Como calcular a amostra na pesquisa odontológica?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Como calcular a amostra na pesquisa odontológica?"

Transcrição

1 Como calcular a amostra na pesquisa odontológica? Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu Universidade Federal de Minas Gerais 2010

2

3 Referências 1. Babbie, E. Métodos de pesquisa de survey. Belo Horizonte: Editora UFMG, p. 2. Hulley, S.B. et al. Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. 3.ed. São Paulo: Artmed, p. 3. Luiz, R.R. et al. Planejamento amostral. In: Luiz, R.R.; Costa, A.J.L.; Nadanovsky, P. Epidemiologia e bioestatística na pesquisa odontológica. São Paulo: Atheneu, p Lwanga, S.K.; Lemeshow, S. Sample size determination in health studies. Geneva: WHO, p. 5. Pereira, M.G. Epidemiologia. Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 6. Riffenburgh, R.H. Statistics in medicine. 2.ed. San Diego: Elsevier, p. 7. Silva, N.N. Amostragem probabilística. 2.ed. São Paulo: EDUSP, p.

4 Conteúdo programático Conceitos gerais Esquemas amostrais Tamanho da amostra

5 Conceitos iniciais População: é a agregação de elementos da qual é extraída a amostra do meu estudo Amostra representativa: os objetos de estudos foram selecionados de forma a conseguir boa cobertura, os métodos de avaliação desses objetos são conhecidos e passíveis de reprodução/repetição (confiabilidade)

6 Conceitos iniciais Amostras probabilísticas: são amostras obtidas por aleatorização. A idéia de aleatorização é conseguir uma amostra com características bem próximas da população

7 Conceitos iniciais Amostras probabilísticas: são amostras obtidas por aleatorização. Essa amostra não pode ser considerada representativa da população

8 Quando utilizar amostras? Quando trabalhar com população? Depende do meu objeto de estudo: Avaliar a prevalência de cárie entre os 45 escolares com necessidade especial de uma determinada escola do meu município? Amostra OU População

9 Quando utilizar amostras? Quando trabalhar com população? Depende do meu objeto de estudo: Avaliar a prevalência de cárie entre os brasileiros em 2003? Amostra OU População

10 Utilidade da amostragem População muita extensa Não há tempo e/ou recursos suficientes para o estudo de toda a população O estudo objetiva avaliar vários detalhes de cada unidade do estudo A característica a ser estudada é muito variável, sujeita a alterações bruscas em curto período de tempo

11 Para determinar a população-alvo: Determinar critérios de exclusão e inclusão específicos Inclusão: aspectos que serão importantes para o estudo: características demográficas, clínicas, geográficas, temporais. Exclusão: questões que podem dificultar a coleta de dados por falta de adesão, incapacidade de fornecer dados, alto risco de efeitos adversos.

12 Para determinar a população-alvo: Estudo sobre a adesão de pais/responsáveis a medidas de controle mecânico-químico de placa em pacientes com deficiências físicas (Abreu et al., 2002) Critérios de inclusão: diagnóstico médico da referida deficiência, idade entre 7 e 21 anos, ambos os sexos, pais autorizaram Critérios de exclusão: outros diagnósticos médicos (Ex. Síndrome de Down)

13 Unidade de observação Depende do objeto do estudo: Cárie dentária: dente, grupo de dentes, indivíduo, comunidade Biofilme/Placa dentária: superfície, dente, grupo de dentes, indivíduo, comunidade Oclusopatias: indivíduo, comunidade Opinião/percepção: indivíduo, comunidade

14 Escolhendo sujeitos para o estudo que representem a população de interesse VERDADE NO UNIVERSO Inferência Erros VERDADE NO ESTUDO Inferência Erros ACHADOS NO ESTUDO Questão de pesquisa Delineamento Plano de estudo Implantação Estudo realizado População-alvo Amostra pretendida Sujeitos estudados Fenômenos de interesse Variáveis pretendidas Aferições realizadas Validade externa Validade interna (HULLEY et al., 2008)

15 Esquemas amostrais Com a determinação da unidade amostral e da população-alvo, passa-se à definição do esquema probabilístico mais adequado para a seleção da amostra. Mais uma vez, o esquema a ser escolhido depende do meu objetivo.

16 Esquemas amostrais Amostragem aleatória simples Abreu et al. (2002): População-alvo: escolares 7-21 anos com deficiência física, matriculados na Escola João Moreira Salles. Há uma listagem atualizada e confiável desses alunos. Numero todos os indivíduos e faço sorteio ou uso Tabela de Números Aleatórios (dando a mesma chance para todos) para selecionar a amostra.

17 Esquemas amostrais Amostragem aleatória simples Tabela de números aleatórios

18 Esquemas amostrais Amostragem aleatória simples Tabela de números aleatórios Numerei os escolares de 1 a 176 Vou escolher uma forma de ler a tabela de números aleatórios: por exemplo, sempre da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim teremos os seguintes selecionados:

19 Esquemas amostrais Tabela de números aleatórios

20 Como sortear no Epi Info?

21

22

23

24

25

26 AMOSTRAGEM ALEATÓRIA SIMPLES

27 Esquemas amostrais Amostragem sistemática Você sorteia o primeiro indivíduo e segue um intervalo de amostragem Exemplo: selecionamos aleatoriamente o indivíduo número 15 e, a partir de então, selecionamos o no. 25, 35, 45, 55, etc... (com um intervalo de amostragem igual a 10).

28 AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA

29 Esquemas amostrais Amostragem aleatória estratificada Vamos supor que o objetivo da minha pesquisa é avaliar a opinião de CD com até 10 anos de formados e com mais de 10 anos de formados, na cidade de Itajubá sobre o atendimento odontológico ao paciente com aids. O objetivo da estratificação é diminuir a possibilidade de erro. Desta forma, realiza-se o processo de AAS ou sistemática em cada grupo separadamente.

30 AMOSTRAGEM ALEATÓRIA ESTRATIFICADA

31 Esquemas amostrais Amostragem por conglomerados Vamos supor que o objetivo da minha pesquisa avaliar a experiência de cárie dentária entre adultos de uma cidade. Não há lista atualizada desses adultos. Deve-se sortear setores censitários ou quadras e trabalhar com amostra domiciliar. Efeito do Desenho Design of EFFect (DEFF)

32 AMOSTRAGEM POR CONGLOMERADOS

33 AMOSTRAGEM POR CONGLOMERADOS

34

35

36 Tamanho da amostra É uma questão que deve ser sempre avaliada para que eu diminua o meu erro aleatório. No entanto eu não posso incluir pessoas em excesso por questões de tempo/recursos e questões éticas. Não existe, geralmente, um número MÁGICO de participantes para que eu realize meu estudo

37 Tamanho de amostra Preciso conhecer e definir alguns parâmetros anteriormente: Precisão ( margem de erro ): Exemplo ao definir a prevalência de cárie em uma comunidade, eu posso considerar aceitável um erro de 3%. Ou seja, se a prevalência estiver próxima a 77%, o estudo aceitaria encontrar valores entre 74% e 80%. O pesquisador define a precisão necessária

38 Tamanho de amostra Qual é o objetivo do meu estudo???? Descrever uma proporção? Descrever uma variável quantitativa? Comparar duas proporções? Comparar duas médias? Estudar determinantes de doenças em populações? Caso-controle? Coorte?

39 Tamanho de amostra Estimativas para proporções Devo ter conhecimento sobre Prevalência da condição a ser estudada (p) Proporção de indivíduos sem a condição (1-p) Precisão requerida para a estimativa (d) Nível de confiança (1- ) - seu valor z

40 Valores de ou Valor ou Valores tabelados de z 0,001 3,291 0,01 2,576 0,05 1,960 0,10 1,645 0,20 1,290

41 Tamanho de amostra Estimativas para proporções A fórmula é: n= (nível de confiança) (p) (1-p) (d) (d) 2

42 Tamanho de amostra Estimativas para proporções: Exemplos Exemplos: A coordenação de saúde bucal de um município deseja conhecer a prevalência de crianças livres de cárie aos 12 anos de idade. Quantas crianças seriam necessárias se a precisão admissível é de 5%, com um grau de confiança de 95% e se o valor real parece não exceder 20%?

43 Tamanho de amostra Estimativas para proporções: Resolução Proporção da população (p) = 20% (0,20) Nível de confiança (1- ) = 95% (1,96 - em tabela) Precisão (d = 15%-25%) n= (1,96) (1,96) (0,2) (1-0,2) (0,05) (0,05) n= 246 crianças

44

45

46

47 População infinita Prevalência esperada Precisão Aperte F4

48 IC 95% indivíduos

49 Tamanho de amostra Estimativas para proporções: Exercício Você precisa fazer um cálculo amostral para conhecer a prevalência de livres de cárie dentária aos 7 anos em uma comunidade. Quantas crianças seriam examinadas se, a precisão admissível é de 5%, com um grau de confiança de 95% e se o valor real parece não exceder 40%?

50 Tamanho de amostra Estimativas para proporções: Exemplos Você precisa fazer um cálculo amostral para conhecer a prevalência de livres de cárie dentária aos 12 anos em uma comunidade. Quantas crianças seriam examinadas se, a precisão admissível é de 15 por cento do valor real (0,15 x p) com um grau de confiança de 95% e se o valor real parece não exceder 20%?

51 Tamanho de amostra Estimativas para proporções: Resolução Proporção da população (p) = 20% (0,20) Nível de confiança = 95% Precisão relativa (de 17%-23%) = 15% (de 20%) n= (1,96) (1,96) (0,2) (1-0,2) 683 crianças 2 (0,15) x (0,20)

52 Tamanho de amostra Estimativas para proporções: Resolução n= 683 crianças E se meu universo for de 500 crianças? n final = n 1+n/N Onde: n final = tamanho da amostra final ajustado n = tamanho da amostra obtida no cálculo anterior N = população finita

53 Tamanho de amostra Estimativas para proporções: Resolução n final = n 1+n/N - n final = /500 - n final = ,366 - n final = 289 crianças

54 Tamanho de amostra Estimativas para médias Para o cálculo eu preciso determinar Desvio padrão da média (s) Precisão requerida para a estimativa (e) Nível de confiança (1- ) - seu valor z

55 Tamanho de amostra Estimativas para médias A fórmula é a seguinte: n= (nível de confiança) (s) e 2 2 2

56 Tamanho de amostra Estimativas para médias: Exemplo: Deseja-se conhecer o número médio de dentes permanentes com experiência de cárie em uma comunidade, aos 12 anos. Em um estudo prévio, os valores encontrados foram: CPOD médio valendo 2,7 e desvio padrão 0,5. Quantas crianças deve-se examinar se eu admito uma precisão igual a 0,2 e um nível de confiança de 95%.

57 Tamanho de amostra Estimativas para médias: Desvio padrão (s) = 0,5 Nível de confiança = 95% Erro aceitável = 0,2 Na fórmula tem-se: (1,96) (1,96) (0,5) (0,5) = 25 (0,2) (0,2) Deveríamos examinar 25 crianças

58 Tamanho de amostra Estimativas para médias: Exercício Um estudo quer determinar o número médio de papilas sangrantes em pacientes com Paralisia Cerebral. O estudo piloto mostrou que em média há 12 papilas com desvio padrão igual a 6. Considerando um nível de confiança de 95%, um erro de 10% da média, quantos indivíduos deveriam participar do estudo?

59 Tamanho de amostra Estimativas para médias: Exercício Média de papilas = 12 Desvio padrão (s) = 6 Nível de confiança = 95% Erro aceitável (10,8-13,2) = 10% (de 12) n= (1,96) (1,96) (6) (6) = 96 indivíduos (1,2) 2

60 Tamanho de amostra Em um estudo laboratorial, deseja-se determinar a força de adesão em MPa de um novo sistema adesivo em dentina. Supondo em estudo piloto, o teste de tração revelou uma força foi igual a 20,4 (±3,7) MPa. Considerando o nível de confiança igual a 95% e erro aceitável de 10% da média, quantos corpos de prova deveriam ser testados?

61 Tamanho de amostra Estimativas para médias: Exercício Força de adesão= 20,4 Desvio padrão (s) = 3,7 Nível de confiança = 95% Erro aceitável (18,36-22,44) = 10% (de 20,4) n= (1,96) (1,96) (3,7) (3,7) = 13 corpos de prova (2,04) 2

62 E quando a média não for um bom parâmetro??

63 Tamanho de amostra Estimativas para variáveis quantitativas: A fórmula é a seguinte: n= (desvio padrão) (erro aceitável) (diferença DP) 2 2 Riffenburg (2006, p.402)

64 Não há muito desenvolvimento de técnicas de cálculo amostral quando a distribuição não é normal Riffenburg (2006, p.415)

65 Tamanho de amostra ESTUDOS COMPARATIVOS: PROPORÇÃO Um estudo deseja comparar a eficácia de um novo selante. A eficácia da nova terapia, por estudo piloto, vem sendo de 50% enquanto que para a terapia tradicional é de 40%. Qual é a amostra necessária para se verificar a eficácia da paralisação do processo carioso, se há uma diferença de 10% entre os grupos, com nível de significância de 5% (α=0,05) e um poder do teste de 0,9 (β=0,10)?

