A ESTRUTURA INTRAURBANA DE UMA CIDADE MÉDIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA APLICAÇÃO DO MODELO MORFOLÓGICO-FUNCIONAL NA CIDADE DE CHAPECÓ-SC

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1 A ESTRUTURA INTRAURBANA DE UMA CIDADE MÉDIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA APLICAÇÃO DO MODELO MORFOLÓGICO-FUNCIONAL NA CIDADE DE CHAPECÓ-SC Crislaine Motter Mestranda do programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Uberlândia - UFU. crislaiine.m@gmail.com INTRODUÇÃO As particularidades que cercam o grupo de cidades caracterizadas como médias envolvem uma específica combinação entre tamanho demográfico, funções urbanas e organização de seu espaço intraurbano, que as difere tanto de cidades locais, bem como das metrópoles. Soma-se a isso os papéis de intermediação desempenhados por essas cidades. Esse objeto de estudo, complexo e diversificado, é resultado de um processo de urbanização em contextos sociais, econômicos e políticos heterogêneos em um mundo desigualmente fragmentado e articulado (CORRÊA, 2007). A importância de se estudar o espaço intraurbano de uma cidade média, dessa maneira, pode ser encontrada em Amorim Filho (1984), que considera como um dos atributos dessas cidades a diferenciação do espaço intraurbano em relação às demais cidades. Tendo por base essa escala de análise, Amorim Filho (2005) propôs elementos para criação de um modelo de zoneamento morfológico-funcional para as cidades médias. Trata-se de uma elaboração geo-cartográfica que visa identificar e representar as principais formas urbanas da cidade, como forma de expor a materialização do processo de produção do espaço nas formas urbanas. Dessa forma, essa pesquisa tem como objetivo analisar a morfologia urbana de Chapecó, principal cidade do Oeste catarinense, por meio da aplicação desse modelo, problematizando a estrutura de seu espaço intraurbano como um elemento para caracterização de Chapecó enquanto cidade média. Para atender esse objetivo, utilizamos levantamentos de dados primários, obtidos através de trabalhos de campo, dados secundários e elaboração de mapas, além de revisão bibliográfica. Como resultados, destacamos que apesar das diferenças de desenvolvimento socioeconômico,

2 culturais e de sítio da cidade de Chapecó, foi possível identificar que o padrão de zoneamento proposto no modelo morfológico-funcional de Amorim Filho (2005) pode ser identificado na cidade estudada. Estruturamos esse trabalho, dessa forma, em três partes: Na primeira, buscamos contextualizar o estudo das formas urbanas no âmbito das pesquisas que contemplam o desenvolvimento de modelos morfológicos, para na segunda parte, abordar as particularidades da cidade de Chapecó e sua inserção na rede urbana e em seu espaço regional. Na terceira parte, assim, contemplaremos o espaço intraurbano da referida cidade e seu respectivo modelo morfológico-funcional. O ESTUDO DAS FORMAS URBANAS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES O extenso grupo de elementos que compõe a morfologia urbana permite que ela seja tratada por diferentes abordagens, percorrendo diversos caminhos, pelas mais diferentes áreas do conhecimento científico. Até mesmo na própria ciência geográfica esse tema é tratado a partir de diferentes pontos de vista: isso se deve, direta ou indiretamente, à influência das diversas correntes teórico-metodológicas que contribuíram (ou contribuem) nas abordagens referentes à morfologia urbana (MIYAZAKI, 2011). Ganha destaque, em pesquisas que privilegiam a dimensão da cidade, os chamados ecologistas humanos, pela produtividade de suas investigações e pela importância de seus ensaios teóricos. Entre os estudos clássicos, destacam-se os de Burgess (1925), Hoyt (1959) e Harris e Ullman (1945). Tomando como referência a cidade de Chicago, Burgess, em 1925, apresentou um mapeamento da cidade e concluiu que as cidades não crescem simplesmente em seus limites, ao invés disso, elas tendem a se expandir radialmente, tomando como base o seu centro ou bairro comercial central, em padrões de círculos concêntricos, que descreveu como zonas (FREITAS, 2004). Para chegar ao resultado dos círculos concêntricos, Burgess levou em conta critérios econômicos, sociológicos e demográficos, com algumas referências a determinadas funções e aspectos específicos da paisagem (AMORIM FILHO, 2005).

