Paraíso. Em cena. Toques da infância. em foco. Edição X Ano III Maio de 2014
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- Adelino Domingos Neto
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1 Paraíso em foco Edição X Ano III Maio de 2014 Em cena Toques da infância 1
2 editorial O primeiro Paraíso em Foco do ano traz muitas informações importantes! Você já deve ter ouvido falar da campanha de vacinação contra o vírus HPV. O vírus é tema de matéria desta edição (p. 3). Um novo projeto que promove o direito de crianças chega à Santana do Paraíso. O Brincadiquê promove o direito ao brincar nas instituições de ensino municipais (p. 7). Outro assunto relevante é a certificação de entidades socioassistenciais. Uma série de serviços pode ser ofertada por essas entidades (p. 4 e 5). Santana do Paraíso também criou o primeiro Conselho Municipal da Mulher e já elegeu seus representantes (p. 6). E claro que não poderia faltar a Semana do Bebê e sua importância para a defesa dos direitos de gestantes e seus bebês (p. 8). O CDC também traz uma novidade: o blog onde você pode encontrar ainda mais informações sobre o trabalho do grupo! Boa leitura e boa Semana do Bebê! Semana do bebê expediente Este boletim faz parte do projeto Comunica CDC, realizado pelo Instituto Camargo Corrêa e InterCement Brasil, em parceria com a Oficina de Imagens. Instituto Camargo Corrêa Diretor Executivo: Francisco de Assis Azevedo Coordenadora de Comunicação: Clarissa Kowalski Contato: instituto@institutocamargocorrea.org.br Comitê de Desenvolvimento Comunitário de Santana do Paraíso Centro de Arte e Inclusão Social, Coletivo Jovem Buteco do Portuga, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Tutelar, creches, Instituto Lumar, InterCement, Pastoral da Criança, Polícia Civil. Contato: paraisoemfoco@gmail.com Oficina de Imagens Diretor Institucional: Adriano Guerra Edição: Gabriella Hauber e Thais Marinho Site: Projeto Gráfico: Ronei Sampaio Diagramação: Gabriella Hauber e Anna Cláudia Pinheiro Foto capa: Agência Brasil Impressão: Gráfica Formato Tiragem: exemplares 2
3 Saúde Vírus HPV pode causar câncer de colo de útero e está cada vez mais frequente entre meninas A campanha de vacinação de meninas entre 11 e 13 anos já começou e vai até o final do ano Por Carla Castro Ramos, da Secretaria Municipal de Saúde Foto: Arquivo Sec. Mun. de Saúde Campanha de vacinação contra HPV começou em maio e vai até o final do ano O HPV (papilomavírus humano) é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e câncer de cólon e reto. No ano passado, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), um total de 4,8 mil brasileiras morreram desse tipo de câncer no país, a maioria de classes menos favorecidas. O HPV infecta a pele e as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes, sendo que cerca de 40 deles podem infectar o trato ano-genital. Pelo menos 13 tipos de HPV podem causar lesões capazes de evoluir para o câncer. Estima-se que 80% das mulheres serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Diante destes dados, o Ministério da Saúde lançou a campanha de vacinação contra o HPV. A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo do vírus. A vacina irá proteger meninas de 11 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus. A partir do próximo ano, começa a vacinação para o grupo de 9 a 11 anos. As três doses estão sendo aplicadas nas pré-adolescentes com autorização dos pais ou responsáveis. A estratégia de imunização é mista, ocorrendo tanto nas unidades de saúde quanto nas escolas públicas e privadas. A incorporação da vacina complementa as demais ações preventivas do câncer de colo do útero, como a realização rotineira do exame preventivo (Papanicolau) e o uso de camisinha em todas as relações sexuais. Em Santana do Paraíso, a campanha envolve as secretarias de Educação e de Saúde. Nas escolas, pais de alunas participam de palestras explicativas e informativas, ministradas pela equipe de enfermagem, sobre a importância de se prevenir contra o HPV. Como resultado, aproximadamente 90% das adolescentes de Santana do Paraíso foram vacinadas na primeira etapa da campanha. A segunda dose será aplicada seis meses após a primeira e a terceira, cinco anos após a primeira dose. 3
4 Assistência Social A certificação de entidades socioassistenciais é uma das atribuições do Conselho Municipal de Assistência Social Entidades de assistência fazem parte do Sistema Único de Assistência Social como prestadoras complementares de serviços socioassistenciais e como co-gestoras Por Nívea Andrade, da Secretaria Municipal de Assistência Social De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a política de Assistência Social é realizada por meio de um conjunto integrado de ações e de iniciativas públicas e da sociedade. A participação da sociedade civil se dá por meio das organizações e entidades de assistência social, que não possuem fins lucrativos e que desenvolvem, de forma permanente, continuada e planejada, atividades de atendimento e assessoramento, e que atuam na defesa e garantia de direitos. Uma das mais importantes atribuições do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) é o registro dessas entidades e organizações. Criado por Lei Municipal em 1997, obedecendo também legislações federais, o CMAS de Santana do Paraíso tem dentre suas atribuições certificar que os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais prestados por entidades e organizações de Assistência Social deverão estar em consonância com o conjunto normativo da política nacional de qualidade, na prestação de serviços e nas condições de trabalho. A secretária executiva do CMAS de Santana do Paraíso, Grazille Muniz, explica que entidades e organizações de Assistência Social são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que realizam ações socioassistenciais dos serviços tipificados pela Resolução nº 109/2009 do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Dentre esses serviços estão o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; atendimento à família; proteção básica a pessoas com deficiência e idosas; e proteção social a adolescentes em cumprimento de medidas em meio aberto. Todos esses serviços também estão regulamentados pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei Federal Nº 8.742/93. Entidades socioassistenciais fazem parte da rede e contribuem para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes 4 Foto: SXC
5 Assistência Social Foto: SXC Para se regularizar junto ao Conselho Municipal de Assistência, as entidades precisam reunir uma série de documentos importantes Tipos de serviços Esses serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais são ofertados de forma gratuita, continuada e planejada sem qualquer discriminação, podendo ser isolados ou acumulativos. De acordo com o MDS, a entidade poderá ser de atendimento, que são aquelas que prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal; de assessoramento, que prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social; ou de defesa e garantia dos direitos, que prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais e articulação com órgãos públicos de defesa de direitos. Para se registrarem no Conselho Municipal de Assistência Social, as entidades e organizações de assistência social deverão apresentar os seguintes documentos: cópia do estatuto social registrado em cartório; cópia da ata da eleição dos membros da atual diretoria; plano de ação; cópia do comprovante de inscrição no cadastro nacional de pessoas jurídicas (CNPJ); cópia do comprovante de inscrição nos respectivos conselhos referente ao público atendido; comprovante de instalações físicas em condições adequadas, higiene, salubridade e segurança, mediante a apresentação de alvará de funcionamento emitido pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura; e licença sanitária emitida pela Secretaria de Saúde, sendo que a licença sanitária será exigida apenas das entidades que atuam com o atendimento, não sendo necessário às entidades de assessoramento e defesa e garantia dos direitos. Atualmente sete entidades estão cadastradas no CMAS de Santana do Paraíso. Todo início de ano, essas entidades são convocadas para atualizarem seus cadastros, renovando, assim, o certificado. A aquisição desse certificado dá direito a entidade a ser reconhecida como de utilidade pública a nível municipal, estadual e federal. Assim poderão fazer projetos sociais para captação de recursos em parcerias com outros setores públicos e privados. 5
6 Conselho da Mulher Santana do Paraíso cria o primeiro Conselho da Mulher do município Órgão importante para a garantia dos direitos das mulheres já elegeu suas conselheiras Por Josélia Duarte, do Instituto Lumar Os conselhos são criados para que a comunidade participe ativamente das decisões que afetam a vida da cidade e contribua com sugestões, críticas e experiências. Cabe ao conselho formular diretrizes, programas e políticas públicas relacionadas à promoção da melhoria da qualidade de vida das mulheres e o combate a todas as formas de discriminação e à violência contra a mulher, assegurando-lhes plena participação e igualdade nos planos políticos, econômicos, sociais, religiosos, culturais e jurídicos. Para que o processo de composição do Conselho da Mulher em Santana do Paraiso fosse realizado de maneira adequada foi encaminhada à Câmara Municipal uma proposta de Projeto de Lei que criaria o conselho. Em 28 de fevereiro de 2014, os parlamentares municipais de Santana do Paraíso votaram a criação do Conselho da Mulher. No início de abril, ocorreu na sede da Secretaria de Assistência Social a eleição das conselheiras titulares e suplentes para o biênio 2014/2015. O evento contou com a participação da presidente do Conselho da Mulher de Ipatinga, Elminia Ferreira, que descreveu o avanço das conquistas das mulheres. O conselho tem a sua formação paritária sendo quatro titulares governamentais, indicados pela administração e quatro suplentes, representando as entidades de defesa dos direitos e sociedade civil, mais quatro titulares e quatro suplentes eleitos em assembleia para um mandato de dois anos. A cada dois anos nova eleição é efetuada e novos representantes são eleitos. As reuniões ordinárias do conselho são mensais e abertas a toda a comunidade. As reuniões extraordinárias podem ocorrer sempre que necessário. Nessas reuniões, são deliberados diversos tipos de decisões inclusive questões orçamentárias. Muitos municípios brasileiros ainda não dispõem de conselhos e delegacias especializadas para defesa de direitos das mulheres, mas existe o Disque 180, serviço telefônico criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres para que a violência de gênero fosse denunciada. Santana do Paraíso elege representantes do primeiro Conselho da Mulher no município Foto: Arquivo CDC 6
7 Educação Novo projeto na área da infância começa no município de Santana do Paraíso Brincadiquê? incentiva e discute o direito do brincar nas instituições de ensino da rede municipal de Santana do Paraíso Por Gezilda Pires, da Secretaria Municipal de Educação O brincar é de fundamental importância para o desenvolvimento de crianças Foto: Agência Brasil Foto: Arquivo Instituto Camargo Corrêa A Rede Marista de Solidariedade, por meio do Centro Marista de Defesa da Infância, desenvolve em Santana do Paraíso o projeto Brincadiquê? Pelo direito ao brincar, em parceria com o Centro Municipal de Educação Infantil de Santana do Paraíso e escolas municipais. O projeto faz parte do programa Infância Ideal, realização do Instituto Camargo Corrêa, da InterCement Brasil, da Rede Marista de Solidariedade e da Secretaria de Educação. A intenção é qualificar as ações de promoção do direito ao brincar nas instituições participantes, a ampliação do conhecimento sobre leis e políticas públicas relacionadas ao tema, a compreensão sobre culturas infantis, além da mediação do adulto na promoção do direito ao brincar. A importância de se promover esta temática se dá pelo fortalecimento de políticas públicas para a primeira infância, entre elas, o Direito ao Brincar, direito enunciado na Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. O primeiro encontro do projeto ocorreu no final de março na Escola Municipal Josefino Anício de Oliveira, no bairro Residencial Paraíso, com a participação de 40 educadores e formação ministrada pela psicóloga Adriana Klisys, formada pela PUC/ SP e autora de livros sobre o brincar. Durante o evento, estava presente a analista de assessoramento da Rede Marista de Solidariedade e coordenadora do projeto, Sheila Pomilho. O tema dessa primeira formação foi Jogos, Brinquedos e Brincadeiras, o que possibilitou aos educadores vivenciar a construção do brinquedo e a brincar com eles. Ao fazer isso, eles se colocam no lugar de quem está brincando e acabam entendendo melhor a importância das brincadeiras e a serem mais tolerantes à bagunça. Da mesma forma que para ensinar bons textos para as crianças é preciso ser bom leitor, para mediar brincadeiras é preciso ser bom brincante, explica Adriana. Os educadores relataram que essa primeira oficina superou as expectativas. Ao todo, o projeto Brincadique prevê oficinas para esse ano até dezembro, mas terá outra etapa no próximo ano, totalizando 360 horas de formação. A próxima, que acontecerá nos dias 6 e 7 de junho de 2014, os educadores devem mergulhar no mundo do faz de conta. 7
8 Foto: Arquivo CDC Semana do Bebê Santana do Paraíso realiza a segunda edição da Semana do Bebê no município Com uma programação diversificada, evento busca discutir e garantir os direitos de gestantes e seus bebês Em 2013, a Semana do Bebê de Santana do Paraíso fez sucesso com todas as idades com programação diversificada A Semana do Bebê é uma estratégia de mobilização social e tem como objetivo tornar o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento de crianças de até 3 anos prioridade na agenda dos municípios brasileiros. É uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), que começou há 14 anos no município de Canela (RS). Em 2013, a Semana do Bebê passou a compor a agenda do programa Infância Ideal, programa do Instituto Camargo Corrêa e da InterCement Brasil dedicado à defesa de direitos, à educação e aos cuidados com a criança. O evento ocorre em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e a BemVindo. Durante a Semana do Bebê são realizadas inúmeras atividades nos serviços e espaços públicos e privados, visando contribuir para um novo olhar em relação à primeiríssima infância. Santana do Paraíso realiza a segunda edição da Semana do Bebê com uma programação diversificada e para todas as idades. Saiba mais em e confira a programação realização: parceria: 8 Prefeitura de Santana do Paraíso
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