ESTABILIDADE E DIFUSÃO DE ARRANJOS VERTICAIS DE PRODUÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESTABILIDADE E DIFUSÃO DE ARRANJOS VERTICAIS DE PRODUÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA 1"

Transcrição

1 ESTABILIDADE E DIFUSÃO DE ARRANJOS VERTICAIS DE PRODUÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA 1 Décio Zylbersztajn Antonio Carlos Lima Nogueira Palavras chave : estabilidade e difusão de sistemas verticais, coordenação vertical. Preparado para o II Simpósio Brasileiro sobre a Nova Economia Institucional. UNICAMP, Março de Versão preliminar. Não pode ser citado sem a autorização do autor. 1. INTRODUÇÃO Os estudos de coordenação vertical representam um dos paradigmas da nova economia institucional na tradição de Ronald Coase, em especial a partir do conhecido artigo The Nature of the Firm, de Desta vertente seguiu-se o desenvolvimento de relevante corpo teórico que busca explicar o padrão de governança das transações, com especial ênfase à integração vertical. Nesta linha destaca-se o trabalho de Williamson (1985) 2, cuja proposição fundamental está centrada na existência de um padrão de eficiência minimizador dos custos transacionais induzindo os tomadores de decisão a arquitetar mecanismos de governança que alinhem as características das transações ao desenho dos contratos. A partir desta vertente a literatura vem apresentando um desenvolvimento útil tanto para os tomadores de decisão nas organizações, como para os agentes reguladores públicos, cuja preocupação está centrada na defesa da concorrência. Um dos temas que ganham importância é o da coordenação vertical contratual, e suas implicações para a gestão de sistemas de produção (chain management). Diversos autores em todo o mundo têm seguido 1 Zylbersztajn,Decio. Professor titular do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo e Coordenador do Programa de Agronegócios- PENSA. Nogueira,A C.L. Aluno do curso de pós graduação em Administração da FEA-USP. 2 Williamson, O.E The Economic Institutions of Capitalism: Firms, Markets and Relational Contracts. New York. Free Press.

2 esta vertente, como se pode verificar no trabalho de Sauvée (1998) 3, Cook e Chaddad(2000), Zylbersztajn e Farina (1999) 4 entre outros. A temática da coordenação vertical e do surgimento de relações contratuais específicas tem tido especial impacto nos estudos de cadeias de produção de alimentos. O sucesso na utilização desta teoria pode ser explicado pelo fato de que estas cadeias têm sofrido grandes transformações, seja no âmbito das tecnologias, seja no plano das mudanças institucionais que afetam o desenho das formas de governança. Ocorrem ainda mudanças do grau de especificidade dos ativos que caracterizam as transações nas cadeias verticais de produção em decorrência de mudanças tecnológicas e de alterações no padrão de especificidade temporal e de ativos relacionados ao desenvolvimento e manutenção de atributos de qualidade dos alimentos. O objetivo do presente trabalho é contribuir para o desenvolvimento teórico em apoio à análise de sistemas verticais de produção e distribuição, introduzindo o conceito e desenvolvendo uma aplicação empírica do conceito de estabilidade e difusão do sistema produtivo. O artigo desenvolve um exemplo de sub-sistema vertical estável e plenamente difundido (avicultura) mas que apresenta intrigante coexistência de padrões de governança distintos. Outros exemplos podem ser trabalhados, representando sistemas verticais de produção instável, que vem encontrando severos problemas para se estabelecer, como é o caso da aliança mercadológica, na carne bovina no Brasil. O texto está estruturado em cinco partes, incluindo esta introdução. Na segunda são apresentados conceitos relevantes com base na economia dos custos de transação. Na terceira são discutidos os temas de estabilidade contratual, estabilidade de arranjos verticais cooperativos e é apresentado o conceito de difusão de sistemas verticais, representando o foco do estudo. Na parte quatro é discutido um exemplo de aplicação dos conceitos de estabilidade e difusão, o da avicultura industrial no Brasil. As conclusões seguem na parte cinco. Os resultados indicam a utilidade do conceito teórico, para o estudo de estratégias cooperativas em cadeias 3 Sauvée,L Toward an Institutional Analysis of Vertical Coordination in Agribusiness. In The Industrialization of Agriculture. Royer,J.S. and Rogers,R.T.,eds 4 Zylbersztajn,D. e Farina,M.M.Q Strictly Coordinated Food Systems:Exploring the Limits of the Coasian Firm.International Food and Agribusiness Management review.vol2, n.2.

3 produtivas, bem como indica caminhos para a mensuração das variáveis, visando futuros testes empíricos. 2. REVISÃO DOS CONCEITOS CHAVE Governança das Relações Contratuais: Um aspecto central da teoria das organizações é o da coordenação das relações contratuais. Williamson define governança como a matriz onde a relação contratual se desenvolve na sua totalidade e sustenta o conceito de que as formas de governança observadas devem ser alinhadas com características das transações seguindo uma lógica economizadora de custos de transação. Esta lógica preconiza que, na presença de ativos específicos e sob condições de comportamento potencialmente oportunista dos agentes, estruturas de governança devem ser arquitetadas de modo a economizar em custos de transação, sempre com vistas ao manejo de ações oportunistas pós contratuais. A teoria dos contratos e incentivos refina e se soma à proposição de Williamson, buscando tratar o contrato como um instrumento que permite às partes o engajamento em esforço conjunto de produção, reduzindo os riscos de ruptura oportunística pós contratual. Esta é a contribuição proposta por Klein (1992) 5. A teoria propõe que o desenho ou a escolha da forma eficiente de governança busca reduzir ou mitigar os riscos pós contratuais. Klein define a existência de limites de auto restrição à quebra contratual dentro dos quais os agentes são induzidos a manter os contratos. Entretanto, uma vez atingidos os limites, passa a ser possível a quebra contratual oportunística. Williamson (1985) 6 elabora o conceito de governança das relações contratuais considerando a transação como unidade de análise que diferem nas suas características, demandando formas deferentes de governança dentro de uma perspectiva minimizadora de custos de transação. Ainda Williamson (1991) 7 centra a sua atenção na questão da coordenação, analisando os impactos dos choques não antecipados sobre a capacidade de adaptação dos contratos. Classificou os choques como sendo não conseqüentes, conseqüentes e fortemente conseqüentes, alinhando-os à estrutura de especificidade dos 5 Klein,B Contracts and Incentives:the role of contracts terms in assuring performance. In Werin,L e Wijkander,H. Contracts Economics.Blackwell, 359pp. 6 Williamson,O.E The Economic Institutions of Capitalism.The Free Press, N.Y.

