UNICAMP. Luiz Carlos Merege
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- Eugénio Antas de Almada
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1 A Disseminação, Pesquisa e Promoção de Espaços de Diálogos sobre as Temáticas do Terceiro Setor e a Formação Continuada dos Profissionais UNICAMP Luiz Carlos Merege
2 O CONCEIT0 E IMPORTÂNCIA DE UMA SOCIEDADE TRI-SETORIAL 1. Onde estava o terceiro setor? 2. O paradigma das contas nacionais ( ) 3. Nasce o conceito, mas não o setor (1994) 4. Razões para o seu crescimento 5. O tamanho do setor 6. Do assistencialismo à cidadania: Direitos civil; Direitos Políticos; Direitos Sociais 7. Um ator político: controle social do Estado
3 The Structure of Scientific Revolutions- Thomas S. Kuhn - Cap. I Definição de Paradigma Conquistas no campo do conhecimento que não tem precedentes e que atrai um grupo de adeptos, distanciando-os de atividades científicas competitivas. Ao mesmo tempo são abertas para a resolução de problemas pelo grupo de seguidores.
4 PARADIGMAS ECONÔMICOS Só se pode melhorar aquilo que se pode medir Adam Smith A Riqueza das Nações Karl Marx O capital John Maynard Keynes A Teoria Geral do Emprego, Juro e da Moeda ONU Contas nacionais Marc Nerfin: Neither Principe Nor Merchant :Citizen. Lester Salamon: The Emerging Sector ONU Conta satélite do TS Luiz Carlos Merege
5 PARADIGMAS SOCIAIS - Final do Sec. XIX- Estado do Bem - Estar Social (Alemanha e Grã- Bretanha e em parte da Europa Ocidental. - 80/90: Neoliberalismo- Países subdesenvolvidos ( America latina). - 90/2000: Mudanças na Europa. - Brasil- Constituição de 1988 ( sociedade civil) - Brasil: 1543 ( Santa Casa de Santos). Assistencialismo ( Igreja e Estado) - Brasil: ( Emergência do Terceiro Setor- ator estratégico para o desenvolvimento) - Nível Global: 90/2000- Crescimento do Terceiro Setor- Novo campo do conhecimento
6 Marc Nerfin: Neither Prince nor Merchant: Citizen - An Introduction to the Third System (1978) Contrasting with governmental power and economic power the power of the Prince and the Merchant there is an immediate and autonomous power, sometimes evident, sometimes latent: people's power. Some people develop an awareness of this, associate and act with others and thus become citizens.* Citizens and their associations, when they do not seek either governmental or economic power, constitute the third system. International Foundation fo r Development Alternatives (IFDA) Prof. Luiz Carlos Merege CETS/FGV-EAESP
7 ESTADO MERCADO
8 O Conceito de Terceiro Setor Embora a terminologia utilizada e os propósitos específicos a serem perseguidos variem de lugar para lugar, a realidade social subjacente é bem singular: uma virtual revolução associativa está em curso no mundo, a qual faz emergir um expressivo terceiro setor global, que é composto de (a) organizações estruturadas; (b) localizadas fora do aparato formal do Estado; (c) que não são destinadas a distribuir lucros auferidos com suas atividades entre os seus diretores ou entre um conjunto de acionistas; (d) autogovernadas; (e) envolvendo indivíduos num significativo esforço voluntário. SALAMON (1992)
9 SER HUMANO MERCADO
10 O QUE É O 3º SETOR? 1º Setor = Política Públicas ESTADO 2º Setor = Setor Lucrativo MERCADO Sociedade Fundações Terceiro Setor Associações Organizações Religiosas Organizações informais Comunidades de base O Terceiro Setor pode colaborar para eliminar a pobreza por meio de projetos intersetoriais
11 Universo do Terceiro Setor ONU 2002 Associações Fundações Movimentos populares Sindicatos Religiões Partidos Políticos
12 CONCEITOS FUNDAMENTAIS -Organizações do Terceiro Setor -Responsabilidade Social -Cidadania ( ativa, responsável, compartilhada) -Relação Intersetorial -Agenda 21 -Metas do Milênio -Desenvolvimento -Sustentabilidade - Gestão Social Entre outros
13 Revoluções na Estrutura Econômica Social Brasileira 1930: O Estado Administrador Investidor 1950: O Setor Privado Industrial 1970: Serviços 2001: Terceiro Setor
14 O crescimento do terceiro setor coloca como prioridade a adoção de uma gestão profissionalizada. Surge a necessidade de se elaborar um plano estratégico, de se mudar os procedimentos de gestão financeira, de se repensar os registros contábeis, de refletir sobre uma nova política de pessoal, em profissionalizar a captação de recursos, em dar maior atenção para o marketing e para a avaliar com critérios objetivos o desempenho de suas atividades. Desde sua criação em setembro de 1994, o Centro de Estudos do Terceiro Setor - CETS da FGV/EAESP trabalhou pelo desenvolvimento da área acadêmica voltada para a administração de organizações do terceiro setor. Prof. Luiz Carlos Merege CETS/FGV-EAESP
15 O documento que criou o centro explicita como objetivos principais de sua criação: a) promover e desenvolver práticas de administração que atendam às características próprias das organizações da sociedade civil; b) viabilizar o treinamento de professores e alunos para se especializarem no conhecimento específico desta área; c) estimular a conscientização de futuros administradores de empresas para a questão da responsabilidade social; c) promover o treinamento de dirigentes de organizações sociais, com a finalidade de fortalecê-las em suas atividades. Prof. Luiz Carlos Merege CETS/FGV-EAESP
16 O curso Administração para Organizações do terceiro setor oferecia as seguintes disciplinas: Aspectos Econômicos-Sociais do terceiro setor Administração para Organizações do terceiro setor Planejamento Estratégico como Instrumento de Mudança e Profissionalização Organizacional O Marco Legal do terceiro setor Contabilidade e Administração Financeira nas Organizações do terceiro setor Gestão do Fator Humano, do Voluntariado e de Conselhos Elaboração, Monitoramento e Avaliação de Projetos Sociais Captação de Recursos e Sustentabilidade das Organizações do terceiro setor Marketing Social Prof. Luiz Carlos Merege CETS/FGV-EAESP
17 Fontes de Recursos do Setor Não Lucrativo Setor Público 43% Doações 10% Recursos próprios 47%
18 Origem dos Recursos de Organizações Privadas Sem Fins Lucrativos (ISER/John Hopkins - Estudo Comparado entre 22 Países ) 15% Gove rno 3% Doações Privadas - Empresas 14% Doações Privadas - Indivíduos Receitas Próprias 68%
19 Censo do Terceiro Setor na Região Metropolitana de Belém Data de Fundação das Organizações Formais Data de Fundação das Organizações Informais 34% 14% 4% 14% 26% 8% Data não Informada Até 1970 De 1971 a 1980 De 1981 a 1990 De 1991 a 2000 De 2001 a % 5% 4% 4% 12% Data não Informada Até 1970 De 1971 a 1980 De 1981 a 1990 De 1991 a 2000 De 2001 a %
20 O Tamanho das Organizações na Mesorregião Metropolitana 0% 18% 0% %
21 Geração de Emprego na Mesorregião Metropolitana de Belém 81,0% 0,4% 13,5% 2,0% 3,1% Funcionários Comissionados Prestador de Serviço Voluntários Estagiários
22 FONTE E VALOR DAS RECEITAS Censo do Terceiro Setor Região Metropolitana de Belém Origem das Receitas (R$) 67% 10% 18% 5% Recursos Públicos Doações Outros Recursos Recursos Próprios
23 CENSO DO 3º SETOR DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
24 RESULTADOS DO CENSO DE SBC O Censo do 3º Setor fornecerá os seguintes Serviços : WEB SITES Democratização de informações para a população por meio dos Sites da FSA / PMSBC / FGV/CIESP GUIA DO TERCEIRO SETOR (IMPRESSO) Para a parcela da população que não tem acesso à Internet. O Guia disponibiliza informações individualizadas das entidades sociais, orientando a população na busca de serviços oferecidos. Será distribuído para empresas de SBC, para incentivar investimentos sociais e doações. RELATÓRIO ANALÍTICO (IMPRESSO) Publicação sobre as variáveis sociais e econômicas do setor, tais como a sua atividade principal, receitas, aplicação dos recursos, fontes de financiamento, geração de emprego e renda, áreas de atuação, público alvo, nível educacional e remuneração de seus colaboradores diretos.