3 A necessidade de modificações e alterações no modelo hipotético desenvolvido por Burgess, levou, na década seguinte, a várias pesquisas em outras cidades dos Estados Unidos para comprovar sua hipótese (REISSMAN, 1970). Deixando de lado as funções e optando somente pelo critério econômico, Hoyt (1959), baseando-se no elemento aluguel, percebeu que essas zonas de locação tendiam muito mais a se conformar em setores que em círculos concêntricos. A distribuição das rendas pagas na cidade, segundo Hoyt, formava um modelo em forma de semicírculos e outras formas geométricas (REISSMAN, 1970). Harris e Ullman (1945) sugeriram outra variação, com um modelo de núcleos múltiplos, mais irregular do que o proposto por Hoyt. Para a formulação do modelo, Harris e Ullman levaram em conta elementos presentes nos dois modelos, e concluíram que a utilização do solo de uma cidade, por ser articulada, encontrava-se em torno de núcleos múltiplos descontínuos, ao invés de um núcleo simples, como afirmava os modelos anteriores (AMORIM FILHO, 2005). Através desses estudos, podemos dizer que o período ecológico na história da sociologia urbana foi, de modo geral, tão válido como necessário. Sua validade deriva da quantidade de informações obtidas sobre a cidade, e sua necessidade mostra-se porque o desenvolvimento de uma ciência qualquer precisa de hipóteses, por mais simples que sejam, para serem testadas e comprovadas antes de abstrações mais complexas. Uma teoria da cidade, como afirma Reissman (1970), se é possível existir, somente pode ser conseguida reconhecendo a complexidade do meio urbano, mediante a criação de conceitos suficientemente abstratos e gerais para tratá-la. Assim, as contribuições da Escola de Chicago apresentam-se, apesar de serem alvo de muitas críticas e limitações, de grande importância, pois abriram espaço para muitos estudos subsequentes. No Brasil, os estudos relacionados a morfologia urbana em geral não são numerosos, e grande parte deles prioriza apenas setores ou fragmentos do espaço urbano. Buscando superar essa abordagem, Roberto Lobato Corrêa (1989) analisou as formas espaciais levando em consideração os processos que moldam essas formas. Assim, em sua abordagem teórica, ele define seis grandes temas: A centralização e área

4 central; a descentralização e os núcleos secundários; a coesão e as áreas especializadas; a segregação e as áreas sociais; a dinâmica espacial da segregação e; a inércia e as áreas cristalizadas. Destaca-se, nesta pesquisa, a contribuição referente à abordagem do espaço intraurbano da cidade levando em consideração a organização morfológicafuncional desse espaço. Ainda nas pesquisas realizadas sobre o zoneamento morfológico funcional na perspectiva brasileira, destaca-se o estudo de Amorim Filho (2005), que buscou caracterizar teoricamente a organização do espaço intraurbano de vários níveis hierárquicos das cidades brasileiras, com o principal foco nas cidades médias. Das contribuições da Escola Francesa, da qual Amorim Filho (2005) toma como base para seu estudo, destacam-se os estudos de Gervaise et al (1997), que a partir de um certo nível dimensional e hierárquico, classificam o espaço urbano em quatro grandes espaços concêntricos: a) as zonas centrais; b) as zonas pericentrais; c) as zonas periféricas e; d) a auréola periurbana. Levando em consideração tal classificação, Amorim Filho (2005), identificou, em uma abordagem hierárquica, o zoneamento morfológico-estrutural das cidades brasileiras. A caracterização das cidades médias, particularmente, resultou de uma ampla investigação de Amorim Filho (2005) em trabalhos de campo e estudos de gabinete, possibilitando ao autor a criação de um modelo geocartográfico da organização intraurbana desse nível hierárquico de cidades. Apesar das diferenças e particularidades de cada cidade, segundo o autor, é importante constatar que há uma tendência observada nas cidades médias para um padrão morfológico-funcional. Esse padrão, segundo o autor, é bastante válido para, entre outras utilidades, propiciar a identificação das cidades médias. Assim, no próximo capítulo destacaremos algumas características da cidade de Chapecó, para, posteriormente, analisar seu espaço intraurbano através da aplicação do referido modelo. A CIDADE DE CHAPECÓ NO ESPAÇO REGIONAL

5 Partindo do pressuposto que para realizar estudos sobre as cidades médias não basta apenas considerar o seu espaço intraurbano, mas também sua relação com outras cidades, analisaremos brevemente o papel que Chapecó apresenta na hierarquia urbana brasileira. Pois, como afirma Sposito (2006), o reconhecimento da inserção de uma cidade em termos de rede urbana, dado o período de transformações como o que vivemos, tornou-se extremamente mais complexo, e apesar da cidade compor a estrutura de uma rede hierárquica na qual seus papéis intermediários se definem, existe um vasto conjunto de possibilidades de estabelecimento de relações com outras cidades e espaços que não compõem, de fato, a rede que pertence essa cidade. Considerada pólo regional dada sua importância econômica e sua gama atividades e funções capazes de atender à demanda de sua região, a cidade de Chapecó, localizada no Oeste de Santa Catarina, possui cerca de 180 mil habitantes, entre os quais mais de 91% reside na área urbana (IBGE, 2010). Analisando a evolução histórica populacional da cidade, nota-se que sua concentração deu-se a partir da década de 1970 e, segundo Pertile (2007) fundou-se basicamente na exclusão de pequenos agricultores do campo em função do processo produtivo agroindustrial em fase de expansão. A centralidade expressa por esse município pode ser analisada através da pesquisa Região de Influência de Cidades REGIC, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. A relevância dessa pesquisa é dada em relação ao conjunto de dados que permitem o conhecimento das relações sociais vigentes e dos padrões espaciais que delas emergem, formando um quadro de referência para a avaliação das condições de acesso da população aos serviços, como aponta o próprio documento. Através da análise desses estudos, podemos perceber que o núcleo urbano de Chapecó esteve em colocação intermediária nos níveis propostos em cada pesquisa. Os resultados do estudo realizado em 1987 classificaram Chapecó como Capital Regional, localizada na Região de Influência de Curitiba e Porto Alegre, polarizando 44 cidades sob sua influência. No estudo publicado em 2000, Chapecó foi classificada, nos termos utilizados, com um nível de centralidade forte, subordinada ao nível de centralidade muito forte de Florianópolis e máximo de Curitiba e Porto Alegre. As cidades sob sua

6 influência, nessa pesquisa totalizaram 78 cidades. Já na edição de 2008, a cidade foi classificada no nível de capital regional B, novamente sob influência de Florianópolis (Capital Regional A), Curitiba e Porto Alegre (Metrópoles). Sua área de abrangência, nesse estudo compreendeu 100 municípios de seu entorno. É possível considerar, através desses estudos, que Chapecó assume uma posição importante na hierarquia urbana brasileira e da região sul, com consequências no alcance regional, quer como cidade média, capital ou pólo regional. Nas pesquisas citadas, a cidade foi classificada como centro regional que comanda as áreas de seu entorno e os municípios com menor autonomia na rede urbana. Além disso, abriga um fluxo regular de mercadorias, pessoas e informações, interagindo com outras capitais que a polarizam. Sua colocação intermediária na rede urbana reforça o seu intenso dinamismo, derivado das transformações econômicas, sociais e políticas vivenciadas pelo município, notadamente a partir da década de Com isso, Chapecó atualmente exerce forte centralidade no sistema urbano em que se insere, provocando impactos diretos tanto no desenvolvimento econômico regional, quanto no seu próprio espaço intraurbano. No seu espaço intraurbano, a cidade apresenta equipamentos que também fortalecem a rede de relações, como é o caso do terminal rodoviário, localizada no bairro Passo dos Fortes, nas proximidades da área central, e do aeroporto, localizado na porção Sul da cidade. O fluxo mais significativo das viagens realizadas por empresas que atuam no terminal rodoviário compreende os munícipios próximos a Chapecó, com frequência mínima de duas viagens diárias, demostrando a importância da cidade de Chapecó em seu entorno. Quanto ao fluxo aéreo, a cidade com que mantêm maior ligação aérea é Florianópolis, com uma frequência de 5 voos diários. Embora em menor proporção, as capitais Curitiba e Porto Alegre e cidades de Londrina/PR, e Campinas/SP também se destacam pelo fluxo diário de ligações aéreas que estabelecem com Chapecó. De tal modo, a cidade de Chapecó apresenta significativo papel de intermediação entre os diferentes níveis hierárquicos da rede urbana, como mencionamos anteriormente, o que lhe denota uma condição própria de uma cidade média. A condição

7 de pólo prestador e de irradiador de bens e serviços apresentada por essa cidade resulta, assim, da gama de equipamentos urbanos que disponibiliza em seu espaço urbano, o que remete consequentemente à análise de sua estrutura intraurbana, a qual abordaremos a seguir. O ZONEAMENTO MORFOLÓGICO-FUNCIONAL DO ESPAÇO INTRAURBANO DA CIDADE DE CHAPECÓ - SC. Neste tópico, destacaremos a cidade de Chapecó e seu espaço intraurbano analisando as funções que compreendem as respectivas partes do modelo de zoneamento proposto por Amorim Filho (2005). O cartograma a seguir resulta das constatações empíricas da cidade de Chapecó, adaptado do modelo proposto por Amorim Filho (2005) e que serão pormenorizados na sequência. Assim como caracterizado por Amorin Filho (2005), a área central da cidade de Chapecó é formada por um eixo principal, a Avenida Getúlio Dorneles Vargas, e algumas ruas adjacentes formando uma unidade funcional e paisagística que comanda a maior parte da vida de relações da cidade, do município e de um considerável espaço regional (AMORIM FILHO, 2005, p. 56). A atividade que mais é evidente nessa área da cidade é a de comércio, encontrando-se aí comércios especializados, grandes redes de lojas de móveis e eletroeletrônicos, lojas departamentais, lojas de calçados e confecções, relojoarias e óticas, farmácias, lojas de instrumentos musicais, materiais fotográficos, empresas de telefonia móvel, entre outros, caracterizando a diversificação que configura a atual composição da área central. Além do comércio, há também a concentração de equipamentos de gestão e de 68% das agências bancárias presentes no município (FEBRABAN, 2012), garantindo a superioridade econômica dessa área em detrimento das demais.

8 Na área central da cidade de Chapecó também é encontrado o terminal de transportes urbanos, o nó do sistema de comunicação da cidade. Esse equipamento, de tal forma, compete ao centro a maior acessibilidade em relação aos demais locais da cidade, dado o esquema centralizador dos meios de transporte. Outra característica apontada pelo autor e verificada na cidade de Chapecó é a baixa concentração da função residencial, embora se observem prédios e apartamentos, a função residencial não é de modo algum predominante.

9 A densidade de construções nesse local é maior que nas demais áreas da cidade, destacando-se as construções em altura. A ampla escala vertical, assim, demonstra a principal característica morfológica dessa área, que aliada aos sinaleiros luminosos e vários outros sinais de trânsito que visam o melhor ordenamento do tráfego de veículos e do movimento de pedestres, representam a paisagem característica da área central de uma cidade média (AMORIM FILHO, 2005). Envolvendo imediatamente o centro e estendendo-se até a periferia encontra-se a Zona Pericentral, caracterizada predominantemente pelo uso residencial, em sua maioria de classe média. Entretanto, como destaca Amorim Filho (2005, p. 57), as paisagens e as funções estão longe de ser homogêneas, apresentando, em muitos casos, vários subcentros funcionais. Em Chapecó é possível caracterizar a presença de certa variedade de subcentros, como previsto por Amorim Filho (2005), seja em termos de localização, especialização ou não, ou em termos de alcance. Quanto à localização, destacam-se principalmente em entroncamentos, como é o caso do Shopping Center, localizado na porção norte da zona pericentral, dos eixos especializados em saúde, localizados a oeste e leste, o eixo da Avenida Fernando Machado (especializado no setor automotivo) e o subcentro da Avenida São Pedro (de caráter polifuncional), localizados nas principais vias de circulação da cidade. O desenvolvimento desses subcentros, segundo Amorim Filho (2005), apresenta uma relação direta com a área central, pois, na medida em que o centro concentra os equipamentos terciários de grande poder atrativo, as necessidades da população local passam a ser atendidas por subcentros que surgem nos locais de maior movimento do espaço residencial. Com o desenvolvimento da cidade, esses subcentros tornam-se mais complexos, tanto através do aparecimento de outros tipos de comércio e serviços, quanto através de uma especialização voltada não somente para a população local, mas também a uma população de passagem (AMORIM FILHO, 2005). A zona periférica definida por Amorim Filho (2005) para as cidades médias assume dois aspectos morfológicos: a periferia contínua, resultante do crescimento do tecido urbano em suas bordas, e a periferia descontínua, que compreende os bairros resultantes de loteamentos, diferenciando-se entre si por critérios socioeconômicos, e as

10 unidades mal organizadas, que são habitadas por populações com grandes dificuldades para se integrarem à vida de relações de cidade. Nesta zona também são encontrados alguns subcentros bem modestos, voltados à população local, como é o caso, na cidade de Chapecó, do subcentro do bairro Efapi, localizado à Oeste da cidade. Por fim, o modelo apresenta a última unidade morfológica: a zona periurbana. Esta zona é caracterizada, segundo Amorim Filho (2005) por uma paisagem que se define pela justaposição de elementos de paisagem rural e elementos de urbanização, entretanto, a morfologia dessa área continua sendo as paisagens e as atividades tipicamente rurais. Além disso, a estrutura da auréola periurbana pode compreender uma componente radial e uma concêntrica: a primeira se manifesta pela extensão de comércios especializados ao longo dos acessos rodoviários principais e a segunda se manifesta, sobretudo, pela estrutura do habitat. Na cidade de Chapecó, a auréola periurbana compreende ambos componentes. O primeiro pode ser observado no modesto subcentro do bairro Efapi, e, no segundo caso, podem ser descritas tanto os loteamentos localizados próximos à zona de urbanização quanto as novas formas de produtos imobiliários, que compreendem a criação de condomínios fechados distantes da área central. Desse modo, como proposto por Amorim Filho (2005), é importante a constatar que apesar das particularidades que envolvem cada cidade, ambas tendem a apresentar um padrão morfológico funcional semelhante. Assim, retomando o modelo de zoneamento morfológico-funcional da cidade de Chapecó, observamos que o modelo geo-cartográfico de Amorim Filho pôde explicar a organização intraurbana dessa cidade, destacando esse critério como uma importante ferramenta na problematização de Chapecó enquanto cidade média. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar das diferenças de desenvolvimento socioeconômico, culturais e de geografia física de Chapecó em relação às cidades médias mineiras estudadas por Amorim Filho na elaboração do modelo geo-cartográfico, foi possível identificar que os padrões de zoneamento se repetem na cidade analisada. Assim, através da identificação

11 das funções urbanas e dos padrões morfológicos da cidade de Chapecó observamos uma organização complexa da morfologia urbana, que muito se assemelha com a descrita por Amorim Filho (2005), demostrando similaridade. Assim, o estudo sobre o espaço intraurbano de Chapecó, baseado na morfologia urbana e particularmente na aplicação do modelo de zoneamento morfológicofuncional, tornou-se uma excelente ferramenta para a caracterização dessa cidade como uma cidade média. Além disso, o papel de intermediação desempenhado por Chapecó na rede urbana reforçou ainda mais essa hipótese, demonstrando o caráter centralizador que essa cidade desempenha na região, o que resulta e demanda uma morfologia urbana que se adeque a essas condições. Ressaltamos aqui, que apesar das limitações impostas pela utilização de modelos dado sua concepção estática e as velozes transformações que a dinâmica urbana contemporânea trouxe ao ambiente das cidades, nos colocam em uma posição investigativa na busca por maiores compreensões a respeito dessas mudanças. Para isso torna-se importante compreende a origem, a estrutura social, econômica, sua morfologia e funções bem como aspectos físicos dos municípios, na expectativa de que estes entendimentos possam auxiliar a ampliação da percepção das complexas relações que envolvem uma cidade. REFERÊNCIAS AMORIM FILHO, Oswaldo Bueno. Um modelo de zoneamento morfológico-funcional do espaço intraurbano das cidades médias de Minas Gerais. In: AMORIM FILHO, Oswaldo Bueno; SENA FILHO, Nelson de. A morfologia das cidades médias. Goiânia: Ed. Vieira, 2005, p AMORIM FILHO, Oswaldo Bueno. Cidades Médias e organização do espaço no Brasil. Revista de Geografia e Ensino, Belo Horizonte, v.2, n.1, jun. 1984, p CORRÊA, Roberto Lobato. Construindo o Conceito de Cidade Média. In: Sposito, Maria Encarnação Beltrão. (org). Cidades Médias: Espaço em transição. São Paulo: Expressão Popular, p CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo, Ática, FEBRABAN, Busca Banco. Disponível em: < > Acesso em: 13/05/13

12 FREITAS, Wagner C. de P. Espaço urbano e criminalidade: lições da Escola de Chicago. São Paulo: Método, IBGE, Cidades. Disponível em: < > Acesso em: 29/04/13 IBGE, Regiões de influência das cidades. Rio de Janeiro: IBGE, 1987; 2000; v. MIYAZAKI, Vitor Koiti. Estruturação da cidade e morfologia urbana: um estudo sobre cidades de porte médio da rede urbana paulista. 305 F. (Tese de doutorado em Geografia). Universidade Estadual Paulista. Presidente Prudente PERTILE, Noeli. Espaço, técnica e tempo em Chapecó SC. In: SCHEIBE, Luiz Fernando; DORFMAN, Adriana. Ensaios a partir de A natureza do Espaço. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2007, p REISSMAN, L. El processo urbano: Las ciudades el las sociedade industriales. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. O desafio metodológico da abordagem interescalar no estudo das cidades médias no mundo contemporâneo. Cidades (Presidente Prudente), v. 3, p , SPOSITO, Maria Encarnação B. O chão em pedaços: urbanização economia e cidades do estado de São Paulo. 504 F. Tese (livre docência em geografia) - FCT/UNESP. Presidente Prudente: SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. As cidades médias e os contextos econômicos contemporâneos. In: SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (org.). Urbanização e cidades: perspectivas geográficas. Presidente Prudente: UNESP/GAsPERR, pp

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