66 DECISÃO DO JÚRI Inocência: o réu não falsificou dinheiro Culpa: o réu falsificou dinheiro Padrão para rejeitar a inocência: Dúvida além do razoável Julgamento correto: Culpar o estelionatário Julgamento correto: Absolver o inocente Julgamento incorreto: Condenar o inocente Julgamento incorreto: Absolver o estelionatário TESTE ESTATÍSTICO H.Nula Não há associação entre tabaco e Ca de boca H.Alternativa Há associação Padrão para rejeitar uma H.Nula: Nível de significância estatística (α) Inferência correta: concluir que há associação entre Ca e tabaco quando há essa associação na população Inferência correta: concluir que não há essa associação quando não houver na população Inferência incorreta (erro tipo I - α): concluir que há associação quando não houver Inferência incorreta (erro tipo II - β): concluir que não há associação quando houver

67 UMA SÍNTESE DESSAS IDEIAS... Verdade na população Há associação entre variáveis (H1) Não há associação (H0) Resultados na amostra do estudo Rejeita a Hipótese Nula (H1) Aceita a Hipótese Nula (H0) CORRETA Poder do teste ERRO TIPO II ERRO TIPO I CORRETA

68 Os valores... Valores de α e β Valores tabelados (bicaudal) Valores tabelados (unicaudal)

69 FÓRMULA n={z 1-α/2 2p(1-p) + z β [ p 1 (1-p 1 )+p 2 (1-p 2 )]} 2 d 2 I. p = média das proporções das condições comparadas II. P 1 = proporção da condição de um grupo III. P 2 = proporção da condição do outro grupo IV. d = diferença entre os grupos V. α = nível de significância VI. 1-β = poder do teste

70 CÁLCULO n={1,96 2(0,45)(1-0,45) + 1,28[ 0,4(1-0,4)+0,5(1-0,5)]} 2 (0,10) 2 n=518 dentes em cada grupo I. p = média das proporções das condições comparadas (0,45) II. P 1 = proporção da condição de um grupo (0,40) III. P 2 = proporção da condição do outro grupo (0,50) IV. d = diferença entre os grupos (0,10) V. α = nível de significância (1,96) VI. 1-β = poder do teste (0,90 i.e. β=0,10-1,28)

71 1)

72 2) EPI INFO 6.04d Epi Table

73 3) Laboratório de Epidemiologia e Estatística LEE USP

74 3) Laboratório de Epidemiologia e Estatística LEE - USP

75 4)

76 4)

77 4)

78 5)

79 E em estudos de coorte? Exposto Doentes Amostra nãodoentes Não-doentes Doentes Não-exposto População Não-doentes Observação

80 Estudos de coorte: análise Incidência entre os expostos Incidências entre os não-expostos Risco Relativo = IE/IñE Risco Atribuído = IE - IñE

81 1) EPI INFO 6.04d e 2002 Stat Calc

82 1) EPI INFO 6.04d e 2002 Stat Calc

83 2) Power and Sample Size Calculations

84 2) Power and Sample Size Calculations

85 E em estudos de caso-controle? Expostos Não-expostos Doentes Expostos Não-expostos Não-doentes Observação População

86 1) EPI INFO 6.04d e 2002 Stat Calc

87 2) Power and Sample Size Calculations

88 2) Power and Sample Size Calculations v Teste Exato de Fisher

89 E se o caso-controle for pareado? Gênero Idade Nível econômico Tipo de pele Gênero Idade Nível econômico Tipo de pele Gênero Idade Nível econômico Tipo de pele Gênero Idade Nível econômico

90

91 Coeficiente de correlação para exposição entre os pares casos e controles Odds Ratio (Razão das chances)

92 RISCO versus ODDS RISCO = a possibilidade de que algo aconteça a possibilidade de que tudo aconteça ODDS = a possibilidade de que algo aconteça a possibilidade de que algo não aconteça Exemplo: Entre 100 pessoas estudadas, 20 desenvolvem câncer de boca em um ano. O RISCO é 1 em 5 (Ex: 20 em 100). A ODDS é de 1 em 4 (Ex: 20 comparados a 80).

93 Estudos de caso-controle Análise dos dados ODDS RATIO = CHANCE/ODDS = possibilidade de ocorrência de um evento possibilidade da não ocorrência do evento a c b d OR = a x d b x c Exposição Doença / evento Presente Ausente Presente a b Ausente c d

94 TAMANHO DE AMOSTRA ESTUDOS COMPARATIVOS: MÉDIA Uma pesquisadora deseja verificar a existência de diferenças entre o CPOD de crianças de níveis econômicos distintos. Estudos anteriores indicam que o CPOD das crianças mais ricas é igual a 2,5 (s = 0,5) enquanto que nas mais pobres a média é igual a 4,0 (s = 0,7). Quantas crianças deveriam participar do estudo se é desejado detectar um diferença entre os dois grupos de 0,5 unidade, com nível de significância de 5% e um poder do teste de 80%?

95 FÓRMULA n = (z 1-α/2 + z β ) 2 (s 12 + s 22 ) d 2

96 n= (1,96+1,29) 2 (0, ,7 2 ) 0,5 2 n= 32 crianças

97 Falhas que devem ser evitadas (1) A entrada de pacientes na clínica é por volta de 50 pacientes no ano, dos quais 10% podem não querer participar do estudo. Assim, ao longo de 2 anos do estudo, a amostra será de 90 pacientes. Embora a maioria dos estudos precise balancear a viabilidade com o poder, o tamanho da amostra não pode ser decidido no número de pacientes disponíveis apenas. Em estudos nos quais o número de pacientes disponíveis é um conhecido fator limitante, o cálculo amostral deverá, também ser feito, para indicar se: O poder que o estudo tem para detectar as diferenças de importância clínica/epidemiológica, OU A diferença que será detectada quando o poder desejado é aplicado.

98 Falhas que devem ser evitadas (2) O cálculo amostral não foi realizado pois não havia qualquer informação anterior para se basear Faça um estudo piloto; Utilize a proporção que garanta o maior cálculo (50%);

99 Falhas que devem ser evitadas (3) Um estudo prévio na mesma região que eu estou estudando, recrutou 150 indivíduos e encontrou resultados estatisticamente significativos (p=0,014), assim uma amostra similar deve ser suficiente no meu estudo. Estudos prévios podem ter tido sorte de encontrar tais diferenças, devido à variação amostral aleatória.

100

Epidemiologia. Profa. Heloisa Nascimento

Epidemiologia. Profa. Heloisa Nascimento Epidemiologia Profa. Heloisa Nascimento Medidas de efeito e medidas de associação -Um dos objetivos da pesquisa epidemiológica é o reconhecimento de uma relação causal entre uma particular exposição (fator

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE BUCAL UNIDADE DE REVISÃO E RECUPERAÇÃO

EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE BUCAL UNIDADE DE REVISÃO E RECUPERAÇÃO EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE BUCAL UNIDADE DE REVISÃO E RECUPERAÇÃO Organizamos esta unidade para orientá-lo na revisão dos conteúdos trabalhados ao longo da disciplina. Siga as orientações desta apresentação,

Leia mais

O que é a estatística?

O que é a estatística? Elementos de Estatística Prof. Dr. Clécio da Silva Ferreira Departamento de Estatística - UFJF O que é a estatística? Para muitos, a estatística não passa de conjuntos de tabelas de dados numéricos. Os

Leia mais

Pesquisa em Marketing

Pesquisa em Marketing Pesquisa em Marketing Aula 4 1. Identificar o tamanho da amostral ideal 2. Saber calcular a amostra O Processo de Amostragem TIPOS DE AMOSTRAGEM Amostra não-probabilística Amostra por Conveniência Amostra

Leia mais

Tecido 1 2 3 4 5 6 7 A 36 26 31 38 28 20 37 B 39 27 35 42 31 39 22

Tecido 1 2 3 4 5 6 7 A 36 26 31 38 28 20 37 B 39 27 35 42 31 39 22 Teste para diferença de médias Exemplo Dois tipos diferentes de tecido devem ser comparados. Uma máquina de testes Martindale pode comparar duas amostras ao mesmo tempo. O peso (em miligramas) para sete

Leia mais

PLANIFICAÇÃO OPERACIONAL DA PESQUISA

PLANIFICAÇÃO OPERACIONAL DA PESQUISA Laboratório de Psicologia Experimental Departamento de Psicologia UFSJ Disciplina: Método de Pesquisa Quantitativa TEXTO 8: PLANIFICAÇÃO OPERACIONAL DA PESQUISA Autora: Prof. Marina Bandeira,Ph.D. 1. POPULAÇÃO-

Leia mais

PESQUISA DE MERCADO AMOSTRAGEM

PESQUISA DE MERCADO AMOSTRAGEM PESQUISA DE MERCADO Universo, população e amostra Coleta de dados: é impossível adquirir informações de um todo (universo ou população); Por essa razão escolhe-se uma parte do todo (amostra) representação

Leia mais

Após essa disciplina você vai ficar convencido que a estatística tem enorme aplicação em diversas áreas.

Após essa disciplina você vai ficar convencido que a estatística tem enorme aplicação em diversas áreas. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA INTRODUÇÃO Departamento de Estatística Luiz Medeiros http://www.de.ufpb.br/~luiz/ CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ESTATÍSTICA O que a Estatística significa para você? Pesquisas

Leia mais

Noções de Pesquisa e Amostragem. André C. R. Martins

Noções de Pesquisa e Amostragem. André C. R. Martins Noções de Pesquisa e Amostragem André C. R. Martins 1 Bibliografia Silva, N. N., Amostragem probabilística, EDUSP. Freedman, D., Pisani, R. e Purves, R., Statistics, Norton. Tamhane, A. C., Dunlop, D.

Leia mais

UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda.

UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Avaliação do risco de viés de ensaios clínicos randomizados pela ferramentada colaboração Cochrane Alan P. V. de Carvalho,

Leia mais

7Testes de hipótese. Prof. Dr. Paulo Picchetti M.Sc. Erick Y. Mizuno. H 0 : 2,5 peças / hora

7Testes de hipótese. Prof. Dr. Paulo Picchetti M.Sc. Erick Y. Mizuno. H 0 : 2,5 peças / hora 7Testes de hipótese Prof. Dr. Paulo Picchetti M.Sc. Erick Y. Mizuno COMENTÁRIOS INICIAIS Uma hipótese estatística é uma afirmativa a respeito de um parâmetro de uma distribuição de probabilidade. Por exemplo,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA 4 a LISTA DE EXERCÍCIOS GBQ12 Professor: Ednaldo Carvalho Guimarães AMOSTRAGEM

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA 4 a LISTA DE EXERCÍCIOS GBQ12 Professor: Ednaldo Carvalho Guimarães AMOSTRAGEM 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA 4 a LISTA DE EXERCÍCIOS GBQ12 Professor: Ednaldo Carvalho Guimarães AMOSTRAGEM 1) Um pesquisador está interessado em saber o tempo médio que

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014 PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA 09/abril de 2014 Considerações Estatísticas para Planejamento e Publicação 1 Circularidade do Método

Leia mais

INFORMATICA PARA A VIGILANCIA E GESTAO DE INFORMACOES EM SAUDE: Prof. Dr. Joao Bosco Siqueira

INFORMATICA PARA A VIGILANCIA E GESTAO DE INFORMACOES EM SAUDE: Prof. Dr. Joao Bosco Siqueira INFORMATICA PARA A VIGILANCIA E GESTAO DE INFORMACOES EM SAUDE: Epi-INFO Prof. Dr. Joao Bosco Siqueira No nosso exercício, vamos investigar um surto de gastroenterite aguda ocorrido após um jantar. Vamos

Leia mais

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo 1) Definições de Previsão de Demanda 2) Mercados 3) Modelo de Previsão 4) Gestão da Demanda 5) Previsão como Processo

Leia mais

Amostragem. Prof. Joel Oliveira Gomes. Capítulo 9. Desenvolvimento

Amostragem. Prof. Joel Oliveira Gomes. Capítulo 9. Desenvolvimento Capítulo 9 Amostragem Desenvolvimento 9.1 Introdução 9.2 Censo versus Amostra 9.3 Processo de planejamento de uma amostragem 9.4 Técnicas Amostrais 9.5 Amostragem Não-probabilística 9.6 Amostragem Probabilística

Leia mais

Metodos Praticos de Amostragem para Avaliações de Impacto

Metodos Praticos de Amostragem para Avaliações de Impacto Vincenzo Di Maro (DIME, World Bank) Metodos Praticos de Amostragem para Avaliações de Impacto Workshop de Avaliação de Impacto de Políticas Públicas São Paulo Março, 25-27 de 2013 1 Sumário 1. Componentes