25 Informações do Relatório Analítico do Censo de São Bernardo do Campo Número estimado de organizações: Número de organizações não localizadas: 422 Numero de organizações pesquisadas: 830 Número de organizações formais: 769 Número de organizações informais: 61
26 Informações do Relatório Analítico do Censo de São Bernardo do Campo Data de criação das organizações formais e informais
27 Informações do Relatório Analítico do Censo de São Bernardo do Campo Organizações segundo número de colaboradores 45,2 22,4 22,7 7,6 1,8 0,4 Até 3 De 4 a 10 De 11 a 20 De 21 a 50 De 51 a 100 Mais de 100
28 Informações do Relatório Analítico do Censo de São Bernardo do Campo Estrutura do emprego no TS em São Bernardo do Campo 3,9% 1,9% 0,17% 18,6% Voluntarios Funcionarios Prestadores de Serviços Estagiarios comissionados 75,4%
29 Informações do Relatório Analítico do Censo de São Bernardo do Campo Áreas de atuação do terceiro setor no Município de SBC Religião 25,1 Assistência e Promoção Social 22,4 19,8 Desenvolvimento e Moradia Cultura e Recreação 15,5 Educação e Pesquisa Meio Ambiente Associações Profissinais, de Classe e Sindicatos 6,1 3,7 1,4 1,2 0,6 4,2 Saúde Serv. Legais, Def. de Direitos Civis e Org. Políticas Outras*
30 ONDE ESTAMOS: POR QUE CRESCEU?
31 Razões para o crescimento do terceiro setor a) Constituição de 1988; b) Impaciência com relação as ações do Estado; c) Queda na taxa de crescimento da Economia: desemprego estrutural; d) Urbanização; e) Revolução associativa mundial f) Visibilidade de ações sociais e ambientais g) Descrédito da via política convencional: ativismo de base
32 No Brasil o número de organizações saltou de 276 mil (2002) para 338 mil (2005) e o número de trabalhadores remunerados duplicou, passando de 1,5 para 3 milhões. Em 1996 eram 105 mil organizações, segundo o IBGE. Se 3 milhões representam em média 20% do número de trabalhadores no setor, podemos concluir que o total de pessoal ocupadas pelo setor seriam 15 milhões, sendo 12 milhões de voluntários!!
33 Mais surpreendente foi a evolução do terceiro setor nos Estados Unidos já que dos 341 bilhões de dólares em 1990, a movimentação de recursos saltou para 1,76 trilhões de dólares em 2003, representando cerca de 13% do PIB americano. Esse valor coloca o terceiro setor americano como a sétima economia mundial, sendo o seu tamanho equivalente a toda a economia brasileira
34 Sustentabilidade e Fortalecimento do Terceiro Setor ATIVIDADE FIM - A CAUSA, A MISSÃO ATIVIDADE MEIO - GESTÃO PARA SUSTENTABILIDADE - Minimizar ciclos - Garantir Prosperidade - Gerar recursos - Uso adequado de recursos - Tempo
35 Desafios da Gestão no Terceiro Setor Profissionais que liderem processos de mudanças na sociedade brasileira A Empresa Social O Empreendedor Social Valores e Princípios Provocador de mudanças: pessoais, sociais, ambientais e econômicas
36 Relações do Terceiro Setor com Campos de Atividades Economia: volume de recursos movimentados e impacto no nível de emprego Sociologia: surgimento de novas formas de solidariedade Ciência Política: associativismo coopera para um melhor clima democrático Direito: política legal pode estimular ou inibir o setor. Campo de luta pelos direitos humanos Administração Pública: cooperação e sinergia Administração de Empresas: novas oportunidades profissionais e de fortalecimento do setor. RSE
37 DESENVOLVIMENTO E TERCEIRO SETOR Controle Social do Estado Inclusão Econômica Inclusão Política Expansão da área pública Economia Solidária Geração de Emprego, Renda, Consumo
38 Perspectivas do III Setor Caridade Assistencialismo Ensinar a pescar Transformar o indivíduo Transformar a comunidade sociedade Questionar o modelo econômico social
39 Prof. Luiz Carlos Merege Presidente Rua Dr. Homem de Mello, 644 cjto.11 Perdizes SP - SP (11)
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