SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 25 de maio de 2015

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1 SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 5 de maio de 15 Índice Mercados Financeiros: Evolução tendencialmente positiva do sentimento global de mercado, ainda que sobretudo no mercado de ações. A suportar: i) as palavras de um membro do BCE, que afirmou que em maio e junho a autoridade monetária pretende aumentar a compra de dívida num montante superior aos mm, realçando também que o programa tem sido eficaz; ii) a decisão do Banco do Japão de manter a sua política monetária fortemente expansionista, animando desta feita o mercado cambial. A condicionar: i) os contínuos receios em relação às necessidades de liquidez e capacidade de solvência da Grécia, com o Governo a admitir que já não consegue pagar nenhuma das próximas tranches dos reembolsos devidos ao FMI e a assumir que está em risco de bancarrota iminente; ii) as minutas da última reunião da Fed, que evidenciaram que os recentes indicadores económicos têm revelado sinais de fragilidade, sendo a avaliação à subida dos juros realizada em cada reunião.... EUA: Dados relativos à indústria ficaram aquém das expectativas, os do emprego continuaram robustos, bem como os relativos ao investimento em construção... 1 Zona Euro: Dados do 1.º trimestre sobre a construção e o comércio externo revelam leituras mistas e consistentes com o crescimento do VAB da construção e o contributo negativo das exportações líquidas defendidos no nosso anterior comentário, ao passo que, relativamente ao.º trimestre, o sentimento dos agentes económicos (consumidores e empresários) voltou a aliviar da recente tendência ascendente, devendo ter continuado a refletir o arrastar da indefinição em torno da situação grega, mas também do pior arranque de ano do gigante alemão... 8 Portugal: Indicadores coincidentes do INE e do BdP revelam subidas nos meses de março e abril, respetivamente, sugerindo, no primeiro caso, um acréscimo em cadeia do PIB no 1.º trimestre superior ao observado (+.7% vs +.%, segundo a 1.ª estimativa) e, no segundo, uma expansão da atividade económica no.º trimestre relativamente consistente com a que defendemos (entre +.% e +.5%), ao passo que o mercado laboral e o mercado de crédito mantêm tendência de alívio... Reino Unido: Dados económicos divulgados revelaram leituras positivas e consistentes, para já, com um robusto crescimento do PIB no.º trimestre de 15 (+.7%) Japão: PIB cresceu.% em cadeia no 1.º trimestre, superando as expectativas do mercado, mas em linha com as nossas... Aconteceu na semana passada no Brasil... 7 Aconteceu na semana passada na Rússia... 7 Aconteceu na semana passada na China Aconteceu na semana passada na Índia... 8 Previsões... 9

2 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS Mercados Financeiros: Evolução tendencialmente positiva do sentimento global de mercado, ainda que sobretudo no mercado de ações. A suportar: i) as palavras de um membro do BCE, que afirmou que em maio e junho a autoridade monetária pretende aumentar a compra de dívida num montante superior aos mm, realçando também que o programa tem sido eficaz; ii) a decisão do Banco do Japão de manter a sua política monetária fortemente expansionista, animando desta feita o mercado cambial. A condicionar: i) os contínuos receios em relação às necessidades de liquidez e capacidade de solvência da Grécia, com o Governo a admitir que já não consegue pagar nenhuma das próximas tranches dos reembolsos devidos ao FMI e a assumir que está em risco de bancarrota iminente; ii) as minutas da última reunião da Fed, que evidenciaram que os recentes indicadores económicos têm revelado sinais de fragilidade, sendo a avaliação à subida dos juros realizada em cada reunião. Assistiu-se a uma evolução tendencialmente positiva do sentimento do mercado, ainda que sobretudo ao nível do mercado de ações, com as ações americanas e as europeias, de um modo geral, a subirem. Já as commodities desceram em termos agregados e os spreads dos países periféricos da Zona Euro revelaram um comportamento ascendente, mas tendo no mercado de crédito corporate evidenciado um comportamento ligeiramente ascendente. As yields da dívida alemã desceram, mas as yields americanas subiram, num contexto de desvalorização do euro face ao dólar, à libra e ao iene. A penalizar estiveram os contínuos receios em torno da Grécia e da sua capacidade de solvência e de liquidez, com o Governo a admitir que já não consegue pagar nenhuma das próximas tranches dos reembolsos devidos ao FMI e a assumir que está em risco de bancarrota iminente segundo o conteúdo de uma carta do Primeiro-Ministro Alexis Tsipras dirigida à Diretora- Geral do FMI, Christine Lagarde. Na missiva, em que Tsipras adverte sobre a situação crítica do país, o chefe do Governo de coligação adverte que só o BCE pode salvar a Grécia de um incumprimento, autorizando o país a emitir dívida de curto prazo. Segundo a agência Reuters, o Governo grego garantiu que consegue pagar salários e pensões em maio, mas avisou que precisa de chegar a acordo com os credores até ao final do mês. Refira-se que o Ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, afirmou que "prefere um incumprimento da Grécia com o FMI do que com os salários", mas antecipou que está para breve um acordo com os credores. Contudo a Diretora- Geral do FMI já avisou que não vai permitir que a Grécia falhe o pagamento de uma prestação do empréstimo, fechando, assim, a porta a uma eventual margem de manobra para o Governo grego. As minutas da Fed relativas à reunião de 9 de abril vieram trazer alguma volatilidade aos mercados, tendo evidenciado que os recentes indicadores económicos têm revelado sinais de fragilidade, sendo que a avaliação relativamente à subida dos juros será realizada em cada reunião. A suportar estiveram as palavras de Benoit Coeure, membro do BCE, que afirmou que durante os meses de maio e junho a autoridade monetária pretende aumentar a compra de dívida num montante superior aos mil milhões de euros por mês previstos no programa de quantitative easing (QE). Segundo Coeure, a medida prende-se com a tradicional reduzida liquidez durante os meses de verão, nada tendo a ver com a recente volatilidade dos mercados. A medida fez-se sentir imediatamente no mercado, levando o EUR/USD a cair de 1.13 para 1.1, acabando mesmo por fechar a semana em O BCE considera que as aquisições de grandes quantidades de dívida pública e privada tiveram "um impacto significativo" nos mercados financeiros e reafirmou a intenção de manter as compras até finais de setembro de 1. A decisão do Banco do Japão (BoJ) de manter a política monetária fortemente expansionista teve também um impacto positivo nos mercados, com a autoridade monetária a manter o seu ritmo anual de compras em 8 biliões de ienes (mais de 595 mm ), uma decisão que vai ao encontro do estimado pelos analistas consultados pela Bloomberg. A imprensa internacional escreveu que o BoJ justifica esta decisão com o facto de a economia estar a apresentar sinais de melhoria moderados. Un: p.b FEB 7-FEB Países periféricos - Spreads face ao Bund a 1 anos -MAR 13-MAR -MAR 7-MAR 3-APR 1-APR Relativamente aos dados económicos, continuamos a esperar acelerações do crescimento no.º trimestre de 15 da Zona Euro, do Japão, dos EUA (onde a atividade foi prejudicada no início do ano pelo mau tempo) e do Reino Unido. Na Zona Euro, os dados do 1.º trimestre sobre a construção e o comércio externo revelaram leituras mistas e consistentes com o crescimento do VAB da construção e o contributo negativo das exportações líquidas que tínhamos defendido anteriormente, ao passo que, relativamente ao.º trimestre, o sentimento dos agentes económicos (consumidores e empresários) voltou a aliviar da recente tendência ascendente, devendo ter continuado a refletir o arrastar da indefinição em 17-APR -APR 1-MAY 8-MAY 15-MAY -MAY, 1,8 1, 1, 1, 1, Grécia (esc. dir) Irlanda Portugal (esc. dir) Espanha Itália 8

3 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS torno da situação grega, mas também o pior arranque de ano do gigante alemão. No Reino Unido, os dados económicos divulgados revelaram leituras positivas e consistentes com um robusto crescimento do PIB no.º trimestre de 15 (+.7%). Nos EUA, os dados relativos à indústria ficaram aquém das expectativas, os do emprego continuaram robustos, bem como os relativos ao investimento em construção. No Japão, o PIB cresceu.% em cadeia no 1.º trimestre, superando as expectativas do mercado, mas em linha com as nossas. A economia mundial continua a enfrentar os riscos descendentes dos efeitos ainda incertos de difusão do vírus ébola e da crise no Leste da Europa e no Médio Oriente. A tensão entre a Rússia e o Ocidente continuou a afetar as várias economias. A Ucrânia ameaçou congelar o pagamento da sua dívida externa no caso de fracassarem as negociações em curso para a sua reestruturação. Noutras geografias, a taxa de cobertura da rede bancária em Moçambique subiu de 1% dos distritos em Moçambique para 5% em nove anos, anunciou o Ministro da Economia e Finanças moçambicano. Os investimentos públicos e privados chineses no Brasil podem ultrapassar 1 mm$, o dobro do anunciado por autoridades brasileiras para as infraestruturas, afirmou o Presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, Charles Tang. A Diretora-Geral do FMI, Christine Lagarde, elogiou os programas sociais executados pelo Brasil, mas defendeu austeridade nos gastos públicos do Governo para que aqueles projetos continuem a ter financiamento. Nos EUA, foi uma semana em que não foram divulgados muitos indicadores para a maior economia do Mundo, mas que, apesar de tudo, cobriram diferentes dimensões. Os dados relativos à indústria ficaram aquém das expectativas (se bem que esperando-se uma aceleração da produção industrial no.º trimestre), os do emprego continuaram robustos, nomeadamente com a média de quatro semanas dos novos pedidos de subsídio de desemprego em mínimos desde, bem como os dados relativos ao investimento em construção, com fortes subidas nos fogos iniciados e nas licenças de construção. Os indicadores compósitos de atividade subiram em abril, sinalizando uma aceleração no mês e nos meses seguintes (o indicador avançado subiu novamente mais do que o indicador coincidente). Embora os indicadores não sinalizem crescimentos tão intensos como o nosso cenário central, admite-se que no.º e 3.º trimestre o PIB possa crescer a um ritmo anualizado na ordem de.%, com a atividade a beneficiar da comparação com o 1.º trimestre de 15 (quando o PIB subiu somente.%), que foi marcado por condições meteorológicas adversas e pelo facto de, como referido aquando dos dados da 1.ª estimativa do PIB do 1.º trimestre, os dados do 1.º trimestre de cada ano tendem a exibir ainda sazonalidade, pelo que o crescimento antecipado para o PIB no.º e 3.º trimestre também deverá refletir este efeito. Ao nível dos preços, refira-se que a inflação homóloga desceu em abril de -.1% para -.%, o registo mais baixo desde outubro de 9. Já o crescimento do IPC core manteve-se em 1.8%, depois de no mês de janeiro, com 1.%, ter igualado quatros outros meses como os mais baixos ritmos de crescimento desde junho de 11, continuando num valor inferior ao target de % da Fed para o deflator do consumo privado. Apesar de a inflação estar aquém do objetivo, a taxa de desemprego tem vindo a aproximar-se do seu nível de longo prazo, o que deverá levar a Fed a subir as taxas de juro, previsivelmente na reunião de setembro, sendo que as minutas da última reunião, divulgadas durante a semana, revelaram que a autoridade monetária não tem intenção de realizar uma subida de taxas na próxima reunião de junho, de resto, em linha com as nossas expectativas e as do mercado (ver Comentário dos EUA). A secção de interesses de Cuba em Washington confirmou que encontrou um banco para realizar operações nos EUA, um importante passo para facilitar a reabertura de uma embaixada na capital norte-americana. Na Zona Euro, os principais dados macroeconómicos de atividade divulgados na semana passada para a região relativos, do lado da procura, ao consumo privado e ao comércio externo, e, do lado da oferta, aos setores da construção, da indústria e dos serviços revelaram leituras mistas, no que respeita aos dados referentes ao 1.º trimestre, e negativas nos referentes já ao.º trimestre. Com efeito, ainda relativamente ao 1.º trimestre do ano, os dados de março da produção na construção observaram um acréscimo, assim como o excedente da balança de serviços, mas com o excedente da balança de bens a registar uma forte queda nesse mesmo mês e a levar o saldo da balança comercial (bens e serviços) a degradar-se. Em todo o caso, estes dados acabaram por vir corroborar as nossas estimativas de um crescimento do VAB da construção no trimestre e de um contributo negativo das exportações líquidas para o crescimento do PIB, conforme defendido no nosso anterior comentário. Já relativamente ao.º trimestre, o sentimento dos agentes económicos (consumidores, empresários e investidores) voltou a aliviar da recente tendência ascendente, devendo ter continuado a refletir o arrastar da indefinição em torno da situação grega, mas também o pior arranque de ano do gigante alemão, assistindo-se em maio a ligeiras descidas das leituras (preliminares) da confiança dos consumidores da Comissão Europeia (CE), do indicador PMI compósito da Markit (ligeira subida do PMI Manufacturing, mas descida do PMI Services) e do sentimento dos investidores (índices ZEW expectativas). Este novo ligeiro alívio do sentimento dos agentes e a própria queda das vendas de carros no mês de abril não altera, no entanto, as nossas perspetivas de crescimento para o atual trimestre, continuando-se a defender um acréscimo em cadeia do PIB entre.% e.5%, em possível ligeira aceleração face aos.% registados no 1.º trimestre (ver Comentário da Zona Euro). A agência de notação financeira Moody's colocou em marcha a Moody's Public Sector Europe, uma nova agência de rating dedicada exclusivamente ao mercado de dívida do setor público europeu. Saliente-se que Benoit Coeure, membro do BCE, afirmou que durante os meses de maio e junho a autoridade monetária pretende aumentar a compra de dívida num montante superior aos mm por mês previstos no programa de QE. Segundo Coeure, a medida prende-se com a tradicional reduzida liquidez durante os meses de verão, nada tendo a ver com a recente volatilidade dos mercados. A medida fez-se sentir imediatamente no mercado, levando o EUR/USD a cair de 1.13 para 1.1, acabando mesmo por fechar a semana em O BCE considerou que as aquisições de grandes quantidades de dívida pública e privada tiveram "um impacto significativo" nos mercados financeiros e reafirmou a intenção de manter as compras até finais de setembro de 1. No Japão, estimativa preliminar para o PIB do 1.º trimestre de 15 veio apontar para uma subida em cadeia de.% (ou de 3

