ESTUDO DAS PERDAS COMERCIAIS DE ENERGIA ELÉTRICA EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO

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1 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA - ÊNFASE ELETROTÉCNICA GRAZIELLA COSTA GONÇALVES ESTUDO DAS PERDAS COMERCIAIS DE ENERGIA ELÉTRICA EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO CURITIBA 2007

2 GRAZIELLA COSTA GONÇALVES ESTUDO DAS PERDAS COMERCIAIS DE ENERGIA ELÉTRICA EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO Projeto Final apresentado na disciplina de Projeto Final 2 do curso de Engenharia Industrial Elétrica Eletrotécnica. Orientadora: Profa. Maria de Fátima Ribeiro Raia Cabreira, Dra. Eng. CURITIBA 2007

3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha mãe, minha avó, meu namorado e todos os meus familiares pelo apoio, amor, paciência que sempre tiveram comigo e por compreenderem o motivo da minha ausência.

4 AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus, à minha orientadora Maria de Fátima Ribeiro Raia Cabreira, à todos os meus familiares, a todos os meus amigos, e para todas as pessoas que contribuíram de alguma forma para o desenvolvimento desse trabalho: Davi Romero Carneiro, Maria Edna da Costa, Ramão Antonio Krieger, Roverli Renato Comin, Dionizio Ribeiro Ambrózio, Eduardo Antonio F. Caxilé, Márcio Nunes Knopp, às distribuidoras de energia: COPEL, CEMIG, Light, Ampla e AES Eletropaulo.

5 RESUMO Este trabalho apresenta um estudo das perdas comerciais nas distribuidoras de energia brasileiras, COPEL, Light, Ampla, CEMIG e AES Eletropaulo. Um dos enfoques principais do trabalho são as perdas comerciais, como, ligações irregulares, fraudes, violações de medidores de energia, roubo de equipamentos e materiais da rede de distribuição, os métodos de combate às perdas comerciais de energia, projetos e ações desenvolvidas pelas distribuidoras para se conter esse problema e evitar prejuízos financeiros e o mau fornecimento de energia para os consumidores. Abordou-se alguns fatores referentes a cada concessionária de energia e como estes interferem nas perdas comerciais das distribuidoras. Estes fatores são: problemas sociais, áreas de atuação consideradas de risco, porcentagem das perdas comerciais por concessionárias, tecnologias aplicadas, planejamentos e projetos desenvolvidos. As distribuidoras desenvolvem programas de ação, projetos e métodos para se reduzir o furto de energia e acompanha esse procedimento analisando suas vantagens e desvantagens para o problema que enfrentam de acordo com a quantidade de perdas que possuem. No caso da companhia energética paranaense são avaliados todos os procedimentos que ela realiza para conter o avanço dos desvios de energia e as demais perdas comerciais. Os métodos aplicados pela Copel distribuição, na cidade de Foz do Iguaçu, no bairro Jardim Jupira e quais os resultados decorrentes da implantação da rede antifurto e medição centralizada. E por fim é feito um comparativo entre as distribuidoras de energia estudadas e dos métodos que elas utilizam para evitar o furto de energia.

6 LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 Perdas de energia por tipo de empresa...23 Tabela 2.2 Perdas de energia no Brasil...27 Tabela 2.3 Perdas comerciais de energia...27 Tabela 2.4 Impacto das perdas comerciais nas tarifas de energia...30 Tabela 2.5 Casos de furto de energia e invasão...49 Tabela 2.6 Problemas enfrentados pela Light em Tabela 2.7 Resultados das medições MT em áreas de baixa renda com riscos e sem riscos...49 Tabela 2.8 Comparação da Rocinha com algumas favelas do estado...50 Tabela 2.9 Área de atuação: Indicadores...72 Tabela 2.10 Consumo de energia acumulado por classes...72 Tabela 3.1 Dados decorrentes da instalação da rede antifurto e medição centralizada...99 Tabela 3.2 Furto de transformadores na SDL e o custo para sua reposição Tabela 3.3 Furto de transformadores em Curitiba e o custo para sua reposição.104 Tabela 3.4 Furto de transformadores na Região Norte de Curitiba e o custo para sua reposição Tabela 3.5 Furto de transformadores em São José dos Pinhais e o custo para sua reposição Tabela 3.6 Furto de transformadores no Litoral e o custo para sua reposição Tabela 3.7 Furto de condutores na SDL Tabela 3.8 Furto de condutores na SDL por tipo de material condutor Tabela 3.9 Furto de condutores em Curitiba Tabela 3.10 Furto de condutores em Curitiba por tipo de material condutor Tabela 3.11 Furto de condutores na Região Norte de Curitiba Tabela 3.12 Furto de condutores na Região Norte de Curitiba por tipo de material condutor Tabela 3.13 Furto de condutores em São José dos Pinhais Tabela 3.14 Furto de condutores em São José dos pinhais por tipo de material condutor Tabela 3.15 Furto de condutores no Litoral Tabela 3.16 Furto de condutores no Litoral por tipo de material condutor...109

7 Tabela 3.17 Materiais repostos na rede de distribuição devido a furtos Tabela 3.18 Materiais repostos na rede de distribuição da SDC devido a furtos.110 Tabela 3.19 Materiais repostos na rede de distribuição da SDL devido a furtos..110 Tabela 3.20 Materiais repostos na rede de distribuição da SDN devido a furtos.110 Tabela 3.21 Materiais repostos na rede de distribuição da SDO devido a furtos.111 Tabela 3.22 Materiais repostos na rede de distribuição da SDT devido a furtos..111 Tabela 3.23 Materiais repostos na rede de distribuição da DDI devido a furtos Tabela 3.24 Materiais repostos na rede de distribuição da SDC devido a furtos.112 Tabela 3.25 Materiais repostos na rede de distribuição da SDL devido a furtos..112 Tabela 3.26 Materiais repostos na rede de distribuição da SDN devido a furtos.113 Tabela 3.27 Materiais repostos na rede de distribuição da SDO devido a furtos.113 Tabela 3.28 Materiais repostos na rede de distribuição da SDT devido a furtos..113 Tabela 3.29 Materiais repostos na rede de distribuição da DDI devido a furtos Tabela 3.30 Materiais repostos na rede de distribuição da SDC devido a furtos.114 Tabela 3.31 Materiais repostos na rede de distribuição da SDL devido a furtos..114 Tabela 3.32 Materiais repostos na rede de distribuição da SDN devido a furtos.115 Tabela 3.33 Materiais repostos na rede de distribuição da SDO devido a furtos.115 Tabela 3.34 Materiais repostos na rede de distribuição da SDT devido a furtos..115 Tabela 3.35 Materiais repostos na rede de distribuição da DDI devido a furtos Tabela 4.1 Perdas de energia após rede DAT e medição centralizada...137

8 LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 Gráfico de perdas de energia...22 Figura 2.2 Índices de perdas por subsistemas no Brasil...23 Figura 2.3 Perdas no sistema de MT e BT das distribuidoras de energia...24 Figura 2.4 Acidente ocorrido na rede da CEMIG...31 Figura 2.5 Desvio de energia detectado...35 Figura 2.6 Ligação irregular...36 Figura 2.7 Ligações irregulares...36 Figura 2.8 Ligações irregulares...37 Figura 2.9 Medidor com disco travado com papel...40 Figura 2.10 Lacre do medidor violado...40 Figura 2.11 Furto de energia camuflado...41 Figura 2.12 Medidor furado...41 Figura 2.13 Furto na entrada do medidor...42 Figura 2.14 Inversão de polaridade no medidor digital...42 Figura 2.15 Cabos cortados em tamanhos de 30 a 40 cm e ensacados...44 Figura 2.16 Parte do material aprendido pela CELG...44 Figura 2.17 Modo como foram encontrados os materiais nas casas de reciclagem prontos para serem derretidos...45 Figura Parte do material aprendido: cabos, fios, capacitores e cintas de poste...45 Figura 2.19 Cabos novos providos do material furtado...45 Figura 2.20 Local de desmanche dos fios de cobre...46 Figura 2.21 Capacitores furtados encontrados em ferro-velho...46 Figura 2.22 Furto de transformadores da CELG...46 Figura 2.23 Transformadores furtados da COPEL em março/ Figura 2.24 Difusão do furto de energia nas concessionárias do Brasil em relação à complexidade social...52 Figura 2.25 Ligação direta na rede elétrica...53 Figura 2.26 Furto de energia na rede de baixa tensão...54 Figura 2.27 Intervenções nas caixa do medidores...54 Figura 2.28 Troca da engrenagem no medidor...54 Figura 2.29 Raspagem na engrenagem do medidor...55

9 Figura 2.30 Proteção da baixa tensão através de uma barreira...56 Figura 2.31 Barreira para proteção da rede BT para evitar o furto de energia...56 Figura 2.32 Barreira física para proteção da rede BT...57 Figura 2.33 Solução para proteção da rede BT...57 Figura 2.34 = Proteção aplicada na cidade de Medellín...58 Figura 2.35 Rede convencional...59 Figura 2.36 Rede com padrão DAT...59 Figura 2.37 Rede precursora na rede de alta tensão...60 Figura 2.38 Rede com padrão DAT...60 Figura 2.39 Poste com transformador e rede com padrão DAT...61 Figura 2.40 Rede BT afastada e próxima da MT...61 Figura Rede com padrão DAT e com concentradores de medição centralizada...61 Figura 2.42 Rede com concentradores de medição centralizada Figura 2.43 Perdas técnicas e comerciais...65 Figura 2.44 Medidor fiscal...70 Figura 2.45 Sondas para eletroduto...70 Figura 2.46 Conjunto de medição para média tensão...71 Figura 2.47 Gráfico: participação no consume de energia por classes...73 Figura 2.48 Organograma da COPEL...73 Figura 2.49 Jardim Jupira na cidade de Foz do Iguaçu...74 Figura 2.50 Furto de energia na rede BT em Foz do Iguaçu...75 Figura 2.51 Ligação irregular na rede BT...75 Figura 2.52 Situação da rede após furto de energia...76 Figura 2.53 Rede com padrão antifurto da COPEL...78 Figura 2.54 Rede antifurto em postes com transformador...78 Figura 2.55 Eletricista trabalhando na rede antifurto com medição centralizada...79 Figura 2.56 Sistema de medição de energia da COPEL...80 Figura 2.57 Fraude em medidor...81 Figura 2.58 Fraude no disco do medidor...81 Figura 2.59 Violação do medidor...81 Figura 2.60 Exemplo de desvio de energia...82 Figura 2.61 Fraude no medidor...82 Figura 2.62 Cabo destruído por uma sobrecarga após ligação irregular...83

10 Figura 3.1 Caixa de derivação...87 Figura 3.2 Cabo concêntrico antifurto...87 Figura 3.3 Montagem de rede antifurto...89 Figura 3.4 Estrutura básica com acessórios...90 Figura 3.5 Alta tensão e baixa tensão em poste de 10,5 m...90 Figura 3.6 Poste de 12 m com transformador...91 Figura 3.7 Rede secundária isolada antifurto afastada...91 Figura 3.8 Estrutura antifurto com transformador acoplado no poste...92 Figura 3.9 Rede com padrão antifurto...94 Figura 3.10 Rede com padrão antifurto e acessórios...94 Figura 3.11 Rede antifurto com medição centralizada...94 Figura 3.12 Rede antifurto com caixa de derivação...95 Figura 3.13 Rede antifurto com transformador...95 Figura 3.14 Manutenção da rede através de cesto aéreo...95 Figura 3.15 Manutenção da rede através de escada...96 Figura 3.16 Medidor baleado no Jardim Jupira Figura 3.17 Micro-câmera para detecção de furto Figura 3.18 Diagrama de blocos do Módulo Transmissor Figura 3.19 Instalação de um sistema de gerenciamento de perdas e medição (SGP+M) Figura 3.20 Concentrador primário Figura 3.21 Medidor eletrônico Figura 3.22 Interface do concentrador primário Figura 3.23 Fixação com cinta circular Figura 3.24 Fixação com parafusos Figura 3.25 Menu principal do software do sistema Figura 3.26 Janela do teste de comunicação Figura 3.27 Janela de leitura de contas Figura 3.28 Tela de acesso do operador ao sistema Figura 3.29 Tela de ajuste de hora do concentrador Figura 3.30 Tela da agenda de mudança de estado de contatores Figura 3.31 Medição centralizada localizada em Maringá Figura 3.32 Medição centralizada localizada em Londrina Figura 4.1 Comparação de perdas comerciais...137

11 Figura 4.2 Balanço energético da AES Eletropaulo Figura 4.3 Perdas totais de energia da AES Eletropaulo...139

12 LISTA DE SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABRADEE Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica ANEEL Agencia Nacional de Energia Elétrica AT Alta Tensão BT Baixa Tensão CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CEB Companhia Energética de Brasília CELESC Centrais Elétricas de Santa Catarina S/A CELG Companhia Energética de Goiás CEMAR Companhia Energética do Maranhão CEMAT Centrais Elétricas Matogrossense S/A CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais CELPE Companhia Energética de Pernambuco CEPISA Companhia Energética do Piauí CERJ Companhia Energética do Rio de Janeiro CFLO Companhia Força e Luz do Oeste CGE Comitês Gestores Estaduais CGN Comitê Gestor Nacional CNU Comissão Nacional de Universalização COCEL Companhia Campolarguense de Energia COELCE Companhia Energética do Ceará CONFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COPEL Companhia Paranaense de Energia CPFL Companhia Paulista de Força e Luz COSIP Contribuição Sobre o Serviço de Iluminação Pública DAT Distribuição Aérea Transversal DDSD Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados FORCEL Força e Luz Coronel Vivida LTDA IASC Instituto de Assistência Social e Cidadania ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestações de Serviço MT Média Tensão NTC Normas Técnicas Copel

13 SDC Superintendência Regional Distribuição Centro-Sul SDL Superintendência Regional Distribuição Leste SDN Superintendência Regional Distribuição Noroeste SDO Superintendência Regional Distribuição Oeste SDT Superintendência Regional Distribuição Norte SGP+M Sistema de Gerenciamento de Perdas + medição SPC Serviço de Proteção ao Crédito PIS Programa de Integração Social RNA Redes Neurais Artificiais RSI Rede Secundária Isolada

14 14 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS RESUMO LISTA DE TABELAS LISTA DE FIGURAS LISTA DE SIGLAS CAPÍTULO 1 PROSPOTA DO TRABALHO INTRODUÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos MÉTODO DE PESQUISA ESTRUTURA DO TRABALHO...20 CAPÍTULO 2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO PERDAS DE ENERGIA PERDAS TÉCNICAS PERDAS COMERCIAIS Prejuízos com as perdas comerciais Impactos causados pelas perdas comerciais Ligações clandestinas Fraudes em medidores de energia Furto de equipamento e materiais na rede de distribuição ALGUMAS CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA E AS PERDAS COMERCIAIS Light Plano de ação da Light Ampla Plano de ação da Ampla AES Eletropaulo Plano de ação da AES Eletropaulo...66

15 CEMIG Plano de ação da CEMIG COPEL Plano de ação da COPEL...76 CAPÍTULO 3 O CASO DA COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPEL REDE ANTIFURTO Principais Materiais Utilizados Montagem da Rede Antifurto Considerações para Instalação da Rede Antifurto Manutenção da Rede Antifurto Segurança Rede Antifurto Jardim Jupira A COPEL E O FURTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Furto de Materiais e Equipamentos na SDL em Furto de Materiais e Equipamentos em Furto de Materiais e Equipamentos em MÉTODOS DA COPEL PARA SE COMBATER O FURTO DE ENERGIA Micro-Câmera para Detecção de Fraude Equipamento Detector de Desvio de Energia Medição Centralizada Conclusão do Estudo de Caso CAPÍTULO 4 COMPARAÇÃO ENTRE AS DISTRIBUIDORAS E OS MÉTODOS UTILIZADOS POR ELAS PARA SE COMBATER O FURTO DE ENERGIA CAPÍTULO 5 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...143

16 INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 PROPOSTA DO TRABALHO De acordo com dados fornecidos pela ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica em 2004, verificou-se que as concessionárias de energia elétrica se deparam com grandes problemas de perdas de energia. Essas perdas podem ser classificadas como técnicas ou comerciais. A diferença entre as perdas comerciais e técnicas representa as perdas elétricas e podem ser composta por três parcelas: perdas técnicas de energia, devido apenas o consumo regular, isto é, à energia comercializada ou faturada; acréscimo das perdas técnicas devido às perdas comerciais; perdas comerciais que são consumos não medidos, como: desvios de medição (erros e fraudes) e furtos. As perdas técnicas são inerentes às atividades do transporte da energia elétrica na rede e estão relacionadas às perdas por efeito Joule nos condutores, ao estado de conservação de medidores de energia, às perdas nos núcleos dos transformadores e outros equipamentos que compõem a rede elétrica, além de perdas ligadas às correntes de fuga no ar e nos isoladores. As perdas comerciais podem ser definidas como sendo a diferença entre a quantidade de energia que foi consumida e a que foi faturada e estão relacionadas a clientes fraudulentos e inadimplentes, a problemas apresentados na unidade de medição que afetam a leitura, por meio de fraudes cometidas no consumo de energia elétrica e por meios de ligações clandestinas que são realizadas diretamente no sistema de distribuição de energia e também pelo furto de materiais e equipamentos localizados na rede. Segundo a ABRADEE (2004), Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, em 2004, constatou-se que as companhias brasileiras de energia deixaram de receber quase R$3,6 bilhões em 2003 por causa de ligações clandestinas na rede e fraudes na medição do consumo de eletricidade. De acordo com a COPEL (2003), Companhia Paranaense de Energia, registrou-se que o valor da receita frustrada das concessionárias foi equivalente ao faturamento anual de

17 17 uma empresa de grande porte como o da COPEL, estatal paranaense que atende a 3,1 milhões de ligações e que comercializou, no ano de 2003, 18,7 milhões de megawatts-horas. As distribuidoras de energia utilizam vários métodos para evitar e conter esses furtos na rede elétrica, como por exemplo, a rede com padrão antifurto utilizada pela COPEL. Tal padrão afasta a baixa tensão dos postes, através da instalação de cruzetas, em áreas críticas de atendimento. Para este método existe a possibilidade de instalar a medição centralizada, que também fica afastada nos postes, fixada nas cruzetas através de ferragem desenvolvida para essa finalidade. Com a instalação dessa rede pretende-se reduzir o número de ligações clandestinas no sistema de distribuição bem como aumentar a confiabilidade e a continuidade do fornecimento de energia, visto que se pode diminuir o número de interrupções causadas pela sobrecarga, devido às ligações não planejadas. Outras vantagens que esse sistema ainda pode fornecer é a redução de custos, maior segurança ao eletricista e uma melhor identificação visual das ligações irregulares. Outro método é o detector de desvio de energia, cujo princípio de operação tem como base à transmissão e recepção de um sinal específico de rádio freqüência que utiliza a rede de energia como antena transmissora. O furto de materiais e equipamentos da rede elétrica é outro tipo de perda comercial existente principalmente em grandes centros urbanos. Esse ato está ligado ao vandalismo e ao roubo de cabos condutores, peças, estruturas e também transformadores. Tais equipamentos e cabos, que são destinados à reciclagem, trazem grandes perdas às empresas do setor elétrico. A COPEL, por exemplo, afirma que em 2003 foram furtados quase 150 km de cabos e 906 equipamentos de diversos tipos, o que acarretou em um prejuízo de R$ 10,6 milhões para um grupo de 12 concessionárias de energia que juntas atendem 40% do mercado consumidor brasileiro.

18 PROBLEMA As perdas comerciais de energia acarretam prejuízos financeiros e técnicos às concessionárias de energia, por se tratar de um fornecimento teoricamente não previsto em seu planejamento energético. O desvio de energia e roubo de materiais atinge o mundo todo e vem crescendo muito ao longo dos anos, o estudo desse problema é relevante e o objetivo principal é se obter métodos eficientes e que se adaptem às concessionárias para atenuar as perdas comerciais. Além disso, o furto de energia e equipamentos é crime, quem o pratica pode ser condenado até quatro anos de reclusão, além de multas e sério risco de se envolver em graves acidentes que podem ocasionar até a morte. Por isso, é necessário que seja divulgado à sociedade uma campanha contra o roubo de materiais, equipamentos e energia, para que sejam feitas denúncias desses crimes, evitando assim, maiores prejuízos, e contribuindo para um melhor fornecimento e barateamento nas tarifas de energia elétrica. Na cidade de Foz do Iguaçu na rede de distribuição do Jardim Jupira a COPEL se depara com perdas comerciais crescentes e seus impactos para a sociedade e para a companhia. Quais as conseqüências causadas pelos prejuízos ocasionados pelas perdas comerciais nas concessionárias? Quanto o estado deixa de arrecadar em impostos das distribuidoras? Pois não será investido em educação, saúde, saneamento e segurança. Quanto a sociedade perde? 1.3 JUSTIFICATIVA As perdas comerciais de energia atingem não só as distribuidoras de energia, mas também aos consumidores, pois diminui a qualidade do fornecimento pela companhia, além dos riscos de acidentes que determinados furtos podem causar a uma pessoa. Além disso, o custo das perdas comerciais é transferido para os consumidores adimplentes. De acordo com a COPEL (s.d.), em 2004, o roubo de materiais e equipamentos de um sistema de serviço público como o de energia elétrica, por

19 19 exemplo, vai além dos prejuízos financeiros da simples reposição do material ou equipamento furtado. Trata-se de uma questão social com maior gravidade, pois devido à ação de criminosos que cometem furtos de energia e fraudes ou permitem que sejam manipulados os mecanismos de medição do consumo de energia, podem ocasionar a interrupção no fornecimento de energia a milhares de pessoas. Os custos de geração, transporte e distribuição de eletricidade acabam refletidos na tarifa cobrada de todos os consumidores. A COPEL na rede de distribuição de Foz do Iguaçu no Jardim Jupira pretende reduzir o furto de energia e suas conseqüências a fim de garantir aos seus consumidores uma melhor qualidade no fornecimento e sem interrupções por causa de sobrecargas na rede. As concessionárias alegam que o desenvolvimento de métodos, planos de ação eficazes e tecnologias para combater o furto de energia garantem melhoria na qualidade da concessionária, diminuindo prejuízos financeiros, reduzindo as ligações clandestinas e garantindo maior segurança e qualidade no fornecimento de energia aos consumidores. Este tema proposto atinge todo o mundo, diversas companhias de energia se deparam com perdas não-técnicas e sempre buscam novas soluções viáveis para solucioná-los ou minimizá-los. Segundo a ANEEL (s.d.), em 2007 o custo da energia elétrica da geração até chegar aos consumidores é dividido entre todos os consumidores e todos pagam pela energia que é gerada, transmitida e distribuída. Assim, todos os consumidores pagam pela energia que é faturada. 1.4 OBJETIVOS Objetivo Geral Estudar as perdas comerciais de energia em redes de distribuição de algumas distribuidoras e o caso da COPEL na cidade de Foz do Iguaçu.

