprofun-damentos. O resultado da pesquisa e das entrevistas serão colocadas como anexo e comentada no corpo do texto, sendo a obtenção dos dados realizada já no primeiro semestre de A computação e observações serão redigidas no segundo semestre (terceiro bimestre), assim como as informações complementares ao texto monográfico citado. Esse trabalho monográfico foi desenvolvido já pensando no trabalho dissertativo Strito Senso; logo, não se parte de nada, mas de uma estrutura relativamente sólida, e, arquitetada com essa finalidade específica. Findo esse trabalho, participação no Exame Geral de Qualificação, e entrega da Dissertação escrita, se possível no segundo semestre: outubro e dezembro, respectivamente. 7
8 BIBLIOGRAFIA: COIMBRA, Raimundo O. A Bandeira do Brasil: raízes histórico-culturais - 3. ed Rio de Janeiro: IBGE, ARNHEIM, Rudolf Arte e Percepção Visual: uma psicologia da visão ed. São Paulo: Pioneira, SANTAELLA, Lucia A Teoria Geral dos Signos - São Paulo: Ática, JUNG, C. G. O homem e seus Símbolos ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, PEDROSA, Mario Arte Forma e Personalidade - São Paulo: Kairós, DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual - São Paulo: Martins Fontes, GOMES FILHO, João Gestalt do Objeto: sistema de leitura visual da forma - 2. ed. São Paulo : Escrituras, MUNARI, Bruno Design e Comunicação Visual - São Paulo: Martins Fontes, FRUTIGER, Adrian Sinais e Símbolos: desenho, projeto e significado - São Paulo: Martins Fontes, JOLY, Martine Introdução à Análise da Imagem - 5. ed. Campinas: Papirus, PEDROSA, Israel Da Cor à Cor Inexistente - 8. ed. Rio de Janeiro, FARINA, Modesto Psicodinâmica das Cores em Comunicação - 4. ed. São Paulo: E. Blucher, GUIMARÃES, Luciano A Cor como Informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores - São Paulo: Annablume, ROUSSEAU, Rene L. A linguagem das Cores: energia, simbolismo, vibrações e ciclos das estruturas coloridas - São Paulo: Cortez, PIGNATARI, Décio Informação, Linguagem, Comunicação ed. São Paulo: Ateliê, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: RABAÇA, Carlos A e BARBOSA, Gustavo Dicionário de Comunicação - Rio de Janeiro: Codecri, HERZOGENRATH, Wulf Bauhaus. Stuttgart: Instituto Cultural de Relações Exteriores,
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