4 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS +.% em termos anualizados), superando as expectativas do mercado (consenso:+.%), mas ficando exatamente em linha com as nossas estimativas, tendo, todavia, o crescimento do trimestre anterior sido revisto, de.% para.3%. Como esperado, observou-se uma continuação da recuperação do consumo privado (ao mesmo ritmo do.º trimestre de 1), bem como o regresso ao crescimento do investimento empresarial em equipamentos e do investimento em construção, depois das descidas observadas entre o.º e o.º trimestre de 1 (a do 1.º foi marginal no.º trimestre), enquanto o contributo das exportações líquidas acabou por ser ligeiramente negativo, bem como dos gastos públicos, que mais do que foram compensados por um contributo positivo da variação de existências. A subida da economia japonesa 1.º trimestre de 15 foi a.ª consecutiva, continuando a recuperar dos efeitos negativos da subida do IVA em abril de 1, sendo que no 3.º trimestre de 1 a economia também tinha sido prejudicada pelas condições meteorológicas adversas sentidas durante o verão (nomeadamente a passagem de um número anormalmente elevado de furacões). Relativamente ao.º trimestre, esperamos que a economia avance entre.5% e.9%, devendo observar-se uma continuação da recuperação do consumo privado, do investimento empresarial em equipamentos e do investimento em construção das quedas provocadas pelo aumento do IVA em abril de 1, que nos dois últimos casos apenas regressaram ao crescimento no 1.º trimestre de 15. A deflação continua a ser um problema premente na economia japonesa, porquanto a criação de expectativas deflacionistas leva, normalmente, ao adiar das decisões de consumo. Foi neste contexto que na reunião de 31/1/1, o BoJ intensificou os já fortes estímulos monetários (confirmados na reunião de de maio), nomeadamente através do alargamento do seu programa de compra de ativos, em resposta ao abrandamento da economia e do ritmo de crescimento do nível de preços. Apesar das quedas do PIB no º e 3.º trimestres de 1, durante a conferência de imprensa da última reunião, o Governador do BoJ reiterou que continua confiante no ciclo virtuoso entre o rendimento e a despesa e de que no ano fiscal de 15 o objetivo de inflação de % seja conseguido. No entanto, este constitui ainda um objetivo ambicioso, pelo que em 15 o BoJ deverá ter que enveredar por novos estímulos, algo que, a avaliar por comentários dos responsáveis do BoJ, não deve suceder a breve trecho, mas apenas no º semestre de 15 (nomeadamente na reunião de outubro, aquando da revisão semestral das perspetivas económicas e exatamente dois anos e meio depois da intensificação massiva dos estímulos monetários) (ver Comentário do Japão). Refira-se que o Governo japonês vai anunciar um apoio de 1 mm$ para o desenvolvimento de infraestruturas nos países asiáticos nos próximos cinco anos, informou a agência Jiji. Na China, foi uma semana parca em termos de indicadores económicos sendo divulgada a estimativa preliminar de maio do PMI Manufacturing, que apontou para uma ligeira subida de. pontos face ao mês anterior, para 9.1 pontos, ficando abaixo das nossas e das expectativas do mercado (Montepio: 9.5 pontos; consenso: 9.3 pontos), correspondendo à 1.ª subida nos últimos três meses, sinalizando uma deterioração das condições do setor pelo 3.º mês consecutivo e pela 5.ª vez em 11 meses. O nosso modelo aponta para uma estimativa final do PMI de 9.3 pontos, ou seja,. pontos acima da estimativa preliminar, podendo as condições económicas começar a sentir algum estímulo em resultado das medidas que o PBoC tem vindo a implementar nos últimos tempos. Ainda relativamente à China, refira que diversas marcas de artigos de luxo avançaram com uma ação judicial em Nova Iorque contra a plataforma chinesa de comércio online Alibaba, devido à venda reiterada de produtos contrafeitos usando as suas marcas. A Lenovo, companhia chinesa líder entre os fabricantes de computadores pessoais que comprou recentemente a divisão de servidores da IBM, obteve lucros de aproximadamente 75 M no exercício fiscal 1/15, 1% superior ao do exercício precedente. No Reino Unido, tratou-se uma semana preenchida em termos de informação económica, em que os dados se mostraram positivos e mantendo-se consistentes com um crescimento robusto do PIB no.º trimestre 15 (+.7%). As vendas a retalho registaram em abril uma subida, atingindo um nível máximo histórico e crescendo ao maior ritmo desde novembro, que é o mais elevado desde dezembro de 13. Também foram conhecidos os primeiros dados da execução orçamental para o ano fiscal de 15/1, tendo em abril o défice ficado abaixo do previsto pelo mercado e do observado no período homólogo. Saliente-se ainda o valor da inflação de abril, que ficou em terreno negativo pela 1.ª vez no seu histórico (-.1%). No imobiliário, os preços das casas da Rightmove (maio) desaceleraram em termos homólogos, mas estando pelo.º mês consecutivo em crescimento. O indicador compósito da confiança na indústria desacelerou em maio mas ficou em terreno positivo pela 18.ª vez em 19 meses. Por último, foram divulgadas as minutas da reunião do Banco de Inglaterra (BoE) do dia 11 de maio, em que a autoridade não alterou a postura da sua política monetária. Nestas minutas, o BoE referiu que os indicadores conhecidos ao longo do mês foram consistentes com os julgamentos realizados no Relatório de Inflação de maio (ver Comentário do Reino Unido). O Ministro das Finanças britânico, George Osborne, anunciou que vai apresentar em julho um novo orçamento do Estado para 15-1 para cumprir as promessas feitas em campanha eleitoral. O gigante da aviação, aerospacial e defesa Airbus anunciou que num cenário de Brexit, saída do Reino Unido da Zona Euro, irá reconsiderar os investimentos que pretende efetuar no país. Em França, o Tesouro financiou-se a três, seis e 1 meses, num montante global de 5.97 mm. A três meses colocou.99 mm a uma yield média de -.181%, valor semelhante aos -.18% observados no último leilão comparável. No prazo de seis meses colocou mm a uma yield média de -.175% (vs -.177% no leilão anterior) e a 1 meses colocou mm a uma yield média de -.175% (vs -.17% na anterior emissão). Na Alemanha, o Tesouro financiou-se a 1 meses num montante de 1 M, passando de uma yield média de -.78% no último leilão comparável para os atuais -.535%. A procura foi duas vezes superior à oferta. Em Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, Vice-Presidente do Governo espanhol, revelou os dados das eleições que decorreram este domingo, de maio, numa altura em que estão contados pouco mais de 9% dos votos. O PP, liderado por Mariano Rajoy, foi o partido que conquistou mais votos, mas não foi o vencedor, uma vez que perdeu muitos votos, face às eleições de 11.

5 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS Assim, o PP conseguiu.73% dos votos, o que compara com os 37.53% conquistados em 11. Em.º lugar surge o PSOE, liderado por Pedro Sanchez, com 5.1% dos votos, o que também representa uma queda face ao 11, ano em que conseguiu 7.79%. Os grandes foram os Cidadãos, liderados por Albert Rivera, ao conquistarem.5% do total dos votos. A responsável do Governo revelou ainda, em conferência de imprensa que.%, o que também corresponde a menos dois pontos percentuais do que em 11. Foram chamados às urnas 3.5 milhões de espanhóis e 3. mil estrangeiros residentes em Espanha. Além das eleições municipais decorreram ainda as eleições autonómicas em 13 das 17 comunidades. O Governo espanhol prevê antecipar um pagamento do resgate bancário em julho. Espanha já devolveu antecipadamente 1.3 M em 1 e 1.5 M em março, mas o Ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, não indicou que verba está em causa no reembolso agora apontado. Espanha, através do seu Ministro das Finanças, anunciou estar a preparar a devolução de.5 mm recebidos em 1 no programa de resgate à banca do país. Os parceiros europeus acordaram em 1 um programa de resgate à banca espanhola até 1 mm, por um prazo de 1 anos, sendo que desses só 1. mm foram utilizados. A 1.ª devolução no valor de 1.3 mm teve lugar em julho de 1, a.ª em março de 15, no valor de 1.5 mm, e a 3.ª agora anunciada acontecerá em julho de 15. Excelentes notícias para a economia espanhola para a qual se antecipa um crescimento à volta de 3% em 15 (+.8%, segundo as nossas atuais previsões). A Grécia continuou, como referido, debaixo dos holofotes, na sequência da vitória do Syriza nas últimas eleições legislativas. A Grécia vai aplicar a partir de setembro duas taxas únicas de IVA, de 18% e de 9.5%, que serão reduzidas para 15% e.5% se os pagamentos forem efetuados com cartão de crédito ou débito. O Banco Central helénico prepara-se para solicitar ao BCE que aumente em mais 1.1 mm a linha de liquidez de emergência (ELA), numa altura em que a situação financeira da Grécia se apresenta muito débil. Recorde-se que na semana anterior o BCE tinha elevado em precisamente em 1.1 mm a linha de liquidez para os bancos gregos, para um total de 8 mm. Já no passado dia de maio, o Presidente do Parlamento grego, Nikos Filis, admitiu que, perante as atuais condições e sem um acordo com os credores, a Grécia não será capaz de cumprir o reembolso de 31.7 M ao FMI. Somente durante o mês de junho Atenas tem prevista a devolução de cerca de 1. mm ao FMI. A Chanceler alemã, Angela Merkel, disse que há muito para fazer até se chegar a acordo com a Grécia sobre o prosseguimento da ajuda financeira, numa altura em que se arrastam as negociações e os receios de Atenas de ficar sem dinheiro. O Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, mostrou-se prudente sobre a capacidade da Grécia de evitar o incumprimento. Questionado pelos jornais les Echos e Wall Street Journal sobre a possibilidade de garantir, como fez em 1, que a Grécia evitaria o incumprimento, Schäuble respondeu que hoje refletiria bastante antes de repetir isso. A decisão soberana e democrática do povo grego coloca-nos numa situação muito diferente da de 1, afirmou, numa alusão à chegada ao poder do Syriza, esquerda radical, que ganhou as eleições gregas realizadas no fim de janeiro. O Ministro das Finanças alemão terá admitido, num encontro privado, a possibilidade de Atenas criar uma moeda paralela ao euro, o que pode ser visto como um primeiro passo para a Grécia abandonar a moeda única. A notícia foi avançada pela Bloomberg que cita fontes próximas a Wolfgang Schaeuble, que terá mencionado essa hipótese no caso do Governo de Alexis Tsipras não chegar a acordo com os credores. O Ministro não defendeu essa solução, mas terá referido essa possibilidade, mencionando o exemplo de Montenegro que usa o euro, mas não é membro da união monetária. Destaque para os comentários de Papandreou, que se mostrou favorável a um referendo sobre o euro, defendendo ser imperativo que o Governo Syriza/Anel clarifique que opção defende. Revelou ser contraproducente, no seu ponto de vista, falar em perdão de dívida e defendeu ainda um debate sério sobre mutualização. Em Portugal, ao nível dos dados macroeconómicos, se de uma semana que, do ponto de vista da informação macroeconómica, foi marcada pela divulgação de diversos dados para a economia portuguesa e sobre os mais variados tópicos. Dados que revelaram leituras tendencialmente favoráveis, designadamente ao nível da evolução da atividade, com a leitura de março do indicador coincidente do INE a revelar uma subida de.% para.3%, retomando, assim, a trajetória crescente iniciada em junho de 1 e que tinha sido interrompida nos anteriores nove meses, apresentando o 19.º registo positivo consecutivo e sugerindo um acréscimo em cadeia do PIB no 1.º trimestre de 15 de.7%, um valor que supera o acréscimo de.% que foi reportado na estimativa inicial do INE, que representa uma manutenção do ritmo de crescimento do.º trimestre (revisto de +.5% para +.%). Ainda referente ao 1.º trimestre, refira-se a leitura de março da balança corrente (ajustada de sazonalidade), que desceu, pelo.º mês consecutivo, mas permanecendo excedentário, contabilizando o 8.º excedente consecutivo e depois de em janeiro ter observado um dos mais elevados desta série do Banco de Portugal (BdP) iniciada em 199 (apenas ligeiramente superado pelos excedentes de abril e dezembro de 13), com a balança corrente a contabilizar excedentes desde dezembro de 1, que representam os únicos saldos positivos desta série. Ainda ao nível da atividade, mas já referente ao.º trimestre e voltando a assumir um tom mais desfavorável, refira-se a leitura de abril do indicador coincidente do BdP, que subiu de.% (revisto em baixa em. p.p.) para.8%, representando a 5.ª subida após 1 meses de ausência de subidas (sete descidas e três estabilizações), sugerindo um acréscimo do PIB de.3% no.º trimestre de 15, mas que passará a.7% se assumirmos subidas do indicador em maio e junho em linha com a observada em abril, e com a nossa atual previsão a entrar-se sensivelmente entre estes dois valores. Com efeito, depois da subida de.% reportada pela estimativa inicial do INE para o 1.º trimestre, o nosso indicador compósito para o PIB continua a apontar para uma expansão entre.% e.5% no.º trimestre, em possível ligeira aceleração. Também favoráveis foram os dados relativos ao mercado laboral, com o relatório de abril do IEFP sobre o desemprego registado a evidenciar um decréscimo mensal, segundo os dados ajustados de sazonalidade (cálculos do Montepio), observando-se 3 quedas nos últimos meses, devendo conduzir a uma redução de.1 p.p. da taxa de desemprego, após em março esta ter-se cifrado em 13.5%, descendo.1 p.p. face a fevereiro. Por último, ao nível do mercado de crédito, o crédito ao setor privado não financeiro residente diminuiu o ritmo de queda homóloga em março, de -.% para -3.5%, tendo subjacente um alívio do ritmo de descida homóloga tanto no segmento de 5

6 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS empresas privadas (de -3.% para -.%), como no de particulares (de -.% para -.%), mas continuando a contrair a ritmos bastante elevados, sublinhando a fraca dinâmica do mercado de crédito e continuando a apresentar-se como um forte constrangimento para a atividade económica (ver Comentário de Portugal). Refira-se que Portugal avançou com dois leilões das linhas de Bilhetes de Tesouro (BT) a seis meses e a um ano, com um montante global até 1 5 M. A seis meses o país colocou 3 M, a uma yield média de -.%, negativa pela 1.ª vez. O valor compara com os.7% atingidos no anterior leilão comparável. A procura ultrapassou em mais de.5 vezes a oferta, acima da procura registada no anterior leilão comparável (.78 vezes). Já no leilão a 1 meses foram colocados 1. mm, a uma yield média de.1%, superando a procura vezes a oferta. O IGCP anunciou ainda que vai avançar, a 7 de maio, com um leilão de OT s a seis anos, com um montante indicativo entre 75 e 1 M. Segundo dados do BdP, o crédito ao consumo cresceu 7.% em março de 15 face ao mesmo mês do ano passado e ascendeu a 39.8 M. O FMI argumentou que, apesar dos esforços dos últimos anos, grande parte do ajustamento da economia portuguesa não foi feito. O número de empreendimentos turísticos em Portugal cresceu quase para o dobro nos últimos 1 anos, com um aumento de 87% face a 5, indica o Atlas da Hotelaria 15 da Deloitte, divulgado no passado dia 19 de maio. O índice de confiança dos portugueses, elaborado pela consultora Nielsen, atingiu o seu valor máximo desde ao aumentar em até quatro pontos no 1.º trimestre de 15. Segundo o Estudo Global de Confiança dos Consumidores da Nielsen, o índice de confiança do país mantém a tendência elevada registada no segundo semestre de 1, atingindo um valor total de 59 pontos, sendo que a segurança profissional mantém-se como a principal preocupação dos portugueses. Portugal e China vão assinar no início do verão um protocolo sobre plantas e cereais que permitirá agilizar o processo de certificação dos respetivos produtos, revelou à agência Lusa um responsável português do setor. O segundo Fórum Anual sobre Bancos Centrais, que decorreu em Sintra e que foi organizado pelo BCE, foi marcado por apelos às reformas estruturais e a que a Zona Euro mantenha o caminho, com mensagens de otimismo pelo meio. O Vice-Presidente da Fed, Stanley Fischer, elogiou a atuação do BCE, nomeadamente de Mario Draghi, ao avançar para o programa de compra alargada de dívida. E lembrou, com entusiasmo, as famosas palavras de fazer tudo o que for necessário para salvar a Zona Euro, que Draghi proferiu no verão de 1, evitando o colapso da moeda única. Analisando os movimentos nos mercados financeiros, observou-se, como referido, um comportamento tendencialmente positivo no mercado de ações. Os índices americanos os índices americanos revelaram comportamentos positivos, com exceção do Dow Jones, que caiu, aliviando de máximos históricos. O S&P 5 atingiu novos máximos históricos, enquanto o Nasdaq subiu e diminuiu a distância face aos máximos históricos observados quatro semanas antes. Na Europa, observou-se um comportamento positivo, com as ações das principais empresas da Zona Euro (Eurostoxx 5) a subirem, pela.ª vez em três semanas, aproximando-se dos máximos desde maio de 8 observados seis semanas antes e aumentando a distância face aos mínimos desde dezembro de 13 registados em meados de outubro de 1. O índice PSI- desceu.3%, contabilizando a 1.ª descida das últimas cinco semanas (+.% na semana anterior), afastando-se dos máximos desde julho de 1 observados seis semanas antes e diminuindo a distância face aos mínimos desde julho de 1 registados semanas antes. Na Ásia o comportamento foi positivo e na Améria Latina foi negativo. Os spreads da dívida a 1 anos das economias periféricas da Zona Euro observaram movimentos ascendentes, com o spread da Grécia a aproximarse dos máximos desde dezembro de 1 registados em abril. O spread de Espanha afastou-se dos mínimos desde abril de 1, observados 1 semanas antes, aproximando-se dos máximos desde agosto de 1 registados cinco semanas antes, com o de Itália a aproximar-se dos máximos desde dezembro de 1 registados cinco semanas antes, sendo que o de Portugal afastou-se também dos mínimos desde abril de 1 observados 1 semanas antes, enquanto o da Irlanda afastou-se dos mínimos desde setembro de 8 observados três semanas antes. No mercado cambial, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro desceu, pela 1.ª vez nas últimas semanas, aliviando de máximos desde finais de fevereiro e diminuindo a distância face aos mínimos desde maio de observados na.ª semana de março. O euro depreciou durante a semana face à libra, ao iene e ao dólar. Ao nível da dívida de referência, as yields evidenciaram movimentos descendentes na Alemanha e ascendentes nos EUA. No MMI, as Libor do dólar subiram 1 p.b. nos três, seis e 1 meses, atingindo neste prazo máximos desde fevereiro de 13, sendo que as Euribor estabilizaram nos três meses e seis meses e desceram 1 p.b. nos 1 meses, com o prémio de risco no MMI europeu, medido pelo OIS spread, a subir menos de 1 p.b. nos três, seis e 1 meses e com as expectativas em relação ao nível das taxas de juro overnight a cair 1 p.b. nos três, seis e 1 meses. Refira-se que a Euribor a três meses no passado dia 1 de abril caiu para valores negativos, tendo permanecido nesses valores desde então. As commodities apresentaram um comportamento descendente em termos agregados, com o índice compósito CRB Index a descer (-.5%), após nove subidas consecutivas, aliviando de máximos desde dezembro de 1 e diminuindo a distância face aos mínimos desde março de 9 observados 1 semanas antes, continuando bem aquém dos níveis máximos desde setembro de 1 observados em junho de 1. O índice GSCI S&P também desceu (-.%), pela 5.ª vez em 1 semanas, aliviando de máximos desde dezembro de 1 e aproximandose dos mínimos desde abril de 9 registados 17 semanas antes, aumentando a distância face aos máximos de fevereiro de 13 observados em junho de 1, observando-se descidas em todas as commodities. Movimentos tendencialmente positivos nos principais índices acionistas mundiais Numa análise mais pormenorizada aos mercados acionistas, os índices americanos revelaram comportamentos positivos, com exceção do Dow Jones, que caiu.% (+.% na semana anterior), aliviando de máximos históricos, o S&P 5 subiu.% (+.3% na semana anterior), subindo pela 7.ª vez em 13 semanas e registando novos máximos históricos, enquanto o Nasdaq subiu.8%, pela 5.ª vez em 13 semanas (+.9% na semana anterior), diminuindo a distância face aos máximos históricos observados quatro semanas antes. Na Europa, o comportamento foi positivo, tendo as ações das principais empresas da Zona Euro (Eurostoxx 5) subido 3.%, pela.ª vez nas últimas três semanas, aproximando-se dos máximos desde maio de 8 observados seis semanas antes e aumentando a distância face aos mínimos desde dezembro de 13 registados

7 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS em meados de outubro de 1, observando-se movimentos positivos nos principais índices da Zona Euro, com a exceção a ser o índice português. As ações portuguesas (PSI-) desceram.3%, contabilizando a 1.ª descida das últimas cinco semanas (+.% na semana anterior), afastando-se dos máximos desde julho de 1 observados seis semanas antes e diminuindo a distância face aos mínimos desde julho de 1 observados semanas antes. Isto depois de no início de abril de 1 o índice português ter atingido máximos desde maio de 11. Entre os periféricos, refira-se a subida de.1% do índice espanhol (IBEX, -.9% na semana anterior), registando a.ª subida nas últimas três semanas, aproximando-se dos máximos desde janeiro de 1 observados seis semanas antes, tendo-se registado uma valorização de 1.3% do índice italiano (FTSE MIB, +.7% na semana anterior), subindo pela 15.ª vez em 19 semanas, aproximando-se dos máximos desde outubro de 9 observados seis semanas antes. As ações francesas (CAC) subiram 3.% e as alemãs (DAX) 3.%, em ambos os casos registando a 1.ª subida das últimas 19 semanas. As ações alemãs aproximaram-se dos máximos históricos observados seis semanas antes, ao passo que as francesas aproximaram-se dos máximos desde janeiro de 8 registados igualmente seis semanas antes. O britânico FTSE 1 subiu 1.%, registando a 3.ª subida em seis semanas (-1.% na semana anterior), aproximando-se dos máximos históricos registados seis semanas antes. Índices Gerais Mercado Acionista sem. Início ano EUA Dow Jones S&P Nasdaq Europa Eurostoxx FTSE 1 (R. Unido) PSI- (Portugal) CAC (França) DAX (Alemanha) IBEX (Espanha) FTSE MIB (Itália) Ásia Nikkei 5 (Japão) Hang Seng (Hong-Kong) Shangai Comp. (China) Sensex 3 (Índia) A. Latina Ibovespa (Brasil) Na Ásia, o comportamento foi também positivo, com o indiano Sensex 3, a subir.3%, pela 3.ª semana consecutiva (+.8% na semana anterior), aproximando-se ligeiramente dos máximos históricos observados 11 semanas antes. O Hang Seng (Hong Kong) subiu.%, registando nove subidas em 1 semanas, aproximando-se de máximos desde dezembro de 7 observados três semanas antes, o Nikkei 5 (Japão) subiu.7%, pela 1.ª vez nas últimas 19 semanas (+1.8% na semana anterior), aproximando-se dos máximos desde abril de observados quatro semanas antes, e o Shangai Comp (China) subiu 8.1% (+.% na semana anterior), registando a 13.ª subida das últimas 15 semanas, atingindo máximos desde janeiro de 8. Na América Latina, o comportamento foi negativo, com o índice Ibovespa a descer 5.%, aliviando de máximos desde setembro de 1, e o mexicano Mexbol a descer 1.%. O índice MSCI para os mercados emergentes desceu.% (+.8% na semana anterior), aproximando-se dos mínimos desde meados de dezembro de 1, quando ficou no valor mais baixo desde março de 1, mantendo-se muito afastado dos Δ % máximos desde setembro de 1, observados quatro semanas antes. Os principais mercados desenvolvidos tiveram comportamentos positivos, mas permitindo compensar apenas parcialmente a descida dos mercados emergentes, levando o índice MSCI para o Mundo a cair.%, após duas subidas semanais consecutivas (+.7% na semana anterior), aliviando de máximos históricos. O benchmark de Portugal, o índice PSI-, desceu como referido.3%, contabilizando 1.ª descida nas últimas cinco semanas (+.% na semana anterior), afastando-se dos máximos desde setembro de 1 observados seis semanas antes e diminuindo a distância face aos mínimos desde julho de 1 observados 19 semanas antes. Isto depois de no início de abril de 1 ter feito máximos desde maio de 11. Títulos do PSI - Top 5 % Contr.(p.p.) Bottom 5 % Contr.(p.p.) Portucel 3.1%.3 Galp Energia -.1% -.3 EDP 1.%.1 Banif -5.1% -.9 Jer. Martins.7%.1 Mota Engil -7.1% -.17 EDP Renov. 1.%.8 Sonae -.% -.9 Semapa 3.3%.7 BPI -3.1% -.7 Entre os atuais 18 constituintes do PSI- (resultante das saídas do BES e do ESFG), registaram-se 1 descidas, com destaque para a queda da Monta-Engil (-7.1%), e oito subidas, com a maior a ser a da Semapa (+3.3%). O início deste ano está a trazer lucros a dobrar para as maiores cotadas da bolsa portuguesa. Entre as presentes no PSI-, os lucros totais dos primeiros três meses do ano foram de 855 M. Em termos de notícias, a semana contou com mais alguns desenvolvimentos no caso do BES/Novo Banco. Os titulares de papel comercial e os restantes credores das sociedades de topo do Grupo Espírito Santo, têm mais quatro meses para se assumirem como massa insolvente a partir de dia 1 de junho até dia 3 de setembro. Refira-se que o BCP concluiu a venda da Millennium Gestão de Ativos aos espanhóis do Grupo Corretaje e Información Monetária y de Divisas (CIMD), revelou a instituição financeira, em comunicado à CMVM. Refira-se que a agência de notação financeira Fitch concluiu, no passado dia 19 de maio, a revisão previamente anunciada dos ratings da banca a nível europeu. Esta ação fica a dever-se ao facto de, à luz da nova legislação europeia, o setor bancário não beneficiar de apoio soberano. No caso português, todos os quatro bancos (BCP, BPI, Montepio e Banif) que têm rating da agência Fitch (à exceção da CGD, que é banco público), registaram uma redução. Relativamente a notícias relevantes sobre outras ações cotadas no PSI-, refira-se que a REN está atenta a oportunidades de investimento na Europa, mercado que se junta aos países emergentes na América Latina e em África, como estratégico para a expansão internacional, que pode absorver até 9 M até 18. A EDP repetiu os ganhos de 97 M do final do ano passado. A elétrica nacional voltou a registar ganhos líquidos de oito cêntimos por ação no 1.º trimestre de 15, apesar de uma ligeira redução dos resultados operacionais brutos. A empresa liderada por António Mexia aproveitou também para reduzir a dívida líquida, que se cifra agora num total de M. O banco de investimento norte-americano JP Morgan passou a deter.89% da elétrica, tendo ultrapassado o patamar de % do capital social da empresa. Por sua vez, o Capital Income 7

8 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS Builder passou a deter uma participação de 5.3% do capital social da EDP. O resultado líquido da construtora Mota-Engil, excluindo interesses minoritários, desceu 53.7% para os 3. M no 1.º trimestre de 15, segundo informação publicada pela empresa através da CMVM. Em termos consolidados, o lucro desceu 35.5%, para os 8. M, com o volume de negócios praticamente estabilizado nos 83 M, revelou a cotada, indicando que a atividade fora da Europa já ascende a % do total. A Mota-Engil voltou a vencer uma concessão rodoviária na Colômbia. A concessão Vial Cambao-Manizales compreende o financiamento, construção, reabilitação, melhoramento, operação e manutenção de cinco troços de estradas com portagens num total de 5 quilómetros. O projeto de 3 M terá a duração de 3 anos, incluindo os trabalhos de construção (quatro anos) e manutenção, e foi ganho pelo consórcio Alternativas Viales, detido em 5% pela Mota-Engil Engenharia e Construção, e integrado também por vários parceiros colombianos. O lucro da Inapa subiu 7.% no 1.º trimestre deste ano, face a igual período de 1, para 1. M. A PT Portugal vai passar para as mãos do grupo francês Altice no dia de Junho. Esta foi a data indicada pelo grupo francês à Oi para avançar com o pagamento, finalizando assim o processo. Ao nível das empresas não cotadas, refira-se que o secretário Estado dos Transportes afirmou, no Entroncamento, que o Governo português está "determinado" a "encerrar rapidamente" o processo de privatização da TAP. O líder do grupo Synergy, Gérman Efromovich, manifestou "satisfação" com a passagem da sua candidatura à compra da TAP à fase de negociação com o Governo português, pretendendo tornar a transportadora numa companhia de referência. A Transportes de Lisboa espera receber seis propostas para as subconcessões do Metropolitano de Lisboa e da rodoviária Carris, dentro das 15 manifestações de interesse que obteve até ao momento, afirmou à Lusa fonte da empresa. Saliente-se que o resultado operacional ajustado da Vodafone em Portugal caiu.8% para 18 milhões de libras (cerca de 18. M ) no ano terminado a 31 de março, segundo um comunicado da empresa britânica. A Época de Resultados das empresas americanas relativa ao 1.º trimestre de 15 prosseguiu pela 7.ª semana, com 88 empresas do S&P 5 a terem divulgado resultados (3 empresas até à semana anterior), sendo que 7.% superaram as expectativas (7.5% até à semana anterior), um número que está, pelo menos para já, abaixo dos 8.% registados no. º trimestre de 1, ficando.7 p.p., abaixo da mediana dos trimestres após a crise de 8/9 (8.3%). Saliente-se que a farmacêutica Endo chegou a um acordo de aquisição com a Par Pharmaceuticals. Em troca de 8.5 mm$, a Endo passa a deter toda a rede de produção farmacêutica da Par. O negócio cria um novo gigante no mercado da saúde, graças ao 5.º lugar na lista de vendas de medicamentos genéricos, tendo em conta as vendas combinadas. As empresas já obtiveram o acordo dos investidores, faltando apenas completar a transação, que deverá ser paga através de.5 mm$ em dinheiro, que se juntam a 18 M$ de ações da Endo. A Wal-Mart, líder mundial no setor da grande distribuição, apresentou lucros e vendas abaixo do esperado por analistas no seu 1.º trimestre fiscal, encerrado no final de abril. A retalhista norte-americana, penalizada pelas variações de câmbio, apurou um resultado líquido de 3.3 mm$, com o lucro por ação a descer face a um ano antes e a situar-se em 1.3 dólares. As vendas consolidadas cifraram-se mm$, um decréscimo de.1%, abaixo dos 11 mm$ projetados por analistas. De acordo com a companhia, as variações cambiais penalizaram a faturação total em mais de 3 mm$. A Altice, sociedade francesa que está em processo de aquisição da PT Portugal, acordou a aquisição de 7% da Suddenlink, uma transação com valor empresarial estimado de 9.1 mm$ e que marca a estreia da holding no mercado de cabo e banda larga dos EUA, revelou o grupo num comunicado no passado dia de maio. A Hewlett-Packard anunciou que vai vender uma participação maioritária da sua atividade de servidores, armazenamento e tecnologia na China por.3 mm$ dólares à Tsinghua Holdings, uma empresa detida pela universidade chinesa Tsinghua. Esta joint-venture levará à criação de um novo grupo denominado H3C, que terá uma capitalização bolsista de.5 mm$ e irá liderar este setor no mercado chinês. Euro depreciou em relação à libra, ao iene e face ao dólar No mercado cambial, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro desceu, pela 1.ª vez nas últimas semanas, aliviando de máximos desde finais de fevereiro, diminuindo a distância face aos mínimos desde maio de observados na.ª semana de março, tendo então a moeda única vindo a ser prejudicada pelas medidas de estímulo do BCE. Recorde-se que, na reunião de política monetária de de janeiro, o BCE manteve as taxas diretoras, mas decidiu lançar um plano alargado de compra de ativos, por um montante total de mm por mês (um montante que foi superado nos dois primeiros meses de execução do programa), de março de 15 até, pelo menos, setembro de 1, confirmando o lançamento do pacote de estímulos já antecipado pelo mercado e numa dimensão até superior à que se vinha comentando, que entrou em vigor já no passado dia 9 de março, após o anúncio na última reunião do BCE (5 de março). Acresce que, do outro lado do Atlântico, após a Fed ter terminado na reunião de 9/1/1 as suas compras mensais de dívida, é expectável que inicie este ano uma subida das taxas de juro, embora sendo altamente improvável que a 1.ª subida ocorra na 1.ª metade do ano, sendo com os responsáveis da Fed revelaram, na reunião realizada em meados de março, previsões mais cautelosas relativamente ao ritmo de subidas de taxas este ano. Todavia, na última reunião de 9 de abril, o facto de a Fed não se comprometer com qualquer data (que estará dependente da recuperação do ímpeto de crescimento da economia e do emprego) condicionou a cotação do dólar, enquanto a prejudicar o euro estiveram as já referidas palavras de Benoit Coeure, membro do BCE, que afirmou que durante os meses de maio e junho a autoridade monetária pretende aumentar a compra de dívida num montante superior aos mil milhões de euros por mês previstos no programa de QE. A moeda única depreciou durante a semana face à libra, ao iene e em relação ao dólar. O par mais importante, o euro/dólar, desceu 3.5%, fechando a semana em 1.13 dólares, aproximando-se dos mínimos desde dezembro de, observados 1 semanas antes. O dólar valorizou também em relação à libra e ao iene, com o Dollar Index a subir 3.1%, pela 1.ª vez em semanas (- 1.8% na semana anterior), aliviando de mínimos desde janeiro, contabilizando 13 subidas em 3 semanas, aproximando-se dos máximos desde março de 3 observados 1 semanas antes. A linha de tendência ascendente observada em 1 já tinha sido ligeiramente invertida no início do ano, um movimento de 8

9 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS inversão que foi retomado nas anteriores cinco semanas, sendo retomado na semana passada. Mercado Cambial - Spot Δ 1 sem. Δ início ano EUR/USD EUR/JPY EUR/GBP T.E.Euro T.E.Libra USD/JPY USD/GBP Dollar Index Nota: JPY: Iene / GBP: Libra / EUR: Euro / USD: Dólar. Variação positiva significa apreciação da moeda base. Movimentos ascendentes nas yields dos EUA e descendentes na Alemanha As yields da dívida de referência evidenciaram movimentos ascendentes nos EUA e descendentes na Alemanha, neste caso refletindo as já referidas palavras de Benoit Coeure sobre a maior intervenção do BCE nos mercados de dívida soberana durante o verão. Nos EUA, as yields subiram 8 p.b. no curto prazo ( anos), aumentando a distância face aos mínimos desde finais de janeiro registados na 1.ª semana de abril e diminuindo a distância face aos máximos desde abril de 11 observados semanas antes, tendo subido 7 p.b. no longo prazo (1 anos). Na Alemanha, as yields diminuíram p.b. no curto prazo ( anos), registando a 17.ª descida nas últimas 3 semanas, aproximando-se dos mínimos históricos observados seis semanas antes, tendo descido p.b. no longo prazo (1 anos), aliviando de máximos desde dezembro de 1. Refira-se que as yields a dois anos ficaram em terreno negativo pela.ª semana consecutiva. As yields dos treasuries a 1 anos afastaram-se dos mínimos desde dezembro de 1, observados 1 semanas antes, aumentando, assim, a distância face aos mínimos históricos atingidos em julho de 1 (1.38%), tendo-se aproximado de máximos desde o início de março, observados duas semanas antes. Alemanha Mercado de Dívida Pública Δ 1 sem Δ 1 sem Δ 1 sem. Anos p.b..1 8 p.b.. -5 p.b. 5 Anos.1 - p.b p.b p.b. 1 Anos. - p.b..9 7 p.b..9 1 p.b. 3 Anos 1. - p.b p.b. - - Movimentos ascendentes nos spreads da dívida a 1 anos nos países periféricos da Zona Euro Os spreads da dívida a 1 anos das economias periféricas da Zona Euro observaram um comportamento ascendente, pela 7.ª vez nas últimas 19 semanas. Portugal viu o spread subir em 1 p.b., afastando-se dos mínimos desde abril de 1 observados 1 semanas antes, aproximando-se dos máximos desde fevereiro registados na 3ª semana de abril. Espanha viu o seu spread subir em 7 p.b., afastando-se também dos mínimos desde abril de 1 observados 1 semanas antes, aproximando-se de máximos desde agosto de 1, tendo Itália visto o seu spread aumentar em 11 p.b., aumentando a EUA Portugal distância face aos mínimos desde abril de 1 observados igualmente 1 semanas antes e aproximando-se dos máximos desde dezembro de 1 observados igualmente na 3.ª semana de abril. A Grécia viu o spread subir 7 p.b., pela 1.ª vez nas últimas 1 semanas (+1 p.b. na semana anterior), aproximandose dos máximos desde dezembro de 1 observados também na 3.ª semana de abril e afastando-se dos níveis mínimos desde abril de 1, observados em junho de 1. A Irlanda viu o spread subir 5 p.b., afastando-se dos mínimos desde setembro de 8 observados três semanas antes. Dado que a subida do spread português se veio juntar à descida das yields alemãs, as yields a 1 anos das Obrigações do Tesouro português subiram menos, aumentando a distância face aos mínimos históricos observados 1 semanas antes. Spreads face ao Bund Mai 15 Valor (p.b.) Variação (p.b.) 15 Mai Dez 1 Mai 1 1Y Grécia Irlanda Portugal Espanha Itália Movimentos ligeiramente ascendentes nos spreads da dívida privada nos CDS No mercado de dívida privada, os spreads de crédito apresentaram um movimento ligeiramente ascendente, num contexto em que se observou um comportamento ascendente da pressão dos mercados sobre os países periféricos, e não obstante se ter registado um movimento tendencialmente positivo nos mercados acionistas. O índice Itraxx 5Y (o índice geral de spreads de crédito de CDS para as obrigações de investment grade) subiu 1 p.b., ficando em.9 p.b., aumentando a distância face aos mínimos desde outubro de 7 (7.7 p.b.), observados 11 semanas antes, o Itraxx Financials (o mais exposto à crise da dívida soberana) subiu 1 p.b., fechando a semana em 73.7 p.b., acima do índice Itraxx 5Y, algo que tem sido a tendência dos últimos anos, mas que não era a situação habitual antes da crise e que refletiu a situação difícil da banca europeia desde o início da crise da dívida soberana, afastando-se dos mínimos desde abril de 8 observados nove semanas. O Itraxx Cross-Over (relativo aos ativos de speculative grade, especialmente sensível ao sentimento de mercado e ao ciclo económico) avançou também 1 p.b., ficando em 77. p.b., aumentado a distância face aos mínimos desde setembro de 1 e a distância face aos máximos desde outubro de 13 observados em meados de outubro de 1. Spreads de Crédito (Índices de CDS 5Y ) Mai 15 Valor (p.b) Variação (p.b.) 15 Mai Dez 1 Mai 1 Itraxx Itraxx Financials Itraxx Cross Over Movimentos ascendentes das Libor e mistos das Euribor No mercado monetário interbancário (MMI), as Libor do dólar subiram 1 p.b. nos três, seis e 1 meses, atingindo neste prazo máximos desde fevereiro de 13, sendo que as Euribor 9

10 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS estabilizaram nos três meses e seis meses e desceram 1 p.b. nos 1 meses, com o prémio de risco no MMI europeu, medido pelo OIS spread, a estabilizar nos três e 1 meses e a descer 1 p.b. nos seis meses e com as expectativas em relação ao nível das taxas de juro overnight a estabilizar nos três meses e a descer 1 p.b. nos seis e 1 meses. Refira-se que a Euribor a três meses no passado dia 1 de abril caiu para valores negativos, tendo permanecido nesses valores desde então. Mercado Monetário EUR USD Δ 1 sem Δ 1 sem. 1 mês -.5 p.b..185 p.b. 3 meses -.1 p.b p.b. meses.5 p.b p.b. 1 meses.1-1 p.b p.b. Depois de terem subido bastante na.ª metade de dezembro de 13 (no início do ano a Euribor a seis meses atingiu máximos desde outubro de 1), as taxas Euribor começaram a ziguezaguear, iniciando uma trajetória descendente a partir do momento em que os mercados começaram a antecipar novos estímulos por parte do BCE (como aconteceu em junho de 1), sendo que a reunião do BCE realizada no dia de setembro de 1 acabou por conduzir as taxas Euribor para mínimos históricos em todos os prazos. O movimento de subida das Euribor no final de 13, início de 1, ter-se-á devido sobretudo à redução da liquidez excedentária, já que os bancos reembolsaram a um ritmo elevado os empréstimos obtidos nas operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO), e também à reentrada progressiva no MMI de bancos, que, devido à crise das dívidas soberanas, se tinham visto excluídos do mercado e forçados a recorrer ao BCE para crédito (estes bancos, por serem vistos como menos sólidos, obtêm financiamentos a taxas acima da média). Outro motivo poderia ser o facto de os mercados virem então progressivamente a aumentar a probabilidade de que o BCE não fosse cortar a taxa de depósitos para valores negativos, nem descer mais a refi rate (apesar de a postura oficial ter sido a de favorecer uma política mais expansionista). O comportamento das Euribor foi, assim, influenciado pelo avanço do programa de estímulos no passado dia 9 de março. O comportamento das Euribor esteve associado a marginais descidas nos swaps sobre as taxas EONIA e a marginais subidas no prémio de risco no MMI Europeu, medido pelo OIS spread (i.e., o diferencial de juros entre operações com risco e operações com risco ínfimo, por se tratar de uma operação swap em que apenas os diferenciais de juros são trocados). Os OIS spread encontram-se, nos prazos mais curtos, sensivelmente em zero (como sucedia até à crise do subprime). Nos prazos intermédios, como por exemplo nos três meses, o OIS spread situa-se em.11 p.p., aumentando ligeiramente a distância face aos mínimos desde julho de 7 observados em finais de outubro de 1 (.715 p.p.), mas bem afastado dos.5 p.p. observados no início de junho de 1, que são um máximo desde agosto de 1. Nos prazos mais longos, a taxa continua afastada do zero, subiu de.8 p.p. para.9 p.p. nos 1 meses, aliviando de mínimos desde agosto de 7. O indicador manteve-se acima da média histórica anterior ao verão de 7 (+.1 p.p.), mas bastante abaixo do máximo histórico de.35 p.p. atingido em outubro de 8 (após a falência do Lehman Brothers). Índices gerais de commodities apresentaram um comportamento negativo As commodities apresentaram um comportamento descendente em termos agregados, com o índice compósito CRB Index a descer.5%, após nove subidas consecutivas, aliviando de máximos desde dezembro de 1 e diminuindo a distância face aos mínimos desde março de 9 observados 1 semanas antes, continuando bem aquém dos níveis máximos desde setembro de 1 observados em junho de 1. O índice GSCI S&P também desceu (-.%), pela 5.ª vez em 1 semanas, aproximando-se dos mínimos desde abril de 9 registados 17 semanas antes, aliviando de máximos desde dezembro de 1 e aumentando a distância face aos máximos de fevereiro de 13 observados em junho de 1, observando-se descidas em todas as commodities. GSCI S&P Agrícolas Energia Gado Mercadoria Moeda/Unid Metais de Base Metais Preciosos Brent Crude Mercado de Commodities - Futuros (prazos mais próximos) Ouro USD/t oz. 1. Δ% 1 sem. CRB Index USD WTI Crude USD USD USD USD USD USD Nota: Nesta tabela as cores têm o significado inverso, assinalando-se a verde as descidas, uma vez que se considera positivo para o crescimento económico global. Os preços das agrícolas desceram.%, pela 1.ª vez nas últimas 1 semanas (+1.3% na semana anterior), aproximandose dos mínimos desde maio de 1 observados três semanas antes. O gado registou uma descida de.1%, contabilizando três descidas nas últimas quatro semanas, continuando a aliviar de máximos desde janeiro, observados duas semanas antes, aproximando-se dos mínimos desde dezembro de 13 observados 13 semanas antes e diminuindo a distância face aos máximos históricos observados no final de julho de 1. Já as energéticas desceram 1.8% (+1.9% na semana anterior), contabilizando 15 descidas nas últimas semanas, aliviando de máximos desde dezembro de 1, aproximando-se dos mínimos desde março de 9 observados há 19 semanas, observando-se uma desvalorização de.% do preço do petróleo em Londres (Brent) e uma valorização de.1% em Nova Iorque (WTI crude), contabilizando, no 1.º caso, a 7.ª descida das últimas 39 semanas, aliviando de máximos desde dezembro de 1 e aproximando-se dos mínimos desde março de 9 observados há 17 semanas, mantendo-se muito aquém dos níveis máximos desde setembro de 13 observados em meados de junho de 1. Em Nova Iorque subiu pela 17.ª vez em semanas, afastando-se dos mínimos desde fevereiro de 9 observados 1 semanas antes, ficando também muito aquém dos máximos desde setembro de 13 observados em meados de junho de 1, aliviando de máximos desde dezembro de 1. O spread entre o WTI e o Brent desceu de 7.1 para 5.7 dólares, diminuindo a distância face ao mínimo desde julho de 13 observado 19 semanas antes e ficando acima do intervalo da tendência histórica (-5/+5 USD), pela 15.ª semana consecutiva e após 1 semanas dentro do mesmo, retomando a série de duas semanas acima (algo que sucedeu Δ % início ano USD/bbl USD/t oz

11 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS apenas por 9 vezes desde a última semana de set-13). O spread tinha disparado no final de 1, devido a mudanças no mercado da energia nos EUA, sobretudo ligadas ao aumento da oferta, resultantes de novos métodos de exploração do gás de xisto. Os metais de base apresentaram uma descida de.% (-1.1% na semana anterior), pela 3.ª semana consecutiva e após quatro subidas, continuando a aliviar de máximos desde dezembro de 1, observados três semanas antes e aproximando-se dos mínimos desde julho de 9 registados 13 semanas antes, mantendo-se muito afastados dos máximos desde fevereiro de 13 observados no início de setembro de 1. Numa semana em que o sentimento dos investidores nos mercados de ações foi tendencialmente positivo, os metais preciosos (considerados um ativo de refúgio) acabaram por observar uma descida de 1.9% (+3.5% na semana anterior), contabilizando 15 descidas (e 1 subidas) nas últimas 8 semanas, aproximando-se dos mínimos desde março de 1 observados 1 semanas antes, com o ouro a descer (-1.7%), pela 3.ª vez em 1 semanas, aproximando-se dos mínimos desde abril de 1 observados 1 semanas antes, e afastandose dos máximos desde agosto de 1 observados na última semana de janeiro, permanecendo muito afastado dos máximos históricos observados em 11. Mercado Acionista..3 S&P Eurostoxx 5 Taxa de Câmbio Euro/Dólar vs Eurostoxx 5 Un: EUR/USD 1. Un: Índices 3, ,8 3,7 3, , /5 19/5 /5 1/5 / /5 19/5 /5 1/5 / , Diária Acumulada Diária Acumulada 1.8 3, 1. 3,5 1. 3,5. PSI- 1. FTSE FEB 7-FEB -MAR 13-MAR -MAR 7-MAR 3-APR 1-APR 17-APR -APR 1-MAY 8-MAY 15-MAY -MAY 3,8. 1. Taxa de Câmbio Euro/Dólar Índice Eurostoxx /5 19/5 /5 1/5 /5. 18/5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada Diária Acumulada 11

12 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS Mercado de Taxas de Juro Un: p.b. 1 Taxas 1 Anos - EUA Un: p.b. Taxas 1 Anos - Zona Euro Un: p.b.. Euribor 3M Un: p.b.. Libor USD M /5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada /5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada /5 19/5 /5 1/5 / /5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada Diária Acumulada Un: p.b. Portugal - Spread face ao Bund 1 Anos 8 Un: p.b. Spain - Spread face ao Bund 1 Anos Diferencial OIS Spread Libor/Euribor a 3 meses vs Itraxx a 5 anos Un: p.p.. Un: p.b /5 19/5 /5 1/5 /5-18/5 19/5 /5 1/5 / Diária Acumulada Diária Acumulada Italy - Spread face ao Bund 1 Anos Greece - Spread face ao Bund 1 Anos Un: p.b Un: p.b FEB 7-FEB -MAR 13-MAR -MAR 7-MAR 3-APR OIS Spread Libor/Euribor 1-APR 17-APR -APR 1-MAY Itraxx a 5 anos 8-MAY 15-MAY -MAY /5 19/5 /5 1/5 /5-18/5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada Diária Acumulada Países periféricos - Spreads face ao Bund a 1 anos Un: p.b. 15, -.7 Un:% Yield Curve: EONIA Implícita na Curva de Swaps da EONIA ,8 1, 1, , 1, FEB 7-FEB -MAR 13-MAR -MAR 7-MAR 3-APR 1-APR 17-APR -APR 1-MAY 8-MAY 15-MAY -MAY Grécia (esc. dir) Irlanda Portugal (esc. dir) Espanha Itália Horizonte (em Meses)

13 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 MERCADOS FINANCEIROS Mercado Cambial.5. Euro/Dolar 3..8 Dollar Index Euro/Dólar Options Risk Reversal vs Taxa de Câmbio Dólar/Euro Un: EUR/USD /5 19/5 /5 1/5 / /5 19/5 /5 1/5 / Diária Acumulada Diária Acumulada Un: p.b Euro/Libra.. -. Euro/Iene -.8 -FEB 7-FEB -MAR 13-MAR -MAR 7-MAR 3-APR 1-APR Euro/Dólar Options Risk Reversal 17-APR -APR 1-MAY 8-MAY 15-MAY -MAY Taxa de Câmbio Dólar/Euro /5 19/5 /5 1/5 / /5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada Diária Acumulada Mercado de Commodities WTI Crude Brent 3 EUA - Variação dos Stocks de Combustíveis (DOE) Un: 1^ barris /5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada /5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada Commodities - Composite. Ouro Petróleo Gasolina Prod. Destilados Petróleo - Consenso Gasolina - Consenso Prod. Destilados - Consenso /5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada -. 18/5 19/5 /5 1/5 /5 Diária Acumulada 13

14 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 EVENTOS ANUNCIADOS Indicadores Anunciados na Semana Passada País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão Portugal 19-Mai IPP (MoM) Apr --.1%.8% -- IPP (YoY) Apr -- -.% -.% -- -Mai Encomendas na Construção e Obras Públicas nsa (YoY) 1Q % 9.5% -- Indicador Atividade Económica - INE (mm3m) Mar --.3%.1%.% Indicador Coincidente de Atividade Económica - BdP (YoY) Apr --.8%.%.% Indicador Coincidente do Consumo Privado - BdP (YoY) Apr -- 1.% 1.5% 1.7% Indicador FBCF - INE (mm3m) Mar %.3% -- 1-Mai Balança Corrente Mar M -15.7M -13.3M Crédito ao Setor Privado Não Financeiro (YoY) Mar % -.% -- -Mai Desemprego Registado nsa Apr Desemprego Registado nsa (MoM) Apr % -.3% - - Desemprego Registado nsa (YoY) Apr % -1.% - - Espanha -Mai Balança Comercial (EUR) Mar M -37.M -- Alemanha 19-Mai ZEW (expectativa) May ZEW (Situação Atual) May Mai IPP (MoM) Apr.%.1%.1% -- IPP (YoY) Apr -1.% -1.5% -1.7% -- 1-Mai PMI Composite May P PMI Services May P Mai Consumo Privado (QoQ) 1Q.%.%.8%.7% Exportações (QoQ) 1Q.5%.8% 1.3% 1.% IFO - Avaliação Atual May IFO - Clima Empresarial May IFO - expectativas May Importações (QoQ) 1Q 1.% 1.5% 1.% 1.9% Investimento em Capital (QoQ) 1Q.8% 1.5% 1.%.8% Investimento em Construção (QoQ) 1Q 1.8% 1.7%.1% 1.3% PIB nsa (YoY) 1Q F 1.1% 1.1% 1.1% -- PIB sa wda (QoQ) 1Q F.3%.3%.3% -- PIB sa wda (YoY) 1Q F 1.% 1.% 1.% -- Procura Interna (QoQ) 1Q.7%.5%.5% 1.1% França 1-Mai PMI Composite May P PMI Manufacturing May P PMI Services May P Mai Índice de Confiança Empresarial (INSEE) May Índice de Confiança Industrial (INSEE) May Perspetivas sobre Produção da Própria Empresa May Perspetivas sobre Produção Global May Itália -Mai Encomendas Industriais nsa (YoY) Mar --.7%.% -- Encomendas Industriais sa (MoM) Mar.7% -.3%.8% -- Vendas a Retalho (MoM) Mar.% -.1% -.% -.1% Vendas a Retalho (YoY) Mar.% -.%.1%.% Vendas Industriais nsa (YoY) Mar --.9% -.9% -- Vendas Industriais sa (MoM) Mar %.% -- Zona Euro 19-Mai Balança Comercial Mar.B 3.B.3B -- Balança Comercial sa Mar 1.9B 19.7B.B.B IPC (MoM) Apr.%.% 1.1% -- IPC (YoY) Apr F.%.%.% -- IPC Core (YoY) Apr F.%.%.% -- Registos Automóveis na UE-7(YoY) Apr --.9% 1.% -- ZEW (expectativa) May Mai Produção na Construção sa (MoM) Mar --.8% -1.8% -1.% Produção na Construção wda (YoY) Mar % -3.7% -3.5% 1-Mai Balança Corrente nsa Mar --.9B 13.8B 1.7B Balança Corrente sa Mar.B 18.B.B 7.3B Confiança do Consumidor May A PMI Composite May P PMI Manufacturing May P PMI Services May P R. Unido 18-Mai Preços Habitação - Rightmove nsa (MoM) May % 1.% -- Preços Habitação - Rightmove nsa (YoY) May --.5%.7% Mai IPCH (MoM) Apr.%.%.% -- IPCH (YoY) Apr.% -.1%.% -- IPCH Core (YoY) Apr 1.%.8% 1.% -- IPP Input nsa (MoM) Apr.8%.%.3%.% IPP nsa (YoY) Apr -1.% -1.7% -1.7% -- ONS - Preços Habitação (YoY) Mar -- 9.% 7.% 7.% -Mai Atas da Reunião do Banco de Inglaterra Mai Carteira de Encomendas - CBI May CBI - Preços das Vendas nos próximos 3 meses May Vendas a Retalho (MoM) Apr.% 1.% -.5% -.7% Vendas a Retalho (YoY) Apr 3.7%.7%.%.% Vendas a Retalho Ex Combustíveis - reais sa (MoM) Apr.% 1.%.%.% Vendas a Retalho Ex Combustíveis - reais sa (YoY) Apr 3.7%.7% 5.%.8% -Mai Défice Orçamental (Estado) Apr 7.9B.B.7B.1B Défice Orçamental ex. Intervenções Sist. Fin. Apr 8.3B.8B 7.B.8B Necessidades de Financiamento do Setor Público Apr -- -.B 19.B 1.B EUA 18-Mai NAHB - Índice Confiança na Construção de Habitações May Mai Fogos Iniciados (MoM) Apr 9.%.%.%.9% Fogos Iniciados saar Apr 115K 1135K 9K 9K Licenças de Construção (MoM) Apr.1% 1.1% -5.7% -5.5% Licenças de Construção saar Apr 1K 113K 139K 138K 1-Mai Bloomberg Economic Expectations May Confiança do Consumidor (Bloomberg; anterior ABC) May Indicador Avançado - Conf. Board (MoM) Apr.3%.7%.%.% Indicador Coincidente - Conf. Board (MoM) Abr --.%.1% -.1% Índice de Atividade Nacional - CFNAI Apr Kansas City Fed May Pedidos Subsídio de Desemprego - Acumulado May 9 31K 11K 9K 3K Pedidos Subsídio de Desemprego - Novos May 1 7K 7K K -- Philadelphia Fed. May PMI Manufacturing (Markit) May P Vendas Casas Usadas (MoM) Apr.8% -3.3%.1%.5% Vendas Casas Usadas saar Apr 5.3M 5.M 5.19M 5.1M -Mai IPC (MoM) Apr.1%.1%.% -- IPC (YoY) Apr -.% -.% -.1% -- IPC Core (MoM) Apr.%.3%.% -- IPC Core (YoY) Apr 1.7% 1.8% 1.8% -- Fonte: Thomson Reuters.; Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses. 1

15 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 EVENTOS ANUNCIADOS Indicadores Anunciados na Semana Passada (continuação) País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão Japão 18-Mai Encomendas de Maquinaria (MoM) Mar 1.5%.9% -.% -1.% Encomendas de Maquinaria do Setor Privado (Core) (YoY) Mar -.%.% 5.9% -- Índice Setor Terciário (MoM) Mar -.5% -1.%.3%.% Produção Industrial nsa (YoY) Mar F % -1.% -- Produção Industrial sa (MoM) Mar F % -.3% -- Utilização Capacidade Instalada Mar % -3.% -- -Mai Consumo Privado (QoQ) 1Q P.%.%.5%.% Deflator PIB (YoY) 1Q P 3.% 3.%.% -- Empréstimos à Habitação (YoY) 1Q --.5%.5% -- Indicador Avançado Mar F Indicador Coincidente Mar F Investimento Empresarial (QoQ) 1Q P.%.% -.1%.% PIB (QoQ) 1Q P.%.%.%.3% PIB Anualizado (QoQ) 1Q P 1.%.% 1.5% 1.1% PIB Nominal (QoQ) 1Q P 1.5% 1.9% 1.%.7% 1-Mai Índice de Atividade Económica sa (MoM) Mar -.% -1.3%.1%.% PMI Manufacturing May P Mai Banco do Japão - Decisão de Taxa de Juro May % -- BoJ: Crescimento anual da Base Monetária May 8T 8T 8T -- Brasil 19-Mai Confiança Industrial (CNI) May Mai Índice de Atividade Económica nsa (YoY) Mar.7%.5% -3.1% -.13% Índice de Atividade Económica sa (MoM) Mar -.5% -1.7%.3%.59% Taxa Desemprego nsa Apr.3%.%.% -- -Mai Criação de Emprego Apr IPCA-15 - IBGE (MoM) May.59%.% 1.7% -- IPCA-15 - IBGE (YoY) May 8.3% 8.% 8.% -- China 1-Mai PMI Manufacturing - HSBC May P Rússia 17-Mai Budget Level (Year to date) Apr -1.B B -- -Mai Produção Industrial nsa (YoY) Apr -1.% -.5% -.% -- 1-Mai IPP (MoM) Apr 1.%.7% 5.5% -- IPP (YoY) Apr 13.3% 15.% 13.% -- Reservas de Ouro e Divisas (USD) May B 358.5B -- -Mai Investimento de Capital (YoY) Apr -.% -.8% -5.3% -- Rendimento Disponível (YoY) Apr -5.5% -.% -1.8% -- Salários Reais (YoY) Apr -9.1% -13.% -9.3% -1.% Taxa de Desemprego nsa Apr.% 5.8% 5.9% -- Vendas a Retalho - Reais nsa (MoM) Apr -.7% -.%.8% -- Vendas a Retalho - Reais nsa (YoY) Apr -8.1% -9.8% -8.7% -- Índia 18-Mai Défice Orçamental Mar Fonte: Thomson Reuters.; Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses. 15

16 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 EUA EUA: Dados relativos à indústria ficaram aquém das expectativas, os do emprego continuaram robustos, bem como os relativos ao investimento em construção Foi uma semana em que não foram divulgados muitos indicadores para a maior economia do Mundo, mas que, apesar de tudo, cobriram diferentes dimensões. Os dados relativos à indústria ficaram aquém das expectativas (se bem que esperando-se uma aceleração da produção industrial no.º trimestre), os do emprego continuaram robustos, nomeadamente com a média de quatro semanas dos novos pedidos de subsídio de desemprego em mínimos desde, bem como os dados relativos ao investimento em construção, com fortes subidas nos fogos iniciados e nas licenças de construção. Em termos de indicadores compósitos, o indicador coincidente da Conference Board subiu.% em abril (-.1% no mês anterior), sinalizando um crescimento anualizado do PIB de 3.% no.º trimestre de 15 (sugeria +3.5% no 1.º trimestre de 15, quando o PIB avançou +.%). Por sua vez, o superindicador da Fed de Chicago (constituído por 85 indicadores mensais e que visa medir a atividade económica a nível nacional), acelerou em abril, mas sinalizando pelo.º mês consecutivo um valor inferior à sua média de longo prazo. De resto, considerando a média móvel de três meses, trata-se de um crescimento igualmente inferior à média pelo 3.º mês consecutivo, após 11 meses acima, sugerindo uma expansão (anualizada) do PIB de.% para o trimestre terminado em abril, depois de ter sinalizado um crescimento de.1% para o trimestre terminado em março (i.e., o 1.º trimestre), quando o PIB subiu somente.%). Admite-se que na totalidade do trimestre o indicador possa sinalizar um crescimento superior, na ordem dos 3.5%. De resto, para o.º trimestre de 15 prevemos que o PIB possa recuperar grande parte do crescimento perdido no 1.º trimestre, podendo avançar a um ritmo perto dos.% observados no mesmo período de 1, apontando-se para um valor entre 3.5% e.5%. Por sua vez, o indicador avançado da Conference Board subiu bem mais do que o esperado em abril, ascendendo a níveis máximos desde maio de 7, sinalizando para o 3.º trimestre de 15 um crescimento anualizado do PIB de.%, mais do que sinalizava para o.º trimestre de 15 (+3.%), esperando-se que, como referido, em ambos os trimestres o PIB possa crescer na ordem de.%, com a atividade a beneficiar: i) da comparação com o 1.º trimestre (quando o PIB subiu somente.%), que foi marcado por condições meteorológicas adversas e pelo facto de, como referido aquando dos dados da 1.ª estimativa do PIB do 1.º trimestre de 15, os dados do 1.º trimestre do ano tendem a exibir ainda sazonalidade, pelo que o crescimento antecipado para o PIB no.º e 3.º trimestre também deverá refletir este efeito. indicações positivas para o º trimestre, designadamente no imobiliário, que mantém tendência de recuperação No imobiliário continuaram a surgir sinais de recuperação. As vendas de casas usadas caíram inesperadamente em abril, mas tratando-se apenas da.ª descida em 13 meses, aliviando do nível mais elevado desde setembro de 13. A NAR referiu que após um início de 15 desapontante, e não obstante a descida de abril, começam a ser visíveis sinais de recuperação. Refirase que os dados de inverno podem ser bastante voláteis devido a questões sazonais nem sempre captadas pelos fatores de sazonalidade, nomeadamente quando resultam de condições meteorológicas extremas (e os meses de janeiro e fevereiro foram marcados por fortes nevões), mas o facto de os stocks de casas usadas no mercado estarem baixos, bem como a subida dos preços das casas a um ritmo superior ao da inflação, poderá estar a pesar na atividade do setor, não obstante as taxas de juro historicamente muito baixas constituírem um suporte. Em todo o caso, a expectativa da NAR é de uma subida das vendas em 15 (+.%). O stock de casas à venda caiu para perto do registo de fevereiro, que é um mínimo desde janeiro de 13, quando se situou no nível mais baixo desde janeiro de 1, contribuindo para a aceleração dos preços. Já ao nível da construção, os fogos iniciados subiram mais do que o esperado em abril, contabilizando o.º crescimento consecutivo, depois de nos meses anteriores terem sido prejudicados por nevões de uma intensidade superior à média observados em grande parte dos EUA, tendo atingido um máximo desde novembro de 7, sendo visível, assim, uma recuperação do setor. Também a média móvel de três meses (mm3m) das licenças de construção subiu, pela 8.ª vez em nove meses, atingindo o nível mais elevado desde janeiro de 8, com a média dos últimos 1 meses a apresentar valores superiores aos dos fogos iniciados, o que sugere que os construtores não iniciaram tantas construções durante o inverno devido ao mau tempo e continuam a preparar terreno na expectativa de continuação da melhoria das condições no setor. Refira-se que, em abril, o nosso indicador de tendência para o imobiliário americano obtido através da 1.ª componente principal das diversas variáveis do imobiliário acima referidas subiu, após três quedas consecutivas, contabilizando 11 subidas em 1 meses, mas tendo a sua mm3m caído pelo.º mês consecutivo, após 1 subidas, continuando a aliviar de um máximo desde maio de 8. Em termos trimestrais, depois de no 1.º trimestre de 15 os fogos iniciados terem evidenciado uma descida anualizada de 7.% (revista dos anteriores -31.%), no.º trimestre de 15 deverão regressar ao crescimento. Os fogos completados estão a subir pela 3.ª vez em quatro trimestres e os fogos em construção a contabilizar a 15.ª subida consecutiva, pelo que se antecipa que o investimento em construção residencial observe um novo crescimento no.º trimestre de 15, e em significativa aceleração, depois de no 1.º trimestre ter avançado somente 1.3%. Segundo as contas nacionais, a subida do investimento em construção residencial no 1.º trimestre ocorreu pelo.º trimestre consecutivo, após duas quedas, contabilizando-se 1 expansões em 1 trimestres. Note-se que o investimento em construção teve em 1 o primeiro contributo positivo para o crescimento anual do PIB desde 5, voltando a apresentar um novo contributo positivo em 13 e em 1. Refira-se que o potencial de crescimento continua a ser elevado, já que no 1.º trimestre a atividade no setor correspondeu a apenas 57.% do máximo histórico registado em 5, pelo que se pode afirmar que o setor ainda permanece numa situação delicada, se bem que já se comece a denotar alguma retoma da sua importância enquanto tradicional líder durante os períodos de recuperação após as recessões. Inflação negativa, devido à descida dos preços da energia Ao nível dos preços, refira-se que a inflação homóloga desceu em abril de -.1% para -.%, o registo mais baixo desde outubro de 9. Já o crescimento do IPC core manteve-se em 1.8%, depois de no mês de janeiro, com 1.%, ter igualado quatros outros meses como os mais baixos ritmos de crescimento desde junho de 11, continuando num valor inferior ao target de % da Fed para o deflator do consumo privado. Apesar de a inflação estar aquém do objetivo, a taxa de desemprego tem vindo a aproximar-se do seu nível de longo prazo, o que deverá levar a Fed a subir as taxas de juro, previsivelmente na reunião de setembro, sendo que as minutas da última reunião, divulgadas durante a semana, revelaram que a autoridade monetária não tem intenção de realizar uma subida de taxas na próxima reunião de junho, de resto, em linha com as nossas expectativas e as do mercado. 1

17 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 EUA Aconteceu na semana passada nos EUA Confiança dos Consumidores O indicador de confiança dos consumidores, divulgado pela Bloomberg, desceu no 3.º registo semanal de maio, de 3.5 para. pontos, registando a.ª queda consecutiva, após quatro subidas, afastando-se dos 7.9 pontos registados seis semanas antes, quando atingiu o valor mais elevado desde abril de 7 e ficando no valor mais baixo desde o início de dezembro de 1. Em termos médios mensais, observa-se também uma descida, a.ª consecutiva, caindo apenas pela 3.ª vez em oito meses, ficando em mínimos desde novembro de 1 e afastando-se do registo de janeiro, quando atingiu um máximo desde abril de 7, antes do início da última recessão (em dezembro de 7). Verificam-se movimentos negativos em duas das três componentes. O índice relativo à predisposição para consumir está a cair pelo.º mês consecutivo, após duas subidas consecutivas, continuando a aliviar de um máximo desde março de 7. O indicador referente às finanças pessoais está a subir ligeiramente face ao nível do final do mês anterior, quando anulou cerca de ¾ da subida de março e se afastou do registo de janeiro, quando atingiu um máximo desde abril de 7, tendo, em 13, sido condicionado pelos aumentos de impostos que entraram em vigor em janeiro de 13 (em resultado do acordo entre Democratas e Republicanos) e, a partir de meados desse ano, penalizado pela subida das taxas de juro de longo prazo de referência para as hipotecas. Por último, o índice relativo ao estado da economia está a cair, após duas subidas consecutivas, contabilizando apenas duas quedas em oito meses, passando do nível mais elevado desde janeiro (quando atingiu níveis máximos desde abr-7) para o mais baixo desde novembro de 1, e depois de em outubro de 13 ter feito mínimos desde setembro de 1. Num relatório calculado igualmente pela Bloomberg, paralelo ao indicador semanal, o indicador mensal de expectativas relativamente à economia americana apresentou um comportamento desfavorável em maio, pelo 3.º mês consecutivo, continuando a aliviar do máximo desde janeiro de 11 observado em fevereiro e ficando em mínimos desde setembro de 1. Indicador compósito Neste momento são conhecidos três dos cinco indicadores para o mês de maio, com as indicações a serem, para já, mais negativas do que no mês anterior (quedas nos indicadores da Bloomberg, da IBD/TIPP e da Universidade de Michigan), mas podendo no conjunto do.º trimestre de 15 ficar sensivelmente no mesmo valor médio observado no 1.º trimestre de 15, quando (em termos da média dos cinco indicadores) renovou máximos de ciclo, beneficiando da tendência de aceleração da economia e do emprego. O indicador da IBD/TIPP caiu em maio, de 51.3 para 9.1 pontos, contrariando as expectativas do mercado (consenso: 5. pontos), depois de no mês anterior ter-se situado muito perto do registo de janeiro (51.5 pontos), que é um máximo desde outubro de 1, superando a tendência histórica, mas continuando a ser o indicador de confiança dos consumidores que revela um maior pessimismo. O indicador da Universidade Michigan de maio (estimativa preliminar) caiu pela 3.ª vez em quatro meses, aliviando de um máximo desde janeiro (98.1 pontos), que é o nível mais elevado desde janeiro de, ficando agora em mínimos desde outubro de 1. Recorde-se que em abril o nosso indicador compósito para a confiança dos consumidores americanos obtido através da média ponderada dos cinco principais indicadores de confiança dos consumidores subiu pelo.º mês consecutivo, recuperando parcialmente da queda de fevereiro, contabilizando seis subidas em sete meses, aproximando-se do valor mais elevado desde fevereiro de 7 observado em janeiro. Cenário para o consumo No 1.º trimestre de 15, o nosso indicador compósito para a confiança dos consumidores atingiu o nível mais elevado desde o 1.º trimestre de 7, sinalizando um crescimento anualizado de 3.5% do consumo privado, mas tendo este acabado por crescer 1.9%, em abrandamento face aos.% do.º trimestre de 1. Nos últimos dois trimestres o consumo cresceu, assim, a um ritmo médio de 3.%, inferior aos 3.8% observados na média do 3.º trimestre de 1 e do.º trimestre de 1, mas superior à média dos crescimentos trimestrais de 13 (+.8%), quer da mediana dos crescimentos dos últimos anos (+3.%), suportado: i) pela aceleração do emprego; ii) pela queda dos preços da energia; iii) pelas baixas taxas de juro. Para o.º trimestre de 15, o nosso indicador compósito para a confiança dos consumidores sinaliza um crescimento anualizado novamente de 3.5% do consumo privado, prevendo-se também um crescimento entre 3.% e.% : :Q Un: Índice 1:11 EUA - Consumo Anualisado (QoQ) vs Conf. Consumidor Composite 1997:Q 13: 1999:Q EUA - Confiança dos Consumidores 13:5 1:Q 13:8 Previsão - Q15 YoY:3.3/QoQ Anz:3.5 3:Q 13:11 Conf. Board (esc. esq.) IBD/TIPP (esc. esq.) 5:Q 1: 7:Q 1:5 9:Q 1:8 11:Q 1:11 13:Q Un: Índice 15: Un: Indice 15:Q Consumption - QoQ Anualiz. (esc. esq.) Consumer Confidence - Quarterly Average (esc. dir.) 15:5 Univ. Michigan (esc. esq.) Bloomberg (esc. dir.) EUA - Indicadores de Confiança dos Consumidores Valor Variação Ind. Confiança Abr-15 Mai-15 Abr-15 Mai-15 Conference Board Bloomberg IBD Michigan RBC

18 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 EUA Emprego Os novos pedidos de subsídio de desemprego subiram um pouco mais do que o esperado na semana terminada em 1 de maio, de mil para 7 mil (consenso: 7 mil), continuando abaixo da marca dos 3 mil mas ficando ainda relativamente perto dos mil registados três semanas antes, que é o valor mais baixo desde abril de, ou seja, antes do início da recessão de 1/ e bem antes da Grande Recessão de 8/9. Notese que os pedidos de subsídio de desemprego são bastante voláteis, pelo que importa olhar para a média móvel de quatro semanas (mms), que já mesmo no final de 1 apresentava leituras consistentes com os fundamentos económicos e que, neste caso, caíram pela.ª semana consecutiva, para o valor mais baixo desde abril de. Ao descer de 7 para mil indivíduos, a variável apresentou-se pela 7.ª semana consecutiva abaixo da barreira psicológica dos 3 mil, e pela 3.ª vez em 35 semanas (e esteve também abaixo por quatro vezes em julho de 1 e agosto de 1, algo ímpar em nove anos), sinalizando uma criação de postos de trabalho no setor privado entre 35 e 5 mil em maio, valores superiores aos 13 mil criados em abril (o total do emprego não-agrícola subiu 8 mil naquele mês). Importa contudo ter em mente que os novos pedidos de subsídio de desemprego refletem sobretudo os despedimentos, mas sendo de referir que ao nível das contratações os dados têm-se revelado igualmente favoráveis. O último dado quantitativo disponível revelou que em março as ofertas de emprego aliviando de um máximo de ciclo (desde janeiro de 1), mas com a sua média móvel de três meses a subir para o nível mais elevado desde a criação do indicador em dezembro de. Relativamente ao mês de maio, ao nível dos indicadores qualitativos da indústria transformadora, os indicadores regionais de emprego, em média, estão a subir, sinalizando uma criação de empregos no setor. Também a componente de emprego do indicador nacional PMI Manufacturing da Markit sinalizou um aumento dos postos de trabalho no setor pelo.º mês consecutivo e pela 5.ª vez em meses, ao maior ritmo em seis meses. No.º trimestre de 1, a criação de empregos foi de 973 mil, o melhor trimestre desde o.º trimestre de 1999 (+987 mil). No 3.º trimestre de 1 tinham sido criados 71 mil empregos e no.º trimestre de 1 um total de 85 mil. Em média, nos três últimos trimestres a economia criou empregos a um ritmo trimestral de 8 mil, a melhor performance desde o 1.º trimestre de No ano de 1 foram criados 3.11 milhões de empregos, ao maior ritmo desde Relativamente ao 1.º trimestre de 15, observouse um abrandamento para 55 mil. Relativamente ao.º trimestre de 15, admitindo que em maio e junho o emprego sobe em linha com o que é sinalizado pelos novos pedidos de subsídio de desemprego, então o emprego deverá acelerar, sendo criados mais de 7 mil postos de trabalho no conjunto do trimestre. O facto de o ritmo de recuperação do emprego ser ainda inferior à velocidade da perda de empregos registada durante a Grande Recessão acaba assim por continuar a corroborar a manutenção de uma política monetária ainda expansionista por parte da Fed, que na reunião de outubro de 1 finalizou as compras mensais de dívida, mas que manteve a taxa de juro num mínimo histórico (o intervalo de referência encontra-se entre.% e.5%). Na reunião de 9 de abril, a Fed manteve a taxa de juro e voltou a afirmar explicitamente que a subida de taxas estará condicional ao cenário macroeconómico e não ao tempo decorrido após o fim dos programas de compra de dívida. Note-se que a maioria dos responsáveis da Fed tinha apontado, na anterior reunião de março, para que a taxa dos fed funds fechasse 15 em níveis inferiores a 1.% (a mediana das previsões passou de 1.5% em dezembro de 1 para.5% em março de 15). Esta revisão da Fed terá resultado: i) do facto de a economia ter crescido no.º trimestre de 1 e no 1.º trimestre de 15 aquém do esperado; ii) da subida do dólar; iii) do enquadramento internacional menos favorável nas economias emergentes; iv) da baixa inflação. Apontamos desde a reunião de março para duas subidas de.5 p.p., fechando 15 no intervalo entre.5% e.75%, menos.5 p.p. do que anteriormente previsto. Refira-se que as minutas da reunião de março da Fed revelaram que no seio da Fed parece não existir unanimidade relativamente ao momento de subida de taxas. No final de março, James Bullard, Presidente da Fed de St Louis, considerou que uma taxa de juro de zero já não é apropriada para a economia americana e que a política monetária continuará a ser "extremamente acomodatícia" mesmo se a Fed começar a subir ligeiramente as taxas "algures no verão. O responsável alertou os investidores para a necessidade de alinharem as suas expectativas sobre o timing para a subida de taxas, com o discurso da Fed. O efeito de surpresa pode provocar uma volatilidade não esperada. Todavia, o Presidente da Fed de Chicago, Charles Evans, considera (uma afirmação que reiterou no início de maio) que a Fed só deveria subir as taxas de juro quando a inflação estiver perto da sua meta, defendendo, assim, a manutenção de taxas ao longo de 15. A própria Presidente da Fed acabou por falar posteriormente, continuando a referir que o ritmo de subidas de taxas será gradual, uma postura perfeitamente compreensível, sobretudo tendo em consideração o facto de a economia e o mercado de trabalho terem abrandado no início do ano e em que a subida do dólar nos últimos meses estará a condicionar a competitividade da economia americana, patente na descida das exportações no último 1.º trimestre de 15 (se bem que também prejudicadas pelo mau tempo e por greves portuárias na Costa Oeste). Un: Índice Un: Milhares (escala invertida) : , EUA - Índice Regionais de Emprego vs Pedidos Semanais :5 7:5 8:5 9:5 1:5 11:5 1:5 13:5 1:5 15: Índice Regionais de Emprego - média 7 (esc. esq.) Novos Pedidos Subsídio Desemprego - Média Semanas (esc. dir.) EUA - Variação do Emprego Não-Agrícola vs Pedidos Semanais Un: 1^3 Empregos Un: 1^3 Empregos 8 5 5:5 :5 7:5 8:5 9:5 1:5 11:5 1:5 13:5 1:5 15: Variação do Emprego Não-Agrícola Pedidos Subs. Desemprego - MM Semanas - esc dir. e invertida 18