4 ativos presentes na transação particular. Transações sujeitas a choques conseqüentes ou fortemente conseqüentes, demandam formas de governança que privilegiam a capacidade de adaptação, de modo a permitir a absorção dos impactos de eventos não antecipáveis. Assim sendo a adaptação autônoma associa-se ao mecanismo indutor de preços, a adaptação cooperativa demanda instrumentos de governança que podem estar associados à integração vertical ou a contratos de longo prazo. A Firma como Estrutura de Governança : A principal dimensão do trabalho de Williamson está centrada na proposição de que a teoria neo-clássica falha ao conceptualizar a firma como uma função de produção perdendo a oportunidade de explicar uma série de fenômenos organizacionais, que podem ser abordados sob a ótica da firma como uma estrutura de governança. Tal conceito representa uma crítica ao conceito da firma vista apenas como o resultado da maximização do lucro, permitindo incluir outros elementos comportamentais e, especialmente, a não neutralidade das instituições. Esta vertente representa, a micro-economia neo-institucionalista, que objetiva estudar as organizações sob o escopo dos limitantes impostos pelas instituições. Esta dicotomia, das organizações representando a visão micro e as instituições sua gênese evolução e funcionamento - como a vertente macro-institucional, pode ser vista como a base da nova economia institucional. Análise Institucional Comparada : A análise da firma como estrutura de governança levou à chamada análise institucional comparativa, que se distingue da análise marginalista, indicando a possibilidade da comparação de formas alternativas de governança com base na matriz institucional onde estas estão inseridas e na característica das transações. Segundo Williamson (2000) a importância da análise institucional comparada reside na proposição de que o movimento de uma forma organizacional para outra experimenta descontinuidades. A questão se volta ao exame dos fatores responsáveis por tais descontinuidades. Esta é uma proposição importante para o presente estudo. 7 Williamson,O.E Comparative Economic Organization.the Analysis of Discrete Structural Alternatives. Administrative Science Quarterly. 36:

5 Críticas e Alinhamentos Múltiplos : A análise de Williamson proporcionou uma ampliação do conhecimento da economia das organizações e permitiu o desenvolvimento de farta literatura que testa hipóteses com base nos pressupostos da economia dos custos de transação. A hipótese do alinhamento das estruturas de governança com as características das transações, em especial as medidas da especificidade dos ativos tem sido testada amplamente em estudos empíricos quantitativos. Testes com base em análise variáveis dependentes limitadas permitiram verificar empiricamente as relações entre as variáveis propostas. Estudos de duração de contratos permitiram testar hipóteses acerca do papel indutor da especificidade dos ativos e a redução de riscos de renegociação de contratos, apenas para citar duas das vertentes mais exploradas. As críticas à teoria também surgiram, em especial centradas no caráter estático da proposta da economia dos custos de transação. Assim Loasby (1998) 8 explora o conceito de competências dinâmicas específicas como sendo geradoras de processos de dependência de rota 9 provenientes da soma de rotinas não replicáveis geradas dentro das organizações, que é um conceito nascido da teoria evolucionista da firma de Penrose (1959) 10. Também Langlois (1998) 11 e (1997) 12 apresenta críticas à abordagem de Williamson, em especial os aspectos de separação entre os custos de produção e de transação e a focalização do racional Kleiniano do efeito do risco da quebra contratual oportunística como fator indutor da integração vertical. Langlois cita Richardson, que considera que diferentemente do receio de quebra contratual como indutor da integração vertical, a inflexibilidade de ativos altamente específicos é que induz a escolha de formas organizacionais, mas por outros motivos, em especial a possibilidade de distribuir quase rendas ex-post. Assim, na tradição evolucionista da firma, o conhecimento e competências intrínsecas às estruturas de governança podem torná-las inflexíveis em face de mudanças 8 Loasby,B The Concept of Capabilities. In Foss e Loasby (1998) Economic Organization, Capabilities and Co-Ordination. Routledge Studies in Business Organization and Networks. 9 Tradução livre do conceito de path depandence. 10 Penrose,E The Theory of the Growth of the Firm. Oxford. Basil Blackwell. Oxford University Press, ed Langlois,R.N. Capabilities and the Theory of the Firm.in Foss e Loasby,1998. Economic Organization, Capabilities and Coordination. Routledge Studies in Business Organization. 12 Langlois,R.N.1997 Transaction Cost Economics in Real Time. In Resources Firms and Strategies. Oxford Management Readers.

6 Schumpeterianas. Nestas circunstâncias novas estruturas de governança podem emergir e prosperar (Langlois, 1998, p. 197). O autor destaca a crítica da falha na operacionalização da economia dos custos de transação (1998, p. 189.), o que coincidentemente é o mesmo tipo de crítica que Williamson(2000) 13 faz à teoria com base nas competências, esta crítica centrada na falta de uma unidade de análise definida, em contraste com a economia dos custos de transação que define a transação como unidade analítica. Também o autor menciona a diferença imposta pelo pressuposto de racionalidade orgânica intrínseca à teoria evolucionista, em contraste à racionalidade limitada originada por Simon, adotada pela economia dos custos de transação, como sendo um caráter diferencial entre os dois enfoques. De interesse para o presente estudo está o tema do alinhamento entre estrutura de governança e característica dos contratos, dado determinado ambiente institucional, segundo o qual espera-se a convergência das formas de governança. Assim sendo faz-se necessário explicar a pluralidade de estruturas de governança observadas mas que dividem características similares nas transações. O que pode explicar a pluralidade de formas observadas? A economia dos custos de transação não negligencia aspectos de dependência de rota, mas privilegia o efeito do ambiente institucional como gerador de diferentes resultados de alinhamento mesmo quando as características das transações são as mesmas. Já a teoria das competências dinâmicas privilegia a existência de rotinas específicas e não transferíveis, para explicar a co-existência de padrões distintos de governança. Para o presente estudo considera-se que são plausíveis as seguintes explicações : - existência de padrões de governança diferentes explicados por dependência de rota. - existência de padrões explicados por diferentes ambientes institucionais. 13 Williamson,O.E Why Law, Economics, and Organization? UC Berkeley Public Law and Legal Theory Working Paper Series. Social Science Research Network Paper Collection,

7 - existência de padrões de desequilíbrio, representando ajustes entre formas de governança atuais e futuras, movidas por modificações nas características das transações. - existência de padrões distintos impostos por competências diferenciais, desenvolvidas a partir de rotinas específicas intransferíveis. Cadeia Produtiva e Redes : Um desenvolvimento derivado desta base teórica aplicase à organização de contratos entre diferentes agentes ao longo de uma cadeia produtiva, garantindo que um determinado produto, ou conjunto (bundle) de serviço e produto, cheguem ao consumidor. Esta análise foi definida na literatura como um sub-sistema estritamente coordenado, referindo-se à definição de estratégias complementares e dependentes, de forma cooperativa. Assim os diferentes arranjos contratuais entre, por exemplo, agricultores, indústria processadora e supermercado, amparados por um intermediário financeiro, pode configurar um conjunto magnificado de transações coordenadas de modo quase hierárquico. Em tais casos, os contratos de longo prazo substituem a hierarquia e os agentes comportam-se como uma firma Coasiana expandida (Zylbersztajn e Farina, 1999) 14. Certamente os arranjos contratuais assim estabelecidos podem apresentar vantagens em face da concorrência, oferecendo atributos especiais do produto para o consumidor, sendo bastante comuns nas cadeias de alimentos. A estruturação de contratos verticais de longo prazo podem, entretanto, estar sujeitos a impactos externos, tais como descritos por Williamson (op. cit). Assim não apenas diferentes sub sistemas coordenados irão competir entre si, como serão provados pelo ambiente, em termos da estabilidade do arranjo contratual de longo prazo, em substituição à integração vertical plena. O presente artigo define a estabilidade do sub sistema estritamente coordenado e destaca três dimensões dele derivadas: - capacidade de absorver impactos 14 Zylbersztajn,D e Farina,E.M.M.Q Strictly Coordinated Food-Systems:Exploring the limits of the Coasian firm. International Food and Agribusiness Review, 2(2):

8 - capacidade para resolver disputas (impactos distributivos), e - difusão de sub sistemas estáveis. A primeira dimensão destaca os mecanismos organizacionais construídos cooperativamente pelos agentes da cadeia, de modo a antecipar ou identificar os choques externos, avaliando os impactos em cada agente presente no sub sistema. A segunda dimensão destaca o desenho de mecanismos que visem a solução dos problemas distributivos resultantes das necessárias adaptações aos choques externos. Finalmente, a terceira dimensão discute o padrão de difusão de sistemas estáveis, que devem deslocar a concorrência, calcada em formas menos eficientes de organização. Quando as duas primeiras dimensões são tratadas de modo eficiente (estruturas de governança alinhadas às características dos contratos), a organização tende a sobreviver aos impactos externos. Caso contrário o arranjo pode ter vida curta, ou nem mesmo chegar a se estabelecer. 3. ESTABILIDADE E DIFUSÃO O tema da estabilidade das relações contratuais tem sido intensamente estudado na literatura de economia dos custos de transação, predominando a análise de um único contrato entre duas partes. Assim, Masten(1998) 15 discute o tema, revisando as teorias formais de contratos e distingue os contratos implícitos, dos acordos auto garantidos e os contratos verdadeiros, que para o autor são aqueles passíveis de garantia legal. O autor destaca o papel das cortes no asseguramento do cumprimento contratual. Há que se destacar o surgimento de farta literatura centrada no tema da duração dos contratos como em Joskow (1988) 16 e renegociação de contratos, como em Hart e Moore (1988) 17. Literatura relacionada é a de sobrevivência de contratos como utilizado por Haris e Holstrom (1987) 18 e Zylbersztajn e Lazzarinni (1997) 19 aplicado ao tema da sobrevivência de contratos na indústria de sementes no Brasil. 15 Masten,S.E Contractual Choice. In Encyclopedia of Law & Economics. B. Boukaert a D de Geest editors. Edward Elgar Publishing and the University of Ghent. 16 Joskow,P.L Vertical integration and long term contracts. The case of coal burning electric generation plants, Journal of Law Economics, and Organization 1, Hart,O.D e Moore,J Incomplete contracts and renegotiation. Econometrica 56, Harris,M e Holmstrom,B On the duration of agreements. International Economic Review. V.28, 2:

9 Esta literatura está basicamente centrada em uma relação contratual única entre dois agentes. Entretanto a maioria das arquiteturas organizacionais observadas, relaciona em uma única estrutura um conjunto de firmas que se coordenam visando atingir o mercado. Nos estudos de cadeias produtivas de alimentos, são muitos os autores que adotam tal enfoque. Esta análise assume que um conjunto de agentes adotará estratégias comuns de forma espontânea. Ou seja, os estudos de coordenação vertical preconizam o funcionamento de uma série de contratos entre agentes independentes, coordenados por diferentes mecanismos de governança. Em um caso extremo, todos os contratos estariam sob a coordenação hierárquica de uma única firma, ocorrendo a integração vertical plena. No outro extremo, o sistema de preços faria o papel de coordenador da produção e distribuição, à moda de Hayek. A maioria das formas de governança complexas observadas apresentam soluções afastadas dos extremos, baseando-se em sistemas de contratos de longo prazo, em geral uma mescla de contratos formais, verdadeiros nos dizeres de Masten, e informais, assegurados por compromissos de confiança calculativa ou de reputação Estabilidade de Arranjos Verticais de Produção O tema da estabilidade de múltiplos contratos simultâneos foi pouco discutido na literatura. De certa forma a literatura de alianças estratégicas pode lançar alguma luz sobre o tema, tal como tratado por Kay(1998) 20. Entretanto, visto como uma firma Coasiana ampliada, um sistema vertical produtivo representa um desafio de coordenação muito mais complexo do que o de uma firma individual. O tema foi abordado por Zylbersztajn e Farina(2000) tratando a governança como um sub sistema estritamente coordenado, distinto de um grupo estratégico por lidar com relações intersetoriais e por lidar com estratégias coletivas voluntárias. Visto sob a ótica da coordenação um sistema organizado verticalmente reúne agentes especializados em etapas distintas da produção e que portanto podem ter ativos especializados, ou co-especializados 19 Zylbersztajn,D e Lazzarini,S.G On the survival of contracts:a study of contract stability in the Brazilian seed industry. Artigo apresentado na Conferência da International Society for the New Institutional Economics, St. Louis, USA. 20 Kay,N.M Clusters of Collaboration:The firms, joint ventures, alliances and clubs. In Foss,J.N. e Loasby,B.J. Economic Organization, Capabilities and Co-ordnation.