Leia mais

Estudos Epidemiológicos. José de Lima Oliveira Júnior

Estudos Epidemiológicos. José de Lima Oliveira Júnior Estudos Epidemiológicos José de Lima Oliveira Júnior Estudos Epidemiológicos Para se conhecer melhor a saúde de uma população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto

Leia mais

Epidemiologia Veterinária: Introdução

Epidemiologia Veterinária: Introdução Epidemiologia Veterinária: Introdução Vítor Salvador Picão Gonçalves Universidade de Brasília Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Laboratório de Epidemiologia Veterinária - EpiPlan Questões abordadas

Leia mais

Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 2014. Analista de Projetos da Geração de Energia

Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 2014. Analista de Projetos da Geração de Energia Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 2014 Analista de Projetos da Geração de Energia Oi, pessoal! Vou resolver as quatro questões de Estatística (53 a 56) da prova elaborada pela banca Cesgranrio para

Leia mais

Estatística II Antonio Roque Aula 9. Testes de Hipóteses

Estatística II Antonio Roque Aula 9. Testes de Hipóteses Testes de Hipóteses Os problemas de inferência estatística tratados nas aulas anteriores podem ser enfocados de um ponto de vista um pouco diferente: ao invés de se construir intervalos de confiança para

Leia mais

Tópicos Abordados. Pesquisa de Mercado. Aula 2. Contextualização. Qualitativa X Quantitativa. Instrumentalização. 1. Diferença entre qualitativa

Tópicos Abordados. Pesquisa de Mercado. Aula 2. Contextualização. Qualitativa X Quantitativa. Instrumentalização. 1. Diferença entre qualitativa Tópicos Abordados Pesquisa de Mercado Aula 2 Prof. Me. Ricieri Garbelini 1. Diferença entre qualitativa e quantitativa 2. Dados X informação 3. Tipos de coleta 4. Classificação dos dados 5. Amostragem

Leia mais

ALEXANDRE WILLIAM BARBOSA DUARTE

ALEXANDRE WILLIAM BARBOSA DUARTE SURVEY Método de pesquisa amplamente utilizado em pesquisas de opinião pública, de mercado e, atualmente, em pesquisas sociais que, objetivamente, visam descrever, explicar e/ou explorar características

Leia mais

Hipótese Estatística:

Hipótese Estatística: 1 PUCRS FAMAT DEPTº DE ESTATÍSTICA TESTE DE HIPÓTESE SÉRGIO KATO Trata-se de uma técnica para se fazer inferência estatística. Ou seja, a partir de um teste de hipóteses, realizado com os dados amostrais,

Leia mais

Cláudio Tadeu Cristino 1. Julho, 2014

Cláudio Tadeu Cristino 1. Julho, 2014 Inferência Estatística Estimação Cláudio Tadeu Cristino 1 1 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil Mestrado em Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica Julho, 2014 C.T.Cristino

Leia mais

PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL

PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL Técnicas de Pesquisas Experimentais LUIS HENRIQUE STOCCO MARCIO TENÓRIO SANDRA MARCHI Introdução O Planejamento de Experimentos (Design of Experiments, DoE), técnica utilizada

Leia mais

Tópico 8. Estatística Inferencial Teste de Hipóteses

Tópico 8. Estatística Inferencial Teste de Hipóteses Tópico 8 Estatística Inferencial Teste de Hipóteses Estatística Inferencial Princípio básico da estatística População (Plano de Amostragem Probabilística) Amostra Generalizar Descrever dados Parâmetro

Leia mais

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Introdução Objetivos da Gestão dos Custos Processos da Gerência de Custos Planejamento dos recursos Estimativa dos

Leia mais

Introdução a Química Analítica. Professora Mirian Maya Sakuno

Introdução a Química Analítica. Professora Mirian Maya Sakuno Introdução a Química Analítica Professora Mirian Maya Sakuno Química Analítica ou Química Quantitativa QUÍMICA ANALÍTICA: É a parte da química que estuda os princípios teóricos e práticos das análises

Leia mais

Análise bioestatística em fumantes dinamarqueses associado

Análise bioestatística em fumantes dinamarqueses associado Análise bioestatística em fumantes dinamarqueses associado à câncer de esôfago Bárbara Camboim Lopes de Figueirêdo 1 Gustavo Henrique Esteves 2 1 Introdução A Bioestatística surgiu em 1894 quando Karl

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Arquitetura e Urbanismo DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL ESTIMAÇÃO AUT 516 Estatística Aplicada a Arquitetura e Urbanismo 2 DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL Na aula anterior analisamos

Leia mais

Controle estatístico de processo: algumas ferramentas estatísticas. Linda Lee Ho Depto Eng de Produção EPUSP 2009

Controle estatístico de processo: algumas ferramentas estatísticas. Linda Lee Ho Depto Eng de Produção EPUSP 2009 Controle estatístico de processo: algumas ferramentas estatísticas Linda Lee Ho Depto Eng de Produção EPUSP 2009 Controle estatístico de Processo (CEP) Verificar estabilidade processo Coleção de ferramentas

Leia mais

EVENTOS EM POPULAÇÕES DESENHOS DE ESTUDO PARA AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS IMPLICAÇÕES DA DEPENDÊNCIA ENTRE EVENTOS

EVENTOS EM POPULAÇÕES DESENHOS DE ESTUDO PARA AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS IMPLICAÇÕES DA DEPENDÊNCIA ENTRE EVENTOS EVENTOS EM POPULAÇÕES DESENHOS DE ESTUDO PARA AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Independentes Incidência em um indivíduo não depende da prevalência na população Dependentes Incidência

Leia mais

Medidas e Incertezas

Medidas e Incertezas Medidas e Incertezas O que é medição? É o processo empírico e objetivo de designação de números a propriedades de objetos ou eventos do mundo real de forma a descreve-los. Outra forma de explicar este

Leia mais

Notas técnicas. População de estudo

Notas técnicas. População de estudo Notas técnicas População de estudo A população-alvo da pesquisa foi formada por escolares do 9 º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) de escolas públicas ou privadas das capitais dos estados brasileiros

Leia mais

Roteiro para Análise de Projetos de Pesquisas Científicas Quantitativas

Roteiro para Análise de Projetos de Pesquisas Científicas Quantitativas Roteiro para Análise de Projetos de Pesquisas Científicas Quantitativas Comitê de Ética em Pesquisa Universidade de Caxias do Sul Sumário da Reunião de Educação Continuada sobre Ética em Pesquisa realizada

Leia mais

COMENTÁRIO AFRM/RS 2012 ESTATÍSTICA Prof. Sérgio Altenfelder

COMENTÁRIO AFRM/RS 2012 ESTATÍSTICA Prof. Sérgio Altenfelder Comentário Geral: Prova muito difícil, muito fora dos padrões das provas do TCE administração e Economia, praticamente só caiu teoria. Existem três questões (4, 45 e 47) que devem ser anuladas, por tratarem

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE i1 Introdução Uma distribuição de probabilidade é um modelo matemático que relaciona um certo valor da variável em estudo com a sua probabilidade de ocorrência. Há dois tipos

Leia mais

Disciplinas: Cálculo das Probabilidades e Estatística I

Disciplinas: Cálculo das Probabilidades e Estatística I Introdução a Inferência Disciplinas: Cálculo das Probabilidades e Estatística I Universidade Federal da Paraíba Prof a. Izabel Alcantara Departamento de Estatística (UFPB) Introdução a Inferência Prof

Leia mais

2.1 Os projetos que demonstrarem resultados (quádrupla meta) serão compartilhados na Convenção Nacional.

2.1 Os projetos que demonstrarem resultados (quádrupla meta) serão compartilhados na Convenção Nacional. O Prêmio Inova+Saúde é uma iniciativa da SEGUROS UNIMED que visa reconhecer as estratégias de melhoria e da qualidade e segurança dos cuidados com a saúde dos pacientes e ao mesmo tempo contribua com a

Leia mais

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE Curso Avançado MBE ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br 1. Formação da pergunta 2. Busca de melhor evidência resposta 3. Avaliação crítica das

Leia mais

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Resolução de três questões do ICMS RO FCC -2010 Vamos analisar três questões do concurso do ICMS RO 2010, da FCC, que abordam alguns pronunciamentos do CPC. 35) Sobre

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

Capítulo 7 Estudos sobre Causalidade e Etiologia

Capítulo 7 Estudos sobre Causalidade e Etiologia L E I T u R A C R í T I C A D E A R T I G O S C I E N T í F I CO S 105 Capítulo 7 Estudos sobre Causalidade e Etiologia 7.1 Introdução Relembrando o que foi dito no capítulo 1 os estudos randomizados,

Leia mais

Estatística Aplicada ao Serviço Social Módulo 1:

Estatística Aplicada ao Serviço Social Módulo 1: Estatística Aplicada ao Serviço Social Módulo 1: Introdução à Estatística Importância da Estatística Fases do Método Estatístico Variáveis estatísticas. Formas Iniciais de Tratamento dos Dados Séries Estatísticas.

Leia mais

ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESENÇA DE CÂNCER DE ESÔFAGO COMPARADA COM HÁBITO DE FUMAR E IDADE EM INDIVÍDUOS DA DINAMARCA

ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESENÇA DE CÂNCER DE ESÔFAGO COMPARADA COM HÁBITO DE FUMAR E IDADE EM INDIVÍDUOS DA DINAMARCA ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESENÇA DE CÂNCER DE ESÔFAGO COMPARADA COM HÁBITO DE FUMAR E IDADE EM INDIVÍDUOS DA DINAMARCA Bárbara Camboim Lopes de FIGUEIRÊDO 1, Gustavo Henrique ESTEVES 2 1 Departamento de Estatística

Leia mais

Aula 4 Estatística Conceitos básicos

Aula 4 Estatística Conceitos básicos Aula 4 Estatística Conceitos básicos Plano de Aula Amostra e universo Média Variância / desvio-padrão / erro-padrão Intervalo de confiança Teste de hipótese Amostra e Universo A estatística nos ajuda a

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos

AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos 1 AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos Ernesto F. L. Amaral 15 de abril de 2010 Metodologia (DCP 033) Fonte: Flick, Uwe. 2009. Desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed. pp.57-73 & 75-85.

Leia mais

IV Prova de Epidemiologia e Bioestatística. Aluno:

IV Prova de Epidemiologia e Bioestatística. Aluno: IV Prova de Epidemiologia e Bioestatística Aluno: Questão 1. Em Julho de 2014 uma colônia de férias com de crianças de 10 a 13 anos detectou o aparecimento de uma doença viral. No início havia 50 crianças

Leia mais

Universidade Federal Fluminense

Universidade Federal Fluminense Universidade Federal Fluminense INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA ESTATÍSTICA V Lista 9: Intervalo de Confiança. 1. Um pesquisador está estudando a resistência de um determinado

Leia mais

O título do projeto deve refletir a natureza do problema enfocado e ter um impacto significativo em seu leitor. Não deve ser muito extenso.

O título do projeto deve refletir a natureza do problema enfocado e ter um impacto significativo em seu leitor. Não deve ser muito extenso. P R O G R A M A D E R E S P O N S A B I L I D A D E S O C I A L C E N T R O U N I V E R S I T Á R I O E S T Á C I O D O C E A R Á E S T Á C I O - F I C CURSO: COORDENADOR: DADOS DO PROFESSOR RESPONSÁVEL

Leia mais

Aula 4 Conceitos Básicos de Estatística. Aula 4 Conceitos básicos de estatística

Aula 4 Conceitos Básicos de Estatística. Aula 4 Conceitos básicos de estatística Aula 4 Conceitos Básicos de Estatística Aula 4 Conceitos básicos de estatística A Estatística é a ciência de aprendizagem a partir de dados. Trata-se de uma disciplina estratégica, que coleta, analisa

Leia mais

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG 1. Introdução 2. Maslow e a Hierarquia das necessidades 3. Teoria dos dois Fatores de Herzberg 1. Introdução Sabemos que considerar as atitudes e valores dos

Leia mais

AULAS 22, 23 E 24 A lógica da amostragem do survey

AULAS 22, 23 E 24 A lógica da amostragem do survey 1 AULAS 22, 23 E 24 A lógica da amostragem do survey Ernesto F. L. Amaral 03, 09 e 10 de junho de 2011 Metodologia (DCP 033) Fonte: Babbie, Earl. 1999. Métodos de Pesquisas de Survey. Belo Horizonte: Editora

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES. Comentários sobre as provas de estatística e financeira ICMS RJ

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES. Comentários sobre as provas de estatística e financeira ICMS RJ Comentários sobre as provas de estatística e financeira ICMS RJ Caríssimos, Acabei de voltar de uma longa auditoria em que visitamos inúmeros assentamentos federais do INCRA no interior do estado. Ou seja:

Leia mais

Indicador 24. Cobertura de primeira consulta odontológica programática

Indicador 24. Cobertura de primeira consulta odontológica programática Indicador 24 Cobertura de primeira consulta odontológica programática É o percentual de pessoas que receberam uma primeira consulta odontológica programática no Sistema Único de Saúde (SUS), A primeira

Leia mais

INE 5111 Gabarito da Lista de Exercícios de Probabilidade INE 5111 LISTA DE EXERCÍCIOS DE PROBABILIDADE

INE 5111 Gabarito da Lista de Exercícios de Probabilidade INE 5111 LISTA DE EXERCÍCIOS DE PROBABILIDADE INE 5 LISTA DE EERCÍCIOS DE PROBABILIDADE INE 5 Gabarito da Lista de Exercícios de Probabilidade ) Em um sistema de transmissão de dados existe uma probabilidade igual a 5 de um dado ser transmitido erroneamente.

Leia mais

Organizaçãoe Recuperaçãode Informação GSI521. Prof. Dr. Rodrigo Sanches Miani FACOM/UFU

Organizaçãoe Recuperaçãode Informação GSI521. Prof. Dr. Rodrigo Sanches Miani FACOM/UFU Organizaçãoe Recuperaçãode Informação GSI521 Prof. Dr. Rodrigo Sanches Miani FACOM/UFU Aula anterior Organização e Recuperação de Informação(GSI521) Modelo vetorial- Definição Para o modelo vetorial, o

Leia mais

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Preparando a força de trabalho para o futuro Planejamento de recursos humanos

Leia mais

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I! A utilização de escores na avaliação de crédito! Como montar um plano de amostragem para o credit scoring?! Como escolher as variáveis no modelo de credit

Leia mais

MÉTODOS QUANTITATIVOS EM MARKETING. Prof.: Otávio Figueiredo e-mail: otavio@ufrj.br

MÉTODOS QUANTITATIVOS EM MARKETING. Prof.: Otávio Figueiredo e-mail: otavio@ufrj.br MÉTODOS QUANTITATIVOS EM MARKETING Prof.: Otávio Figueiredo e-mail: otavio@ufrj.br ESTATÍSTICA População e Amostra População Amostra Idéia Principal Resumir para entender!!! Algumas Técnicas Pesquisa de

Leia mais

Exercícios Resolvidos sobre Amostragem

Exercícios Resolvidos sobre Amostragem Exercícios Resolvidos sobre Amostragem Observe agora, nestes Exercícios Resolvidos, como alguns parâmetros estatísticos devem ser construídos para formar amostras fidedignas de certas populações ou fenômenos

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS EM EPIDEMIOLOGIA

CONCEITOS BÁSICOS EM EPIDEMIOLOGIA CONCEITOS BÁSICOS EM Jussara Rafael Angelo São José dos Campos 30 de Junho de 2011 CONCEITOS BÁSICOS EM Concepção do processo saúde doença Tipos de estudo Intervenção Seccional Coorte Caso-controle Ecológico

Leia mais

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBBILIDDE Quando estudamos algum fenômeno através do método estatístico, na maior parte das vezes é preciso estabelecer uma distinção entre o modelo matemático que construímos para

Leia mais

AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA EM AUDITORIA PARTE ll

AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA EM AUDITORIA PARTE ll AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA EM AUDITORIA PARTE ll! Os parâmetros para decisão do auditor.! Tipos de planos de amostragem estatística em auditoria. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas

Leia mais

Pesquisa nas Favelas com Unidades de Polícia Pacificadora. da Cidade do Rio de Janeiro

Pesquisa nas Favelas com Unidades de Polícia Pacificadora. da Cidade do Rio de Janeiro Pesquisa nas Favelas com Unidades de Polícia Pacificadora da Cidade do Rio de Janeiro Dezembro de 2010 1. Argumento Ao longo dos últimos anos, um amplo espectro de políticas públicas foi implantado em

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Caríssimos. Recebi muitos e-mails pedindo ajuda com eventuais recursos para as provas do BACEN. Em raciocínio lógico, eu não vi possibilidade de recursos, apesar de achar que algumas questões tiveram o

Leia mais

Proposta SESS. Sistema Eleitoral Seis Sigma Vereadores - Campina Grande. Equipe de planejamento Agosto de 2012

Proposta SESS. Sistema Eleitoral Seis Sigma Vereadores - Campina Grande. Equipe de planejamento Agosto de 2012 Proposta SESS 2012 Sistema Eleitoral Seis Sigma Vereadores - Campina Grande Equipe de planejamento Agosto de 2012 G6S - Grupo 6 Sigma O Grupo 6 Sigma se sente honrado em poder oferecer mais um produto

Leia mais

Simulação Transiente

Simulação Transiente Tópicos Avançados em Avaliação de Desempenho de Sistemas Professores: Paulo Maciel Ricardo Massa Alunos: Jackson Nunes Marco Eugênio Araújo Dezembro de 2014 1 Sumário O que é Simulação? Áreas de Aplicação

Leia mais

Introdução Visão Geral Processos de gerenciamento de qualidade. Entradas Ferramentas e Técnicas Saídas

Introdução Visão Geral Processos de gerenciamento de qualidade. Entradas Ferramentas e Técnicas Saídas Introdução Visão Geral Processos de gerenciamento de qualidade Entradas Ferramentas e Técnicas Saídas O que é qualidade? Qualidade é a adequação ao uso. É a conformidade às exigências. (ISO International

Leia mais

Leia o texto abaixo para resolver as questões sobre população e amostra.

Leia o texto abaixo para resolver as questões sobre população e amostra. Leia o texto abaixo para resolver as questões sobre população e amostra. População e amostra População e amostra referem-se ao conjunto de entes cujas propriedades desejamos averiguar. População estatística

Leia mais

Aula 2 Elementos necessários para a Avaliação Econômica

Aula 2 Elementos necessários para a Avaliação Econômica Aula 2 Elementos necessários para a Avaliação Econômica A avaliação econômica é um importante instrumento de gestão de qualquer projeto social ou política pública. Deve-se pensar o desenho da avaliação

Leia mais

FARMACOVIGILÂNCIA MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA MANUAL PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE NOTIFICAÇÃO DE SUSPEITAS DE REAÇÕES ADVERSAS

FARMACOVIGILÂNCIA MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA MANUAL PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE NOTIFICAÇÃO DE SUSPEITAS DE REAÇÕES ADVERSAS FARMACOVIGILÂNCIA MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA MANUAL PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE NOTIFICAÇÃO DE SUSPEITAS DE REAÇÕES ADVERSAS Para uso de profissionais da saúde, hospitais, clínicas, farmácias

Leia mais

Escolha de Portfólio. Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

Escolha de Portfólio. Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Escolha de Portfólio considerando Risco e Retorno Aula de Fernando Nogueira da Costa Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Relação entre risco e

Leia mais

Pesquisa Aplicada à Estatística

Pesquisa Aplicada à Estatística Pesquisa Aplicada à Estatística Tatiene Correia de Souza / UFPB tatiene@de.ufpb.br September 14, 2014 Souza () Pesquisa Aplicada à Estatística September 14, 2014 1 / 23 Estatística: ideias gerais O que

Leia mais

Transformando a pergunta de pesquisa em estratégia de busca. Elisabeth Biruel BIREME/OPAS/OMS

Transformando a pergunta de pesquisa em estratégia de busca. Elisabeth Biruel BIREME/OPAS/OMS Transformando a pergunta de pesquisa em estratégia de busca Elisabeth Biruel BIREME/OPAS/OMS Etapas da pesquisa!! Conhecimento prévio do assunto Observação da realidade Formulação da pergunta de pesquisa

Leia mais

Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular. Edição n 05

Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular. Edição n 05 Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular Edição n 05 Junho de 2010 2 Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular Edição n 05 O objetivo geral deste estudo foi investigar as percepções gerais

Leia mais

CAPÍTULO 9 RISCO E INCERTEZA

CAPÍTULO 9 RISCO E INCERTEZA CAPÍTULO 9 9 RISCO E INCERTEZA 9.1 Conceito de Risco Um fator que pode complicar bastante a solução de um problema de pesquisa operacional é a incerteza. Grande parte das decisões são tomadas baseando-se

Leia mais

Pessoas com Deficiência nos Censos Demográficos Brasileiros

Pessoas com Deficiência nos Censos Demográficos Brasileiros Pessoas com Deficiência nos Censos Demográficos Brasileiros Alicia Bercovich IBGE VI Fórum Senado Debate Brasil Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência Painel 2: Quem são, onde estão,

Leia mais

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho Objetivo A Norma Regulamentadora 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação,

Leia mais

OS CUIDADOS PALIATIVOS EM PORTUGAL. Resultados Quantitativos

OS CUIDADOS PALIATIVOS EM PORTUGAL. Resultados Quantitativos OS CUIDADOS PALIATIVOS EM PORTUGAL Resultados Quantitativos Outubro 2008 1 METODOLOGIA FICHA TÉCNICA Total da Amostra: 606 Entrevistas telefónicas, realizadas por CATI (computer assisted telephone interview).

Leia mais

Recebi um boleto do seguro de vida que eu contratei na MetLife e detectei que o prêmio do seguro sofreu aumento e queria saber do que se trata?

Recebi um boleto do seguro de vida que eu contratei na MetLife e detectei que o prêmio do seguro sofreu aumento e queria saber do que se trata? Atualização Monetária Recebi um boleto do seguro de vida que eu contratei na MetLife e detectei que o prêmio do seguro sofreu aumento e queria saber do que se trata? Na realidade, não houve um aumento

Leia mais

Pesquisa experimental

Pesquisa experimental 1 Aula 7 Interação Humano-Computador (com foco em métodos de pesquisa) Prof. Dr. Osvaldo Luiz de Oliveira 2 Pesquisa experimental Wilhelm Wundt (1832-1920), Pai da Psicologia Experimental. Leituras obrigatórias:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI) ENG. DE PRODUÇÃO PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI) ENG. DE PRODUÇÃO PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI) ENG. DE PRODUÇÃO PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA 2 LISTA N O 2 Prof.: William Morán Sem. I - 2011 1) Considere a seguinte função distribuição conjunta: 1 2 Y 0 0,7 0,0

Leia mais

Matrícula: as dúvidas mais frequentes dos alunos da RETEC

Matrícula: as dúvidas mais frequentes dos alunos da RETEC Matrícula: as dúvidas mais frequentes dos alunos da RETEC 1. Qual o período da matrícula? O período de matrícula compreende o período de 23 de julho a 3 de agosto. A partir de 7 de agosto, poderá haver

Leia mais

Módulo 3 Procedimento e processo de gerenciamento de riscos, PDCA e MASP

Módulo 3 Procedimento e processo de gerenciamento de riscos, PDCA e MASP Módulo 3 Procedimento e processo de gerenciamento de riscos, PDCA e MASP 6. Procedimento de gerenciamento de risco O fabricante ou prestador de serviço deve estabelecer e manter um processo para identificar

Leia mais

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante.

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante. Estudo de sobrevida de mulheres com câncer de mama não metastático tico submetidas à quimioterapia adjuvante Maximiliano Ribeiro Guerra Jane Rocha Duarte Cintra Maria Teresa Bustamante Teixeira Vírgilio

Leia mais

Aula 10 Testes de hipóteses

Aula 10 Testes de hipóteses Aula 10 Testes de hipóteses Na teoria de estimação, vimos que é possível, por meio de estatísticas amostrais adequadas, estimar parâmetros de uma população, dentro de certo intervalo de confiança. Nos

Leia mais

LISTA DE INTERVALO DE CONFIANÇA E TESTE DE HIPÓTESES

LISTA DE INTERVALO DE CONFIANÇA E TESTE DE HIPÓTESES Monitora Juliana Dubinski LISTA DE INTERVALO DE CONFIANÇA E TESTE DE HIPÓTESES EXERCÍCIO 1 (INTERVALO DE CONFIANÇA PARA MÉDIA) Suponha que X represente a duração da vida de uma peça de equipamento. Admita-se

Leia mais

Probabilidade. Distribuição Normal

Probabilidade. Distribuição Normal Probabilidade Distribuição Normal Distribuição Normal Uma variável aleatória contínua tem uma distribuição normal se sua distribuição é: simétrica apresenta (num gráfico) forma de um sino Função Densidade

Leia mais

QUALIDADE DE SOFTWARE. Ian Sommerville 2006 Engenharia de Software, 8ª. edição. Capítulo 27 Slide 1

QUALIDADE DE SOFTWARE. Ian Sommerville 2006 Engenharia de Software, 8ª. edição. Capítulo 27 Slide 1 QUALIDADE DE SOFTWARE Ian Sommerville 2006 Engenharia de Software, 8ª. edição. Capítulo 27 Slide 1 Objetivos Apresentar o processo de gerenciamento de qualidade e as atividades centrais da garantia de

Leia mais

CAP5: Amostragem e Distribuição Amostral

CAP5: Amostragem e Distribuição Amostral CAP5: Amostragem e Distribuição Amostral O que é uma amostra? É um subconjunto de um universo (população). Ex: Amostra de sangue; amostra de pessoas, amostra de objetos, etc O que se espera de uma amostra?

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais