A EXPANSÃO DO CONSUMO E SEUS IMPACTOS SOBRE O COMÉRCIO VAREJISTA: ANÁLISE DO PERÍODO DE 2003 A 2013 NO BRASIL

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1 A EXPANSÃO DO CONSUMO E SEUS IMPACTOS SOBRE O COMÉRCIO VAREJISTA: ANÁLISE DO PERÍODO DE 2003 A 2013 NO BRASIL Bruno Bassani Barreto Felipe Casoni de Azevedo Carvalho Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia de Produção da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientadora: Thereza Cristina Nogueira de Aquino Rio de Janeiro Agosto de 2014

2 A EXPANSÃO DO CONSUMO E SEUS IMPACTOS SOBRE O COMÉRCIO VAREJISTA: ANÁLISE DO PERÍODO DE 2003 A 2013 NO BRASIL Bruno Bassani Barreto Felipe Casoni de Azevedo Carvalho PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO. Examinado por: Profa. Thereza Cristina Nogueira de Aquino, D.Sc. (Orientadora) Prof. Amarildo da Cruz Fernandes, D.Sc. Profa. Rosemarie Broker Bone, D.Sc. RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL AGOSTO de 2014 ii

3 Barreto, Bruno Bassani Carvalho, Felipe Casoni de Azevedo A Expansão do Consumo e seus Impactos sobre o Comércio Varejista: Análise do Período de 2003 a 2013 no Brasil / Bruno Bassani Barreto e Felipe Casoni de Azevedo Carvalho. Rio de Janeiro: UFRJ/ ESCOLA POLITÉCNICA, XVIII, 117p.: il.; 29,7 cm. Orientadora: Thereza Cristina Nogueira de Aquino Projeto de Graduação UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de Engenharia de Produção, Referências Bibliográficas: p Consumo. 2. Comércio Varejista. 3. Modelos Econométricos. I. Aquino, Thereza Cristina Nogueira de. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia de Produção. III. A Expansão do Consumo e seus Impactos sobre o Comércio Varejista: Análise do Período de 2003 a 2013 no Brasil. iii

4 À nossa família e amigos, pela compreensão, incentivo e companheirismo. iv

5 Agradecimentos Iniciamos dirigindo os agradecimentos àqueles que mais nos apoiaram durante a realização deste trabalho. Exaltamos a nossa grande gratidão à nossa professora e orientadora, Thereza Aquino, pela sua amizade e dedicação. Sua orientação tornou possível o desenvolvimento deste trabalho. Agradecemos também ao Corpo Docente do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujos ensinamentos serviram de insumos para que nós pudéssemos nos tornar não só melhores alunos, mas também melhores profissionais e pessoas. Aos nossos amigos, em especial aos da turma EP09.1, que seja durante os momentos de divertimento ou de estudos, estiveram por perto e fizeram com que nossa experiência ao longo da graduação fosse inesquecível. Um agradecimento mais que especial para nossas famílias que, independente dos momentos de alegria ou tristeza, estiveram presentes em nossas vidas, nos apoiando naquilo que fazemos e queremos fazer, possibilitando que chegássemos até aqui. Para finalizar, o nosso agradecimento a todos que, de alguma maneira, se fizeram presentes durante o desenvolvimento do nosso trabalho. Muito obrigado! v

6 Primeiro eles o ignoram, depois riem de você, depois lutam com você, e então você vence. Gandhi vi

7 Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro de Produção. A Expansão do Consumo e seus Impactos sobre o Comércio Varejista: Análise do Período de 2003 a 2013 no Brasil Bruno Bassani Barreto Felipe Casoni de Azevedo Carvalho Agosto / 2014 Orientadora: Thereza Cristina Nogueira de Aquino Curso: Engenharia de Produção O trabalho apresenta uma análise sobre a expansão do consumo das famílias no Brasil no período de 2003 a 2013 e os impactos desse fenômeno no comércio varejista. Com base em um referencial teórico sobre teoria do consumo e os efeitos de medidas de política econômica no consumo agregado, é realizado um estudo sobre que variáveis macroeconômicas foram determinantes para essa expansão do consumo das famílias no período considerado e de que forma isso se refletiu no desempenho do comércio varejista. Além de traçar um panorama do comportamento das variáveis estudadas, realizando uma análise qualitativa, o estudo contém também uma análise quantitativa baseada em modelos econométricos elaborados com as variáveis consideradas mais determinantes para os fenômenos estudados. Palavras-chave: Consumo, Comércio Varejista, Modelos Econométricos. vii

8 Abstract of Undergraduate Project presumed to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Engineer. The Expansion of Consumption and Its Impact on Retail Market: Analysis of the Period between 2003 and 2013 in Brazil Bruno Bassani Barreto Felipe Casoni de Azevedo Carvalho August / 2014 Advisor: Thereza Cristina Nogueira de Aquino Course: Industrial Engineering This paper presents an analysis about the expansion of families consumption in Brazil during the period between 2003 and 2013 and the impacts of these phenomenons on retail market. According to one theoretical about consumption s theory and the effects of economical policies on aggregate consumption, it is developed a study on macroeconomic variables that were crucial to this expansion of families consumption during the period considered and how this was reflected in the performance of the retail commerce. Besides showing an overview of the behavior of the variables studied, performing a qualitative analysis, the study also contains a quantitative analysis which is based on econometrical models designed with the variables considered most important for the phenomenons studied. Keywords: Consumption, Retail Commerce, Econometrical Models viii

9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO OBJETO DE ESTUDO OBJETIVOS JUSTIFICATIVA DO TEMA DELIMITAÇÃO DO ESTUDO MÉTODO ESTRUTURA DO TRABALHO REFERENCIAL TEÓRICO TEORIA DO CONSUMO A função consumo O Modelo Ciclo de Vida e A Teoria da Renda Permanente (TRP) O Modelo Intertemporal de Fisher O Modelo Ciclo de Vida de Modigliani A Teoria da Renda Permanente (TRP) de Friedman O Modelo Hall-Flavin O Modelo Híbrido de Campbell-Mankiw Aplicações aos Dados do Brasil Conclusões POLÍTICA ECONÔMICA E SEUS EFEITOS SOBRE O CONSUMO Taxa de Juros e seus Efeitos sobre o Consumo: os Mecanismos de Transmissão de Política Monetária Canal do Crédito Canal do Valor dos Ativos Canal do Câmbio ix

10 Canal das Taxas de Juros Canal das Expectativas Inflacionárias Conclusões Disponibilidade de Crédito e seus Efeitos sobre o Consumo A ESTRUTURA DO COMÉRCIO BRASILEIRO DEFINIÇÃO DE COMÉRCIO A RELEVÂNCIA DO COMÉRCIO BRASILEIRO OS ÍNDICES E SEGMENTOS DO COMÉRCIO VAREJISTA BRASILEIRO Índice de volume de vendas Índice de volume de vendas por segmento A contribuição dos segmentos para o índice de volume de vendas O CONSUMO DAS FAMÍLIAS DEFINIÇÃO E RELEVÂNCIA DO CONSUMO DAS FAMÍLIAS CARACTERIZAÇÃO DAS DESPESAS DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS PANORAMA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS MAIS RELEVANTES PARA O CONSUMO DAS FAMÍLIAS ENTRE 2003 E PIB INFLAÇÃO EMPREGO RENDA TAXA DE JUROS CRÉDITO TRANSFERÊNCIA DE RENDA DESONERAÇÃO FISCAL PANORAMA DOS SEGMENTOS DO VAREJO AMPLIADO ENTRE 2003 E COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES x

11 6.2. SUPERMERCADOS, HIPERMERCADOS, PRODUTOS ALIMENTÍCIOS, BEBIDAS E FUMO VESTUÁRIO, CALÇADOS E TECIDOS MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS ARTIGOS FARMACÊUTICOS, MÉDICOS, ORTOPÉDICOS, DE PERFUMARIA E COSMÉTICOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PARA ESCRITÓRIO, INFORMÁTICA E COMUNICAÇÃO LIVROS, JORNAIS, REVISTAS E PAPELARIA OUTROS ARTIGOS DE USO PESSOAL E DOMÉSTICOS VEÍCULOS E MOTOS, PARTES E PEÇAS MATERIAL DE CONSTRUÇÃO PANORAMA DO SETOR VAREJISTA NOS ANOS DE 2003 E Ano de Ano de MÉTODO DE ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS MODELOS ECONOMÉTRICOS BASE TEÓRICA ESTATÍSTICA Regressão linear simples Método dos mínimos quadrados Coeficiente de regressão Testes de hipóteses Pressupostos do método dos mínimos quadrados ELABORAÇÃO DOS MODELOS Esclarecimentos sobre as regressões Quanto às observações Quanto aos modelos a serem apresentados xi

12 Quanto à validação dos pressupostos Quanto aos cálculos das regressões e seus pressupostos RESULTADOS DOS MODELOS Valor Adicionado pelo Comércio ao PIB x Consumo das Famílias Consumo das Famílias x Renda Disponível Bruta Consumo das Famílias x Crédito Concedido a Pessoas Físicas Consumo das Famílias x Taxa de Juros CONCLUSÃO SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS REFERÊNCIAS APÊNDICE I - VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE VOLUME DE VENDAS DO VAREJO ENTRE 2003 E APÊNDICE II - CRESCIMENTO REAL DO PIB ENTRE 1995 E APÊNDICE III - TAXA MÉDIA DE CÂMBIO ENTRE 2003 E APÊNDICE IV - TAXA DE DESEMPREGO ENTRE 2003 E APÊNDICE V - POPULAÇÃO EM IDADE ATIVA ENTRE 2003 E APÊNDICE VI - POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA ENTRE 2003 E APÊNDICE VII - POPULAÇÃO OCUPADA ENTRE 2003 E APÊNDICE VIII - TAXA SELIC MÉDIA ENTRE 2003 E APÊNDICE IX - RENDIMENTO REAL ENTRE 2002 E APÊNDICE X - SALÁRIO MÍNIMO ENTRE 2002 E APÊNDICE XI - CRÉDITO PARA PESSOAS FÍSICAS ENTRE 2002 E APÊNDICE XII - SÉRIES TRIMESTRAIS DO MODELO COMÉRCIO X CONSUMO 114 APÊNDICE XIII - SÉRIES TRIMESTRAIS DO MODELO CONSUMO X RENDA 115 xii

13 APÊNDICE XIV - SÉRIES TRIMESTRAIS DO MODELO CONSUMO X CRÉDITO APÊNDICE XV - SÉRIES TRIMESTRAIS DO MODELO CONSUMO X JUROS xiii

14 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Modelo Ciclo de Vida de Modigliani Figura 2 - Transmissão da Política Monetária pelo Canal do Crédito Figura 3 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal do Valor dos Ativos - "Efeito Riqueza" Figura 4 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal do Valor dos Ativos - Modificações nos Balanços de Instituições Financeiras Figura 5 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal do Câmbio Via Alterações nas Exportações Líquidas Figura 6 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal do Câmbio Via Alterações nos Preços dos Tradables Figura 7 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal das Taxas de Juros Efeitos sobre o Investimento Agregado Figura 8 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal das Taxas de Juros - Efeitos sobre o Consumo Agregado Figura 9 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal das Expectativas Inflacionárias Figura 10 - Mecanismos de Transmissão da Política Monetária xiv

15 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Indicadores do Setor de Comércio Brasileiro em Tabela 2- Valor Adicionado pelo Comércio ao PIB a Tabela 3 - PIB do Brasil em Ótica da Oferta Tabela 4 - Segmentos do Comércio Varejista Ampliado Tabela 5 - Crescimento Médio do Volume de Vendas por Segmento do Varejo Ampliado a Tabela 6 - Contribuição de cada Segmento no Índice de Volume de Vendas do Varejo Ampliado a Tabela 7 - Segmentos com Maior Contribuição ao Crescimento do Volume de Vendas do Varejo Ampliado Tabela 8 - PIB Brasileiro em Ótica da Demanda Tabela 9 - Participação do Consumo das Famílias no PIB a Tabela 10 - Despesas de Consumo das Famílias que Afetam cada Segmento do Comércio Varejista Ampliado Tabela 11 - Média de Crescimento Real do PIB a Tabela 12 - Série Histórica do IPCA a Tabela 13 - Inflação Anual Média por Governo a Tabela 14 - Taxa de Câmbio Comercial para Compra de Dólar (R$ / US$) a Tabela 15 - Série Histórica da Taxa Média de Desemprego a Tabela 16 - Média da Taxa de Desemprego por Governo Tabela 17 - Proporção Média de População Ocupada/População em Idade Ativa a Tabela 18 - Variação da Média da PO/PIA entre o Último e o Primeiro Ano de cada Governo Tabela 19 - Variação Média Anual do Rendimento Real a Tabela 20 - Média da Variação Anual do Rendimento Real por Governo Tabela 21 - Variação Real da Média do Salário Mínimo a Tabela 22 - Variação Média Anual Real do Salário Mínimo por Governo Tabela 23 - Média da Taxa Selic no Ano a Tabela 24 - Média da Taxa Selic por Governo Tabela 25 - Variação Real ao Ano do Montante de Crédito Concedido a Pessoas Físicas 2003 a xv

16 Tabela 26 - Média da Variação Real ao Ano do Montante de Crédito Concedido a Pessoas Físicas por Governo Tabela 27 - Valor Total dos Benefícios do Bolsa Família e Número de Famílias Beneficiadas a Tabela 28 - Variação Real ao Ano do Benefício Médio por Família a Tabela 29 - Média por Governo da Variação Real do Benefício Médio por Família Tabela 30 - Estimativas de Desonerações Fiscais Instituídas entre 2010 e Tabela 31 - Variação Real ao Ano do PIB e do Consumo das Famílias a Tabela 32 - Crescimento Médio Anual do Índice de Volume de Vendas por Segmento do Varejo Ampliado entre 2005 a Tabela 33 - Crescimento do Volume de Vendas por Segmento do Varejo Ampliado, Variação do Rendimento Real e Taxa de Desemprego entre 2005 a Tabela 34 - Crescimento do Volume de Vendas de Combustíveis e Lubrificantes a Tabela 35 - Inflação Anual de Alimentos e Bebidas vs IPCA a Tabela 36 - Crescimento do Volume de Vendas de Supermercados, Hipermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo 2005 a Tabela 37 - Crescimento do Volume de Vendas de Vestuário, Calçados e Tecidos a Tabela 38 - Crescimento do Volume de Vendas de Móveis e Eletrodomésticos Tabela 39- Crescimento do Volume de Vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 2005 a Tabela 40 - Crescimento do Volume de Vendas de Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação 2005 a Tabela 41 - Crescimento do Volume de Vendas de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria 2005 a Tabela 42 - Crescimento do Volume de Vendas de Outros Artigos de Uso Pessoal e Domésticos 2005 a Tabela 43 - Crescimento do Volume de Vendas de Veículos e Motos, Partes e Peças 2005 a Tabela 44 - Crédito Direcionado ao Financiamento de Veículos de Pessoas Físicas a Tabela 45 - Crescimento do Volume de Vendas de Material de Construção 2005 a xvi

17 Tabela 46 - Crédito Direcionado ao Financiamento Imobiliário de Pessoas Físicas 2007 a Tabela 47 - Variação no Volume de Vendas por Segmento do Comércio Varejista em Tabela 48 - Variação no Volume de Vendas por Segmento do Comércio Varejista em Tabela 49 - Teste de Hipóteses - Estatística t Tabela 50 - Teste de Hipóteses - Estatística F Tabela 51 - Teste de Jarque-Bera Tabela 52 - Regras de Decisão do Teste de Durbin-Watson Tabela 53 - Teste de White Tabela 54 - Variação Real do Volume de Vendas do Varejo Ampliado e do Valor Adicionado pelo Comércio no PIB Tabela 55 - Modelo Comércio x Consumo - Coeficientes Beta1 e Beta Tabela 56 - Modelo Comércio x Consumo - Estatística t Tabela 57 - Modelo Comércio x Consumo - Estatística F Tabela 58- Modelo Comércio x Consumo - Análise dos Pressupostos Tabela 59 - Modelo Consumo x Renda - Coeficientes Beta1 e Beta Tabela 60 - Modelo Consumo x Renda - Estatística t Tabela 61 - Modelo Consumo x Renda - Estatística F Tabela 62 - Modelo Consumo x Renda - Análise dos Pressupostos Tabela 63 - Modelo Consumo x Crédito para Pessoa Física - Coeficientes Beta1 e Beta Tabela 64 - Modelo Consumo x Crédito para Pessoa Física - Estatística t Tabela 65 - Modelo Consumo x Crédito para Pessoa Física - Estatística F Tabela 66 - Modelo Consumo x Crédito para Pessoa Física - Análise dos Pressupostos Tabela 67 -Modelo Consumo x Taxa de Juros - Coeficientes Beta1 e Beta Tabela 68 - Modelo Consumo x Taxa de Juros - Estatística t Tabela 69 - Modelo Consumo x Taxa de Juros - Estatística F Tabela 70 - Modelo Consumo x Taxa de Juros - Análise dos Pressupostos xvii

18 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Séries Trimestrais de Renda Disponível Bruta e Consumo das Famílias no Brasil 8 Gráfico 2 - Crescimento Real do PIB e do Valor Adicionado pelo Comércio ao PIB a Gráfico 3 - Crescimento Real do PIB e do Volume de Vendas do Comércio Varejista Gráfico 4 - Crescimento Real do PIB e do Volume de Vendas no Varejo Ampliado a Gráfico 5 - Crescimento Real do PIB e do Consumo das Famílias a Gráfico 6 - Distribuição das Despesas de Consumo das Famílias entre 2008 e Gráfico 7 - Série Histórica - Taxa Selic Média Mensal a Gráfico 8 - Representatividade Setorial na Desoneração Fiscal do IPI a Gráfico 9 - Modelo Comércio x Consumo - Gráfico de Dispersão Gráfico 10 - Modelo Consumo x Renda - Gráfico de Dispersão Gráfico 11 - Modelo Consumo x Crédito para Pessoa Física - Gráfico de Dispersão Gráfico 12 - Modelo Consumo x Taxa de Juros - Gráfico de Dispersão xviii

19 1. INTRODUÇÃO 1.1. APRESENTAÇÃO O período de 2003 a 2013 no Brasil, que corresponde aos mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef como presidentes do país, é geralmente tratado como um período em que a política econômica teve como foco principal a expansão do consumo das famílias como fator impulsionador do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), através de medidas como expansão de crédito, desonerações fiscais e realização de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa expansão do consumo teve reflexos no setor de Varejo, que também teve seu crescimento impulsionado. Segundo Fouto (2013), apesar de haver uma diferença sensível entre os conceitos de consumo no sentido de realmente consumir o bem ou serviço e de venda quando o direito ao consumo se efetiva ambos podem ser vistos grosso modo como diferentes faces da mesma moeda. Especialmente se o domínio analisado se restringe aos serviços e bens de consumo não-duráveis e duráveis de valor relativamente menor. Tendo em vista o contexto apresentado, o presente estudo visa, a partir de conceitos adquiridos ao longo do curso de Engenharia de Produção, analisar de que forma ocorreu essa expansão do consumo das famílias no Brasil no período de 2003 e 2013 e qual o impacto que isso teve no comércio varejista. O referencial teórico do estudo tem como base principal a teoria do consumo, tema presente na disciplina de Macroeconomia. A partir desse referencial teórico, conceitos adquiridos na disciplina de Econometria foram aplicados para a realização de uma análise quantitativa da relação entre comércio, consumo e as demais variáveis que os influenciam, tais como renda disponível, crédito disponível e taxa de juros OBJETO DE ESTUDO Este trabalho tem como objeto de estudo o comportamento do consumo das famílias e do setor de comércio no Brasil no período entre 2003 e 2013, suas interrelações e suas relações com variáveis como renda disponível, crédito disponível e taxa de juros, que são influenciadas pela política econômica do país. 1

20 Em resumo, o estudo visa responder à seguinte questão geral de pesquisa: De que forma as políticas econômicas realizadas no Brasil no período compreendido entre 2003 e 2013 afetaram o desempenho do consumo das famílias que, por sua vez, afetou o comércio varejista? 1.3. OBJETIVOS Tendo como referência a questão acima, o estudo desenvolvido tem como objetivo geral verificar o impacto das políticas econômicas realizadas no Brasil no desempenho do setor de comércio no período considerado. Para isso, serão considerados os seguintes objetivos específicos: (i) (ii) (iii) (iv) Verificar se o comportamento do comércio pode ser explicado pelo comportamento do consumo agregado no período considerado. Verificar se o comportamento do consumo agregado pode ser explicado pelo comportamento da renda disponível no período considerado; Verificar se o comportamento do consumo agregado pode ser explicado pelo comportamento do crédito disponível no período considerado; Verificar se o comportamento do consumo agregado pode ser explicado pelo comportamento da taxa de juros no período considerado JUSTIFICATIVA DO TEMA O período de 2003 a 2013 é frequentemente citado como um período em que a política econômica teve como foco principal a expansão do consumo das famílias. Neste contexto, os autores decidiram estudar mais a fundo que medidas foram feitas e de que forma essas medidas propiciaram essa expansão do consumo das famílias. Somado a isso, um interesse particular dos autores pelo setor de comércio fez com que o estudo fosse ampliado de forma a tentar entender se essa expansão do consumo teve reflexos diretos no comércio varejista brasileiro. 2

21 1.5. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO Para a realização dos testes empíricos, foram utilizadas séries de dados trimestrais no período entre o primeiro trimestre de 2003 e o quarto trimestre de MÉTODO Para a elaboração deste estudo, o primeiro passo foi a realização de uma revisão bibliográfica sobre o tema tratado. Os autores começaram buscando artigos e teses que tentassem explicar o comportamento do varejo e/ou do consumo no Brasil por outras variáveis. O referencial teórico desses artigos era frequentemente em torno da evolução da teoria do consumo. Os autores, então, decidiram dedicar um subcapítulo do referencial teórico à evolução da teoria do consumo, com base nesses artigos e nas bibliografias por eles apresentadas. Apesar de servir como base teórica principal para explicar o comportamento do consumo, em função principalmente de fatores como a renda, a taxa de juros e o acesso ao crédito, os autores queriam entender também de que forma medidas de política econômica poderiam afetar o consumo agregado, o que levou à busca por artigos com expressões-chave como política econômica e consumo e mecanismos de transmissão de política monetária. O segundo passo foi uma revisão histórica do período, para elaboração de um panorama do comportamento da economia brasileira entre 2003 e Para isso, além da análise de dados adquiridos no site Ipeadata, que compila séries históricas de instituições como o Banco Central e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo buscou textos que fizessem uma análise das medidas de política econômica tomadas nesse período e seus efeitos. Como o período era muito recente, a maior parte dessas análises foi encontrada em artigos, havendo, contudo, algumas análises encontradas em livros sobre o início do período. Por fim, foi realizada uma análise quantitativa do comportamento das variáveis em questão no período. Para isso, os autores obtiveram séries trimestrais das variáveis consideradas importantes para o estudo e tentaram desenvolver modelos econométricos que mostrassem se havia impacto de uma em relação à outra. Uma explicação mais detalhada dos principais métodos utilizados é encontrada no capítulo 4. 3

22 1.7. ESTRUTURA DO TRABALHO Além deste capítulo introdutório, este trabalho contempla mais seis capítulos. O capítulo 2 contém o referencial teórico do trabalho, que é dividido em uma primeira parte sobre a evolução da teoria do consumo e tem um foco maior na relação entre o consumo e a renda. A segunda parte do capítulo trata dos efeitos que as medidas de política econômica podem ter sobre o consumo agregado, com foco na relação de variáveis como o crédito disponível e a taxa de juros neste. O capítulo 3 apresenta a estrutura do comércio brasileiro, sua relevância para a economia do país e os principais indicadores de desempenho do setor. O capítulo 4 discorre sobre o consumo das famílias, sua relevância na economia brasileira e caracteriza suas principais despesas. No capítulo 5, é traçado um panorama de determinadas variáveis macroeconômicas no período e 2003 a 2013 e feita uma análise qualitativa de seus impactos no consumo das famílias no período. No capítulo 6, são analisados os diversos segmentos do varejo ampliado e a sensibilidade de cada um ao comportamento das variáveis estudadas. No capítulo 7 é feita uma análise quantitativa. Através da elaboração de modelos econométricos, tenta-se verificar a relação entre o comércio, o consumo das famílias e variáveis macroeconômicas como a renda disponível, o crédito disponível e a taxa de juros. No capítulo 8, por fim, são feitas as conclusões e considerações finais do estudo. 4

23 2. REFERENCIAL TEÓRICO Este trabalho tem como base teórica principal a teoria do consumo. Neste capítulo, é feita uma revisão bibliográfica sobre a influência de algumas variáveis selecionadas no consumo. No primeiro sub-capítulo, analisa-se a evolução da teoria do consumo, com foco na influência da variável renda sobre o consumo. No segundo, analisa-se de que forma a política econômica de um governo se reflete no consumo agregado do país, com destaque para a influência das taxas de juros e da disponibilidade de crédito sobre o consumo TEORIA DO CONSUMO O Produto Interno Bruto (PIB) de um país pode ser dividido, segundo a ótica da demanda, em cinco componentes: o Consumo das Famílias (C), o Investimento (I), os Gastos do Governo (G) e o Valor Líquido das Exportações (X M). A demanda total (Z) de um país é, portanto, representada pela equação: Z C + I + G + X M (1) Segundo o IBGE, o Consumo das Famílias no Brasil é estimado a partir do valor gasto pelas famílias com a aquisição de bens e serviços, excluindo-se os bens de capital, como máquinas e imóveis, que são considerados como Investimento, e os bens de valor, como joias e obras de arte, considerados como reservas de valor. Segundo Hall et al (apud FOUTO, 2008, p. 12), normalmente o Consumo representa grosso modo dois terços dos gastos que formam o Produto Interno Bruto de uma economia. Em 2013, o Consumo das Famílias representou 62,6% do PIB do Brasil. O estudo do comportamento do consumidor e dos fatores que influenciam suas decisões de consumo foi e é objeto de pesquisa de muitos economistas, entre os quais pode-se destacar John Maynard Keynes, Irving Fisher, Milton Friedman, Franco Modigliani e Robert Hall (FOUTO, 2008, p. 12; OREIRO, 2002). O referencial teórico que suporta este trabalho tem como base os estudos e modelos elaborados por estes economistas, que permitiram o desenvolvimento da teoria do Consumo. No primeiro item, apresenta-se a teoria de consumo de Keynes (1936), que define uma associação entre consumo e renda disponível. No segundo item, apresenta-se a teoria de 5

24 renda permanente e ciclo de vida desenvolvida por Friedman (1957) e Modigliani (1963), que contrapõe o argumento keynesiano de que o consumidor toma suas decisões de consumo a partir apenas de sua renda corrente, inserindo a ideia de expectativas racionais. Ainda neste item, é apresentado o modelo de Hall (1978) que descreve o consumo como um passeio aleatório. No terceiro item, apresenta-se um modelo híbrido desenvolvido por Campbell e Mankiw (1989; 1990), que sugerem a existência mútua de consumidores que seguem a teoria keynesiana e de consumidores que seguem a teoria de renda permanente. Por fim, são apresentadas algumas aplicações desses modelos ao caso brasileiro A função consumo Em sua Teoria Geral, Keynes (1936) aceita o pressuposto clássico de que o Consumo das Famílias depende de seu volume de renda e de fatores objetivos e subjetivos relacionados a variações nessa renda e às expectativas quanto ao valor dessa renda no futuro. A teoria aceita por Keynes define, portanto, que: C = f(y D ) (2) Onde: C = consumo agregado; Y D = renda disponível, que é a renda que resta depois que os consumidores tenham recebido transferências do governo e pago seus impostos. A função f(y D ) é chamada de função consumo e é considerada uma equação comportamental, pois capta algum aspecto do comportamento no caso, o comportamento dos consumidores (BLANCHARD, 2007). Keynes resume a determinação do consumo agregado ao que ele chama de lei psicológica fundamental, segundo a qual as variações no nível de renda corrente gerariam variações no nível de consumo corrente, porém em menor proporção, pois o indivíduo poupa a diferença entre a sua renda efetiva e os gastos necessários para manter o seu padrão de vida habitual. Supondo-se uma relação linear entre consumo agregado e renda disponível, a função consumo é definida como: 6

25 C = c 0 + c 1 Y D (3) Onde: c 1 = propensão marginal a consumir, que mostra o efeito de uma unidade monetária adicional de renda sobre o consumo; c 0 = consumo autônomo, que representa o que seria consumido se a renda disponível fosse zero; c 0 > 0, restrição que indica que há consumo mesmo se a renda disponível for nula, considerando-se que as pessoas precisam consumir para atender suas necessidades básica; 0 < c 1 < 1, indicando que um aumento da renda disponível leva a um aumento em menor proporção do consumo. Uma análise gráfica das séries do Ipeadata no período de 2003 a 2013 mostra que, no Brasil, o consumo das famílias e a renda disponível bruta têm uma relação positiva no longo prazo. Contudo, identifica-se em determinados pontos do gráfico que uma variação negativa da renda não implica necessariamente uma variação negativa do consumo, o que, como será visto em , pode ser resultado de um maior acesso ao crédito e/ou à consideração de expectativas sobre a renda futura na definição do consumo corrente. 7

26 Renda Disponível Bruta Consumo das Famílias R$ R$ R$ Renda Disponível Bruta e Despesas de Consumo das Famílias (Trimestre) R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ - R$ R$ R$ R$ R$ R$ - Renda Disponível Bruta (milhões) Despesas de Consumo das Famílias (milhões) Gráfico 1 - Séries Trimestrais de Renda Disponível Bruta e Consumo das Famílias no Brasil Fonte: Ipeadata Keynes indicou ainda oito motivos que levariam o consumidor a preferir poupar em detrimento de consumir: (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) Formar uma reserva contra contingências (motivo precaucional); Prover necessidades futuras advindas do estágio do ciclo de vida da família que a renda futura sozinha não poderá suprir (motivo ciclo de vida); Beneficiar-se dos juros e da valorização dos ativos (motivo substituição intertemporal); Manter um perfil de gasto gradualmente crescente (motivo melhoria); Desfrutar de uma sensação de independência para eventuais ações ou do poder de fazer algo (motivo independência); Garantir uma massa de manobra para projetos especulativos ou econômicos (motivo empresa); Formar herança (motivo herança); 8

27 (viii) Satisfazer a avareza pura (motivo avareza). Estudos posteriores começaram a questionar a teoria keynesiana. A partir de dados de consumo e poupança nos Estados Unidos entre 1869 e 1938, Kuznets (1946) identificou que: (i) (ii) Para longos períodos, a propensão média a consumir, isto é, a razão entre o consumo e a renda, era estável, não apresentando tendência de aumentar ou diminuir; No curto prazo, a propensão média a consumir caía em períodos de expansão econômica e aumentava em períodos de contração econômica, sendo, portanto, uma variável contra-cíclica. A função consumo, contudo, era incapaz de reproduzir tais fatos simultaneamente. Começaram a surgir modelos, então, em que o consumidor realizava uma análise mais criteriosa para consumir, não levando em conta apenas a sua renda corrente, mas também suas expectativas para o futuro. No item seguinte, os principais modelos são apresentados O Modelo Ciclo de Vida e A Teoria da Renda Permanente (TRP) Atualmente, as teorias mais aceitas sobre o comportamento do consumidor são a Teoria da Renda Permanente (TRP) desenvolvida na década de 1950 por Milton Friedman e o Modelo Ciclo de Vida desenvolvido por Franco Modigliani em meados da década de Ambas as teorias são suportadas por estudos realizados por Irving Fisher no início da década de 1930, que desenvolveu um modelo básico do comportamento do consumidor O Modelo Intertemporal de Fisher O modelo de escolha intertemporal de Fisher (1930) tem como implicação principal a ausência de uma relação estrutural entre consumo agregado e renda corrente. No modelo de Fisher, o consumo corrente não depende apenas da renda corrente, mas também da renda esperada para o futuro. Variações temporárias na renda, apesar de afetarem a poupança, não apresentam nenhum efeito sobre a decisão de consumo. 9

28 O modelo de Fisher considera um indivíduo que vive dois períodos e se baseia na decisão do indivíduo de consumir no período 1 ( hoje ) ou no período 2 ( no futuro ). Este modelo pode ser expresso por: S 1 = Y 1 C 1 C 1 = Y 1 S 1 (3) Onde: C 2 = Y 2 + S 1 (1 + r) (4) S n = poupança no período n; Y n = renda no período n; C n = consumo no período n; r = taxa de juros entre os períodos. Substituindo-se a equação (3) em (4), obtém-se a seguinte restrição orçamentária: (5) Fisher, ainda, considera que o consumidor é impaciente, preferindo consumir no presente que no futuro, o que faz com que ele desconte a utilidade do consumo a uma taxa de desconto intertemporal θ. Ao maximizar a função utilidade do consumidor, Fisher chega na seguinte equação: (5) Dessa forma, se: (i) (ii) (iii) r > θ, o consumidor preferirá poupar no primeiro momento e intensificará seu consumo no segundo; r < θ, o consumo será mais forte no primeiro período, devido à impaciência do consumidor; r = θ, o consumo permanecerá estável ao longo do tempo. 10

29 Segundo Steter (2013), uma das principais contribuições do modelo de Fisher para a teoria do consumo foi a suavização do mesmo. Afinal, diferente do que era aceito por Keynes, o consumo não será função apenas da renda corrente, mas também da renda esperada, do fator de impaciência e da taxa de juros da poupança O Modelo Ciclo de Vida de Modigliani O modelo Ciclo de Vida de Modigliani tem como pressuposto que as decisões de consumo do indivíduo são tomadas com base no estágio de vida em que ele se encontra, o que pode ser caracterizado pela figura 1: Figura 1 - Modelo Ciclo de Vida de Modigliani Fonte: OREIRO (2003) Na figura, o estágio I corresponde à juventude, em que os indivíduos têm uma renda baixa e tendem a contrair dívidas, pois sabem que ganharão rendas maiores no futuro. O estágio II corresponde à fase adulta, em que a renda atinge um pico e os indivíduos pagam as dívidas contraídas no estágio I, além de pouparem para a velhice. O estágio III, por fim, corresponde à velhice, em que a renda tende a zero e os indivíduos consomem toda a poupança acumulada. A conclusão de Modigliani é de que as flutuações da renda corrente teriam impacto unicamente sobre a poupança dos indivíduos e não sobre sua decisão de consumo, que seria então determinada pelo valor presente dos rendimentos auferidos ao longo da vida. 11

30 A Teoria da Renda Permanente (TRP) de Friedman A renda permanente representa a taxa de gasto de equilíbrio que uma família ou indivíduo poderia manter pelo restante de sua vida, dados o nível de riqueza e a renda auferida agora e no futuro. Friedman (1957) parte da premissa de que as famílias desejam nivelar o consumo ao longo do tempo, isto é, preferem um fluxo de consumo suave em vez de abundância em um momento da vida e escassez em outros momentos. De acordo com Friedman, a poupança consistiria na diferença entre a renda corrente e a renda permanente. Ao ser confrontado com uma variação na sua renda, o consumidor tentaria determinar se esta foi permanente ou transitória e, caso fosse transitória, ajustaria seu nível de poupança de modo a manter seu padrão de consumo estável. O contraponto de Friedman ao modelo keynesiano é de que a função consumo deveria levar em conta a renda permanente ao invés da renda corrente. Além disso, a propensão marginal a consumir seria dependente da razão entre a renda permanente e a renda corrente. Quando a renda corrente estivesse temporariamente acima da renda permanente, a propensão média a consumir cairia, mas quando a renda corrente estivesse abaixo da renda permanente, a propensão média a consumir aumentaria temporariamente O Modelo Hall-Flavin Com base na Teoria da Renda Permanente e Ciclo de Vida, Hall (1978) desenvolveu um modelo segundo o qual os consumidores utilizariam toda a informação disponível para preverem suas rendas futuras e tomarem suas decisões de consumo e ajustariam suas previsões e decisões conforme novas informações estivessem disponíveis. Em seu trabalho, Hall concluiu que o consumo seguiria um passeio aleatório com uma tendência e que a única variável relevante que explicaria o consumo presente seria o consumo defasado de um período. Assim sendo, mudanças no consumo não poderiam ser previstas com informações pregressas, isto é, qualquer mudança não antecipada na renda, nos preços ou em qualquer outra variável relevante deslocaria o consumo da trajetória delineada anteriormente. Assumindo-se expectativas racionais, o consumo seguiria, portanto, o passeio aleatório: 12

31 C t = C t-1 + v t (6) Onde: C t = consumo corrente; C t-1 = consumo defasado de um período; v t = componente não antecipado do consumo corrente justificado pela revisão das expectativas sobre a renda permanente O Modelo Híbrido de Campbell-Mankiw Campbell e Mankiw (1989; 1990) desenvolveram um modelo com dois tipos de consumidores: o primeiro é um caso particular da teoria keynesiana, tomando suas decisões de consumo de acordo com sua renda corrente, comportamento justificado pela restrição à liquidez; o segundo, por sua vez, consome sua renda permanente seguindo o modelo de Hall. Segundo Fouto (2008), o modelo de Campbell e Mankiw deveria explicar melhor as três regularidades verificadas empiricamente sobre o consumo e não totalmente adequadas às hipóteses de renda permanente e ciclo de vida, quais sejam: (i) (ii) (iii) Mudanças esperadas na renda estão associadas a mudanças esperadas no consumo; As taxas de juros reais esperadas não estão associadas com as mudanças esperadas no consumo; Os períodos em que o consumo é maior em relação à renda são tipicamente seguidos por um rápido crescimento da renda Aplicações aos Dados do Brasil Ao estudar a série de consumo agregado no Brasil de 1947 a 1999, Gomes (2004) investigou a aplicabilidade da Teoria da Renda Permanente através da decomposição de Beveridge e Nelson (1981), segundo a qual a série pode ser representada por dois componentes: um 13

32 passeio aleatório e um ciclo estacionário. Segundo Gomes (2004), a TRP implica que não deveria existir uma parte cíclica no consumo, o que não é corroborado pelos dados. Não tendo conseguido explicar o consumo agregado no Brasil pela Teoria da Renda Permanente, Gomes incorporou ao modelo uma hipótese de formação de hábito, que geraria um componente cíclico no consumo. Apesar de a introdução da formação de hábito ter se mostrado um procedimento adequado, foi considerado estatisticamente não significativo quando comparado à regra de bolso de consumir a renda corrente. Segundo este estudo, portanto, a função consumo é a que melhor descreveria a série de consumo agregado do Brasil no período analisado, possivelmente devido à falta de acesso ao crédito (GOMES, 2004). Gomes e Paz (2004) testaram também a aplicabilidade das teorias keynesiana, da renda permanente e expectativas racionais e o modelo híbrido de Campbell-Mankiw sobre a decisão de consumo em diversos países da América do Sul. As teorias keynesianas e de renda permanente foram rejeitadas para todos os países da amostra, incluindo o Brasil, cujas séries de consumo, renda e poupança mostraram-se em linha com o modelo híbrido. O resultado obtido por Gomes e Paz utilizando técnicas multivariadas sugere que cerca de 60% dos consumidores no Brasil são restritos a consumir sua renda corrente, seguindo, portanto, o modelo keynesiano, o que poderia ser explicado por uma restrição à liquidez, isto é, uma falta de acesso ao crédito Conclusões Ao analisar a evolução da teoria do Consumo, verifica-se que o debate polariza-se entre dois tipos de comportamento do consumidor: um comportamento keynesiano, em que o consumidor toma suas decisões de consumo levando em conta apenas sua renda corrente, e um comportamento otimizador, em que o consumidor tenta maximizar a utilidade do consumo ao longo da vida. O surgimento, na teoria macroeconômica, desse segundo tipo de consumidor, que leva em conta suas expectativas sobre o futuro para tomar suas decisões de consumo, sugere que o consumo não é função apenas da renda disponível, mas também de outras variáveis, como a taxa de juros e o acesso ao crédito. Para um consumidor que tente manter seu nível de consumo constante ao longo da vida, como o sugerido por Modigliani, a taxa de juros utilizada para descontar os rendimentos 14

33 futuros estimados a valor presente é determinante para a definição desse nível de consumo. Por sua vez, uma situação de restrição à liquidez, em que não haja acesso fácil ao crédito, pode fazer com que um consumidor que esteja na primeira etapa de seu ciclo de vida (vide seção ) fique restrito a consumir sua renda corrente. No próximo sub-capítulo, discute-se como decisões de política econômica, tais como um aumento da taxa de juros ou uma expansão creditícia, impactam o consumo POLÍTICA ECONÔMICA E SEUS EFEITOS SOBRE O CONSUMO Segundo Rabelo (2007), o Banco Central procura manter uma postura ativa sobre os agregados econômicos de forma a manter o controle sobre o nível de atividade econômica do país. A execução da política econômica pode ser feita através de políticas: (i) (ii) (iii) Fiscais, atuando sobre o nível de gastos do governo e sobre os impostos; Monetárias, através da taxa de juros e do crédito; Cambiais. Políticas econômicas expansionistas visam à expansão do nível de atividade da economia e podem ser obtidas através de: (i) (ii) (iii) (iv) (v) Aumento dos gastos do governo (política fiscal); Redução de impostos (política fiscal); Redução dos juros (política monetária); Expansão do crédito (política monetária); Depreciação cambial, visando à expansão das exportações líquidas (política cambial). Políticas econômicas contracionistas, por outro lado, visam à contração do nível de atividade da economia e podem ser obtidas através de: (i) (ii) (iii) (iv) Redução dos gastos do governo (política fiscal); Aumento dos impostos (política fiscal); Aumento dos juros (política monetária); Restrição do crédito (política monetária); 15

34 (v) Apreciação cambial, visando à redução das exportações líquidas (política cambial). Como, no escopo desta pesquisa, o interesse versa sobre a análise da influência de juros e crédito sobre o consumo, desenvolve-se, em 2.2.1, uma revisão literária mais aprofundada sobre os mecanismos de transmissão de política monetária, mostrando como alterações na taxa básica de juros afetam o consumo agregado do país, e sobre a relação entre a disponibilidade de crédito e o consumo Taxa de Juros e seus Efeitos sobre o Consumo: os Mecanismos de Transmissão de Política Monetária As decisões de política monetária são constituídas basicamente pela fixação da taxa de juros de curtíssimo prazo, cujo efeito sobre outras variáveis macroeconômicas relevantes é estudado na temática dos mecanismos de transmissão de política monetária. Segundo Taylor (apud BARBOZA, 2013, p. 6), the monetary transmission mechanism [is]the process through which monetary policy decisions are transmitted into changes in real GDP and inflation. Mishkin (1995) aponta quatro canais principais de transmissão de política monetária: (i) (ii) (iii) (iv) Canal do crédito; Canal do valor dos ativos; Canal do câmbio; Canal das taxas de juros. Ball (1992) sugere ainda um quinto canal referente às expectativas inflacionárias. A seguir, apresenta-se cada um desses canais Canal do Crédito Segundo Barboza (2013), o canal do crédito transmite os impulsos de política monetária em direção à economia real via alterações no preço do crédito. Como as taxas de juros das operações de crédito (i s operações de crédito ) estão em geral indexadas à taxa básica de juros (i), uma alteração nesta pode ser rapidamente transmitida às primeiras. As taxas mais elevadas 16

35 fazem com que as famílias evitem contrair dívidas, o que tende a impactar negativamente o consumo agregado (C). Adicionalmente, há uma tendência de redução do investimento (I) por parte das empresas, devido aos custos mais elevados de financiamento e à perspectiva de recuo do consumo das famílias. A figura 2 resume a transmissão da política monetária pelo canal de crédito, com seus efeitos finais sobre o produto (Y) e a inflação (π): Figura 2 - Transmissão da Política Monetária pelo Canal do Crédito Fonte: BARBOZA (2013) Canal do Valor dos Ativos Segundo Barboza (2013), a transmissão da política monetária pelo canal do valor dos ativos se dá por duas formas: (i) efeito riqueza e (ii) modificações nos balanços de instituições financeiras. O efeito riqueza pode ser descrito como um aumento na percepção de riqueza pelos indivíduos em decorrência da valorização dos ativos por eles possuídos. Isto ocorre porque o preço de um ativo (PA) reflete fundamentalmente o valor presente dos fluxos de caixa estimados que esse ativo deve proporcionar a quem o possui. Considerando que a taxa de desconto utilizada seja referenciada à taxa básica de juros (i), uma elevação desta deprime o preço do ativo e gera uma redução na riqueza financeira (W) de seu detentor, que, por sua vez, reduz sua demanda por bens e serviços, o que impacta negativamente o consumo agregado (C). Figura 3 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal do Valor dos Ativos - "Efeito Riqueza" Fonte: BARBOZA (2013) 17

36 A transmissão através de modificações nos balanços de instituições financeiras se dá porque estas são grandes detentoras de dívida pública e de equities, sofrendo perdas financeiras quando a taxa básica de juros (i) aumenta. Estas perdas financeiras tendem a fazer com que os bancos se exponham menos ao risco e reduzam suas carteiras de crédito, com impacto negativo sobre a concessão de crédito. O menor acesso ao crédito gera redução no consumo agregado (C) e no investimento (I). Figura 4 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal do Valor dos Ativos - Modificações nos Balanços de Instituições Financeiras Fonte: BARBOZA (2013) Canal do Câmbio Segundo Barboza (2013), a transmissão de política monetária pelo canal do câmbio pode ocorrer de duas maneiras distintas: (i) via alterações nas exportações líquidas e (ii) via alterações nos preços dos tradables. As alterações líquidas ocorrem porque um aumento na taxa básica de juros (i) gera um aumento de mesma proporção no diferencial internacional de juros, o que atrai o capital de investidores internacionais, que identificam melhores oportunidades de retorno nos ativos domésticos. Esta entrada de dólares no país tende a gerar uma redução na taxa nominal de câmbio (e) e, ao menos no curto prazo, na taxa real de câmbio (θ). O câmbio apreciado tende a gerar, por sua vez, uma redução nas exportações líquidas, como ilustrado na figura 5: Figura 5 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal do Câmbio Via Alterações nas Exportações Líquidas Fonte: BARBOZA (2013) Já as alterações nos preços dos tradables, que são os bens comercializáveis internacionalmente, ocorrem da seguinte forma: a elevação da taxa básica de juros (i) tende a apreciar a taxa de câmbio nominal (e), fazendo com que os preços em moeda doméstica dos bens e serviços importados se reduzam. Isso tem impacto direto na inflação, tanto pela 18

37 redução dos custos de importação de bens e serviços utilizados em processos produtivos locais, como pelo maior nivelamento da competição dos bens e serviços importados com os produzidos localmente. A figura 6 ilustra esse processo de transmissão: Figura 6 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal do Câmbio Via Alterações nos Preços dos Tradables Fonte: BARBOZA (2013) Canal das Taxas de Juros Segundo Barboza (2013), a consideração do canal das taxas de juros passa pela suposição de existência de uma estrutura a termo de juros bem definida. Nestas condições, a alteração da taxa básica de juros (i) pelo Banco Central leva a uma alteração de toda a estrutura a termo de juros. Uma elevação das taxas de juros de longo prazo (i s longas ), em geral utilizadas nos financiamentos de longo prazo das empresas, tende a levar a uma consequente redução do investimento agregado (I), como mostrado na figura 7: Figura 7 - Transmissão de Política Monetária pelo Canal das Taxas de Juros Efeitos sobre o Investimento Agregado Fonte: BARBOZA (2013) Segundo Rabelo (2007), na busca por novos mecanismos monetários de transmissão, admitiu-se que as decisões dos consumidores com relação à moradia e à aquisição de bens duráveis também representam decisões de investimento. Considerando ainda as teorias de consumo com expectativas racionais, uma elevação nas taxas de juros de diferentes maturidades (i s longas ) eleva o custo de oportunidade do consumo presente, modificando as escolhas intertemporais de consumo e poupança. A figura 8 mostra como o consumo agregado (C) é afetado pelas decisões de política monetária: 19

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