20 Objetivos Específicos: fazer um levantamento das perdas comerciais como: furtos de energia na rede, roubos de equipamentos e materiais e fraudes em medidores de energia, dentre outros; pesquisar as conseqüências econômicas e sociais causadas pelas perdas comerciais; analisar métodos e estratégias aplicados por algumas concessionárias para se evitar esse problema; estudar a eficiência dos métodos em geral, utilizados para se evitar perda de equipamentos e materiais na rede; analisar o caso COPEL na rede de distribuição na cidade de Foz do Iguaçu; efetuar análise técnica e econômica dos métodos estudados e relacionar as vantagens e desvantagens de cada um deles. 1.5 MÉTODO DE PESQUISA Primeiramente será feito um estudo a respeito das perdas comerciais de energia nas concessionárias, e será definido o que são e como são tratadas, através de pesquisa na internet, revistas, seminários apresentados pelas companhias de energia, palestras, normas técnicas, livros, dentre outros. Também serão levados em conta seus aspectos sociais e econômicos. Após esta etapa serão analisados alguns métodos aplicados por algumas companhias de energia brasileiras e serão estudadas as vantagens e desvantagens obtidas, através de pesquisa, revistas, seminários, livros e com profissionais da área. No estudo do caso da COPEL, pretende-se informar como os furtos de energia ocorrem no Paraná, como são descobertos pela empresa, como são solucionados pelas distribuidoras, quais métodos utilizam as vantagens e desvantagens desses métodos e será realizada uma comparação com métodos utilizados em outras companhias. E a rede de distribuição de Foz do Iguaçu, no Jardim Jupira, onde a ocorrência dos desvios de energia é mais alarmante para a

21 21 concessionária. Além disso, serão destacados os prejuízos que as perdas comerciais acarretam para a concessionária. Estudo da rede antifurto que está instalada em Foz do Iguaçu e detectores de desvios de energia na rede de distribuição através de normas técnicas e informações obtidas na companhia de energia. 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO O trabalho será divido em capítulos como descrito a seguir: Capitulo 1 - Proposta de trabalho Capítulo 2 - Referencial teórico - Métodos e estratégias para combater as perdas comerciais - Levantamento de dados junto a algumas concessionárias de energia Capítulo 3 - Estude do caso COPEL - Dados da empresa - Análise da rede antifurto na Linha de distribuição de Foz do Iguaçu - Aplicação dos métodos existentes - Análise técnica e econômica dos métodos - Comparação entre as distribuidoras de energia analisadas Capítulo 4 - Conclusão e comentários finais Capítulo 5 - Referências Bibliográficas

22 22 CAPÍTULO 2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 2.1 PERDAS DE ENERGIA As perdas de energia podem ser classificadas de acordo com sua origem, natureza, localização e segmento. As perdas referentes à origem são classificadas em perdas técnicas e perdas comerciais. As perdas técnicas estão diretamente ligadas à energia ou demanda que é perdida durante o transporte de energia pela rede elétrica antes dessa ser distribuídas aos consumidores. As perdas comerciais são inerentes à energia ou demanda entregue ao consumidor, mas que não foi faturada pela concessionária. As perdas técnicas e comerciais estão dentro do conjunto dos sistemas de transmissão, distribuição e comercialização de energia. As perdas classificadas de acordo com sua natureza são: perda de energia e perda de demanda. A perda de demanda que consiste na diferença entre a demanda de entrada que se refere ao que é recebido e a demanda de saída que é o que foi fornecido em um determinando instante de tempo. A perda de energia é a diferença entre a energia recebida e a energia fornecida em um dado instante. As perdas por localização podem ser definidas como perdas globais, perdas existentes na transmissão e distribuição de energia. Perdas globais são perdas totais de energia ou demanda existente nos sistemas de geração, transmissão e distribuição. As perdas encontradas na transmissão englobam perdas do sistema de geração e distribuição, já as perdas na distribuição se referem somente as perdas no sistema de distribuição. O segmento se refere à localização em que houve a perda como, por exemplo: a rede primária, rede secundária, no transformador, no medidor de energia, estas perdas estão associadas às perdas técnicas. As perdas de energia causam preocupações para as distribuidoras de energia, pois interferem nas tarifas que são cobradas dos consumidores, na qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias de energia e possíveis problemas sociais que podem gerar a sociedade.

23 23 As perdas de energia podem ser definidas como sendo a diferença entre a energia requerida pelo sistema elétrico e a energia realmente faturada em um determinado intervalo de tempo. Essas perdas são constituídas por perdas técnicas que se referem às características associadas à passagem e a interação do fenômeno físico nos meios materiais utilizados e nos efeitos que esses causam, e pelas perdas comerciais ou perdas não técnicas que está ligada a erros na unidade de medição, que alteram a leitura devido às fraudes que ocorrem no consumo de energia elétrica por ligações clandestinas e furtos de equipamentos e materiais na rede elétrica. As perdas globais de energia englobam perdas técnicas, perdas comerciais, perdas por demanda existentes no sistema de geração, transmissão distribuição e comercialização de energia. A ELETROBRÁS (s.d.) afirma que na década de 1970 as perdas totais de energia no Brasil representam valores superiores a 15% das perdas totais. Em 1980 houve uma diminuição nas perdas e esse valor aumentou em 2000 para valores próximos aos da década de 1970 e diminuiu em 2001 como mostra no gráfico da figura 2.1 a seguir. Figura 2.1 Gráfico de perdas de energia no Brasil Fonte: Eletrobrás Para a Eletrobrás ( ), as perdas de energia elétrica no Brasil possuem uma variação grande quando se compara algumas localizações, distribuidoras e o papel que estas desempenham: geradoras, distribuidoras ou as duas esses valores variam de 3% a 30% como exemplifica a tabela 2.1 as 12 companhias de energia.

24 24 Tabela 2.1 Perdas de energia por tipo de empresa Fonte: Eletrobrás Níveis de Perdas de Energia elétrica por Tipo de Empresa (%) Tipos Geradoras Chesf 7,4 7,1 8,5 5,8 Furnas 6,5 6,4 6,3 4,4 Mistas CEEE 12,2 13,9 9,0 8,2 CEMIG 9,0 8,3 8,5 9,4 CESP 3,6 3,5 3,0 2,8 COPEL 4,6 6,6 6,2 4,7 Eletronorte 7,1 8,3 10,5 5,9 Distribuidoras CELESC 8,2 7,9 7,3 7,9 CERJ 29,4 25,3 19,1 19,3 COELBA 16,1 16,5 15,5 13,0 CPFL 6,3 6,2 6,7 10,3 Light 18,7 16,1 14,5 16,8 Segundo a ABRADEE em 2004 as concessionárias de energia elétrica apresentam um crescimento significativo das perdas de energia ao longo dos anos. No gráfico da figura 2.2 observa-se o índice de perdas por subsistemas no Brasil. Figura 2.2 Índices de perdas por subsistemas no Brasil Fonte: ABRADEE 2004.

25 25 No primeiro gráfico representado acima verifica-se o crescimento das perdas comerciais nos sistemas de AT nas distribuidoras e transmissoras de energia. Pode-se notar que a partir de 2000 esses valores sofrem redução. As perdas técnicas na rede de MT e BT também diminuíram após o ano de 2000, já as perdas comerciais cresceram até 2000 e diminuíram em 2001, mas continuaram crescendo até O gráfico da figura 2.3, ilustra as perdas no sistema MT e BT em 2003, os dados são referentes a 28 concessionárias de energia com mais de 400 mil consumidores. Figura 2.3 Perdas no sistema de MT e BT das distribuidoras de energia Fonte: ABRADEE No segundo gráfico da figura 2.3 representa os valores das perdas de 28 concessionárias de energias associadas à ABRADEE e observa-se que a CEPISA no Piauí, a LIGHT no Rio de Janeiro, a CEMAR no Maranhão e a CERJ também no Rio de Janeiro possuem os maiores índices de perdas de energia do país. A CEPISA, por exemplo, apresenta esse valor próximo a 30%. De acordo com a CEPISA, Luiz Carlos Coelho, o furto de energia acarreta em um prejuízo anual de cerca de R$ 150 milhões de reais.

26 26 A CELESC em Santa Catarina, a COPEL no Paraná, a AESSUL no Rio Grande do Sul e a CEMIG em Minas Gerais são as concessionárias com os menores índices de perdas, não ultrapassando 12%. Segundo a ANEEL as perdas existentes na transmissão e distribuição de energia estão divididas de acordo com um conjunto de componentes distintos que desempenham a mesma função no sistema elétrico: o tarifário, o técnico e o comercial. Ao sistema tarifário compete às concessionárias reduzir as perdas cmerciais, também, através de incentivos econômicos adequados, como programas de eficiência energética, para melhor uso da energia elétrica. Ao técnico compete que as companhias de energia utilizem recursos com maior tecnologia, através de estudos específicos e utilização de aparelhos e equipamentos com maior eficiência e tecnologia, além do uso de mão-de-obra qualificada, para se reduzir as perdas técnicas. Para as perdas comerciais cabe às concessionárias divulgar o problema e buscar práticas eficientes para se reduzir às perdas não-técnicas e aos consumidores de energia é necessário se conscientizarem da importância de se denunciar os furtos e fraudes de energia. 2.2 PERDAS TÉCNICAS Essas perdas estão diretamente ligadas às concessionárias de energia, pois tem a ver com a conservação da rede elétrica como um todo e a dissipação por efeito Joule. As perdas por efeito Joule ocorrem em cabos condutores. As perdas técnicas também estão relacionadas às perdas existentes nos núcleos dos transformadores, perdas devido às correntes de fuga no ar e nos isoladores e isolantes. As perdas técnicas regulares de energia de distribuição são decorrentes aos processos de transporte e transformação de tensão, incluindo as perdas por efeito joule e por efeito corona nos condutores de energia, cabos, medidores, conexões, capacitores, transformadores e as perdas ocasionadas por correntes de fuga existentes em isoladores e pára-raios, além das perdas relacionadas às perdas existentes no ferro ou em vazio e nos condutores ou no cobre dos transformadores.

27 27 A metodologia utilizada pela ANEEL para se calcular as perdas técnicas relacionadas às instalações de distribuição, considera-se as influências existentes devido às diferenças de topologia existentes em vários níveis de tensão nominal, a localização das cargas dos consumidores e as energias providas de outras concessionárias, o ciclo de variação diária das cargas, do consumo de energia ativa e reativa das unidades consumidoras e das energias supridas, além do número e as características elétricas provenientes dos condutores existentes na rede elétrica nos diferentes níveis de tensão encontrados na rede e nos ramais de ligação das unidades consumidoras e as características que há nos medidores de energia. Para ANEEL (2004), as perdas técnicas originárias nos transformadores levam em consideração os ciclos de variação da energia que flui diariamente. Os valores encontrados para perdas no cobre e no ferro ou em vazio estão de acordo com a ABNT. As perdas consideradas são somente as perdas oriundas da energia fornecida às unidades consumidoras regulares, a outras concessionárias de energia e ao próprio consumo. Esses valores resultantes das perdas técnicas serão calculados conforme os valores de tensão pré-determinados e para as perdas nos transformadores atenta-se ao valor da relação de transformação obtido através da relação de transformação do transformador. 2.3 PERDAS COMERCIAIS São também denominadas de perdas não-técnicas e se referem à energia entregue, mas não faturada. Essas perdas estão relacionadas a erros de medição, dos erros de faturamento, a problemas com inadimplências de consumidores de energia, e principalmente a furtos de energia ocasionados por fraudes nos medidores, por desvios da medição de energia por causa de desvios da medição ou por ligações clandestinas e roubos de equipamentos e materiais da rede elétrica. De acordo com a ABRADEE (2006) as concessionárias de energia no Brasil apresentam um aumento gradativo das perdas comerciais ao longo dos anos e por este motivo a busca por métodos de combate a essas perdas é de grande importância.

28 28 A tabela 2.2 mostra alguns dados referentes às perdas de energia ao longo dos anos. Tabela 2.2 Perdas de energia no Brasil Fonte: Eletrobrás Perdas de energia no Brasil (em %) Ano Perdas (%) , , , ,7 Verificou-se na biblioteca virtual da ABRADEE (s.d.) que o problema com perdas de energia passou a fazer parte do conjunto de itens que as concessionárias associadas à ABRADEE utilizam a partir de Como há uma grande divergência entre as concessionárias de energia em relação ao mercado, ao perfil de consumidores, as áreas geográficas, extensões de rede e políticas adotadas pelas distribuidoras para se combater as perdas energia e por esse motivo a ABRADEE criou valores padronizados para esses índices e estabeleceu uma resolução e definiu critérios para se contabilizar as perdas de energia da seguinte maneira: transmissão e distribuição e analisando o sistema global, com isso contribui-se para que sejam realizadas comparações entre as concessionárias. De acordo com ANEEL (2005) na tabela 2.3 a seguir ilustra as perdas comerciais em algumas distribuidoras de energia do Brasil. Tabela 2.3 Perdas comerciais de energia Fonte: ANEEL Concessionária Encargos Perdas comerciais (R$/MWh) (R$/MWh) % Light 35,36 15,44 43,7 Ampla 35,17 13,42 38,2 Escelsa 23,03 5,68 24,7 Eletropaulo 26,16 4,93 18,8 Elektro 25,23 2,86 11,3 Bandeirante 23,68 2,5 10,6 Celesc 21,16 1,52 7,2

29 29 CPFL 20,39 1,18 5,8 COPEL 19,86 0,99 5,0 CEMIG 20,64 0,88 4,3 Observa-se claramente que no estado do Rio de Janeiro as concessionárias LIGHT e AMPLA possuem uma das maiores perdas comerciais do país. De acordo com Portes (2004) da Light o furto de energia é mais complexo em lugares onde há ocupações irregulares, como favelas ou com índices de violência mais acentuados, mas a maior proporção do furto de energia se concentra em locais onde as pessoas apresentam um nível de desenvolvimento humano maior. Muitas ligações clandestinas ou alterações em medidores são verificadas em restaurantes, hotéis, prédios de classe média, fábricas entre outros Prejuízos com as perdas comerciais Os dados da ABRADEE (2006) contabilizam que as perdas na rede de distribuição das concessionárias associadas à ABRADEE são próximas de 15% o que significa aproximadamente 47 GWh da energia requerida pelas distribuidoras de energia e desse valor, 32% corresponde as perdas comerciais o que acarreta em um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão de reais. Acrescentando os tributos que deixam de ser arrecadados em conseqüência dessas perdas na distribuição, como ICMS, PIS, CONFINS, esse valor se elevaria para mais que R$ 5 bilhões de reais. Os prejuízos referentes ao roubo de cabos condutores, equipamentos e materiais da rede elétrica das concessionárias de associadas a ABRADEE em 2003 foram superiores a R$ 10 milhões, foram registrados mais de ocorrências no país. Esse fato acarreta em transtornos aos consumidores de energia devido à falta de energia por causa do furto. O material furtado da rede elétrica geralmente é vendido para o ferro-velho. Os componentes mais visados são cabos de alumínio e de cobre. De acordo com a ABRADEE (2004) mais de 1500 km de condutores elétricos foram repostos pelas companhias de energia. Esse tipo de prática segundo a ABRADEE, 2004, está ocorrendo na seguinte proporção:

30 30 no início eram furtados apenas condutores neutro e agora também nos condutores fases; constatação de ocorrências até tensões de 69 kv; ocorrências em todas as regiões, sobressaindo-se algumas empresas: CEMIG, CEMAT e COELSE; antes furtos concentravam-se em áreas rurais. Hoje também são detectados em áreas urbanas e em até em áreas com grande movimentação; utilização de veículos com identificação da concessionária local; indício de participação de pessoas com grande conhecimento técnico de segurança e de procedimentos operativos; o furto de equipamentos, como, transformadores, reguladores, etc.; registro de furtos até mesmo em malha de aterramento de subestações Impactos causados pelas perdas comerciais Segundo a ABRADEE (2006) o furto de energia acarreta alguns impactos para a concessionária e para os consumidores: aumento da energia distribuída faturada e não distribuida; elevação dos custos operacionais; prejuízo à imagem da empresa; alteração das metas de continuidade e conformidade; riscos quantos à segurança; riscos à operação do sistema: interrupções, blecautes, etc.. A tabela 2.4 exibe amostra de algumas concessionárias de energia do Brasil e os impactos que as perdas comerciais de energia e como eles afetam nas tarifas de energia de acordo com a ANEEL (2006).

31 31 Tabela 2.4 Impacto das perdas comerciais nas tarifas de energia Fonte: ANEEL Empresa Tarifa Média (R$/MWh) Perdas (R$/MWh) Perdas tarifa (%) Manaus 214,92 37,53 17,46 CERON 275,49 43,47 15,78 LIGHT 186,01 20,76 11,16 AMPLA 253,23 26,45 10,45 COELCE 229,35 15,28 6,66 CELPE 181,84 11,55 6,35 CELPA 230,67 14,16 6,14 COELBA 219,31 13,43 6,12 RGE 234,33 13,65 5,82 ENERGIPE 186,92 10,79 5,77 COSERN 184,63 10,46 5,66 CPFL 204,24 9,97 4,88 CEMIG 183,88 7,89 4,29 AES Eletropaulo 196,23 8,08 4,12 As perdas comerciais estão diretamente relacionadas, à diversos fatores como, por exemplo: a qualidade do fornecimento de energia dadistribuidora de energia que é afetada por conta dessas perdas, um aumento nos riscos decorridos das fraudes, furtos de energia e roubo de equipamentos a sociedade e ao próprio infrator que pode ocasionar até a morte do mesmo. A figura 2.4 mostra um acidente ocorrido em Minas Gerais. Na tentativa de furtar um transformador da rede da CEMIG ocasionou a morte do infrator.

32 32 Figura 2.4 Acidente ocorrido na rede da CEMIG Fonte: CEMIG O problema com clientes fraudadores e o acesso de terceiros a rede elétrica ocasionam: o furto de energia, o roubo de materiais e equipamentos da rede, as instalações elétricas precárias e não aceitáveis pelas distribuidoras de energia, pois tal fato acarreta em interrupções no fornecimento de energia originando oscilações de tensão e pode ocasionar riscos de acidentes, perda de aparelhos e eletrodomésticos e ainda geram um grande prejuízo para as concessionárias e comprometem a qualidade dos serviços oferecidos pelas mesmas. A satisfação do cliente em relação à distribuidora de energia é avaliada pela ANEEL através do IASC, Índice ANELL de Satisfação do Cliente, e esta por sua vez onera as empresas que possuem um índice baixo de satisfação do cliente. Este procedimento realizado pela ANEEL consiste em pesquisas feitas com os consumidores residenciais das unidades distribuidoras de energia é realizado anualmente e este processo é realizado em todas as concessionárias do país.

33 33 Devido ao elevado número de consumidores as concessionárias não realizam por falta de tempo as devidas inspeções e muitas vezes essas inspeções não são bem direcionadas. Conforme a Light (2007) grande parte das realizações de cortes de energia por parte das concessionárias quando detectam fraudes muitas vezes resultam em violência física aos eletricistas da companhia. Em favelas os eletricistas possuem acesso com riscos às áreas com fraudes de energia e nesses locais o número de ligações clandestinas é elevado por possuírem construções residenciais muito próximas uma das outras e por apresentarem vias de acesso irregulares proporcionam uma maior propensão a ocorrências de fraudes e ligações clandestinas. A Light ainda menciona a criminalidade, o narcotráfico e a violência que geralmente encontra-se em regiões onde há favelas, esses problemas contribuem para o aumento das dificuldades que a concessionária de energia enfrenta nesses locais, pois só se pode realizar trabalhos e visitas as favelas após o consentimento ou acordo feito com os traficantes da área e essas organizações impõem aos moradores suas regras e leis sem se preocupar com o Estado. A ELEKTRO de São Paulo (s.d.) em 2006 coloca como um dos impactos causados pelas perdas comerciais o fato de que a população, nos dias de hoje, estão comprando mais aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos devido a facilidade que encontram para a aquisição desses produtos e optam por pagarem uma prestação de um produto ao invés de pagar sua conta de energia visto que a energia elétrica é considerada um bem de consumo essencial e por lei os seus respectivos devedores não podem ser incluídos na lista do SPC, Serviço de Proteção ao Crédito, então em alguns casos realizam furtos de energia ou cometem fraudes. Alguns consumidores afirmam que o furto de energia existente nas fábricas, indústrias e residências ocorrem em função da tarifa cobrada pela concessionária ser elevada, assim recomendam que seja realizado uma revisão tarifária. De acordo com a legislação referente à revisão tarifária as empresas recebem um incentivo para combaterem e diminuírem as perdas e além do ganho que a concessionária recebe isso contribui para que quanto menos perdas apresentar a companhia de energia menos o consumidor será prejudicado e esse passará a pagar menos pela energia consumida. O Estado também apresenta vantagens com a redução de perdas, pois serão contabilizados mais impostos.

34 34 Por todos esses motivos mencionados acima se concretiza a importância da sociedade se conscientizar que precisam efetuar denúncias sobre furto e fraude de energia e roubo de equipamentos Ligações Clandestinas As ligações clandestinas, ou também conhecidas popularmente por gatos e gambiarras podem gerar sérios problemas para a sociedade. Segundo a ANEEL (2004), as ligações irregulares são realizadas em bairros mais distantes ou localidades em que não há rede de energia elétrica próxima. Essa fraude é praticada por pessoas e famílias carentes. Os delitos efetuados por famílias de classe média e alta, que possuem em suas residências diversos tipos eletrodomésticos e aparelhos elétricos com grande consumo de energia, como arcondicionado, freezer e outros. Nesse tipo de ligação clandestina, é feita alteração na contagem da energia no medidor, na própria dependência. Além desse, existe o desvio de energia também muito praticado que consiste em fazer ligações elétricas nos postes, onde o teor de energia gasto não é registrado pelo medidor elétrico do consumidor. De acordo com uma reportagem da ANEEL (s.d.), em 2007 as concessionárias de energia estão cada vez mais preocupadas com as ligações clandestinas, pois estas acarretam em um prejuízo muito grande para as companhias. As conexões improvisadas realizadas para se obter uma ligação clandestina são precárias e transformam a rede de distribuição em um emaranhado de fios e aumentam a carga instalada do sistema e causam sérios problemas de acidentes, prejudicam o bom funcionamento e qualidade da distribuidora de energia, além do prejuízo para a concessionária e para os consumidores de energia. As ligações irregulares são ligadas diretamente na rede da distribuidora de energia sem equipamento intermediário que oferece segurança aos consumidores. Elas provocam perigos à sociedade, pois provocam choques elétricos, curtos-circuitos que podem resultar em ferimentos e até a morte por descargas elétricas e até incêndios nas residências com ligação sem segurança por causa da utilização de fios quebrados ou sem um isolamento adequado, além de sobrecargas no sistema elétrico que compromete equipamentos da rede de distribuição como

35 35 transformadores e pode ocasionar interrupções no abastecimento de outros consumidores. É importante para as distribuidoras regularizarem essas instalações para garantir qualidade em seus serviços, segurança e diminuição de prejuízos que essas ligações proporcionam. Por causa disso as concessionárias estão em constante estudo e busca por métodos para combater as perdas comerciais. Um dos programas utilizados por diversas concessionárias são programas de responsabilidade social, na qual as companhias realizam algumas iniciativas como: instalações de bibliotecas, centros de informática, cursos profissionalizantes e através dessas ações sociais as distribuidoras de energia têm conseguido mostrar a sociedade os riscos existentes por causa das fraudes de energia e a importância de se legalizar uma ligação clandestina e de se efetuar denúncias às concessionárias. Esse tipo de ligações provoca prejuízos para toda a sociedade. Para a CEMAR (2005) quem prática esse crime está furtando além de energia da concessionária, mas também recursos que são utilizados para investimento na qualidade de vida da população. Com o dinheiro que a concessionária perde devido as ligações irregulares o estado deixa de arrecadar menos verbas que poderiam ser utilizadas na saúde, educação, segurança e saneamento. No Estado do Maranhão aproximadamente 15% de toda energia distribuída é furtada através de ligações clandestinas e fraudes nos medidores de energia. Por causa desse alto índice a companhia se preocupa em soluções eficazes para solucioná-los, pois suas perdas são uma das maiores no país. Além disso, é muito freqüente reclamações de clientes quanto à qualidade da concessionária e prejuízos para os consumidores por queima de aparelhos eletrodomésticos. O prejuízo referente às ligações clandestinas é revertido para todos os consumidores adimplentes. A Companhia do Maranhão afirma que o prejuízo anual para o estado com as ligações clandestinas é de R$ 23 milhões em ICMS não arrecadados. A ANEEL (s.d.) desde janeiro de 2006, obriga às distribuidoras de energia a investirem em programas sociais que geram economia de energia para a população de baixa renda usando parte de sua receita operacional líquida o que é pago pelos consumidores na taxa referente à pesquisa energética que representa 0,43% da tarifa que o consumidor paga à distribuidora e deste valor arrecadado 25% são

36 36 investidos em Programas de Eficiência Energética e destes programas 50% precisa ser investido em ações para a comunidade carente. Estão sendo utilizados pelas concessionárias cerca de R$ 180 milhões no Programa de Eficiência Energética para as populações carentes. E nesse programa é realizado: troca de fiações das casas, troca de lâmpadas incandescentes por fluorescente que possuem um consumo menor de energia e até eletrodomésticos e instalações de chuveiros. A penalidade para quem furta energia de acordo com o artigo 115 do Código Brasileiro define como crime contra o patrimônio quem subtrai para si ou para outrem coisa alheia móvel (e de acordo com o inciso 3º equipara-se à coisa móvel a energia valor econômico, quem estiver desviando energia poderá pegar até quatro anos de reclusão, além do pagamento de multa que corresponde a 30% sobre o valor que deixou de ser pago no período de desvio de energia). Outro exemplo de altos índices de ligações clandestinas se encontra em Roraima, a Companhia Boa Vista Energia (2006) alega que em 2003 eram detectadas aproximadamente 50 ligações clandestinas por mês e no ano de 2006 a situação se agravou passando para quase 100 ligações irregulares por mês o que preocupa a concessionária de energia, pois o prejuízo aumenta gradativamente. Por esse motivo estão investindo em Programas de Eficiência Energética e ações para as populações de baixa renda. As figuras 2.5 e 2.6 ilustram exemplos de ligações irregulares descoberta por algumas concessionárias. A figura 2.5 mostra a ligação irregular encontrada pela CELPE em A figura 2.6 a fraude foi detectada pela CEMIG em Figura Desvio de energia detectado Fonte: CELPE 2005.

37 37 Figura 2.6 Ligação irregular Fonte: CEMIG As figuras 2.7 e 2.8, de acordo com a Companhia Energética de Brasília, CEB ilustram algumas fraudes com energia e nesse bairro os moradores utilizam as ligações irregulares para evitar a falta de iluminação do local. Na figura 2.8 utilizam um relé fotoelétrico furtado da rede da concessionária. Figura 2.7 Ligações irregulares Fonte: CEB 2006.

38 38 Figura 2.8 Ligações irregulares Fonte: CEB Fraudes em medidores de energia Os medidores de energia são equipamentos destinados para medir e registrar o consumo de energia elétrica. Há dois tipos de medidores: analógico e digital ou ciclométrico. Esses aparelhos conectam a concessionária de energia ao consumidor, por este motivo muitas vezes esses equipamentos são fraudados. A resolução 456 da ANEEL regulamentada em 2000 afirma que o responsável pelo medidor de energia é o próprio consumidor e cabe a ele a responsabilidade sobre o aparelho. Os fraudadores utilizam diversas técnicas para roubar energia e de acordo com Khrishma-Rao e Miller (1999) são elas: existência de ligações direta na rede, sem utilização de medidores; interromper a conexão do neutro incorporando uma ligação nos circuitos destes com um conector terra eficiente; colocar uma pequena agulha para cessar a rotação do disco do medidor com um auxílio de um pequeno orifício na tampa e uso de tinta ou material similar para esconder;

39 39 construir um buraco no vidro do medidor e acrescentar pasta de dente ou outro componente juntamente com uma folha de polímero ou de celulose para se violar a rotação da medição; através de movimentos bruscos nos medidores a fim de que altere a rotação do medidor e prejudique seu funcionamento; inclinando o medidor para se tentar diminuir a velocidade de rotação do mesmo ou ainda deixando-o na horizontal para que a medição seja parada; queimar o medidor para que seja formando um curto e esse não sirva mais para medição; reverter às conexões existentes entre ramal de entrada e a carga através de dos terminais, pois sendo o ramal trifásico se inverter as fases consegue-se 100% de erro na medição; através de ligações diretas de uma fase e um neutro por trás do medidor para que se consiga cessar a medição. A resolução 456/2000 da ANEEL diz que cabe à distribuidora a obrigação de verificar periodicamente os medidores de energia de acordo com critérios estabelecidos na legislação metrológica (art. 37). O consumidor pode exigir a aferição do medidor em qualquer tempo e se gerar dúvidas no procedimento efetuado pela companhia ele pode solicitar uma aferição realizada por um órgão oficial de metrologia (art. 38) e nos dois casos o consumidor pode acompanhar o processo. O artigo 38 informa que quando não for possível a aferição do medidor no local da unidade consumidora, a concessionária precisará acondicionar o medidor em invólucro específico a ser lacrado no ato de retirada do mesmo e deverá encaminhá-lo ao órgão competente, mediante entrega desse procedimento ao consumidor. Os custos referentes ao frete e aferição nesse procedimento deverão ser previamente informados ao consumidor e quando os limites de variação do medidor tiverem sido excedidos os custos serão pagos pela concessionária, caso contrário o consumidor é o responsável. De acordo com a CEMIG (2005) em Minas Gerais, contabilizou-se um prejuízo de R$ 3,244 milhões pelo consumo irregular de energia em Para o

40 40 coordenador do processo de faturamento, arrecadações e perdas comerciais da concessionária mineira o problema é freqüente e por isso possuem um departamento responsável para detectarem tais irregularidades e partem do princípio de que se ocorrer diminuições bruscas no consumo de energia em determinado local, é necessário que esses lugares sejam checados, o próprio sistema da companhia indica se há um desvio de energia, ou possíveis problemas na medição. Quando surge uma suspeita de furto de energia a concessionária envia um eletricista para fiscalizar o que houve e se houve ou não uma violação. As violações do medidor são detectadas pela Cemig através de um sistema de controle que dá o alerta toda vez que o consumo em uma residência ou indústria apresenta alterações anormais, tanto para mais quanto para menos. Quando ocorre uma possível suspeita de fraude uma ordem de inspeção é emitida e é realizada uma vistoria por uma equipe técnica. Se depois de realizadas inspeções e monitoramento for comprovado que houve fraude o consumidor terá um prejuízo. Se após efetuadas as inspeções e monitoramento foi comprovada a detecção de fraudes a empresa dá entrada em um processo administrativo e é concedido ao consumidor um período de tempo para que esse tenha o direito de se defender, caso essa defesa não seja convincente é aberto um outro processo de cobrança da diferença de consumo que não estava sendo registrada em sua conta de energia acrescida de uma multa de 30% em cima do valor cobrado, conforme exigência da ANEEL. A CEMIG (2005) encontrou algumas fraudes no estado de Minas Gerais como ilustras as imagens 2.9, 2.10, 2.11, 2.12, 2.13 e Na figura 2.9 observa-se uma fraude no medidor de energia, onde se visualiza um pedaço de papel travando o equipamento. Na figura 2.10 o lacre do medidor foi violado. A figura 2.11 mostra o furto de energia de uma residência, na figura 2.12 medidor foi furado, na figura 2.13 o desvio de energia está localizado na entrada do medidor e na figura 2.14 um medidor digital com inversão de polaridade.

41 41 Figura Medidor com disco travado com papel Fonte: CEMIG Figura Lacre do medidor violado Fonte: CEMIG 2005.

42 42 Figura 2.11 Furto de energia camuflado Fonte: CEMIG Figura Medidor furado Fonte: CEMIG 2005.

43 43 Figura Furto na entrada do medidor Fonte: CEMIG Figura 2.14 Inversão de polaridade no medidor digital Fonte: AMPLA Furto de equipamentos e materiais na rede de distribuição Segundo o Departamento de Economia do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel), em conjunto com a ABC, Associação Brasileira do Cobre (2006), em menos de dois anos o preço do cobre subiu de US$ 1,7 mil para US$ 4,5 mil a tonelada. Devido a esse aumento no valor do cobre, produtores de cobre tiveram um aumento de 80% no seu faturamento entre 2003 e 2005.

