UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA O IMPACTO FÍSICO-FUNCIONAL DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES SUBMETIDAS A TRATAMENTO CIRÚRGICO: UMA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA CASCAVEL- PR 2004

2 113 CRISTIANE FÁTIMA GRANJA O IMPACTO FÍSICO-FUNCIONAL DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES SUBMETIDAS A TRATAMENTO CIRÚRGICO: UMA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná Campus Cascavel, como requisito parcial para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia. Orientadora: Juliana Cristina Frare CASCAVEL-PR

3

4 115 TERMO DE APROVAÇÃO CRISTIANE FÁTIMA GRANJA O IMPACTO FÍSICO-FUNCIONAL DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES SUBMETIDAS A TRATAMENTO CIRÚRGICO: UMA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Graduado em Fisioterapia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Profª. Joseane Rodrigues da Silva Coordenadora do Curso BANCA EXAMINADORA... Orientadora: Profª. Juliana Cristina Frare Colegiado de Fisioterapia - UNIOESTE... Profª. Joseane Rodrigues da Silva Colegiado de Fisioterapia - UNIOESTE... Profª. Jordana Salmoria Colegiado de Fisioterapia - UNIOESTE

5 116 Cascavel, 12 novembro de Dedico este trabalho primeiramente à Deus, por ter guiado minha vida por caminhos iluminados, aos meus pais, que com muito esforço e dificuldade me ofereceram uma oportunidade de crescer e buscar as minhas realizações, a minha irmã, pela amizade e força nos momentos dificíes, e ao meu namorado, por todo amor, carinho e compreensão. Amo muito vocês.

6 117 AGRADECIMENTOS Ao final desta etapa da minha vida, feita por momentos felizes e tristes, contei com o apoio de muitas pessoas que ajudaram a alcançar essa vitória, e por isso merecem meus agradecimentos, meu respeito e minha admiração......primeiro a Deus que me permitiu viver para que eu chegasse ao fim de mais uma jornada e, por ter atendido todas as minhas preces....a meus pais, Alfredo e Neiva, pelo amor e dedicação, que apesar da distância, souberam me incentivar e apoiar em todos os momentos. Mas acima de tudo por serem exemplos de vida....ao Ric, por todos os momentos de felicidade, pela compreensão, pelo animo para não desistir quando tudo parecia dar errado e forças para superar as dificuldades que se colocaram no meu caminho....os meus amigos mesmos distantes, Adriana, Fabiano, Jane Carla, Gisele, Ingrid, Lívia, Rosana, Rúbia e Weslei, e familiares que contribuíram com palavras, sorrisos e abraços para que meus dias fossem perfeitos....aos colegas da turma pela presença constante, por me agüentarem nos momentos de estresse e pelos bons momentos que compartilhamos....aos mestres que se dedicaram a me ensinar, em especial as professoras Carmem, Claúdia, Cristina, Francieli, Hérica, Janaina, Keila, Luciane, Maria Goretti e Mari. A orientadora Juliana Cristina Frare, por ter aceito meu convite, pelo incentivo, apoio e paciência. A coordenadora Joseane Rodigues, que antes de qualquer coisa foi uma grande amiga! Em especial a professora Jordana Salmoria, que se não fosse a sua ajuda valiosa este trabalho não teria sido realizado....e finalmente EU, por ter sido justa em todos os momentos da minha vida, por ter buscado o que desejava e acima de tudo, por ter acreditado na minha própria vitória.

7 118 RESUMO O câncer de mama é a neoplasia de maior ocorrência entre as mulheres. O Brasil está entre os países com mais elevada taxa de incidência, sendo a principal causa de morte por neoplasia entre a população feminina. Atualmente, o câncer de mama é considerado um grave problema de saúde pública, conseqüentemente é uma das mais importantes causas de morbidade e mortalidade na mulher. As condutas terapêuticas para o tratamento são diversas; contudo, as cirurgias prevalecem e a técnica escolhida depende da gravidade do quadro. Com a evolução do tratamento, observou-se a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, visando prevenir e minimizar complicações cirúrgicas que possam interferir no bem estar físico e psicológicos das pacientes submetidas ao tratamento cirúrgico. Este trabalho tem como objetivo principal propor um protocolo de tratamento fisioterapêutico e uma cartilha educativa baseado nas principais alterações físico-funcionais encontradas em mulheres que foram submetidas à tratamento cirúrgico. Para isto doze pacientes foram selecionadas e submetidas a uma avaliação fisioterapêutica previamente desenvolvida. Através da análise dos resultados, observou-se uma diminuição da ADM e perda de força muscular do ombro homolateral a cirurgia, sendo que todas as pacientes relataram dificuldades para realizar as atividades de vida diária. Baseado nestes resultados foi desenvolvido um protocolo fisioterapêutico e uma cartilha educativa, objetivando que as pacientes retornem o mais precoce possível as suas atividades funcionais, melhorando a qualidade de vida. Palavras-chave: Câncer de Mama, Qualidade de Vida, Fisioterapia.

8 119 ABSTRACT Breast cancer is the neoplasia of highest incident among women. Brazil is among countries with the most elevated incident rate, being the main cause of death by neoplasia in woman population. At present breast cancer is considered a serious public health problem, consequently it is one of the most important causes of woman morbidity and mortality. Therapeutic conducts for the treatment are various; however, surgeries prevail and the chosen technique depends on how severe the case is. With the treatment development, it is observed the necessity of a multidisciplinary approach aiming to prevent and minimize surgical problems that may interfere in physical and psychological fitness of patients undergoing surgical treatment. This study has as main objective to propose a physicaltherapic treatment protocol and an educative book based on main physic-functional alterations found in the women submitted to surgical treatment. For that twelve patients have been selected and submitted to a physicaltherapic evaluation previously made. Through results analyses, a reduction of movement amplitude and loss of surgical homolateral shoulder muscular strength was observed, and all the patients mentioned to have difficulties to realize daily activities. Based on these information, it has been made a physicaltherapeutic protocol and an educative book, aiming that the patients return as early as possible to their functional activities, providing an improvement of their life quality. Key -Words: breast cancer, life quality, physicaltherapy

9 120

10 121 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS...10 LISTA DE GRÁFICOS INTRODUÇÃO REFERENCIAL TEÓRICO A Mama Arquitetura da Mama Inervação Vascularização Tecido Muscular Cavidade Axilar Câncer de Mama Oncogênese Epidemiologia e Estatística Patogenia e Fatores de Risco Classificação Estadiamento Diagnóstico Auto-Exame das Mamas Mamografia Biópsia Tratamento Clínico Tumorectomia Quadrantectomia Mastectomia Radical Mastectomia Radical Modificada Radioterapia Quimioterapia Hormonioterapia Complicações Pós Operatórias Infecção Necrose Cutânea Complicações Linfáticas Lesão Nervosa Dor...65

11 Fraqueza do Membro Superior Complicações Cicatriciais Problemas Respiratórios Disfunção do Ombro Encarceramento Nervoso Linfedema Alterações Psicológicas Alterações Posturais Reabilitação METODOLOGIA RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE A APÊNDICE B APÊNDICE C APÊNDICE D APÊNDICE E

12 123 LISTA DE FIGURAS Figura 01: Arquitetura da Mama...16 Figura 02: Divisões da Mama em Quadrantes...35 Figura 03: Auto-exame Primeira Etapa...46 Figura 04: Auto-exame Segunda Etapa...46 Figura 05: Auto-exame Terceira Etapa...47 Figura 06: Exame de Mamografia...49 Figura 07: Tumorectomia...53 Figura 08: Quadrantectomia...54 Figura 09: Mastectomia Radical...55 Figura 10: Mastectomia Radical Modificada...57

13 124 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Músculos Correlacionados com a Região da Mama Tabela 02: Principais Fatores de Risco Relacionados ao Câncer de Mama...34 Tabela 03: Classificação Histológica do Câncer de Mama Tabela 04: Sistema de Estadiamento TNM...43 Tabela 05: Complicações Pós-Operatórias...62 Tabela 06: Dados Cirúrgicos...87 Tabela 07: Dados Demográficos...88 Tabela 08: Tratamentos Complementares Tabela 09: Sintomatologia Relatada...89 Tabela 10: Limitação de Movimentos...89 Tabela 11: Dificuldades Funcionais Relatadas...90 Tabela 12: Fatores Psicológicos...92 Tabela 13: Auto-Avaliação da Saúde e Qualidade de Vida...93

14 125 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01:Taxa bruta de mortalidade para o período de 1979 a 1998 e estimativas para o ano 2001, em mulheres, para algumas localizações primária (Brasil)...28 Gráfico 02: Relatos de limitação no trabalho ou em outras atividades do dia entre as pacientes entrevistadas...91 Gráfico 03: Presença de dor no período pós-operatório nas pacientes entrevistadas...92

15 126 1 INTRODUÇÃO O câncer de mama é a neoplasia de maior ocorrência entre as mulheres, tanto de países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Segundo o Ministério da Saúde (KLIGERMAN, 2002), o Brasil está entre os países com mais elevada taxa de incidência, tanto que o câncer de mama é dito como a principal causa de morte por neoplasia maligna na população feminina. Atualmente, o câncer de mama é considerado um grave problema de saúde pública, conseqüentemente é uma das mais importantes causas de morbidade e mortalidade na mulher por neoplasias em quase todo o mundo (LOPES, 1996 apud CENTOFANTI et al, 2003). A detecção precoce possibilita um tratamento conservador e não mutilante, mas infelizmente setenta por cento dos casos deste câncer são diagnosticados tardiamente, o que dificulta sua cura definitiva. Embora existam outros tratamentos, a cirurgia ainda é o processo mais comum para prevenir a disseminação da doença e a técnica escolhida dependerá da gravidade do quadro. Com a evolução do tratamento, observou-se a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, visando prevenir e minimizar complicações (físicas e emocionais) que possam interferir no bem estar físico e psicológicos destas mulheres após o tratamento cirúrgico. Baseado nessas alterações pós-tratamento, que a reabilitação física desempenha um papel importante, visando a recuperação funcional da paciente e, conseqüente melhora da qualidade de vida.

16 127 Este trabalho teve como objetivo propor um protocolo de tratamento fisioterapêutico baseado nas principais alterações físico-funcionais encontradas em mulheres portadoras de câncer de mama que foram submetidas à tratamento cirúrgico. Buscou-se também avaliar o impacto do câncer de mama sobre a qualidade de vida das portadoras e, o comprometimento físico-funcional pós-cirúrgico, além de desenvolver uma cartilha educativa com dicas de cuidados especiais com o membro afetado e orientações quanto a exercícios que devem ser realizados em casa no período pós-operatório.

17 128 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 A Mama As mamas são estruturas complexas, consideradas como anexos cutâneos mamíferos. São órgãos glandulares pares, suscetíveis a estímulos neuro-hormonais e destinados primordialmente à secreção do leite (FERRARI et al, 2002). Como foi citada, a função primordial da mama é nutrir a prole, auxiliando assim na perpetuação das espécies. Por isso, deve ser considerada como um símbolo de vida. Além de desempenhar um papel relevante na sensualidade e na sexualidade feminina, retratando um símbolo de feminilidade, estética e de afeto. As primeiras manifestações deste tecido surgem por volta da sexta semana da vida embrionária (FERRARI et al, 2002). Durante este desenvolvimento embrionário a formação da mama inicia-se a partir do ectoderma ventral e do mesoderma subjacente. Sendo que o primeiro da origem ao sistema ductal, e o segundo aos tecidos adiposos e conjuntivos do local. Estas glândulas surgem ao longo de uma linha que se estende das futuras regiões inguinais até a axilar, conhecidas como linha do leite ou linha láctea. O número de glândulas pares que surgem varia conforme a espécie estudada, no casa da espécie humana surgem uma para cada hemitórax, ao nível de musculatura peitoral (CAMARGO e MARX, 2000). Tanto os homens quanto às mulheres possuem mamas, porém nos homens elas não se desenvolvem, enquanto que nas mulheres passam por várias modificações. Estas modificações estão relacionadas com a idade e ação hormonal. Pode-se afirmar que por volta dos 20 anos ela já

18 129 esta formada, porém somente após a gestação e lactação ela atingirá seu desenvolvimento completo, e que a partir dos 40 anos começa a apresentar regressão do componente glandular mamário. Ou seja, com a menopausa, ocorre atrofia deste tecido que é então substituído por tecido adiposo e conjuntivo. É fundamental lembrar que a cada ciclo menstrual, as estruturas mamárias sofrem alterações em função dos níveis hormonais (CAMARGO e MARX, 2000). A mama está localizada no interior da fáscia superficial da parede anterior do tórax, estendendo-se a face ântero-lateral do tórax, entre a segunda e a sexta costela, posicionando-se o mamilo à altura do quarto espaço intercostal. Este parênquima tem como limite à borda medial do esterno, lateralmente o músculo grande dorsal e a linha axilar anterior ou média, superiormente a clavícula, e inferiormente, o sulco submamário, podendo às vezes, atingir a parede abdominal superior. Na porção superior, a glândula se estende externamente até a axila, constituindo um prolongamento da axila ou o prolongamento axilar de Spencer (BIÁZUS et al, 2001). A superfície posterior da mama esta localizada sobre a fáscia profunda do tórax, revestida pelos músculos grande peitoral, serrátil maior, músculos oblíquos abdominais externos e a parte superior da bainha do reto abdominal. Diferente do que muitas pessoas pensam, o termo seio corresponde ao espaço compreendido entre as mamas, um sulco intermamário que é mais pronunciado quanto maior for o volume mamário, e não a mama propriamente dita (CAMARGO e MARX, 2000). Este anexo da pele é um órgão par, com variados pesos e formatos, de acordo com a constituição física, idade, paridade, lactação, entre outros fatores menos significantes. É comum ocorrer uma leve assimetria entre as mama, presente em cerca de 80% das mulheres. Apresentase de forma cônica, discóide, pendular, plana, entre outras formas; com espessura média de 5 a

19 130 7cm, de diâmetro em torno de 10 a 12 cm e peso que pode variar de 150 até 900g (CAMARGO e MARX, 2000) Arquitetura da Mama A arquitetura da mama, ilustrada na figura abaixo, é constituída de um parênquima (que é o tecido glandular propriamente dito), estroma (tecido conjuntivo que envolve o parênquima) e a pele, dotada de glândulas sebáceas e sudoríparas (DANGELO e FATTINI, 1998). Figura 01: Arquitetura da mama Fonte: O tecido glandular é um parênquima epitelial formado por dois sistemas: o lobular e o ductal, envolvidos pelo tecido conjuntivo fibroso e adiposo, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. O sistema lobular é composto pelos lobos mamários que são a unidade anatomo-funcional da mama, em número de 10 a 20, que são constituídos pelo agrupamento inúmeros lóbulos, que por

20 131 sua vez é composto por pequenas formações saculares alvéolos ou ácinos reunidos em número de 10 a 100. Já o sistema ductal é constituído por um ducto principal e suas ramificações intra e extralobulares, também conhecido como ductos galactóforos. É comprovada a existência de prolongamentos do sistema ductal para diversas regiões, principalmente a axila, e mais raramente para a região epigástrica, esternal e clavicular (CAMARGO e MARX, 2000; BIÁZUS et al, 2001). O alvéolo mamário envolve o ducto galactóforo, e ao redor da luz do ducto encontramse as células lactóforas, que são verdadeiras usinas produtoras de leite. É no interior destas células que o leite é produzido, passando através da membrana para dentro do ducto. Também localizada aqui está à célula mioepitelial, que é uma célula muscular, cuja função é contrair-se e espremer a célula galactófora, fazendo com que a produção do leite aumente. O leite produzido acumula-se nas ampolas lactóforas, que nada mais é que uma dilatação dos ductos principais próximos ao mamilo (FILHO, [s.d.]). A superfície cutânea que reveste a mama é fina, elástica e mais clara, podendo ser dividida em região periférica, areolar e papilar. A aréola é centralizada, pouco rugosa, rósea ou acastanhada, devido à existência de células ricas em pigmentos melânicos com tamanho variável entre 3 a 6cm. Na aréola encontram-se glândulas sebáceas, sudoríparas e areolares acessórias; estas glândulas sebáceas produzem saliências na superfície, constituindo os tubérculos de Morgagni, já as glândulas areolares acessórias aumentam de volume durante a gestação e passam a ser conhecidas como tubérculos de Montgomery. A papila esta localizada no centro da aréola, de tamanho variável, revestida por um epitélio escamoso estratificado queratinizado, recoberta por um tecido cutâneo espesso e rugoso, onde desembocam os ductos principais. Já a região

21 132 periférica é constituída basicamente por tecido cutâneo, com anexos como pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas (FERRARI et al, 2002; MOORE, 1994). Enquanto a extremidade da papila contém inúmeras terminações nervosas sensoriais livres e corpúsculos de Meissner nas papilas dérmica, a aréola contém um pequeno número destas estruturas. Também são encontrados plexos neuronais ao redor dos folículos pilosos da pele que rodeia a aréola e corpúsculos de Pacini. Esta rica inervação sensorial, principalmente da aréola e da papila, constitui uma grande importância funcional, já que o ato de sucção desencadeia uma série de mecanismos nneuro-humorais e nervosos que levam a liberação de leite e é essencial para a continuidade da lactação (CAMARGO e MARX, 2000). A glândula mamária encontra-se envolvida por uma fáscia mamária, composta por uma cápsula superficial e outra profunda, sendo que dentre estas existem várias projeções de tecido fibroso orientadas perpendicularmente à pele, definidas como ligamentos suspensores da mama ou ligamentos de Cooper (FERRARI et al, 2002; MOORE, 1994) Inervação A mama é inervada pelos ramos da porção anterior dos nervos intercostais (do segundo ao sexto), ramos do plexo cervical e do nervo intercostobraquial. A inervação deriva primariamente dos quarto, quinto e sexto nervos intercostais na região superior da mama. Parte da pele na metade superior da mama é inervada pelos terceiro e quarto ramos do plexo cervical, especificamente dos ramos anterior e medial do nervo supraclavicular. O ramo lateral do segundo nervo intercostal, que é o intercostobraquial, tem uma importância significativa para a anatomia

22 133 cirúrgica, já que passa através da fáscia do assoalho a axila e pode alcançar o nervo cutâneo medial do braço (FERRARI et al, 2002) Vascularização A mama é extremamente irrigada, principalmente pelas artérias originadas da artéria torácica interna via ramos perfurantes intercostais, que atravessam do segundo ao quarto espaço intercostal, vascularizando o músculo grande peitoral e a parte medial da glândula. Também recebem vários ramos da artéria axilar, principalmente dos ramos torácico lateral e toracoacromial, e ramos cutâneos anteriores e laterais das artérias intercostais, do terceiro ao quinto espaço intercostal, irrigando a porção superior da mama (MOORE, 1994; BIÁZUS, 2001). As artérias intercostais, ramos da aorta e da subclávia também atravessam o grande peitoral e irrigam a face profunda da mama; por isso, durante processo cirúrgico a secção destas pode provocar importante hemorragia. A artéria torácica externa, com origem na região da axila, irriga a metade externa da mama. Como também irriga os linfonodos da axila, músculo serrátil maior, peitorais e subescapular (CAMARGO e MARX, 2000). O retorno venoso é representado por três grupos de veias profundas: ramos perfurantes que alcançam a veia mamária interna, ramos que chegam diretamente à veia axilar e ramos que alcançam as veias intercostais tributárias da veia áziga e do sistema das veias vertebrais. Em geral, o retorno venoso acompanha a arquitetura do sistema arterial. É essencial o conhecimento deste sistema, já que esta envolvida com o processo de transporte de células neoplásicas e conseqüentemente, a formação de metástase, principalmente as veias intercostais que podem

23 134 levar celulas neoplásicas para pulmões, ossos, cérebro, fígados, etc. (CAMARGO e MARX, 2000; MOORE, 1994). O sistema linfático é uma via secundária de acesso, por onde líquidos, proteínas e celulas pequenas são devolvidos ao sistema venoso. Desempenha um papel primordial de absorção e transporte do líquido em excesso, de grandes moléculas de proteínas e pequenas células, graças à altíssima permeabilidade da membrana dos capilares linfáticos, tendo importante função da manutenção da homeostase do corpo (CAMARGO e MARX, 2000). A extensa rede linfática inicia-se pelos capilares, prosseguindo através dos pré-coletores e coletores até chegar aos dois principais coletores: canal linfático direito e ducto torácico, que desembocam na junção das veias subclávia e jugular interna, onde encontram-se nódulos linfáticos. Estes nódulos possuem a função de defesa do organismo, e a de formação da memória imunológica (CAMARGO e MARX, 2000). A drenagem linfática da mama ocorre pelos plexos superficiais e profundos. O plexo superficial é composto pelo plexo areolar e o plexo subareolar. Já o plexo profundo é mais complexo, composto por linfáticos mamários externos, linfáticos mamários externos, linfáticos inferiores ou submamários, do tronco e do membro superior. Pode-se afirmar que a maior parte da drenagem linfática, cerca de 75%, faz-se para os linfonodos axilares, como também que a maioria dos linfáticos seguem um curso semelhante ao do sistema venoso. Os linfonodos axilares estão localizados ao longo da borda inferior do músculo peitoral menor, que fica situado profundamente ao peitoral maior. Estes linfonodos são divididos em relação ao músculo peitoral menor em três partes, conforme a classificação de Berg: a primeira esta localizada lateralmente a margem externa do peitoral menor, a segunda sob este mesmo

24 135 músculo e o terceiro medialmente à borda interna do peitoral menor (MOORE, 1994; FERRARI et al, 2002). Entretanto, a maioria dos anatomistas definem cinco grupos de linfonodos axilares: grupo braquial lateral ou da veia axilar, dispostos na face interna da veia axilar; grupo mamário externo ou torácico ou axilar anterior, localizado sobre a parede interna da axila acompanhando o trajeto da artéria mamária externa; grupo subescapular, situado sobre a parede posterior da axila, ao longo dos vasos escapulares inferiores e da borda externa da escápula; grupo central ou intermédio, imersos no tecido adiposo axilar, geralmente atrás dos músculo peitoral menor; e, grupo subclavicular ou apical, localizado por baixo da clavícula, sobre a primeira e segunda costelas, internamente à veia axilar (CAMARGO e MARX, 2000). As redes de vasos linfáticos intramamários seguem primariamente para o plexo retroareolar ou plexo subreolar, para então ir em direção aos linfonodos. Da região profunda da mama, os linfáticos atravessam o músculo peitoral maior e desembocam no grupo apical de linfonodos axilares, já a face medial é drenada para os linfonodos paraesternais, situados no interior do tórax ao longos dos vasos torácicos internos. A pele é drenada tanto para a parede abdominal quanto para a mama oposta (MOORE, 1994; FERRARI et al, 2002). O conhecimento da anatomia e funcionamento do sistema linfático e do sistema venoso é essencial por dois motivos, primeiro por ser uma via de disseminação das células neoplásica; segundo, por que a sua manipulação durante o tratamento cirúrgico pode gerar complicações como o linfedema (CAMARGO e MARX, 2000) Tecido Muscular

25 136 A mama apresenta uma íntima relação com a parede torácica e com a cintura escapular. Os músculos e os elementos ósseos das cinturas escapulares e membros superiores recobrem grande parte da parede torácica anterior lateral e posterior. Conseqüentemente, qualquer abordagem na mama irá repercutir funcionalmente sobre a cintura escapular e no membro superior homolateral. A parede torácica é composta por 12 vértebras torácicas, 12 costelas com suas cartilagens costais e o esterno. Os espaços entre as costelas são preenchidos pelos músculos intercostais externos e internos. Tem-se ainda a clavícula que articula-se com o esterno e a primeira costela medialmente, o acrômio lateralmente, além de ser local de inserção dos músculos subclávio e grande peitoral. A escápula situa-se posteriormente, e é um ponto importante de fixação dos músculos subescapular na face anterior; na borda medial insere-se o músculo serrátil maior; na apófise coracobraquial, insere-se a porção curta do bíceps e o peitoral menor. A escápula articula-se com o úmero pela cavidade glenóide, recebendo a inserção de vários músculos (subescapular, bíceps, redondo maior, grande peitoral, grande do dorsal, supraespinhoso, infraespinhoso e redondo menor) (MOORE, 1994). De acordo com Moore (1994), a seguir encontra-se uma tabela com a lista dos músculos situados na região da mama e suas respectivas localizações e ação. Tabela 01: Músculos correlacionados com a Região da Mama Músculo Origem Inserção Função Peitoral Maior Clavícula, esterno, primeiras cartilagens costais e na bainha do reto anterior abdominal Peitoral Menor Face externa da terceira, quarta e quinta costelas Canal bicipital do úmero Processo coracóide da escápula Subclávio Primeira cartilagem costal Face interior da clavícula Atua na flexão, adução e rotação interna do ombro Deprime o ombro e auxilia nas rotações Abaixa e estabiliza a clavícula durante os movimentos da cintura escapular

26 137 Serrátil Maior Redondo Maior Três feixes: primeira costela; segunda, terceira e quarta costela; quinta até a nona ou décima costela Ângulo inferior e borda lateral da escápula Espinha da escápula, entre os músculos rombóide e subescapular Lábio posterior da corredeira bicipital cintura escapular Mantêm a escápula junto ao tórax Estabiliza e fixa a cintura escápula Subescapular Face anterior da escápula Colo do úmero Estabiliza e fixa a cintura escapular Deltóide Coracobraquial Oblíquo Externo do Abdomên Reto Anterior do Abdômen Grande Dorsal Fonte: A autora, Espinha da escápula, acrômio e terço distal da clavícula Ápice do processo coracóide da escápula Terço médio do úmero Importante nos movimentos de elevação anterior e abdução Processo coracóide Flexão e adução do ombro Últimas costelas Sínfese púbica Quinta, sexta e sétima cartilagens costais e processo xifóide Processo espinho das cinco ou seis últimas vértebras dorsais e cinco lombares, no sacro, na crista ilíaca e nas quatro últimas costelas Corredeira bicipital do úmero Outros músculos situados na região da mama são os músculos intercostais, que estão localizados aos pares, internos e externos, entre as costelas com função respiratória. Os últimos três músculos citados na tabela anterior (músculo oblíquo externo do abdômen, reto anterior do abdômen e o grande dorsal) são de grande importância nas cirurgias de reconstrução mamária (CAMARGO e MARX, 2000; GUIRRO e GUIRRO, 2002) Cavidade Axilar

27 138 A cavidade axilar une a região cervical, região torácica e membro superior, tendo uma função importante sobre os movimentos da articulação do ombro. Uma outra função da cavidade axilar é a proteção do feixe vasculonervoso axilar que é limitado anteriormente pela parede musculoaponeurótica anterior (superficialmente esta em contato com o músculo peitoral maior, e profundamente com os músculos subclávio e peitoral menor, entre estas camadas forma-se um espaço de deslizamento ocupado por vasos e nervos), pelo gradil costal internamente (no qual fixa-se o músculo serrátil e sua aponeurose) e externamente pelo músculo subescapular, grande dorsal e redondo maior (CAMARGO e MARX, 2000). Na base da cavidade axilar encontra-se o ligamento suspensório da axila, formado pela aponeurose axilar que envolve o feixe vasculonervoso, os coletores linfáticos e nódulos, como também a lâmina celuloadiposa. Esta lâmina celuloadiposa, também conhecida como bolsa serosa, é a unidade funcional da articulação do ombro, pois permite o deslizamento interescapulotorácico. Consiste em uma simples bolsa gordurosa que faz com que todas as estruturas da axila deslizem entre sim permitindo os movimentos do ombro (CAMARGO e MARX, 2000). 2.2 Câncer de Mama Segundo estatísticas, o Câncer de mama é a neoplasia maligna mais freqüentemente encontrada na mulher brasileira, ocorrendo preferencialmente após os 40 anos de idade, embora

28 139 nos últimos anos tenha se observado um fenômeno inverso, ainda inexplicado e a nível mundial, que é um aumento sensível da incidência em mulheres mais jovens (BIÁZUS et al, 2001). O termo neoplasia, empregado para descrever o câncer de mama, segundo a literatura significa crescimento novo, que é sinônimo de tumor. As neoplasias ou tumores são estudadas em uma área médica específica denominada de oncologia. Dentro da oncologia, a palavra câncer é o termo comum utilizado para se referir a todos os tumores malignos (COLLINS, COTRAN e KUMAR, 2000). O câncer é uma doença crônica degenerativa, que apresenta uma evolução prolongada e progressiva, que pode ser às vezes interrompida. É uma doença relacionada a debilidades e mutilações devido ao seu poder de propagação, o que ocasiona danos significativos quanto aos aspectos físicos, psicológicos e estéticos (GUIRRO e GUIRRO, 2002) Oncogênese O comportamento de todas as células é controlado por genes, localizados no núcleo destas células. Cada núcleo celular contém aproximadamente 100 mil genes. Estes genes são pacotes minúsculos com alta concentração de informações e instruções estocadas em forma de códigos (código genético) em uma molécula química complexa conhecida como DNA (ALMEIDA et al, 2003; HEGG, 1998). Existem genes específicos conhecidos como oncogenes, presentes em células normais onde podem ser tanto dominantes quanto desempenhar uma função no controle do

29 140 comportamento e divisão celular. Danos no DNA, causados por fumo, luz ultravioleta e alguns vírus por exemplo, podem desencadear certas anormalidades ou mutações, resultando em atividade aumentada e anormal. Isto pode levar a célula comportar-se de maneira anti-social e tornar-se cancerosa. Além dos oncogenes, cada célula contém genes supressores de tumor, cuja função é frear a divisão, danos nestas células também podem levar a desenvolver o câncer (ALMEIDA et al, 2003; HEGG, 1998). Em termos mais científicos, o processo de oncogênese é conseqüência da mutação das células normais, incluindo componentes celulares como lisossomos, RNAm e DNA, determinada por fatores etiológicos, físicos, químicos e biológicos (RAMOS, 1974). As células normais de todo o organismo coexistem em um estado harmônico de função e de crescimento, ocorrendo uma modulação perfeita no seu estado reprodutivo e de crescimento, funções próprias e correlação funcional, sendo tudo determinado pelo próprio código genético. Portanto, todas as células apresentam uma modulação histológica e funcional (RAMOS, 1974). Essa modulação citológica, histológica e funcional é determinada para todas as células do organismo, cada uma com as suas próprias características morfológicas e funcionais prédeterminadas pelos seus próprios códigos genéticos, porém todas com uma função útil para a manutenção da vida normal do organismo. Substâncias intracitoplasmáticas controlam o contato entre uma célula e outra, evitando crescimento desproporcionado de uma ou outra célula com a mesma função. Estas células são renovadas constantemente, quando ocorre a remoção parcial de um tecido ou órgão, a velocidade desta remoção é muito grande até que a massa celular anatomicamente e fisiologicamente seja retornada ao normal (RAMOS, 1974).

30 141 Na oncogênese a modulação da coexistência morfológica e funcional se altera, como também ocorrem nas infecções, inflamações e degenerações, porém, apresenta um caráter reprodutivo alterado permanente, e com uma ação antibiológica já que o código genético da célula normal se altera, sendo, portanto considerada uma célula neoplásica (RAMOS, 1974). Autores trazem que os agentes carcinogênicos aumentam a permeabilidade da membrana lisossômica, permitindo a liberação de enzimas que dará início as modificações do material genético da célula normal. Ao final deste processo, essas modificações tornam-se permanentes e as células possuem um novo código genético. Sendo que o crescimento dos cânceres é acompanhado de infiltração progressiva, invasão e destruição do tecido circundante. Estas células neoplásicas apresentam a capacidade de invadir o tecido normal e de se disseminar para outros tecidos distantes, sendo que os órgãos mais afetados por essas disseminações são os linfonodos regionais, pele, osso, fígado, pulmão e cérebro (COLLINS, COTRAN e KUMAR, 2000). Essa disseminação de células neoplásicas do tumor primário para órgãos distantes e o desenvolvimento das metástases é um evento muito temido e devastador (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Segundo Camargo e Marx (2000), os tumores malignos disseminam-se por duas vias: - Por extensão direta: onde o tumor se desenvolve dentro da tecido de origem, podendo se estender além dos limites do órgão, envolvendo tecidos adjacentes. - Por disseminação metastática: onde o tumor se dissemina pela via linfática e por via venosa.

31 Epidemiologia e Estatísticas A Organização Mundial da Saúde estima que, por ano, ocorram mais de casos novos de câncer de mama em todo o mundo, sendo então considerado um grave problema de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, não tem sido diferente, segundo o Consenso de Controle do Câncer de Mama do INCA (Instituto Nacional do Câncer de Mama) na década de 90, este foi o câncer mais freqüente no país. A incidência e a mortalidade variam significativamente entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Em geral, países mais ricos, como é o caso dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Holanda, Dinamarca e Noruega, tem incidências mais altas acompanhadas de uma redução da mortalidade. Ao contrário dos países em desenvolvimento, como o Brasil, que apresentam uma incidência mais baixa, porém uma mortalidade alta (MUSS, 2001). Segundo o consenso do INCA (2002), a diminuição dos índices de mortalidade em aproximadamente 30% nos países desenvolvidos está associado à detecção precoce do câncer, através da mamografia para o diagnóstico e à oferta de tratamento adequado. Já nos países em desenvolvimento, a situação seria atribuída, principalmente, a um retardamento no diagnóstico e na instituição de terapêutica adequada. Segundo dados epidemiológicos dos Estados Unidos, uma a cada oito mulheres que nascem, no decorrer da vida irá desenvolver câncer de mama. Ou seja, o risco estimado para o desenvolvimento de carcinoma de mama ao longo da vida de uma mulher é de aproximadamente 12% (ASSUNÇÃO et al, 2002).

32 143 Conforme informações do Ministério da Saúde (2002), o câncer de mama constitui a primeira causa de morte, por câncer, entre as mulheres brasileiras. Dados estimados pelo Ministério para o ano de 2001, mostraram que o câncer de mama é o primeiro em incidência, antecedendo o câncer de pele, com uma taxa de 36,47 por mulheres, ou casos novos no mesmo ano, representando 20.4% de todos os tipos de cânceres em mulheres. A mortalidade é de 9.99 por mulheres, ou óbitos pela doença no ano de 2001, representando 16% de todos os óbitos por câncer em mulheres (ASSUNÇÃO et al, 2002; KLIGERMAN, 2002). Essa elevada taxa de mortalidade justifica-se principalmente pelo diagnóstico tardio, uma vez que na maioria das pacientes a doença é reconhecida nos estádios III e IV (HEGG, 1998). Gráfico 01: Taxa bruta de mortalidade para o período de 1979 a 1998 e estimativas para o ano 2001, em mulheres, para algumas localizações primária (Brasil). Fonte: SIM Sistema de Informação sobre mortalidade/ms, INCA/MS; DPE/DEPIS/IBGE

33 144 O Ministério de Saúde brasileiro (1998) classifica o país entre os países com mais elevada incidência de câncer em todo o mundo. Refere também que a população feminina residente em Porto Alegre (RS) mostra as mais altas taxas brasileira, seguida pelas capitais Fortaleza (CE), Belém (PA), Goiânia (GO) e pela cidade de Campinas (SP). As regiões geográficas do Brasil, por sua heterogeneidade cultural, demográfica, sócio-econômica e política, têm suas populações submetidas a fatores de risco diferentes. Também são diferentes nas diversas regiões a qualidade da assistência prestada, a capacidade diagnóstica e a qualidade das informações fornecidas. Ainda trás que esta neoplasia apresenta alta morbidade e mortalidade, principalmente em mulheres acima dos 40 anos (KLIGERMAN, 2002). Consta na literatura médica que a incidência de câncer de mama em mulheres jovens (idade igual ou menor que 35 anos) varia de 2.2 a 17%, sendo que estas mulheres têm pior prognóstico quando comparadas com mulheres mais idosas (ASSUNÇÃO et al, 2002). Foi realizado um estudo no serviço de Mastologia do Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro, com o objetivo de analisar a incidência do câncer de mama em mulheres com idade igual ou inferior a 35 anos de idade. Para isto, foram analisados 198 prontuários médicos do arquivo geral e do arquivo do serviço de anatomia patológica de pacientes portadoras de câncer de mama, com comprovação histopatológica, submetidas a tratamento cirúrgico no período de janeiro de 1984 a dezembro de 1995 (CARNEIRO et al, 1999). Os autores deste artigo discutem que o câncer em mulheres jovens é considerado uma doença rara e muito progressiva, tendo seu valor baseando em fatores, dos quais destaca-se a elevada incidência, o difícil diagnóstico precoce, as poucas informações quanto ao comportamento biológico, e os altos índices de morbi-mortalidade. Concordando com os autores

34 145 que afirmam que estas mulheres apresentam uma incidência mais elevada de história familiar positiva, sendo mais agressivos e que apresentam um indicativo de péssimo prognóstico devido à alta incidência de positividade para o gene p53. Os pesquisadores concluíram então que a incidência de câncer de mama em mulheres jovens com idade menor ou igual há 35 anos foi relativamente baixa (5.5%), sugerindo mais estudos com uma amostragem maior desta faixa etária Patogenia e Fatores de Riscos Nas últimas décadas têm ocorrido em todo o mundo, significativo aumento da incidência do câncer de mama e conseqüentemente da mortalidade associada à neoplasia. Ao que tudo indica, o câncer de mama é o resultado da interação de fatores genéticos com estilo de vida, hábitos reprodutivos e o meio ambiente, conhecidos como fatores de risco (BARBOSA, BARROS e GEBRIN, 2001). A etiologia do câncer de mama ainda não foi definida, mas numerosos fatores que aumentam o risco para a doença já foram descritos. Porém, estes fatores de risco só serão considerados perigosos quando em conjunto. Estes pacientes de risco devem fazer um acompanhamento rigoroso, começando com a quantificação do risco e orientação adequada, exame clínico semestral, auto-exame mensal, mamografia anual e recomendações dietéticas (BIÁZUS et al, 2001).

35 146 A incidência de câncer de mama aumenta significativamente com o envelhecimento. Autores trazem que menos de 1% de todos os cânceres de mama ocorre em mulheres com menos de 25 anos de idade, tendo maior risco a partir dos 40 anos de idade (BIÁZUS et al, 2001). Todos os cânceres de mama têm origem genética. Acredita-se que 90%-95% deles sejam esporádicos (não-familiares) e decorram de mutações somáticas que se verificam durante a vida, e que 5%-10% sejam hereditários (familiares) devido à herança de uma mutação germinativa ao nascimento, que confere a estas mulheres suscetibilidade ao câncer de mama (BARBOSA, BARROS E GEBRIN, 2001). Qualquer história familiar (parente de primeiro grau, como mãe e irmã) especialmente bilateral e na pré-menopausa aumenta o risco geral de ocorrência. Esse risco não é aumentado em mulheres cujas mães ou irmãs tiveram câncer de mama após a menopausa. Caso a história familiar de neoplasia na mama seja bilateral pré-menopausa o risco chega a 40-50%, se a mãe ou irmã teve câncer unilateral o risco é de aproximadamente 30% (MUSS, 2001; BIÁZUS et al, 2001; COLLINS, CONTRAN e KUMAR, 2000). Conforme descrito por Assunção et al em 2002, os genes BRCA1 e BRCA2 são genes supressores de tumor. Indivíduos com histórico familiar da doença herdam mutações nestes genes em todas as células do corpo, em um dos dois alelos do gene. Com o passar do tempo, uma outra alteração molecular ocorre no alelo funcionante, e o fenótipo neoplásico se estabelece no órgão que apresentou esta nova alteração. Ou seja, a predisposição genética ocorre devido a herança de um alelo alterado, enquanto que o câncer só se estabelece devido a alteração nos dois alelos do gene. As mulheres que nascem com mutações em BRCA1 apresenta um risco bastante

36 147 aumentado de desenvolver câncer de mama para cada idade. Já as mutações em BRCA2 estào associadas a um risco aumentado para o câncer de mama masculino. Em relação aos hábitos alimentares, revisões sistemáticas de estudos de cortes, seguidos de meta-análise, não encontraram evidências entre o consumo de gordura de origem animal e o risco de desenvolver a doença; como também não mostrou diferenças na mortalidade por câncer de mama entre vegetarianos e não-vegetarianos. Dados disponíveis sugerem que o risco não é afetado diretamente pela ingestão de gordura saturada na dieta ou pelo consumo das vitaminas A, C e E. Os estudos sobre o consumo de frutas e verduras e a relação com a diminuição do risco de ocorrência da doença são controversos, porém a maioria não encontrou uma relação significante (ASSUNÇÃO et al, 2002). Entretanto, a dieta nutricional é importante. Estudos mostram que populações com alto consumo de proteínas de soja, rica em fontes de compostos estrogêniossímiles, apresentam taxas menores de câncer relacionados a hormônios, como o câncer de mama e endometrial (MUSS, 2001; BIÁZUS, 2001). Quanto ao consumo de álcool, estudos observaram que o risco relativo cresce linearmente com o aumento do consumo de álcool. O risco atingiu 1.41 para a faixa de consumo entre 30 e 60 gramas de álcool por dia comparado com a ausência de consumo. Em uma revisão sistemática, seguida de meta-análise, avaliando o risco de ocorrência para seis tipos de câncer relacionado com o consumo de álcool, entrou uma associação estatisticamente significante entre o consumo de 25 gramas diárias, o que corresponde a apenas duas doses de bebida destilada ou copos de vinho, e o câncer de mama em 23 trabalhos específicos sobre a mama publicados entre 1966 e 1998 (ASSUNÇÃO et al, 2002).

37 148 Fatores reprodutivos e hormonais são considerados importantes fatores de risco para o desenvolvimento da neoplasia mamária. Quanto maior a fase reprodutiva de uma mulher, maior será o risco de câncer de mama. Uma menarca precoce (menor que 11 anos) e uma menopausa tardia (maior que 55 anos) são medidas indiretas do número de ciclos menstruais que uma mulher tem durante a vida. O aumento do número de ciclos pode predispor as mulheres à lesão do DNA no tecido ductal em proliferação na mama, gerando um maior índice de mutações celulares. Vale ressaltar que não há nenhuma associação comprovada entre o risco de câncer de mama e a irregularidade menstrual ou a duração da menstruação (MUSS, 2001; GIULIANO, 1998). Mulheres com primeira gestação em idade avançada (maior que 30 anos) possuem uma maior incidência do que as mulheres primigrávidas mais jovens. Mulheres nulíparas ou que nunca engravidaram apresentam risco maior quando comparada com as multíparas (MUSS, 2001; GIULIANO, 1998). Já a lactação não aumenta o risco de incidência de câncer de mama, ao contrário, leva a uma redução significativa do risco. Uma revisão sistemática de estudos, seguida de meta-análise, comparando mulheres que amamentaram contra mulheres que não amamentaram e o tempo total de aleitamento materno, encontraram uma redução significativa do risco para as mulheres que haviam amamentado. Segundo uma outra meta-análise o aleitamento materno reduz o risco de câncer de mama em 4.3% a cada 12 meses de aleitamento, assim como a paridade, com redução de 7.0% a cada parto (ASSUNÇÃO et al, 2002). Segundo estudos realizados em centros para Controle e Prevenção de Doenças, o uso de contraceptivos orais não aumenta o risco, independente da duração do uso, histórico familiar ou coexistência de doença mamária benigna (MUSS, 2001; GIULIANO, 1998). Confirmado pelo

38 149 resultado de uma revisão sistemática, seguida de meta-análise, que não encontrou aumento do risco de câncer de mama para mulheres que já haviam utilizado alguma vez anticoncepcional hormonal oral. No entanto, uma outra análise encontrou risco significante e elevado na prémenopausa em mulheres que fizeram uso prolongado de contraceptivo por pelo menos quatro anos antes da primeira gestação a termo. Estudos mais recentes afirmam que este risco desaparece após 10 anos de interrupção (ASSUNÇÃO et al, 2002). A terapia de reposição hormonal por cinco ou mais anos após a menopausa aumenta em cerca de uma vez e meia o risco de câncer de mama, quando comparado em mulheres que não utilizam essa terapia (MUSS, 2001; GIULIANO, 1998). Em 1997 a Collaborative Group on Hormonal Factors in Breast Câncer publicou uma revisão sistemática, seguida de meta-análise, incluindo 51 estudos epidemiológicos, na qual encontrou aumento do risco para as mulheres que realizam terapia de reposição hormonal, com risco relativo de 1.02 por ano, atingindo 1.35 após cinco anos de uso (cinco anos após a interrupção da medicação o risco desaparece). Em um ensaio clínico com mulheres entre 50 a 79 anos, planejado para durar oito anos e meio e que foi interrompido após cinco anos devido aos resultados, encontrou-se um aumento de 26% no risco de câncer de mama para mulheres utilizando mg de estrógenos conjugados com 2.5 mg de acetato de medroxiprogesterona ao dia por cinco anos, comparados ao grupo placebo (ASSUNÇÃO et al, 2002). A influência geográfica relacionada com o estilo de vida pode predispor ao desenvolvimento do câncer. O estilo de vida ocidental, como o norte-americano, pode predispor as mulheres devido ao aumento da freqüência de certos fatores de risco. Esta cultura caracterizase por apresentar uma menarca mais precoce e menopausa mais tardia, mulheres que tem filhos

39 150 em idade mais avançada ou são nulíparas, obesidade aumentada, sedentarismo e uso de terapia hormonal (MUSS, 2001; COLLINS, COTRAN e KUMAR, 2000). De todos os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama já citados anteriormente, sem dúvida o mais importante é a idade. Em segundo lugar fica a história familiar, demonstrando o marcante papel da predisposição genética na gênese desta neoplasia. A seguir, encontra-se uma tabela com o resumo dos fatores de riscos identificados e confirmados. Tabela 02: Principais Fatores de Risco Relacionados com o Câncer de Mama Fatores de Risco Risco Relativo Idade > 50 anos 6.5 Câncer de Mama em parente de 1ºgrau Menarca antes dos 12 anos Menopausa após os 55 anos Primiparidade com mais de 30 anos Fonte: ASSUNÇÃO, M.C. et al. Câncer de Mama: Prevenção Primária. Disponível em acesso em 20/08/ Classificação As lesões cancerígenas na mama podem surgir em qualquer uma de suas estruturas: epiderme, mesênquima e epitélio glandular. Curiosamente, o carcinoma de mama é mais

40 151 freqüentemente encontrado na mama esquerda do que na direita, e aproximadamente 4% dos cânceres são bilaterais ou seqüências na mesma mama. Cerca de 50% surgem no quadrante superior externo da mama, 10% em cada outro quadrante (superior interno, inferior externo e inferior interno) e 20% na região central (COLLINS, COTRAN e KUMAR, 2000; BIÁZUS et al, 2001). Figura 02: Divisão da Mama em Quadrantes Fonte: http// Os carcinomas são classificados em carcinoma não invasivo ou in situ e carcinomas invasivos com suas variações, conforme a histologia. Tabela 03: Classificação Histológica do Câncer de Mama Tipos Histológicos de Câncer de Mama Cânceres Totais Carcinoma In Situ - Ca ductal in situ - Ca lobular in situ 15-30% 80% 20% Carcinoma Invasivo - Ca ductal invasivo - Ca lobular invasivo 70-85% 79% 10%

41 152 - Ca tubular/ cribiforme - Ca mucinoso (Colóide) - Ca medular - Ca papilar 6% 2% 2% 1% Fonte: CHANDRASOMA, P; TAYLOR, C.R. Patologia Básica. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil Ltda, Alguns autores trazem outras classificações, além das que constam na tabela acima, para os carcinomas invasivo: Ca adenóide cístico, Ca secretor, Ca apócrino, Ca com metaplasia, Doença de Paget, Ca inflamatório, Ca oculto com metástase axilar, Tu filóide maligno e Ca de mama no homem (CAMARGO e MARX 2000; BIÁZUS et al, 2001). O carcinoma ductal in situ é um achado pouco freqüente, mais comum na pósmenopausa, entretanto nos últimos anos o número de casos aumentou rapidamente. Em resumo, a lesão consiste de células malignas incapazes de produzir metástases distantes, porém pode se disseminar através de um sistema ductal e produzir lesões extensas por um setor da mama. Devido ao seu comportamento biológico pode ser dividido em dois grupos: tipo comendo e tipo não-comendo (micropapilar, cribiforme e misto). Baseados em estudos, atualmente acredita-se que muitos casos deste carcinoma podem progredir para o carcinoma invasivo, reforçando a importância do diagnóstico correto e da terapia apropriada (COLLINS, COTRAN e KUMAR, 2000; GIULIANO, 1998). O carcinoma lobular in situ manifesta-se pela proliferação em um ou mais ductos terminais ou ácinos. Para muitos autores, este carcinoma não possui caráter de malignidade e é um indicador biológico de risco. Já outros autores, contestam esse caráter de risco e atribuem

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO OS TIPOS DE CANCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

PATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos

PATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos PATOLOGIA DA MAMA Ana Cristina Araújo Lemos Freqüência das alterações mamárias em material de biópsia Alteração fibrocística 40% Normal 30% Alterações benignas diversas 13% Câncer 10% Fibroadenoma

Leia mais

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande,

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande, Cancêr de Mama: É a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia).

Leia mais

Descobrindo o valor da

Descobrindo o valor da Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.

Leia mais

Curso de Fisioterapia. Renata Barboza Carlos Magno BASES REABILITATIVAS DE FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE MAMA

Curso de Fisioterapia. Renata Barboza Carlos Magno BASES REABILITATIVAS DE FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE MAMA Curso de Fisioterapia Renata Barboza Carlos Magno BASES REABILITATIVAS DE FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE MAMA Rio de Janeiro 2009 Renata Barboza Carlos Magno BASES REABILITATIVAS DE FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE

Leia mais

O que é o câncer de mama?

O que é o câncer de mama? O que é o câncer de mama? As células do corpo normalmente se dividem de forma controlada. Novas células são formadas para substituir células velhas ou que sofreram danos. No entanto, às vezes, quando células

Leia mais

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) O que é? É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não

Leia mais

Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS:

Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS: Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS: As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

Qual é a função dos pulmões?

Qual é a função dos pulmões? Câncer de Pulmão Qual é a função dos pulmões? Os pulmões são constituídos por cinco lobos, três no pulmão direito e dois no esquerdo. Quando a pessoa inala o ar, os pulmões absorvem o oxigênio, que é levado

Leia mais

Cancro da Mama. Estrutura normal das mamas. O que é o Cancro da Mama

Cancro da Mama. Estrutura normal das mamas. O que é o Cancro da Mama Cancro da Mama O Cancro da Mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. Um tumor maligno consiste num grupo de células alteradas (neoplásicas) que pode invadir os tecidos vizinhos

Leia mais

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas.

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Perguntas que pode querer fazer Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Estas são algumas perguntas

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

CÂNCER DE MAMA. O controle das mamas de seis em seis meses, com exames clínicos, é também muito importante.

CÂNCER DE MAMA. O controle das mamas de seis em seis meses, com exames clínicos, é também muito importante. CÂNCER DE MAMA Dr. José Bél Mastologista/Ginecologista - CRM 1558 Associação Médico Espírita de Santa Catarina AME/SC QUANDO PEDIR EXAMES DE PREVENÇÃO Anualmente, a mulher, após ter atingindo os 35 ou

Leia mais

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Laura S. W ard CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Nódulos da Tiróide e o Carcinoma Medular Nódulos da tiróide são um

Leia mais

UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu.

UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu. UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu.br CUIDAR DA SUA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. As mamas

Leia mais

HISTÓRIA NATURAL DOS TIPOS RAROS DE CÂNCER DE MAMA

HISTÓRIA NATURAL DOS TIPOS RAROS DE CÂNCER DE MAMA HISTÓRIA NATURAL DOS TIPOS RAROS DE CÂNCER DE MAMA Carcinomas Profª. Dra. Maria do Carmo Assunção Carcinoma tipo basal Grau 3 CK14 & CK5 = Positivo P63 pode ser positivo (mioepitelial) Triplo negativo

Leia mais

CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias. Rossano Araújo

CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias. Rossano Araújo CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias Rossano Araújo Papiro do Edwin Smith (Egito, 3.000-2.500 A.C.) Papiro Edwin Smith (Egito, 3000 2500 A.C.) Tumores Protuberantes da Mama Se você

Leia mais

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto Introdução É realizada a avaliação de um grupo de pacientes com relação a sua doença. E através dele

Leia mais

Câncer. Claudia witzel

Câncer. Claudia witzel Câncer Claudia witzel Célula Tecido O que é câncer? Agente cancerígeno Órgão Célula cancerosa Tecido infiltrado Ozana de Campos 3 ESTÁGIOS de evolução da célula até chegar ao tumor 1 Célula 2 Tecido alterado

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana SISTEMA URINÁRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

Anatomia e Fisiologia Humana SISTEMA URINÁRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) Anatomia e Fisiologia Humana SISTEMA URINÁRIO DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) 1ª edição janeiro/2007 SISTEMA URINÁRIO SUMÁRIO Sobre a Bio Aulas... 03 Rins... 04 Localização... 04 Anatomia macroscópica...

Leia mais

O que é câncer de estômago?

O que é câncer de estômago? Câncer de Estômago O que é câncer de estômago? O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, pode ter início em qualquer parte do estômago e se disseminar para os linfonodos da região e outras

Leia mais

Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas

Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas Profª Drª Fabiana Flores Sperandio O que é câncer de mama? É uma doença que surge quando células da mama sofrem uma mutação e se

Leia mais

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015 01/05/2015 CÂNCER UTERINO É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que podem CÂNCER CERVICAL se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um câncer de crescimento lento, e pode

Leia mais

RESUMO. Palavras- chave: Fisioterapia. Câncer de Mama. Câncer de Mama Avaliação. INTRODUÇÃO

RESUMO. Palavras- chave: Fisioterapia. Câncer de Mama. Câncer de Mama Avaliação. INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO DE MEMBRO SUPERIOR EM MULHERES MASTECTOMIZADAS Mara Vania Guidastre - m_risaguist@hotmail.com Marcela Da Silva Mussio - marcela_mussio@hotmail.com Ana Cláudia De Souza Costa - anaclaudia@unisalesiano.edu.br

Leia mais

EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA. 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo:

EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA. 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo: EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo: 1) Tecido Ñsseo compacto 2) Tecido Ñsseo esponjoso 3) Cartilagem hialina 4) Cartilagem elöstica 5) Cartilagem fibrosa

Leia mais

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo CAPÍTULO 3 CÂnCER DE EnDOMéTRIO O Câncer de endométrio, nos Estados Unidos, é o câncer pélvico feminino mais comum. No Brasil, o câncer de corpo de útero perde em número de casos apenas para o câncer de

Leia mais

OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO REFERENTES AO CÂNCER DE MAMA ENTRE AS PACIENTES SUBMETIDAS À CIRURGIA, NO PERÍODO DE 01 DE

OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO REFERENTES AO CÂNCER DE MAMA ENTRE AS PACIENTES SUBMETIDAS À CIRURGIA, NO PERÍODO DE 01 DE OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO REFERENTES AO CÂNCER DE MAMA ENTRE AS PACIENTES SUBMETIDAS À CIRURGIA, NO PERÍODO DE 01 DE AGOSTO DE 2002 A 01 DE AGOSTO DE 2003, NO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

Gradação Histológica de tumores

Gradação Histológica de tumores Gradação Histológica de tumores A gradação histológica é uma avaliação morfológica da diferenciação celular de cada tumor. Baseada geralmente em 03-04 níveis de acordo com o tecido específico do tumor.

Leia mais

Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P.

Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P. Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P. De Oliveira,J.V.C¹; SILVA, M.T.B¹; NEGRETTI, Fábio². ¹Acadêmicas do curso de Medicina da UNIOESTE. ²Professor de Anatomia e Fisiologia Patológica da UNIOESTE.

Leia mais

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA. UTVIG/NUVIG/ANVISA Em 31 de janeiro de 2011. Assunto: Nota de esclarecimento sobre notícia veiculada na mídia que trata de comunicado de segurança da FDA Food and Drug Administration sobre possível associação

Leia mais

OUTUBRO ROSA REFORÇA A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE NA CURA DO CÂNCER DE MAMA

OUTUBRO ROSA REFORÇA A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE NA CURA DO CÂNCER DE MAMA OUTUBRO ROSA REFORÇA A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE NA CURA DO CÂNCER DE MAMA Enviado por LINK COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 01-Out-2015 PQN - O Portal da Comunicação LINK COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL - 01/10/2015

Leia mais

Histórico. O Outubro Rosaéum movimento popular dedicado a alertar as mulheres para a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama.

Histórico. O Outubro Rosaéum movimento popular dedicado a alertar as mulheres para a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama. Histórico O Outubro Rosaéum movimento popular dedicado a alertar as mulheres para a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama. Iniciado na década de 90 nos EUA, a campanha derrubou

Leia mais

Citopatologia mamária. Histologia da mama feminina

Citopatologia mamária. Histologia da mama feminina Citopatologia mamária Puberdade: crescimento das mamas em função do desenvolvimento glandular e da deposição aumentada de tecido adiposo. Mulheres durante o ciclo menstrual: aumento do volume mamário em

Leia mais

UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV

UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV Aspectos Morfológicos das Neoplasias DEFINIÇÕES Neoplasia Tumor Câncer Inflamação/Neoplasia Termo comum a todos tumores malignos. Derivado do grego Karkinos

Leia mais

O sistema TNM para a classificação dos tumores malignos foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952.

O sistema TNM para a classificação dos tumores malignos foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952. 1 SPCC - Hospital São Marcos Clínica de Ginecologia e Mastologia UICC União Internacional Contra o Câncer - TNM 6ª edição ESTADIAMENTO DOS TUMORES DE MAMA HISTÓRIA DO TNM O sistema TNM para a classificação

Leia mais

4. Câncer no Estado do Paraná

4. Câncer no Estado do Paraná 4. Câncer no Estado do Paraná Situação Epidemiológica do Câncer Doenças e Agravos Não Transmissíveis no Estado do Paraná Uma das principais causas de morte nos dias atuais, o câncer é um nome genérico

Leia mais

Papilomavírus Humano HPV

Papilomavírus Humano HPV Papilomavírus Humano HPV -BIOLOGIA- Alunos: André Aroeira, Antonio Lopes, Carlos Eduardo Rozário, João Marcos Fagundes, João Paulo Sobral e Hélio Gastão Prof.: Fragoso 1º Ano E.M. T. 13 Agente Causador

Leia mais

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem SAÚDE DO HOMEM Por preconceito, muitos homens ainda resistem em procurar orientação médica ou submeter-se a exames preventivos, principalmente os de

Leia mais

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue:

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue: 8 - O câncer também tem fases de desenvolvimento? Sim, o câncer tem fases de desenvolvimento que podem ser avaliadas de diferentes formas. Na avaliação clínica feita por médicos é possível identificar

Leia mais

Tratamento do câncer no SUS

Tratamento do câncer no SUS 94 Tratamento do câncer no SUS A abordagem integrada das modalidades terapêuticas aumenta a possibilidade de cura e a de preservação dos órgãos. O passo fundamental para o tratamento adequado do câncer

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883 ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883 Renata Loretti Ribeiro 2 Introdução O câncer representa uma causa importante de morbidez e mortalidade, gerador de efeitos que

Leia mais

TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

TÍTULO: SE TOCA MULHER CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO

Leia mais

TECIDOS. 1º ano Pró Madá

TECIDOS. 1º ano Pró Madá TECIDOS 1º ano Pró Madá CARACTERÍSTICAS GERAIS Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidos: o muscular, o nervoso, o conjuntivo(abrangendo também os tecidos ósseo, cartilaginoso e sanguíneo)

Leia mais

AJUSTE DO MODELO DE COX A DADOS DE CÂNCER DE MAMA

AJUSTE DO MODELO DE COX A DADOS DE CÂNCER DE MAMA AJUSTE DO MODELO DE COX A DADOS DE CÂNCER DE MAMA Luciene Resende Gonçalves 1, Verônica kataoka 2, Mário Javier Ferrua Vivanco 3, Thelma Sáfadi 4 INTRODUÇÃO O câncer de mama é o tipo de câncer que se manifesta

Leia mais

Prof.: Luiz Fernando Alves de Castro

Prof.: Luiz Fernando Alves de Castro Prof.: Luiz Fernando Alves de Castro Dia Nacional de Combate ao Câncer O Dia 27 de Novembro, Dia Nacional de Combate ao Câncer, é uma data que deve ser lembrada não para comemorarmos e, sim, para alertarmos

Leia mais

Principais formas de cancro na idade adulta

Principais formas de cancro na idade adulta Rastreio do cancro na idade adulta Principais formas de cancro na idade adulta Cancro do colo do útero Cancro da mama Cancro do cólon Cancro testicular Cancro da próstata SINAIS DE ALERTA O aparecimento

Leia mais

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Análise dos dados e indicadores de qualidade 1. Análise dos dados (jan ( janeiro eiro/2000 a setembro/201 /2015) Apresenta-se aqui uma visão global sobre a base

Leia mais

Linfomas. Claudia witzel

Linfomas. Claudia witzel Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus

Leia mais

ESTADIAMENTO. 1. Histórico

ESTADIAMENTO. 1. Histórico Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família 68 ESTADIAMENTO O estadiamento tem como objetivo agrupar pacientes segundo a extensão anatômica da doença. Essa normatização tem grande valia

Leia mais

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008)

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) De Bock GH, Beusmans GHMI, Hinloopen RJ, Corsten MC, Salden NMA, Scheele ME, Wiersma Tj traduzido do original em

Leia mais

Relato de Experiência. Projeto Reabilta-ação Fisioterapia Oncológica. PICIN, Celis i e COPETTI, Solange M. B. ii Faculdade de Pato Branco FADEP

Relato de Experiência. Projeto Reabilta-ação Fisioterapia Oncológica. PICIN, Celis i e COPETTI, Solange M. B. ii Faculdade de Pato Branco FADEP Relato de Experiência Projeto Reabilta-ação Fisioterapia Oncológica PICIN, Celis i e COPETTI, Solange M. B. ii Faculdade de Pato Branco FADEP RESUMO A intenção em produzir um material informativo a respeito

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR. Sistema reprodutor feminino

SISTEMA REPRODUTOR. Sistema reprodutor feminino SISTEMA REPRODUTOR A reprodução é de importância tremenda para os seres vivos, pois é por meio dela que os organismos transmitem suas características hereditariamente e garantem a sobrevivência de suas

Leia mais

MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA

MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA A mastoplastia (mastoplastia) redutora é uma das cirurgias mais realizadas em nosso país, abrangendo uma faixa etária a mais variada possível, desde a adolescência até

Leia mais

TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS

TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS SELMA DI PACE BAUAB Radiologista da Mama Imagem São José do Rio Preto - SP CASO 1 55 anos. Assintomática TOMOSSÍNTESE LESÃO EPITELIAL ESCLEROSANTE (Cicatriz Radial)

Leia mais

Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA

Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA NT 38/2013 Solicitante: Dra. Renata Abranches Perdigão do JESP da Fazenda Pública de Campo Belo Data: 22/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO

Leia mais

7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10

7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10 7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10 Tipos de reprodução Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar descendentes da mesma espécie. A união dos gametas é chamada fecundação, ou fertilização,

Leia mais

Arimide. Informações para pacientes com câncer de mama. Anastrozol

Arimide. Informações para pacientes com câncer de mama. Anastrozol Informações para pacientes com câncer de mama. AstraZeneca do Brasil Ltda. Rod. Raposo Tavares, km 26,9 CEP 06707-000 Cotia SP ACCESS net/sac 0800 14 55 78 www.astrazeneca.com.br AXL.02.M.314(1612991)

Leia mais

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata O Câncer de Próstata O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum no sexo masculino, acometendo um em cada seis homens. Se descoberto no início, as chances de cura são de 95%. O que é a Próstata A

Leia mais

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente,

Leia mais

Neoplasias 2. Adriano de Carvalho Nascimento

Neoplasias 2. Adriano de Carvalho Nascimento Neoplasias 2 Adriano de Carvalho Nascimento Biologia tumoral Carcinogênese História natural do câncer Aspectos clínicos dos tumores Biologia tumoral Carcinogênese (bases moleculares do câncer): Dano genético

Leia mais

MORBIMORTALIDADE POR NEOPLASIAS MALIGNAS DA MAMA EM MULHERES NA TERCEIRA IDADE

MORBIMORTALIDADE POR NEOPLASIAS MALIGNAS DA MAMA EM MULHERES NA TERCEIRA IDADE MORBIMORTALIDADE POR NEOPLASIAS MALIGNAS DA MAMA EM MULHERES NA TERCEIRA IDADE Lizandra de Farias Rodrigues Queiroz; Juliana Meira de Vasconcelos Xavier Universidade Federal de Campina Grande-PB E-mail:

Leia mais

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um 1 - Órteses de

Leia mais

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular Luxação da Articulação Acrômio Clavicular INTRODUÇÃO As Luxações do ombro são bem conhecidas especialmente durante a prática de alguns esportes. A maior incidencia de luxção do ombro são na verdade luxação

Leia mais

Gráficos: experimento clássico de Gause, 1934 (Princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva).

Gráficos: experimento clássico de Gause, 1934 (Princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva). 1 Gráficos: experimento clássico de Gause, 1934 (Princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva). 2 O câncer surge de uma única célula que sofreu mutação, multiplicou-se por mitoses e suas descendentes

Leia mais

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO COMPLICAÇÕES EM ESVAZIAMENTO CERVICAL UBIRANEI O. SILVA INTRODUÇÃO Incidência melanoma cutâneo: 10% a 25% Comportamento

Leia mais

atitudeé prevenir-se Moradores da Mooca:

atitudeé prevenir-se Moradores da Mooca: atitudeé prevenir-se Moradores da Mooca: Nós temos atitude, e você? O Câncer do Intestino pode ser prevenido com um teste simples e indolor que pode ser realizado em sua casa. O teste é GRATUITO oferecido

Leia mais

LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO DE NEOPLASIA MAMÁRIA EM MULHERES INDÍGENAS.

LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO DE NEOPLASIA MAMÁRIA EM MULHERES INDÍGENAS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO DE NEOPLASIA MAMÁRIA EM MULHERES INDÍGENAS. Franciéle Marabotti Costa Leite emaildafran@ig.com.br Laysa Pignaton

Leia mais

FÓRUM Câncer de Mama. Políticas Públicas: Tratamento e Apoio Dra. Nadiane Lemos SSM-DAS/SES-RS

FÓRUM Câncer de Mama. Políticas Públicas: Tratamento e Apoio Dra. Nadiane Lemos SSM-DAS/SES-RS FÓRUM Câncer de Mama Políticas Públicas: Tratamento e Apoio Dra. Nadiane Lemos SSM-DAS/SES-RS Análise Situacional Marcadores das ações em saúde envolvendo a saúde da mulher na atual gestão: Pré-natal -

Leia mais

OUTUBRO ROSA UMA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA SOFIS TECNOLOGIA

OUTUBRO ROSA UMA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA SOFIS TECNOLOGIA C A R T I L H A OUTUBRO ROSA UMA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA SOFIS TECNOLOGIA OOUTUBRO ROSA é um movimento mundial pela prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Com suas ações especialmente

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

CPMG- SGT NADER ALVES DOS SANTOS CÂNCER DE PRÓSTATA PROF.WEBER

CPMG- SGT NADER ALVES DOS SANTOS CÂNCER DE PRÓSTATA PROF.WEBER CPMG- SGT NADER ALVES DOS SANTOS CÂNCER DE PRÓSTATA PROF.WEBER Próstata Sobre o Câncer Sintomas Diagnóstico e exame Tratamento Recomendações O QUE É A PRÓSTATA? A próstata é uma glândula que tem o tamanho

Leia mais

1ª Edição do curso de formação em patologia e cirurgia mamária. Programa detalhado

1ª Edição do curso de formação em patologia e cirurgia mamária. Programa detalhado 15.6.2012 MÓDULO 1 - Mama normal; Patologia benigna; Patologia prémaligna; Estratégias de diminuição do risco de Cancro da Mama. 1 1 Introdução ao Programa de Formação 9:00 9:15 1 2 Embriologia, Anatomia

Leia mais

Ciências 2015 Materiais: Apostila e PPT

Ciências 2015 Materiais: Apostila e PPT Ciências 2015 Materiais: Apostila e PPT A adolescência é uma fase da vida em que acontecem muitas mudanças; Na adolescência o processo de amadurecimento biológico, psicológico, sexual e social é muito

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA

ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA Pinheiro, A.C ¹, Aquino, R. G. F. ¹, Pinheiro, L.G.P. ¹, Oliveira, A. L. de S. ¹, Feitosa,

Leia mais

TÍTULO: CARACTERÍSTICAS DOS IDOSOS COM OSTEOARTROSE EM TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM GRUPO NA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA DA UNAERP

TÍTULO: CARACTERÍSTICAS DOS IDOSOS COM OSTEOARTROSE EM TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM GRUPO NA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA DA UNAERP TÍTULO: CARACTERÍSTICAS DOS IDOSOS COM OSTEOARTROSE EM TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM GRUPO NA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA DA UNAERP CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA

Leia mais

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO HOFFMANN, Martina L. 1 ; MARTINS, Danieli B. 2 ; FETT, Rochana R. 3 Palavras-chave: Carcinoma. Felino. Quimioterápico. Introdução O tumor

Leia mais

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura?

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura? Volume1 O que é? O que é Hemofilia? Hemofilia é uma alteração hereditária da coagulação do sangue que causa hemorragias e é provocada por uma deficiência na quantidade ou qualidade dos fatores VIII (oito)

Leia mais

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira Introdução A função do sistema respiratório é facilitar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas,

Leia mais

BANCO DE QUESTÕES. CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR

BANCO DE QUESTÕES. CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR BANCO DE QUESTÕES CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR NT1: A importância do conhecimento de anatomia e fisiologia no UE1: Uma abordagem

Leia mais

COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE CÂNCER SNC NAS REGIÕES DO BRASIL. Av. Prof. Luís Freire, 1000, Recife/PE, 50740-540, 2

COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE CÂNCER SNC NAS REGIÕES DO BRASIL. Av. Prof. Luís Freire, 1000, Recife/PE, 50740-540, 2 X Congreso Regional Latinoamericano IRPA de Protección y Seguridad Radiológica Radioprotección: Nuevos Desafíos para un Mundo en Evolución Buenos Aires, 12 al 17 de abril, 2015 SOCIEDAD ARGENTINA DE RADIOPROTECCIÓN

Leia mais

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 2014 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/ Ministério da Saúde. Esta

Leia mais

COBERTURA DE MAMOGRAFIAS REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SOUSA PARAÍBA COM REGISTRO NO SISMAMA

COBERTURA DE MAMOGRAFIAS REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SOUSA PARAÍBA COM REGISTRO NO SISMAMA COBERTURA DE MAMOGRAFIAS REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SOUSA PARAÍBA COM REGISTRO NO SISMAMA 1 Introdução/ Desenvolvimento Alinne Vieira Alves 1 Ana Claudia Moreira Santaba 2 Ana Janielli de Souza 3 Juliana

Leia mais

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015 Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015 Amélia Estevão 10.05.2015 Objetivo: Investigar a vantagem da utilização da RM nos diferentes tipos de lesões diagnosticadas na mamografia e ecografia classificadas

Leia mais

A EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES FÍSICO-FUNCIONAIS DE MEMBRO SUPERIOR NA MASTECTOMIA UNILATERAL TOTAL: ESTUDO DE CASO

A EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES FÍSICO-FUNCIONAIS DE MEMBRO SUPERIOR NA MASTECTOMIA UNILATERAL TOTAL: ESTUDO DE CASO A EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES FÍSICO-FUNCIONAIS DE MEMBRO SUPERIOR NA MASTECTOMIA UNILATERAL TOTAL: ESTUDO DE CASO GUIZELINI, L.H.; PEREIRA, N.T.C. RESUMO A mastectomia pode

Leia mais

O Cancro da Mama em Portugal. 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama

O Cancro da Mama em Portugal. 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama www.laco.pt O Cancro da Mama em Portugal 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama Cancro em Portugal 2002 O Cancro da Mama em Portugal Surgem 5000 novos casos por ano Mas. Com a deteção

Leia mais

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 2014 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/ Ministério da Saúde. Esta

Leia mais

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva Cartilha_Outubro Rosa_Mitos_26-09-2014.indd 1 08/10/2014 14:24:37 2014 Instituto Nacional

Leia mais

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE

Leia mais

III EGEPUB/COPPE/UFRJ

III EGEPUB/COPPE/UFRJ Luiz Otávio Zahar III EGEPUB/COPPE/UFRJ 27/11/2014 O que é a próstata? A próstata é uma glândula pequena que fica abaixo da bexiga e envolve o tubo (chamado uretra) pelo qual passam a urina e o sêmen.

Leia mais

13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA

13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA 13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE (X ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais