A ECONOMIA VERDE E O DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL
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- Marina Caldas Nunes
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1 32º Fórum de Debates Brasilianas.org A ECONOMIA VERDE A ECONOMIA VERDE E O DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL Perspectivas e contribuições do Direito para a Sustentabilidade Socioambiental Prof. Dr. José Gustavo de Oliveira Franco 2011
2 Direito Ambiental Aplicação das normas ambientais objetivando assegurar o equilíbrio ecológico do meio ambiente em um modelo sustentável de desenvolvimento. Uma sociedade sustentável é aquela que satisfaz suas necessidades sem diminuir as perspectivas das gerações futuras (Lester Brown WWI) Modelo jurídico e sócio-econômico de desenvolvimento cujas variáveis Econômica, Social e Ambiental foram gradativamente sendo incorporadas.
3 Modelos Jurídicos/econômicos Adotados e Impacto na Biodiversidade Estado Socioambiental Desenvolvimento Sustentável Fonte: CORSON, Walter H. Manual Global de Ecologia. Estado Social Direitos sociais Pleno Emprego, etc. Estado Liberal Direitos individuais Propried. Melhoramentos
4 Modelo de Desenvolvimento e a Crise Ambiental Sistema Jurídico e Sócio-econômico baseado no aumento de produção e consumo, dissociado dos ecossistemas, cujas características tradicionais são: Grande consumo de Recursos Naturais e Energia, exploração e conversão de extensas áreas (baixo custo e eficiência); Grande geração de resíduos nos processo de produção: gases, líquidos, sólidos. Crescente geração de resíduos pós-consumo; Potencializado pelo aumento exponencial da população Este modelo gera o conflito entre desenvolvimento sócioeconômico e preservação ambiental (equilíbrio ecológico).
5 Resposta Jurídico-Ambiental Pós Estocolmo - Criação de Normas Jurídicas visando a redução dos Impactos Ambientais e a Sustentabilidade. Normas jurídicas Brasileiras preponderantemente baseadas no modelo Comando-controle. Grande avanço Relativa efetividade Ineficiente quanto ao aumento do consumo de matéria e energia. Crescente pressão sobre ecossistemas.
6 Direito Ambiental Efetividade Segundo a Avaliação Ecossistêmica do Milênio AEM, cerca de 60% dos serviços ecossistêmicos avaliados (15 de 24) vem sendo utilizados de modo não sustentável ou sendo degradados. (PNUMA. 2005, p cientistas de 95 países)
7 Pegada Ecológica X Serviços Ecossistêmicos Fonte: Relatório Planeta Vivo WWF. ZSL. Global Footprint Network. Apoio OCDE. A demanda humana pela biosfera dobrou entre 1966 e Em 2007 já extrapolava em 50% a biocapacidade do Planeta.
8 Padrões e Serviços Ecossistêmicos Fonte: Cuadernos Ambientales. Ecosistema y Cultura 1. Augusto Ángel Maya.
9 Novos Instrumentos de Efetividade Direito Ambiental Estabelecido: Normas Jurídicas modelo comando-controle. Incapaz de confrontar o consumo. Normas Jurídicas de Indução Econômica: Instrumentos econômicos. Tendência ambiental Internacional. (PNUMA, FAO, OCDE, OEA, etc.) Princípios da Ordem Econômica na CF 1988: defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Art.170,VI CF. EC 42/03) Princípios: Poluidor Pagador e Usuário Pagador Protetor Recebedor (Conservador ou Provedor Recebedor)
10 Novos Instrumentos de Efetividade Criação de novos mercados por marco legal. Nichos e Oportunidades Respostas rápidas Exemplos de novos instrumentos indutivos: Pagamento por Serviços Ambientais PSA; Carbono, água, biodiversidade, resíduos, etc. Logística Reversa. Instrumentos jurídico-econômicos. Induzem mudanças via mercado.
11 Instrumentos Jurídico-Econômicos Premissas: Externalidades: Positivas Aquele que viabiliza um benefício, recebe por este Negativas - Utiliza um recurso ou gera impacto negativo, paga por este Internalização das Externalidades via Norma Jurídica. Requisitos PSA s: Serviço específico. Água, Carbono, Biodiv., Resíduos etc; Transação voluntária. Instrumento de mercado; Adquirente Pagador X Provedor Recebedor. Sust. Econômica; Efetiva prestação do serviço. Condicionalidade.
12 Pagamento por Serviços Ambientais Adoção de Normas Jurídicas de PSA s: Nova York (1990), Costa Rica(96), Colômbia(98); Equador (00) México(03); Extrema, MG. Lei Mun. 2100/2005 Conservador das Águas; Espírito Santo Lei 8.995/ Programa de PSA Apucarana, PR. Lei Mun. 058/ Projeto Oasis; Bal. Camboriú. Lei Mun /2009 Proj. Produtor de Água; Santa Catarina. Lei /2010 Política Est. de PSA; Projeto de Lei 792/2007: Pol. Nacional de PSA;
13 Pagamento por Serviços Ambientais Exemplos de Normas Jurídicas de PSA s: São Paulo. Lei / Pol. de Mudanças Climáticas (Dec , arts. 46 a 67) Acre. Lei 2.308/2010 Sistema Incentivos a S.Ambientais. Paraná. Lei /12 Prog. Paraná Bioclima PSA Lei /2010 Pol. Nacional de Resíduos Sólidos Logística Reversa (art. 33 e sgts) Lei /2012 Código Florestal Brasileiro Programas de Incentivo à Preservação Ambiental (arts.41/50)
14 Novo Código Florestal (Lei /2012) Instrumentos Econômicos (Cap. X. arts. 41 a 50) Pagamentos por Serviços Ambientais PSA (art.41) Cotas de Servidão Ambiental CRA, etc. (art.44) Mercado para áreas florestais preservadas Isenções e incentivos para recuperação florestal (art.41) Ex.: PSA hídrico e o Código Florestal - APP s
15 APP s SEM COBERTURA FLORESTAL (IN) EFETIVIDADE MÉDIA (3 Comunidades RMC) APP sem cob. florestal: - Comunidades: 54,74% - Peq. Propriedades: 70,4% Imóv. c APP s Irreg: 92%
16 USOS EM APP S
17
18 Caso Ilustrativo: Conflito Socioambiental Pequena propriedade com projeção da APP. Esta atinge 72,36% do imóvel. Todas as edificações da propriedade estão em APP. Restariam apenas 0,37 hectares para cultura e moradia de duas famílias se aplicada a Lei 4.771/65 (rev), e pouca proteção pela Lei /12. - PSA alternativa viável para minimizar o conflito e obter efetividade.
19 Áreas de Manancial da RMC APA s e APP s para proteção de Recursos Hídricos PSA?
20 A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Logística Reversa Estão sujeitos a Logística Reversa: (art.33, Lei /10) Eletroeletrônicos; agrotóxicos e outros produtos cuja embalagem constitua resíduo perigoso; pneus; pilhas e baterias; óleos lubrificantes; lâmpadas fluorescentes; Gradativamente estendidos aos demais produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens. ( 1º)
21 Responsabilidade pós-consumo e Logística Reversa Implica na revisão do projeto do produto considerando todo seu ciclo de vida, devido a custos e resp. pós-consumo de: Coleta, armazenagem e transporte Reutilização/Reciclagem e Disposição final Internaliza os custos do ciclo de vida do produto redistribuindo ônus Implica na criação de um novo mercado, emprego e renda, com direcionamento social - PSA. (Cooperativas de Catadores)
22 Ciclo de Vida e Logística Reversa
23 Conclusões Gradualmente o Direito Ambiental, visando ampliar a efetividade, passa a adotar/criar instrumentos de mercado indutivos, pautados na internalização das externalidades ambientais e sociais; (nova fase) Vem gradualmente buscando internalizar no mercado a lógica ecossistêmica de fluxos/ciclos de matéria e aprov. da energia; O mercado tende a aproveitar os nichos (oportunidades e disp. de matéria e energia) e a responder rapidamente às mudanças; A Economia Verde demanda observância da capacidade de suporte e resiliência dos ecossistemas e atribuição de valor a seus serviços. Indispensável um marco jurídico adequado. Uma Sociedade somente será Sustentável sob o aspecto Ambiental se o for sob o aspecto Social.
24 OBRIGADO Quando o estudo da casa (Ecologia) e a administração da casa (Economia) puderem fundir-se, e quando a Ética puder ser estendida para incluir o ambiente, além dos valores humanos, então poderemos realmente ser otimistas em relação ao futuro da humanidade (ODUM, Eugene P. Ecologia. RJ: Ed. Koogan, P. 347.) jgofranco@gmail.com
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