10 sob a ótica de Teece e Pisano(1994) 21. O valor dos investimentos específicos é maior no uso dentro do sistema vertical do que no seu melhor uso alternativo. Isto mantém a decisão de permanecer no sistema. Entretanto isto não resolve o problema da estabilidade. Um agente pode deixar o sistema, sem que exista uma ruptura no mesmo. Ou, alternativamente, pode haver agentes cujo aporte seja a chave para o funcionamento, sem o qual o arranjo vertical deixa de funcionar. A estabilidade passa, mas não se limita, pela existência de um agente coordenador, que terá a possibilidade de agir de forma quase-hierárquica. O rearranjo dos contratos em face de eventuais choques externos, pode demandar ações estritamente coordenadas, tal como posto por Williamson, o que desabilita os arranjos coordenados pelo sistema de preços, a operar. A estabilidade do sistema demanda a existência de um agente com a capacidade de resolver conflitos distributivos que ocorrerão sempre que houver choques externos impactando o grupo. Em especial a motivação para atuar no grupo, dependerá da possível perda de valor do ativo co-especializado, o que indica um racional possível para explicar a coesão de grupos heterogêneos e que estarão sempre competindo por margens. Se é difícil permanecer no grupo, é impossível sobreviver fora dele Difusão de formas de Governança Organizações podem operar em sistemas verticais de produção se ordenando de modo a adotar estratégias conjuntas sob a coordenação de algum agente especializado. A finalidade é atingir o mercado de modo a utilizar com vantagens os ativos especializados. Tais arranjos têm identidade, tanto entre si, como podem gerar um reconhecimento diferenciado pelo seu público alvo, portanto não se tratam de ações anônimas. Os arranjos verticais estratégicos operam como firmas Coasianas, estando sujeitos às mesmas pressões de uma firma tradicional. Sejam pressões competitivas, sejam conflitos contratuais de agência, risco de transferência de valor de ativos específicos e também competem com outros arranjos verticais de produção que atuam no mesmo setor. As franquias, certas alianças estratégicas verticais são exemplos representativos, nos quais a 21 Teece,D.J. e Pisano,G The Dynamic Capabilities of Firms: Na introduction. Industrial and Corporate Change, 3:

11 fronteira de eficiência da firma deixa de ser importante, cedendo lugar a uma rede de relações entre organizações. Dentro de uma perspectiva comparativa, se uma forma de governança superior se apresenta, logrando alinhar as características das transações ao padrão de coordenação vertical e ainda o faz de modo coordenado adotando estratégias conjuntas, poderá passar a ser a forma de governança dominante. Se assim for, pode haver um processo de difusão da arquitetura adotada pelos participantes do sistema. Se for uma governança minimizadora de custos de transação, poderá dominar e vir a ser o padrão exclusivo de arquitetura contratual, eliminando outros arranjos existentes. O padrão de difusão será afetado por três fatores fundamentais; primeiro pela existências de fatores não copiáveis do tipo de competências dinâmicas, gerados entre os agentes especializados que fazem parte do sub sistema coordenado, segundo pelo ambiente institucional onde se desenvolve o arranjo coordenado e terceiro, por barreiras à entrada do tipo tecnológica, sob controle do grupo. Na ausência destas barreiras pode se esperar que o padrão difunda-se, tornando-se dominante ou homogêneo, eliminando as alternativas menos eficientes sob a ótica dos custos de transação. Se considerarmos duas formas alternativas de arquitetura de coordenação vertical, representadas por Fa e Fb cuja diferença não tenha conotação tecnológica mas apenas de arquitetura contratual interna entre os agentes que atuam na cadeia vertical de produção, na ausência de obstáculos institucionais, de barreiras à entrada e sem o desenvolvimento de competências dinâmicas distintivas, espera-se um padrão de difusão do padrão superior. Se espera-se que ao longo do tempo um determinado padrão passe a ser adotado por mais sistemas verticais de produção, tal processo pode ser representado por uma curva logística, que apresenta características conhecidas e que foi utilizada na literatura para representar processos contínuos de difusão. Por exemplo, Griliches(1957) 22 adota uma representação logística para modelar o processo de difusão da tecnologia de milho híbrido na agricultura norte americana. O modelo permite definir os parâmetros do limite da 22 Griliches,Z Hybrid Corn: An exploration in the economics of technological change. Econometrica, vol 25-n.4:

12 proporção de adotantes, a taxa da difusão da tecnologia e o posicionamento da curva na escala de tempo. A figura 1 apresenta o modelo mencionado, indicando os parâmetros de interesse. Figura 1. Modelo logístico adotado para representar fenômenos de crescimento. Y (t) (t) Y (X) = K I + e - (a+bt) - onde a é a constante que posiciona a curva - b é a taxa de crescimento Fonte : Griliches(1957)

13 Tal modelo pode representar o fenômeno de difusão de formas de governança, e pode ser útil para se focalizar dois dos seus parâmetros, o nível máximo de adoção de um padrão de coordenação e a taxa de difusão ou de crescimento da adoção de um padrão contratual. O modelo parte do pressuposto de que formas alternativas de governança podem coexistir, mas que em termos de análise comparativa, haverá um padrão superior. O problema pode ser trabalhado na literatura para explorar as explicações para diferentes níveis de k e de diferentes taxas de crescimento, contribuindo para a explicação da coexistência de Fa e Fb. O primeiro tratamento para o problema pode ser a análise do ambiente institucional, onde aspectos existentes no início do processo podem levar à indução de uma única forma de governança entre os atores de um sistema produtivo vertical, ou impedir a implantação de um memso padrão, em regiões que não repliquem os mesmos incentivos institucionais. O segundo, ou seja a taxa de adoção de um padrão de governança, pode ser explicado pelas competências específicas entre os participantes do sistema vertical, onde se estabelecem processos de dependência de rota, que podem funcionar como aceleradores do processo de difusão. Visto sob outro ângulo, as competências específicas e diferenciais, caso se estabeleçam entre agentes independentes em determinado sistema vertical coordenado, funcionam como um impedimento à copiabilidade do modelo de arquitetura, protegendo as vantagens obtidas pelos participantes do sistema. Certamente a literatura de competências dinâmicas ainda pode se desenvolver para explicar o surgimento de rotinas entre organizações. Neste capítulo o estudo introduziu alguns elementos explicativos do caráter da estabilidade de arranjos produtivos verticais, bem como explorou elementos explicativos da difusão de mecanismos de governança. 4. EXEMPLO : INDÚSTRIA AVÍCOLA NO BRASIL A co-existência de diferentes modelos de governança em sistemas produtivos de alimentos sempre foi tema de investigação e análise. Se a teoria sugere que, em dadas circunstâncias deve haver uma forma de governança eficiente comparada a uma segunda, como explicar a persistência de formas distintas.

14 O caso da avicultura industrial no sul do Brasil parece ser de interesse para exemplificar o modelo de difusão de uma forma contratual de governança bem como explorar elementos de estabilidade contratual. Em especial questões de descontinuidade sugeridas por Williamson (op. cit) serão tratadas. Com a entrada da soja no Brasil, no início dos anos 70, iniciou-se a avicultura industrial, que acompanhou a evolução da oferta do grão. A tecnologia genética e de produção vinham se desenvolvendo em outros países e podia ser importada sem problemas. Em poucos anos, desenvolveu-se um sistema coordenado de produção com base em contratos entre um grande número de produtores de aves e as indústrias de processamento. Tal sistema evoluiu para uma rede de relações que envolvem também a indústria de genética, de medicamentos veterinários, rações e um complexo sistema de distribuição. No estado de Santa Catarina o modelo levou rapidamente à adoção desta forma de organização contratual fortemente coordenada pela indústria, que define a tecnologia de produção, oferece os animais e os recebe para o abate e processamento. Não sendo uma integração vertical plena, dado que é mantida a unidade das firmas, o conjunto da operação pode ser visto como um sistema quase hierárquico, característico dos países com avicultura industrial desenvolvida. Se o modelo mostrou-se altamente eficiente sob a ótica da coordenação fina da produção, permitindo adaptações rápidas coordenadas pela indústria, por outro lado, o modelo não se replicou no Estado de São Paulo, onde o nível de difusão estabilizou-se em patamar menor do que o observado em Santa Catarina. Como explicar que um modelo superior de coordenação não tenha tido o mesmo padrão de difusão em regiões diferentes, dada a mesma tecnologia disponível? A figura 2 ilustra duas situações, com base no modelo logístico de difusão do padrão de governança. Em Santa Catarina a adoção foi rápida e o nível de adoção chegou a quase cem por cento. Por outro lado, no Estado de São Paulo, a taxa foi menor bem como o patamar. Quais as possíveis explicações para estas diferenças observadas?

15 Figura 2: Difusão do padrão de governança na indústria de aves em Santa Catarina e em São Paulo. % K o (Santa Catarina) ki (São Paulo) (t) Fonte : Entrevistas com produtores/o autor 23 No sul do Brasil, em especial em Santa Catarina, algumas lideranças empresariais tiveram êxito em introduzir o sistema contratual, que envolve mais do que apenas os produtores e a indústria, mas também empresas de genética e de fármacos veterinários, configurando pois um sistema complexo. No início das atividades, estas lideranças 23 Os dados quantitativos estão sendo coletados, de modo a permitir maior precisão na informação. A representação é apenas qualitativa, com base em dados levantados com agentes do sistema.

16 conseguiram obter apoio institucional que incluiu empréstimos a taxas preferenciais, para os investimentos em ativos altamente específicos que os avicultores deveriam fazer. Tal arranjo institucional permitiu que o modelo já se implantasse sob a forma coordenada que o caracterizou nas últimas três décadas. Ainda que o modelo permitisse a existência de risco de ruptura contratual oportunística, o efeito presente deste fator foi minimizado pela ação de políticas públicas de investimentos. Ao longo do tempo houve situações onde a organização coordenadora atuou de modo a lidar com impactos de choques externos, como por exemplo lidando com o controle de doenças do rebanho e com apoio de assistência técnica. Os problemas de disputas dentro do sistema eram minimizados, seja pela característica de especificidade locacional da transação entre os produtores e a indústria, que confere poder para a segunda, como também pela inexistência de alternativa para o produtor e o acoplamento desta atividade dentro de um conjunto de atividades produtivas que os produtores locais desenvolvem. No Estado de São Paulo, desenvolvia-se uma produção independente, que ganhava escala, mas que não estava atrelada à indústria, nos mesmos moldes observados em Santa Catarina. Produtores adotavam a mesma tecnologia das outras regiões, entretanto agentews intermediários especializados surgiram estruturando a relação entre os produtores dispersos e as indústrias de abate ou processamento. Muitos destes intermediários passaram a produzir, tornando-se grandes produtores. Quando o desenho de coordenação contratual adotado em Santa Catarina tornou-se conhecido, e sendo perfeitamente replicável, passou a ser adotado, entretanto não chegou a atingir o mesmo patamar observado no sul do país. Ambos casos diferem tanto no nível de k, como na taxa de mudança de um padrão coordenado pelo mercado, para um padrão de coordenação contratual. No caso do sul formou-se um conjunto de produtores integrados por contrato, muitos dos quais atuam dentro do sistema por décadas, e que desenvolveram rotinas conjuntas com a empresa coordenadora do sistema. Há que se considerar o fato de que a alternativa para o produtor é inexistente, o que leva a uma relação de dependência, configurando um sistema quase hierárquico. No caso do Estado de São Paulo, a existência das duas formas de governança limitam as ações da indústria, posto que existe alternativa para o produtor, em caso de ruptura contratual.

17 Assim, refletindo sobre os quatro elementos explicativos para a co-existência de padrões distintos de governança, podemos considerar que: - O ambiente institucional distinto permitiu a rápida adoção de um padrão de governança no Estado de Santa Catarina. De modo específico, o governo atuou facilitando a inserção do pequeno produtor, na forma de um programa com impacto social, que reduziu os custos associados a quebra contratual. - Dependência de rota se estabeleceu, a partir da iniciativa facilitadora, muitos outros produtores se interessaram em participar do sistema coordenado. - Competências dinâmicas entre os participantes do modelo podem ter emergido, embora seja mais difícil de identificar. Mecanismos informais de solução de disputas, associações entre os produtores e programas de treinamento coletivos são visíveis evoluções desta forma de organização. - As características das transações não explicam as diferenças entre a organização das duas regiões. O tema do desequilíbrio e dos fatores de descontiniudade mencionados por Williamson representa um aspecto ainda motivador no presente estudo. Se formas de governança alternativas podem co-existir como pontos de desequilíbrio em um processo de ajuste, isto ainda é um tema aberto à análise empírica. Estas descontinuidades também podem ter caráter permanente, caso se consiga dar suporte às hipóteses baseadas em competências dinâmicas, rotinas específicas desenvolvidas entre firmas. Esta hipótese, se tem um apelo conceitual, é de difícil operacionalização. As outras explicações, são mais condizentes com o estado dos estudos empíricos atual, que encontram evidências que suportam o papel das diferenças institucionais e diferenças na especificidade dos ativos. Promissora análise empírica pode ser desenvolvida caso se consiga identificar processos de ajuste de formas de governança permitindo primeiro identificar diferenças e processor de desequilíbrio e segundo, testar hipóteses para distinguir os fatores indicados no presente artigo.

18 5. CONCLUSÕES: O presente estudo procurou estruturar elementos teóricos para analisar desequilíbrios entre formas de governança. A possibilidade de que existam formas observáveis, mas que sejam transitórias pode reforçar as explicações com base na economia dos custos de transação, baseadas nas vantagens de eficiência do alinhamento entre características das transações e formas de governança. A análise de arranjos de governança envolvendo sistemas produtivos verticais com muitos atores representa um desafio de generalização dos modelos até hoje desenvolvidos, centrados nas relações entre dois agentes. Tal consideração nos leva a buscar caminhos de interação com teorias de decisão coletiva, como a proposta por Olson(1965) 24. Também merece aprofundamento a interface entre as teorias com base em recursos (resource based theory) e de competências dinâmicas e a economia dos custos de transação. Ainda que pairem distinções conceituais (pressuposto de racionalidade) e também da operacionalização das variáveis (competências e rotinas), certamente também existe espaço para a exploração dos conceitos comuns como a dependência de rota e ativos co especializados. 24 Olson,M The logic of collective action: Public Goods and the Theory of Groups.Harvard University Press.

A NATUREZA DA FIRMA (1937)

A NATUREZA DA FIRMA (1937) A NATUREZA DA FIRMA (1937) COASE, R. H. (1937). The nature of the firm. In: WILLIAMSON, O. & WINTER, S. (eds.) (1991) The nature of the firm: origin, evolution and development. Oxford: Oxford University

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo: Perguntas e respostas sobre gestão por processos 1. Gestão por processos, por que usar? Num mundo globalizado com mercado extremamente competitivo, onde o cliente se encontra cada vez mais exigente e conhecedor

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários

Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários Segmentos dentro da porteira: Produção agrícola Produção pecuária Segmentos depois da porteira: Agroindústria Canais

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

cada fator e seus componentes.

cada fator e seus componentes. 5 CONCLUSÃO Conforme mencionado nas seções anteriores, o objetivo deste trabalho foi o de identificar quais são os fatores críticos de sucesso na gestão de um hospital privado e propor um modelo de gestão

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral

Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral Estratégia de negócio, estratégias de segmentação e posicionamento. Análise do potencial de demanda. Definição da missão. liderança.

Leia mais

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. Justificativa O tema estudado no presente trabalho é a expansão de habitações

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

www.pwc.com.br Gerenciamento de capital e ICAAP

www.pwc.com.br Gerenciamento de capital e ICAAP www.pwc.com.br Gerenciamento de capital e ICAAP Como desenvolver uma abordagem eficaz de gerenciamento de capital e um processo interno de avaliação da adequação de capital (ICAAP) A crise financeira de

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

1 Introdução. 1.1. A motivação e o problema da pesquisa

1 Introdução. 1.1. A motivação e o problema da pesquisa 1 Introdução O objetivo desse capítulo é propiciar uma visão abrangente do estudo aqui desenvolvido. Dessa forma, ele foi estruturado com as seguintes seções: A motivação e o problema da pesquisa: baseada

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para realização de um plano de sustentabilidade financeira para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no âmbito da

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

APL como Estratégia de Desenvolvimento

APL como Estratégia de Desenvolvimento APL como Estratégia de Desenvolvimento Marco Crocco Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional 3a Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais 1 A Difusão da Perspectiva de APL Um balanço

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO e DOUTORADO

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO e DOUTORADO 1 EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO e DOUTORADO MESTRADO: A) DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS DAS LINHAS 1 e 2: Organizações e Estratégia e Empreendedorismo e Mercado

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

3. Estratégia e Planejamento

3. Estratégia e Planejamento 3. Estratégia e Planejamento Conteúdo 1. Conceito de Estratégia 2. Vantagem Competitiva 3 Estratégias Competitivas 4. Planejamento 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Administração de Pequenas Empresas

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br

Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Sumário Planejar as Aquisições Desenvolver o Plano de Recursos Humanos Planejar as Aquisições É o

Leia mais

3 Análise para a definição da estratégia

3 Análise para a definição da estratégia 3 Análise para a definição da estratégia O presente capítulo aborda os aspectos relacionados à transação sob dois prismas, sendo o primeiro o Transaction Cost Theory (TCT), no qual o foco é a análise dos

Leia mais

TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO PRINCIPAIS AUTORES COASE, R. H. The nature of the firm (1937). WILLIAMSON, O. E. Market and Hierarchies: analysis and antitrust implications

Leia mais

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey Executivos em todos os níveis consideram que a sustentabilidade tem um papel comercial importante. Porém, quando se trata

Leia mais

Teoria Geral de Sistemas. Késsia R. C. Marchi

Teoria Geral de Sistemas. Késsia R. C. Marchi Teoria Geral de Sistemas Késsia R. C. Marchi Informação e Sistema Abordagem Sistêmica As pessoas empregam a palavra sistema em muitas situações cotidianas, por exemplo: O sistema eletrônico de votação...

Leia mais

Notas metodológicas. Objetivos

Notas metodológicas. Objetivos Notas metodológicas Objetivos Qual é a população de empresa em um determinado ano? Esta é aparentemente uma pergunta simples, entretanto, existem inúmeras questões envolvidas na definição, identificação

Leia mais

Risco na medida certa

Risco na medida certa Risco na medida certa O mercado sinaliza a necessidade de estruturas mais robustas de gerenciamento dos fatores que André Coutinho, sócio da KPMG no Brasil na área de Risk & Compliance podem ameaçar a

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa?

www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa? www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa? Como melhorar a gestão da sua empresa? Melhorar a gestão significa aumentar a capacidade das empresas de solucionar problemas. Acreditamos que, para

Leia mais

Boletim Benchmarking Internacional. Extensão Tecnológica

Boletim Benchmarking Internacional. Extensão Tecnológica Boletim Benchmarking Internacional Extensão Tecnológica Dezembro de 2012 Apresentação Visando contribuir para os objetivos estratégicos do SEBRAE, são apresentadas neste boletim informações relacionadas

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como: Plano de Teste (resumo do documento) I Introdução Identificador do Plano de Teste Esse campo deve especificar um identificador único para reconhecimento do Plano de Teste. Pode ser inclusive um código

Leia mais

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS Agenda da Conferência O que são redes? O que são redes interorganizacionais? Breve histórico das redes interorganizacionais Tipos

Leia mais

Exercícios sobre Competindo com a Tecnologia da Informação

Exercícios sobre Competindo com a Tecnologia da Informação Exercícios sobre Competindo com a Tecnologia da Informação Exercício 1: Leia o texto abaixo e identifique o seguinte: 2 frases com ações estratégicas (dê o nome de cada ação) 2 frases com características

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS RESUMO

PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS RESUMO PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS CLASSIFICAÇÃO JEL: F12 Fernanda De Negri RESUMO Este artigo analisa a relação entre os padrões tecnológicos e o desempenho externo das

Leia mais

Estruturas Organizacionais

Estruturas Organizacionais Estruturas Organizacionais Deve ser delineado de acordo com os objetivos e estratégias estabelecidos pela empresa. É uma ferramenta básica para alcançar as situações almejadas pela empresa. Conceito de

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação Capítulo 2 E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação 2.1 2007 by Prentice Hall OBJETIVOS DE ESTUDO Identificar e descrever as principais características das empresas que são importantes

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais A dissertação traz, como foco central, as relações que destacam os diferentes efeitos de estratégias de marca no valor dos ativos intangíveis de empresa, examinando criticamente

Leia mais

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Empresários de pequeno, médio e grande

Leia mais

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 ATENÇÃO: ANTES DE ASSINAR ESTA CARTA, LEIA O CONTEÚDO ATÉ O FINAL E CLIQUE NO LINK. FÓRUM DE AÇÃO EMPRESARIAL PELO CLIMA CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 O desafio da mudança do clima

Leia mais

Sinopse das Unidades Curriculares Mestrado em Marketing e Comunicação. 1.º Ano / 1.º Semestre

Sinopse das Unidades Curriculares Mestrado em Marketing e Comunicação. 1.º Ano / 1.º Semestre Sinopse das Unidades Curriculares Mestrado em Marketing e Comunicação 1.º Ano / 1.º Semestre Marketing Estratégico Formar um quadro conceptual abrangente no domínio do marketing. Compreender o conceito

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

Como organizar um processo de planejamento estratégico

Como organizar um processo de planejamento estratégico Como organizar um processo de planejamento estratégico Introdução Planejamento estratégico é o processo que fixa as grandes orientações que permitem às empresas modificar, melhorar ou fortalecer a sua

Leia mais

Mapa da Educação Financeira no Brasil

Mapa da Educação Financeira no Brasil Mapa da Educação Financeira no Brasil Uma análise das iniciativas existentes e as oportunidades para disseminar o tema em todo o País Em 2010, quando a educação financeira adquire no Brasil status de política

Leia mais

Cooperação e capital intelectual para sustentabilidade de ecossistemas organizacionais. Marco A. Silveira

Cooperação e capital intelectual para sustentabilidade de ecossistemas organizacionais. Marco A. Silveira Cooperação e capital intelectual para sustentabilidade de ecossistemas organizacionais Marco A. Silveira Dezembro, 2011 SUMÁRIO Introdução à sustentabilidade Cooperação Capital intelectual Cooperação e

Leia mais

Projeto de Pesquisa: Governança em Tribunais de Justiça de Brasil e Portugal 1

Projeto de Pesquisa: Governança em Tribunais de Justiça de Brasil e Portugal 1 Projeto de Pesquisa: Governança em Tribunais de Justiça de Brasil e Portugal 1 1. INTRODUÇÃO Tomás de Aquino Guimarães, professor, Universidade de Brasília Luiz Akutsu, doutorando em Administração, Universidade

Leia mais

Guia das Demonstrações Financeiras Pontos para Fechamento de 2013 Aspectos contábeis

Guia das Demonstrações Financeiras Pontos para Fechamento de 2013 Aspectos contábeis www.pwc.com.br Guia das Demonstrações Financeiras Pontos para Fechamento de 2013 Aspectos contábeis Novembro de 2013 Agenda 2013 Normas novas e revisadas IAS 1 Apresentação das demonstrações financeiras

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ

ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ INTRODUÇÃO Estratégia é hoje uma das palavras mais utilizadas

Leia mais

Capítulo 8 Decorrências da Teoria Neoclássica: Tipos de Organização

Capítulo 8 Decorrências da Teoria Neoclássica: Tipos de Organização Capítulo 8 Decorrências da Teoria Neoclássica: Tipos de Organização ESTRUTURA LINEAR Características: 1. Autoridade linear ou única. 2. Linhas formais de comunicação. 3. Centralização das decisões. 4.

Leia mais

O sucesso na Interaçao com o Conselho

O sucesso na Interaçao com o Conselho 24-09-2013 14:45 O sucesso na Interaçao com o Conselho Jose Francisco Moraes QAIP Team Leader IIA Brasil ESTOU PREPARADO PARA: SER PROMOVIDO? Promovido = dar publicidade a uma imagem pessoal desejada Foco

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS Jorge Luis Nicolas Audy * A Universidade vem sendo desafiada pela Sociedade em termos de uma maior aproximação e alinhamento com as demandas geradas pelo

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques "O plano de negócios é o cartão de visitas do empreendedor em busca de financiamento". (DORNELAS, 2005) A partir

Leia mais

Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos?

Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos? Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos? Carlos Nuno Castel-Branco Professor Auxiliar da Faculdade de Economia da UEM

Leia mais

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui CURSO MASTER In Business Economics Master in Business Economics 1 vire aqui DISCIPLINAs O aluno poderá solicitar a dispensa das disciplinas básicas: Matemática Básica, Estatística Aplicada e Contabilidade.

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

GESTÃO DE SUPRIMENTO TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA

GESTÃO DE SUPRIMENTO TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA GESTÃO DE SUPRIMENTO TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA Gestão da Cadeia de Suprimento Compras Integração Transporte Distribuição Estoque Tirlê C. Silva 2 Gestão de Suprimento Dentro das organizações, industriais,

Leia mais

3 Abordagem Sistêmica

3 Abordagem Sistêmica 3 Abordagem Sistêmica 3.1 A visão sistêmica Como uma das correntes do pensamento administrativo, a abordagem sistêmica foi introduzida em meados da década de 60. Os teóricos de sistemas definiram-na como,

Leia mais

Definido o contexto: monitoramento pós-liberação comercial de plantas geneticamente modificadas. Paulo Augusto Vianna Barroso

Definido o contexto: monitoramento pós-liberação comercial de plantas geneticamente modificadas. Paulo Augusto Vianna Barroso Definido o contexto: monitoramento pós-liberação comercial de plantas geneticamente modificadas Paulo Augusto Vianna Barroso Experimentação com OGM Regulada pela Lei de Biossegurança (11.105/2005) Experimentação

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Fulano de Tal. Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 FINXS 09.12.2014

Fulano de Tal. Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 FINXS 09.12.2014 Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 Este relatório baseia-se nas respostas apresentadas no Inventário de Análise Pessoal comportamentos observados através questionário

Leia mais

Gestão Estratégica de Marketing

Gestão Estratégica de Marketing Gestão Estratégica de Marketing A Evolução do seu Marketing Slide 1 O Marketing como Vantagem Competitiva Atualmente, uma das principais dificuldades das empresas é construir vantagens competitivas sustentáveis;

Leia mais

Vantagens Competitivas (de Michael Porter)

Vantagens Competitivas (de Michael Porter) Vantagens Competitivas (de Michael Porter) CURSO: Administração DISCIPLINA: Comércio Exterior FONTE: SOARES, Claudio César. Introdução ao Comércio Exterior Fundamentos Teóricos do Comércio Internacional.

Leia mais

DECLARAÇÃO DE POSICIONAMENTO DO IIA: O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA

DECLARAÇÃO DE POSICIONAMENTO DO IIA: O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA Permissão obtida junto ao proprietário dos direitos autorais, The Institute of Internal Auditors, 247 Maitland Avenue, Altamonte Springs, Florida 32701-4201, USA, para publicar esta tradução, a qual reflete

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

Gerenciamento de Serviços de TI ITIL v2 Módulo 1 Conceitos básicos

Gerenciamento de Serviços de TI ITIL v2 Módulo 1 Conceitos básicos Gerenciamento de Serviços de TI ITIL v2 Módulo 1 Conceitos básicos Referência: An Introductory Overview of ITIL v2 Livros ITIL v2 Cenário de TI nas organizações Aumento da dependência da TI para alcance

Leia mais

MBA Gestão de Mercados ementas 2015/2

MBA Gestão de Mercados ementas 2015/2 MBA Gestão de Mercados ementas 2015/2 Análise de Tendências e Inovação Estratégica Levar o aluno a compreender os conceitos e as ferramentas de inteligência preditiva e inovação estratégica. Analisar dentro

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações Introdução: Os Sistemas de Informação (SI) enquanto assunto de gestão têm cerca de 30 anos de idade e a sua evolução ao longo destes últimos anos tem sido tão dramática como irregular. A importância dos

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

Plano de Marketing. Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing

Plano de Marketing. Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing Plano de Marketing Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing 1 Plano de Marketing É o resultado de um processo de planejamento. Define o quevai ser vendido, por quanto,

Leia mais

As mudanças climáticas globais e as ONGs socioambientais brasileiras: novas estratégias de conservação para a Amazônia.

As mudanças climáticas globais e as ONGs socioambientais brasileiras: novas estratégias de conservação para a Amazônia. COUTO, G. A. As mudanças climáticas globais e as ONGs socioambientais brasileiras: novas estratégias de conservação para a Amazônia. 2012. 207 f. Dissertação (mestrado) Programa de Pós-Graduação em Ciência

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS Versão 2.0 30/10/2014 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Conceitos... 3 3 Referências... 4 4 Princípios... 4 5 Diretrizes... 5 5.1 Identificação dos riscos...

Leia mais

Gestão de Organizações Cooperativas Uma visão aplicada. Davi R. de Moura Costa EESP-FGV/SP

Gestão de Organizações Cooperativas Uma visão aplicada. Davi R. de Moura Costa EESP-FGV/SP Gestão de Organizações Cooperativas Uma visão aplicada Davi R. de Moura Costa EESP-FGV/SP Apresentação Geral 1. Características do Mercado de Serviços 2. A lógica da ação coletiva 3. A gestão das organizações

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

Categorias Temas Significados Propostos

Categorias Temas Significados Propostos 91 5. Conclusão O objetivo do presente trabalho foi descrever a essência do significado da experiência consultiva para profissionais de TI que prestam de serviços de consultoria na área de TI. Para atingir

Leia mais

O DESAFIO DOS EXECUTIVOS

O DESAFIO DOS EXECUTIVOS COACHING EXECUTIVO O DESAFIO DOS EXECUTIVOS Os executivos das empresas estão sujeitos a pressões crescentes para entregarem mais e melhores resultados, liderando as suas organizações através de mudanças

Leia mais

Objetivo. Utilidade Lugar. Utilidade Momento. Satisfação do Cliente. Utilidade Posse

Objetivo. Utilidade Lugar. Utilidade Momento. Satisfação do Cliente. Utilidade Posse Supply chain- cadeia de suprimentos ou de abastecimentos Professor: Nei Muchuelo Objetivo Utilidade Lugar Utilidade Momento Satisfação do Cliente Utilidade Posse Satisfação do Cliente Satisfação do Cliente

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais