A importância da ginástica laboral na prevenção da ler e dort.
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- Simone Leão Figueira
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1 1 A importância da ginástica laboral na prevenção da ler e dort. Ozeneide da Silva dos Santos 1 neidesantos.cl@gmail.com Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-Graduação em Ortopedia e Traumatologia - Faculdade Sul Americana - FASAM. Resumo O bem estar com o passar dos anos vem sendo sinônimo de saúde, levando assim ausência de doenças. Com foco de melhoria do bem estar físico, mental e social. A inatividade física pode levar a regressão da capacidade funcional de diversas áreas do corpo. A ginástica Laboral é uma atividade física de curta duração onde são utilizados exercícios de alongamento e relaxamento, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida aos profissional e menor gasto com fator preventivo para o empregador. O artigo objetivo coletar dados que demonstram a importância da Ginástica Laboral na prevenção da LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Ttrabalho). O estudo bibliográfico propriamente dito foi realizado através dos sites: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Literatura Internacional em Ciência da Saúde). Foi também efetuado, um levantamento manual. Os diferentes métodos de Ginástica Laboral, bem como os resultados positivos obtidos através desta ginástica. Das evidências apresentadas por diferentes autores, ressalta-se a importância da Ginástica Laboral no alívio das dores corporais, na diminuição dos casos de DORT, no aumento da produtividade e no maior retorno financeiro para empresas. Palavra-chave: LER, DORT, Ginástica Laboral, fisioterapia preventiva. 1. Introdução O trabalho industrializado mecanizado e a automação, aliados a uma busca constante pela produtividade e alta qualidade, vem impondo condições extremamente prejudiciais à saúde do ser humano de forma geral. Na medida em que avançam a informatização e o ritmo da competição, com o consequente aumento do estresse, até o escritório tornou-se palco de risco à saúde do trabalhador, em níveis antes comuns apenas na presença de maquinaria pesada. LER/DORT distúrbios musculoesqueléticos, acarretam um grave problema de saúde publica é um dos mais graves problemas no campo de saúde do trabalhador, acometendo trabalhadores em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, gerando 1 Pós Graduanda em Ortopedia e Traumatologia 2 Fisioterapeuta, especialista em metodologia do ensino superior, mestranda em Bioética e Direito na Sáude.
2 aumento da taxa de absenteísmo e afastamento temporário ou permanente, além de produzir altos custos relacionados a tratamento e indenizações. Também para Fida e Boccaletti (2012) Com a modernização global, houve um aumento de trabalho de mão de obra, onde se tem uma incidência elevada de LER e DORT. Com isto os trabalhadores passaram fazer movimentos constantes e repetitivos durante a jornada de trabalho, em um ritmo acelerado e sem pausa, surgindo assim a chamadas doenças ocupacionais, decorrente das condições de trabalho, onde não a existência de uma ergonomia adequada, comprometendo tanto a saúde do trabalhador quanto a qualidade de vida. De acordo com o Ministério da Saúde (2010) atualmente as estatísticas apontam que os brasileiros são submetidos a tratamento em razão de dores provocado pela postura incorreta e pela pressão diária no ambiente de trabalho. Onde a uma necessidade de atividades que atuem direta e especificamente na prevenção de doenças do sistema muscular e nervoso. A própria ideia de saúde, bem-estar e qualidade de vida vem mudando com o tempo, exigindo da sociedade uma resposta frente a esse problema. As afecções musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho representam o principal grupo de agravos à saúde. A incapacidade para trabalhar faz a pessoa procurar tratamento em algum momento, o que influencia o sistema público e privado da saúde (INSS 2009). Os trabalhadores com diagnóstico de LER/DORT, de acordo com o Ministério da Saúde (2007), são entre jovens e mulheres que ocupam atividades que exigem maior esforço e repetitividade das mais diversos ramos de atividade. Considerando a faixa de 30 anos e maioria em mulheres, seguindo assim com aumento de expectativa de vida. No mundo todo, a dor na coluna, principalmente a lombalgia, que é a dor na coluna lombar, está entre as primeiras causas de agastamento do trabalho. A dor na coluna só perde para o resfriado, no ranking dos problemas de saúde que mais atingem a população mundial. Com isso se conclui que a região da coluna não está excluída de acarretar distúrbios musculares, assim são um nos mais comuns, mostrando assim na não afeta somente a região dos membros superiores (STEFENHAGEN, 2011). Segundo Militão (2001) nos últimos anos a procura de um tratamento preventivo para esses distúrbios houve um aumento significativo, com isso a ginástica laboral se tornou mais utilizada, beneficiando tanto as empresas quanto ao funcionário, prevenindo distúrbios decorrentes do trabalho e melhorando a qualidade de vida do trabalhador. As lesões musculoesqueléticas de origem ocupacional representam um expressivo problema humano e econômico, acompanhando a incapacidade para o lazer e o trabalho (STEFENHAGEN, 2011). Com essa revisão de literatura o método para a elaboração deste trabalho, leitura dos autores consultados mostra com clareza, que os fatores que mais contribuem para a ocorrência desses distúrbios osteomusculares relacionado ao trabalho, são decorrentes de excesso de trabalho. Baseando-se nessas premissas, percebeu-se uma necessidade de conhecer melhor em um âmbito mais cientifico a atuação da fisioterapia preventiva em um ambiente de trabalho, devido à necessidade de intervalos de exercitação para os empregados. Dessa 2
3 3 forma, pode-se considerar a Ginástica Laboral como um campo de prática de fundamental importância, pois atua de como medida de prevenção e terapêutica, contribuindo para alcance da redução dos índices dos DORT nos ambientes de trabalho, e como consequência desta, trazendo importantes benefícios para as empresas. O objetivo desde trabalho é através de revisão bibliográfica, coletar dados que demonstram a importância da Ginástica Laboral na prevenção da LER e DORT. Tendo como objetivo específico: coletar as produções sobre a atuação da fisioterapia na prevenção dos Distúrbios Osteomusculares, discutirem o significado atribuído pela organização estudada ao programa de Ginástica Laboral, verificando assim os alcance e limitações do programa de Ginástica Laboral como mecanismo de prevenção de DORT e seus benefícios de alívio de dor aos portadores da mesma. 2. Conceitos e definições LER/DORT: História no Brasil. Para Koltiarenko (2005) LER e DORT são definidos como distúrbios relacionados exclusivamente com o trabalho, caracterizado por diversos fatores e sintomas, e geralmente atingem mais as regiões dos membros superiores. Por tanto para Couto 1998, LER/DORT são um conjunto de doenças que atingem o mecanismo e o funcionamento das estruturas musculoesqueléticas, dando uma origem ocupacional, acometendo as estruturas de maior tensão como: tendões, músculos, nervos, bolsa articular, e os principais pontos estão nos membros superiores: ombro, punho e mão. Mais isso não impedi que como ocorrer na região inferior, mais a porcentagem são menores. LER (lesão por esforço repetitivo) foi reconhecido pelo Ministério da Previdência Social como uma síndrome ocupacional cujas afecções atingem os membros superiores, região escapular e pescoço (INSS, 1991). De acordo com Steffenhagen (2011), em todas as atividades diárias e em quase todas as profissões, o trabalho se desenvolve num padrão maior de flexão do que de extensão. Isto é, a cadeia de músculos flexores (músculos localizados na face anterior do corpo) é mais ativa que a cadeia de musculos extensores (músculos localizados na face posterior do corpo), levando ao desequilíbrio muscular. Própria forçada gravidade tem grande influencia na nossa postura, pois tende a nos manter na posição flexora, ou seja, para superar a força da gravidade e nos manter na posição ereta, o aparelho locomotor tem que trabalhar muito. De acordo citado pelo ministério da saúde em um protocolo de complexidade diferenciada: São considerados sinônimos lesões por esforços repetitivos (LER), distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort), síndrome cervicobraquial ocupacional, afecções musculoesqueléticos relacionadas ao trabalho (Amert) e lesões por traumas cumulativos (LTC). As denominações oficiais do Ministério da Saúde e da Previdência Social são LER e DORT, assim grafadas: LER/DORT. (MINISTERIO DA SAÚDE 2012, pag. 11). Portando Araujo (2006) confirma em seu estudo que LER e DORT, diz respeito a diversos fatores inflamatórios e degenerativos do aparelho locomotor.
4 4 Para o conceituado médico Varela em seu site ele cita que a LER (Lesões por esforço repetitivo) não é propriamente uma doença e sim conjunto de doenças, doenças como: tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, doenças essas que afetam o músculo, tendão, nervos, causadas por uma inflamação crônica alterando a capacidade funcional. Portanto de acordo com o autor citado acima as lesões tem várias siglas, como: L.T.C. ( Lesão por Trauma Cumulativo), A.M.E.R.T (Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho) e, a mais utilizada é a DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho). Síndrome essas citas que são caudas por mecanismo de agressões utilizandose de força de execução das funções musculares. LER- Conjunto de doenças decorrente sobrecarga do musculoesquelético, caracterizada por dor crônica, atingindo principalmente os membros superiores. DORT- Tem o mesmo significado da LER, são distúrbios e as lesões decorrente do excesso de trabalho e sobrecarga musculoesquelética, e a sigla DORT é utilizada também como sinônimo de LER (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). Na polônia em 1924 ocorreu à primeira referência bibliográfica que se teve noticia da prática da ginástica laboral. Em 1928, a ginástica laboral foi regulamentada no Japão, adotando-se em escolas e empresa com atividades de beneficiar a saúde, e descontração. Seguindo o mesmo raciocínio citado acima, a confef 2004 informa que, com a chegada de executivos japoneses no Brasil na década de 70, trazendo consigo o estímulo da pratica da ginástica laboral para algumas empresas. Em 1978 a implantação do programa da ginástica laboral compensatória, através do instituto SESI, a Federação de Estabelecimento de Ensino Superior em Novo Hamburgo (FEEVALE) e a (ASPEUR) Associação pró-ensino Superior em novo Hamburgo (REVISTA DA CONFEF, 2004). 2.1 Causas Conforme a pesquisa através de um protocolo do Ministério da saúde (2012) é importante analisar os fatores de riscos envolvidos direta e indiretamente, produzindo distúrbios na maioria das vezes. Morange (2007), afirma que os fatores causais seriam o desconforto durante a jornada de trabalho, influencia de ruídos, compressões e vibrações mecânicas, postura inadequada por duração prolongada, e força excessiva, ocorrendo assim desgaste físico. Segundo Brasil (2000), os fatores do trabalho que contribuem para o surgimento são vários, podemos citar o tempo prolongado em pé, movimentos repetitivos, postura inadequada, trabalho estático, pressão mecânica sobre determinada parte do corpo e fatores organizacional e psicossocial (MINISTERIO DA SAÚDE 2000). Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a repetitividade é o fator d risco mais frequente referido, mas não é o único fator biomecânico determinante, pois DORT pode aparecer também não ligada a repetições, mas a cargas e posturas estáticas. Mas pode ocorrer pela permanência de segmento do corpo em determinadas posições por tempo prolongado. Mas de acordo com o autor citado acima a presença de um fator de risco no trabalho não é suficiente para desencadear LER/DORT, e sim tem que ter uma associação da intensidade, frequência e duração para desencadear a LER e DORT.
5 5 As causas de LER/DORT para Ranney (2000) seria a postura inadequada, exercícios repetitivos de movimentos e aplicação de força, são fatores que contribuem para desenvolvimento dos distúrbios, relacionando-se também o fator psicológico, e fatores físicos. Colombo (2003) cita alguns fatores causais em seu estudo, fatores que estão presente no desenvolvimento industrial, devido a demanda de serviço, ritmo intenso de trabalho, metas estabelecidas pelo próprio funcionário, aumento da produção sem adequação das condições de trabalho, incentivo à maior produtividade para ganho de aumento de salário ou prêmios, ultrapassando assim o limite físico do trabalhador, jornada prolongada de trabalho, postura inadequada por tempo prolongado, movimentos repetitivos durante a jornada de trabalho, fatores ergonômicos inadequados para o funcionário. Para Barbosa 2002, a repetitividade, postura errada, compressão, vibração e força excessiva relacionada ao trabalho, são fatores que causam o aparecimento da DORT. Os fatores organizacionais e emocionais (estresse, cobrança pela produtividade) são considerados causas para a instalação da DORT. 2.2 Sintomas De acordo com o estudo elaborado por Regis (2006), os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho obtiveram como sinais e sintomas: Inflamações dos músculos, inflamação dos tendões, inflamação da fascia, inflamação neural dos membros superiores, cintura escapular e pescoço. Entre outros, chamando assim a atenção não só pelo aumento da sua incidência, mas por existirem evidências de sua associação com o ritmo de trabalho. Essas patologias, em geral, não têm um tratamento difícil, mas sim possuem uma má evolução, pode causar dor, perda de força e edema, sendo responsáveis por uma parcela significativa das causas da queda do desempenho no trabalho. De acordo como cita Leal em seu estudo: Os sintomas podem ser os mais variados, a dor pode ser localiza, irradiada ou generalizada com desconfortos, fadigas e sensação de peso, formigamento, parestesia, sensação de diminuição de força, edema enrijecimento articular, choque, falta de firmeza nas mãos e sudorese excessiva. Essas queixas geralmente se apresentam em diferentes graus de severidade, podendo ser caracterizadas em relação ao tempo de duração, localização, intensidade, entre outros aspectos (LEAL, 2011 p. 07). LER e DORT são conceituados como um distúrbio que esta relacionado com o trabalho, onde sua causa é complexa, pois abrange vários fatores. Sendo caracterizados por diversos sintomas, podendo ser concomitantes ou não como; parestesia, fadiga, sensação de membro pesado, e geralmente acomete os membros superiores, e seu aparecimento é insidioso (Koltiarenko 2005). Acordo com a Instituição Normativa do INSS, n. 98, 5/11/2003;
6 6 Ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como: dor, parestesia, sensação de peso, fadiga, de aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, mas podendo acometer membros inferiores. De acordo com o estudo elaborado por Regis (2006) obtiveram que as regiões mais afetadas são os membros superiores, causando: Inflamações dos músculos; Inflamação dos tendões; Inflamação da fascia; Inflamação neural dos membros superiores, cintura escapular e pescoço. 2.3 Classificação de graus da LER e DORT A classificação dos graus está de acordo com as normas técnicas sobre LER/DORT editadas pelo Ministério da Previdência Social (2003) citado no estudo de Dias (2012): - Grau I: É caracterizado pela sensação de peso e esforço no membro afetado, dor localizada no membro afetado e sem irradiação nítida, geralmente leve e fugaz. Piora com a jornada de trabalho, melhora com o repouso, ausência de sinais clínicos e bom prognóstico com tratamento adequado. - Grau II: É caracterizada por dor tolerável, porem mais persistente e intensa. Dor mais localizada relata formigamentos e calor. Piora com a jornada de trabalho e algumas atividades domésticas. São leves distúrbios de sensibilidade, porem produz redução na produtividade, mas apresentam prognóstico favorável. A recuperação é mais demorada mesmo com repouso. Pode ser observada pequena nodulação acompanhando a bainha dos tendões envolvidos. - Grau III: é caracterizada por dor persistente e forte, pouco atenuada com repouso, dor com irradiação, mais definida, redução da força muscular, perda de controle dos movimentos; o edema é frequente e recorrente, a hipertonia muscular é constante, as alterações da sensibilidade estão quase sempre presente. Redução da produtividade ou indisponibilidade de executar funções. Prognóstico reservado. - Grau VI: é caracterizado com dor forte, contínua, insuportável, que se acentua aos movimentos levando o paciente a intenso sofrimento. Ela é irradiada para todo segmento afetado, há perda de força muscular, de sensibilidade, apresenta dificuldades para executar tarefas do trabalho e no domicilio. São comuns deformidades e atrofias. O prognóstico é bastante sombrio. Conforme citado por Araújo (2006), é de suma importância relacionar as alterações sintomatológicas percebidas pelo trabalhador. Sendo fundamental devido à disposição para o trabalho, podendo assim gerar uma evolução desse quadro doloroso para crônico. Classificação para a demarcação dos graus de incapacidade: - Grau I: os sintomas iniciais são basicamente fruto de processo de fadiga ou inflamação, onde o trabalhador sente desconforto e não necessariamente dor, e uma sensação de peso. Piora com a jornada de trabalho, melhora com o repouso.
7 7 - Grau II: Com a execução de tarefas constantes em maneira geral agrava o quadro inicial, aumentando a sintomatologia, por dor tolerável, porem mais persistentes e intensas. Dor mais localizada, formigamentos e calor. A recuperação é mais demorada mesmo com repouso. Pode ser observada pequena nodulação acompanhando a bainha dos tendões envolvidos. - Grau III: os sintomas persistem, porém a aumento da dor, dor com irradiação, diminuição da força muscular, perda de controle dos movimentos; o edema é frequente. Redução da produtividade ou indisponibilidade de executar funções. - Grau VI: dor forte, e irradiada para todo o membro afetado, há perda de força muscular, de sensibilidade, evoluindo assim para um quadro crônico. Portanto conforme Barbosa (2002) é impossível ter um desempenho profissional, pois durante a jornada de trabalho prolongada, essa sintomatologia se torna uma tortura para o funcionário, dando assim uma diminuição na sua produtividade. E trabalhar com algum tipo dessas sintomatologias pode agravar seu quadro clínico. 3. Ginástica laboral: conceito e o surgimento no Brasil Para Polito (2003) a ginástica laboral atua de forma preventiva e forma terapêutica nos casos LER e DORT. Com isso a ginástica laboral de baseia na sequencia de exercícios de curta duração, realizado durante a jornada de trabalho, porém praticado diariamente. Lima (2004) conceitua a Ginástica Laboral como: A prática de exercícios, realizada coletivamente, durante a jornada de trabalho, prescrita de acordo com a função exercida pelo trabalhador, tendo como finalidade a prevenção de doenças ocupacionais, promovendo o bemestar individual, por intermédio da consciência corporal: conhecer, respeitar, amar e estimular o seu próprio corpo. Já para oliveira (2006) a sequencia de pensamento é quase a mesma com os dois autores anteriores, pois além de prevenir LER e DORT, melhora a coordenação e promove o relaxamento corpóreo, e, é conceituada por Oliveira a ginástica laboral como exercícios de alongamento realizado durante a jornada de trabalho. A ginástica laboral se baseia em exercícios realizados durante a jornada de trabalho, exercícios com alongamento e relaxamento, isso ocorrendo diariamente, com o objetivo de beneficiar as funções corporais para melhorar desenvolver o trabalho, diminuindo o comprometimento corpóreo (BAÚ, 2002). A ginástica laboral está apoiada em 3 pilares: o ambiente de trabalho, a segurança e a prevenção. Sendo associada ao longo do tempo, ao papel de promotora de saúde e de qualidade de vida das pessoas (GIORDANI 2011). 3.1 Classificação da ginástica laboral
8 8 Para Colombo (2003) a ginástica laboral de acordo com o objetivo pode ser classificada em: preparatória (realizada antes da jornada de trabalho), compensatória (durante o expediente de trabalho), ou a corretiva (realizada no fim do expediente). Segundo Oliveira (2002), é três os tipos de Ginástica Laboral: Ginástica Preparatória: com duração de 10 a 15 minutos praticada antes do inicio da jornada de trabalho, tendo por objetivo preparar o trabalhador aquecendo os grupos musculares solicitados na execução das tarefas e despertando os para que sintam mais disposição ao iniciar o trabalho; Ginástica Compensatória: com duração de 5 a 8 minutos, é realizada durante a jornada de trabalho, interrompendo a monotonia operacional aproveitando as pausas para realizar exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos e as posturas inadequadas solicitadas nos postos de trabalho; Ginástica Relaxamento: com duração de 10 minutos, baseia se em exercícios de alongamento, sendo praticada após o expediente com objetivo de oxigenar as estruturas solicitadas no dia a dia de trabalho, prevenindo as possíveis ocorrências de lesões (OLIVEIRA, 2002, p. 47). 3.2 Benefícios da ginástica laboral Com crescimento do mercado de industrialização e da mão de obra, os empregadores tem priorizado a diminuição dos custos: com médicos e afastamentos; com isso ginástica laboral se tornou para os empregadores um beneficio eficaz e barato, beneficiando tanto a empresa quanto ao funcionário. Portanto a ginástica laboral trás custo benefício para ambos. De acordo com Machado (2012) a responsabilidade pelas questões trabalhadas durante a ginástica laboral deve ser do profissional que prescreve o treinamento. Porém, o trabalho será completo e terá um bom andamento quando houver cooperação, interesse do trabalhador e incentivo da empresa. Para tanto é importante à explicação e o entendimento dos reais benefícios que a prática de algum tipo de exercício físico proporciona, não só para as questões relacionadas ao trabalho, mas também para as questões de saúde e qualidade de vida e a empresa que diminui seus gastos. Os benefícios para empresa, também são vários conforme citado por Santos (2011): Diminuição de despesas por conta da redução de índices de acidentes de trabalho; Faltas devido à doença; Diminuição de licenças médicas ou intervenção cirúrgica; Aumento da produtividade global e melhora no desempenho da função. Além que o ambiente de trabalho se torna mais agradável a covivência entre as equipes profissionais. Portanto de acordo com Lima (2007), os benefícios da ginástica são vários para com funcionário: Técnica que estimula a respiração; Provocar o aumento da circulação sanguínea melhorando a oxigenação dos músculos e tendões; Preveni lesões e doenças por traumas cumulativos;
9 9 Ansiedade diminui; Aumento da flexibilidade; Aumento da disposição; Aumento da capacidade de concentração e na consciência corporal; Melhora a autoestima e melhora a qualidade de vida. Araujo (2006) afirma que a ginástica laboral se obtém benefícios, adaptações, fisiológicas e psíquicas através de um bom programa, por meio de exercícios que buscam atender a necessidade do funcionário e da empresa, melhorando, diminuindo a tensão muscular e postural, diminuindo o esforço na execução das tarefas diárias, facilitando adaptações ao posto de trabalho. Para Giordani (2011), uma aula de ginástica laboral pode proporcionar, além de alongamento e exercícios que amenizem o mal-estar, um ambiente saudável com relações agradáveis, e podendo assim influenciar um melhor relacionamento interpessoal. É importante entender neste sentido que ações isoladas não surtirão o efeito desejado. Existe a necessidade de um conjunto de melhorias que devem ser adotadas, como por exemplo, modificação do processo de trabalho, instituição de revezamentos ou rodízios, realização de análises ergonômicas dos postos de trabalho e adequação dos instrumentos ou equipamentos de trabalho, além de outras medidas que influenciarão positivamente no estilo de vida (SAMPAIO e OLIVEIRA, 2008). Porém conforme cita Giordani (2011). A ginástica laboral se torna interessante e com mais significado se, além de apresentar uma série de exercícios compensatórios aos grupos musculares, pudesse ensinar conhecimento sobre atividade física regular, alimentação saudável, comportamento preventivos, entre outros temas vinculados ao bem estar e a qualidade de vida. Continuando com pensamento do autor citado acima, o estilo de vida dos funcionários deve ser entendido, pelos empresários, como investimento de menor custo, pois está ligado diretamente com sua produtividade e bem-estar. O programa de ginástica laboral tem de suma importância a prevenção, e o funcionário que não se previne fornece um maior custo a empresa, acarretando assim distúrbios devido ao excesso de trabalho e posições posturais incorretas. 4. Metodologia A metodologia definida como instrumento de elaboração deste trabalho foi a de selecionar e capturar, na internet, artigos disponíveis que trazem no seu bojo informações baseadas em pesquisas de diversos autores de estudos sobre o respectivo assunto aqui citado. Foi dada ênfase ao material capaz de fornecer dados suficientes para, por meio da revisão bibliográfica, ao procedimento de uma análise positiva do uso da ginástica laboral e prevenção dos sintomas decorrente da LER E DORT.
10 10 A seleção desses artigos se deu por meio de critérios que utilizando as palavras chaves: LER (Lesões por Esforço Repetitivo), DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho), Ginástica Laboral. Por se tratar de material disposto exclusivamente na rede mundial de comunicação, a pesquisa sofre as fontes foi feita através do site de busca Google e capturados somente aqueles artigos científicos já disponibilizados publicamente por instituições científicas e publicações editoriais sem qualquer restrição para livre compilação. Sites como: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Literatura Internacional em Ciência da Saúde). Foi também efetuado, um levantamento manual de alguns periódicos e livrostexto na biblioteca da universidade Federal de Roraima (UFRR). O amplo material pesquisado, contendo os dados desejados conforme os critérios estabelecidos para a conformação deste artigo traz todas as informações necessárias ao embasamento dos textos aqui apresentados, os quais são os elementos de base do cotejo e discussão dos resultados obtidos na revisão da literatura. 5. Resultados e Discussões A pesquisa de Santos (2011), a amostra foi composta por 23 voluntários, com idade entre 19 e 48 anos, foi aplicado o questionário e exercícios de alongamento e relaxamento, massoterapia exercícios respiratórios. Este estudo ocorreu no período de 2 meses sendo realizado 3 vezes por semana. Após o período de intervenção da ginástica laboral os questionários foram aplicados. Portanto através dos exercícios e as respostas dos questionários concluiu-se que a pratica da ginástica laboral contribui de forma significativa para a melhora da qualidade de vida, e melhora no desempenho profissional. Estudo de Colombo (2003) foi constituído por 11 funcionários, utilizando um questionário no inicio do programa para se obter o perfil dos trabalhadores, quanto ao estilo de vida, a ginástica preparatória foi realizada durante 80 sessões, no total de 7 meses, 3 vezes na semana com duração de 15 minutos. Foram realizados exercícios de alongamento, relaxamento, exercícios psicomotores envolvendo atividade de coordenação e equilíbrio. Portanto foi obtido um resultado satisfatório, pois as analises comprovam que o programa afetou o estilo de vida dos trabalhadores. De acordo com Andrade e Couto (2006), através de um estudo constatou-se que a importância da intervenção fisioterapêutica e a eficácia da ginástica laboral na prevenção dos distúrbios relacionado ao trabalho, conclusão essa que obtiveram através de estudo composto por 28 funcionários de uma industria de têxtil, onde os funcionário foram submetidos a avaliação ocupacional, e depois a ginástica laboral, isso durante 4 meses. Conforme o estudo elaborado por Resende 2006, foi constatada uma melhora significativa na diminuição das dores relatados pelos funcionários durante e execução do serviço. Este estudo teve como amostra composto 24 funcionários de um
11 teleatendimento, foi elaborado um programa com ginástica laboral com duração de 15 minutos, realizado durantes 4 vezes semanais no período de 4 meses finalizando com um total de 68 sessões. Com isto constatou-se uma eficácia com a implantação do programa de ginástica laboral. Melhorando o desenvolvimento do trabalhador através de seu desempenho e a qualidade de fornecimento do serviço que a empresa oferece. Pesquisa elaborada por Ferracine (2010) participaram 15 funcionários, de ambos o sexos, foram aplicados dois questionários enfatizando os aspectos ergonômicos do trabalho e dados pessoais, antes e após o programa, objetivando assim avaliar a presença de sintomas musculoesqueléticos e os efeitos da ginástica laboral como prevenção. Este estudo ocorreu no hospital Santa casa de Misericórdia de São José do Rio Preto com funcionários do setor administrativo. A ginástica laboral foi composta por exercícios de alongamento foram realizado 3 sessões semanais de duração de 10 minutos, totalizando 24 sessões. Portanto constatou-se através dos questionários de 73,3% que a dor musculoesquelética estava presente, e 46,6% continuaram a apresentar sintoma doloroso após a prática de exercícios durante o trabalho. O estudo de Machado (2012) constituiu-se de 16 funcionários de uma instituição financeira, composto por funcionários praticantes e não praticantes de ginástica laboral. Os participantes que praticam ginástica laboral apresentaram queixas de tensão somente na região cervical, quando comparado com o não praticantes da ginástica laboral apresentaram queixas mais intensas com moderadas em todas as regiões. O estudo elaborado por Rosa (2012), foi desenvolvido com uma frequência de 3 vezes na semana, com duração de 20 minutos por sessão, período de 12 semana. Com isso foi constatado que os Policiais Militares que foram submetidos às sessões de Ginástica Laboral. Portanto para Rose (2010), Tanto a saúde quanto à qualidade de vida alcançada por cada indivíduo estão relacionadas com a prevenção da maioria das doenças; ou seja, a ausência de doença reflete, de certo modo, uma melhor qualidade de vida. Cabe a cada um optar ou não pela busca deste bem-estar geral. Assim sendo, um programa de promoção de saúde pode influenciar positivamente a qualidade de vida do trabalhador a partir do seu cotidiano laboral, modificando inclusive, seus hábitos fora do ambiente de trabalho. Analisando a capacidade física, portanto para Rose (2010), Tanto a saúde quanto à qualidade de vida alcançada por cada indivíduo estão relacionadas com a prevenção da maioria das doenças; ou seja, a ausência de doença reflete, de certo modo, uma melhor qualidade de vida. Cabe a cada um optar ou não pela busca deste bem-estar geral. Assim sendo, um programa de promoção de saúde pode influenciar positivamente a qualidade de vida do trabalhador a partir do seu cotidiano laboral, modificando inclusive, seus hábitos fora do ambiente de trabalho. Pesquisa elaborada por Ferracine (2010) a pesquisa apresentou resultados significativos na redução da dor musculoesquelética, durante e após a jornada de trabalho. Mas para o autor, não dever se o único recurso adotado método preventivo e de promoção da saúde no trabalho. 11
12 12 Para estudos de outros autores citados nesta pesquisa de revisão, maioria deles concluiu que a ginástica laboral além de trazer benefícios para empresa, trazem benefícios para o funcionário, melhorando sua qualidade de vida, e relacionamento interpessoal. Mas para Machado 2011 a pratica da ginástica laboral realizada duas vezes por semana não foram suficiente para diferenciar a intensidade das queixas musculoesqueléticas. O estudo elaborado por Rosa (2012) apresentaram melhoras estatisticamente significativas na intensidade das dores, bem como redução nos pontos de dor. De acordo com Andrade e Couto (2006), no estudo houve uma diminuição de funcionários com tendinite do supraespinhoso, síndrome de Dequevain e do túnel do carpo, alem da queda de atestados médicos relacionado com os distúrbios. A ginástica laboral, por reduzir a incidência de afastamento do trabalho gera também uma redução de gastos para empresa que é prejudicada quando diminui o numero de funcionários, pois automaticamente diminuirá sua produção ou a obrigará a contratar novo funcionário para suprir a necessidade, portanto o custo da ginástica laboral acaba sendo diminuído pela redução de índice de afastamento do trabalho; É importante deixar claro que nos estudos utilizados no levantamento bibliográfico a ginástica laboral contribui e muito para o melhor rendimento profissional do funcionário, pois praticar exercícios físicos de acordo com as necessidades do trabalhador é um benefício que não somente o funcionário ganha, mas também toda a empresa porque dessa forma diminuem-se os afastamentos dos trabalhadores, reduzem se as doenças causadas pelos movimentos repetitivos. Dessa forma entende-se que a ginástica laboral proporciona melhores condições de vida para o trabalhador e consecutivamente o seu melhor desempenho. 6. Conclusão Os índices de LER e DORT estão cada vez mais elevados nas ultimas décadas. Tornando-se uma das principais preocupações para os empregadores. Devemos observar o grande destaque que se encontra a LER e DORT, pois esses distúrbios estão com ênfase nos últimos anos, portanto, a fisioterapia nas empresas e o programa de ginásticas laboral crescem a cada dia, principalmente pela descoberta da importância em ações preventivas, ações essas que são utilizadas a ginástica laboral, para combater aos distúrbios osteomusculares. A ginástica laboral é um programa de grande importância para os organizadores, pois funcionários saudáveis produzem mais, trazendo grandes benefícios para a empresa. Diante dos estudos apresentados aqui nesta revisão bibliográfica constatou-se através de literaturas citadas, que a implantação de um programa de ginástica laboral em empresas trouxe resultados benéficos significativos. Constatando-se que é de suma importância a ginástica laboral como instrumento preventivo e terapêutico de lesões causadas no âmbito de trabalho. Discutindo esse aspecto os autores afirmam ainda que no programa de ginástica laboral a um convívio diário entre os envolvidos, no qual prevalece uma maior integração entre as pessoas, interação com a saúde, a comunicação e as atividades físicas elaboradas
13 13 pelos profissionais. Portanto a rotina nunca será a mesma e os resultados serão ainda melhores tanto para empresa quanto para o funcionário. Dessa forma, pode-se considerar que a ginástica laboral trabalha na diminuição das dores, melhorando a qualidade de vida, desempenho profissional e evitando que haja um aumento de graus da LER e DORT. Trazendo importantes benefícios para empresa. Portando muitas empresas estão à procura de tal instrumento, devido ao custo beneficio que a ginástica laboral oferece, além de bem estar físico e social. 7. Referência Bibliografia BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília, DF; 2001 BRASIL, INSS, LER/ DORT Programa de Prevenção. São Paulo SP, 2006 BAÚ, L. M. S. Fisioterapia do Trabalho: Ergonomia - Legislação - Reabilitação. 1 a ed. Curitiba: Clã do Silva, COLOMBO, C. M. A influência da ginástica laboral no relacionamento interpessoal e no incentivo à prática de atividade física f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, COUTO, Hudson de Araujo. Ergonomia aplicada ao Trabalho: o manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: Ergo, FERRACINI, N. G.;Valente, M. F.;Presença de sintomas musculoesqueléticos e efeitos da ginástica laboral em funcionários do setor administrativo de um hospital público Rev Dor. São Paulo, 2010 jul-set;11(3): GALAFASSI, M. C. Medicina do Trabalho : Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. São Paulo: Atlas, p INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL INSS. Anuário Estatístico da Previdência Social, Disponível em: Acesso em: Julho de KOLTIARENKO, A. Prevalência de distúrbios osteomusculares nos cirurgiões dentistas do meio oeste catarinense f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, LIMA, D.G. Ginástica laboral: Metodologia de Implantação de programas com abordagem ergonômica, Jundiaí- SP, Ed. Fontoura, Logen WC. Ginástica laboral na prevenção de LER/DORT: um estudo reflexivo em uma linha de produção [tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; MACIEL, A. C. C.; FERNANDES, M. B.; MEDEIROS, L. S. Prevalência e fatores associados à sintomatologia dolorosa entre profissionais da indústria têxtil. Revista Brasileira Epidemiologia, São Paulo, v. 9, n. 1, mar OLIVEIRA, João Ricardo Gabriel de. A prática da ginástica laboral. Rio de Janeiro: Sprint, OLIVEIRA J. R. G. O. A prática da ginástica laboral. 3ªed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006 OLIVEIRA J. R. G. O; Revista da Educação Física. n.139 Dezembro PICOLOTO, Daiana., SILVEIRA, Elaine da. Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores de uma indústria metalúrgica de Canoas RS. Scielo. Ciênc. saúde coletiva, v. 13, n. 2, Rio de Janeiro,mar/abr.2008.URL: >. POLITO, E.; BERGAMASCHI, E. C. Ginástica Laboral: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, p
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