ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO RA:
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- Luiz Guilherme Regueira Araújo
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1 ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO RA: O TURISMO DE EVENTOS ENQUANTO MECANISMO DE PRESERVAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE IDENTIDADES CULTURAIS GARÇA-SP 2012.
2 ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO O TURISMO DE EVENTOS ENQUANTO MECANISMO DE PRESERVAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE IDENTIDADES CULTURAIS Trabalho apresentado ao curso de bacharelado em turismo pela Faculdade de Ciências Humanas de Garça FAHU, como requisito parcial para o desenvolvimento da disciplina de Metodologia Científica e do Programa de Iniciação Científica - PIC da Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG Orientador: Prof. Msc. Rodrigo Amado dos Santos GARÇA-SP 2012
3 O TURISMO DE EVENTOS ENQUANTO MECANISMO DE PRESERVAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE IDENTIDADES CULTURAIS RESUMO: Nos últimos anos a cadeia produtiva do turismo vem se apresentando enquanto uma atividade de indubitável importância fundamental para o desenvolvimento e crescimento socioeconômico do Brasil, devido, não somente a sua contribuição significativa para o aumento do PIB Produto Interno Bruto - como também pela sua potencial capacidade de geração de trabalho, ocupação e renda, o que consequentemente acarreta a produção de impactos positivos na melhoria da qualidade de vida da população. Dentre todas as atividades turísticas ofertadas, a que vem ganhando mais destaque é a de eventos. O turismo de eventos é o setor que mais cresce no mundo, representando um dos maiores e mais importante segmento da economia ligada ao turismo, negócios e lazer. Nesse sentido, o trabalho aqui apresentada inicia um processo de indagação sobre estes fatores, buscando a ciência sobre como tal atividade pode ser vista enquanto um instrumento de preservação e propagação de identidades culturais. Palavras-chave: Cultura. Eventos. Planejamento. Preservação. Turismo. JUSTIFICATIVA: Nos últimos anos a cadeia produtiva do turismo vem se apresentando enquanto uma atividade de indubitável importância fundamental para o desenvolvimento e crescimento socioeconômico do Brasil, devido, não somente a sua contribuição significativa para o aumento do PIB Produto Interno Bruto 1 como também pela sua potencial capacidade de geração de trabalho, ocupação e renda, o que consequentemente acarreta a produção de impactos positivos na melhoria da qualidade de vida da população 2. Nesse sentido, a Organização Mundial do 1 O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores do potencial da economia de um país. Ele revela o valor de toda a riqueza (bens, produtos e serviços) produzida por um país em um determinado período, geralmente um ano. Isso inclui do pãozinho até o apartamento de luxo. Os cálculos do PIB são feitos e divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um órgão do governo que tem a missão institucional de retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania. O desempenho do PIB é decorrente da performance dos três setores que o compõem a economia: Agropecuária, Indústria e Serviços 2 De acordo com o Ministério do Turismo (2012, pág. 01) todas as pesquisas sobre o futuro do turismo no Brasil são muito positivas e permitem concluir que o País trabalhe para atingir a meta de se tornar a terceira maior economia turística mundial, até Segundo Scowsill, o estudo mais recente do WTTC mostra que a estimativa de participação da indústria de viagens e turismo no PIB
4 Turismo OMT (2012)a atividade é responsável pela geração de 6 a 8% do total de empregos no mundo. Além disto, é uma das atividades econômicas que demanda o menor investimento para a geração de trabalho, visto o desenvolvimento de sua cadeia produtiva absorve e atrela-se aos bens, produtos e serviços que outrora já existem em seu mercado de trabalho, evidenciando, assim uma apropriação de suas características, através de uma política de desenvolvimento Inter setorial, que possibilite a construção de produtos e serviços peculiares capazes de proporcionar a tão almejada experiência turística. Seguindo por esse contexto, pode-se entender que uma atividade turística bem planejada e bem executada, que utiliza os atrativos naturais e/ou culturais disponível no local visitado, proporciona para o turista a tão almejada experiência memorável. Neste sentido, a previsão do Ministério do Turismo (2012, pág. 01) é que, este cenário turístico brasileiro ganhe contornos cada vez mais expressivos graças aos próximos eventos, de caráter mundial, que acontecerão nos próximos quatro anos: Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo 2014, Olimpíadas 2016 e Paraolimpíadas 2016.Os efeitos multiplicadores advindos destes cenários otimistas de desenvolvimento se mostram tão relevantes que há uma expectativa de que, apenas para o ano de 2012, haja um crescimento de 5,1% de empregos no mundo. O turismo se mostra enquanto um ato importante que em 2011cerca de 7,65 milhões de brasileiros trabalharam em atividades relacionadas ao turismo. Justamente por causa disso, o World Travel Tourism e Council WTTC (2012, pág. 01) afirma que no ano de 2011 o Brasil ocupou o quinto lugar no ranking de países que mais empregaram pessoas neste setor no mundo inteiro. Nesse sentido, esta mesma instituição afirma que os números tendem a melhorar ainda mais, visto que, de acordo com a WTTC (2012, pág. 01) há a perspectiva de que no conceito geração de empregos a atividade turística brasileira cresça 5,1% este ano, ficando mais de duas vezes acima da média mundial, que deverá ser fechada na taxa de 1,9%. E, devido a tal fato, o crescimento do PIB turístico brasileiro deverá ser de 7,8% esteano, fazendo com que o Brasil assuma a liderança do crescimento do setor na América Latina. Segundo Bertoli Neto (2006, pág. 01) do Brasil, incluindo os impactos econômicos indiretos, é animadora. O percentual de contribuição da indústria turística brasileira no PIB nacional deve passar de 4,5%, em 2011, para 9,5% até Além disso, até o fim da próxima década, aproximadamente 9% da população brasileira deve estar empregada em atividades características do Turismo.
5 o Sistema Turístico é mais complexo do que se supõe, não se constituindo, isoladamente, pelos atrativos da localidade, mas também pelas facilidades disponibilizadas, pela infraestrutura (obras e serviços públicos), pelo empreendimento turístico (equipamentos e instalações) e pela superestrutura (conjunto de organismos, públicos e privados, encarregados do ordenamento e da coordenação da atividade turística). Tais subsistemas compõem, simultaneamente, o produto turístico, refletindo a capacidade e o grau de desenvolvimento do destino. Dentre todas as atividades turísticas ofertadas, a que vem ganhando mais destaque é a de eventos, justamente pelos acontecimentos futuros que estão mobilizando a economia nacional Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas O turismo de eventos é o setorque mais cresce no mundo, representando um dos maiores e mais importante segmento da economia ligada ao turismo, negócios e lazer. Assim, Andrade (2002, pág. 90) afirma que este tipo de atividade será sempre considerada como a que proporciona o maior retorno econômico e social sobre o investimento. O produto evento tem cada vez mais importância porque não está submetido às normas da sazonalidade da indústria turística, constituindo-se até mesmo na área menos atingida nos períodos de crise. Em decorrência, torna-se um grande gerador/distribuidor de renda/divisas, estimulando paralelamente a criação de empregos. (ANDRADE, 2002, pág. 152) Além disso, pode-se perceber que o segmento de eventos é estruturado para poder sanar motivações e interesses que se ligam as esferas profissionais, lúdicorecreacionais, sociais, intelectuais e até mesmo culturais, seja através de acontecimentos como congressos, convenções, simpósios, feiras, encontros culturais, reuniões internacionais, entre outros. Dessa maneira, de forma sucinta, poder-se-ia afirmar que tal prática apresenta-se como uma das que mais cresce na cadeia produtiva do turismo em nossa atualidade. Nesse sentido, a Revista Hotéis (2011, pág.01) afirma que: O setor de turismo cresceu este ano, apesar da crise econômica. Esta afirmação é feita a partir da pesquisa apurada pelo Censo 2009, que constatou que o setor apresentou crescimento na marca de 46%. O estudo é patrocinado pela Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureau, que contabilizou em 2008 um total de eventos, dos quais 285 internacionais, nacionais e regionais. E emprestaram apoio a outros 619 eventos. 34% destes eventos têm natureza técnico-científico, 19% são corporativos e/ou incentivo; outros 19% festas populares; e 15% culturais. Já o participante gasta em média R$ 583,27 em três dias, período médio de sua permanência num evento. De acordo com a pesquisa, os eventos computados reuniram 19,2 milhões de pessoas, das quais mais de 2,3 milhões participantes internacionais.em relação à crise, a pesquisa aponta que 23% dos Convention registraram algum cancelamento ou alteração na programação de seus eventos sejam eles nacionais ou internacionais, e que 55% não tiveram alteração no trade em virtude do cenário econômico. São números que mostraram que, com criatividade e ações conjuntas, é possível driblar os problemas e superar o fantasma da
6 crise econômica, comentou o presidente da pela Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureau, João Luiz dos Santos Moreira Como dito anteriormente, o segmento de eventos apresentasse enquanto um mecanismo utilizado para se minimizar os efeitos advindos da sazonalidade. Segundo Fernandes, Cardozo e Maganhotto (2008, pág. 04): Os eventos ajudam a equilibrar e/ou diminuir a sazonalidade; privilegia o turismo brando, em oposição ao turismo de massa,assim pode-se aferir que os eventos possuem sim uma potencialidade para serem encarados como mecanismo promotores de desenvolvimento. Mas para que possam alcançar tais características estes acontecimentos devem ser bem organizados no intuito de não se transformarem em uma simples mercadoria, com uma visão eventista, onde a cultura que deve se propagar no evento seja somente mais uma mercadoria de consumo, como é possível observar em muitos desses acontecimentos onde o objetivo é a simples diversão, sem que exista uma reflexão, uma contemplação e um aprendizado cultural. Devido a sua organização com antecedência, os prestadores de serviços turísticos podem se preparar melhor para receber seus visitantes. Segundo pesquisas do SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (2012, pág. 13) O planejamento e o orçamento de [um evento] remetem seus organizadores à elaboração de um cronograma de atividades, distribuídas no tempo, com os nomes dos responsáveis e os prazos de execução. (...) Ao planejar [um evento], os promotores e organizadores levam em conta a existência de, basicamente, dois tipos de público-alvo: expositores (ou ofertantes) e visitantes (ou compradores). Os organizadores de feiras e exposições sabem da importância de evitar riscos e danos a visitantes e expositores, na medida em que cresce no Brasil a quantidade de ações cíveis de responsabilidade civil, danos morais, materiais, etc. Além disso, é sua obrigação informar aos expositores todas as penalidades a que estão sujeitos, caso descumpram as normas, os regulamentos e a legislação vigente. Dos vários segmentos turísticos, o de eventos é o que gera maior retorno financeiro, geração de empregos e impostos, pelo efeito multiplicador 3. Segundo Zanini e Lopes Faria (2003, pág. 04) além de uma alternativa de lazer, a realização de um evento é, hoje em dia, mais um instrumento de desenvolvimento socioeconômico, contribuindo para geração de empregos, rendas e criação de infraestrutura que beneficia não só o turista, como a população da cidade.na verdade, os benefícios gerados pelo evento aumento do fluxo turístico, divulgação da cidade, geração de empregos e de renda, instrumento de combate à sazonalidade, 3 De acordo com Zanini e Lopes Faria (2007, pág. 01) um evento pode ser considerado um mix de atividades e serviços, com diversos fatores que promovem a prática da atividade turística e podem alavancar economicamente uma cidade, um bairro, uma rua, tornando-se uma excelente oportunidade de desenvolvimento para o setor. Segundo Roberto Gheler, Presidente do Fórum dos Convention&Visitors Bureau do Brasil, a realização de eventos no país gera R$32 bilhões (3,1% do PIB Nacional) ao ano e R$4,2 bilhões em impostos.
7 entre outros atingem direta e indiretamente a todos os setores da economia localque se envolvem de alguma forma com a atividade.sendo o evento bem estruturado, a cidade sede fica significativamente exposta na mídia regional ou até mesmo nacional e cria uma identidade turística voltada para realização de eventos, uma vez que já tenham sido realizados outros eventos com sucesso. E com isso, um maior enriquecimento cultural da população local, através do intercâmbio promovido pelos participantes, que também aprendem com a comunidade. Nesse sentido, a situação problema da aluna pautar-se-á no questionamento sobre como esse segmento turístico poderá, ou não, ser visto enquanto um mecanismo importante para a perpetuação e preservação de culturas, identidades e memórias ofertadas pela cadeia produtiva do turismo. OBJETIVO: Apresentar o processo de evolução da atividade turística nos últimos anos, evidenciado a perspectiva da criação de empregos; Abordar o processo de planificação, gestão e operacionalização de eventos, indagando sobre como tais itens são responsáveis por proporcionar a tão almejada experiência memorável; Observar como o segmento de eventos pode se mostrar como uma ferramenta primordial para o processo perpetuação e preservação de culturas, identidades e memórias ofertadas pela cadeia produtiva do turismo. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Etapa 01: Execução de pré-projeto Etapa 02: Levantamento bibliográfico: livros, revistas especializadas, artigos científicos, relatórios de empresas e instituições, periódicos locais, etc.; Etapa 03: Formatação dos dados prévios; Etapa 04: Formatação e finalização geral do projeto.
8 Cronograma de execução ANOS 2012 Meses Etapas. Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Etapa 01 Etapa 02 Etapa 03 Etapa 04 ANOS 2013 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Meses Etapas Etapa 01 Etapa 02 Etapa 03 Etapa 04
9 Cronograma de execução ANOS 2014 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Meses Etapas Etapa 01 Etapa 02 Etapa 03 Etapa 04
10 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:.
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