19 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 EUA Imobiliário Vendas de Casas Usadas O número de vendas de casas usadas, publicado pela Associação Nacional de Agentes Imobiliários (NAR), caiu 3.3% em abril, para um valor anualizado de 5. milhões de casas, contrariando as expectativas do mercado (consenso: 5.3 milhões), mas ficando pelo.º mês consecutivo acima da marca de 5 milhões. Trata-se da 1.ª descida em três meses e apenas da.ª queda em 13 meses, aliviando do nível mais elevado desde setembro 13, aumentando a distância face à leitura de julho de 13 (5.38 milhões), quando atingiram o.º nível mais elevado desde março de 7, encontrando-se agora em abril.1% acima do mínimo de ciclo observado em meados de 1. As vendas apresentaram uma subida de.1% face a igual período do ano anterior, a 7.ª consecutiva (+1.9% no mês anterior), após 11 quedas, retomando a anterior sequência de 8 meses de subidas. A NAR referiu que após um início de 15 desapontante, e não obstante a descida de abril, começam a ser visíveis sinais de recuperação. Refira-se que os dados de inverno podem ser bastante voláteis devido a questões sazonais nem sempre captadas pelos fatores de sazonalidade, nomeadamente quando resultam de condições meteorológicas extremas (e os meses de janeiro e fevereiro foram marcados por fortes nevões), mas o facto de os stocks de casas usadas no mercado estarem baixos, bem como a subida dos preços das casas a um ritmo superior ao da inflação poderá estar a pesar na atividade do setor, não obstante as taxas de juro historicamente muito baixas constituírem um suporte. Em todo o caso, a expectativa da NAR é de uma subida das vendas em 15, acompanhando: i) a subida do número de casas à venda (os exíguos stocks de casas à venda têm sido, em algumas regiões e tipologias um entrave à subida das vendas); ii) o abrandamento do ritmo de subida dos preços; iii) a aceleração anual do crescimento económico; iv) as baixas taxas de juro (sendo que a subida das taxas será um desafio para o setor). Refira-se que a NAR ainda continua preocupada com os ventos contrários associados: i) aos apertados critérios de concessão de crédito (não obstante o incumprimento ter vindo a descer); ii) ao ritmo de subida nos preços das casas nos últimos anos, sobretudo perante fracos crescimentos dos rendimentos das famílias, já que a recuperação no mercado laboral tem sido mais intensa ao nível da quantidade (emprego e horas trabalhadas) do que do preço (salários). Mas a NAR também continua a esperar os impactos positivos de diversos fatores: i) a continuação do crescimento do emprego e a aceleração nos salários; ii) a colocação de mais casas novas no mercado, de modo a impedir que os preços das casas usadas subam aos anteriores ritmos insustentáveis; iii) a recuperação da constituição de famílias (durante a crise aumentou a dimensão das famílias americanas, com os jovens a saírem mais tarde da casa dos seus pais); iv) a redução dos prémios de seguros. Apesar de continuarem acima dos níveis médios observados durante os 18 meses da última recessão (.7 milhões), as vendas permaneceram a uma larga distância dos mais de 7 milhões de habitações vendidas no ano dourado do setor (5) e 1.% abaixo da média de De resto, como reconhece a própria NAR, mantêm-se restrições na oferta, com o stock de casas usadas para venda a continuar bem abaixo do período pré-crise no imobiliário, limitando as oportunidades de compra e pressionando os preços dos imóveis em muitos mercados, se bem que a subida dos preços resulte também de menos casas em dificuldades no mix de vendas. De facto, a NAR referiu anteriormente que as transações de casas usadas estavam no início do ano em níveis historicamente baixos para a população americana (os níveis de 13 já estavam praticamente em linha com os padrões normais, sendo que esse gap alargou-se em 1, quer devido à queda anual das vendas, quer devido à subida da população), mas o crescimento dos preços está historicamente elevado, existindo uma variável que explica estes dois fenómenos: justamente os exíguos stocks de casas colocadas à venda. Taxas de juro As taxas de juro das hipotecas continuam historicamente baixas, sendo que, após a subida em 13, de maio de 1 a janeiro de 15 desceram, com a exceção a ser set-1. As taxas de juro de referência a 3 anos da Freddie Mac estão longe dos mínimos históricos observados em nov-1 e em dez-1, que resultaram das então novas medidas de estímulo da Fed que visavam justamente diminuir estas taxas de juro, mas encontram-se em níveis historicamente muito baixos. Efetivamente, segundo dados da Freddie Mac, a taxa de juro média a 3 anos para o crédito hipotecário caiu, após duas subidas ligeiras, de 3.77% para 3.7%, aproximando-se do registo de janeiro, que é um mínimo desde maio de 13 (3.5%). Em dezembro de 13 tinha igualado os.% de setembro de 13, quando atingiram um máximo desde julho de 11 (.55%). Vendas Anuais No ano de 1, as vendas tinham aumentado 9.% face a 11, ao maior ritmo desde, enquanto em 13 registou-se uma subida de 9.% para 5.9 milhões, atingindo o nível mais elevado desde, quando foram vendidas umas insustentáveis.8 milhões de casas, no final do boom imobiliário. Em 1 observou-se uma descida de.9%, para.9 milhões, prevendo a NAR prevê uma subida de.8% para 5.75 milhões, seguida de um acréscimo de.1% em 1. EUA Vendas de Casas Usadas Valor Var. Mensal Var. Homól. Mar Abr Mar Abr Mar Abr Vendas Stocks nsa Stocks sa Preço Médio Preço Mediano : , 1, 1, 8,,,, EUA - Vendas de Casas Usadas e Contratos Assinados Un: 1^ : 7: 8: 9: Vendas de Casas (esc. esq.) : 3: Un: 1^ : 5: : 1: 11: 1: 13: Un: Índice 1: 15: Contratos Assinados (esc. dir.) EUA - Stocks de Casas Usadas para Venda 7: 8: 9: 1: 11: 1: 13: 1: 15: Stocks de Casas Usadas para Venda Média Média EUA - Taxas Hipotecas 3Y Freddie Mac vs Pedidos de Refinanciamento Un: nº 1, :1 1:1 15:1 Pedidos de Refinanciamento (esc. esq.) Taxas Hipotecas 3Y Freddie Mac (esc. dir.) 19

20 199:3 1997:3 1998:3 1999:3 :3 1:3 :3 3:3 :3 5:3 :3 7:3 8:3 9:3 1:3 11:3 1:3 13:3 1:3 15:3 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 5 maio 15 EUA Stocks Os ainda baixos níveis dos preços e as dificuldades em fechar negócio constituem um desincentivo para quem coloca a casa à venda. Além disso, a própria tendência de recuperação das vendas foi contribuindo para que o stock de casas usadas para venda apresentasse uma trajetória descendente de janeiro de 11 a janeiro de 13, mês em que atingiram mínimos desde janeiro de 1. A partir de fevereiro de 13 iniciou-se uma tendência de subida, mas tendo agora em abril descido e se aproximando dos mínimos desde fevereiro de 13 registados em fevereiro, depois de em outubro de 1 ter estado no mais elevado registo desde agosto de 1 (de acordo com os nossos dados ajustados de sazonalidade), continuando abaixo da média 1999/15, o que significa que se têm verificado também progressos no sentido do alinhamento dos stocks com as vendas. É verdade que esta média está empolada pelos anormais níveis de stocks registados após o rebentamento da bolha imobiliária, mas é de salientar que os stocks já se encontram também abaixo da média de 1999/. Assim, os atuais níveis de stocks revelam-se compatíveis com crescimentos dos preços, o mesmo acontecendo (desde ago-1) com os próprios níveis de vendas e (pelo 1º mês consecutivo) com o rácio de existências sobre vendas (que subiu de.7 para 5.3 meses). A própria NAR referia na primavera de 1 que tem existido um maior equilíbrio entre a oferta e a procura, considerando que quando os mercados estão em equilíbrio normalmente os preços sobem um a dois p.p. acima da taxa de inflação, mas as execuções hipotecárias e as vendas a descoberto (que no conjunto são as chamadas distressed sales) estão a atrasar a recuperação dos preços. Preços A NAR referiu que a habitação típica esteve no mercado 39 dias, abaixo dos 5 dias do mês anterior, o melhor registo desde os 37 dias de junho de 13, o melhor registo desta série iniciada em maio de 11. Os reduzidos stocks de casas no mercado têm levado a subidas nos preços praticados. Os preços médio e mediano de cada transação subiram face ao mês anterior e aceleraram o crescimento face ao período homólogo no último caso, onde cresceram 8.9%, pela 37.ª vez (consecutiva), ainda que bem aquém do crescimento de agosto de 13 (+13.%), que foi o mais elevado desde outubro de 5. Refira-se que, no caso do preço mediano, nos últimos 1 meses registaram-se crescimentos de apenas um dígito, depois de em 1 dos 13 meses anteriores se terem registado crescimentos de dois dígitos. Em 1 o preço da casa mediana aumentou.%, em % e em 1 5.7%, sendo que a NAR prevê um aumento de 5.9% em 15 e de.1% em 1, embora com assimetrias a nível local. Em março de 13, a NAR referiu que o forte aumento nos preços das casas estava a contribuir para a recuperação da riqueza das famílias em habitação, que aumentou em 1 mil milhões de dólares (mm$) em 1, valor que terá sido superado em 13, podendo ter provocado um aumento dos gastos de consumo entre 7 mm$ e 11 mm$ no ano. Ainda segundo a Associação, as casas transacionadas em resultado de execuções hipotecárias apresentam preços 1% inferiores ao valor de mercado (17% no mês anterior) Un: Índice EUA - Housing Affordability Index Housing Affordability Index 1-8 5: EUA - Racio Stocks/Vendas Casas Usadas vs Preços Un: meses : 15: : 3: : 5: : 7: 8: 9: 1: 11: 1: 13: 1: Racio Stocks/Vendas Casas Usadas (esc. invertida) Preços - Case/Shiller cidades - var. hom. (esc. dir.) EUA - Housing Affordability Index vs Vendas Un: 1^ Casas 7: 8: 9: 1: 11: 1: 13: Housing Affordability Index (esc. esq.) Venda de Casas Usadas (esc. dir.) Un: Índice 1: 15:

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