44 44 As exportações referentes a semimanufaturados e condutores de cobre são responsáveis por mais de 80% das exportações do país em 2006 houve um aumento de 30% no valor arrecado com as exportações, atingiram um valor próximo de US$ 612 milhões. Em 2004 registrou-se o consumo de 16,4 milhões de toneladas e a produção atingiu 15,7 milhões nesse ano. Os estoques não mais trabalham com 30 dias e sim com 3 dias o que favorece um aumento no valor do produto em conseqüência disso aumenta a quantidade de roubos do produto. Estima-se que o prejuízo para as distribuidoras de energia e as companhias telefônicas do Brasil gira em torno de R$ 50 milhões por ano. A CELG afirma que em 2004 perdeu R$ 3 milhões, esse valor apenas incluiu o furto de cabos na rede sem levar em conta o prejuízo com sua reposição. Por isso a companhia organizou equipes para investigar o modo de atuação dos criminosos e os aspectos técnicos do produto. Em uma operação denominada curto-circuito foram apreendidos 1,6 toneladas de fios de cobre e 475 kg de cabos de alta tensão. A Secretaria Municipal de Serviços Públicos, SESP na Bahia (2006) informou que o prejuízo equivalente a furto de cabos condutores de energia, postes e transformadores entre janeiro de 2006 e junho de 2005 foi de R$ 166 mil e ainda alega que dos R$ 3 milhões que são arrecadados pela Contribuição Sobre o Serviço de Iluminação Pública, a COSIP, R$ 900 mil são destinados a perdas com materiais e equipamentos furtados na rede. A Rio Luz informa que entre janeiro de 2005 e maio de 2006 foi registrada a ocorrência de 120 casos de furtos, num total de metros de cabos roubados. A empresa obteve um gasto de R$ 600 mil para aquisição de novos materiais. Os cabos geralmente costumam ser derretidos e os componentes como: cobre e alumínio furtados e outros materiais são vendidos em ferros-velhos que não exigem notas fiscais pelo produto adquirido e chegam a pagar entre R$ 2,00 e R$ 10,00 por quilograma do cobre e como são ilegais não costumam ficar no ferrovelho por muito tempo, já são imediatamente vendidos para as casas de reciclagem. Em uma operação realiza pela CELG em 2004 registrou a apreensão de materiais furtados da rede elétrica como mostra as figuras 2.15, 2.16, 2.17, 2.18, 2.19, 2.20, 2.21 e A figura 2.15 mostra uma parte do material apreendido, cortado e dobrado em tamanhos de 30 a 40 cm e ensacados. Nas figuras 2.16, 2.17, 2.18 e 2.19 ilustram o

45 45 material encontrado nas casas de reciclagens pronto para serem derretidos. A figura 2.20 o local de desmanche dos cabos, na figura 2.21 os capacitores roubados da rede da CELG e na figura 2.22 um transformador furtado. Figura Cabos cortados em tamanhos de 30 a 40 cm e ensacados Fonte: CELG Figura Parte do material apreendido pela CELG Fonte: CELG Figura Modo como foram encontrados os materiais nas casas de reciclagens prontos para serem derretidos Fonte: CELG 2004.

46 46 Figura Parte do material apreendido: cabos, fios, capacitores e cintas de postes Fonte: CELG Figura Cabos novos providos do material furtado Fonte: CELG Figura Local de desmanche dos fios de cobre Fonte: CELG 2004.

47 47 Figura Capacitores furtados e encontrados em ferro-velho Fonte: CELG Figura Furto de transformadores da CELG Fonte: CELG Nessa operação realizada em Goiás em 2005 participaram 45 agentes de polícia, 5 delegados, 16 equipes policiais, foram apreendidos 12 toneladas de material e 11 pessoas detidas. De acordo com a CELG em 2005, realizou investigações e reparou que os furtos ocorriam diversos pontos tendo autores diversificados para capturarem os culpados realizaram investigações e observaram ao longo de um tempo procedimentos realizados pelos ferros-velhos e as empresas de reciclagens para conseguirem sucesso na apreensão dos materiais. A COPEL em março de 2007 registrou o furto de dois transformadores furtados ilustrados na figura 2.23 da COPEL em 2007 apresentam alto custo e o

48 48 material furtado dos dois transformadores não ultrapassam 10 kg de cobre e de acordo com a COPEL não renderão mais que R$ 40,00 por essa quantidade de material. Figura Transformadores furtados da COPEL em março/2007 Fonte: COPEL ALGUMAS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA E AS PERDAS COMERCIAIS Light A Light é composta pelo grupo de empresas: Light S.A. (holding), Light Serviços de Eletricidade S.A. (distribuidora), Light Esco Ltda. (comercializadora) e Light Energia S.A. (geração e transmissão), o grupo está presente em 31 municípios do estado do Rio de Janeiro e possui 3,8 milhões de clientes e um controlador inteiramente nacional, a Rio Minas Energia Participações S.A. (RME). A concessionária abrange 72% do território estadual com cobertura de uma área de km². Com 54,17% do capital social total e votante da companhia, a RME é composta pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), Andrade Gutierrez Concessões S.A. (AG Concessões), Pactual Energia Participações S.A. (Pactual Energia) e Luce Brasil Fundo de Investimentos em Participações (Luce). Os 45,83% restantes das ações pertencem aos acionistas minoritários, sendo cerca de 7% à Electricité de France (EDF), antiga controladora da Light, e 31,44% ao BNDESPAR. Como a Light apresenta um dos maiores índices de perdas comerciais do país possuem uma preocupação em busca de métodos para se conseguir uma redução desse problema.

49 49 As perdas de energia referentes à Light estão associadas a aspectos técnicos e sociais, pois a distribuidora carioca possui sérios problemas com a violência e outros fatores culturais presentes no estado. A companhia apresentou em 2006 perdas comerciais de 24,7% da energia distribuidora pela concessionária e em 2007 registrou-se 25,5%. A distribuidora informa implantou em 2007 um novo sistema comercial para conter os furtos de energia e alega que em 2006 a companhia realizava cerca de 60 mil cortes por mês e em 2007 esse número caiu para 20 mil por causa dos projetos e mudança do sistema que está em fase, mas acreditam que após implantação do sistema esse número chegará a 90 mil. Segundo a Light em 2005 numa operação contra o furto de energia, a distribuidora encontrou na Baixada Fluminense irregularidades em instalações elétricas. Na Baixada Fluminense havia 121 unidades irregulares das 521 unidades consumidoras no Bairro da Luz, Nova Iguaçu e Belford Roxo o que se corresponde a 23% da energia distribuída nos municípios. Esta operação contou com a participação de 180 técnicos da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, DDSD. De acordo com a Light (2007), a concessionária investe R$ 100 milhões por ano para se combater as perdas que chegam a atingir 17% do total de energia distribuída pela companhia, mas que em lugares com favelização crescente e altos índices de violência às perdas ultrapassam 40%, como na baixada Fluminense, onde em 2004 registrou-se perdas de 1380 GWh e com essa quantidade de energia perdida poderia se abastecer por um ano os municípios de Nova Iguaçu e São João de Meriti. O prejuízo anual da concessionária atinge R$ 500 milhões com perdas comerciais. As tabelas 2.5, 2.6, 2.7 e 2.8, a seguir mostram o avanço do furto de energia e a evolução da violência nas ocorrências registradas, através do número de casos registrados e perdas comerciais em regiões de baixa renda e áreas com risco, dados da Light (2004). Na tabela 2.7 o percentual de perdas nas favelas corresponde às medições apuradas em 241 medidores MT instalados em todas as favelas atendidas pela Light, aproximadamente 415 mil moradores.

50 50 Tabela Casos de furto de energia e invasão Fonte: Light Descrição Furto Invasão Tabela 2.6 Problemas enfrentados pela Light em 2004 Fonte: Light Descrição Quantidade Agressão física a empregados 91 Seqüestro temporário de empregados em serviço 2 Assalto a empregados em serviço 7 Impedimento de atividade por ameaça física 1048 Falsos funcionários uniformizados 360 Ameaça de bomba 1 Tiros em instalações (bala perdida) 4 Roubo de veículos 21 Tabela 2.7 Resultados das medições MT em áreas de baixa renda com risco e sem risco Fonte: Light Mês de Agosto 2004 Light Áreas de risco A) Total do fornecimento de energia (GWh) 136,6 B) Total do consumo faturado e energia (GWh) 48,0 C= A-B) Total de perdas nas áreas de risco (GWh) 88,6 Percentual de perdas nas áreas de risco (GWh) 64,9% Número de medidores MT instalados nas favelas 241 Número de favelas medidas em BT 50 Baixa renda sem risco A) Total do fornecimento de energia (GWh) 112 B) Total do consumo faturado e energia (GWh) 61,6 C= A-B) Total de perdas nas áreas de risco (GWh) 50,4 Percentual de perdas nas áreas de baixa renda (GWh) 44,9% Número de medidores MT instalado em baixa renda 47 Número de comunidades medidas em BT 25

51 51 Tabela 2.8 Comparação da Rocinha com algumas favelas do Estado Fonte: Light Perdas Jan/04 Fev/04 Mar/04 Abr/04 Mai/04 Jun/04 Jul/04 Ago/04 Favelas 66,0% 61,0% 64,1% 63,0% 62,6% 64,1% 63,6% 64,9% Rocinha 50,0% 50,0% 54,1% 53,2% 54,0% 54,0% 56,0% 54,0% Plano de ação da Light De acordo com a Light (2007) a companhia está destinando cerca de R$ 12,5 milhões para ações contra as perdas comerciais, incluindo legalização de clientes inadimplentes e fraudadores e projetos para evitar as perdas. A companhia em seus projetos pretende: estabelecer metas e ações eficazes; atuar seletivamente; utilizar tecnologias adequadas para cada segmento; manter disciplina de mercado; desenvolver ações especiais para favelas e áreas de risco; articulação possível com poder público; comunicar as ações. Como a concessionária possuí sérios problemas nas favelas pretende-se: medir perdas nas favelas; manter fórum de discussão permanente com a sociedade civil e governo apoiado pelas demais concessionárias de serviços públicos do Rio de Janeiro; desenvolvimento de projetos compartilhados focados nos aspectos sociais do segmento; desenvolvimento de ações locais para este segmento de clientes, em função das características das comunidades em cada região.

52 52 Alguns projetos que foram empregados nas favelas pela concessionária a partir de 2003 e estão em andamento visando busca de melhorias e redução de perdas como: a Comunidade Eficiente e a Comunidade da Maré, o primeiro foi implantado nas Favelas do Caju e Vidigal, cujo objetivo principal de ambos é orientação para uso eficiente de energia, inspeções e reformas nas instalações elétricas e parcelamentos de débitos. Outro projeto é a Comunidade Fácil, implantado nas favelas Rio da Pedra, Vila Cruzeiro e Monte Líbano e o objetivo do programa é implantar postos arrecadadores em parceria com associações de moradores para realizarem melhorias no local. A concessionária Light (2004) utiliza o Sistema de Tecnologia de Informação que é um sistema de gestão de qualidade que está aliado a um software e aumentam a capacidade de se detectar furtos de energia, além da Light utilizam essa tecnologia a AES Eletropaulo, Companhia Paulista de Força e Luz, CPFL e CEMIG. Essa tecnologia funciona somente para clientes que sejam devidamente cadastrados pela concessionária e esses armazenam dados dos consumidores e quando há alterações bruscas no consumo de energia. Além desse sistema, existem as Redes Neurais Artificiais, RNA, que foram desenvolvidas por McCulloch e Pitts em 1943, Hebb em 1949, e Rosemblatt em 1958, elas também podem detectar casos suspeitos na rede elétrica de desvio de energia. Através dessas redes consegue-se calcular as perdas globais do sistema, técnicas e comerciais por alimentador o que contribui para o controle ser mais rigoroso. A RNA são técnicas computacionais que é baseada na estrutura neural do ser humano e essa rede armazena milhares de unidades de processamento, essas unidades se conectam a canais de comunicação que estão associados a determinados pesos e esses pesos armazenam o conhecimento adquirido pela RNA, antes de armazenar o conhecimento é realizado um processo de aprendizado ou treinamento. Elas armazenam um conhecimento e o disponibiliza quando necessário. Dados Light (2004) e revista Cérebro e Mente Ampla A Ampla é uma empresa controlada pelo Grupo Endesa, foi criada em setembro de 2004, como empresa privada a companhia iniciou sua trajetória em

53 como CERJ, Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro. A Endesa constitui a maior companhia de energia elétrica da Espanha e está presente em 12 países. Na América Latina, além do Brasil está presente na Argentina, no Chile, na Colômbia e no Peru. A Ampla atende 2,1 milhões de consumidores. A companhia atende a clientes em São Gonçalo, Itaboraí, Magé, Duque de Caxias e favelas de Niterói e essa parcela corresponde a 52% das perdas em clientes em BT e MT, o número de clientes é próximo de 600 mil. Assim como a Light, a Ampla apresenta os mesmos problemas com a violência, favelização crescente, narcotráfico, entre outros. A empresa ressalta a importância de se entender a complexidade social existe em relação a outras concessionárias de energia e afirma que os altos índices de furto de energia no Rio de Janeiro estão relacionados aos grandes problemas sociais que enfrentam como ilustra o gráfico da figura Figura Difusão do furto de energia nas concessionárias do Brasil em relação à complexidade social Fonte: Ampla Estudos efetuados pela Fundação Getúlio Vargas, FGV (2006), em relação aos altos valores de perdas de energia no Rio de Janeiro frente à sua complexidade social e afirmam que as principais características das áreas com altos índices de furto são: áreas carentes do estado do Rio de Janeiro; favelização crescente; violência ;

54 54 alta complexidade social dentro do estado. Alguns casos de fraude e furtos de energia detectados pela AMPLA (2005) em sua área de concessão podem ser visualizados nas figuras 2.25, 2.26, 2.27, 2.28 e Nas figuras 2.25 e 2.26 mostram duas redes da Ampla fraudada por terceiros e nas figuras 2.27, 2.28 e 2.29 pode-se visualizar algumas fraude em medidores de consumidores da Ampla. Figura Ligação direta na rede elétrica Fonte: Zuma Figura 2.26 Furto de energia na rede de baixa tensão Fonte: Ampla 2005.

55 55 Figura Intervenções nas caixas dos medidores Fonte: Zuma Figura Troca da engrenagem do medidor Fonte: Zuma 2005.

56 56 Figura Raspagem na engrenagem do medidor Fonte: Zuma Plano de ação da Ampla A empresa pretende combater o furto de energia através da utilização de métodos que foram desenvolvidos a partir de uma análise do problema. Pretendese: distribuir energia em maior tensão; emitir ruídos na rede e instalar filtro no medidor; construir barreiras físicas para proteger a rede de baixa tensão; construção de rede de distribuição de média e baixa tensão antifurto (Rede DAT). Segundo a Ampla (s.d.) em 2004 iniciaram pesquisa de métodos de combate ao furto de energia nas redes de distribuição de alguns países para desenvolverem um projeto na concessionária que amenizasse o furto de energia na rede de baixa tensão. A concessionária a princípio planejava: distribuição em níveis de tensão fora de padrão; injetar ruído na rede para se localizar o furto; proteger a rede de baixa tensão com uma barreira física. Analisando esses itens, conforme dados fornecidos pela Ampla, a companhia estudou métodos aplicados na Argentina e na Colômbia. Nesses países a solução adotada para combate ao furto de energia é a utilização de barreiras físicas, cuja finalidade é proteger a rede de baixa tensão. As figuras 2.30 e 2.31 Ilustram a solução adotada na rede de distribuição da Argentina, na cidade de Buenos Aieres.

57 57 Figura 2.30 Proteção da baixa tensão através de uma barreira Fonte: Ampla Figura 2.31 Barreira para proteção da rede BT para evitar o furto de energia Fonte: Ampla A Colômbia utiliza um método semelhante ao método argentino, essa barreira foi instalada na cidade de Medellin como ilustram as figuras 2.32, 2.33 e 2.34.

58 58 Figura 2.32 Barreira física para proteção da rede BT Fonte: Ampla Figura 2.33 Solução para proteção da rede BT Fonte: Ampla 2004.

59 59 Figura 2.34 Proteção aplicada na cidade de Medellin Fonte: Ampla De acordo com a Ampla após analisadas as redes da Colômbia e da Argentina elaboram alguns conceitos que deveriam ser atendidos: rede média tensão e baixa tensão em mesmo nível (blindagem); redução das redes de baixa tensão; transformadores de menor potência; redução de custos operacionais; ramal de ligação direto da caixa de derivação. A Ampla em 2005 desenvolveu a rede DAT, o sistema de Distribuição Aérea Transversal é uma solução técnica para combater o furto de energia, que causa à Ampla perdas comerciais de cerca de 15%, resultantes principalmente de ligações clandestinas. Além disso, a nova rede vai reduzir também considerável parcela das chamadas perdas técnicas, atualmente da ordem de 10%, ocasionadas pela transformação e transporte da eletricidade no sistema de distribuição. A figura 2.35 ilustra a rede convencional e a 2.36, 2.37, 2.38, 2.39, 2.40, 2.41 ilustram a rede com padrão DAT.

60 60 Figura 2.35 Rede convencional Fonte: Ampla Figura 2.36 Rede com padrão DAT Fonte: Ampla 2005.

61 61 Figura Rede precursora na rede de alta tensão Fonte: Ampla Figura Rede com padrão DAT Fonte: Zuma 2005.

62 62 Figura 2.39 Poste com transformador e rede com padrão DAT Fonte: Ampla Figura 2.40 Rede BT afastada e próxima da MT Fonte: Ampla Figura 2.41 Rede com padrão DAT e com concentradores de medição centralizada Fonte: Ampla 2005.

63 63 Segundo a Ampla alguns critérios foram avaliados durante o projeto para a construção da rede DAT: demanda diversificada - 0,8 kva Monofásico; - 1,0 kva Bifásico; - 1,5 kva Trifásico. transformação - carregamento de 100% da capacidade nominal; - acréscimo de carga, ligação provisória análise técnica; - bifásico de 5 a 25 kva e trifásico de 15 a 30 kva; - maior potência em casos excepcionais. condutores - condutores de media tensão alumínio CA 2 AWG e 1/0 AWG cobre 35 mm². - condutores de baixa tensão concêntrico 2X10+1X10mm² pré-reunido de alumínio pré-reunido de cobre postes - concreto e madeira aterramento - rede convencional estaiamento - cruzeta a cruzeta - contraposte conexão de consumidor - caixa de derivação - ramal de ligação - identificação do consumidor

64 64 Conforme a Ampla (2006), as concessionárias se deparam com uma necessidade de se isolar a medição do alcance dos clientes em regiões onde o desvio de energia é mais acentuado e as perdas pela concessionária são mais elevadas como pode-se observar na figura Figura 2.42 Rede com concentradores de medição centralizada Fonte: Zuma A Ampla apresenta os concentradores de leitura situados na ponta do poste na média tensão. O sistema de leitura é automática, AMR (Automated Meter Reading) e fora do alcance dos clientes e os concentradores são utilizados dessa maneira para se combater as perdas quando ele está conectado a rede de baixa tensão. A operação do sistema se dá remotamente para todos os clientes para isso o sistema comercial da Ampla foi modificado e adaptado para suportar a tecnologia existente na tecnologia remota. A Ampla diz que a rede antifurto DAT eleva a rede elétrica de baixa tensão para cerca de 9m, próxima a média tensão com o objetivo de dificultar o acesso de clientes na rede. Este padrão está patenteado pela Ampla e além dessa rede a concessionária instala concentradores que permitem que sejam realizadas as medições na própria concessionária de energia. A medição centralizada, de acordo com a Ampla (2004), fornece as seguintes vantagens a companhia:

65 65 redução de erros de leitura realizados por leiturista, pois o sistema centraliza as informações de consumo de cada consumidor em um único ponto e a leitura passa a ser feita rapidamente no próprio local da instalação ou na cede da empresa; torna o faturamento mais ágil, pois com este sistema pode-se fazer a leitura do consumo de vários consumidores sem a necessidade de deslocamento até o mesmo; a leitura pode ser realizada através de comunicação remota; redução das perdas por furto no medidor, pois os concentradores secundários onde estão localizados os medidores eletrônicos são instalados no alto do poste de distribuição além de possuir um sistema antifurto; redução de custos com desligamento e religamento, pois este procedimento passa a ser feito através da comunicação remota dos dados, evitando assim que haja o deslocamento de uma equipe para o local a ser efetuado o serviço. A Eletrobrás (2005) mostrou às concessionárias de energia o projeto desenvolvido pela Ampla e pretende implantar o modelo nas concessionárias que controla na região Norte e Nordeste do país, onde o índice de furto é mais elevado que a média nacional e em troca a Ampla receberá apoio institucional para condução de ações junto aos órgãos normativos, com o objetivo de se adquirir a certificação regulamentação e aplicação das metodologias e tecnologias desenvolvidas. Além disso, a companhia se encarregará dos treinamentos aos engenheiros e técnicos da Eletrobrás AES Eletropaulo Com o programa de privatização lançado pelo governo em 1995, a Eletropaulo foi reestruturada em dezembro de 1997, dando origem a quatro empresas: Eletropaulo Metropolitana - Eletricidade de São Paulo SA; EBE - Empresa Bandeirante de Energia SA; EPTE - Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica SA e a Emae - Empresa Metropolitana de Águas e Energia SA.

66 66 Com a cisão, coube à Eletropaulo Metropolitana - Eletricidade de São Paulo SA a distribuição de energia elétrica em 24 municípios da Grande São Paulo, onde vivem mais de 16 milhões de pessoas. Em abril de 1998, foi adquirida em leilão pela Lightgás, subsidiária do grupo Light, formado pelas empresas americanas AES Corporation, Houston Industries Energy, Inc. (a atual Reliant Energy), pela francesa Electricité de France (EDF) e pela brasileira Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Em 2001, com a venda das ações da Reliant e da CSN, a Eletropaulo passou a ser controlada pela AES, marcando um novo tempo na história da empresa. O Grupo AES está presente no país desde 1995, é formado hoje por sete empresas que atuam no setor elétrico e de telecomunicações. A AES Eletropaulo distribui energia elétrica para uma população com cerca de 16,5 milhões de habitantes. A área de concessão atendida pela empresa abrange km² e concentra a região socioeconômica mais importante do país com 5,5 milhões de unidades consumidoras. De acordo com estudos efetuados pela Eletropaulo em 2005, as perdas técnicas e comerciais de energia das concessionárias de energia do Brasil cresceram significativamente como ilustra o gráfico da figura Figura 2.43 Perdas técnicas e comerciais Fonte: Eletropaulo No gráfico acima nota-se que as perdas técnicas de energia apresentam um valor praticamente constante ao longo dos anos, o que já não ocorre com as perdas comerciais que apresenta um crescimento de 3,2% em 1999 passando a 7,7% em 2002 e em 2004 esse valor caí para 7,4%.

67 67 A AES Eletropaulo (2006) estima a existência de aproximadamente 480 mil ligações clandestinas em sua área de concessão e essas ligações podem causar riscos permanentes de incêndios, danos materiais e até acidentes fatais. Por isso investiu-se em 2006, com autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica, R$ 55 milhões do Programa de Eficiência Energética na regularização de 105 mil ligações clandestinas. No programa ainda se realizou doação e a instalação do padrão de entrada (caixa de medição, postinho, bengala e disjuntor) e principalmente a conscientização dos moradores para o uso racional de energia e a instalação de posto de atendimento nos núcleos regularizados Plano de ação da AES Eletropaulo De acordo com a Agência Canal Energia e AES Eletropaulo (2007) registrou em maio de 2007 quedas de 4,8% no total das perdas ficando com 12,2% de perdas referentes a energia total distribuída, desse valor 5,7% corresponde as perdas comerciais que indica uma diminuição de 0,6 ponto percentual menos que em 2006, cada ponto percentual corresponde a R$ 120 milhões na receita da empresa. A companhia diz que intensificou os programas e ações de combate ao furto de energia e aumentaram os investimentos para o combate as perdas comerciais para R$ 88 milhões nos três primeiros meses do ano de 2007 sendo R$ 71 milhões de capital próprio e pretende até o final do ano investir R$ 376 milhões. A AES Eletropaulo (2007) traçou estratégias para combate a perdas comerciais que se baseia em ensinar e mostrar a sociedade os danos causados pelas perdas comerciais. Para isso, a concessionária realiza shows com artistas, nas escolas dos bairros onde a situação é mais crítica nos fins de semana, a companhia promove shows. E aproveitam para os técnicos explicarem as vantagens de ter uma ligação elétrica regular. A empresa estima que existam ligações irregulares em sua área de concessão e já conseguiu legalizar delas, o que gerou economia de R$ 150 milhões em três anos. Depois de se banir a clandestinidade, o desafio da empresa continua para se conseguir manter a regularidade no pagamento das contas pelos consumidores. Para se obter sucesso, a concessionária montou salas com computadores e internet grátis em regiões onde há grandes índices de inadimplência e para desfrutar desse serviço oferecido pela companhia basta apresentar a conta de luz devidamente

68 68 paga. A Eletropaulo afirma que há dois anos, a inadimplência média era de 45% nas regiões mais periféricas e conseguiu-se após esses métodos um índice de 6%. Segundo a companhia (2004), o projeto da Eletropaulo destaca alguns fatores para se obter sucesso e conseguir reduzir as perdas na companhia através de: mudança da percepção que a sociedade tem sobre o problema, pois acreditam que pessoas ou empresas que cometem este ato praticam outros meios ilegais para reduzir custos; reduzir a disponibilidade do cliente para cometer fraudes, mostrando ao consumidor os problemas que podem ser ocasionados com o furto e que a concessionária realiza programas para a comunidade de baixa renda; mantendo atividade de campo, mas aumentar a eficiência com aumento do controle ao furto, rigor nos procedimentos e alertar as conseqüências geradas; reduzir livre ação dos provedores do furto; inspeções de campo (fraude e roubo); regularização das clandestinas e taxa mínima; gerenciamento da medição (energia reativa); linha direta para denúncia; plano piloto; panfletos do programa - De olho na fraude ; parcerias com outras distribuidoras, com empresas que trabalham desenvolvendo métodos para se combater o furto; campanhas na mídia; melhoria da coleta de dados; utilização dos leituristas para identificar fraudes; investigações de fraudes ocorridas para identificar fraudadores com objetivo de se inibir ações futuras; desenvolver parcerias com outras concessionárias e com o poder público. A companhia (2007) afirma que pretende buscar a ampliação da interação com as comunidades de seu entorno, através de ações voltadas às áreas de Atendimento ao Cliente de Baixa Renda, Segurança, Educação, Cultura, Lazer, Meio

69 69 Ambiente, Cidadania e Ações Voluntárias. Pretende-se investir R$ 22 milhões e desse investimento a maior parte será destinada a programas e projetos, inclusive campanha de segurança para o público e contribuição a entidades carentes CEMIG A CEMIG é uma empresa de economia mista, que tem o Governo de Minas Gerais como principal acionista, detentor de 50,96% das ações ordinárias da companhia. O segundo maior acionista é a Southern Eletric Brasil Participações Ltda., com 32,96% das ações. O setor privado externo e o setor privado interno possuem, respectivamente, 4,2% e 11,53% do controle acionário. Os dados são do Balanço Energético da CEMIG de A área de concessão da CEMIG é aproximadamente 96,7% do território de Minas Gerais, na Região Sudeste do Brasil, correspondendo a mil km². A companhia atende consumidores. A concessionária possui um dos menores índices de perdas comerciais no país, mas também se preocupa com o crescimento das perdas comerciais. Em 2006 a perda comercial de energia da concessionária foi correspondente a 370 GWh, 1,6% da energia distribuída na média e baixa tensão Plano de ação da CEMIG A concessionária afirma que em 2006 criou o programa de eficiência energética chamado de Projeto conviver que pretende beneficiar 250 mil famílias carentes durante cinco anos neste ano de 2007 pretende-se investir R$ 18 milhões para atender 52 mil famílias, aproximadamente 192 mil pessoas no total. E nesse projeto pretende-se: substituir 156 mil lâmpadas, três mil instalações elétricas residenciais, três mil chuveiros e doação de 60 geladeiras e fornecer energia segura e compatível com as necessidades financeiras de cada morador. A concessionária estima que o dinheiro investido no projeto seja compensado com reduções de

70 70 perdas comerciais, redução no número de acidentes com a população e banir agressões e assaltos aos eletricistas em serviço. A CEMIG (2006) para se efetuar fiscalizações e detectar possíveis irregularidades o principal sistema de apuração de perdas é realizado com análises das variações de consumo que é um problema na medição para isso se utiliza tecnologias de informação para armazenamento de dados. A companhia para detectar o furto e reduzir as perdas não-técnicas pretende: efetuar controle permanente do sistema de faturamento; inspecionar locais suspeitos de desvio de energia; buscar novas tecnologias eficientes para detectar fraudes; elaboração de normas para padronizar equipamentos e aparelhos; treinamentos para trabalhadores da concessionária; garantir confiabilidade ao consumidor; incentivar denúncias de desvio de energia à companhia. A CEMIG (2006) informa que possui uma equipe de 80 pessoas para se combater as irregularidades que percorrem a rede das 34 cidades à procura de situações de risco. A distribuidora investiu R$ 2,5 milhões em panfletos com dicas de segurança aos consumidores e alertando sobre os riscos e acidentes que podem ser causados com furto de energia e materiais da rede elétrica. A companhia utiliza alguns equipamentos destinados a detectar desvio de energia na rede elétrica como medidores fiscais que estão ilustrados na figura 2.44, sondas para eletrodutos mostrado na figura 2.45, conjunto de medição para média tensão e medição centralizada identificado na figura Conforme a CEMIG, os medidores fiscais funcionam da seguinte maneira, são fixados no poste e conectados a mesma linha de distribuição do consumidor e realiza uma medição paralela com o medidor do consumidor, ele é destinado para a medição e registro de energia ativa possibilitando a detecção de furtos de energia em linha de distribuição secundária e apresentam as seguintes vantagens: compacto e discreto e não desperta a atenção do consumidor;

71 71 possui fácil instalação e adequado para uso ao tempo com alto grau de proteção; para a conexão do equipamento não é necessário se interromper o sistema. Figura 2.44 Medidor fiscal Fonte: CEMIG Figura 2.45 Sondas para eletrodutos Fonte: CEMIG 2005.

72 72 Figura 2.46 Conjunto de medição para média tensão Fonte: CEMIG COPEL A COPEL é uma concessionária de economia mista, da qual o Governo do Paraná possui maior parte das ações. Segundo a COPEL (2007), a companhia paranaense atende 3,36 milhões de consumidores. O percentual de atendimento chega a praticamente 100% dos domicílios nas áreas urbanas e passa de 90% nas regiões rurais. Os consumidores são 2,6 milhões de residências, 57 mil indústrias, 279 mil estabelecimentos comerciais e 330 mil propriedades rurais. Em média, a COPEL efetua 70 mil novas ligações a cada ano. Sua estrutura compreende a operação de: parque gerador próprio composto por 18 usinas (17 delas, hidrelétricas), cuja potência instalada totaliza MW e que responde pela produção de algo como 7% de toda eletricidade consumida no Brasil; 12 dessas usinas são automatizadas e comandadas à distância;

73 73 sistema de transmissão com km de linhas e 131 subestações (todas elas automatizadas), totalizando 16,4 mil MVA (megavolts-ampères) de potência de transformação; sistema de distribuição com km de linhas e redes o suficiente para dar quatro voltas em torno da Terra pela linha do equador e 238 subestações (das quais 225 automatizadas e operadas à distância); sistema óptico de telecomunicações (Infovia do Paraná) com km de cabos OPGW instalados nos anéis principais e radiais urbanos (cabos autosustentados) que totalizam km, alcançando 171 cidades do Estado. A área de atuação da empresa pode ser observada na tabela 2.9 a seguir. Tabela 2. 9 Área de atuação: Indicadores Áreas de concessão (km 2 ) Municípios Atendidos 393 Localidades Atendidas População Atendida PR (mil habitantes)* Taxa de Atendimento Urbana (%) 99 Consumo Médio Residencial (kwh/mês) 160,6 *2006: Valor estimado Fonte: COPEL A tabela 2.10 e o gráfico da figura 2.47 ilustram o consumo de energia divido por classe: residencial, industrial, comercial, rural e outras. Tabela Consumo de energia acumulado por classes CONSUMO DE ENRGIA ACUMULADO - GWh Classes Mar/07 Mar/06 % Residencial ,7 Industrial ,4 Comercial ,4 Rural ,1 Outros ,4 Total ,3 Fonte: COPEL 2007.

74 74 Figura 2.47 Gráfico: participação no consume de energia por classes Fonte COPEL Segundo a Copel em 2007, a empresa conta com 5 subsidiárias, que cuidam de diferentes ramos de negócios da empresa. Constituída pela Copel Geração, Copel Transmissão e Copel Distribuição que são responsáveis pela energia, principal setor de atuação da empresa. A Copel Telecom e a Copel Participações, que a empresa estende sua atuação baseada na qualidade aos ramos de saneamento, tecnologia para o desenvolvimento e gás canalizado, entre outros. A figura 2.48 mostra o organograma da empresa fornecido pela COPEL.

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