DIREITO PENAL II TEORIA GERAL DA PENA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIREITO PENAL II TEORIA GERAL DA PENA"

Transcrição

1 DIREITO PENAL II TEORIA GERAL DA PENA PENA: É o mal, que por intermédio dos órgãos da administração da justiça criminal, o Estado inflige ao delinqüente em razão do delito. A pena é um mal que o delinqüente sofre, é lesão de bens, ofensa de interesses juridicamente protegidos pela mesma ordem jurídica que os protege. É por ai que a pena se distingue essencialmente da indenização. A indenização é reparação da lesão, deve curar a ferida ao passo que a pena abre uma nova ferida e desse modo garante a manutenção da ordem jurídica. (Von Lish). CONCEITO: Sanção Penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, em execução de sentença, ao culpado pela prática do crime, consiste na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição punitiva ao delinqüente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade. (Capez). SANÇÃO PENAL (Gênero) PENA (imputável) MEDIDA DE SEGURANÇA (inimputável) TEORIAS: 1) TEORIA ABSOLUTA/RETRIBUTIVA Esta teoria traz que a finalidade da pena é de punir o autor, retribuição do mal injusto causado; a pena é um castigo que compensa o mal e da reparação à moral. 2) TEORIA RELATIVA/UTILITÁRIA OU DA PREVENÇÃO A pena tem um fim prático, qual seja: a) Prevenir e impedir que o réu volte a delinqüir; Esta prevenção é representada pela intimidação dirigida ao ambiente social; Segundo Feuerbach a pena tem como finalidade gerar uma perfeita harmonia na sociedade.

2 3) TORIA MISTA/ECLÉTICA INTERMEDIÁRIA OU CONCILIATÓRIA É a soma das duas anteriores; A pena tem uma dupla função, tanto punir o criminoso como também prevenir que o próprio delinqüente bem como a sociedade volte a delinqüir. 4) TEORIA RESOCIALIZADORA Vem de uma escola que prega pela defesa social: Institui o movimento de política criminal humanista, fundada na idéia de que a sociedade apenas é defendida a medida que se proporciona uma readaptação social do criminoso na própria sociedade. CARACTERISTICAS DA PENAS a) LEGALIDADE: A pena deve estar prevista em lei vigente, não se admitindo seja cominada em regulamento ou ato normativo infralegal (CP,art.1º e CF, art. 5º,XXXIX). b) ANTERIORIDADE: A lei já deve estar em vigor na época em que for praticada a infração penal (CP,art.1º e CF, art. 5º,XXXIX). c) INDIVIDUALIDADE: A sua imposição e cumprimento deverão ser individualizados de acordo com a culpabilidade e o mérito do sentenciado.{ culpabilidade;imputável;concurso de pessoas}.cf,art.5º,xlvi. d) PERSONALIDADE: Se refere ao princípio da intrancedência ou da responsabilidade penal ou pessoal, o qual afirma que a pena não passará da pessoa do delinqüente(réu).a pena não pode passar da pessoa do condenado(cf,art.5º,xlv). e) INDERROGABILIDADE: O Estado, salvo exceções legais, não pode deixar de aplicar a pena sob nenhum fundamento. Assim, por exemplo, o juiz não pode extinguir a pena de multa levando em conta seu valor irrisório. f) PROPORCIONALIDADE: A pena deve ser proporcional ao crime praticado (CF,art.5º,XLVI e XLVII). g) HUMANIDADE: Proibição de crimes cruéis (CP,art.75) ; (CF,art.5º,XLVII). ESPÉCIES DE PENA ART. 32 I PRIVATIVAS DE LIBERDADE : A diferença esta no regime de cumprimento da pena. a) Reclusão: fechado / semi-aberto / aberto; b) Detenção: Semi-aberto / aberto; c) Prisão Simples: Para as contravenções penais

3 PARA DEFINIÇÕES DO REGIME INICIAL: Até 4 anos: Aberto; semi-aberto e Fechado. De 4 a 8 anos: Semi-aberto e Fechado. Acima de 8 anos: somente fechado. LOCAL DE CUMPRIMENTO DA PENA Fechado: Penitenciária Semi-Aberto: Colônia Agrícola Aberto: Casa de Albergados. III - MULTA: É uma espécie de pena pecuniária, porém diferente de prestação pecuniária(pena restritiva de direitos). Se calcula a pena de MULTA em dias multa(dias/multa).min.10dias/multa; max 360 dias/multa O salário mínimo à que o juiz irá se basear para definição do valor da multa é o maior salário mínimo vigente na data do fato. Antigamente caso o réu não pagasse a pena de multa era convertido em pena privativa de liberdade, porém atualmente converte-se em divida ativa. II RESTRITIVAS DE DIREITOS : Estas se subdivide em cinco(5) espécies de pena. 1º) Prestação de Serviço à comunidade ou Entidades Públicas; 2º) Prestação Pecuniária( Inominada e em favor da vitima); 3º) Perda de bens e Valores ( confisco); 4º) Interdição Temporária de Direitos; 5º) Limitação de fim de semana ( até 5 horas do sábado /até 5 horas do domingo) Objetivos para Imposição de Penas Restritivas: a) Diminuir a super lotação; b) Favorecer a ressocialização; c) Reduzir a reincidência.

4 CLASSIFICAÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS: No que tange a sua aplicabilidade, as penas podem ser classificadas como: a) ÚNICAS: Quando existe uma só pena e não há qualquer opção para o julgador; b) CONJUNTAS: Nas quais se aplicam duas ou mais penas; c) PARALELAS: Quando se pode escolher entre duas formas de aplicação da mesma espécie de pena; d) ALTERNATIVAS: Quando se pode eleger entre penas de naturezas diversas. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA: Sanções derivadas de atividades lesivas ao meio ambiente. Consiste no pagamento em dinheiro à vitimas, aos seus dependentes ou a entidade pública/privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz da condenação. 1) Não pode ser: Menor que um salário mínimo e não pode ser maior que 360 salários mínimos. Art º. Caso haja indenização, em virtude de uma ação civil ex-delicto, este valor será descontado. Na lei /2006( lei de violência doméstica e familiar contra mulher) há expressa vedação à substituição da pena pelo pagamento de cestas básicas ou por outra forma de penas de prestação pecuniária. 2) Perda de bens ou Valores: Autorizada pelo art. 5º,XLVI, b da CF, nos termos do art. 45 3º, CP, no confisco em favor do fundo penitenciário nacional de quantia que pode atingir até o valor referente ao prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou terceiro, em conseqüência da prática do crime, prevalecendo aquele for maior. ** As Penas Restritivas de Direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: a) Aplicada pena privativa de liberdade não superior à 4 anos; ( objetivo) b) O Crime não pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça; (objetivo) c) O Réu não pode ser reincidente em crime doloso; (caso o crime seja culposo poderá a pena ser substituída independente do quantum)-(subjetivo)

5 d) A Culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.(subjetivo) Caso a condenação seja igual ou inferior a 1 ano a pena privativa de liberdade poderá ser substituída por uma de multa ou uma restritiva de direitos; Caso seja superior a 1 ano esta pena poderá ser substituída por uma restritiva de direitos e uma de multa ou duas restritivas de direitos. Hipótese de o agente reincidente ter o beneficio: O juiz pode aplicar a substituição, desde que em face da condenação anterior a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não tenha sido em virtude da prática do mesmo crime. 1) Em regra, a prestação pecuniária será por meio de cestas básicas, porém caso o beneficiário aceite a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. 2) Prestação pecuniária e a perda de bens e valores, atinge os herdeiros na medida da herança, a MULTA não. Muito comum este tipo de pena no crime de tráfico de drogas e contrabando ou descaminho. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE OU ENTIDADES PÚBLICAS: O art. 46, 1º consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. De acordo com o 2º, dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros Estabelecimentos Congênes, em programas comunitários ou estatais objetivando a ressocialização do condenado. Esta pena é aplicada pelo juiz do processo, mas caberá ao juiz da execução: a) Designar a Entidade; b) Determinar a intimação do condenado, cientificando-o da entidade, dia e hora; c) Alterar a forma de execução ( a execução terá inicio a partir da data do primeiro comparecimento). Incumbe ao patronato, órgão da execução penal orientar os condenados à pena restritiva de direitos e fiscalizar o cumprimento das mesmas. Só é privativa se for superior a 6 meses.

6 INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS: O art.47 nos traz quais são: I ) Proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício, que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; Ex.: Suspender direito de dirigir. II) Proibição do exercício do cargo, função ou atividade pública, bem como da mandato eletivo; III) suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo (diferencia-se da condenação da suspensão e proibição de se obter a permissão ou a habilitação). IV) Proibição de freqüentar determinados lugares. Não pode ser aplicada de forma genérica ou imprecisa. Ex.: buteco, prostibulo. LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA ART. 48 CP Originária da Alemanha Ocidental, o confinamento do fim de semana foi adotado como pena sugeneris, é uma das penas substitutivas e consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos por até 5 horas diárias na casa de albergados ou outro estabelecimento adequado e que deverão ser ministrados palestras ou cursos ao condenado, ou lhe atribuídas atividades educativas. MULTA: É uma espécie de pena pecuniária, pois efetua sua quitação por meio de pecúnia, porém não é a mesma coisa que prestação pecuniária, está é uma espécie de pena restritiva de direitos. Outra diferença é que a pena de multa segue o princípio da intrancedência ou da responsabilidade penal ou pessoal, já a prestação pecuniária passa para os herdeiros. Qual destino desta Pena? Fundo Penitenciário. A requerimento do condenado é possível que este pagamento seja feito em parcelas mensais. O pagamento de multa deve-se realizar dentro de 10 dias após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Ativa. O não pagamento da multa gera divida de valor na Fazenda Pública. Divida

7 Suspensão da Pena de Multa: O pagamento da pena de multa será suspenso caso sobrevenha doença mental. APLICAÇÃO DA PENA ART. 59, CP CIRCUNSTÂNCIA: É tudo aquilo que envolve o crime, em seus aspectos objetivos e subjetivos. ANTECEDENTES: Segundo o STF e STJ, a pessoa que responde a inquéritos policiais não pode servir de argumentos/justificativa quando se analisam o art. 59 para aplicação da pena. CONDUTA SOCIAL: É o papel do réu na comunidade, inserido no contexto da família, do trabalho da escola e vizinhança. PERSONALIDADE DO AGENTE: É o conjunto de caracteres exclusivos de uma pessoa, parte herdada e parte adquirida.(agressividade). AOS MOTIVOS: São os precedentes que levam a ação criminosa. Ex.: Piedade lado bom; Agente que recebe dinheiro para cometer crime lado ruim CIRCUNSTÂNCIAS E CONSEQUÊNCIAS DO CRIME: Circunstâncias esta ligado ao fato em si. Conseqüências do crime esta ligado à conseqüência para família; Nas palavras de Guilherme Nute é o mal que transcende o crime. Filhos menores ou deficientes, da vítima. Dano financeiro à vitima. COMPORTMENTO DA VÍTIMA: Deve ser analisado o modo de agir da vitima, como provocação, ou no caso de acidentes de trânsito em que a vitima de forma descuidada atravessa uma rua. CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES: AGRAVANTES GENÊRICO: São circunstâncias objetivas ou subjetivas que aderem ao delito sem modificar sua estrutura típica, influenciando na quantificação da pena. São circunstâncias que sempre agravam a pena quando não qualificam ou constituem o crime.

8 Este rol é um rol TAXATIVO(Art.61,CP), não se encontra outras agravantes genéricas. ART. 61 I A REINCIDÊNCIA: É quando o indivíduo prática um novo fato delituoso após ter sido condenado anteriormente por uma sentença definitiva. Cuidado: Caso já tenha se passado 5 anos do efetivo cumprimento da pena, não há que se falar em reincidência. SUBJETIVA ESPECIES DE REINCIDÊNCIA: a) REINCIDÊNCIA REAL: É aquela que o agente comete novo delito depois de ter efetivamente cumprido a pena. b) REINCIDÊNCIA FICTA: É aquela em que o agente comete um novo delito, mas ainda não cumpriu a pena anterior. Sumula 444 STJ Crime + Crime = Reincidente Contravenção + Contravenção = Reincidente Crime + Contravenção = Reincidente Contravenção + Crime = Não é Reincidente HIPÓTESES QUE NÃO GERAM REINCIDÊNCIA: 1) Abolítio Criminis; 2) Sentença que declara perdão judicial (sumula 18, STJ); o STF entende de modo diverso, sendo uma sentença condenatória, por isso gera reincidência; 3) Crime Político; 4) Crime Militar Art. 61, II Ter o agente cometido o crime: a) Por motivo fútil ou torpe - SUBJETIVA Motivo Fútil: É aquele motivo pequeno, insignificante, banal; Motivo Torpe: É aquele que causa nojo, desprezo, repugnância. { No caso de homicídio não incide agravante e sim a qualificadora} b) Para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Ex.: queima de arquivo. OBJETIVO

9 *Diferença entre ocultação e impunidade: Na ocultação a polícia não sabe do crime. Na Impunidade é a famosa queima de arquivo. c) À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido. OBJETIVO A traição: É quando se pega de surpresa, modo sorrateiro. Emboscada: É a famosa tocaia. Mediante dissimulação: É quando acontece a ocultação da intenção hostil. O criminoso age com falsas amizades. d) Com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que podia resultar perigo comum. OBJETIVO e) Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge. SUBJETIVO *Não incide a agravante quando se tratar de união estável. f) Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; SUBJETIVO * Aumenta-se esta pena no caso de união estável, parentes e amigos, desde que morem juntos. Violência contra mulher lei /2006. g) Com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão. SUBJETIVO * Abuso de Autoridade: Relações entre tutor e tutelado, curador e curatelado * Abuso de Autoridade - Lei 4898/65 Cargo: Função pública de qualquer natureza, podendo ser até mesmo para alguns autores função particular. Ofício: É a ocupação manual pressupondo habilidade. Ex.: Cabeleleiro. Ministério: É o exercício da atividade religiosa. Profissão: É o exercício de atividade profissional, pressupõe especialidade em intelecto. Ex.: Advogado em relação ao cliente. h) Contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida; OBJETIVO Definição de criança, existe 3 correntes: Até 7 anos completos;

10 Até 11 anos completos (é o entendimento que prevalece) Até 13 anos completos. Maior de 60 anos: Esta agravante foi acrescentada em razão da lei do idoso. Lei 8842/94. Enfermo: É a pessoa que se encontra doente, portadora de alguma moléstia ou perturbação da saúde mental. Mulher grávida: Existe o entendimento de que não basta a gravidez de alguns dias, deve estar no estágio avançado. i) Quando o ofendido esta sob proteção da Autoridade; OBJETIVO j) Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou desgraça particular do ofendido. OBJETIVO Esta agravante não incide em ralação ao art. 257,CP, pois se trata das próprias circunstâncias do crime. Desgraça Particular do Ofendido: É a tragédia pessoal, podendo ser de qualquer natureza, como por exemplo, a perda de um ente querido. l) Em estado e embriaguez preordenada. SUBJETIVO ART 62, CP. A pena será ainda agravada em relação ao agente que: I- Promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes. Autor intelectual II- Coage ou induz outrem à execução material do crime; - Esta coação se traduz em obrigar, porém se for uma coação moral irresistível, o coagido fica isento de pena e caso seja uma coação física inexiste crime; Induzir significa dar a idéia. III- Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal. Instigar significa fomentar. Trata-se de um longa manus(parte final): Aquele que se vale de um terceiro para pratica do crime e que está em estado de irresponsabilidade penal. IV- Executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. No caso de homicídio aplica-se a qualificadora. No caso do art.250,cp( incêndio), se a vantagem econômica for meio para o incêndio incide à agravante em comento.

11 ART 65, CP. São Circunstâncias que sempre atenuam a pena: I- Ser o agente menor de 21 anos na data do fato, ou maior de 70 na data da sentença; II- O desconhecimento da lei Erro de proibição No erro de proibição o agente erra sobre a ilicitude do fato, ou seja, ele acha que sua conduta não é ilícita. III- Ter o agente: a) Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; Relevante valor social: Esta inerente a sociedade. Relevante valor moral: É o motivo que está ligado ao próprio agente. b) Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; * Sinal de diferente arrependimento eficaz. Neste pressupõe que o resultado não ocorra; naquele o crime poderá ser tentado ou consumado; Na atenuante exigisse espontaneidade e que seja imediatamente após a conduta criminosa, já no arrependimento basta voluntariedade. * Diferente de Arrependimento Posterior: A única diferença é o lapso temporal, pois para ter a diminuição de pena do art.16,cp, a reparação do dano deve preceder ao recebimento da denuncia. * No caso de peculato culposo se a reparação do dano precede á sentença irrecorrível (antes de transitar em julgado) não se aplica esta atenuante. E sim existe uma excludente de Punibilidade art º. c) Cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima. * A atenuante Coação a que podia resistir é diferente da excludente de culpabilidade. Chamada coação moral irresistível a qual isenta de pena e que esta diretamente ligada ao terceiro e último elemento da culpabilidade chamada inexibilidade de conduta diversa. * Esta atenuante (Obediência a ordem de superior hierárquico) é quando estampa-se cristalina a ilegalidade, mas ainda assim o subalterno à executa da excludente culpabilidade em que a ordem não parece ser ilegal.

12 * Quando se tratar de um homicídio privilegiado em que o agente mata sob ou DOMÍNIO de violenta emoção logo após injusta provocação da vitima, aplica-se a diminuição de 1/6 a 1/3 e não a atenuante em discussão. d) Confessado espontaneamente, perante a Autoridade, a autoria do crime. * A autoridade a que se refere esta atenuante não é a autoridade policial e sim autoridade judiciária. e) Cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. * Delito multitudinário = Crime provocado no tumulto/ multidão. FIXAÇÃO DA PENA É norma constitucional, no direito brasileiro que A Lei Regulará a Individualização da Pena Quanto ao momento judicial, deve ser a pena fixada inicialmente entre os limites mínimos e máximos estabelecidos para o ilícito penal. É indispensável, sob pena de nulidade ou redução ao mínimo, em grau de recurso, a fundamentação da quantidade da pena, devendo o magistrado esclarecer expressamente quais as circunstâncias que levou em consideração na dosimetria da pena. A ausência de motivo não qualifica o crime de homicídio por motivo fútil. O Critério adotado pra fixação da Pena é o chamado trifásico; São três etapas rigorosamente seguidas, sob pena de nulidade desta sentença. São elas: 1ª FASE: Nesta etapa o Juiz deve analisar o art. 59 do CP(circunstâncias,antecedentes,conduta social,personalidadedo agente,aos motivos), porém deve declarar expressamente quais as circunstâncias específicas que levou em consideração; 2ª FASE: Aqui deve o Juiz analisar as circunstâncias atenuantes e agravantes e caso haja o concurso delas deve o Juiz se atentar à circunstâncias preponderantes(são as de caráter subjetivo) referentes aos motivos determinantes do crime, à personalidade do agente e à reincidência; Cada atenuante e agravante, na prática, gera em torno de 1/6. 3ª FASE: Nesta última fase o Juiz incide as causas de aumento e diminuição de Pena tanto da parte geral quanto da especial. Ex.: tentativa

13 Não há nulidade, quando a sanção for aplicada no mínimo legal. >> Não Há Nulidade Quando... Súmula 231 STJ. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. Circunstâncias Preponderantes são: Súmula 241 STJ. A reincidência penal não pode ser considerada como circunstâncias agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. Deve o Juiz indicar o regime inicial de cumprimento da Pena. Há casos, porém, que o Juiz não é obrigado a se manifestar, pois o regime inicial fechado é obrigatório. O Juiz se omitindo, cabe ao MP interpor Embargos de Declaração; Não o fazendo é obrigatório a imposição do regime menos severo. O STF já se manifestou no sentido de que o Juiz deve fundamentar a imposição de regime fechado para penas não superiores à 8 anos. CONCURSO DE CRIMES CONCURSUS DELICTORUM Sistemas: CÚMULO MATERIAL: Adota-se o critério de soma das penas, ou seja, somase todas as penas dos crimes praticados. Este Sistema é adotado pelo Ordenamento Jurídico CÚMULO JURÍDICO: Aplica-se uma pena mais elevada, maior do que a aplicada isoladamente em qualquer dos crimes praticados, porém menor do que a soma de todas penas juntas. Este Sistema NÃO é adotado pelo Ordenamento Jurídico. ABSORÇÃO: Aplica-se a pena do crime mais grave, desprezando as demais; Critica-se este sistema, pois o agente em relação aos outros crimes fica impune. Este Sistema não é adotado pelo Ordenamento Jurídico. EXASPERAÇÃO: Este critério adota o conceito de aplicação da pena mais grave, entre os crimes concorrentes aumentados a sanção de certa quantidade em decorrência dos outros crimes praticados. Este Sistema é adotado pelo Ordenamento Jurídico. CONCURSO MATERIAL ART. 69 DO CP. Conceito: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, prática dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. Cúmulo material Concurso Material Homogêneo: Crimes idênticos.

14 Concurso Material Heterogêneo: Crimes diferentes. Nada impede que um dos crimes seja doloso e o outro culposo. Regimes diferentes: No caso de aplicação cumulativamente de penas privativas de liberdade de reclusão e detenção aplicar-se-á primeiramente a de RECLUSÃO CONCURSO FORMAL ART. 70 DO CP Conceito: Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, prática dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicasse-lhe a mais grave das penas cabíveis, ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. SISTEMA DE EXASPERAÇÃO Concurso Formal Próprio ou Perfeito: É a primeira parte do art. 70 CP, acima especificado. Concurso Formal Impróprio ou Imperfeito: É a parte final do art. 70 CP; As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente SE A AÇÃO OU OMISSÃO É DOLOSA e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos(vontade do agente). Exemplos: Homogêneos: Crimes idênticos Heterogêneos: Crimes diferentes 1) Concurso Formal Próprio ou Perfeito Homogêneo: O agente atropela com imprudência dois pedestres; 2) Concurso Formal Próprio ou Perfeito Heterogêneo: A atira em B matando-o e também acaba ferindo C. ( cometeu homicídio e lesão corporal); 3) Concurso Formal Impróprio ou Imperfeito Homogêneo: A amarra B e C e com apenas um único tiro desejando matar os dois; 4) Concurso Formal Impróprio ou Imperfeito Heterogêneo: A joga uma granada onde esta o seu desafeto ao lado de outras pessoas; o desafeto morre e as outras pessoas ficam feridas. A primeira parte do art.70 CP,(Formal Perfeito) adotou-se o Sistema de Exasperação. Haverá casos, entretanto, por exemplo, que não se aplicará o art.70 CP, ainda que o agente tenha praticado uma única conduta e dado causa a dois ou mais crimes, pois o art.70 CP, é um beneficio para o réu e no caso concreto não sendo, aplicar-se-á o art.69 CP, devendo as penas serem somadas. - Cúmulo Material Benéfico. Exemplos:

15 1) O agente estupra(art.213 CP) e sabendo que tem doença venérea também pratica o crime de perigo de contágio venéreo (art.130 CP); 2) A atira em B matando-o e também fere C. Daí se tem o art 121 CP + art. 129 CP respectivamente.

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Omissão de Notificação da Doença DIREITO PENAL - Omissão de Notificação de Doença CP. Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 25/05/2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV Procedimento Sumaríssimo (Lei 9.099/95) - Estabelece a possibilidade de conciliação civil,

Leia mais

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7:

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1. CONCURSO DE CRIMES 1.1 DISTINÇÃO: * CONCURSO

Leia mais

TEMA: CONCURSO DE CRIMES

TEMA: CONCURSO DE CRIMES TEMA: CONCURSO DE CRIMES 1. INTRODUÇÃO Ocorre quando um mesmo sujeito pratica dois ou mais crimes. Pode haver um ou mais comportamentos. É o chamado concursus delictorum. Pode ocorrer entre qualquer espécie

Leia mais

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Resultado Nexo de causalidade Tipicidade RESULTADO Não basta existir uma conduta. Para que se configure o crime é necessário

Leia mais

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: COMENTÁRIOS DA PROVA Questões da prova de Oficial de Justiça PJ-H/2014 Questão 48 (art. 325) Questão 47 (art. 312 parágrafo segundo) QUESTÃO 48 - GABARITO: D QUESTÃO 47 - GABARITO: C CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Aspectos penais em tópicos sintéticos: QUEM É O FUNCIONÁRIO PÚBLICO OU EQUIPARADO?

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Aspectos penais em tópicos sintéticos: QUEM É O FUNCIONÁRIO PÚBLICO OU EQUIPARADO? Do que trata? * Crimes contra a administração pública, cometidos por funcionário público. QUEM É O FUNCIONÁRIO PÚBLICO OU EQUIPARADO? Considera-se funcionário público, para os efeitos penais (Conforme

Leia mais

Prescrição da pretensão punitiva

Prescrição da pretensão punitiva PRESCRIÇÃO PENAL 1 CONCEITO É o instituto jurídico mediante o qual o Estado, por não fazer valer o seu direito de punir em determinado tempo, perde o mesmo, ocasionando a extinção da punibilidade. É um

Leia mais

1. PENA DE MULTA. D ANIELLE T OSTE 2AN 2007 WWW. JONNYKEN. COM/ DANITOSTE

1. PENA DE MULTA. D ANIELLE T OSTE 2AN 2007 WWW. JONNYKEN. COM/ DANITOSTE 1. PENA DE MULTA. Multa Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360

Leia mais

TÍTULO V DAS PENAS TÍTULO V DAS PENAS CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA

TÍTULO V DAS PENAS TÍTULO V DAS PENAS CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA TÍTULO V DAS PENAS TÍTULO V DAS PENAS CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA Art. 32 - As penas são: I - privativas de liberdade; II - restritivas de direitos; III - de multa.

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016

FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016 FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016 Disciplina: Direito Penal II Departamento III Penal e Processo Penal Carga Horária Anual: 100 h/a Tipo: Anual 3º ano Docente Responsável: José Francisco Cagliari

Leia mais

Capítulo 1 Crimes Hediondos Lei 8.072/1990

Capítulo 1 Crimes Hediondos Lei 8.072/1990 Sumário Prefácio... 11 Apresentação dos autores... 13 Capítulo 1 Crimes Hediondos Lei 8.072/1990 1. Para entender a lei... 26 2. Aspectos gerais... 28 2.1 Fundamento constitucional... 28 2.2 A Lei dos

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº DE 2011

PROJETO DE LEI Nº DE 2011 PROJETO DE LEI Nº DE 2011 Altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, a Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 e a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º O art. 4º

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso CONTRATO DE TRABALHO Empregado Preso Muitas dúvidas surgem quando o empregador toma conhecimento que seu empregado encontra-se preso. As dúvidas mais comuns são no sentido de como ficará o contrato de

Leia mais

Um programa de compliance eficiente para atender a lei anticorrupção Lei 12.846/2013

Um programa de compliance eficiente para atender a lei anticorrupção Lei 12.846/2013 Um programa de compliance eficiente para atender a lei anticorrupção Lei 12.846/2013 FEBRABAN Arthur Lemos Jr Promotor de Justiça Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos Compliance A LEI PROVOCA

Leia mais

Súmulas em matéria penal e processual penal.

Súmulas em matéria penal e processual penal. Vinculantes (penal e processual penal): Súmula Vinculante 5 A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Súmula Vinculante 9 O disposto no artigo

Leia mais

Espelho Penal Peça. Endereçamento correto da interposição 1ª Vara Criminal do Município X 0 / 0,25

Espelho Penal Peça. Endereçamento correto da interposição 1ª Vara Criminal do Município X 0 / 0,25 Espelho Penal Peça O examinando deve redigir uma apelação, com fundamento no artigo 593, I, do Código de Processo Penal. A petição de interposição deve ser endereçada ao juiz de direito da 1ª vara criminal

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015) Acrescenta inciso V ao art. 141 do Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro

Leia mais

Lição 5. Crimes contra a administração pública

Lição 5. Crimes contra a administração pública Lição 5. Crimes contra a administração pública 5.1. CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PECULATO Artigo 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,

Leia mais

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início.

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 08 Professora: Ana Paula Vieira de Carvalho Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 08 CONTEÚDO DA AULA: Teorias da (cont). Teoria social

Leia mais

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO O que muda na responsabilização dos indivíduos? Código Penal e a Lei 12.850/2013. MARCELO LEONARDO Advogado Criminalista 1 Regras Gerais do Código Penal sobre responsabilidade penal:

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR A punição administrativa ou disciplinar não depende de processo civil ou criminal a que se sujeite também o servidor pela mesma falta, nem obriga

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO COMENTADO DIREITO PENAL Título II Do Crime 1. (CESPE / Defensor DPU / 2010) A responsabilidade penal do agente nos casos de excesso doloso ou culposo

Leia mais

CONCURSO FORMAL CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL CONCURSO MATERIAL CONCURSO FORMAL CRIME CONTINUADO

CONCURSO FORMAL CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL CONCURSO MATERIAL CONCURSO FORMAL CRIME CONTINUADO DIREITO PENAL MÓDULO DE PREPARAÇÃO CONCURSO POLÍCIA FEDERAL CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL CONCURSO FORMAL PRÓPRIO IMPRÓPRIO CRIME CONTINUADO AULA 8 Prof. Caupolican CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.966, DE 2004 Modifica a Lei nº 9.609, de 1998, que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador. Autor:

Leia mais

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO

Leia mais

COMENTÁRIOS DAS PROVAS DE DIREITO PENAL DO TRE PB Autor: Dicler Forestieri Ferreira

COMENTÁRIOS DAS PROVAS DE DIREITO PENAL DO TRE PB Autor: Dicler Forestieri Ferreira Saudações aos amigos concurseiros que realizaram a prova do TRE PB. Analisei as questões de Direito Penal (área judiciária e área administrativa) e estou disponibilizando o comentário das mesmas. Na minha

Leia mais

Mais uma falha legislativa na tentativa desesperada de retificar o Código de Processo Penal. Análise feita à luz da Lei nº. 12.403/11.

Mais uma falha legislativa na tentativa desesperada de retificar o Código de Processo Penal. Análise feita à luz da Lei nº. 12.403/11. Mais uma falha legislativa na tentativa desesperada de retificar o Código de Processo Penal. Análise feita à luz da Lei nº. 12.403/11. Ricardo Henrique Araújo Pinheiro. A breve crítica que faremos neste

Leia mais

1. CONCURSO DE PESSOAS.

1. CONCURSO DE PESSOAS. 1. CONCURSO DE PESSOAS. Conceito: ciente e voluntária cooperação de duas ou mais pessoas na mesma infração penal (Noronha). Trata-se, portanto, da convergência de vontades para um fim comum, ou seja, a

Leia mais

SUBSTITUIÇÃO DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE EM PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS

SUBSTITUIÇÃO DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE EM PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS SUBSTITUIÇÃO DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE EM PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS BARBOSA, Lenires Terezinha de Oliveira Toledo1 JARDIM, Edeveraldo Alessandro da Silva2 NASCIMENTO, Rogerio3 SILVA, Cristiane

Leia mais

LFG MAPS. Teoria Geral do Delito 05 questões

LFG MAPS. Teoria Geral do Delito 05 questões Teoria Geral do Delito 05 questões 1 - ( Prova: CESPE - 2009 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal / Direito Penal / Tipicidade; Teoria Geral do Delito; Conceito de crime; Crime impossível;

Leia mais

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Conceito. Causa. É elemento do fato típico. É o vínculo entre conduta e resultado. O estudo da causalidade busca concluir se o resultado decorreu da conduta

Leia mais

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado Conceito Responsabilidade Civil do Estado é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de responsabilidade extracontratual

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª- DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 8ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 EXTORSÃO Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter

Leia mais

Prática Forense Penal Capítulo X Ações de Impugnação

Prática Forense Penal Capítulo X Ações de Impugnação Prática Forense Penal Capítulo X Ações de Impugnação 12) Revisão criminal contra sentença condenatória que for contrária ao texto expresso de lei penal T foi condenado por apropriação indébita previdenciária,

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 003 II. Aplicação da Lei Penal... 005 III. Teoria Geral do Crime... 020 IV. Concurso de Crime... 027 V. Teoria do Tipo... 034 VI. Ilicitude...

Leia mais

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1.1 FUNÇÕES DO TIPO: a) Função garantidora : 1. TEORIA DA TIPICIDADE b) Função

Leia mais

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt PESSOA NATURAL 1. Conceito: é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres. Tais direitos e deveres podem ser adquiridos após o início da PERSONALIDADE, ou seja, após o nascimento com vida

Leia mais

A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011.

A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011. A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011. Jorge Assaf Maluly Procurador de Justiça Pedro Henrique Demercian Procurador de Justiça em São Paulo.

Leia mais

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR. Questões comentadas de Direito Penal da prova objetiva do concurso de 2009 para Defensor do Pará

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR. Questões comentadas de Direito Penal da prova objetiva do concurso de 2009 para Defensor do Pará Cacildo Baptista Palhares Júnior: advogado em Araçatuba (SP) Questões comentadas de Direito Penal da prova objetiva do concurso de 2009 para Defensor do Pará 21. Para formação do nexo de causalidade, no

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) Identificação Disciplina Direito Penal II - NOTURNO Carga horária

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL

O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL Gustavo de Oliveira Santos Estudante do 7º período do curso de Direito do CCJS-UFCG. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4207706822648428 Desde que o Estado apossou-se

Leia mais

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL.

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. A PROVA FOI MUITO BEM ELABORADA EXIGINDO DO CANDIDATO UM CONHECIMENTO APURADO

Leia mais

DISCIPLINA: DIREITO PENAL

DISCIPLINA: DIREITO PENAL ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DISCIPLINA: DIREITO PENAL QUESTÃO Nº 109 Protocolo: 11913003657-0 Não existe qualquer erro material na questão. Nada a ser alterado. O recorrente

Leia mais

Tropa de Elite Polícia Civil Legislação Penal Especial CBT - Parte Especial Liana Ximenes

Tropa de Elite Polícia Civil Legislação Penal Especial CBT - Parte Especial Liana Ximenes Tropa de Elite Polícia Civil Legislação Penal Especial CBT - Parte Especial Liana Ximenes 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. CTB- Parte Especial Art. 302. Praticar

Leia mais

CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - ATUALIZAÇÕES

CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - ATUALIZAÇÕES CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - ATUALIZAÇÕES - Evasão de divisas e lavagem de capitais as alterações da Lei 12.683/12 - Investigação de crimes financeiros - Cooperação jurídica internacional

Leia mais

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico.

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO CONDUTA A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. Na Teoria Causal Clássica conduta é o movimento humano voluntário produtor de uma modificação no mundo

Leia mais

As penas. Efeitos da condenação. Reabilitação. Medidas de segurança. Ação penal. Extinção da punibilidade.

As penas. Efeitos da condenação. Reabilitação. Medidas de segurança. Ação penal. Extinção da punibilidade. Programa de DIREITO PENAL II 3º período: 80h/a Aula: Teórica EMENTA As penas. Efeitos da condenação. Reabilitação. Medidas de segurança. Ação penal. Extinção da punibilidade. OBJETIVOS Habilitar o futuro

Leia mais

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Resultado Nexo de causalidade Tipicidade NEXO DE CAUSALIDADE O nexo causal ou relação de causalidade é o elo que une

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015. Carga

PLANO DE ENSINO. Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015. Carga 1 PLANO DE ENSINO Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015 Unidade Carga Horária Sub-unidade Introdução ao estudo do Direito Penal 04 hs/a - Introdução. Conceito

Leia mais

PONTO 1: Concursos de Crimes: 1) Distinção 2) Conceito. 3) Espécies de concursos de crimes:

PONTO 1: Concursos de Crimes: 1) Distinção 2) Conceito. 3) Espécies de concursos de crimes: 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Concursos de Crimes: 1) Distinção 2) Conceito 3) Espécies de concursos de crimes 4) Natureza Jurídica 5) Sistemas de aplicação da pena 6) Concurso Material ou Real 7) Concurso

Leia mais

COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESUAL MPU 2004

COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESUAL MPU 2004 COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESUAL MPU 2004 01- Podemos afirmar que a culpabilidade é excluída quando a) o crime é praticado em obediência à ordem, manifestamente legal, de superior

Leia mais

Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira. Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção

Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira. Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira TEORIA DO DELITO Infração Penal (Gênero) Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção 1 CONCEITO DE CRIME Conceito analítico de crime: Fato

Leia mais

Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP

Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP PRÁTICA MÉDICA A prática médica se baseia na relação médicopaciente,

Leia mais

do Idoso Portaria 104/2011

do Idoso Portaria 104/2011 DEVER DE NOTIFICAR- do Idoso Portaria 104/2011 Lei 6.259/75l Lei 10.778/03, ECA, Estatuto n Médicos n Enfermeiros n Odontólogos n Biólogos n Biomédicos n Farmacêuticos n Responsáveis por organizações e

Leia mais

ALTERAÇÃO NO CÓDIGO PENAL: O DELITO DE FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL

ALTERAÇÃO NO CÓDIGO PENAL: O DELITO DE FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL ALTERAÇÃO NO CÓDIGO PENAL: O DELITO DE FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL. Nomen juris: a Lei nº 12.978/2014 alterou o nome

Leia mais

O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE

O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS RELATIVAS ÀS FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I- promover,

Leia mais

AS VANTAGENS DA APLICAÇÃO DE PENAS ALTERNATIVAS

AS VANTAGENS DA APLICAÇÃO DE PENAS ALTERNATIVAS AS VANTAGENS DA APLICAÇÃO DE PENAS ALTERNATIVAS Camila Silvia Martinez Perbone 30* As penalidades, desde os primórdios da civilização, sempre tiveram a finalidade de punir de modo severo, apenas para restabelecer

Leia mais

Sumário ÍNDICE DE PERGUNTAS... 21

Sumário ÍNDICE DE PERGUNTAS... 21 Sumário Sumário ÍNDICE DE PERGUNTAS... 21 Prefácio de um Amigo-Editor a um Amigo-Autor... 25 PARTE 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL CAPÍTULO 1 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO PENAL... 29 1. Definição... 29 2. Direito

Leia mais

Roteiro de Teses Defensivas OAB 2ª Fase Penal Vega Cursos Jurídicos

Roteiro de Teses Defensivas OAB 2ª Fase Penal Vega Cursos Jurídicos Roteiro de Teses Defensivas OAB 2ª Fase Penal Vega Cursos Jurídicos Prof. Sandro Caldeira Prezado(a) aluno(a), Na nossa primeira aula abordamos um roteiro de teses defensivas que iremos treinar durante

Leia mais

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Lição 14. Doação Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Na doação deve haver, como em qualquer outro

Leia mais

O Novo Regime das Medidas Cautelares no Processo Penal

O Novo Regime das Medidas Cautelares no Processo Penal 202 O Novo Regime das Medidas Cautelares no Processo Penal Juliana Andrade Barichello 1 O objetivo deste trabalho é discorrer sobre os principais pontos das palestras, enfatizando a importância das alterações

Leia mais

Ladir & Franco. RESPONSABILIDADE CRIMINAL DOS CONTABILISTAS O contabilista pode ser preso por atos praticados no exercício profissional?

Ladir & Franco. RESPONSABILIDADE CRIMINAL DOS CONTABILISTAS O contabilista pode ser preso por atos praticados no exercício profissional? L F Ladir & Franco A D V O G A D O S RESPONSABILIDADE CRIMINAL DOS CONTABILISTAS O contabilista pode ser preso por atos praticados no exercício profissional? Túlio Arantes Bozola Advogado - Ladir & Franco

Leia mais

AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM PERMANENTE EM AMBIENTE EXTERNO A UFRB

AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM PERMANENTE EM AMBIENTE EXTERNO A UFRB AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM PERMANENTE EM AMBIENTE EXTERNO A UFRB 1 BASE LEGAL LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das Autarquias

Leia mais

Exercícios da lei 9.455/97 - lei de tortura. Prof. Wilson Torres

Exercícios da lei 9.455/97 - lei de tortura. Prof. Wilson Torres Exercícios da lei 9.455/97 - lei de tortura. Prof. Wilson Torres 01- A prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes, o terrorismo e os crimes definidos como hediondos podem ser imputados, com

Leia mais

Direito Penal. Pena-Base. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Pena-Base. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Pena-Base Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal PENA-BASE TÍTULO V Das Penas CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA CAPÍTULO III DA APLICAÇÃO DA PENA Fixação da

Leia mais

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões.

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões. No Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais são regis- trados os atos mais importantes da vida de uma pessoa, como o nascimento, o casamento e o óbito, além da emancipação, da interdição, da ausência

Leia mais

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano RELATÓRIO O DESEMBARGADOR FEDERAL GERALDO APOLIANO (RELATOR): Cuida-se de agravo em execução penal interposto contra sentença que declarou extinta a punibilidade de Cosme Alexandre da Silva, por entender

Leia mais

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE RETROATIVIDADE DA LEI QUE NÃO MAIS CONSIDERA O FATO COMO CRIMINOSO ART. 107, III ABOLITIO CRIMINIS O CRIME É APAGADO CONSIDERA-SE INEXISTENTE PRESCRIÇÃO ART. 107, IV CP PRESCRIÇÃO LIMITAÇÃO TEMPORAL DO

Leia mais

1. PRINCÍPIOS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS art. 62 da Lei 9.009/95 2. OBJETIVOS DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

1. PRINCÍPIOS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS art. 62 da Lei 9.009/95 2. OBJETIVOS DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Princípios dos Juizados Especiais Criminais PONTO 2: Objetivos PONTO 3: Competência PONTO 4: Fase Policial PONTO 5: Fase Judicial PONTO 6: Recursos PONTO 7: Atos

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO

RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL DECORRENTE DE ACIDENTES DE TRABALHO Constituição Federal/88 Art.1º,III A dignidade da pessoa humana. art.5º,ii

Leia mais

LEI DE TORTURA Lei n. 9.455/97

LEI DE TORTURA Lei n. 9.455/97 LEI DE TORTURA Lei n. 9.455/97 DUDH Artigo 5º Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. ART. 5º DA CF Inciso III Ninguém será submetido à tortura nem

Leia mais

LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS

LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS ALESSANDRO CABRAL E SILVA COELHO - alessandrocoelho@jcbranco.adv.br JOSÉ CARLOS BRANCO JUNIOR - jcbrancoj@jcbranco.adv.br Palavras-chave: crime único Resumo O presente

Leia mais

mesmo empregador recebendo

mesmo empregador recebendo AULA 6: Salário e Remuneração: a partir do art. 457, CLT Equiparação Salarial empregado que almeja ganhar um salário maior, deseja o salário de outro, que é o chamado paradigma ou modelo idêntica função

Leia mais

A p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca

A p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca Aspectos Jurídicos na Ventilação Mecânica Prof. Dr. Edson Andrade Relação médico-paciente Ventilação mecânica O que é a relação médico-paciente sob a ótica jurídica? Um contrato 1 A ventilação mecânica

Leia mais

ÍNDICE. Apresentação. Crimes da lei de tóxicos: (Lei 6368, de 21 de outubro de 1976)...

ÍNDICE. Apresentação. Crimes da lei de tóxicos: (Lei 6368, de 21 de outubro de 1976)... ÍNDICE Apresentação. Crimes da lei de tóxicos: (Lei 6368, de 21 de outubro de 76)... Aspectos gerais H""""""""""""""""""""""" H H Lei penal em branco H"""" H""""" H""" H.. H"""""'" H "Abolitiocriminis"

Leia mais

Deontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito

Deontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito Medicina Legal Professor Sergio Simonsen Conceito A deontologia médica é a ciência que cuida dos deveres e dos direitos dos operadores do direito, bem como de seus fundamentos éticos e legais. Etimologicamente,

Leia mais

PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO

PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO PEÇA D E S P A C H O 1. Autue-se o Auto de Prisão em Flagrante; 2. Dê-se o recibo de preso ao condutor; 3. Autue-se o Auto de Apresentação

Leia mais

Direito Penal. Prof. Davi André Costa TEORIA GERAL DO CRIME

Direito Penal. Prof. Davi André Costa TEORIA GERAL DO CRIME TEORIA GERAL DO CRIME 1. Conceito de infração penal: a) Unitário (monista): infração penal é expressão sinônima de crime. Adotado pelo Código Penal do Império (1830). b) Bipartido (dualista ou dicotômico):

Leia mais

LEI PENAL X NORMA PENAL VIGÊNCIA A PERSECUÇÃO PENAL. -A persecução penal no Brasil é dividia em 5 fases: LEIS PENAIS INCOMPLETAS

LEI PENAL X NORMA PENAL VIGÊNCIA A PERSECUÇÃO PENAL. -A persecução penal no Brasil é dividia em 5 fases: LEIS PENAIS INCOMPLETAS 1 DIREITO PENAL PONTO 1: LEI PENAL X NORMA PENAL PONTO 2: VIGÊNCIA PONTO 3: FASES DA PERSECUÇÃO PENAL PONTO 4: LEIS PENAIS INCOMPLETAS PONTO 5: APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO PONTO 6: LEIS INTERMINTENTES

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais